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Dassaev Koch de Amorim TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO ANÁLISE DO ORÇAMENTO EMPRESARIAL DA EMPRESA TRANSPORTES DALÇÓQUIO LTDA Administração Financeira ITAJAÍ (SC) 2009 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – GESTÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

Dassaev Koch de Amorim

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Dassaev Koch de Amorim

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

ANÁLISE DO ORÇAMENTO EMPRESARIAL

DA EMPRESA

TRANSPORTES DALÇÓQUIO LTDA

Administração Financeira

ITAJAÍ (SC)

2009

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – GESTÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

Page 2: Dassaev Koch de Amorim

DASSAEV KOCH DE AMORIM

Trabalho de Conclusão de Estágio - TCE

ANÁLISE DO ORÇAMENTO EMPRESARIAL

DA EMPRESA

TRANSPORTES DALÇÓQUIO LTDA

Trabalho de Conclusão de Estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí.

ITAJAÍ - SC, 2009

Page 3: Dassaev Koch de Amorim

EQUIPE TÉCNICA

a) Nome do estagiário

Dassaev Koch de Amorim

b) Área do estágio

Administração Financeira

c) Orientador de campo

Edemir Borth

d) Orientador de estágio

Prof. Anacleto Laurino Pinto

e) Responsável pelos estágios em administração

Prof. Eduardo Krueger da Silva

Page 4: Dassaev Koch de Amorim

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

a) Razão Social

Transportes Dalçóquio Ltda.

b) Endereço

Rodovia Jorge Lacerda, 415, trevo BR 101, bairro Salseiros, CEP 88311-600,

Itajaí, SC.

c) Setor de desenvolvimento do estágio

Financeiro

d) Duração do estágio

240 horas

e) Nome e cargo do supervisor de campo

Edemir Borth – Gerente financeiro

f) Carimbo e visto da empresa

Page 5: Dassaev Koch de Amorim

AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

Itajaí, 01de junho de 2009.

A empresa Transportes Dalçóquio Ltda., pelo presente instrumento, autoriza a

Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, a publicar, em sua biblioteca, o Trabalho

de Conclusão de Estágio executado durante o Estágio Supervisionado, pelo

acadêmico Dassaev Koch de Amorim.

___________________________________

Maria Regina Dalçóquio

Page 6: Dassaev Koch de Amorim

RESUMO

Devido às mudanças que estão ocorrendo no ambiente de negócios, cada vez mais as empresas buscam aperfeiçoar seus processos de planejamento, avaliação e controle, com o objetivo de se antecipar na tomada decisão para alcançar os resultados planejados, o orçamento como ferramenta de gestão vem se tornando cada vez mais presente nas empresas, ajudando-as a melhorar o uso de seus recursos e investimentos. Diante deste contexto, este trabalho teve como objetivo principal analisar o orçamento da empresa Transportes Dalçóquio Ltda, estudando sua forma de elaboração, comparando o que foi orçado com o que foi realizado no ano de 2008 e constatar o resultado obtido pela empresa. A metodologia utilizada neste estudo foi predominantemente quantitativa com aporte qualitativo. Os participantes da pesquisa foram os gestores do orçamento e algumas pessoas envolvidas no processo de elaboração, a coleta de dados foi realizada através do sistema da empresa, e informações que os gestores forneceram. Como método de análise de dados foi utilizado a análise de conteúdo, demonstrada através de tabelas e comentários. Os resultados obtidos foram favoráveis para a empresa, pois a mesma pôde verificar falhas no seu orçamento e identificar alguns aspectos que pode melhorar para o próximo ano. O estudo mostrou que houveram divergências entre os valores orçados e realizados em diferentes meses do período pesquisado. Conclui-se que todos os objetivos foram alcançados pelo acadêmico, desde o geral até os específicos. Também possibilitou uma visão maior em relação ao orçamento empresarial, e como funciona o negócio da empresa. PALAVRAS-CHAVE: Orçamento, Planejamento, Controle.

Page 7: Dassaev Koch de Amorim

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Fluxograma do processo de elaboração do orçamento .........................33

Figura 2 – Evolução de vendas e lucros brutos.......................................................49

Figura 3 – Tanques em Aço Inox Químico, Petroquímico, Bitrem e para

Derivados ................................................................................................................54

Figura 4 – Semi-reboque baú e baú refrigerado, sider, carga seca e cloro .............54

Figura 5 – Semi-reboque Silio, Basculante e Tanque em Aço Carbono, em Aço

Inox com Revestimento Térmico e em Alumínio para Químico ...............................55

Figura 6 – Mapa da empresa Transportes Dalçóquio no território nacional ............56

Figura 7 – Organograma .........................................................................................57

Figura 8 – Clientes ..................................................................................................58

Figura 9 – Fornecedores .........................................................................................59

Page 8: Dassaev Koch de Amorim

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Valores orçados x realizado correspondentes aos meses de janeiro e

fevereiro de 2008 ....................................................................................................65

Tabela 2 – Valores orçados x realizado correspondentes aos meses de março e

abril de 2008. ...........................................................................................................65

Tabela 3 – Valores orçados x realizado correspondentes aos meses de maio e

junho de 2008 ..........................................................................................................66

Tabela 4 – Valores orçados x realizado correspondentes aos meses de julho e

agosto de 2008 ........................................................................................................66

Tabela 5 – Valores orçados x realizado correspondentes aos meses de setembro

e outubro de 2008 ...................................................................................................67

Tabela 6 – Valores orçados x realizado correspondentes aos meses de

novembro e dezembro de 2008 ...............................................................................67

Tabela 7 – Variações orçamentárias correspondentes ao mês de janeiro de 2008

................................................................................................................................68

Tabela 8 – Variações orçamentárias correspondentes ao mês de fevereiro de

2008 ........................................................................................................................70

Tabela 9 – Variações orçamentárias correspondentes ao mês de março de 2008 .

................................................................................................................................71

Tabela 10 – Variações orçamentárias correspondentes ao mês de abril de 2008 ..

................................................................................................................................72

Tabela 11 – Variações orçamentárias correspondentes ao mês de maio de 2008 .

................................................................................................................................73

Tabela 12 – Variações orçamentárias correspondentes ao mês de junho de 2008

................................................................................................................................74

Tabela 13 – Variações orçamentárias correspondentes ao mês de julho de 2008 .75

Tabela 14 – Variações orçamentárias correspondentes ao mês de agosto de

2008 ........................................................................................................................76

Tabela 15 – Variações orçamentárias correspondentes ao mês de setembro de

2008 ........................................................................................................................77

Tabela 16 – Variações orçamentárias correspondentes ao mês de outubro de

2008 ........................................................................................................................78

Page 9: Dassaev Koch de Amorim

Tabela 17 – Variações orçamentárias correspondentes ao mês de novembro de

2008 ........................................................................................................................79

Tabela 18 – Variações orçamentárias correspondentes ao mês de dezembro de

2008 ........................................................................................................................80

Tabela 19 – Variações orçamentárias correspondentes ao ano de 2008 ...............81

Page 10: Dassaev Koch de Amorim

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................. 12

1.1 Problema de Pesquisa ................................................................ 13

1.2 Objetivos do Trabalho ................................................................. 14

1.3 Aspectos Metodológicos ............................................................ 14

1.3.1 Caracterização da pesquisa ...........................................................................15

1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa ............................................................16

1.3.3 Procedimento e instrumentos de coletas de dados ........................................16

1.3.4 Tratamento e análise de dados ......................................................................16

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................ 18

2.1 Administração .............................................................................. 18

2.2 Administração Financeira ........................................................... 19

2.3 Planejamento ............................................................................... 21

2.3.1 Tipos de planejamento ...................................................................................21

2.4 Receita .......................................................................................... 22

2.5 Custos .......................................................................................... 23

2.6 Despesas ...................................................................................... 25

2.7 Margem de Contribuição ............................................................. 26

2.8 Ebitda ........................................................................................... 27

2.9 Orçamento ................................................................................... 27

2.9.1 Orçamento base zero .....................................................................................28

2.9.2 Orçamento de tendências ..............................................................................29

2.9.3 Tipos de orçamento ........................................................................................30

2.9.4 Objetivos do orçamento..................................................................................31

2.9.5 Processo de elaboração do orçamento ..........................................................32

2.9.6 Vantagens do orçamento ...............................................................................34

2.9.7 Limitações do orçamento ...............................................................................35

2.10 Orçamento de Vendas ............................................................... 37

Page 11: Dassaev Koch de Amorim

2.11 Orçamento de Produção ........................................................... 38

2.12 Orçamento de Matérias-Primas ................................................ 40

2.13 Orçamento de Mão-de-Obra Direta ........................................... 40

2.14 Orçamento de Custos Indiretos de Fabricação ....................... 41

2.15 Orçamento de Despesas Operacionais.................................... 41

2.15.1 Orçamento de despesas administrativas ......................................................42

2.15.2 Orçamento de despesas de vendas .............................................................43

2.15.3 Orçamento de despesas tributárias ..............................................................43

2.15.4 Orçamento de despesas financeiras ............................................................44

2.16 Orçamento de Caixa .................................................................. 44

2.17 Demonstração do Resultado do Exercício Projetado ............. 45

2.18 Controle Orçamentário .............................................................. 46

2.19 Análise das Variações Orçamentárias ..................................... 47

2.19.1 Análise das demonstrações contábeis ...................................... 48

2.20 Princípio Contábil da Competência .......................................... 50

2.21 Análise regressiva ..................................................................... 50

3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO ........................ 51

3.1 Transportes Dalçóquio Ltda ....................................................... 51

3.1.2 Missão, visão e valores ..................................................................................52

3.1.3 Frota ...............................................................................................................53

3.1.4 Estrutura .........................................................................................................55

3.1.5 Objetivos da empresa.....................................................................................58

3.1.6 Principais clientes e fornecedores ..................................................................58

3.2 Resultados da Pesquisa ............................................................. 59

3.2.1 Orçamento da Transportes Dalçóquio ............................................................59

3.2.2 Orçado x Realizado ........................................................................................64

3.2.3 Análise das variações orçamentárias .............................................................68

3.3 Sugestões .................................................................................... 82

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................. 85

Page 12: Dassaev Koch de Amorim

REFEÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 87

ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS ............................................... 90

Page 13: Dassaev Koch de Amorim

1 INTRODUÇÃO

As empresas que buscam obter uma boa administração sabem da

importância de um bom planejamento de suas atividades em busca de seus

objetivos. As constantes mudanças que estão ocorrendo no ambiente de negócios,

muitas delas produzidas pela globalização dos mercados, estão exigindo das

empresas cada vez mais o aperfeiçoamento de seus processos de planejamento,

avaliação e controle.

As empresas buscam na administração ferramentas que auxiliam a sua

gestão com o objetivo de maximizar os seus lucros e obter os melhores resultados,

onde podem ser alcançados através de pesquisas e estudos a serem realizados na

área da administração financeira, as empresas podem utilizar técnicas do orçamento

empresarial para lhe servirem como suporte em sua administração.

O sucesso das empresas depende de uma administração eficiente, que sem

planejamento não é possível, com o auxilio do orçamento as organizações podem

direcionar os rumos de suas operações. “Uma abordagem adequada do

planejamento de negócios é aquela que considera o orçamento como a forma de

controle do resultado futuro” (FREZATTI, 2000, p.36).

Com a atual velocidade que o mercado impõe, com as mudanças constantes

nas organizações e a crescente exigência de eficiência na elaboração do orçamento

empresarial, é de primordial importância a implementação de mecanismos que

possibilitem um controle das receitas, despesas e de custos, para se obter padrões

que contribuam na elaboração de orçamentos adequados, proporcionando uma

medição efetiva do desempenho da empresa.

De acordo com Padoveze (2006), ponto fundamental é o processo de

estabelecer e coordenar objetivos para todas as áreas da empresa, de tal forma que

todos trabalhem simultaneamente em busca dos planos de lucros.

Portanto, o orçamento como um instrumento de gestão utilizado para realizar

o planejamento e o controle das operações empresariais de forma eficaz, pode

melhorar a segurança e velocidade na tomada das decisões e contribuir para o

sucesso das empresas.

Page 14: Dassaev Koch de Amorim

13

A organização onde foi realizado este trabalho é a Transportes Dalçóquio

Ltda, empresa familiar fundada em 1968, pelo Sr. Augusto Dalçóquio Neto,

transportadora de grande porte, cujo faturamento a coloca entre as 500 empresas

maiores do Brasil, atua no mercado de transporte rodoviário de produtos perigosos.

Presta serviços para empresas de grande porte, como a Petrobras, Kraft Foods,

Dow Química e Michelin.

1.1 Problema de Pesquisa

Um problema, de acordo com Roesch (1999), pode ser definido a partir da

observação, da teoria ou de algum método que se pretende testar. Devido ao fato de

a empresa possuir um orçamento empresarial desde o ano de 2006, orçamento que

trabalha com as contas de resultado, do tipo base zero e de tendências, se faz a

seguinte pergunta: A Transportes Dalçóquio está alcançando os resultados

planejados no seu orçamento?

A elaboração deste trabalho para a organização foi de grande importância,

pois os gestores poderam verificar quais os benefícios que a utilização do orçamento

está trazendo para a empresa e o que precisa ser melhorado, para Roesch (2007,

p.84); “em projetos de prática profissional, o ponto de partida da investigação é

limitado a problemas de gestão de organizações específicas”.

Pelo fato de o tema orçamento ser complexo e pouco explorado com

estudos acadêmicos na Univali, para a universidade é muito interessante, pois além

de proporcionar maior conhecimento na área, futuros estagiários poderão usar como

inspiração para realizarem este tipo de trabalho em outras organizações.

Já foram realizados vários tipos de trabalhos nesta organização, porém

voltados para outras áreas, na área financeira, com o tema orçamento é a primeira

vez.

Este estudo foi viável, pois todas as informações necessárias para a

elaboração do presente trabalho foram disponibilizadas pela a empresa, assim como

o acesso às pessoas participantes da pesquisa, o acadêmico é funcionário da

empresa, onde teve tempo e um baixo custo para realizar a pesquisa. O tempo

Page 15: Dassaev Koch de Amorim

14

estimado para a realização do trabalho foi formado por um cronograma, os custos da

pesquisa foram cobertos pelo acadêmico e elaborados através de um orçamento.

“Na fase de definição do problema, é imprescindível verificar se existem condições

propícias para a realização do projeto dentro da organização-alvo” (ROESCH, 2007,

p.101).

1.2 Objetivos do Trabalho

Este trabalho tem como objetivo geral verificar se a Transportes Dalçóquio

está conseguindo atingir os resultados planejados no seu orçamento no ano de

2008. Segundo Roesch (2007, p. 96), “o objetivo geral define o propósito do

trabalho”.

Conforme Roesch (2007, p. 97), “os objetivos específicos operacionalizam –

especificam o modo como se pretendem atingir um objetivo geral”.

Considerando o objetivo geral proposto, determinam-se os seguintes

objetivos específicos:

• descrever o modelo e o tipo de orçamento;

• identificar os itens orçados;

• comparar os valores orçados com os valores realizados;

• calcular as variações;

• identificar as possíveis causas das variações;

• entrevistar os gestores, para comentar sobre as eventuais diferenças

ocorridas;

• propor ações visando melhoria.

1.3 Aspectos Metodológicos

Este item trata-se da metodologia utilizada na realização deste trabalho. De

acordo com Roesch (2007, p.125), “aconselha-se partir dos objetivos do projeto para

definir que tipo de método é mais apropriado”.

Page 16: Dassaev Koch de Amorim

15

1.3.1 Caracterização da pesquisa

A tipologia deste trabalho de estágio caracteriza-se em uma avaliação de

resultados. Para Roesch (2007, p.68), “avaliar envolve sempre uma comparação. A

comparação pode ser entre uma situação anterior e posterior à utilização de

determinado sistema ou plano”. O acadêmico comparou os itens orçados com os

resultados obtidos pela empresa.

A metodologia de pesquisa utilizada para a elaboração deste trabalho de

estágio foi predominantemente de abordagem quantitativa, onde houve a

comparação dos dados financeiros que foram os valores orçados versus realizados.

Na visão de Richardson (1999), o método quantitativo representa, em princípio, o

propósito de garantir a precisão dos resultados, evitar distorções de análise e

interpretação, possibilitando, logicamente, uma margem de segurança quanto as

inferências.

A pesquisa teve aporte qualitativo onde o acadêmico conheceu a opinião

dos gestores que elaboram e utilizam o orçamento. Segundo Richardson (1999, p.

79), “a abordagem qualitativa de um problema, além de ser uma opção do

investigador, justifica-se, sobretudo, por ser uma forma adequada para entender a

natureza de um fenômeno social”.

Roesch (1999, p.130) diz que,

Se o propósito do projeto implica medir relações entre variáveis (associação ou causa-efeito), ou avaliar o resultado de algum sistema ou projeto, recomenda-se utilizar preferencialmente o enfoque da pesquisa quantitativa e utilizar a melhor estratégia de controlar o delineamento da pesquisa para garantir uma boa interpretação dos resultados.

Utilizou-se neste trabalho como estratégia de pesquisa o levantamento

descritivo. A pesquisa descritiva, como explica Vergara (2005), expõe as

características de determinado fenômeno e estabelece correlações entre variáveis

definindo sua natureza.

Page 17: Dassaev Koch de Amorim

16

1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa

O orçamento empresarial da empresa Dalçóquio é elaborado e controlado

pelo gerente financeiro, controller e os administradores da empresa, onde os

mesmos obtêm as informações necessárias de gestores dos demais setores da

empresa, para concluir a elaboração.

Os participantes da pesquisa na organização foram: o gerente financeiro, o

pessoal envolvido na elaboração do orçamento e o controler, juntamente com dados

do orçamento que estão expostos no sistema da empresa. Afirma Roesch (2007,

p.138), “uma população é um grupo de pessoas ou empresas que interessa

entrevistar para o propósito específico de um estudo”.

1.3.3 Procedimento e instrumento de coletas de dados

Para a coleta de dados foram utilizadas fontes secundárias, provenientes do

sistema da empresa, e primárias, coletadas diretamente com os gestores do

orçamento. Na coleta de dados primários realizou-se entrevistas em profundidade

com os gestores, que na visão de Roesch (1999) os dados primários são coletados

diretamente pelo pesquisador. As fontes secundárias conforme Roesch (2007), não

são coletadas diretamente na fonte pelo pesquisador, nesta pesquisa foi relatórios e

informações disponíveis no sistema da empresa, que contém todo o plano de contas

contábil, e as contas de resultado, receitas, despesas, custos.

1.3.4 Tratamento e análise de dados

Este item expõe a forma de como os dados foram tratados e analisados

após sua coleta. De acordo com Roesch (2007, p.128); “nesta seção sugere-se que

o aluno imagine como fará a descrição e análise dos resultados do seu estágio”.

Page 18: Dassaev Koch de Amorim

17

Para tratamento e análise dos dados primários foi utilizada a técnica análise

de conteúdo, que tenta entender melhor um discurso, buscar os momentos mais

importantes. Segundo Richardson (1999, p.223); “a análise de conteúdo é um

conjunto de instrumentos metodológicos cada dia mais aperfeiçoados que se

aplicam a discursos diversos”. Os dados secundários do orçamento foram tabulados

mês a mês e também de forma global em planilhas, comparando os valores orçados

com os realizados, mediante a aplicação da técnica de análise horizontal, onde

buscou-se identificar as divergências entre os valores orçados e realizados.

Posteriormente realizou-se entrevistas com os gestores responsáveis pelo

orçamento, buscando respostas para as variações identificadas.

Page 19: Dassaev Koch de Amorim

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Neste capítulo serão abordados os aspectos teóricos pertinentes ao tema

objeto de estudo.

2.1 Administração

Os Administradores trabalham em organizações públicas e privadas, em

diversas áreas, onde podem ser de grandes e pequenos negócios, abrangendo

diversos setores como os industriais, agroindustriais, comerciais, financeiros, de

serviços, hospitalares, escolares, governamentais, onde se tem como maiores

objetivos a produtividade e a lucratividade. Segundo Lacombe e Heilborn (2006, p.

48) a definição de administração é,

[...] um conjunto de princípios e normas que tem por objetivo planejar, organizar, dirigir, coordenar e controlar esforços de um grupo de indivíduos que se associam para atingir um resultado comum.

