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 OBS: No livro fala de ação de impugnação ao Registro de Candidatura (AIRC) serve para discutir fatos que envolvam o candidato até a data do registro da candidatura. Discutem fatos anteriores ao registro e só põem ser interpostas a partir da publicação do pedido de registro do candidato; portanto, o objetivo da AIRC é de impedir que o candidato seja registrado, mas, dependendo do tempo em que a ação foi julgada, poderá haver até declaração de nulidade do diploma. Podem ser alegados dói motivo: - ausência de uma ou mais causas de elegibilidades do impugnado; - a presença de uma ou mais causas de inelegibilidade do impugnado. Previsão legal: art. 3° da LC 64/90. DAS AÇÕES CIVIS ELEITORAIS. Ação de impugnação de mandato eletivo Recurso contra a diplomação São autônomas, uma não depende da outra. Ação de investigação judicial eleitoral Ação de Investigação judicial Eleitoral L. 64/90. O objetivo da ação de investigação judicial eleitoral é apurar eventuais transgressões de abuso de poder econômico, abuso de poder político, uso abusivo dos meios de comunicação durante o processo eleitoral, com ela tenta-se zelar pela igualdade dos candidatos. Na verdade não é uma ação e sim uma representação, sendo legitimados , os partidos, as coligações, os candidatos, e o MP. Eles podem representar para que seja averiguado abuso de poder econômico, poder político, dos meios de comunicação, no sentido de violar a igualdade de condições. Quem será o RELATOR:  Tratando-se para ELEIÇÃO para PRESIDENTE o relator da ação de investigação judicial eleitoral será o CORREGEDOR GERAL ELEITORAL. Tratando-se de ELEIÇÕES FEDERAIS E ESTADUAIS , o relator da ação de investigação judicial eleitoral será o CORREGEDOR REGIONAL ELEITORAL. Já nas ELEIÇÕES MUNICIPAIS o relator da ação de investigação judicial eleitoral será o JUIZ ELEITORAL. Até quando é possível representar para a instauração de uma ação de investigação judicial eleitoral? R= Podem ser apurados fatos, inclusive, anteriores ao processo eleitoral. Exemplo: se em Janeiro de 2010, eu ofereço um churrasco promovendo minha candidatura, distribuo santin ho, e dou din heiro para que os eleitores paguem um taxi no di a da votação e digo: conto com vocês Isto poderia ser considerado como abuso de poder econômico, o fato de eu ainda não ser candidato, ou pré-candidato, não interfere na propositura de investigação eleitoral, portanto este fato pode ser matéria de investigação judicial eleitoral. Assim, em fevereiro do ano eleitoral, quando eu ainda não sou considerado candidato ou em qualquer outra data, é possível a propositura dessa ação, pois ela não tem um prazo inicial, mesmo os fatos pretéritos ao processo eleitoral, poderão ser os objetos da ação, ela tem como  prazo final a data da diplomação.  Art. 19. As transgressões pertinentes à origem de valores pecuniários, abuso do poder econômico ou político, em detrimento da liberdade de voto, serão apuradas mediante investigações jurisdicionais realizadas pelo Corregedor-Geral e Corregedores Regionais Eleitorais.  

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 OBS: No livro fala de ação de impugnação ao Registro de Candidatura (AIRC) serve para discutir fatos queenvolvam o candidato até a data do registro da candidatura.Discutem fatos anteriores ao registro e só põem ser interpostas a partir da publicação do pedido de registrodo candidato; portanto, o objetivo da AIRC é de impedir que o candidato seja registrado, mas, dependendodo tempo em que a ação foi julgada, poderá haver até declaração de nulidade do diploma.Podem ser alegados dói motivo:

- ausência de uma ou mais causas de elegibilidades do impugnado;- a presença de uma ou mais causas de inelegibilidade do impugnado.Previsão legal: art. 3° da LC 64/90.

DAS AÇÕES CIVIS ELEITORAIS.Ação de impugnação de mandato eletivoRecurso contra a diplomação  São autônomas, uma não depende da outra.Ação de investigação judicial eleitoral

Ação de Investigação judicial EleitoralL. 64/90.

