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Ano 87 - Nº 23.623 Jornal do empreendedor R$ 1,40 Conclusão: 23h45 www.dcomercio.com.br São Paulo, sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de maio de 2012 ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 3 6 2 3 HOJE Nublado com chuva Máxima 17º C. Mínima 13º C. AMANHÃ Nublado com chuva Máxima 17º C. Mínima 12º C. A CHADOS, PERDIDOS Como agir se perdeu o RG, cartões, celular? E se o cheque foi furtado? Quanto mais rápido os órgãos competentes forem avisados, melhor. Defenda-se até de envolvimento em fraudes. Siga o nosso guia. Pág. 15 STF decide hoje se Cachoeira depõe amanhã na CPMI Defesa de Cachoeira pergunta: como ele pode depor sem acesso às provas que o incriminam? Pág. 5 Chave para desenterrar a história de SP Novo centro abriga peças de todos nossos sítios arqueológicos. Págs. 12 e 13 Paulo Pampolin/Hype Lembra o vazamento da Chevron? Esvaziou. A capa da Bloomberg Businessweek é sobre o vazamento no Campo de Frade, pelo qual a Chevron foi ameaçada de expulsão do Brasil, seus executivos tiveram passaportes apreendidos, e uma indenização de R$ 20 bi seria cobrada. Mas tudo esvaziou. Explicação à revista: "Não somos fáceis de ser entendidos". Pág. 17 No masculino mundo do petróleo, cabe a mulheres transformar Brasil em potência. Pág. 20 T R I C A M P E Ã O Tri-2012: nova era do Santos, com Neymar (foto) no pódio, depois do reinado de Pelé (tri-1969). O garoto pop deu show com inscrição nas chuteiras: Nadine (nome da mãe). Davi Lucca, do filho. Esporte Paulo Pinto/Folhapress Ricardo Nogueira/Folhapress

DC 14/05/2012

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Diário do Comércio

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Page 1: DC 14/05/2012

Ano 87 - Nº 23.623 Jornal do empreendedorR$ 1,40

Conclusão: 23h45 www.dcomercio.com.br São Paulo, sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de maio de 2012

ISSN 1679-2688

9 771679 268008

23623

HOJENublado com chuva

Máxima 17º C. Mínima 13º C.

AMANHÃNublado com chuva

Máxima 17º C. Mínima 12º C.

ACHADOS, PERDIDOSComo agir se perdeu o RG, cartões, celular? E se ocheque foi furtado? Quanto mais rápido os órgãoscompetentes forem avisados, melhor. Defenda-se até deenvolvimento em fraudes. Siga o nosso guia. Pág. 15

STF decide hojese Cachoeira depõe

amanhã na CPMIDefesa de Cachoeira pergunta: como ele pode

depor sem acesso às provas que o incriminam? P á g. 5

Chave paradesenterrar ahistória de SP

Novo centro abriga peçasde todos nossos sítios

arqueológicos. Págs. 12 e 13Paul

o Pa

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lin/H

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Lembra o vazamentoda Chevron? Esvaziou.A capa da Bloomberg Businessweek é sobre o vazamento no Campo de Frade, peloqual a Chevron foi ameaçada de expulsão do Brasil, seus executivos tiverampassaportes apreendidos, e uma indenização de R$ 20 bi seria cobrada. Mas tudoesvaziou. Explicação à revista: "Não somos fáceis de ser entendidos". Pág. 17

No masculinomundo do

petróleo, cabe am u l h e re s

transformar Brasilem potência.

Pág. 20

TRICAMPEÃO

Tri-2012: nova erado Santos, com

Neymar (foto) nopódio, depois doreinado de Pelé

(tri-1969). Ogaroto pop deu

show cominscrição nas

chuteiras: Nadine(nome da mãe).Davi Lucca, dofilho. Espor te

Paulo Pinto/Folhapress

Ricardo Nogueira/Folhapress

Page 2: DC 14/05/2012

sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de maio de 20122 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Fundado em 1º de julho de 1924

Pre s i d e nteRogério Amato

V i ce - Pre s i d e nte sAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroClaudio VazEdy Luiz KogutÉrico Sodré Quirino FerreiraFrancisco Mesquita NetoJoão de Almeida Sampaio FilhoJoão de FavariLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesNelson Felipe KheirallahNilton MolinaPaulo Roberto PisauroRenato AbuchamRoberto FaldiniRoberto Mateus Ordine