Segundo Kwasnicka (1995), administração é como um processo

incorporativo essencial, que busca a obtenção de resultados específicos. O

profissional de administração tem responsabilidade pelo planejamento, organização,

direção e controle das organizações, buscando utilizar os recursos disponíveis de

modo que possa atingir os objetivos e resultados estabelecidos. Na visão de

Lacombe e Heilbom (2006), as funções ou atividades que pertencem ao

administrador são caracterizadas como:

• planejar - raciocinar antecipadamente o que deseja alcançar e definir os

meios e recursos para efetivar o seu desejo. Estabelecer objetivos e metas,

políticas e procedimentos, conforme os objetivos para dirigir as decisões;

• organizar: processo que busca identificar, dividir e reunir o trabalho a ser

realizado;

Page 20: Dassaev Koch de Amorim

19

• prover: recursos humanos: formar uma equipe capacitada, integrada e

disposta a agir para o grupo, incluindo saber recrutar, selecionar e treinar as

pessoas adequadas para assumir responsabilidades e atingir os objetivos;

• liderar: guiar a equipe para atingir os objetivos e metas em comum do

grupo, o líder deve ser capaz de atingir os objetivos através dos liderados e

dependendo da ocasião alternar a forma de liderar de acordo com sua

necessidade momentânea;

• coordenar: operar simultaneamente com todas as unidades da

organização, para que as atividades sejam executadas equilibradamente na

direção correta e no momento certo;

• controlar: garantir que as operações da organização estão a conduzindo

na direção dos objetivos planejados, medindo o desempenho e compará-lo

com o desejado.

Percebe-se então, que a administração é extremamente necessária para as

organizações, administrar uma empresa não é uma tarefa das mais fáceis, pois

precisa-se aproveitar da melhor maneira possível os recursos disponíveis, como

pessoas, máquinas e capital, para conseguir sobreviver no mercado.

2.2 Administração Financeira

Toda empresa tem como objetivo gerar e maximizar os seus lucros, com a

necessidade de controles financeiros, para o alcance deste objetivo a administração

financeira tornou-se muito importante. Conforme Neto (2003), a administração

financeira é um campo de estudo que busca garantir um melhor e eficaz processo

empresarial de captar e alocar os recursos do capital, ou seja, se envolve tanto na

escassez de recursos, quanto na realidade operacional da empresa.

Afirma Hoji (2007), para a administração financeira, o objetivo econômico

das empresas é a maximização do seu valor de mercado, aumentando o valor da

riqueza de seus proprietários.

O administrador financeiro é responsável pela condução de uma área muito

importante nas empresas, qualquer decisão que tome na utilização dos recursos

Page 21: Dassaev Koch de Amorim

20

financeiros tem que ser bem pensada para que não haja erros, evitando assim

complicações futuras por falta de recursos. Na visão de Neto (2003), a própria

evolução da área financeira despertou no administrador uma grande necessidade de

visualizar toda a empresa, elevando suas estratégias de competitividade,

continuidade e crescimento futuro.

De acordo com Gitman (1997), o administrador financeiro exerce finanças

em todos os tipos de empresas, financeiras ou não, privadas ou públicas, grandes

ou pequenas, com ou sem fins lucrativos. O administrador financeiro pode auxiliar as

empresas na forma de conduzir suas atividades operacionais, tendo como suas

funções básicas: análise e planejamento financeiro, decisões de investimento e

decisões de financiamento.

Segundo Gitman (1997), análise e planejamento financeiro são formados por

dados financeiros onde possam ser utilizados para acompanhar a situação

financeira da empresa, busca verificar se é necessário aumentar a produção e

indicar que tipo de financiamento deve ser aditado nas operações da empresa.

Hoji (2007) menciona que análise e planejamento financeiro são, coordenar,

controlar e avaliar as transações da empresa através de relatórios financeiros e

participar intensivamente das decisões estratégicas com o intuito de alavancar as

suas operações. Em outras palavras, esse processo auxilia a empresa a

acompanhar suas ações e examinar cuidadosamente as metas estabelecidas,

possibilitando com que a administração visualize com antecedência as

possibilidades de investimento, buscando sempre o crescimento da organização.

As decisões de investimentos dizem respeito ao lado esquerdo do balanço

patrimonial, o ativo circulante, ativo realizável a longo prazo e o ativo permanente.

Para Hoji (2007), as decisões de financiamento reportam-se em determinar quais

recursos financeiros serão aplicados nos ativos correntes e não correntes,

examinando a melhor relação entre risco e retorno do capital investido.

Gitman (1997) destaca que o administrador financeiro deve decidir quais são

os melhores ativos permanentes para se adquirir, e verificar quando os ativos

existentes necessitam ser alterados, substituídos ou até mesmo liquidados.

As decisões de financiamento pertencem ao lado direito do balanço

patrimonial, o administrador financeiro necessita analisar e negociar a captação dos

recursos financeiros necessários e saber aplicar os recursos financeiros disponíveis.

Segundo Gitman (1984), é necessário determinar a composição mais adequada de

Page 22: Dassaev Koch de Amorim

21

financiamento de longo e curto prazo, decisão importante que afeta tanto o lucro

quanto a liquidez da empresa, também é necessário saber quais são as melhores

fontes de financiamento de curto e longo prazo num determinado momento para a

empresa.

2.3 Planejamento

As empresas vivem num ambiente extremamente competitivo, se não

planejarem suas atividades correm o risco de serem surpreendidas por imprevistos e

passarem por grandes dificuldades ou até mesmo chegar à falência. Conforme

Lacombe e Heilborn ( 2006, p.162), “planejar é, portanto, decidir antecipadamente o

que fazer, de que maneira fazer, quando fazer e quem deve fazer”.

Nenhuma empresa está livre de mudanças, portanto o planejamento como

uma das etapas da administração é extremamente necessário, que segundo

Kwasnicka (1995), com o planejamento a organização opta por metas baseadas em

avaliações e previsões futuras, dando forma e direcionando os esforços de

administradores e trabalhadores dos demais níveis organizacionais.

Oliveira (1999, p.34) diz que,

O propósito do planejamento pode ser definido como desenvolvimento de processos, técnicas e atitudes administrativas, as quais proporcionam uma situação viável de avaliar as implicações futuras de decisões presentes em função dos objetivos empresariais que facilitarão a tomada de decisão no futuro, de modo mais rápido, coerente e eficaz.

O planejamento é formado através de planos, portanto, o administrador deve

saber lidar com diferentes tipos desses planos, podendo incluir períodos de longo a

curto prazo, podendo envolver a organização inteira, uma divisão ou departamento

ou ainda uma tarefa. O planejamento possibilita o administrador avaliar os recursos

a serem utilizados pela empresa, para que ela possa atingir os seus objetivos

traçados.

Page 23: Dassaev Koch de Amorim

22

2.3.1 Tipos de planejamento

O planejamento pode ser dividido em três formas: planejamento estratégico

que abrange as decisões de longo prazo, planejamento tático, que trata das metas

de médio prazo e o operacional, que compreende as decisões de curto prazo.

De acordo com Lacombe e Heilborn (2006), o planejamento estratégico é o

planejamento do conjunto de metas de longo prazo e dos meios disponíveis que

possibilitem o alcance dessas metas, dando rumo aos negócios da empresa.

O planejamento estratégico é, conforme Hoji (2007), de responsabilidade

dos níveis mais altos da administração, onde procuram se antecipar a fatores

externos e internos da empresa.

O planejamento tático, que desenvolve as decisões de médio prazo, tem

como objetivo, de acordo com Oliveira (1999), aproveitar ao máximo determinadas

áreas de resultado da empresa, ou seja, faz um planejamento específico para cada

área da empresa, sendo desenvolvido por níveis inferiores da organização.

Hoji (2007) afirma que, o planejamento operacional tem o intuito de elevar ao

máximo os recursos da empresa empregados em operações de determinados

períodos.

2.4 Receita

Receita designa entradas de elementos para o ativo da empresa, na forma

de bens ou direitos que em geral são representadas sob a forma de dinheiro ou de

créditos representativos de direitos. Conforme Wernke (2008), receita é o valor

proveniente principalmente das entradas de recursos na empresa originados da

venda de produtos, mercadorias ou serviços prestados e juros recebidos.

De acordo com Iudícibus (2000), receita é a expressão monetária, validada

pelo mercado, do agregado de bens e serviços da entidade, em determinado

período de tempo. As receitas são classificadas em operacionais e não-

operacionais.

Page 24: Dassaev Koch de Amorim

23

• Receita operacional – esta é proveniente das operações freqüentes da

empresa, Na visão de Silva (2006, p.149), “a receita operacional decorre

das operações normais e habituais da empresa”.

• Receita não operacional – está relacionada às receitas que não ocorrem

com freqüência, que não estão envolvidas nas operações da empresa.

Conforme Silva (2006), será incluído em receitas não operacionais os

valores relativos as receitas decorrentes de transações casuais, ou seja,

algo que não é recorrente, que não se repete. Para Marion (2003), as

receitas ou despesas onde não estão relacionadas diretamente com o

objetivo do negócio da empresa são classificadas como não operacionais,

tratando-se habitualmente como perdas ou ganhos.

2.5 Custos

Custos são gastos resultantes da aquisição de bens e serviços na produção

de outros bens e serviços durante o processo de fabricação, como por exemplo

matéria-prima consumida, materiais auxiliares, mão-de-obra produtiva, mão-de-

obra de gerência e supervisão de fábrica, custos gerais de fabricação entre outros.

Portanto, são gastos que oferecem suporte às operações da empresa.

Martins (2003, p.25) afirma que:

O custo é também um gasto, só que reconhecido como tal, isto é, como custo, no momento da utilização dos fatores de produção (bens e serviços), para a fabricação de um produto ou execução de um serviço.

Os custos podem ser classificados das seguintes maneiras:

• Custos variáveis – são considerados custos que diversificam de acordo

com o volume da produção, ou seja, quanto maior o volume produzido,

maior será a quantidade dos custos.

De acordo com Padoveze (2006, p.532), “quando um custo tem uma relação

direta e proporcional com o volume de produção, de venda ou de outra atividade,

denominamos esse custo como variável”.

Page 25: Dassaev Koch de Amorim

24

• Custos fixos – são aqueles que possuem tendência a manter o seu valor,

independentemente do nível da atividade do período, isto é, irá ocorrer

independente do volume de produção.

Welsch (1992, p.174) afirma que os custos são fixos quando,

Os itens de custo que tendem a manter o seu valor total constante de mês para mês, independentemente das flutuações da produção ou do volume de trabalho realizado.

• Custos semivariáveis – estes custos possuem características dos custos

fixos e variáveis, ou seja, à medida que a produção se altera os custos

semivariáveis variam na mesma direção, no entanto não nas mesas

proporções. Na visão de Padoveze (2006, p.532); “um custo é considerado

semivariável se sua variação não é na mesma proporção da variação do

volume de produção de vendas”.

• Custos diretos – estes podem ser identificados nos produtos ou serviços,

precisando apenas de uma medida de consumo, como quilos, horas de mão-

de-obra, quantidade força, entre outros, não havendo a necessidade de usar

critérios de rateio. Conforme Perez Junior, Oliveira e Costa (2005, p.25):

“são os custos que podem ser quantificados e identificados no produto ou

serviço e valorizados com relativa facilidade”.

• Custos indiretos – são aqueles que não podem ser identificados nos

produtos ou serviços, necessitando então de alguma forma de rateio para

alocá-los.

Leone (2000, p.58) destaca que:

Todo o item de custo que precisa de um parâmetro para ser identificado e debitado ao produto ou objeto do custeio é considerado um custo indireto. São debitados indiretamente por meio de taxas de rateio ou critérios de alocação.

• Custo-meta (target cost) – é a utilização do preço estabelecido pelo

mercado como padrão para alcançar a margem de lucro desejada e

consecutivamente definir o custo necessário para alcançá-la.

Perez Junior, Oliveira e Costa (2005, p.271) afirmam que:

Esse tipo de custo representa, portanto, o custo baseado nas condições de mercado, calculado tendo como parâmetro o preço de venda necessário para se obter determinada participação no mercado, com as margens desejadas de lucratividade.

Page 26: Dassaev Koch de Amorim

25

Na visão de Padoveze (2004), é um custo unitário do produto que não é

calculado, e sim resultado da subtração do preço de venda, pela margem de lucro

desejada.

2.6 Despesas

Despesa é todo o gasto necessário para obter receita, como por exemplo,

impostos, comissões de vendas. De acordo com Martins (2003, p.26), “as despesas

são itens que reduzem o patrimônio líquido e que têm essa característica de

representar sacrifícios no processo de obtenção de receitas”.

Contabilmente despesa não é sinônimo de custo, sendo que custo está

relacionado com o processo produtivo de bens ou serviços, enquanto que despesa

de uma forma geral são os gastos com a manutenção das atividades da

organização.

Perez Junior, Oliveira e Costa (2005), afirmam que todas as despesas estão

direta ou indiretamente para a efetivação de receitas, as empresas possuem

despesas para gerar receitas e não para produzir seus bens e serviços. As

despesas podem ser constituídas pelos grupos de despesas com vendas,

administrativas e financeiras.

Despesas com vendas são aquelas que oferecem apoio às vendas, como

por exemplo, comissões sobre vendas, propaganda, marketing etc. Para Iudícibus,

Martins e Gelbcke (2008), as despesas de vendas são os gastos relativos a

promoção, posicionamento e distribuição dos produtos da empresa, juntamente com

os riscos assumidos pela venda.

Despesas administrativas são necessárias para dirigir a empresa, como

material de escritório, salários e encargos do pessoal do administrativo. Iudícibus,

Martins e Gelbcke (2008) destacam que, as despesas administrativas representam

os gastos efetuados para dirigir ou gerir a empresa, compõem-se de várias

atividades gerais que beneficiam todas as fases do negócio e objetivo da empresa.

As despesas financeiras são gastos referentes aos juros pagos pela

empresa, em conseqüência de empréstimos bancários, descontos de cheques e

Page 27: Dassaev Koch de Amorim

26

duplicatas. Iudícibus, Martins e Gelbcke (2008) salientam que, as despesas

financeiras englobam, descontos de títulos, juros pagos sobre contratação de

empréstimos, financiamentos, desconto de títulos entre outras operações passíveis

a despesas de juros.

2.7 Margem de Contribuição

Margem de contribuição é a diferença entre o preço de venda e a soma dos

custos e despesas variáveis. Martins (2003, p.179) afirmar que, “é o valor que cada

unidade efetivamente trás à empresa de sobra entre sua receita e o custo que de

fato provocou e que lhe pode ser imputado sem erro”.

Na visão de Perez Junior, Oliveira e Costa (2005), pode-se compreender

que é a parcela do preço de venda que ultrapassa os custos e despesas variáveis e

que contribuirá para a absorção dos custos fixos e para a formação do lucro.

2.8 Ebitda

Ebitda (Earnings Before Interest and Taxes) é uma sigla que em inglês, quer

dizer “lucro antes dos juros, dos impostos, da depreciação e da amortização”

também conhecido como LAJIDA. Utilizado por analistas de mercado como a

principal e as vezes única avaliação de desempenho e do valor das companhias, ele

demonstra o caixa gerado pela principal atividade da empresa ou seja a capacidade

de suas operações gerar caixa. Para Sá e Moraes (2005, p.179), “O EBITDA é, em

última análise, o caixa gerado pela atividade principal da empresa”.

Hoji (2007, p. 328) destaca que:

É considerado pelos analistas financeiros o melhor indicador de geração de caixa operacional, pois considera em seu cálculo somente os resultados operacionais que afetam o caixa, desconsiderando as despesas e as receitas operacionais como a depreciação, amortização e exaustão; o resultado de equivalência patrimonial, as despesas e as receitas financeiras, outras receitas e

Page 28: Dassaev Koch de Amorim

27

despesas operacionais não rotineiras e, também, os impostos sobre o lucro (Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro).

Na visão de Silva (2006), o EBITDA é uma medida que avalia o desempenho

operacional da empresa, considerando as receitas operacionais líquidas, menos os

custos e as despesas operacionais, exceto as depreciações e amortizações.

2.9 Orçamento

O orçamento é um instrumento utilizado para realizar o planejamento das

operações e de investimentos da empresa, buscando auxiliar na tomada de decisão.

Conforme Zdanowicz (1995), o orçamento é a técnica, que possui como

base, informações e dados de experiências passadas, no entanto deverá se formar

também, em ferramenta de orientação no processo de tomada de decisão da

empresa para o futuro.

O orçamento é uma ferramenta muito importante para o sucesso de

qualquer organização. É iniciado nos objetivos que a organização deseja alcançar,

passando pela análise dos pontos fortes e dos pontos fracos da empresa, sempre

buscando alocar da maneira mais eficiente os recursos para aproveitar as

oportunidades identificadas no ambiente empresarial.

De acordo com Hoji (2007), os orçamentos representam quantitativamente,

as decisões de compras, produção, vendas, recursos humanos, gastos gerais,

qualidade e tecnologia.

O orçamento vem se tornando cada vez mais presente nas organizações,

auxiliando a melhorar o uso de seus recursos e investimentos, diminuir seus custos

e a maximizar seus resultados, podendo lhe ajudar a aumentar sua participação no

mercado.

Para Moreira (1989), um sistema orçamentário é um conjunto de planos e

decisões propriamente estabelecidos e representados em resultados financeiros,

onde permite à administração da empresa conhecer seus resultados operacionais,

efetuando acompanhamentos essenciais para que os resultados sejam alcançados e

as possíveis falhas sejam analisadas e corrigidas.

Page 29: Dassaev Koch de Amorim

28

De acordo com Padoveze (2006, p.501), “orçar significa processar todos os

dados constantes do sistema de informação contábil de hoje, introduzindo os dados

previstos para o próximo exercício”.

Lunkes (2003, p.39) afirma que:

Os orçamentos, além de serem parâmetros para avaliação dos planos, permitem a apuração do resultado por área de responsabilidade, desempenhando papel de controle por meio dos sistemas de custos e contabilidade.

Padoveze (2006, p.501), destaca que “o orçamento é ferramenta de controle

por excelência de todo o processo operacional da empresa, pois envolve todos os

setores da companhia”. O orçamento representa a origem e o destino dos recursos

utilizados por todos os setores da empresa, comparando o que foi planejado com os

resultados obtidos, auxiliando a tomar as decisões financeiras corretas e visando o

seu crescimento.

Portanto o orçamento é um instrumento essencial para as empresas, pois

pode oferecer suporte à elas para a tomada de decisão e apontar os erros do

passado, podendo assim corrigi-los para o próximo exercício.

2.9.1 Orçamento base zero

De acordo com Padoveze (2006), o princípio do orçamento base-zero está

em separar-se do passado, resumi-se principalmente em dizer que o orçamento

jamais deve começar da observação dos dados anteriores.

O orçamento base zero tem como característica não considerar o período

orçamentário anterior, ou seja, não são utilizados dados anteriores para o inicio de

sua elaboração.

Lunkes (2003) destaca que o orçamento base-zero solicita que todas as

atividades estejam justificadas e priorizadas antes da tomada de decisão referente a

quantidade de recursos a serem alocados em cada departamento da empresa.

O orçamento Base Zero é uma ferramenta de controle que descentraliza as

operações da empresa e ao mesmo tempo torna possível o administrador obter um

Page 30: Dassaev Koch de Amorim

29

controle amplo de todos os gastos. Tem como objetivo questionar a estrutura das

despesas e dos custos, em busca de economias para esses gastos.

Na visão de Lunkes (2003), a principal desvantagem do orçamento base-

zero é o tempo de sua elaboração, ele pode ser bastante burocrático, com muitos

papéis e controles, o seu tempo de elaboração é muito maior que os orçamentos

tradicionais. O mesmo autor aponta também as principais vantagens, como a força

dos gestores para repetir as operações e buscar melhorias, se concentrar em reais

necessidades e não nas variações do período anterior, oferecer melhor

acompanhamento do que foi planejado em relação ao realizado.

Este tipo de orçamento tem por objetivo diminuir os gastos e as despesas,

buscando aumentar o resultado da empresa. A proposta do orçamento base-zero,

conforme diz Padoveze (2006, p.504), “está em questionar cada gasto, cada

estrutura, buscando verificar a real necessidade dele”. A elaboração deste tipo de

orçamento é de responsabilidade gerencial, cada gerente deve calcular a despesas

das atividades de cada área da empresa, relatando os gastos e justificando-os.

2.9.2 Orçamento de tendências

O orçamento de tendências tem como característica a utilização de dados do

passado para projeções do orçamento do próximo exercício. Ele é muito importante,

pois o gestor pode verificar erros do passado, evitando, consecutivamente, no

próximo orçamento repetir o mesmo erro.