O objetivo da ação de investigação judicial eleitoral é apurar eventuais transgressões de abusode poder econômico, abuso de poder político, uso abusivo dos meios de comunicação duranteo processo eleitoral, com ela tenta-se zelar pela igualdade dos candidatos.Na verdade não é uma ação e sim uma representação, sendo legitimados, os partidos, ascoligações, os candidatos, e o MP.Eles podem representar para que seja averiguado abuso de poder econômico, poder político,dos meios de comunicação, no sentido de violar a igualdade de condições.

Quem será o RELATOR:  Tratando-se para ELEIÇÃO para PRESIDENTE o relator da ação de investigação judicial eleitoral

será o CORREGEDOR GERAL ELEITORAL.Tratando-se de ELEIÇÕES FEDERAIS E ESTADUAIS, o relator da ação de investigação judicialeleitoral será o CORREGEDOR REGIONAL ELEITORAL.Já nas ELEIÇÕES MUNICIPAIS o relator da ação de investigação judicial eleitoral será o JUIZELEITORAL.

Até quando é possível representar para a instauração de uma ação de investigação judicialeleitoral?R=Podem ser apurados fatos, inclusive, anteriores ao processo eleitoral.Exemplo: se em Janeiro de 2010, eu ofereço um churrasco promovendo minha candidatura,distribuo santinho, e dou dinheiro para que os eleitores paguem um taxi no dia da votação e

digo: conto com vocêsIsto poderia ser considerado como abuso de poder econômico, o fato de eu ainda não sercandidato, ou pré-candidato, não interfere na propositura de investigação eleitoral, portantoeste fato pode ser matéria de investigação judicial eleitoral.Assim, em fevereiro do ano eleitoral, quando eu ainda não sou considerado candidato ou emqualquer outra data, é possível a propositura dessa ação, pois ela não tem um prazo inicial,mesmo os fatos pretéritos ao processo eleitoral, poderão ser os objetos da ação, ela tem como prazo final a data da diplomação.

 Art. 19. As transgressões pertinentes à origem de valores pecuniários, abuso do poder econômico oupolítico, em detrimento da liberdade de voto, serão apuradas mediante investigações jurisdicionais

realizadas pelo Corregedor-Geral e Corregedores Regionais Eleitorais. 

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O principais efeitos: art. 22, inc. XIV

1º - Antes da eleição - caso a ação seja julgada procedente antes da eleição será cassado oregistro do candidato envolvido e, ainda, será aplicada uma causa de inelegibilidade por 8(oito) anos (nova redação, 2010), só que essa inelegibilidade, conta-se da data da eleição emque foi verificada o abuso. (Ver S. 19, TSE)

Se por exemplo: o André participa de uma eleição em 1996, mas só foi julgado procedente aação de abuso de poder econômico ou político, e transitou em julgado em 98, o prazo deinelegibilidade vai ser contado da data da eleição em foi verificado o abuso, não da data dotransito em julgado da decisão. 

(Súmula 19 TSE)TSE Súmula nº 19 - DJ 21, 22 e 23/8/2000.

Prazo de Inelegibilidade - Abuso de Poder Econômico ou Político. O prazo de inelegibilidadede três anos (oito anos), por abuso de poder econômico ou político, é contado a partir da data da

eleição em que se verificou (art. 22, XIV, da LC 64, de 18/5/90).

Lcp. 64/90

  Art. 22. Qualquer partido político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoral poderárepresentar à Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou Regional, relatando fatos eindicando provas, indícios e circunstâncias e pedir abertura de investigação judicial para apurar usoindevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade, ou utilização indevida deveículos ou meios de comunicação social, em benefício de candidato ou de partido político,obedecido o seguinte rito: 