CONSELHO EDITORIAL Rogério Amato, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel SolimeoDiretor-Resp onsável João de Scantimburgo ([email protected]) Diretor de Redação Moisés Rabinovici ([email protected])

Ed i to r - Ch e fe : José Guilherme Rodrigues Ferreira ([email protected]) Editor de Reportagem: José Maria dos Santos([email protected]) Editores Seniores: Bob Jungmann ([email protected]), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio. com .br ),chicolelis ([email protected]), Estela Cangerana ([email protected]), Luciano de Carvalho Paço ([email protected]),Luiz Octavio Lima ([email protected]), Luiz Antonio Maciel ([email protected]) e Marino Maradei Jr. ([email protected])Editor de Fotografia: Alex Ribeiro Editores: Cintia Shimokomaki ([email protected]), Fernando Porto ([email protected]), RicardoRibas ([email protected]) e Vilma Pavani ([email protected]) Subeditores: Marcus Lopes e Rejane Aguiar Redatores: Adriana David,Darlene Delello, Eliana Haberli e Evelyn Schulke Repórter Especial: Kleber Gutierrez ([email protected]), . Repór teres:André de Almeida,Fátima Lourenço, Ivan Ventura, Karina Lignelli, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mariana Missiaggia, Mário Tonocchi, Paula Cu n h a ,Rafael Nardini, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Vera Gomes e WladimirM iranda.

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opiniãoEmbora seja legítima toda manifestação de qualquer grupo social, ela só pode ser aceita quando feita nos limites da lei e respeitando os direitos dos demais.

Rogério Amato

Respeitar os direitos de todos

ROGÉRIO

AMATO

Otrânsito de SãoPaulo é, no geral,bastante compli-cado. Não apenas

pelo excesso de veículos, co-mo pelas características dacidade, especialmente as doseu centro expandido, noqual qualquer problema queinterrompa ou dificulte a cir-culação, provoca reflexos emtoda sua extensão, resultan-do, muitas vezes, na sua qua-se paralisação.

Isso acarreta grandes pre-juízos para a população, seja aque se utiliza dos coletivos, co-mo a que se vale de seus car-ros, impedindo o cumprimen-to de horários. Isso provocadesgaste físico e emocional,além de aumentar a poluição.

Para tentar diminuir os con-gestionamentos normais, asautoridades municipais impu-seram o rodízio para os carrosparticulares e adotaram seve-ras restrições de horários de cir-culação na área central para oscaminhões, visando assim re-duzir o número de veículos quetransitam por essa área.

Apesar dessas restrições, otrânsito ainda continua difícile as dificuldades aumentamquando ocorrem acidentes dequalquer tipo, que limitam acirculação de veículos emqualquer via da área central.

Tais acidentes são, no geral,inevitáveis e imprevisíveis eresta à população que se des-loca nessa área ter paciência eesperar que as providênciasdas autoridades do trânsitosejam rápidas e eficazes.

O que não se pode aceitar,contudo, é que a paralisaçãodo trânsito seja provocadaintencionalmente por gru-pos de pessoas que, paraprotes tar ou re iv ind icarqualquer coisa, se arvoram odireto de desrespeitar o di-reito dos demais cidadãos decircularem pelas regiõesatingidas por suas ações.

ABoa Vista, por exem-plo, uma via estreita,mas fundamental pa-

ra a fluidez dos veículos quecirculam na área central, temsido palco de inúmeros movi-mentos de protestos, desdeque diversos órgãos gover-namentais foram transferi-dos para essa rua, onde fica asede da Companhia de De-senvolvimento Habitacionale Urbano (CDHU).

Talvez por ser ano eleitoral,essas manifestações têm semultiplicado, por parte de gru-pos que reivindicam moradias.Como sempre, esse tipo de ma-nifestação é organizada por umautodenominado "MovimentoSocial", no caso o dos "sem-te-to", e se utiliza de mulheres ecrianças para evitar a ação da

polícia. Mesmo quando nãoocorrem atos de violência, ficaclara a intenção dos organiza-dores da manifestação de blo-quear o trânsito "para chamar aatenção", segundo eles.

Embora seja legítima todamanifestação de qualquer gru-po social, ela só pode ser aceitaquando feita nos limites da lei erespeitando os direitos dos de-mais. Não se pode aceitar que a

vida da cidade seja tumultuadasob qualquer pretexto, pois a li-berdade de cada um terminaonde começa a dos demais.