Padoveze (2004) destaca que, na execução do orçamento de tendências

sempre existirão acontecimentos do passado de conhecimento da empresa, que não

se repetirão, logo não serão reproduzidos no orçamento, do mesmo modo existirão

eventos futuros que não terão um passado onde possam basear nova estimativas,

onde deverão ser orçados de outro modo.

Page 31: Dassaev Koch de Amorim

30

2.9.3 Tipos de orçamento

Existem basicamente dois tipos de orçamento, o orçamento estático e o

orçamento flexível.

2.9.3.1 Orçamento estático

O Orçamento estático permanece fixo durante todo o período orçamentário,

ou seja, é baseado em um único nível de produção estabelecido no início e não

pode ser alterado. Padoveze (2006, p.505) afirma que; “o orçamento é considerado

estático quando a administração do sistema não permite nenhuma alteração nas

peças orçamentárias”.

Na visão de Horngre, Foster e Datar (2000), o orçamento estático é

fundamentado em um nível de atividade, quando as variações são determinadas no

final do período contábil, não são realizadas adaptações nos totais deste orçamento.

2.9.3.2 Orçamento flexível

Os orçamentos flexíveis são adaptados às alterações dos níveis das

atividades da empresa, podem ser ajustados a um determinado nível de vendas ou

de volume de produção, antes ou depois de sua ocorrência. Ele aponta qual deve

ser ou ter o custo para qualquer nível de produção.

Horngren, Foster e Datar (2000, p.168) dizem que,

Orçamento flexível é aquele elaborado com a utilização de estimativa das quantias de receitas ou de custos; quando as variações são determinadas, os totais orçados são ajustados (flexionados), para reconhecer o nível de atividade e os valores reais da receita e de direcionadores de custo. Os orçamentos flexíveis auxiliam os gerentes a penetrar mais profundamente nas causas das variações orçamentárias do que os orçamentos estáticos.

Page 32: Dassaev Koch de Amorim

31

Os orçamentos flexíveis podem ser vantajosos tanto antes do período em

foco quanto depois. Os gestores podem utilizar quando estiverem tentando escolher

uma entre várias faixas de atividades para o planejamento. Também podem ser

úteis no fim do período, quando os administradores estiverem analisando os

resultados reais. “O importante no orçamento flexível é a possibilidade de identificar

de onde vêm as diferenças, se elas foram causadas pela variação do preço, volume

etc.” (LUNKES, 2003 p.116).

Os administradores sempre solicitam relatórios de desempenho que

identifiquem da melhor maneira algumas variações importantes entre os resultados

orçados e os resultados realizados, o orçamento flexível possibilita a eles uma base

melhor para análise.

2.9.4 Objetivos do orçamento

Um dos objetivos de um processo de orçamento empresarial é facilitar o

planejamento administrativo da empresa em relação às operações que estarão

voltadas para alcançar as metas traçadas.

Zdanowicz (1995, p.21) diz que:

[...] o orçamento como instrumento de tomada de decisão terá, por objetivo máximo, apresentar o programa orçamentário, definindo padrões, normas e procedimentos, que servirão para regulamentar a organização na elaboração e na execução das atividades da empresa.

O orçamento relaciona seus objetivos com as funções administrativas de

planejamento e controle, pois, o planejamento fixa os objetivos a serem atingidos e

os meios que serão utilizados para sua obtenção, e o controle avalia os resultados

obtidos, em relação aos planejados, e determina as ações corretivas necessárias.

Segundo Padoveze (2004), são exemplos de objetivos que devem constar

no plano orçamentário:

• orçamento como um sistema de autorização: o orçamento aprovado não

deixa de ser um meio de liberação de recursos para todos os setores da

empresa, diminuindo o processo de controle;

Page 33: Dassaev Koch de Amorim

32

• um meio para projeções e planejamento: o conjunto das peças

orçamentárias será utilizado para o processo de projeções e planejamento,

possibilitando estudos para períodos posteriores;

• um canal de comunicação e coordenação: incorporando os dados do

cenário aprovado e das premissas orçamentárias, é instrumento para

comunicar e coordenar os objetivos da empresa e dos seus setores;

• um instrumento de motivação: dentro da linha de que o orçamento é um

sistema de autorização, ele permite um grau de liberdade de atuação dentro

das linhas aprovadas, sendo instrumento importante para o processo

motivacional dos gestores operacionais;

• um instrumento de avaliação e controle: considerando também os

aspectos de motivação e de autorização, é lógica a utilização do orçamento

como instrumento de avaliação e desempenho dos gestores e controle dos

objetivos setoriais, possibilitando então verificar como cada gestor está

controlando sua conta no orçamento da empresa;

• Uma fonte de informação para tomada de decisão: contendo os dados

previstos e esperados, bem como os objetivos setoriais e corporativos, é

uma ferramenta fundamental para decisões sobre os eventos econômicos de

responsabilidade dos gestores operacionais, ou seja o gestores poderão se

antecipar quando acontecer alguma variação na economia, já que as

operações da empresa está prevista no orçamento.

2.9.5 Processo de elaboração do orçamento

De acordo com Sá e Moraes (2005), a preparação do orçamento tem seu

início com a aprovação pelo Conselho de Administração ou pela Presidência,

conforme a ocorrência das estratégias, políticas internas e metas que vigorarão

durante o período orçado. A figura seguinte ilustra o processo orçamentário.

Page 34: Dassaev Koch de Amorim

33

Figura 1 – Fluxograma do processo de elaboração do orçamento Fonte: Adaptado de Zdanowicz (1995, p.25).

Zdanowicz (1995) afirma que, a alta gerência deverá envolver-se com o

processo operacional de planejamento financeiro e orçamento, até o momento de

fixar os objetivos e as metas para a empresa. Finalizando esta fase, a direção da

empresa deverá obter esforços e tempo para aspectos estratégicos, ou seja, para

ameaças e oportunidades do mercado.

Na visão de Padoveze (2006), a organização do processo orçamentário

pode ser vista da seguinte maneira:

• comitê orçamentário: deve ser estabelecido um comitê, que resolverá pela

visão maior do orçamento anual, composto normalmente pelas diretorias da

empresa, juntamente com o controller e o responsável pelo processo

orçamentário;

• premissas orçamentárias: cabe ao comitê orçamentário a definição das

regras maiores e gerais para fortalecer o orçamento do exercício seguinte;

• modelo do processo orçamentário: é de responsabilidade do comitê

orçamentário a definição do modelo de direção do processo orçamentário;

Fatores

Macroeconômicos

Processo Operacional Comitê de Planejamento

Financeiro e Orçamentário

Aspectos do mercado

financeiro

Análise e tomada de

decisão

Fixação de objetivos e

metas

Planejamento

Controle

Retro alimentação

Page 35: Dassaev Koch de Amorim

34

• estrutura contábil: cabe ao controller, atendendo a missão e objetivos da

empresa, estruturar e monitorar o sistema de informação contábil da

empresa.

Segundo Sá e Moraes (2005), após a conclusão da primeira fase de

elaboração do orçamento, o próximo passo é verificar se as metas definidas pelos

indicadores financeiros foram alcançadas. O fato de estas metas terem sido

atingidas não significa que o orçamento tenha chegado ao fim. Dependendo da

confiabilidade dos dados obtidos, a área de orçamento poderá decidir pela

necessidade de promover simulações.

2.9.6 Vantagens do orçamento

Na visão de Sanvicente e Santos (1983), a preparação de um orçamento

para as empresas tende a melhorar a utilização dos seus recursos, possibilitando

também ajustá-los às atividades consideradas prioritárias, para que sejam

alcançados os objetivos traçados.

A utilização do sistema orçamentário exige que sejam claramente fixados

objetivos e políticas para a empresa. Obriga a análise antecipada de todos os

fatores para a tomada de decisão a ser realizada pela administração.

Horngren, Foster e Datar (2000, p.125) destacam que,

Os orçamentos são partes principais da maioria dos sistemas de controle gerencial. Administrados de forma inteligente, os orçamentos impelem ao planejamento, incluindo a implementação de planos, fornecem critérios de desempenho e promovem a comunicação e coordenação dentro da organização.

Exige que a administração da empresa expresse em termos numéricos, o

que é preciso fazer para alcançar resultados satisfatórios, fazendo com que os

gestores façam uma auto-análise da empresa regularmente.

O orçamento representa uma ferramenta de planejamento e controle, onde

torna possível à administração visualizar mudanças, adaptar-se a elas e ainda, se

for necessário, corrigi-las durante a sua execução dentro do período estabelecido.

Page 36: Dassaev Koch de Amorim

35

Para Sanvicente e Santos (1983), o orçamento reduz o comprometimento

dos altos administradores com as operações diárias, transmitindo poderes e

autoridades que refletem-se nos orçamentos das diferentes unidades operacionais.

Segundo Welsch (1992), as vantagens mais específicas do orçamento

podem ser classificadas da seguinte maneira:

• obriga a análise antecipada das políticas básicas;

• exige uma estrutura administrativa adequada, ou seja, atribuir

responsabilidades a cada função da empresa;

• obriga todo o pessoal da administração, nos seus mais diversos níveis,

participarem no processo de determinação de objetos e preparação de

planos;

• exige dados contábeis históricos adequados e apropriados;

• obriga a administração planejar o forma mais econômica do uso de mão-

de-obra, matéria-prima, instalações e capital;

• reduz os custos ao aumentar a amplitude do controle, pois exige menor

número de supervisores;

• destaca as áreas de eficiência e ineficiência;

• forçar a administração a dedicar parte de seu tempo e atenção aos efeitos

das tendências esperadas das condições econômicas gerais;

• facilita o processo de obtenção de crédito bancário.

A empresa que utiliza o orçamento como uma ferramenta que permite

reações com velocidade em relação à dinâmica dos acontecimentos empresariais,

torna-se menos vulnerável e aumenta suas chances de alcançar o sucesso,

permitindo que se adapte imediatamente às mudanças. É uma ferramenta de

negócios que ajuda a analisar, organizar e controlar o que está acontecendo na

empresa.

2.9.7 Limitações do orçamento

Como todas as ferramentas, mesmo aperfeiçoado o orçamento apresenta

limitações, havendo a necessidade de conhecê-lo profundamente e não confiar

Page 37: Dassaev Koch de Amorim

36

totalmente nele, pois é um instrumento de apoio a gestão da empresa com base em

estimativas estando sujeito ao erro.

De acordo com Sanvicente e Santos (1995), apesar de todas as vantagens e

contribuições que o uso de um sistema de planejamento e controle orçamentários

pode proporcionar a uma empresa, a seus administradores e proprietários, também

aos funcionários, clientes e fornecedores, ele não é a resposta para todos os

problemas, pois, para ser bem aplicado numa empresa, exige atitudes apropriadas e

o conhecimento da técnica envolvida na sua utilização.

Welsch (1986) cita quatro limitações do orçamento que devem ser levadas

em conta:

• o plano de resultados baseia-se em estimativas: a força ou fraqueza de

um orçamento depende em grande parte da precisão com que as

estimativas básicas são realizadas. O processo de estimação das receitas e

despesas não pode ser uma ciência exata, porém existem várias técnicas

estatísticas, matemáticas e outras que podem ser aplicadas aos problemas

trazendo resultados satisfatórios;

• um programa de planejamento e controle de resultados deve ser

permanentemente adaptado às circunstâncias existentes: as técnicas

orçamentárias devem ser sucessivamente adaptadas, não só para cada

organização, mas também em função de novas circunstâncias surgidas

dentro da mesma organização, o programa orçamentário deve ser dinâmico

em todos os sentidos. Normalmente levará mais de um ano para chegar-se a

um programa razoável, e a administração não deverá ter expectativas muito

elevadas durante esse período;

• a execução de um plano de resultados não é automática: após a

conclusão do orçamento, ele só poderá se tornar eficaz quando todos os

executivos responsáveis o apoiarem e exercerem esforços continuados e

agressivos no sentido de sua execução. Todos os níveis administrativos

devem entender muito bem o programa orçamentário, saber de sua

importância para suas funções e participar de maneira significativa em sua

execução;

• o plano de resultados não deve tomar o lugar da administração: o

orçamento não deve ser visto como “senhor”, e sim como “escravo”, é um

Page 38: Dassaev Koch de Amorim

37

instrumento que pode auxiliar o desempenho do processo administrativo de

várias maneiras.

Não se pode esperar que o orçamento dê bons resultados logo depois de

sua implantação, exige-se tempo para fazer adaptações e testes que podem ser

demorados. É necessário um grande comprometimento de todos os responsáveis

envolvidos na sua elaboração, para que não se torne um instrumento inútil e

consecutivamente aumente os custos para a empresa que implantou esta

ferramenta.

2.10 Orçamento de Vendas

O inicio do desenvolvimento do orçamento de uma empresa é efetuado

através do orçamento de vendas, praticamente todo o restante do planejamento

orçamentário se baseia nas projeções das vendas.

Segundo Padoveze (2006, p.515), “o ponto-chave do orçamento operacional

é o orçamento de vendas. Na realidade, o orçamento de vendas é o ponto de partida

de todo o processo de elaboração das peças orçamentárias”.

Welsch (1992, p.95) destaca,

As vendas representam a fonte básica de entradas de recursos monetários; os investimentos adicionais em ativo imobilizado, o volume de despesas a ser planejado, as necessidades de mão-de-obra, o nível de produção e vários outros aspectos operacionais importantes dependem do orçamento de vendas.

O orçamento de vendas tem como objetivo principal projetar o volume de

vendas com um considerável grau de aproximação do que realmente ocorrerá para

o período estabelecido. As projeções feitas de modo equivocado levarão

diretamente todos os demais planejamentos do orçamento ao erro, por tanto é a

previsão das vendas a peça mais importante de todo o processo orçamentário,

dando continuidade aos demais planos.

Na visão de Zdanowicz (1995), na elaboração do orçamento de vendas

deverão ser contemplados os seguintes aspectos:

Page 39: Dassaev Koch de Amorim

38

• cuidado na realização deste orçamento, em relação à determinação do

potencial de mercado, ao nível de demanda, à pesquisa de mercado e de

consumidor, ao nível do preço etc.;

• expansão ou retração dos mercados atendidos pela empresa;

• fixação de preços unitários dos produtos e/ou serviços nos futuros

mercados;

• definição e qualificação da equipe de vendas.

O principal objetivo do orçamento de vendas, segundo Zdanowicz (1995,

p.35), “é dar velocidade no atendimento qualificado aos clientes, assegurando o

preço certo, a quantidade certa, o produto certo, no lugar certo e no tempo certo”.

Portanto, percebe-se que a empresa precisa estar atenta ao mercado, como

ele está funcionando, o que está acontecendo atualmente, onde os produtos e ou

serviços estão sendo comercializados, para não cometer erros na projeção do

orçamento de vendas, peça-chave do orçamento global.

Para Zdanowicz (1995), a projeção da estrutura do mercado da empresa

deverá ocorrer a partir da experiência obtida no mercado em que atua, através de

seu comitê de planejamento financeiro e orçamento, onde visualizará se haverá

crescimento de fato ou não das vendas para o período projetado.

De acordo com Welsch (1992), para alcançar o planejamento das vendas

com precisão há dois fatores importantes, o primeiro é que a alta administração

concentra grande atenção ao planejamento das vendas e garanti o suprimento de

recursos que satisfaçam o seu apoio técnico. No segundo fator a alta administração

encara os planos de vendas como objetivos sem erros a serem alcançados e cria as

estratégias e aplica os recursos necessários para atingi-los.

2.11 Orçamento de Produção

Após o orçamento de vendas, entra a fase do orçamento de produção,

instrumento que pode ser utilizado pela organização para planejar os volumes a

serem produzidos em um determinado período, visando atender as necessidades

das vendas. Conforme Passarelli e Bomfim (2004), o orçamento de vendas

Page 40: Dassaev Koch de Amorim

39

determina quando e quanto de cada produto tem que estar disponível para venda,

consecutivamente prescreve como será o orçamento de produção.

Complementa Padoveze (2006, p.520); “o orçamento de produção em

quantidade dos produtos a serem fabricados é fundamental para a programação

operacional da empresa”.

O orçamento de produção, também busca diminuir os custos da produção e

minimizar o investimento nos estoques. Para Welsch (1992), custos baixos da

produção em geral são resultados da padronização dos produtos e de níveis de

produção estabilizados.

Tratando-se de empresas prestadoras de serviços, o plano de vendas deve

ser convertido em necessidade de capacidade de prestação dos serviços. Neste tipo

de organização o pessoal envolvido na operação é extremamente importante. A

característica essencial deste tipo de empresa faz parte da baixa utilização de

estoques e o destaque nas pessoas diretamente ligadas com a atividade

operacional.

De acordo com Zdanowicz (1984), os objetivos mais importantes que o

orçamento de produção deve alcançar são:

• estabelecer políticas aos níveis desejados de estoques de matérias-

primas, produtos prontos e produtos em processamento;

• planejar a quantidade de cada produto que deve ser fabricado para

cumprir ás exigências de vendas e estar de acordo com as políticas de

estoque fixadas pela empresa;

• programar ou escalonar a produção para períodos intermediários de

tempo.

O orçamento da produção relaciona-se diretamente com três outros

importantes instrumentos: o orçamento de matérias-primas; o orçamento de mão-de-

obra direta e; o orçamento dos custos indiretos de produção.

Page 41: Dassaev Koch de Amorim

40

2.12 Orçamento de Matérias-Primas

O orçamento de matéria-prima é um plano que especifica as quantidades de

matéria-prima, inclusive o tipo do material a ser adquirido, períodos, preços e

unidades de negócios a serem atendidas. É elaborado a partir das necessidades de

material informadas pela área de fabricação, tendo o setor de compras como o

encarregado de adquirir as quantidades estimadas desse material.

Lunkes (2003) destaca que o orçamento de matéria-prima revela padrões de

consumo ou quantidade de cada tipo de matéria-prima e o volume físico de

produção.

A matéria-prima consiste em qualquer material que seja fisicamente

agregado ao produto, fazendo parte do mesmo. A importância e necessidade da

elaboração do orçamento de matérias-primas está ligada diretamente aos custos da

produção da empresa, pois nas empresas industriais elas absorvem grande parte

desse custo, neste segmento é fundamental que a elaboração seja feita de forma

adequada e exata, pois o resultado dessa peça do orçamento é determinante para o

sucesso do orçamento em geral.

Para Zdanowicz (1995, p.64); “o orçamento de matérias-primas deverá estar

relacionado à política de pronto abastecimento em todas as unidades produtivas da

empresa, em termos de qualidade e quantidade, no tempo certo”.

2.13 Orçamento de Mão-de-Obra Direta

O orçamento de mão-de-obra direta tem grande importância para a

organização, pelo fato de o mesmo consumir grande parte dos custos totais da

produção. Conforme Welsch (1992), a mão-de-obra pode ser direta que abrange os

salários pagos aos colaboradores diretamente envolvidos nas atividades específicas

da produção e indireta que envolve os custos de pessoal que não tem relação direta

com a produção, como salários de supervisores, serventes etc.

Page 42: Dassaev Koch de Amorim

41

O cálculo de mão-de-obra direta busca saber quanto é necessário de

recursos humanos para efetivar o orçamento de produção e atender o orçamento de

vendas projetado, tornando-o realizável.

Welsch (1992, p.162) diz que:

As principais razões para a preparação de um orçamento de mão-de-obra direta envolvem o fornecimento de dados de planejamento para o volume necessário de mão-de-obra direta, o número de empregados exigidos, o custo unitário de fabricação de cada produto, necessidades de fluxos de caixa e para permitir o controle do trabalho realizado.

Na visão de Sanvicente e Santos (1983), os benefícios deste orçamento

para o departamento pessoal são claros, pois elimina os pedidos urgentes de

recrutamento e seleção de funcionários, que são muito comuns em empresas que

não utilizam processos de planejamento.

2.14 Orçamento dos Custos Indiretos de Fabricação

Os custos indiretos da produção compreendem todos os custos que não

foram classificados como matéria-prima ou como mão-de-obra direta, ou seja, que

não foram identificados como produtos ou trabalhos específicos. Esses custos

podem ser classificados, conforme seu comportamento em relação ao nível de

atividade, em custos fixos, variáveis e semivariáveis.

Moreira (1989, p.33) destaca que,

Os custos indiretos de fabricação abrangem aqueles custos decorrentes do processo produtivo que não podem ser identificados diretamente com os respectivos produtos e, devido a isso, devem ser agregados ao custo dos produtos segundo algum critério de rateio.