I - o Corregedor, que terá as mesmas atribuições do Relator em processos judiciais, aodespachar a inicial, adotará as seguintes providências:

a) ordenará que se notifique o representado do conteúdo da petição, entregando-se-lhe asegunda via apresentada pelo representante com as cópias dos documentos, a fim de que, no prazode 5 (cinco) dias, ofereça ampla defesa, juntada de documentos e rol de testemunhas, se cabível;

b) determinará que se suspenda o ato que deu motivo à representação, quando for relevante ofundamento e do ato impugnado puder resultar a ineficiência da medida, caso seja julgadaprocedente; 

c) indeferirá desde logo a inicial, quando não for caso de representação ou lhe faltar algum

requisito desta lei complementar; II - no caso do Corregedor indeferir a reclamação ou representação, ou retardar-lhe a solução,

poderá o interessado renová-la perante o Tribunal, que resolverá dentro de 24 (vinte e quatro) horas; III - o interessado, quando for atendido ou ocorrer demora, poderá levar o fato ao conhecimento

do Tribunal Superior Eleitoral, a fim de que sejam tomadas as providências necessárias;IV - feita a notificação, a Secretaria do Tribunal juntará aos autos cópia autêntica do ofício

endereçado ao representado, bem como a prova da entrega ou da sua recusa em aceitá-la ou dar recibo; 

V - findo o prazo da notificação, com ou sem defesa, abrir-se-á prazo de 5 (cinco) dias parainquirição, em uma só assentada, de testemunhas arroladas pelo representante e pelorepresentado, até o máximo de 6 (seis) para cada um, as quaiscomparecerão independentementede intimação; 

VI - nos 3 (três) dias subseqüentes, o Corregedor procederá a todas as diligências quedeterminar, ex officio ou a requerimento das partes; 

VII - no prazo da alínea anterior, o Corregedor poderá ouvir terceiros, referidos pelas partes, ou

testemunhas, como conhecedores dos fatos e circunstâncias que possam influir na decisão do feito;VIII - quando qualquer documento necessário à formação da prova se achar em poder de

terceiro, inclusive estabelecimento de crédito, oficial ou privado, o Corregedor poderá, ainda, nomesmo prazo, ordenar o respectivo depósito ou requisitar cópias; 

IX - se o terceiro, sem justa causa, não exibir o documento, ou não comparecer a juízo, o Juizpoderá expedir contra ele mandado de prisão e instaurar processo s por crime de desobediência;

X - encerrado o prazo da dilação probatória, as partes, inclusive o Ministério Público, poderãoapresentar alegações no prazo comum de 2 (dois) dias; 

XI - terminado o prazo para alegações, os autos serão conclusos ao Corregedor, no diaimediato, para apresentação de relatório conclusivo sobre o que houver sido apurado;

XII - o relatório do Corregedor, que será assentado em 3 (três) dias, e os autos da

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 2º - Posterior a eleição se houver procedência da ação posterior a eleição, teremos ainelegibilidade de oito anos e a ação de investigação judicial eleitoral servirá de base

(fundamento) para a ação de impugnação de mandato eletivo. ???????? inc. XV revogado XV.

Para a procedência da ação de investigação judicial eleitoral deve-se verificar a gravidade dascircunstâncias que o caracterizam, assim dispensa-se a potencialidade de o fato alterar o

resultado da eleição como ocorre também para a na ação de captação ilícita de sufrágio.

AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE MANDATO ELETIVOO eleitor tem legitimidade para a propositura da ação de impugnação contra o mandatoeletivo?R =Não. Poderá representar ao MP.A ação de impugnação contra mandato eletivo e o recurso contra a diplomação tem o mesmo

TERMO INICIAL, a DIPLOMAÇÃO.A ação de impugnação de mandato eletivo pode ser proposta nos casos de abuso de podereconômico, corrupção ou fraude, no PRAZO de 15 (QUINZE) DIAS CONTADOS DADIPLOMAÇÃO.Se o candidato foi diplomado e alguma das pessoas legitimadas para propor a ação, temprovas robustas de que aquele utilizou de abuso do poder econômico, corrupção ou fraudepoderão ingressar com a impugnação contra o mandato eletivo. (art. 14, §§ 10 e 11 da CF)

CAPÍTULO IVDOS DIREITOS POLÍTICOS

 Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, comvalor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:(...)

§ 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinzedias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico,corrupção ou fraude.

§ 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor,na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé. 

Só que não tem regulamentação, então o rito a ser aplicado é o da ação de impugnação aoregistro da candidatura, de acordo com jurisprudência do TSE.