Por mais que suas reivindi-cações possam ser justas, oque nem sempre é o caso, nãose pode aceitar que o "direitode ir e vir" de uma ampla par-cela da população paulistanaseja afetado pela ação dequalquer grupo, mesmo que

se autodenomine de "Movi-mento Social".

Democracia pressupõe orespeito às normas deconvivência entre os di-

versos grupos sociais, mediadopelo governo com base na lei ena ordem, sem que as relaçõesentre eles se tornem "confliti-vas". Não se trata de criminali-zar os movimentos sociais, masde punir atos de violência con-tra os direitos dos cidadãos, se-jam eles praticados por quemquer que seja, seja qual for asua justificativa.

O direito de protestar, reivin-dicar, criticar ou de apoiar deveser sempre preservado, sejapara o indivíduo ou para qual-quer grupo. Esse é um dos pila-res do regime democrático.

Talvez uma solução paraconciliar o direito de protestoe o direito da população de "ire vir" seja a de se estabelecerlocais para a realização demanifestações, que causemo menor trauma possível à vi-da da cidade.

Essa solução certamentenão será do agrado da-queles grupos cujo obje-

tivo maior é o de provocar tu-multo, baseado em motivaçõesde natureza política ou ideoló-gica. Nesse caso é preciso apli-car a lei com todo rigor.

ROGÉRIO AM ATO É PRESIDENTE DA

ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO

PAU L O (ACSP) E DA FEDERAÇÃO DA S

ASSOCIAÇÕES COMERCIAIS DO

ES TA D O DE SÃO PAU L O ( FAC E S P )

Nilton Fukuda/AE

Manifestação em plena rua Boa Vista, no Centro da Capital: a via estreita tem sido palco de inúmeros movimentos de protestos, que desrespeitam o cidadão e paralisam o trânsito.

A DOR DO PARTO DO DESCONSERTO NACIONALFalam sempre da

famosa dor do partoquando algo está

em nascimento. Deve serpor isso que o Brasil pagauma dor de parto enormena vida nacional quandoestá, ao menos se acreditaque está, em busca de seudesenvolvimento,crescimento, maiorequilíbrio interno naquestão social, nos aspectoseconômicos, educacionaise outros importantes.

Olhando-se com isençãoo que se observa é umaverdadeira barafunda.

Enquanto o País cresce,camadas da populaçãomelhoram de vida, o poderpúblico fica para trás na suaobrigação de propiciarinfraestrutura capaz deabrigar essa nova massaconsumidora e torna ocotidiano de milhões debrasileiros um suplício nasruas, estradas, aeroportos,hospitais, cinemas,restaurantes, portos, onde

quer que se vá porexcesso de gente eausência de condições deatendimento. Mesmo que aarrecadação de impostos,taxas, emolumentos,tarifas e o que mais acapacidade burocráticafor capaz de inventar, nãopare de crescer.

Talvez aí resida um nó.Cresce também a corrupçãona mesma proporçãoe o dinheiro público somenos escaninhosdo submundo oficial.

Observa-se o País sendogovernado pelo

Supremo Tribunal Federal.Agora, até traficantescriminosos devemresponder em liberdade.

Que Supremo é esse quepretendendo ou fingindoolhar para o futuro ditaregras definitivas em nomeda Constituição calcado emsubtração de valores eelevação da tibieza nocombate ao errado?

Iria escrever combateaos "malfeitos" consagradopor Dilma, ma já caiutambém na vala comum eperdeu sustentação.Malfeito hoje em dia é tudoque o poder público faz.

O STF governa porque oCongresso legisla errado efora do foco dos interessesnacionais. Governa porqueo Executivo montou-senuma chamada basealiada que busca fortalecercofres partidários,de grupos políticos, depolíticos, e tornou-serefém de interessesescusos. Sem mencionartambém o permanente

desejo por mais fundospartidários, reeleiçõese dominação.

Na era Lula, aindaem vigência, a moralidadepública transformou-seem abstração defendidapor tolos.

Eos partidos? Sãoexemplos de vergonha

nacional. Não têmconsciência de seuverdadeiro papel e servemde valhacouto a interessesdistantes de políticaspúblicas e açõesprogramáticas voltadas parao bem comum. Olham e agemem favor do bem de alguns.