2.15 Orçamento de Despesas Operacionais

O orçamento de despesas operacionais é responsável pela projeção dos

gastos que oferecem suporte nas operações das empresas, onde são contraídos por

Page 43: Dassaev Koch de Amorim

42

diversos setores das empresas na aquisição de produtos e serviços. Ele é composto

por despesas administrativas, de vendas, tributárias e despesas financeiras.

De acordo com Zdanowicz (1995), o orçamento de despesas operacionais

engloba os gastos de administração pertinentes à direção, assessoria, material de

expediente, entre outros. Despesas comerciais, onde se despenderá para realizar as

vendas de produtos e ou serviços, custos financeiros derivados de operações de

empréstimos e financiamentos captados pela empresa e os gastos com encargos

fiscais definidos pelos impostos, taxas e contribuições de melhoria.

2.15.1 Orçamento de despesas administrativas

As despesas administrativas incluem todos os gastos necessários para gerir

as operações de uma empresa e também os itens relativos a pessoal.

Para Zdanowicz (1995, p.78), “o orçamento de despesas administrativas

identifica-se na projeção de todos os itens de apoio ao processo operacional da

empresa, em termos de vendas e produção no período orçado”.

Zdanowicz (1995) afirma que, o orçamento de despesas administrativas tem

como objetivo auxiliar as demais áreas no gerenciamento automático da empresa e

definir as mudanças nas decisões de atuação, em relação ao aumento ou

diminuição se suas metas operacionais.

Welsch (1992, p.190), destaca que,

Em geral, a melhor abordagem ao planejamento de despesas administrativas consiste em baseá-las em planos e programas específicos. A experiência passada pode ser muito útil, quando ajustada às alterações esperadas das políticas administrativas e condições econômicas em geral.

As seqüências de atos dos diversos setores de uma organização contraem

gastos com a aquisição de produtos e serviços. Estes, em muitos casos, podem ser

entendidos como a parcela fixa de recursos necessária para a manutenção das

operações, as despesas administrativas podem ser, viagens, telefonemas,

telegramas, material de escritório, depreciação, seguros, taxas, energia elétrica,

serviços prestados por terceiros.

Page 44: Dassaev Koch de Amorim

43

2.15.2 Orçamento de despesas de vendas

Segundo Zdanowicz (1995, p.81); “o orçamento de despesas com vendas é

o instrumento que irá relacionar os itens a serem desembolsados, vinculados à

comercialização de produtos e/ou serviços da empresa, no período projetado”.

Em outras palavras, o orçamento de despesas de vendas compreende todos

os gatos realizados com a venda e a distribuição dos produtos ou serviços efetuados

pela empresa, como por exemplo, comissões de vendedores, encargos sociais,

propaganda, despesas de viagem, amostras, materiais de escritórios, telefone,

correspondência.

Na visão de Welsch (1992), as despesas de vendas incluem todos os gastos

relacionados a venda, distribuição e entrega de produtos a clientes. Em muitas

empresas este elemento representa uma porcentagem fundamental dos custos

totais. O planejamento cuidadoso desses custos, ajustando a um controle eficaz,

afeta de maneira vital a lucratividade potencial de uma empresa.

2.15.3 Orçamento de despesas tributárias

O orçamento de despesas tributárias é responsável pela projeção e controle

dos tributos que irão incorrer no período orçado, podendo ser taxas, impostos e

contribuição de melhoria. Para Zdanowicz (1995, p.84), “o orçamento de despesas

tributárias tem como objetivo fundamental projetar os desembolsos com tributos, que

a empresa deverá pagar, no período orçado”.

Page 45: Dassaev Koch de Amorim

44

2.15.4 Orçamento de despesas financeiras

O orçamento de despesas financeiras tem como função projetar os gastos

decorrentes das captações de recursos de terceiros para financiar as operações das

empresas.

Segundo Zdanowicz (1995), o orçamento de despesas financeiras estará

associado às captações de recursos financeiros na forma de capital de giro ou de

capital fixo, buscando viabilizar as atividades operacionais da empresa no período

projetado.

2.16 Orçamento de Caixa

O orçamento de caixa não é nada mais que o fluxo de caixa projetado, de

mês a mês, ao longo do período orçado, demonstra as entradas e saídas projetadas

de caixa da organização, permite reunir todos os orçamentos da empresa, busca

assegurar os recursos financeiros que satisfaçam as operações da empresa e se

haverá falta deles ou não.

De acordo com Zdanowicz (1995), o orçamento de caixa é essencial para a

empresa determinar um equilíbrio financeiro entre as receitas e os custos

projetados, no sentido de avaliar antecipadamente, o saldo necessário entre

entradas e saídas financeiras, evitando assim possíveis embaraços na hora de

cumprir as futuras obrigações da empresa.

Em relação ao objetivo do orçamento de caixa, diz Lunkes (2003, p.71); “o

objetivo do orçamento de caixa é assegurar recursos monetários suficientes para

atender às operações da empresa estabelecidas nas outras peças orçamentárias”.

O orçamento de caixa não indicará apenas o total de empréstimos

necessários para manter as operações da empresa, mas também o período em que

deverão ser obtidos. Para se obter uma administração eficiente é essencial o uso do

orçamento de caixa, possibilitando que a área financeira utilize seus recursos da

melhor maneira possível.

Page 46: Dassaev Koch de Amorim

45

2.17 Demonstração do Resultado do Exercício Projetado

A demonstração do resultado do exercício projetado (DRE) é elaborada

através dos orçamentos auxiliares, ou seja, o orçamento de vendas, produção,

matérias-prima, mão-de-obra direta, custos indiretos de fabricação, despesas

operacionais e de caixa. Portanto a projeção da DRE será uma das peças

orçamentárias mais importantes dentro do sistema de planejamento da empresa,

permitirá visualizar de forma sintética, todos os orçamentos auxiliares.

Assim como afirma Hoji (2007, p.486), “a demonstração do resultado é uma

das peças mais importantes do orçamento, pois é nessa demonstração que se

reflete o resultado final das operações”.

Zdanowicz (1995, p.108) destaca que:

O Demonstrativo do Resultado do Exercício projetado será a Demonstração Financeira, por excelência, que irá permitir o conhecimento antecipado sobre a capacidade da empresa em gerar lucros para o período orçado, bem como a taxa de retorno sobre o investimento projetada.

De acordo com Sanvicente e Santos (1983), a responsabilidade pela

elaboração das projeções de resultados pertence ao diretor de orçamentos. Após o

recebimento de todos os planos parciais dos diversos setores, esse executivo faz

análises para identificar erros claros ou alguns descuidos. Naturalmente, é feita uma

análise comparativa dos valores orçados com os valores reais do último ano, na qual

as principais variações são identificadas e analisadas com as alterações propostas

no orçamento.

Zdanowicz (1995), menciona que os principais objetivos da projeção da DRE

são:

• avaliar a eficiência do plano geral de operações, conseguindo relações de

grande importância entre as receitas, os custos e as despesas operacionais;

• analisar e comparar as situações econômicas atuais e futuras da empresa;

• informar aos atuais e novos acionistas sobre a provável remuneração dos

capitais investidos na empresa;

• projetar todas as contas divergentes resultantes ou não da atividade fim

da empresa;

• forma-se em instrumento de planejamento e controle econômico.

Page 47: Dassaev Koch de Amorim

46

O Demonstrativo de Resultados Projetados permite aos administradores

conhecerem, com antecedência, a capacidade de geração de lucros da empresa, e

também a taxa de retorno sobre o capital investido. Caso os resultados

apresentados pelo DRE não estejam refletindo os objetivos e metas traçados pela

alta administração no início do processo orçamentário, ela poderá realizar um

processo de revisão do orçamento elaborado, ou até revisar os objetivos, se julgar

que estes foram mal dimensionados.

2.18 Controle Orçamentário

Controle orçamentário significa utilizar orçamentos e relatórios

correspondentes visando coordenar, controlar e avaliar as operações da empresa,

de acordo com os objetivos estabelecidos antecipadamente pela sua administração.

No orçamento é necessário que os responsáveis pelo planejamento e pela

execução estejam constantemente avaliando se os resultados estão se afastando do

plano original, para que sejam tomadas as devidas providencias a tempo de se

corrigir os desvios detectados.

Em relação ao controle orçamentário Zdanowicz (1995, p.123) afirma que:

Todo o controle orçamentário a ser realizado na empresa poderá alterar o funcionamento do sistema de planejamento financeiro e orçamento. A execução desse processo será necessária para projetar, manter e coordenar o sistema de planejamento financeiro e orçamentário, pois compreenderá o conjunto de projeções, por elementos, das operações da empresa e dos relatórios de controle orçamentário.

Os administradores devem se preocupar em aumentar o valor da empresa e

garantir sua existência no mercado, diante deste aspecto, entra a necessidade de

sistemas precisos de planejamento e controle, permitindo com que percebam a

tempo as alterações que possam por em risco os objetivos traçados pela

organização, como evolução da concorrência, novas tecnologias, possibilitando

então que realizem os ajustes necessários para a nova realidade identificada.

De acordo com Padoveze (2006), o controle é a comparação dos dados

orçados contra os resultados obtidos pelo sistema de informações contábil, as

Page 48: Dassaev Koch de Amorim

47

variações ocorridas entre esses dados possibilitaram uma série de análises,

apontando se elas originaram-se do plano, preço, quantidades, eficiência etc.

Na visão de Frezatti (2000, p.145), “o processo de controle é parte integrante

do planejamento, já que permite aprender, incorporar conhecimentos, distinguir

desempenhos e mesmo alterar proposições”.

O controle apresenta ao gestor uma forma de comparar o desempenho da

empresa, obtido no período orçado com os objetivos planejados, lhe proporcionando

obter controle sobre suas operações e os recursos para dar continuidade e uma

administração correta à elas.

2.19 Análise das Variações Orçamentárias

Na medida em que o período projetado vai se realizando, são efetuadas

comparações dos itens realizados com os itens orçados, é neste momento que são

encontradas as variações orçamentárias, que são as diferenças entre o que foi

projetado em relação ao que foi realizado no período.

Segundo Weslch (1992), ao se avaliar uma certa variação, para determinar

suas causas devem ser consideradas as seguintes possibilidades:

• a variação não é significativa: tanto variações favoráveis quanto

desfavoráveis devem ser analisadas e avaliadas em termos de sua

importância;

• variações devido a erros de informações: tanto as projeções quanto os

dados reais devem ser analisados para se ter certeza de que não existem

erros de informações;

• variações devido a tomada de decisão da administração: as vezes a

administração tomará decisões que consequentemente irão causar

variações, com o objetivo de aumentar a eficiência e atender certas

exigências, como por exemplo o aumento de receita, consecutivamente irão

aumentar custos e despesas provenientes desta nova receita;

Page 49: Dassaev Koch de Amorim

48

• variações onde as causas precisas não são conhecidas: deve-se

aumentar a preocupação para este tipo de variação, e analisar

cuidadosamente, geralmente requerem a utilização de medidas corretivas.

De acordo com Padoveze (2004), tendo como base as informações

levantadas pelos relatórios de controle orçamentário, é efetuada então a análise das

variações, que busca identificar com maior detalhe os principais motivos que

causaram a variação em valor de cada item do orçamento.

2.19.1 Análise das demonstrações contábeis

A análise das demonstrações contábeis são desenvolvidas por técnicas

simples e bastante conhecidas, sendo a análise horizontal e a análise vertical. Para

Neto (2003, p.99), “uma das técnicas mais simples de aplicação e, ao mesmo

tempo, mais importante no que se refere à riqueza das informações geradas para a

avaliação do desempenho empresarial refere-se à análise horizontal e vertical”.

2.19.1.1 Análise horizontal

A análise horizontal possibilita avaliar a evolução de vários itens de cada

demonstração contábil ou financeira em períodos seqüenciais.

Padoveze (2006, p.201) afirma que, “a análise horizontal é o instrumento

que calcula a variação percentual acorrida de um período para o outro, buscando

evidenciar se houve crescimento ou decrescimento do item analisado”.

Neto (2003, p.99) destaca que,

O crescimento horizontal desses valores é obtido por meio de números-indices, ou seja, relacionando-se cada resultado obtido em determinada data com o verificado em data anterior, definida como data-base, e multiplicando-se esse quociente por 100.

Na figura 2 a seguir, apresenta-se a evolução de vendas e dos lucros brutos

de uma empresa industrial do setor de bebidas e refrigerantes.

Page 50: Dassaev Koch de Amorim

49

Figura 2 – Evolução de vendas e lucros brutos Fonte: Neto (2003, p.99).

Conforme Neto (2003, p.99), “tornando-se como data-base de 31-1-x0, as

vendas da empresa apresentaram número-índice de 122,0 [($ 9.865/$ 8.087)] em

31-1-x1, e de 143,1 [($ 11.572/$ 8.087)x100] em 31-12-x2”. Portanto percebe-se que

as receitas operacionais líquidas cresceram 22% e 43,1% em 31-1-x1 e 31-1-x2,

deste modo pode-se ver como funciona o cálculo da análise horizontal.

2.19.1.2 Análise vertical

A análise vertical na visão de Padoveze (2006, p.194), “é a análise da

estrutura da Demonstração do Resultado e do Balanço Patrimonial, buscando

evidenciar as participações dos elementos patrimoniais e de resultado em relação ao

total”. A análise vertical facilita a avaliação da estrutura do Ativo e do Passivo, assim

como a participação de cada item da Demonstração de Resultado na formação do

lucro ou prejuízo.

Braga (1989) afirma que, no balanço a análise vertical fornece indicadores

que tornam mais fácil a avaliação da estrutura do ativo e das suas fontes de

financiamento. Esse indicadores correspondem às participações percentuais dos

saldos das contas e dos grupos patrimoniais sobre o total do ativo ou do passivo

mais o patrimônio líquido. E a análise vertical da DRE possibilita calcular a

participação de cada item na formação do resultado, tendo como a base de cálculo

das porcentagens o valor da receita líquida.

Page 51: Dassaev Koch de Amorim

50

2.20 Princípio Contábil da Competência

No princípio contábil da competência as receitas e despesas devem ser

compreendidas na apuração do período em que ocorreram, independentemente do

seu recebimento ou pagamento.

Marion (2003) destaca que, perante o regime de competência dos

exercícios, a contabilidade contempla apenas a receita gerada em determinado

exercícios social, não considerando o seu recebimento e dando importância apenas

ao seu fato gerador, onde as despesas seguem o mesmo raciocínio.

Para Iudícibus (2000), o ponto fundamental no reconhecimento da receita e

na apropriação das despesas não é, habitualmente o seu recebimento ou

pagamento, e sim o ganho da receita e o fato de ter incorrido a despesas.

2.21 Análise Regressiva

A análise de regressão é uma função matemática onde apresenta a relação

entre duas ou mais variáveis. Conforme Bruni (2004, p.409), “a análise de regressão

fornece uma função matemática que descreve a relação entre duas ou mais

variáveis. A natureza da relação é caracterizada por essa função ou equação de

regressão”.

Bruni (2004) ainda destaca que, a equação de regressão pode ser usada

para estimar ou prognosticar valores futuros de uma variável, com base em valores

conhecidos ou supostos, de uma ou mais variáveis relacionadas.

Sá e Moraes (2005) destacam que, a regressão linear é a parte da

estatística que estima e testa relações entre acontecimentos que possam ser

observados.

Page 52: Dassaev Koch de Amorim

3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO

Neste capítulo será apresentada a caracterização da empresa Transportes

Dalçóquio Ltda., toda trajetória da empresa desde o seu início, bem como, sua

estrutura, visão, missão e objetivos, organograma, número de funcionários,

principais clientes e fornecedores. Tendo como meta contribuir para o alcance dos

objetivos propostos no trabalho.

3.1 Transportes Dalçóquio Ltda

A empresa surgiu no ano de 1968, com sua primeira razão social

denominada Transportes Augusto Dalçóquio, com uma parceira formada junto a

Petrobras Distribuidora, que nesta época estava expandindo seus negócios para o

sul do Brasil na distribuição de derivados de petróleo e óleo combustível.

No início de suas operações a transportadora possuía uma frota de 5

caminhões, sendo dois Ford-600, um Mercedes-Benz, modelo LP 321, um FNM,

modelo D 11000 e um Internacional a gasolina.

No ano de 1975 a Transportes Augusto Dalçóquio passa a se chamar

Transportes Dalçóquio Ltda., permanecendo este nome até hoje, sendo o Sr.

Augusto Dalçóquio Neto o sócio majoritário e fundador. Com a parceria junto a

Petrobras Distribuidora a empresa começou a se fortalecer no mercado. Nessa

época, a transportadora contava com uma frota de aproximadamente 50 caminhões.

No ano de 1978, buscando expandir-se ainda mais no mercado, a empresa

começou a transportar produtos corrosivos e tóxicos (soda, sulfúrico e ácido nítrico

98%), nascendo também sua primeira filial em Arapongas-Paraná.

No início da década de 80, a Transportes Dalçóquio iniciou suas operações

de transportes de minérios e fertilizantes com caçambões de 30 toneladas entre os

estados de Santa Catarina e São Paulo. Em 1983, num período marcado pelas

grandes enchentes que castigaram todo o Vale do Itajaí, depois de um longo tempo

de negociação, a Petrobras Distribuidora passa a se tornar sócia da transportadora

Page 53: Dassaev Koch de Amorim

52

com 40% das ações da empresa, com a abertura de seu capital a empresa passa a

se chamar Transportes Dalçóquio S/A, com uma frota aproximada de 150

caminhões.

Alguns ano depois a Petrobras Distribuidora colocou à venda a participação

acionária de todas as empresas coligadas, consecutivamente as ações que obtinha

da Transportes Dalçóquio S.A. Efetuado o leilão pelo BNDES (banco responsável

pela privatização das empresas estatais), através da bolsa de valores mobiliários de

São Paulo, as ações foram adquiridas pelo Sr. Augusto Dalçóquio Neto (95%) e pela

sua cunhada, Maria Joana Dalçóquio (5%) tornando-se então os únicos donos da

Transportes Dalçóquio S.A. e a empresa voltando a se chamar Transporte Dalçóquio

Ltda. Esta mudança, de Sociedade Anônima para "LIMITADA" foi em 15 de junho de

2001.

Em 2002, a Transportes Dalçóquio iniciou operações de transportes com a

Kraft Foods Brasil, empresa subsidiária da norte-americana Kraft Foods Inc., a maior

empresa de alimentos dos Estados Unidos e a segunda maior do mundo. A Kraft

Foods tornou-se em pouco tempo, uma grande parceira no crescimento da empresa,

atualmente é o segundo maior faturamento da empresa, ficando atrás apenas da

Petrobrás Distribuidora,

Hoje a Transportes Dalçóquio possui grande destaque nacional na área de

transportes rodoviários de carga e também sendo reconhecida no âmbito do

Mercosul. A empresa possui filiais em quase todos os Estados brasileiros e uma

localizada na cidade de Buenos Aires na Argentina; todas em pontos estratégicos

para melhor atender seus clientes.

3.1.2 Missão, visão e valores

A empresa Transportes Dalçóquio tem como missão “movimentar o

desenvolvimento encantando as pessoas”, ou seja, busca transportar, armazenar e

distribuir cargas com excelência em qualidade, segurança e saúde ocupacional,

respeitando o meio ambiente para a satisfação de clientes e colaboradores.

Page 54: Dassaev Koch de Amorim

53

E tendo como visão “ser referência na cadeia logística da América do Sul até

2013”, atualmente operacionaliza uma parte da cadeia logística nacional e

internacional, através do transporte rodoviário, armazenagem e distribuição.

A empresa tem como valor o cliente sempre em primeiro lugar, valorizando

seus colaboradores e prestando serviço de segurança, preservando o meio

ambiente, saúde e qualidade, fatores que são muito importantes para sua colocação

no mercado.

A Transportes Dalçóquio desempenha suas atividade de forma ética e

assume os compromissos que formam sua política integrada de gestão, como:

• preservar a Vida e o Meio Ambiente;

• superar as expectativas dos clientes;

• para ser feliz, tem que ser responsável;

• superação com resultado contratado;

• responsabilidade Social;

• valorização das pessoas.

3.1.3 Frota

Conta com uma frota de aproximadamente 987 conjuntos de cavalo

mecânico e carreta, sendo 57% próprio (todos rastreados via satélite) e 43%

agregados.

A figura 3 apresenta veículos líquidos a granel, especialmente combustíveis

e outros derivados de petróleo e álcool.

