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Das Revoluções Inglesas á Revolução Industrial E.E.B Altamiro Guimarães

Das Revoluções Inglesas á Revolução Industrial

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Trabalho sobre a revoluções inglesas á revolução industrial

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Page 1: Das Revoluções Inglesas á Revolução Industrial

Das Revoluções Inglesas á Revolução Industrial

E.E.B Altamiro Guimarães

Alunos: Eduarda Bittencourt, Estefani Walder, Lorrayne Silva e Mateus Pinheiro.

Turma: 2° VI

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Introdução

O trabalho aborda sobre o processo dês das Revoluções Inglesas, como a Revolução Puritana e a Revolução Gloriosa, até a Revolução Industrial. Antes da Revolução Industrial, a atividade produtiva era artesanal e manual, no máximo com o emprego de algumas máquinas simples. Dependendo da escala, grupos de artesãos podiam se organizar e dividir algumas etapas do processo, mas muitas vezes um mesmo artesão cuidava de todo o processo, desde a obtenção da matéria-prima até à comercialização do produto final. Esses trabalhos eram realizados em oficinas nas casas dos próprios artesãos e os profissionais da época dominavam muitas (se não todas) etapas do processo produtivo. E depois da Revolução vamos ver como isto muda. Como esses fatos e outros mudaram ao longo do período a historia da população britânica, a economia e a política. Muitos fatos e acontecimentos que foram essenciais para que a Inglaterra se torna-se o que ela é hoje.

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Desenvolvimento

As Revoluções Inglesas no século XVII foram muito importantes na vida europeia. Pela primeira vez a burguesia aliada à pequena nobreza, assumiu o poder e deu toda a base para que houvesse uma profunda mudança política e social.

Em 1603 houve a morte de Elizabeth I, onde criou um grande problema porque a rainha não deixou herdeiros diretos, então o trono passou para o seu primo Jaime Stuart, rei da Escócia. Ele não teve muito apoio político dos ingleses pelo fato de ele defender a teoria do direito divino dos reis e manter o anglicanismo como religião oficial e proibir outros grupos religiosos no reino, o que causou uma ira nos puritanos.

Com a morte de Jaime em 1625, seu filho Carlos Stuart conhecido como Carlos I, se tornou rei da Inglaterra e da Escócia. Ele também acabou exercendo políticas iguais a de seu pai, de caráter autoritário, principalmente na economia e na religião. A insatisfação da população por causa dos conflitos religiosos e econômicos acabou gerando uma crise política. Os representantes do povo passaram a defender reformas e fazer oposição contra as iniciativas do rei.

A crise chegou ao ponto de rompimento quando a oposição exigiu o cumprimento da lei que proibia o rei de dissolver o poder Legislativo e que, ao mesmo tempo, previa reuniões na assembleia pelo menos uma vez a casa três anos. Carlos I mandou invadir o parlamento e prender alguns lideres presentes. Assim começou a Revolução Puritana, que se estenderia de 1642 a 1649. De um lado estava Carlos I, apoiado pela nobreza e do outra Câmara dos Comuns conhecidos por representar a população inglesa.

A nobreza praticava a religião anglicana, enquanto os comuns eram, em geral, presbiterianos e puritanos. Os comuns deram uma arma poderosa ao Parlamento, chamada de Exercito de Novo Tipo, que era um grupo de soldados e oficiais cujo critério de promoção era o mérito pessoal. Esta arma mostrou-se importante para a derrota das tropas reais, outra característica deste exercito era a liberdade de organização e discussão, o que fez desse grupo armado uma grande idealizador político.

Os presbiterianos se tornaram supremos no Parlamento, enquanto o exercito comandado por Oliver Cromwell vencia diversas batalhas, conquistando o país para os comuns. Eles defendiam o partido democrático que se formou em Londres em 1646, e tinha grande influencia junto ao exercito, provocando assim a radicalização do processo político.

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Um Conselho de Estado deveria exercer as funções governamentais, respondendo a um Parlamento unicameral, a Câmara dos lordes foi extinta.