Petistas enfiados até opescoço no escândalo doMensalão debatem-se,inclusive via mídia, usandoda importância de seuscargos, para desviar aatenção e protelar umjulgamento que vai levarpara a lata de lixo da histórianomes que em dadosmomentos, e ainda hoje, semovimentam nos bastidoresdos cofres nacionais, ops,da vida do País, como sedonos deles fossem.

Querem por meio desofismas, neologismos efalsificações baratas darealidade, calar a imprensa,atualmente, únicoinstrumento efetivo no Paísque, mesmo tendo tambémseus interesses e estandoainda dependente de verbaspúblicas, não finge que arealidade é uma quando éoutra a que se vende aoingênuo povo brasileiro.

Dói no brasileiro queconsegue enxergar arealidade e a ação nefasta

de seus políticos,governantes, sua eliteperversa, a dor do parto deconstrução de um paísmelhor. Até porque o Brasilé tão grande em tudo que,mesmo com toda essairresponsabilidadegovernante, ele cresce,ainda que desordenado,sem estender estruturaaos benefícios, sóaumentando demandas.

Enisso tudo o STF tornou-se o centro das decisões

nacionais. E, por força docrescimento do populismodemagógico, reflete emsuas imposições ao Paíso desconcerto da sinfoniados valores perdidos.

E não julga os réus doMensalão porque sãopetistas, e os ministros,hoje grande parte deles,têm viés partidárioenamorado da era Lula.

PAU L O SAAB

É J O R N A L I S TA E E S C R I TO R

PAULO

SAAB

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de maio de 2012 3DIÁRIO DO COMÉRCIO

opinião EXISTE OUTRA PRIMAVERA ÁRABE OCORRENDO AO LADO DO DRAMA DAS RUAS DO CAIRO E DE DAMASCO.

ANTONIO

DELFIM

NETTO

THOMAS L.FRIEDMAN

UM OÁSIS DE ALTA TECNOLOGIA. NA JORDÂNIA.

Amedida preliminar ado-tada pelo governo em re-lação à Caderneta dePoupança foi muito bem

feita. Ela traz tranquilidade aos de-positantes e desobstrui o caminhopara o Banco Central continuarcom sua cuidadosa política de re-dução da Selic até trazer a taxa dejuro real do Brasil ao nível interna-cional. Alguns analistas do cenárioeconômico, talvez um pouco maisexcitados do que habitualmente,enxergaram os sinais de uma criseentre os bancos e o governo, quenão prosperou e afinal se limitou aalguns "muxoxos" deselegantes.

É sempre bom sinalizar que onosso sistema bancário é hoje re-conhecido como um dos mais hígi-dos, ágeis e seguros do mundo. Suaconstrução, desde a crise de 1997,custou 4% do Produto Interno Bru-to (PIB) brasileiro, mas dispomoshoje de sofisticados mecanismosde intermediação financeira que ri-valizam com os melhores do plane-ta, graças à ação enérgica do Ban-co Central e de seu amplo espec-tro de fiscalização. Os "spreads"bancários continuam sendo osmaiores do mundo, mas tanto oMinistério da Fazenda como o pró-prio BC estão analisando com osbancos os caminhos para reduzi-los a níveis razoáveis.

O regime da nova caderneta te-ve início em 4 de maio e os deposi-tantes não se deixaram impressio-nar pela "aritmética terrorista" deque haveria perdas na poupança. Acompreensão é que as mudançasnão mexem na remuneração daantiga caderneta. Tudo aquilo queo depositante tinha até o dia 04/05na caderneta continua recebendoa mesma remuneração e tem a

mesma segurança e liquidez quesempre teve. A nova caderneta depoupança é que vai render 70% daSelic + TR, mas isso não tem nada aver com o que o depositante já temlá poupança. Se o governo tiver su-cesso (como estou certo que terá)vai reduzir a taxa de juros que aspessoas estão pagando nas com-pras do automóvel, da geladeira,do fogão ou nas prestações da via-gem. Essa taxa de juro vai cair, por-tanto a dívida vai ter uma taxa dejuro menor, mas o patrimônio queo depositante tem na poupança vaiter o mesmo rendimento.

No final, vamos pagar menosnas compras por conta da baixa dataxa de juro que o governo estáperseguindo: vai sobrar di-nheiro que poderá ser usa-do aplicando na Cadernetade Poupança nova, ou consu-mindo. Quer dizer, foi uma medi-da do governo muito bem feita, in-teligente, muito bem estudada.Não há o menor risco de alguémser prejudicado por conta disso.Pelo contrário: melhora a situaçãode todos ou deixa igual.