Page 55: Dassaev Koch de Amorim

54

Figura 3 – Tanques em Aço Inox Químico, Petroquímico, Bitrem e para Derivados. Fonte: Site da Transportes Dalçóquio ltda.

A figura 4 mostra alguns veículos semi-reboques, como o Baú utilizado

para o transporte de frangos, peixes e chocolate.

Figura 4 – Semi-reboque Baú e Baú Refrigerado, Sider, Carga Seca e Cloro. Fonte: Site da Transportes Dalçóquio ltda.

Abaixo a figura 5 apresenta outros tipos de veículos, identificando que a

Transportes Dalçóquio obtém equipamentos necessários para atender seus clientes

em vários segmentos.

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55

Figura 5 – Semi-reboque Silio, Basculante e Tanque em Aço Carbono, em Aço Inox com Revestimento Térmico e em Alumínio para Químico. Fonte: Site da Transportes Dalçóquio ltda.

3.1.4 Estrutura

A empresa Transportes Dalçóquio Ltda. dispõe de uma estrutura física

excelente, onde oferece suporte a toda sua frota descrita anteriormente. suas filias

são distribuídas da seguinte forma: Itajaí/SC (Matriz), filiais (Dias D'Ávila e Mucuri na

Bahia, Goiânia em Goiás, Betim em Minas Gerais, Campo Grande no Mato Grosso

do Sul, Arapoti, Araucária e Londrina no Paraná, Duque de Caxias e Campo Grande

no Rio de janeiro, Canoas e Passo Fundo no Rio Grande do Sul, Cubatão, Ourinhos,

Paulínia, São José dos Campos em São Paulo, Cuiabá no Mato Grosso e em

Buenos Aires na Argentina), centro de distribuição (Os CD’s se encontram em

Viana/ES, Curitiba/PR, Duque de Caxias/RJ, Canoas/RS, Itajaí/SC e São Paulo/SP).

Abaixo a figura 6 apresenta o mapa de todas as filias e centro de distribuição,

dispersos por todo o território brasileiro.

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56

Figura 6 – Mapa da empresa Transportes Dalçóquio no território nacional. Fonte: Apresentação Institucional da empresa Transportes Dalçóquio ltda.

A Transportes Dalçóquio emprega no seu quadro de funcionários até

01/12/2008 1021 colaboradores, destes 248 fazem parte da área administrativa e

773 fazem parte da área operacional. A seguir o gráfico 1 mostra a distribuição de

colaboradores pelos estados brasileiros, sendo que aproximadamente 55% dos

mesmos prestam serviço no Estado de Santa Catarina, aonde se localiza a sua

matriz.

Gráfico 1 – Distribuição de colaboradores pelo Brasil. Fonte: Apresentação Institucional da empresa Transportes Dalçóquio ltda.

Page 58: Dassaev Koch de Amorim

57

Visualizando a empresa de forma geral, apresenta-se na forma de um

gráfico, onde representa a estrutura da organização caracterizando seus diversos

setores e suas respectivas interdependências via hierarquia, linhas de autoridade

esubordinação. Segundo Lacombe e Heilborn (2006, p.103), “o organograma é a

representação gráfica da estrutura organizacional que mostra seus órgãos, níveis

hierárquicos e as principais relações formais entre eles”.

Organograma é uma representação gráfica dos órgãos hierárquicos de uma

empresa, neste sentido abaixo se apresenta no gráfico 2, a estrutura formal da

empresa Transportes Dalçóquio.

Figura 7 – Organograma Fonte: Elaborado pelo Acadêmico.

PRESIDÊNCIA

DIRETORIA ADM. & FINANCEIRO

DIRETORIA COMERCIAL

DIRETORIA OPERACIONAL

SECRETARIA EXECUTIVA

RH

COMPRAS

FINANCEIRO

CONTABILIDADE

TI

AGREGADO SEGURO

PEDÁGIO

QUALIDADE

GERÊNCIA COMERCIAL

CLIN

COMERCIAL

SAC

SECRETÁRIA

GERÊNCIA MANUTENÇÃO

GERÊNCIA OPERACIONAL

PONTOS DE APOIO

GERÊNCIA FILIAL

TRAFEGO DOCUMENTAÇÃO

GERÊNCIA ADM CD’S

CD CANOAS

CD CURITIBA

CD SÃO PAULO

CD VIANA

CD ITAJAÍ

CD RJ

VICE PRESIDÊNCIA

Page 59: Dassaev Koch de Amorim

58

3.1.5 Objetivos da empresa

A Transportes Dalçóquio ltda. tem como objetivos:

• aumentar a participação no mercado com total equilíbrio estrutural;

• maximizar a utilização da frota sem prejuízo da qualidade;

• minimizar os custos operacionais e as despesas fixas;

• manter a segurança e a qualidade acima dos padrões de mercado.

3.1.6 Principais clientes e fornecedores

A empresa possui uma respeitável carteira de clientes, podendo ser de

produtos químicos, chocolate, pneus, matérias-primas de diversos produtos entre

outros. Na figura 7, encontram-se os principais clientes da Transportes Dalçóquio.

Figura 8 – Clientes Fonte: Apresentação Institucional da empresa Transportes Dalçóquio ltda.

Por ser uma Transportadora e necessitar de muitos itens para dar

continuidade às suas operações, ela possui muitos fornecedores dos mais diversos

tipos como, por exemplo, peças para a manutenção dos caminhões, tintas para

pintar a lataria, diesel para o abastecimento da frota etc. Abaixo na figura 8

apresentam-se seus principais fornecedores.

Page 60: Dassaev Koch de Amorim

59

Figura 9 – Fornecedores Fonte: Apresentação Institucional da empresa Transportes Dalçóquio ltda.

3.2 Resultados da Pesquisa

Neste item serão apresentados os resultados obtidos na pesquisa de campo

realizada na Transportes Dalçóquio Ltda, analisando-se o seu orçamento

empresarial do período de janeiro a dezembro de 2008 de acordo com os objetivos

apresentados.

3.2.1 Orçamento da Transportes Dalçóquio

O orçamento elaborado pela Transportes Dalçóquio é econômico

(operacional) baseado no preço, ou seja, é projetado através do valor monetário das

entradas e saídas da empresa, respeitando o princípio contábil do regime da

competência, a empresa está no terceiro ano do seu orçamento, onde o mesmo

evolui a cada ano, ele é utilizado para análise gerencial de acordo com as

informações necessárias para os gestores do negócio.

São utilizadas apenas as contas de resultado da DRE e não as contas do

ativo e passivo, no entanto são observadas com total atenção as contas de estoque,

pois as mesmas influenciam diretamente no caixa da empresa. Na sua elaboração é

considerado como um orçamento misto, sendo orçamento de tendências, utilizando

Page 61: Dassaev Koch de Amorim

60

dados do ano anterior para realizar projeções futuras e base zero, a utilização

destas duas características é aplicada de acordo com as necessidades dos itens

orçados.

O início de sua preparação é através da projeção do faturamento, em

seguida são estimados os impostos com base na receita que se deseja atingir,

posteriormente projeta-se o pedágio onde a empresa é apenas um repassador de

recursos. Após a projeção do pedágio chega-se a receita líquida, calcula-se então os

custos e despesas variáveis alcançando a margem de contribuição (MC).

Após o resultado da MC, são projetados os gastos com pessoal fixo, custos

e despesas fixas, despesas tributárias e indedutíveis. No final de todas as projeções

chega-se ao Ebitda, a empresa utiliza este indicador de desempenho no seu

orçamento para verificar a rentabilidade operacional de sua atividade, podendo

verificar se está obtendo um bom desempenho no transporte realizado. A seguir

será demonstrado como todos os itens do orçamento são elaborados.

• Receita – A área comercial da Transportes Dalçóquio é formada por uma

equipe de oito pessoas, a receita bruta total é projetada com base em dados

do ano anterior utilizando como referência os 200 principais clientes, dando

ênfase aos 20 clientes com maior faturamento, utiliza-se também a técnica

de análise regressiva, a regressão linear. As pessoas envolvidas no

processo comercial contatam os clientes em potencial e buscam saber quais

são suas perspectivas para o próximo ano, como está o seu negócio, se irão

manter, aumentar ou até mesmo diminuir o volume de serviços com a

transportadora. Após esta etapa a equipe comercial traz para a empresa os

resultados obtidos com clientes e quanto conseguirão aumentar o

faturamento com estes para o próximo ano, a empresa possui uma meta

percentual de crescimento de um ano para o outro, essa porcentagem é

comparada com os resultados que a área comercial mostra ser capaz de

atingir, ela é baseada na inflação e uma meta real de crescimento, por

exemplo, com uma inflação de 5% e um crescimento real de 5% que a

empresa deseja alcançar a meta estipulada seria de 10% para o ano, o setor

comercial quando não atinge a meta estipulada pela empresa com os

clientes pré-definidos, tem a obrigação de atingir a meta com a conquista de

novos clientes.

Page 62: Dassaev Koch de Amorim

61

• Impostos – projeta-se com base na receita bruta estimada, aplicando-se a

porcentagem dos impostos diretos que incidem sobre a receita, como a

empresa se credita de muitos impostos, são considerados apenas os

desembolsos, os que realmente afetam o caixa.

• Pedágio – a projeção do pedágio é realizada com apoio de dados

passados, é situada logo depois dos impostos no orçamento e antes da

receita líquida, este item é colocado desta maneira por que na visão dos

gestores não é possível trabalhar nele para tentar diminuir o seu valor de

algum modo, sendo que a passagem pelos pedágios é obrigatória e não

possuem algum tipo de desconto, a empresa também é a apenas um

repassador do pedágio.

• Custo variável diesel – o custo variável diesel é estimado em relação à

quilometragem projetada, sendo em média aproximadamente cinco milhões

de quilômetros por mês. O km utilizado para projetar diesel é o km realizado

de cada mês do ano anterior, para exemplificar e partindo deste parâmetro a

projeção é realizada da seguinte maneira: o preço médio do diesel para o

ano de 2008 foi avaliado em R$ 1,79 por litro, a média de consumo da frota

é de 2,39 km por litro, no mês de janeiro de 2008 foi projetado que a frota iria

percorrer 4.962.035 km, através destes dados é efetuado o cálculo e com o

resultado obtido se tem a projeção do diesel para o respectivo mês. Os

demais meses são planejados da mesma maneira, conforme o cálculo

abaixo:

Gasto total = ?

Pm (preço médio) = R$ 1,79 por litro

Cmf (consumo médio frota) = 2,39km/litro.

Km (quilometro a percorrer) = 4.962.035Km.

Gasto total = (KM/CMF x PM)

Gasto total = (4.962.035/2,39 x 1,79)

Gasto total = 2.076.165,27 litros

Gasto total = 2.076.165,27 x 1,79

Gasto total = R$ 3.716.335,83

Page 63: Dassaev Koch de Amorim

62

• Custo variável pneus – o custo variável pneus é projetado praticamente

da mesma maneira que o diesel, parte do ponto em que a média de pneus é

de 22 por equipamento, o preço médio do pneu para ano de 2008 foi de R$

1.350,00 cada pneu. Sabendo-se que um pneu roda aproximadamente

220.000 km antes da primeira recapagem e que cada recapagem tem o

custo de R$ 380,00, onde esta eleva para 310.000 km a vida útil do pneu, é

realizado o cálculo de quanto à média de pneus por equipamento custaria

se, percorresse o km do mês que estava sendo projetado, o cálculo abaixo

exemplifica esse raciocínio, onde o mesmo é utilizado para todos os meses

do ano.

Gasto total = ?

Pm (preço médio) = R$ 1.350

Pr (preço médio recapagem) = R$ 380,00

Mp (média km por pneu) = 220.000 km

Mrec (média km por pneu recapado) = 90.000 km

Me (média pneu por equipamento) = 22

KM (quilometro a percorrer) = 4.962.035 km

Custo pneu por Km por equipamento = ((Pm+Pr) / (Mp+Mrec) x 22)

Custo pneu por Km por equipamento = ((1.350+380)/(220.000+90.000)x22)

Custo pneu por Km por equipamento = (1.730) / (310.000) x 22)

Custo pneu por Km por equipamento = (0,0056 x 22)

Custo pneu por Km por equipamento = R$ 0,1228

Gasto total = Custo pneu por Km por equipamento x KM

Gasto total = 0,1228 x 4.962.035

Gasto total = R$ 609.337,90

• Custo variável oficina – neste item a empresa utiliza a estratégia de

custo meta, a manutenção da frota é preventiva, ou seja é realizada por

quilometragem atingida, a Transportes Dalçóquio procura o máximo não

deixar o veículo apresentar algum tipo de problema para que sejam

efetuadas as devidas manutenções, que no caso seria a manutenção

corretiva. Com a manutenção preventiva a empresa consegue diminuir seus

Page 64: Dassaev Koch de Amorim

63

custos, como a compra de peças que quebram por falta de manutenção e

não deixa de gerar receita, pois um caminhão quando está quebrado fica

mais tempo parado na oficina do que se estivesse efetuando uma

manutenção de prevenção, ele estando parado não estará fazendo frete

consecutivamente não vai faturar para a empresa.

• Diárias – são projetadas por dias úteis de cada mês, o valor diário é

arbitrado pelas diversas convenções coletivas (sindicatos), onde os mais de

650 motoristas estão registrados, como por exemplo, na cidade de São

Paulo - SP o valor médio da diária é de R$ 39,00, na cidade de Canoas - RS

o valor é de R$ 27,00. A empresa também premia através de diárias

variáveis o motoristas que durante o mês atingem a meta de faturamento.

• Fretes contratados – os fretes contratados representam 38% do

faturamento bruto da empresa, ou seja 38% da receita bruta total é

alcançada através da frota agregada, a projeção desta conta é elaborada

com dados dos anos anteriores onde os gastos projetados são de 25% em

relação a receita bruta total.

• Outros Custos variáveis – no item outros custos varáveis existem duas

sub-contas, custos com sinistros e custos com vaporização. Na sub-conta

custos com sinistros a projeção é realizada de uma maneira simples,

sabendo-se que sinistros acontecem de forma imprevista, projeta-se com

base nos sinistros do ano anterior, tendo como objetivo diminuir a cada ano

os valores deste item. No custo com vaporização de tanques químicos e

petroquímicos, várias são as situações durante o mês em que o produto

transportado do ponto A para o ponto B não é compatível por legislação

específica com o próximo produto que vai do ponto C para o ponto D,

dependendo dos produtos transportados em questão, há um custo com

descontaminação e vaporização destes equipamentos. Estes custos são

projetados de acordo com os valores realizados no ano anterior e

proporcionalmente a receita bruta total projetada para o próximo ano.

• Despesas variáveis – neste item há duas sub-contas, despesas com

vendas e seguro gerais. São projetados utilizando dados do ano anterior,

onde a empresa tem como objetivo diminuir estes valores ao máximo no

decorrer do exercício.

Page 65: Dassaev Koch de Amorim

64

• Pessoal – Nesta conta são projetados todos os gastos relativos à folha de

pagamento, considerando a quantidade total de funcionários no período de

elaboração do orçamento, que no caso da Transportes Dalçóquio acontece

entre os meses de setembro e outubro. São incluídos neste item também,

gastos com serviços contratados, como serviços de vigilância, limpeza,

possíveis contratações de novos funcionários, custo com vale-transporte,

vale-refeição, assistência médica, bolsa de estudos, hospedagens.

Indenizações por demissões, onde são projetados com base na rotatividade

de pessoal do ano anterior, e tem como objetivo a cada ano melhorar em

10%.

• Custos fixos e despesas fixas – nestes dois itens seus valores são

orçados através de dados históricos, no orçamento da Transportes

Dalçóquio são exemplo de custos fixos: aluguel de equipamentos, IPVA. Na

conta de despesas fixas podem ser considerados: serviços de vigilância,

serviços de contabilidade, serviços de limpeza, suprimentos de informática,

aluguel de imóveis.

• Despesas tributárias e Despesas Indedutíveis – são projetadas com

informações dos anos anteriores, sendo despesas tributárias: IPTU, licenças

ambientais, taxas de licenciamento e funcionamento e despesas

indedutíveis: multas de trânsito, multas fiscais sobre impostos parcelados.

3.2.2 Orçado x Realizado

Nas tabelas seguintes apresentam-se os valores orçados e realizados das

receitas, custos e despesas componentes do orçamento da empresa Transportes

Dalçóquio, correspondentes ao exercício de 2008, os quais serão adiante

analisados.

Page 66: Dassaev Koch de Amorim

65

Tabela 1 – Valores orçados x realizados correspondentes aos meses de janeiro e fevereiro de 2008.

ORÇADO REALIZADO ORÇADO REALIZADORECEITA BRUTA TOTAL 24.000.000,00 24.148.309,00 23.600.000,00 21.680.489,72 Impostos (1.620.000,00) (1.706.369,87) (1.593.000,00) (1.473.790,39) Pedágio (840.000,00) (783.453,48) (826.000,00) (692.955,47) Receita Líquida 21.540.000,00 21.658.485,65 21.181.000,00 19.513.743,86 Custo Variável (12.369.980,71) (12.714.244,97) (11.824.991,44) (11.449.566,72) Diesel Frota (3.785.424,26) (3.869.240,54) (3.504.858,76) (3.546.747,32) Custo Var. - Pneus (446.583,15) (578.857,69) (412.696,26) (387.334,98) Custo Var. - Oficina (1.438.990,15) (1.327.418,31) (1.329.799,06) (1.272.941,38) Diárias (504.036,00) (502.891,26) (495.635,40) (498.291,09) Fretes Contratados (6.031.200,00) (6.322.859,16) (5.930.680,00) (5.648.194,76) Outros Custos Variáveis (163.747,16) (112.978,01) (151.321,96) (96.057,19) Desp. Variável (510.400,00) (282.033,70) (501.893,33) (297.949,66) Margem de Contribuição 8.659.619,29 8.662.206,98 8.854.115,23 7.766.227,48 Pessoal (3.030.000,00) (2.889.718,85) (3.030.000,00) (2.962.454,11) Custos Fixos (300.000,00) (256.269,00) (300.000,00) (267.649,00) Despesas Fixas (1.120.795,83) (956.553,50) (1.120.795,83) (999.029,73) Desp. Tributárias (90.000,00) (15.773,95) (90.000,00) (124.729,58) Desp. Indedutíveis (54.166,67) (95.661,45) (54.166,67) (95.285,99) EBITDA 4.064.656,79 4.448.230,23 4.259.152,73 3.317.079,07 EBITDA % 18,87% 20,54% 20,11% 17,00%

CONTASPERÍODO PERÍODOJANEIRO FEREIRO

Fonte: Relatórios da empresa pesquisada

Tabela 2 – Valores orçados x realizados correspondentes aos meses de março e abril de 2008.

ORÇADO REALIZADO ORÇADO REALIZADORECEITA BRUTA TOTAL 23.900.000,00 22.638.061,33 24.100.000,00 22.835.762,27 Impostos (1.613.250,00) (1.357.807,75) (1.626.750,00) (1.241.912,88) Pedágio (836.500,00) (945.407,29) (843.500,00) (741.863,96) Receita Líquida 21.450.250,00 20.334.846,29 21.629.750,00 20.851.985,43 Custo Variável (12.231.418,85) (11.958.815,89) (12.310.070,63) (12.282.307,01) Diesel Frota (3.717.346,03) (3.835.937,30) (3.740.159,33) (3.845.153,84) Custo Var. - Pneus (437.157,45) (421.174,96) (437.457,78) (406.812,64) Custo Var. - Oficina (1.408.618,45) (1.362.390,68) (1.409.586,18) (1.284.434,00) Diárias (501.935,85) (497.923,43) (506.136,15) (494.576,93) Fretes Contratados (6.006.070,00) (5.613.876,55) (6.056.330,00) (6.069.739,09) Outros Custos Variáveis (160.291,07) (227.512,97) (160.401,19) (181.590,51) Desp. Variável (508.273,33) (346.264,63) (512.526,67) (304.848,78) Margem de Contribuição 8.710.557,82 8.029.765,77 8.807.152,70 8.264.829,64 Pessoal (3.030.000,00) (3.019.691,84) (3.175.240,68) (3.002.354,60) Custos Fixos (300.000,00) (285.500,53) (300.000,00) (254.771,00) Despesas Fixas (1.120.795,83) (1.065.661,47) (1.120.795,83) (950.959,00) Desp. Tributárias (90.000,00) (88.327,21) (90.000,00) (35.883,55) Desp. Indedutíveis (54.166,67) (94.966,17) (54.166,67) (66.180,25) EBITDA 4.115.595,32 3.475.618,55 4.066.949,52 3.954.681,24

EBITDA % 19,19% 17,09% 18,80% 18,97%

CONTASPERÍODO PERÍODOMARÇO ABRIL

Fonte: Relatórios da empresa pesquisada

Page 67: Dassaev Koch de Amorim

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Tabela 3 – Valores orçados x realizados correspondentes aos meses de maio e junho e 2008.