Cromwell, presidente do Conselho de Estado, dividia-se entre as ações administrativas e militares. Assim ele esmagou uma rebelião de católicos e monarquistas e derrotou tropas escocesas que apoiavam o filho de Carlos I, pondo fim a guerra civil.

Mas os problemas só se acumulavam. A destruição que foi causada pela guerra civil foi seguida por desastrosas colheitas, tendo assim alta nos custo de vida, baixos salários e pesadas taxações. Embora ainda Cromwell distribuísse terras na Irlanda aos veteranos como pagamento de soldos atrasados, a Inglaterra vivia uma difícil situação política e econômica.

A República Puritana terminou com a tomada do poder pelos nobres e com a proclamação de Carlos II, que foi coroado graças à alta burguesia. Em seu governo foi marcado pela expansão rápida das indústrias e o comercio e a ciência foi estimulada.

Quando ele tentou isentar os católicos dos pagamentos de algumas taxas e indicou alguns de seus lideres para cargos importantes do governo, foi afastado por um golpe conhecido como Revolução Gloriosa (1688).

O Parlamento estabeleceu um acordo com o protestante Guilherme de Orange que assumiu o governo inglês, como uma nova roupagem, a monarquia constitucionalista parlamentar. Dentre as leis criadas por eles podemos destacar o Ato de Tolerância, que concedeu a liberdade aos cristãos, exceto aos católicos, e a lei de Declaração de Direitos que foi um conjunto de leis que instituiu um tribunal para julgar os indivíduos. Assim o rei perdeu o privilegio de suspender execuções de leis e implementar impostos sem a permissão do Parlamento.

A industrialização na Inglaterra teve inicio por volta de 1760. O início do processo industrial deve-se, principalmente, ao fato de ter sido esse o país que mais acumulou capital durante a fase do capitalismo comercial. Graças a seu poder naval e comercial, a Inglaterra conseguiu formar um dos maiores impérios da época. Ela contava também com grande quantidade de ferro e carvão, matérias primas que eram fundamentais para a construção e o funcionamento das maquinas e para a produção de energia.

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Este período foi marcado por transformações importantes na sociedade e na economia, como a implantação de um poderoso sistema bancário e grandes mudanças no meio rural.

As primeiras indústrias britânicas fabricavam utilidades domesticas como alfinetes, vasilhas, facas, tesouras, tecidos, produtos alimentícios etc. E assim inicialmente atendia o próprio mercado consumidor.

O banco da Inglaterra fundando logo após da Revolução Gloriosa fomentou as relações coloniais, estimulando a produção de algodão, matéria prima básica para o processo que levou o país a Revolução Industrial. A produção de lã e algodão foi responsável pela multiplicação das indústrias têxteis e pelo fato de a Inglaterra se tornar o país mais importante nesta área. Os domínios desses processos permitiu que a burguesia britânica acumulasse bens, fundamentais para fortalecer a economia industrial.

Na vida no campo, ocorreu um estímulo para a produção com técnicas e instrumentos novos. Houve neste período também o desaparecimento de pequenos proprietários, devido aos cercamentos. Que eram terras tiradas de seus proprietários, na maioria das vezes pequenos proprietários para o cultivo de ovelhas, para que houvesse mais lã, assim tendo mais produção nas indústrias e gerando mais lucros a elas. Os moradores que viviam nestas terras que foram tomadas deles, não tinham outra saída a não ser ir para a cidade, e trabalhar nas indústrias, gerando assim mais mão de obra. Eles foram essenciais para a Revolução Industrial. Ela também arruinou os artesões, pois os produtos eram fabricados com mais rapidez nas fabricas.

A industrialização representou uma grande mudança social, transformando a vida dos seres humanos, implicando em elevados custos sociais e ambientais. Uma das primeiras transformações foi em relação ao significado da palavra trabalho, que passou a dignificar o homem e qualificá-lo tornado ele um indicador de posição social.