Odinheirinho da cadernetaantiga permanece lá, fir-me, líquido e certo, ren-

dendo a mesma coisa que rendiano passado. Os depósitos na ca-derneta nova é que terão uma no-va posição de remuneração: 70%da Selic + a TR. Ninguém precisase assustar porque ela não serámuito diferente da remuneraçãoque a poupança oferece hoje. Ain-da assim, essa remuneração me-nor só se efetivará quando a taxaSelic ficar igual ou cair abaixo de8,5% ao ano. É preciso, portanto,estar prevenido e não acreditar

que o governo tenha feito qual-quer coisa que perturbe o rendi-mento, a segurança e a liquidezda Caderneta de Poupança.

ANTÔNIO DELFIM NE T TO

É P RO F E S S O R E M É R I TO DA F E A - U S P,EX-M I N I S T RO DA FA Z E N DA , DA

AG R I C U LT U R A E DO PL A N E JA M E N TO

A mudança realizada pelo governo na poupança traztranquilidade aos depositantes e desobstrui o caminho para oBanco Central continuar na política de redução da taxa Selic.A medida do governo foi muito bem feita, é inteligente e muito bemestudada. Não há o menor risco de alguém ser prejudicado.

Felizmente, existe outraPrimavera Árabeocorrendo ao lado do

drama das ruas do Cairo e deDamasco. Trata-se de umaexplosão de lançamentos deempresas por jovens árabesfanáticos por tecnologia. Oponto de partida é umcomplexo de prédios aqui nocoração de Amã, na Jordânia.

O local foi construído paraser o quartel-general doexército jordaniano, mas noúltimo minuto o Rei Abdullahpôs o exército em outrolugar, rebatizou o complexocomo "O Parque deNegócios" e o declarou zonaeconômica especial. Osprédios de muitos andaresagora exibem cartazesenormes que dizem"Microsoft", "HP","Samsung" e "Cisco". Mas éo edifício chamado"Oasis500" que realmentechamou a minha atenção. Éonde Lawrence das Arábiasencontra Mark Zuckerberg.

O Oasis500 é umacelerador de altatecnologia, pertencente aum árabe e está procurandoalimentar 500 novoslançamentos de empresasna Jordânia. Ele temfornecido capital inicial paraqualquer jordaniano ouárabe que queira criar umanova empresa aqui e, comoum clarão de tempestade nodeserto, o Oasis500 jáajudou dezenas deempresas de internet comconteúdo em árabe adesabrochar praticamenteda noite para o dia. Apenas1% do conteúdo mundial daweb é em árabe atualmente,mas 75% dele são

produzidos na Jordânia.O mundo árabe precisa

criar milhões de empregosque não sejam públicospara satisfazer sua multidãode jovens. Infelizmente,contudo, não háempregados semempregadores – pessoascom alto QI, que assumemriscos e estão dispostas acriar empresas – e é isso oque Oasis500 está tentandomultiplicar rapidamente.Sem esta Primavera Árabe,a outra Primavera Árabenunca vai durar. Nãohaverá nenhuma classemédia para sustentá-la.

"Somos grandes crentesna criação de empresas emvez de empregos", afirmaUsama Fayyad,ex-encarregado por dadosna Yahoo, que voltou para opaís convencido que amatéria-prima estavaaqui para se criar umvale do silício árabe.

"Um emprego é umemprego, mas umaempresa é uma história deprogresso", completaFayyad. Ela não resulta sóem empregos, mas tambémem ex-empregados, quesão treinados e partem paralançar novas empresas enovas indústrias.

Um emprego médio dosetor tecnológico na

Jordânia paga em média seisvezes mais do que umemprego público médio.A Jordânia não tem petróleo,assim "seu povo é opetróleo", afirma Fayyad,e ele está extraindo.

Não há nenhuma tradiçãode capital de risco no mundo

árabe, então oOasis500 éum pioneiro.Ele convidaqualquerjordanianoou árabe paravir com umplano delançamento.Qualquerprojeto queseja aceitorecebeUS$ 15 mil decapital inicial.Depois, oempresárioiniciante temde passarpelo campode treinamento do Oasis500,um curso intensivo de cincosemanas sobre comomontar uma empresa.