ORÇADO REALIZADO ORÇADO REALIZADORECEITA BRUTA TOTAL 24.700.000,00 24.942.077,90 25.000.000,00 25.777.981,77 Impostos (1.667.250,00) (1.214.933,90) (1.687.500,00) (1.233.527,47) Pedágio (864.500,00) (773.117,74) (875.000,00) (804.686,56) Receita Líquida 22.168.250,00 22.954.026,27 22.437.500,00 23.739.767,74 Custo Variável (13.145.526,16) (12.871.971,91) (13.311.739,06) (13.761.494,06) Diesel Frota (4.300.616,17) (4.295.125,62) (4.391.052,37) (4.413.628,86) Custo Var. - Pneus (461.781,27) (455.721,60) (460.492,56) (368.283,89) Custo Var. - Oficina (1.487.961,87) (1.189.176,75) (1.483.809,36) (1.624.544,86) Diárias (518.737,05) (509.181,90) (525.037,50) (519.293,65) Fretes Contratados (6.207.110,00) (6.234.470,85) (6.282.500,00) (6.694.356,72) Outros Custos Variáveis (169.319,80) (188.295,19) (168.847,27) (141.386,08) Desp. Variável (525.286,67) (272.127,67) (531.666,67) (341.185,62) Margem de Contribuição 8.497.437,17 9.809.926,68 8.594.094,27 9.637.088,07 Pessoal (3.349.878,92) (3.173.739,04) (3.349.878,92) (3.255.366,05) Custos Fixos (300.000,00) (260.060,00) (300.000,00) (251.106,00) Despesas Fixas (1.120.795,83) (970.703,00) (1.120.795,83) (937.279,00) Desp. Tributárias (90.000,00) (13.156,17) (90.000,00) (27.199,00) Desp. Indedutíveis (54.166,67) (55.428,46) (54.166,67) (47.070,00) EBITDA 3.582.595,76 5.336.840,01 3.679.252,85 5.119.068,02

EBITDA % 16,16% 23,25% 16,40% 21,56%

CONTASPERÍODO PERÍODO

MAIO JUNHO

Fonte: Relatórios da empresa pesquisada

Tabela 4 – Valores orçados x realizados correspondentes aos meses de julho e agosto de 2008.

ORÇADO REALIZADO ORÇADO REALIZADORECEITA BRUTA TOTAL 25.800.000,00 27.288.946,39 25.800.000,00 26.501.316,27 Impostos (1.741.500,00) (1.255.869,34) (1.741.500,00) (1.603.949,52) Pedágio (903.000,00) (884.054,02) (903.000,00) (882.810,00) Receita Líquida 23.155.500,00 25.149.023,03 23.155.500,00 24.014.556,75 Custo Variável (13.975.447,90) (14.271.665,75) (13.726.850,35) (13.710.124,22) Diesel Frota (4.703.725,03) (4.782.440,65) (4.535.859,48) (4.648.286,40) Custo Var. - Pneus (489.518,10) (421.126,86) (471.925,17) (470.807,53) Custo Var. - Oficina (1.577.336,10) (1.480.388,26) (1.520.647,77) (1.386.315,30) Diárias (541.838,70) (544.174,38) (541.838,70) (508.609,13) Fretes Contratados (6.483.540,00) (6.880.362,74) (6.483.540,00) (6.586.007,72) Outros Custos Variáveis (179.489,97) (163.172,86) (173.039,23) (110.098,14) Desp. Variável (548.680,00) (231.884,42) (548.680,00) (252.066,96) Margem de Contribuição 8.631.372,10 10.645.472,87 8.879.969,65 10.052.365,57 Pessoal (3.349.878,92) (3.361.252,28) (3.349.878,92) (3.222.888,01) Custos Fixos (300.000,00) (249.827,81) (300.000,00) (246.002,00) Despesas Fixas (1.120.795,83) (932.509,00) (1.120.795,83) (918.229,78) Desp. Tributárias (90.000,00) (14.004,02) (90.000,00) (51.893,30) Desp. Indedutíveis (54.166,67) (18.649,86) (54.166,67) (53.504,47) EBITDA 3.716.530,68 6.069.229,90 3.965.128,23 5.559.848,01

EBITDA % 16,05% 24,13% 17,12% 23,15%

CONTASPERÍODO PERÍODO

JULHO AGOSTO

Fonte: Relatórios da empresa pesquisada

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Tabela 5 – Valores orçados x realizados correspondentes aos meses de setembro e outubro de 2008.

ORÇADO REALIZADO ORÇADO REALIZADORECEITA BRUTA TOTAL 25.900.000,00 26.548.270,83 26.100.000,00 27.247.362,05 Impostos (1.748.250,00) (1.687.803,17) (1.839.196,94) (1.527.576,41) Pedágio (906.500,00) (922.833,21) (953.657,67) (858.594,48) Receita Líquida 23.245.250,00 23.937.634,45 23.307.145,39 24.861.191,16 Custo Variável (13.326.629,01) (13.764.450,07) (13.775.472,17) (14.760.750,38) Diesel Frota (4.326.192,83) (4.444.951,72) (4.536.990,25) (4.657.939,00) Custo Var. - Pneus (450.345,69) (448.621,22) (472.248,09) (522.167,15) Custo Var. - Oficina (1.451.113,89) (1.321.053,75) (1.521.688,29) (1.323.141,64) Diárias (543.938,85) (521.509,16) (545.387,20) (587.855,71) Fretes Contratados (6.389.911,00) (6.873.828,01) (6.526.000,71) (7.512.344,47) Outros Custos Variáveis (165.126,75) (154.486,21) (173.157,63) (157.302,41) Desp. Variável (550.806,67) (302.192,56) (579.460,44) (218.066,21) Margem de Contribuição 9.367.814,32 9.870.991,82 8.952.212,78 9.882.374,57 Pessoal (3.349.878,92) (3.259.948,56) (3.349.878,92) (3.383.061,68) Custos Fixos (300.000,00) (270.580,00) (300.000,00) (271.317,00) Despesas Fixas (1.120.795,83) (1.009.968,00) (1.120.795,83) (1.012.720,00) Desp. Tributárias (90.000,00) (59.249,94) (90.000,00) (59.249,94) Desp. Indedutíveis (54.166,67) (22.595,86) (54.166,67) (22.595,86) EBITDA 4.452.972,90 5.248.649,46 4.037.371,36 5.133.430,09

EBITDA % 19,16% 21,93% 17,32% 20,65%

CONTASPERÍODO PERÍODO

SETEMBRO OUTUBRO

Fonte: Relatórios da empresa pesquisada

Tabela 6 – Projetado Valores orçados x realizados correspondentes aos meses de novembro e dezembro de 2008.

ORÇADO REALIZADO ORÇADO REALIZADORECEITA BRUTA TOTAL 26.000.000,00 24.271.558,95 25.100.000,00 23.841.795,55 Impostos (1.755.000,00) (1.745.028,12) (1.694.250,00) (1.549.716,71) Pedágio (910.000,00) (858.975,64) (878.500,00) (784.041,27) Receita Líquida 23.335.000,00 21.667.555,19 22.527.250,00 21.508.037,57 Custo Variável (13.129.331,62) (12.682.119,89) (12.605.631,49) (12.801.382,20) Diesel Frota (4.097.556,74) (4.184.442,44) (3.908.830,62) (3.972.368,09) Custo Var. - Pneus (425.361,33) (478.170,27) (405.769,95) (450.523,00) Custo Var. - Oficina (1.370.608,73) (1.065.015,10) (1.307.480,95) (1.166.500,05) Diárias (546.039,00) (445.909,26) (527.137,65) (473.909,00) Fretes Contratados (6.533.800,00) (6.383.390,47) (6.307.630,00) (6.589.960,62) Outros Custos Variáveis (155.965,82) (125.192,35) (148.782,32) (148.121,44) Desp. Variável (552.933,33) (243.141,15) (533.793,33) (267.706,15) Margem de Contribuição 9.652.735,05 8.742.294,15 9.387.825,18 8.438.949,22 Pessoal (3.349.878,92) (3.457.327,38) (3.349.878,92) (3.417.085,44) Custos Fixos (300.000,00) (278.148,00) (300.000,00) (356.294,00) Despesas Fixas (1.120.795,83) (1.038.220,00) (1.120.795,83) (1.329.907,00) Desp. Tributárias (90.000,00) (45.748,81) (90.000,00) (48.570,75) Desp. Indedutíveis (54.166,67) (38.102,63) (54.166,67) (44.963,57) EBITDA 4.737.893,63 3.884.747,33 4.472.983,76 3.242.128,46

EBITDA % 20,30% 17,93% 19,86% 15,07%

CONTASPERÍODO PERÍODO

NOVEMBRO DEZEMBRO

Fonte: Relatórios da empresa pesquisada

Page 69: Dassaev Koch de Amorim

68

3.2.3 Análise das variações orçamentárias

Nas tabelas seguintes (janeiro a dezembro de 2008) apresentam-se os

cálculos, em valores absolutos e percentuais, das variações ocorridas no orçamento

da empresa sob análise, enfatizando os itens e meses que apresentaram maior

destaque em suas variações tanto positivas quanto negativas.

Tabela 7 – Variações orçamentárias correspondentes ao mês de janeiro de 2008.

ORÇADO REALIZADO R$ %RECEITA BRUTA TOTAL 24.000.000,00 24.148.309,00 148.309,00 0,62 Impostos (1.620.000,00) (1.706.369,87) 86.369,87 (5,33) Pedágio (840.000,00) (783.453,48) (56.546,52) 6,73 Receita Líquida 21.540.000,00 21.658.485,65 118.485,65 0,55 Custo Variável (12.369.980,71) (12.714.244,97) 344.264,26 (2,78) Diesel Frota (3.785.424,26) (3.869.240,54) 83.816,28 (2,21) Custo Var. - Pneus (446.583,15) (578.857,69) 132.274,54 (29,62) Custo Var. - Oficina (1.438.990,15) (1.327.418,31) (111.571,84) 7,75 Diárias (504.036,00) (502.891,26) (1.144,74) 0,23 Fretes Contratados (6.031.200,00) (6.322.859,16) 291.659,16 (4,84) Outros Custos Variáveis (163.747,16) (112.978,01) (50.769,15) 31,00 Custos com Sinistros (79.392,56) (64.705,51) (14.687,05) 18,50 Custos com Vaporização (84.354,60) (48.272,50) (36.082,10) 42,77 Desp. Variável (510.400,00) (282.033,70) (228.366,30) (44,74) Despesas com vendas (326.400,00) (108.733,00) (217.667,00) 66,69 Seguros Gerais (184.000,00) (173.300,70) (10.699,30) 5,81 Margem de Contribuição 8.659.619,29 8.662.206,98 2.587,69 0,03 Pessoal (3.030.000,00) (2.889.718,85) (140.281,15) 4,63 Custos Fixos (300.000,00) (256.269,00) (43.731,00) 14,58 Despesas Fixas (1.120.795,83) (956.553,50) (164.242,33) 14,65 Desp. Tributárias (90.000,00) (15.773,95) (74.226,05) 82,47 Desp. Indedutíveis (54.166,67) (95.661,45) 41.494,78 (76,61) EBITDA 4.064.656,79 4.448.230,23 383.573,44 9,44 EBITDA % 18,87 20,54

CONTASPERÍODO

VARIAÇÃOJANEIRO

Fonte: Relatórios da empresa pesquisada

Nota-se na tabela 7, que um item de grande importância para a empresa, a

receita bruta total teve uma variação positiva pouco significativa de apenas 0,62 %

afetando suavemente o resultado. No custo variável pneus, percebe-se que houve

um “estouro” desta conta, com uma variação de 29,62 %, neste caso torna-se uma

variação negativa, pois com o valor realizado da receita chegando muito próximo do

Page 70: Dassaev Koch de Amorim

69

projetado, estimava-se que o custo dos pneus deveria ficar próximo da sua projeção,

entretanto o gasto foi maior do que se esperava.

Constatou-se variações positivas nos itens, custo variável oficina -7,75%,

custos com sinistros -18,50% e custos com vaporização -42,77% e a empresa

conseguiu atingir sua meta na margem de contribuição, pois teve um crescimento de

apenas 0,03% desta margem, que no caso deste item, sempre que for maior que o

orçado é muito favorável para ela. Após a margem de contribuição os custos e

despesas fixas, tiveram variações que contribuíram favoravelmente para resultado

da empresa, com exceção das despesas Indedutíveis.

Através de entrevistas realizadas com os gestores do orçamento da

Transportes Dalçóquio, verificou-se causas de duas variações significativas, no

custo variável pneus, foi relatado que, pelo fato do mês de janeiro ser muito quente

ocasiona muitos estouros de pneus, onde foi constatado que as filial necessitaram

de um maior estoque, porém esta exceção que ocorre no verão não foi vista na hora

de elaborar o orçamento, fazendo com que encerrasse o mês em questão com um

aumento significativo, no item despesas indedutíveis os 76,61% realizados a mais

que o valor orçado foram referente a multas fiscais da CLT e parcelamentos de

ICMS, cujas ocorrências não eram previstas no período de elaboração do

orçamento.

Page 71: Dassaev Koch de Amorim

70

Tabela 8 – Variações orçamentárias correspondentes ao mês de fevereiro de 2008.

ORÇADO REALIZADO R$ %RECEITA BRUTA TOTAL 23.600.000,00 21.680.489,72 (1.919.510,28) (8,13) Impostos (1.593.000,00) (1.473.790,39) (119.209,61) 7,48 Pedágio (826.000,00) (692.955,47) (133.044,53) 16,11 Receita Líquida 21.181.000,00 19.513.743,86 (1.667.256,14) (7,87) Custo Variável (11.824.991,44) (11.449.566,72) (375.424,72) 3,17 Diesel Frota (3.504.858,76) (3.546.747,32) 41.888,56 (1,20) Custo Var. - Pneus (412.696,26) (387.334,98) (25.361,28) 6,15 Custo Var. - Oficina (1.329.799,06) (1.272.941,38) (56.857,68) 4,28 Diárias (495.635,40) (498.291,09) 2.655,69 0,54 Fretes Contratados (5.930.680,00) (5.648.194,76) (282.485,24) 4,76 Outros Custos Variáveis (151.321,96) (96.057,19) (55.264,77) 36,52 Custos com Sinistros (73.368,22) (26.894,44) (46.473,78) 63,34 Custos com Vaporização (77.953,74) (69.162,75) (8.790,99) 11,28 Desp. Variável (501.893,33) (297.949,66) (203.943,67) 40,63 Despesas com vendas (320.960,00) (138.287,00) (182.673,00) 56,91 Seguros Gerais (180.933,33) (159.662,66) (21.270,67) 11,76 Margem de Contribuição 8.854.115,23 7.766.227,48 (1.087.887,75) (12,29) Pessoal (3.030.000,00) (2.962.454,11) (67.545,89) 2,23 Custos Fixos (300.000,00) (267.649,00) (32.351,00) 10,78 Despesas Fixas (1.120.795,83) (999.029,73) (121.766,10) 10,86 Desp. Tributárias (90.000,00) (124.729,58) 34.729,58 (38,59) Desp. Indedutíveis (54.166,67) (95.285,99) 41.119,32 (75,91) EBITDA 4.259.152,73 3.317.079,07 (942.073,66) (22,12) EBITDA % 20,11 17,00

CONTASPERÍODO

VARIAÇÃOFEVEREIRO

Fonte: Relatórios da empresa pesquisada

Analisando a tabela 8, observa-se uma forte variação negativa da receita

bruta total de 8,13%, quase R$ 2.000.000,00, causando grande impacto no resultado

da empresa neste mês, pois esta diminuição de receita não suportou os gastos com

pessoal e custos e despesas fixas, consecutivamente diminuindo o EBITDA dela,

porém teve variações positivas na conta de pedágio (-16,11%), custos com sinistros

(-63,34%) e vaporização (-11,28%).

Neste mês houve relevante variação nos itens despesas tributárias (38,59%)

e indedutíveis (75,91%), onde os mesmos contribuíram para o mau resultado do

período em questão. Os gestores afirmam que, a variação negativa das despesas

tributárias foram ocasionadas por um erro de retenção na folha de pagamento no

final do ano de 2007, onerando empresa com esta despesa não prevista no

orçamento de 2008.

Eles ainda explicam que a receita bruta total teve a queda de 8,13% por

terem perdido uma fatia do total de fretes do seu segundo maior cliente, a Kraft

Food’s do Brasil, para a concorrência, onde deixaram de transportar o segmento de

Page 72: Dassaev Koch de Amorim

71

biscoitos, esta perda de receita consecutivamente diminuiu os impostos, onde são

proporcionais ao faturamento.

Tabela 9 – Variações orçamentárias correspondentes ao mês de março de 2008.

ORÇADO REALIZADO R$ %RECEITA BRUTA TOTAL 23.900.000,00 22.638.061,33 (1.261.938,67) (5,28) Impostos (1.613.250,00) (1.357.807,75) (255.442,25) 15,83 Pedágio (836.500,00) (945.407,29) 108.907,29 (13,02) Receita Líquida 21.450.250,00 20.334.846,29 (1.115.403,71) (5,20) Custo Variável (12.231.418,85) (11.958.815,89) (272.602,96) 2,23 Diesel Frota (3.717.346,03) (3.835.937,30) 118.591,27 (3,19) Custo Var. - Pneus (437.157,45) (421.174,96) (15.982,49) 3,66 Custo Var. - Oficina (1.408.618,45) (1.362.390,68) (46.227,77) 3,28 Diárias (501.935,85) (497.923,43) (4.012,42) 0,80 Fretes Contratados (6.006.070,00) (5.613.876,55) (392.193,45) 6,53 Outros Custos Variáveis (160.291,07) (227.512,97) 67.221,91 (41,94) Custos com Sinistros (77.716,88) (129.737,97) 52.021,09 (66,94) Custos com Vaporização (82.574,19) (97.775,00) 15.200,82 (18,41) Desp. Variável (508.273,33) (346.264,63) (162.008,70) 31,87 Despesas com vendas (325.040,00) (187.580,00) (137.460,00) 42,29 Seguros Gerais (183.233,33) (158.684,63) (24.548,70) 13,40 Margem de Contribuição 8.710.557,82 8.029.765,77 (680.792,05) (7,82) Pessoal (3.030.000,00) (3.019.691,84) (10.308,16) 0,34 Custos Fixos (300.000,00) (285.500,53) (14.499,47) 4,83 Despesas Fixas (1.120.795,83) (1.065.661,47) (55.134,36) 4,92 Desp. Tributárias (90.000,00) (88.327,21) (1.672,79) 1,86 Desp. Indedutíveis (54.166,67) (94.966,17) 40.799,50 (75,32) EBITDA 4.115.595,32 3.475.618,55 (639.976,77) (15,55) EBITDA % 19,19 17,09

CONTASPERÍODO

VARIAÇÃOMARÇO

Fonte: Relatórios da empresa pesquisada

Observa-se na tabela 9, que a receita bruta total realizada foi -5,28% menor

que sua projeção, representada pelo valor absoluto de R$ 1.261.938,67, também se

constatou uma queda de 15,83% na conta de impostos e um aumento de 13,02% no

item de pedágio. Cabe destacar que, os itens, pessoal, custos fixos, despesas fixas

e tributárias foram muito bem conduzidos durante o mês, respeitando o orçamento e

mantendo suas variações abaixo de 5% e não sendo consideradas significativas

comparando-as com a receita bruta total, pedágio e outros custos variáveis, onde

essas levaram a empresa a um resultado negativo pelo segundo mês consecutivo.

As despesas indedutiveis do mês de março tiveram uma variação negativa

de 75,32%, quase o dobro do que foi orçado para o período. Os gestores afirmam

que, trata-se de multas de trânsito e de parcelamento de impostos, onde estas não

estavam previstas no orçamento.

Page 73: Dassaev Koch de Amorim

72

Em relação ao pedágio, as causas de suas variações estão relacionadas ao

fato de que, a maior parte das rotas deste mês foram direcionadas para as regiões

sul e sudeste do país, regiões estas que possuem os pedágios mais caros do país.