Outro aspecto importante a se destacar foi o controle técnico do processo de produção, que passou para as mãos dos capitalistas no momento em que se instituiu a divisão o parcelamento do trabalho. O resultado foi à alienação crescente do trabalhador, ele perdeu a visão global do processo de produção.

Os operários daquele período chegavam a trabalhar 18 horas por dia em ambientes abafados, mal iluminados e sujos, desempenhando funções cansativas e

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monótonas. Não havia direitos alguns a estes trabalhadores, como férias, horas extras e descanso semanal remunerado. Tendo que suportar a salários baixíssimos.

Quando desempregados eles não contavam com nenhum tipo de auxilio, e as condições de vida tornavam-se assim ainda mais precárias.

A cidade também mudou de fisionomia, em virtude da concentração de grandes multidões nas áreas fabris.

No final do século XVIII e inicio do século XIX, ocorreram formas violentas de protestos, como a inundação de minas, a queima de colheitas e a destruição de maquinas pelos trabalhadores. Este movimento recebeu o nome de ludismo em homenagem ao operário Nedd Ludd, que era segundo a tradição o primeiro operário têxtil a quebrar o tear de um fabrica.

As iniciativas tomadas através deste movimento eram contra a alienação do trabalho, um modo de afirmar seu poder sobre os instrumentos de produção. A destruição das maquinas foi uma das formas utilizadas para que os trabalhadores defendessem condições de vida mais dignas.

Os ingleses foram os primeiros a incorporar as ideias de democracia, igualdade e coletivismo a um amplo e significativo movimento de trabalhadores, isto ocorreu nas décadas de 1830 e 1840.

Organizado em 1838 por Feargus O’Connor e William Lovett, o cartismo teve origem numa petição conhecida como Carta do Povo, apresentado ao Parlamento. Seu programa contava com seis pontos importantes: o direito de voto a todos os homens, igualdade de direitos eleitorais, voto secreto, legislaturas anuais, abolição do censo eleitoral para os membros da Câmara dos Comuns e a remuneração das funções dos parlamentares. Dez anos depois, os lideres cartistas preparam um marcha de operários, que deveria contar com 500 mil homens, para apresentar uma petição aos parlamentares, entretanto, no dia marcado para a marcha uma chuva muito forte esvaziou o movimento, apenas a décima parte dos operários compareceu a marcha. Mesmo assim o espírito do cartismo se manteve.

No final do século XIX e no inicio do século XX foi aprovada uma serie de leis que melhoraram as condições destes trabalhadores.

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Conclusão

A revolução inglesa representou a primeira manifestação de crise do Absolutismo, onde o poder monárquico foi severamente limitado, tendo sido obrigado a ceder suas prerrogativas ao Parlamento, ao passo que a burguesia crescia e passava a ter a hegemonia política, pois governava através do regime parlamentar. Esse movimento revolucionário criou as condições necessárias para a Revolução Industrial do século XVIII, abrindo o caminho para a consolidação do capitalismo industrial. Foi considerada a primeira revolução burguesa da história. Esta Revolução alterou completamente a maneira de viver das populações. As cidades atraíram os camponeses e artesãos, e se tornaram cada vez maiores e mais importantes. Muitas pessoas que trabalhavam como artesões ou no meio rural tinham trabalhos menos cansativo de como eles tinham nas indústrias, tendo que suportar um trabalho repetitivo e por muitas horas, alem de não possuírem direitos alguns, sendo só adquiridos depois devido às manifestações que os próprios operários fizeram para que pudessem ter seus direitos. A Revolução trouxe uma grande mudança social e econômica, tendo o crescimento acelerado da Inglaterra.

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Bibliografia

http://www.suapesquisa.com/industrial/ (acesso dia 30/05/2014)

http://www.infoescola.com/historia/revolucao-puritana/ (acesso dia 30/05/2014)

http://www.infoescola.com/historia/revolucao-gloriosa/ (acesso dia 30/05/2014)

http://www.ebah.com.br/content/ABAAABGUQAE/revolucao-industrial (acesso dia 01/06/2014)