Os sobreviventesrecebem espaço para

escritório do Parque dosNegócios durante três a seismeses. Para aqueles queconsigam crescer após oprimeiro estágio deincubação, há maisfinanciamentos anjos,assessoria jurídica,consultoria e oportunidadesde contatos com outroslíderes empresariais.

O Oasis500 investe emcada empresa que acha quemerece. Fayyad informouque o Oasis500 começou em2010 e já recebeu dois milpedidos e investiu em 49empresas. Dessas, umateve uma saída rentável,45 ainda estão na ativa e trêsfracassaram. Atualmenteeles estão recebendomensalmente centenas de

pedidos para o treinamento.Durante minha visita,

Fayyad me apresentou 30 deseus últimos lançamentos,incluindo: Doseyeh.com,um portal em árabe quefornece pacotes de cursospara turmas do curso médio;Firstbazaar.com, ummercado online paraartesãos locais;Littlethinkingminds.com,que produz conteúdo deinternet em árabe paracrianças; Ekeif.com, queproduz vídeos em árabecom dicas sobre educaçãode filhos, beleza e saúde;Gateexpress.com, umaplataforma de transferênciade dinheiro; Tawajod.com,um bobo da corte árabe;Fakker, que permite quejovens árabes – queconstituem cerca de 40%dos jogadores online domundo – desenvolvamhabilidades profissionaisenquanto jogam;Gweet.com, um site em

árabe com dicas paraviajantes mochileiros; eI3zif.com, uma escola onlinede música árabe.

Além do Oasis500, eutambém visitei oKharabeesh.com, um novosite popular que estáajudando os jovens árabes acriarem animações econteúdo para o YouTube epara suas própriasplataformas – alguns dosquais são bem politicamenteincorretos. "Consideramo-nos não apenasempresários, mas tambémtransformadores", afirmouWael Attili, um cofundador."Educação é o caminhoduradouro para mudar amentalidade das pessoas,mas a mídia para nós é ocaminho mais rápido."

Com todos os jovensprocurando trabalho,

"a única forma de lidarcom o desemprego éinventar nosso própriotrabalho”, afirmou MajedJarrar, fundador daVitalTronix, que estádesenvolvendo tecnologiapara monitoramentocardíaco. Essa atitude é opetróleo da Jordânia.

O governo daqui temproblemas reais com acorrupção e com a reformapolítica, mas ele tambémcriou a melhor plataformacombinando educação,banda larga de altavelocidade, internetsem censura e leis queprotegem a propriedadeintelectual e incentivamos investimentos.

Esse é um novo modelode desenvolvimento

árabe – baseado noempreendedorismo, nãonos contratos do governo.

"O empreendedorismotem a ver comfortalecimento", afirmouFadi Ghandour, uminvestidor no Oasis500 eum dos fundadores daprimeira empresa com sedeno mundo árabe a serlistada na Nasdaq: Aramex."Tomar posse de seu futuroe fornecer as habilidadese os instrumentos paraesses jovens que desejamser empresários, significaque eles estão menosdependentes do Estado e setornam criadores deemprego, em vez deapenas procuradoresde emprego, criando valorpara si mesmos, seusempregados e paraa comunidade no geral."

Esse é o motivo peloqual estou torcendo poresta Primavera Árabetanto quanto pela outra.

THOMAS L. FRIEDMAN É CO LU N I S TA DO

NE W YORK TIMES E TRÊS VEZES

GANHADOR DO PRÊMIO PULITZER

TR ADUÇÃO: RODRIGO GA RC I A

Cristiane Magalhães/Hype

POUPAR SEM RISCOS

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de maio de 20124 -.GERAL DIÁRIO DO COMÉRCIO

CHARGE DO DIA

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de maio de 2012 5DIÁRIO DO COMÉRCIO

NA CPMIDefesa de CarlinhosCachoeira tentaevitar o seudep oimento

NA JUSTIÇADefesa de CarlinhosCachoeira pederevogação daprisão preventiva

política

Veta, Dilma!Camila Pitanga,

dirigindo-se à presidenteDilma Rousseff, em referência

ao novo Código Florestalaprovado pelo Congresso

em evento no Rio.

Paul

o Lie

bert/

AE

Esse placar mostra que há unanimidade depensamento. Quanto mais demorarmos nessa

decisão, teremos um desgaste muito grande. Écomo se o Senado estivesse sangrando.Senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), presidente

do Conselho de Ética.