A queda da receita e a diminuição dos impostos são justificados pelo mesmo motivo

do mês de fevereiro, ou seja, perda de fatia de mercado para o concorrente.

Tabela 10 – Variações orçamentárias correspondentes ao mês de abril de 2008.

ORÇADO REALIZADO R$ %RECEITA BRUTA TOTAL 24.100.000,00 22.835.762,27 (1.264.237,73) (5,25) Impostos (1.626.750,00) (1.241.912,88) (384.837,12) 23,66 Pedágio (843.500,00) (741.863,96) (101.636,04) 12,05 Receita Líquida 21.629.750,00 20.851.985,43 (777.764,57) (3,60) Custo Variável (12.310.070,63) (12.282.307,01) (27.763,62) 0,23 Diesel Frota (3.740.159,33) (3.845.153,84) 104.994,51 (2,81) Custo Var. - Pneus (437.457,78) (406.812,64) (30.645,14) 7,01 Custo Var. - Oficina (1.409.586,18) (1.284.434,00) (125.152,18) 8,88 Diárias (506.136,15) (494.576,93) (11.559,22) 2,28 Fretes Contratados (6.056.330,00) (6.069.739,09) 13.409,09 (0,22) Outros Custos Variáveis (160.401,19) (181.590,51) 21.189,32 (13,21) Custos com Sinistros (77.770,27) (88.214,51) 10.444,24 (13,43) Custos com Vaporização (82.630,91) (93.376,00) 10.745,09 (13,00) Desp. Variável (512.526,67) (304.848,78) (207.677,89) 40,52 Despesas com vendas (327.760,00) (145.100,00) (182.660,00) 55,73 Seguros Gerais (184.766,67) (159.748,78) (25.017,89) 13,54 Margem de Contribuição 8.807.152,70 8.264.829,64 (542.323,07) (6,16) Pessoal (3.175.240,68) (3.002.354,60) (172.886,08) 5,44 Custos Fixos (300.000,00) (254.771,00) (45.229,00) 15,08 Despesas Fixas (1.120.795,83) (950.959,00) (169.836,83) 15,15 Desp. Tributárias (90.000,00) (35.883,55) (54.116,45) 60,13 Desp. Indedutíveis (54.166,67) (66.180,25) 12.013,58 (22,18) EBITDA 4.066.949,52 3.954.681,24 (112.268,29) (2,76) EBITDA % 0,19 0,19

CONTASPERÍODO

VARIAÇÃOABRIL

Fonte: Relatórios da empresa pesquisada

Examinando-se a tabela 10, percebe-se que a empresa ainda continuou

sofrendo variação negativa da receita bruta total (-5,25%), e diminuição dos

impostos (-23,66%), onde os administradores do orçamento alegaram que a causa

destes itens também é referente à perda de mercado de seu segundo maior cliente

para a concorrência.

O item custo variável oficina sofreu uma variação positiva de -8,88%, onde

foi verificado em entrevistas com os gerentes do orçamento, que essa variação foi

causada propositalmente, em vista que estavam perdendo receita, os

administradores da empresa resolveram cortar parte deste custo, comprando

Page 74: Dassaev Koch de Amorim

73

somente o necessário e aumentando os prazos das manutenções da frota, mesmo

correndo riscos futuros, no curto prazo era necessária a minimização deste custo.

Também obteve-se variação positiva no custo pneus (-7,01%), sabendo-se

que no mês anterior esta conta teve um aumento significativo e que os estoques nas

filiais não foram totalmente gastos, a empresa optou por diminuir a compra deste

mês. As contas, pessoal (-5,44%), custos fixos (-15,08%), despesas fixas (-15,15%)

e tributárias (-60,13%) favoreceram para que a empresa chegasse próximo ao

resultado planejado.

Tabela 11 – Variações orçamentárias correspondentes ao mês de maio de 2008.

ORÇADO REALIZADO R$ %RECEITA BRUTA TOTAL 24.700.000,00 24.942.077,90 242.077,90 0,98 Impostos (1.667.250,00) (1.214.933,90) (452.316,11) 27,13 Pedágio (864.500,00) (773.117,74) (91.382,26) 10,57 Receita Líquida 22.168.250,00 22.954.026,27 785.776,27 3,54 Custo Variável (13.145.526,16) (12.871.971,91) (273.554,25) 2,08 Diesel Frota (4.300.616,17) (4.295.125,62) (5.490,55) 0,13 Custo Var. - Pneus (461.781,27) (455.721,60) (6.059,67) 1,31 Custo Var. - Oficina (1.487.961,87) (1.189.176,75) (298.785,12) 20,08 Diárias (518.737,05) (509.181,90) (9.555,15) 1,84 Fretes Contratados (6.207.110,00) (6.234.470,85) 27.360,85 (0,44) Outros Custos Variáveis (169.319,80) (188.295,19) 18.975,39 (11,21) Custos com Sinistros (82.094,45) (114.565,19) 32.470,74 (39,55) Custos com Vaporização (87.225,35) (73.730,00) (13.495,35) 15,47 Desp. Variável (525.286,67) (272.127,67) (253.158,99) 48,19 Despesas com vendas (335.920,00) (127.280,00) (208.640,00) 62,11 Seguros Gerais (189.366,67) (144.847,67) (44.518,99) 23,51 Margem de Contribuição 8.497.437,17 9.809.926,68 1.312.489,51 15,45 Pessoal (3.349.878,92) (3.173.739,04) (176.139,88) 5,26 Custos Fixos (300.000,00) (260.060,00) (39.940,00) 13,31 Despesas Fixas (1.120.795,83) (970.703,00) (150.092,83) 13,39 Desp. Tributárias (90.000,00) (13.156,17) (76.843,83) 85,38 Desp. Indedutíveis (54.166,67) (55.428,46) 1.261,79 (2,33) EBITDA 3.582.595,76 5.336.840,01 1.754.244,26 48,97 EBITDA % 16,16 23,25

CONTASPERÍODO

VARIAÇÃOMAIO

Fonte: Relatórios da empresa pesquisada

Conforme pode-se observar na tabela 11, após três meses de queda da

receita, este item voltou a sofre uma variação positiva, não muito significativa, porém

não foi abaixo do orçado. Nota-se ainda um variação positiva em relação aos

impostos de -27,13%, e do custo variável oficina (-20,08%).

Na entrevista realizada sobre esta tabela, os gestores explicaram que, a

causa da empresa voltar a alcançar a receita desejada foi a conquista de um novo

Page 75: Dassaev Koch de Amorim

74

cliente, a Michelin, onde este proporcionou bons resultados. Pelo fato de algumas

rotas deste cliente localizar-se em regiões que a empresa ganhou isenções de

alguns impostos, ela acabou diminuindo o valor deste item em relação ao valor

orçado.

Como todos os itens posteriores à margem de contribuição, apresentaram

uma variação positiva para a empresa, principalmente o item despesas tributárias

onde foi realizado 85,38% menor que o orçado, a Transportes Dalçóquio alcançou

quase metade do dobro do EBITDA planejado, com uma variação positiva de

43,87%.

Tabela 12 – Variações orçamentárias correspondentes ao mês de junho de 2008.

ORÇADO REALIZADO R$ %RECEITA BRUTA TOTAL 25.000.000,00 25.777.981,77 777.981,77 3,11 Impostos (1.687.500,00) (1.233.527,47) (453.972,53) 26,90 Pedágio (875.000,00) (804.686,56) (70.313,44) 8,04 Receita Líquida 22.437.500,00 23.739.767,74 1.302.267,74 5,80 Custo Variável (13.311.739,06) (13.761.494,06) 449.755,00 (3,38) Diesel Frota (4.391.052,37) (4.413.628,86) 22.576,49 (0,51) Custo Var. - Pneus (460.492,56) (368.283,89) (92.208,67) 20,02 Custo Var. - Oficina (1.483.809,36) (1.624.544,86) 140.735,50 (9,48) Diárias (525.037,50) (519.293,65) (5.743,85) 1,09 Fretes Contratados (6.282.500,00) (6.694.356,72) 411.856,72 (6,56) Outros Custos Variáveis (168.847,27) (141.386,08) (27.461,19) 16,26 Custos com Sinistros (81.865,34) (66.910,67) (14.954,67) 18,27 Custos com Vaporização (86.981,93) (74.475,41) (12.506,52) 14,38 Desp. Variável (531.666,67) (341.185,62) (190.481,05) 35,83 Despesas com vendas (340.000,00) (184.343,00) (155.657,00) 45,78 Seguros Gerais (191.666,67) (156.842,62) (34.824,05) 18,17 Margem de Contribuição 8.594.094,27 9.637.088,07 1.042.993,80 12,14 Pessoal (3.349.878,92) (3.255.366,05) (94.512,87) 2,82 Custos Fixos (300.000,00) (251.106,00) (48.894,00) 16,30 Despesas Fixas (1.120.795,83) (937.279,00) (183.516,83) 16,37 Desp. Tributárias (90.000,00) (27.199,00) (62.801,00) 69,78 Desp. Indedutíveis (54.166,67) (47.070,00) (7.096,67) 13,10 EBITDA 3.679.252,85 5.119.068,02 1.439.815,17 39,13 EBITDA % 16,40 21,56

CONTASPERÍODO

VARIAÇÃOJUNHO

Fonte: Relatórios da empresa pesquisada

Pode-se averiguar na tabela 12, uma variação positiva da receita bruta total

de 3,11%, dando seqüência ao bom resultado do mês anterior, mais uma vez a

empresa atingiu um valor acima da meta estipulada, mantendo os impostos nos -

27% de variação positiva que alcançou em maio.

Page 76: Dassaev Koch de Amorim

75

O custo variável teve tanto variações positivas quanto negativas, onde no

item pneus, obteve uma variação de 20,02%, com uma economia de

aproximadamente R$ 92.000,00, na conta custo variável oficina, sofreu uma

variação negativa de 9,48%, representando um valor absoluto de R$ 140.735,50.

No mês em questão todos os itens após os custos variáveis obtiveram

variações positivas, ou seja, todos com oscilações abaixo de zero, com isto o mês

de junho, assim como o mês de maio foi um período muito bom à prestadora de

serviços.

Tabela 13 – Variações orçamentárias correspondentes ao mês de julho de 2008

ORÇADO REALIZADO R$ %RECEITA BRUTA TOTAL 25.800.000,00 27.288.946,39 1.488.946,39 5,77 Impostos (1.741.500,00) (1.255.869,34) (485.630,66) 27,89 Pedágio (903.000,00) (884.054,02) (18.945,98) 2,10 Receita Líquida 23.155.500,00 25.149.023,03 1.993.523,03 8,61 Custo Variável (13.975.447,90) (14.271.665,75) 296.217,85 (2,12) Diesel Frota (4.703.725,03) (4.782.440,65) 78.715,62 (1,67) Custo Var. - Pneus (489.518,10) (421.126,86) (68.391,24) 13,97 Custo Var. - Oficina (1.577.336,10) (1.480.388,26) (96.947,84) 6,15 Diárias (541.838,70) (544.174,38) 2.335,68 (0,43) Fretes Contratados (6.483.540,00) (6.880.362,74) 396.822,74 (6,12) Outros Custos Variáveis (179.489,97) (163.172,86) (16.317,11) 9,09 Custos com Sinistros (87.025,44) (92.084,86) 5.059,42 (5,81) Custos com Vaporização (92.464,53) (71.088,00) (21.376,53) 23,12 Desp. Variável (548.680,00) (231.884,42) (316.795,58) 57,74 Despesas com vendas (350.880,00) (71.050,00) (279.830,00) 79,75 Seguros Gerais (197.800,00) (160.834,42) (36.965,58) 18,69 Margem de Contribuição 8.631.372,10 10.645.472,87 2.014.100,77 23,33 Pessoal (3.349.878,92) (3.361.252,28) 11.373,36 (0,34) Custos Fixos (300.000,00) (249.827,81) (50.172,19) 16,72 Despesas Fixas (1.120.795,83) (932.509,00) (188.286,83) 16,80 Desp. Tributárias (90.000,00) (14.004,02) (75.995,98) 84,44 Desp. Indedutíveis (54.166,67) (18.649,86) (35.516,81) 65,57 EBITDA 3.716.530,68 6.069.229,90 2.352.699,22 63,30 EBITDA % 16,05 24,13

CONTASPERÍODO

VARIAÇÃOJULHO

Fonte: Relatórios da empresa pesquisada

Conforme pode ser observado na tabela 13, a Transportes Dalçóquio atingiu

um valor realizado em sua receita bruta total relevante, com uma variação positiva

de 5,77% e ainda com uma variação positiva de -13,97% do item custo variável

pneu.

Nota-se também que a conta fretes contratados teve uma variação negativa

de 6,12%, ocasionando um gasto de R$ 396.822,74, neste mês os gastos com

Page 77: Dassaev Koch de Amorim

76

pessoal, custos fixos, despesas fixas, despesas tributárias e indedutíveis

contribuíram para o excelente resultado atingindo com um EBITDA 50% a mais que

o esperado.

Os gestores alegam que o aumento dos gastos com os fretes contratados

está relacionado com o aumento da receita, sabendo-se que eles são proporcionais

à receita, esta é a causa de sofrer uma variação de 6,12% onde é negativa

comparando com o que foi orçado, porém partindo do ponto que este item cresce

proporcionalmente à receita, torna-se uma diferença admissível.

Tabela 14 – Variações orçamentárias correspondentes ao mês de agosto de 2008

ORÇADO REALIZADO R$ %RECEITA BRUTA TOTAL 25.800.000,00 26.501.316,27 701.316,27 2,72 Impostos (1.741.500,00) (1.603.949,52) (137.550,48) (7,90) Pedágio (903.000,00) (882.810,00) (20.190,00) 2,24 Receita Líquida 23.155.500,00 24.014.556,75 859.056,75 3,71 Custo Variável (13.726.850,35) (13.710.124,22) (16.726,13) 0,12 Diesel Frota (4.535.859,48) (4.648.286,40) 112.426,92 (2,48) Custo Var. - Pneus (471.925,17) (470.807,53) (1.117,64) 0,24 Custo Var. - Oficina (1.520.647,77) (1.386.315,30) (134.332,47) 8,83 Diárias (541.838,70) (508.609,13) (33.229,57) 6,13 Fretes Contratados (6.483.540,00) (6.586.007,72) 102.467,72 (1,58) Outros Custos Variáveis (173.039,23) (110.098,14) (62.941,09) 36,37 Custos com Sinistros (83.897,81) (27.320,34) (56.577,47) 67,44 Custos com Vaporização (89.141,42) (82.777,80) (6.363,62) 7,14 Desp. Variável (548.680,00) (252.066,96) (296.613,04) 54,06 Despesas com vendas (350.880,00) (103.758,00) (247.122,00) 70,43 Seguros Gerais (197.800,00) (148.308,96) (49.491,04) 25,02 Margem de Contribuição 8.879.969,65 10.052.365,57 1.172.395,92 13,20 Pessoal (3.349.878,92) (3.222.888,01) (126.990,91) 3,79 Custos Fixos (300.000,00) (246.002,00) (53.998,00) 18,00 Despesas Fixas (1.120.795,83) (918.229,78) (202.566,05) 18,07 Desp. Tributárias (90.000,00) (51.893,30) (38.106,70) 42,34 Desp. Indedutíveis (54.166,67) (53.504,47) (662,20) 1,22 EBITDA 3.965.128,23 5.559.848,01 1.594.719,78 40,22 EBITDA % 17,12 23,15

CONTASPERÍODO

VARIAÇÃOAGOSTO

Fonte: Relatórios da empresa pesquisada

Pode-se identificar na tabela 14, um aumento de 2,72% da receita bruta total

realizada em relação ao valor orçado deste item, uma vez que o valor desta foi de

R$ 26.501.316,27. Cabe destacar que, no mês de agosto todas as contas do

respectivo orçamento que sofreram variações significativas, foram positivas, ou seja,

afetaram positivamente o resultado.

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77

Conclui-se que, neste mês não houve surpresa para a empresa em relação

a estrapolações nas contas, porém cabe destacar que o EBITDA foi

incontestavelmente satisfatório medindo sua capacidade de gerar caixa em 23,15%.

Tabela 15 – Variações orçamentárias correspondentes ao mês de setembro de 2008

ORÇADO REALIZADO R$ %RECEITA BRUTA TOTAL 25.900.000,00 26.548.270,83 648.270,83 2,50 Impostos (1.748.250,00) (1.687.803,17) (60.446,83) 3,46 Pedágio (906.500,00) (922.833,21) 16.333,21 (1,80) Receita Líquida 23.245.250,00 23.937.634,45 692.384,45 2,98 Custo Variável (13.326.629,01) (13.764.450,07) 437.821,06 (3,29) Diesel Frota (4.326.192,83) (4.444.951,72) 118.758,89 (2,75) Custo Var. - Pneus (450.345,69) (448.621,22) (1.724,47) 0,38 Custo Var. - Oficina (1.451.113,89) (1.321.053,75) (130.060,14) 8,96 Diárias (543.938,85) (521.509,16) (22.429,69) 4,12 Fretes Contratados (6.389.911,00) (6.873.828,01) 483.917,01 (7,57) Outros Custos Variáveis (165.126,75) (154.486,21) (10.640,54) 6,44 Custos com Sinistros (80.061,46) (70.915,76) (9.145,70) 11,42 Custos com Vaporização (85.065,30) (83.570,45) (1.494,85) 1,76 Desp. Variável (550.806,67) (302.192,56) (248.614,11) 45,14 Despesas com vendas (352.240,00) (134.807,00) (217.433,00) 61,73 Seguros Gerais (198.566,67) (167.385,56) (31.181,11) 15,70 Margem de Contribuição 9.367.814,32 9.870.991,82 503.177,50 5,37 Pessoal (3.349.878,92) (3.259.948,56) (89.930,36) 2,68 Custos Fixos (300.000,00) (270.580,00) (29.420,00) 9,81 Despesas Fixas (1.120.795,83) (1.009.968,00) (110.827,83) 9,89 Desp. Tributárias (90.000,00) (59.249,94) (30.750,06) 34,17 Desp. Indedutíveis (54.166,67) (22.595,86) (31.570,81) 58,28 EBITDA 4.452.972,90 5.248.649,46 795.676,56 17,87 EBITDA % 19,16 21,93

CONTASPERÍODO

VARIAÇÃOSETEMBRO

Fonte: Relatórios da empresa pesquisada

Analisando a tabela 15, observa-se uma variação favorável da receita bruta

de 2,50%, o que equivale a R$ 648.270,83, também nota-se que, entre variações

positivas e negativas, o custo variável teve um aumento de 3,29% em relação ao

orçado. Entretanto, mesmo o custo variável obtendo proporcionalmente uma

variação maior que a receita bruta, constatou-se que as contas pessoal, custos e

despesas fixas, despesas tributárias e indedutíveis apresentaram variações

favoráveis e foram absorvidas com facilidade pela margem de contribuição,

atingindo um EBITDA de R$795.676,56.

Page 79: Dassaev Koch de Amorim

78

Tabela 16 – Variações orçamentárias correspondentes ao mês de outubro de 2008

ORÇADO REALIZADO R$ %RECEITA BRUTA TOTAL 26.100.000,00 27.247.362,05 1.147.362,05 4,40 Impostos (1.839.196,94) (1.527.576,41) (311.620,53) 16,94 Pedágio (953.657,67) (858.594,48) (95.063,19) 9,97 Receita Líquida 23.307.145,39 24.861.191,16 1.554.045,77 6,67 Custo Variável (13.775.472,17) (14.760.750,38) 985.278,21 (7,15) Diesel Frota (4.536.990,25) (4.657.939,00) 120.948,75 (2,67) Custo Var. - Pneus (472.248,09) (522.167,15) 49.919,06 (10,57) Custo Var. - Oficina (1.521.688,29) (1.323.141,64) (198.546,65) 13,05 Diárias (545.387,20) (587.855,71) 42.468,51 (7,79) Fretes Contratados (6.526.000,71) (7.512.344,47) 986.343,76 (15,11) Outros Custos Variáveis (173.157,63) (157.302,41) (15.855,22) 9,16 Custos com Sinistros (83.955,22) (90.502,41) 6.547,19 (7,80) Custos com Vaporização (89.202,42) (66.800,00) (22.402,42) 25,11 Desp. Variável (579.460,44) (218.066,21) (361.394,24) 62,37 Despesas com vendas (370.564,00) (80.000,00) (290.564,00) 78,41 Seguros Gerais (208.896,44) (138.066,21) (70.830,24) 33,91 Margem de Contribuição 8.952.212,78 9.882.374,57 930.161,80 10,39 Pessoal (3.349.878,92) (3.383.061,68) 33.182,76 (0,99) Custos Fixos (300.000,00) (271.317,00) (28.683,00) 9,56 Despesas Fixas (1.120.795,83) (1.012.720,00) (108.075,83) 9,64 Desp. Tributárias (90.000,00) (59.249,94) (30.750,06) 34,17 Desp. Indedutíveis (54.166,67) (22.595,86) (31.570,81) 58,28 EBITDA 4.037.371,36 5.133.430,09 1.096.058,73 27,15 EBITDA % 17,32 20,65

CONTASPERÍODO

VARIAÇÃOOUTUBRO

Fonte: Relatórios da empresa pesquisada

Avaliando a tabela 16, pode-se observar variações muito favoráveis da

receita total 4,40% tendo como valor absoluto R$ 1.147.362,05, da conta de pedágio

-9,97% e do item impostos 16,94% gerando uma economia de R$ 311.620,53.