A quem cabe julgar a ação de impugnação contra mandato eletivo?

representação serão encaminhados ao Tribunal competente, no dia imediato, com pedido dinclusão incontinenti do feito em pauta, para julgamento na primeira sessão subseqüente;

XIII - no Tribunal, o Procurador-Geral ou Regional Eleitoral terá vista dos autos por 48(quarenta e oito) horas, para se pronunciar sobre as imputações e conclusões do Relatório;

XIV ±  julgada procedente a representação, ainda que após a proclamação doseleitos, o Tribunal declarará a inelegibilidade do representado e de quantos hajam contribuídopara a prática do ato, cominando-lhes sanção de inelegibilidade para as eleições a serealizarem nos 8 (oito) anos subsequentes à eleição em que se verificou, além da cassação

do registro ou diploma do candidato diretamente beneficiado pela interferência do poder econômico ou pelo desvio ou abuso do poder de autoridade ou dos meios de comunicação,determinando a remessa dos autos ao Ministério Público Eleitoral, para instauração de processodisciplinar, se for o caso, e de ação penal, ordenando quaisquer outras providências que a espéciecomportar; (Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de 2010) 

XV (Revogado pela Lei Complementar nº 135, de 2010) XVI ± para a configuração do ato abusivo, não será considerada a potencialidade de o fato

alterar o resultado da eleição, mas apenas a gravidade das circunstâncias que o caracterizam.(Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) 

Parágrafo único. O recurso contra a diplomação, interposto pelo representante, não impede aatuação do Ministério Público no mesmo sentido. 

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Cabe ao órgão responsável pela diplomação (jurisprudência do TSE).OBS: nas eleições municipais quem julga é o juiz e quem diploma é a Junta Eleitoral (caberá a

 junta).

AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE MANDATO ELETIVOTERMO INICIAL DIPLOMAÇÃO

PRAZO até 15 dias APÓS a DIPLOMAÇÃOPESSOAS LEGITIMADAS PCCMP (partido, coligação, candidato e MP)HIPÓTESES DE CABIMENTO ABUSO DE PODER, CORRUPÇÃO OU FRAUDEQUEM IRÁ JULGAR O ÓRGÃO COMPETENTE PARA A DIPLOMAÇÃO

RECURSO CONTRA A DIPLOMAÇÃOMuito embora se fale em recurso contra a diplomação, não se trata propriamente de recurso,mas de uma ação contra a diplomação.

Lei. 4737 ± Código eleitoral Art. 262. O recurso contra expedição de diploma caberá somente nos seguintes casos: 

I - inelegibilidadeou incompatibilidade de candidato; II - errônea interpretação da lei quanto à aplicação do sistema de representação

proporcional; III - erro de direito ou de fato na apuração final, quanto à determinação do quociente

eleitoral ou partidário, contagem de votos e classificação de candidato, ou a sua contemplaçãosob determinada legenda; 

IV - concessão ou denegação do diploma em manifesta contradição com a prova dosautos, nas hipóteses do art. 222 desta Lei, e do art. 41-A da Lei no 9.504, de 30 de setembrode 1997. (Redação dada pela Lei n 9.840, de 28.9.1999) 

O recurso contra a diplomação tem o prazo de 3 (três)dias, porém a causa de pedir édiferente.Assim não é possível argüir inelegibilidade numa ação de impugnação de mandato eletivo, jáno recurso contra a diplomação é possível argüir a inelegibilidade.

Q uem vai julgar o recurso contra a diplomação?R= Nas eleições municipais é o TRE nas eleições federais e estaduais é o TSE, tem divergências,mas entende-se que q quando se trata de eleições presidenciais o órgão que julgará é o TSE,porque não cabe recurso ao TSE, afora aos casos constitucionais.

Resumo: Direito EleitoralAula 04: Processo Civil Eleitoral

- Aspectos Processuais Civis do Direito Eleitoral;- Estrutura da Justiça Eleitoral;

- Natureza (híbrida) do Código Eleitoral;- Composição dos Órgãos da Justiça Eleitoral;

- TSE- TER- Juiz Eleitoral

- Organização Recursal da Justiça Eleitoral;- Principais Ações Eleitorais;

- Ação de investigação Judicial Eleitoral;- Ação de Impugnação ao Mandato Eletivo;- Recurso Contra Diplomação.