No item pneus houve uma variação negativa de 10,57%, ou seja, uma gasto

de R$ 49.919,06 além do orçado, já na conta custo variável oficina a empresa teve

uma variação favorável de -13,05%, gerando uma economia de R$ 198.546,65. A

conta diárias no mês de outubro teve aumento em relação ao valor orçado de 7,79%

e os fretes contratados de 15,11%, quase R$ 1.000.000,00.

Conversando com os administradores do orçamento pôde-se identificar as

causas de algumas variações ocorridas no respectivo mês. No caso das diárias, o

aumento deste item é referente a comissões que foram pagas aos motoristas,

devido ao maior faturamento deste mês. No item fretes contratados, explicaram que

o aumento também foi referente ao aumento da receita, porém enfatizaram que os

fretes contratados obtiveram maior participação na receita, ou seja, foi direcionado

um maior número de fretes para a frota agregada.

Page 80: Dassaev Koch de Amorim

79

Afirmaram, também, que a redução do valor dos impostos de -16,94% em

relação ao valor orçado, é explicada devido ao fato de que, uma parte dos fretes

realizados neste mês foram dentro dos estados que possuem isenção de ICMS,

como o Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Mato

Grosso do Sul, proporcionando está economia para a empresa.

Tabela 17 – Variações orçamentárias correspondentes ao mês de novembro de 2008

ORÇADO REALIZADO R$ %RECEITA BRUTA TOTAL 26.000.000,00 24.271.558,95 (1.728.441,05) (6,65) Impostos (1.755.000,00) (1.745.028,12) (9.971,88) 0,57 Pedágio (910.000,00) (858.975,64) (51.024,36) 5,61 Receita Líquida 23.335.000,00 21.667.555,19 (1.667.444,81) (7,15) Custo Variável (13.129.331,62) (12.682.119,89) (447.211,73) 3,41 Diesel Frota (4.097.556,74) (4.184.442,44) 86.885,70 (2,12) Custo Var. - Pneus (425.361,33) (478.170,27) 52.808,94 2,42 Custo Var. - Oficina (1.370.608,73) (1.065.015,10) (305.593,63) 22,30 Diárias (546.039,00) (445.909,26) (100.129,74) 18,34 Fretes Contratados (6.533.800,00) (6.383.390,47) (150.409,53) 2,30 Outros Custos Variáveis (155.965,82) (125.192,35) (30.773,47) 19,73 Custos com Sinistros (75.619,79) (59.394,58) (16.225,21) 21,46 Custos com Vaporização (80.346,03) (65.797,77) (14.548,26) 18,11 Desp. Variável (552.933,33) (243.141,15) (309.792,18) 56,03 Despesas com vendas (353.600,00) (108.028,00) (245.572,00) 69,45 Seguros Gerais (199.333,33) (135.113,15) (64.220,18) 32,22 Margem de Contribuição 9.652.735,05 8.742.294,15 (910.440,90) (9,43) Pessoal (3.349.878,92) (3.457.327,38) 107.448,46 (3,21) Custos Fixos (300.000,00) (278.148,00) (21.852,00) 7,28 Despesas Fixas (1.120.795,83) (1.038.220,00) (82.575,83) 7,37 Desp. Tributárias (90.000,00) (45.748,81) (44.251,19) 49,17 Desp. Indedutíveis (54.166,67) (38.102,63) (16.064,04) 29,66 EBITDA 4.737.893,63 3.884.747,33 (853.146,30) (18,01) EBITDA % 20,30 17,93

CONTASPERÍODO

VARIAÇÃONOVEMBRO

Fonte: Relatórios da empresa pesquisada

Na tabela 17, correspondente ao mês de novembro de 2008, verificou-se um

péssimo resultado nos números do orçamento. Primeiramente a receita bruta total

despencou em relação ao valor orçado, sofreu uma variação extremamente

desfavorável de R$ 1.728.441,05 quase -7% comparando com o valor orçado.

Percebe-se também que os custos variáveis acompanharam a queda da

receita, porém não foi na mesma proporção. Os custos e despesas fixas, despesas

tributárias e indedutíveis apresentaram variações favoráveis, mas não significativas

comparando-as com o desastre da receita, no item gastos com pessoal, teve uma

variação significativa muito desfavorável de 3,21%, precisamente R$ 107.448,46.

Page 81: Dassaev Koch de Amorim

80

Os gestores justificaram que a queda da receita foi devido a um episódio

extraordinário que ocorreu no mundo, afetando muitas empresas do planeta, a crise

mundial. Os seus maiores clientes são multinacionais onde estes foram afetados

pela crise e consequentemente o abalo que sofreram refletiu na Transportes

Dalçóquio. Explicaram que, o aumento do gasto com pessoal, foi resultado de

demissões efetuadas por causa da crise mundial, onde acarretaram gastos

adicionais, aumentado o valor realizado deste item.

Tabela 18 – Variações orçamentárias correspondentes ao mês de dezembro de 2008

ORÇADO REALIZADO R$ %RECEITA BRUTA TOTAL 25.100.000,00 23.841.795,55 (1.258.204,45) (5,01) Impostos (1.694.250,00) (1.549.716,71) (144.533,29) 8,53 Pedágio (878.500,00) (784.041,27) (94.458,73) 10,75 Receita Líquida 22.527.250,00 21.508.037,57 (1.019.212,43) (4,52) Custo Variável (12.605.631,49) (12.801.382,20) 195.750,71 (1,55) Diesel Frota (3.908.830,62) (3.972.368,09) 63.537,47 (1,63) Custo Var. - Pneus (405.769,95) (450.523,00) 44.753,05 (11,03) Custo Var. - Oficina (1.307.480,95) (1.166.500,05) (140.980,90) 10,78 Diárias (527.137,65) (473.909,00) (53.228,65) 10,10 Fretes Contratados (6.307.630,00) (6.589.960,62) 282.330,62 (4,48) Outros Custos Variáveis (148.782,32) (148.121,44) (660,88) 0,44 Custos com Sinistros (72.136,88) (91.693,99) 19.557,11 (27,11) Custos com Vaporização (76.645,44) (56.427,45) (20.217,99) 26,38 Desp. Variável (533.793,33) (267.706,15) (266.087,18) 49,85 Despesas com vendas (341.360,00) (132.593,00) (208.767,00) 61,16 Seguros Gerais (192.433,33) (135.113,15) (57.320,18) 29,79 Margem de Contribuição 9.387.825,18 8.438.949,22 (948.875,96) (10,11) Pessoal (3.349.878,92) (3.417.085,44) 67.206,52 (2,01) Custos Fixos (300.000,00) (356.294,00) 56.294,00 (18,76) Despesas Fixas (1.120.795,83) (1.329.907,00) 209.111,17 (18,66) Desp. Tributárias (90.000,00) (48.570,75) (41.429,25) 46,03 Desp. Indedutíveis (54.166,67) (44.963,57) (9.203,10) 16,99 EBITDA 4.472.983,76 3.242.128,46 (1.230.855,30) (27,52) EBITDA % 19,86 15,07

CONTASPERÍODO

VARIAÇÃODEZEMBRO

Fonte: Relatórios da empresa pesquisada

Examinando a tabela 18, verifica-se que, da mesma maneira que no mês de

novembro a empresa obteve uma perda de -5,01% da receita bruta total realizada

comparada com a receita bruta total orçada, onde se equivale a um declínio no valor

de R$ 1.258.204,45.

Pode-se perceber que a margem de contribuição sofreu uma variação de

quase R$ 1.000.000,00 a menos que o valor orçado, também nota-se uma variação

muito desfavorável nos custos fixos, onde é representado pelo valor de R$

Page 82: Dassaev Koch de Amorim

81

209.111,17. o mês de dezembro trouxe um resultado muito ruim para a empresa,

onde atingiu um EBITDA de apenas 15,07%, sendo totalmente desfavorável para a

organização. Os gerentes alegaram que a queda da receita e o mal resultado do

mês, ainda estava sendo conseqüência da crise mundial.

3.2.4 Análise global do orçamento

Na tabela seguinte apresenta-se os cálculos, em valores absolutos e

percentuais, das variações ocorridas no orçamento global da Transportes Dalçóquio,

comparando o total orçado com o total realizado no ano de 2008.

Tabela 19 – Variações orçamentárias correspondentes ao ano de 2008

ORÇADO REALIZADO R$ %RECEITA BRUTA TOTAL 300.000.000,00 297.721.932,03 (2.278.067,97) (0,76) Impostos (20.250.000,00) (17.598.285,51) (2.651.714,49) 13,09 Pedágio (10.500.000,00) (9.932.793,12) (567.206,88) 5,40 Receita Líquida 269.250.000,00 270.190.853,39 940.853,39 0,35 Custo Variável (151.590.450,00) (157.028.893,07) 5.438.443,07 (3,59) Diesel Frota (45.120.000,00) (50.496.261,78) 5.376.261,78 (11,92) Custo Var. - Pneus (5.400.000,00) (5.409.601,79) 9.601,79 (0,18) Custo Var. - Oficina (17.400.000,00) (15.803.320,08) (1.596.679,92) 9,18 Diárias (6.300.450,00) (6.104.124,90) (196.325,10) 3,12 Fretes Contratados (75.390.000,00) (77.409.391,16) 2.019.391,16 (2,68) Outros Custos Variáveis (1.980.000,00) (1.806.193,36) (173.806,64) 8,78 Custos com Sinistros (960.000,00) (922.940,23) (37.059,77) 3,86 Custos com Vaporização (1.020.000,00) (883.253,13) (136.746,87) 13,41 Desp. Variável (4.080.000,00) (3.359.467,51) (720.532,49) 17,66 Despesas com vendas (1.780.000,00) (1.521.559,00) (258.441,00) 14,52 Seguros Gerais (2.300.000,00) (1.837.908,51) (462.091,49) 20,09 Margem de Contribuição 113.579.550,00 109.802.492,82 (3.777.057,18) (3,33) Pessoal (39.064.272,02) (38.404.887,84) (659.384,18) 1,69 Custos Fixos (3.600.000,00) (3.247.524,34) (352.475,66) 9,79 Despesas Fixas (13.449.550,00) (12.121.739,48) (1.327.810,52) 9,87 Desp. Tributárias (1.080.000,00) (583.786,22) (496.213,78) 45,95 Desp. Indedutíveis (650.000,00) (655.004,57) 5.004,57 (0,77) EBITDA 55.735.727,98 54.789.550,37 (946.177,61) (1,70) EBITDA % 20,70% 20,28%

CONTASPERÍODO

VARIAÇÃO2008

Analisando a tabela 18, pode-se observar que a receita bruta total realizada

na ano de 2008 sofreu uma variação desfavorável de -0,76%, ou seja, não alcançou

Page 83: Dassaev Koch de Amorim

82

o resultado planejado no orçamento do ano de 2008. Nos itens que antecedem a

receita líquida nota-se que sofreram variações positivas, em impostos -13,09% e no

pedágios -5,40%, apesar de a receita bruta sofrer uma variação negativa, esses

itens contribuíram para que a empresa alcançasse uma receita líquida de 0,35% a

mais que o planejado.

Na conta custo variável a prestadora de serviços obteve uma variação que

também desfavoreceu o resultado, sendo de 3,59% a mais do que foi orçado para o

ano de 2008, porém, cabe destacar o item despesa variável, onde este sofreu

variações favoráveis em todos os meses do ano, chegando ao final do ano -17,66%

menor do que planejado.

Com a receita líquida tendo um valor não muito significativo perto do custo

variável, percebe-se que a margem de contribuição alcançou um número abaixo do

estimado para o ano de 2008, com uma queda de -3,33%. Contudo, a prestadora de

serviços obteve bons resultados nos itens, pessoal (-1,69%), custos fixos (-9,79%),

despesas fixas (-9,87%), despesas tributárias (-45,95%) e indedutíveis uma variação

não significativa de 0,77%. Estes números foram muito favoráveis para a empresa,

no entanto, a empresa não conseguiu atingir o EBITDA planejado, sofrendo uma

variação de -1,70% no que se iguala no valor de 946.177,61.

3.3 Sugestões

Com base na pesquisa realizada na Transportes Dalçóquio Ltda, pode-se

verificar que a empresa não conseguiu alcançar os resultados planejados no seu

orçamento para o ano de 2008, onde algumas situações externas e internas

contribuíram para tal acontecimento. Os fatores externos que contribuíram para a

empresa não alcançar o resultado foram, a queda de faturamento dos meses de

fevereiro, março e abril, referente a perda de uma parte de fretes do seu segundo

maior cliente para a concorrência e a diminuição da receita bruta total nos meses de

novembro e dezembro, onde foi afetada pela crise mundial.

Em relação a situações internas, algumas contas extrapolaram no

orçamento e outras sofreram queda durante o ano todo, diminuindo a previsibilidade

Page 84: Dassaev Koch de Amorim

83

do que foi planejado para o ano. No caso do custo variável diesel, que teve uma

variação desfavorável no total de 11,92% para o ano em questão, e mesmo

considerando que os combustíveis sofrem aumentos anualmente, se a receita não

chegou ao que se tinha orçado, o item diesel que varia de acordo com a receita não

poderia ter sofrido tal aumento.

Também houve variações significativas no ano de 2008 nas contas, custos

fixos, despesas fixas, despesas tributárias e indedutíveis. Em vista dos resultados

obtidos na pesquisa, segue baixo algumas sugestões que julgam-se importantes

para o aperfeiçoamento do orçamento da Transportes Dalçóquio Ltda:

• Acompanhamento e Controles rígidos – acompanhar cada item do

orçamento e buscar controles mais eficientes para avaliar se os resultados

obtidos estão se afastando do que foi planejado, ganhado tempo para

implantar medidas necessárias em relação aos desvios ocorridos.

• Revisão orçamentária – rever o orçamento trimestralmente ou sempre

que tiver algum obstáculo que está impedindo o alcance do seu resultado,

avaliando as causas das variações dos itens orçados e verificando se há

necessidade de reformulá-lo. Um exemplo em que a empresa teria que rever

seu orçamento seria no item pneus que, pelo fato do mês de janeiro ser

muito quente e ter ocasionado o aumento desta conta, a empresa precisa

rever este item e se necessário aumentar a previsão deste mês para o

próximo exercício, utilizando como base a porcentagem que aumentou em

janeiro de 2008.

• Orçamento completo – elaborar um orçamento completo, ou seja, não

utilizando apenas as contas de resultado, mas também, as contas do ativo e

passivo, pois ajudará no processo de elaboração e análise.

• Tecnologia – investir em tecnologias para obter informações com maior

velocidade, ganhado tempo na tomada de decisão.

• Pessoas – investir em educação, treinamento e desenvolvimentos dos

funcionários, pois são eles que trarão os resultados para a empresa. Um

exemplo seria o treinamento dos motoristas em relação as multas de

trânsito, educando eles para reduzir o número de infrações.

• Mercado – o mercado apesar de ser um fator externo à empresa e ela não

possuir controle sobre ele, tem que avaliar sempre o aumento da

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participação do mercado, e no caso da Transportes Dalçóquio focar

principalmente na conquista de novos clientes, para que não aconteça o

mesmo problema do mês de fevereiro, março e abril, onde perdeu parte do

mercado para a concorrência.

• Item pneus – pelo fato do mês de janeiro ser muito quente e ter

ocasionado o aumento desta conta, a empresa precisa rever este item e se

necessário aumentar a sua previsão no o próximo exercício, utilizando como

base a porcentagem que aumentou em janeiro de 2008.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho teve como objetivo principal, verificar se o orçamento da

empresa Transportes Dalçoquio Ltda alcançou os resultados planejados para o ano

de 2008, analisando-se suas variações mês a mês e seu resultado global,

observando-se como é elaborado, comparando-se suas variações e constatando-se

possíveis causas destas.

Buscando entender como funciona o processo de elaboração do orçamento

da empresa, foi pesquisado cada item deste, através de entrevistas com os

gestores, do mesmo modo foram analisadas as variações orçamentárias, onde

também foram utilizados dados provenientes do sistema da organização.

Constatou-se através das análises realizadas que a empresa não alcançou

os resultados planejados em 2008. Fatores externos e internos contribuíram para

isto. Pode-se observar que já no início do ano a empresa teve uma grande surpresa,

a perda de uma fatia de mercado do seu segundo maior cliente para a concorrência

fazendo com que o seu resultado despencasse diante do que foi orçado durante três

meses seguidos, fevereiro (-8,13%), março (-5,28) e abril (-5,25%).

Pôde-se observar que, a partir de maio com a conquista de um novo cliente

a empresa começou a obter bons resultados no o seu orçamento, no entanto, o mês

que obteve melhor receita foi em julho, onde seu resultado comparado com o orçado

para este mês foi de 5,77%, gerando um EBITDA de 24,13%.

Verificou-se que, muitas contas oscilaram durantes os meses realizados em

porcentagens muito altas, tanto para mais, quanto para menos do que foi orçado,

não gerando uma boa previsibilidade em alguns valores orçados, é praticamente

impossível que um orçamento resulte com exatidão o que se foi planejado, porém, a

empresa não pode permitir que ocorram variações tão significativas por vários

períodos sem uma causa justa, por exemplo, um custo em que sua oscilação é

proporcional a receita, na maioria dos casos, sempre que esta aumentar ou diminuir,

a tendência é que o custo a acompanhe em sua variação do orçamento.

Cabe destacar outro fato muito importante que contribuiu para que a

empresa não alcançasse o resultado estimado, os efeitos da crise mundial, tendo

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86

em vista que os maiores clientes da empresa são multinacionais e foram afetados

pelo colapso mundial, a empresa consequentemente sofreu com este

acontecimento.

Os resultados obtidos foram de grande importância para o acadêmico, para

a empresa e para a universidade. Para o acadêmico, onde ganhou conhecimentos

fundamentais sobre orçamentos, como elabora-los, como analisa-lo, qual a

importância do orçamento em uma organização. Para a empresa, a importância está

em ajudá-la a aperfeiçoar o seu orçamento, poderá verificar o que foi desfavorável

em 2008 e que poderá fazer para tentar mudar o cenário nos próximos orçamentos,

rever o que errou e corrigir para o ano seguinte. Na universidade o trabalho poderá

servir como alicerce para trabalhos futuros sobre orçamentos, até mesmo fazer

trabalhos sobre implantação de orçamentos.

Portanto, observa-se a importância do orçamento para uma empresa, pois é

uma ferramenta de planejamento e controle, onde auxiliar os gestores na tomada de

decisão, basta saber usar esta ferramenta com eficiência, ter comprometimento e

seriedade de toda a empresa, onde todos os setores trabalhando em sinergia

alcançarão os resultados em que a organização pretende chegar.

Page 88: Dassaev Koch de Amorim

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Rio de Janeiro: Saraiva, 2008.

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DECLARAÇÃO

A organização cedente de estágio Transportes Dalçóquio declara, para os

devidos fins, que o estagiário Dassaev Koch de Amorim, aluno do Curso de

Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas – CECIESA/Gestão da

Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, de 01/07/2008 a 08/06/2009, cumpriu a

carga horária de estágio prevista para o período, seguiu o cronograma de trabalho

estipulado no Projeto de Estágio e respeitou nossas normas internas.

Itajaí, 01 de junho de 2009.

___________________________________

Edemir Borth

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ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

Dassaev Koch de Amorim

Estagiário

Edemir Borth

Orientador de campo

Prof. Anacleto Laurino Pinto

Orientador de Estágio

Prof. Eduardo Krieger Silva

Responsável pelo Estágio Supervisionado