Se corrida de cavalo é liberada no Brasil, porque outros jogos não são? A contravenção está

aberta nas ruas.Senador Mário Couto (PSDB-PA), que teria sido porta-

voz do jogo do bicho no Pará, em 1988, votou pelainstauração do processo contra Demóstenes Torres.

Copa não temmistério, não tem

segredo: é a 20ª Copa.Ministro dos Esportes,

Aldo Rebelo.

Ant

onio

Cru

z/A

Br

É lógico que tem que ser garantido, nesse espaço,o princípio constitucional do amplo direito de

defesa ao representado. Mas não douremos a pílula,vamos direto ao cerne da questão.

Senador Randolfe Rodrigues (PSol-AP), autor darepresentação para abertura de processo contra Demóstenes,

disse ser "patente" a participação do senador "em conluiocom a organização criminosa do senhor Cachoeira".

Gostaria só de comunicar que tudo queaqui for falado vai vazar e serão as

versões mais variadas, vai ser um horror.Deputado federal Miro Teixeira (PDT-RJ)

Tass

o M

arce

lo/A

E

Aqui existemargumentos que

fundamentam aqueles fatos.O relatório de Costa éabsolutamente perfeito.

Senador Pedro Taques (PDT-MT), para quem o conselho tem

que investigar Demóstenes.

Ed F

erre

ira/A

E

Para mim, o mensalão éum processo como tantos

outros julgados pelo SupremoTribunal Federal.

Marco Aurélio Mello, ministrodo Supremo Tribunal Federal.

Wei

nny

Eira

do/D

ivul

gaçã

o

Ou a CPMI investiga deverdade ou vai se

distrair com a investigaçãojá feita dos telefonemas docontraventor.

Reação do presidente doPSDB, Sérgio Guerra (PE),

dizendo que começa a sedesenhar um acordo para

preservar Sérgio Cabral e ogovernador do Distrito

Federal, Agnelo Queiroz (PT).

Umaverdadeira

metástase!Definição do delegado

da Polícia Federal RaulAlexandre Marques

Souza para a atuaçãodo grupo comandado

pelo contraventorCarlos Augusto

Ramos, o CarlinhosCachoeira.

Pelo depoimento do delegado dá para dizerque a relação do governador Perillo com

Cachoeira era muito próxima.Senador Randolfe Rodrigues (PSol-AP)

Cachoeira na mão do STFDefesa do contraventor recorre ao Supremo para evitar o seu depoimento na CPMI, marcado para amanhã.

Oministro Celso deMello, do SupremoTribunal Federal(STF), deve julgar

hoje pedido da defesa do bi-cheiro Carlos Augusto Ramos,o Carlinhos Cachoeira, paraque ele seja dispensado deprestar depoimento marcadopara amanhã na ComissãoParlamentar Mista de Inquéri-to, a CPMI do Cachoeira.

Na ação, protocolada na se-mana passada no STF, os ad-vogados alegaram que Ca-choeira não deveria compare-cer à CPMI antes de conheceros documentos que servirãode base para as indagaçõesdos parlamentares.

Para tentar convencer oSTF, a defesa citou decisõesanteriores do tribunal que dis-pensaram pessoas de prestardepoimentos em comissõesparlamentares. A defesa ale-

gou ainda que ele irá depor nacondição de investigado eque, portanto, é necessárioque ele conheça as provas.

A n t e s d eprotocolar opedido no Su-premo, a defe-sa de Cachoei-ra, represen-tada pelo ex-m i n i s t r o d aJustiça, MárcioThomas Bas-tos, havia soli-citado ao pre-sidente da CP-MI, senador Vi-t a l d o R e g o(PMDB-PB), que fornecesse asinformações, o que foi nega-do. De acordo com os advoga-dos, Cachoeira está "impedi-do de conhecer na íntegra oque pesa contra ele".

A defesa vem sustentando

que para decidir se vai falar ouse vai silenciar na CPMI, o bi-cheiro precisa conhecer o ma-terial. Os advogados pediram

que o Supre-mo concedaliminar paraadiar o depoi-mento paraque Cachoei-ra "não sejaco mp e l i d o ,antes de terc iênc ia dasprovas a elevinculadas, ape rm an ec erem s i lênc iocontra seus

legítimos interesses ou a apre-sentar versão sobre fatos eprovas que não conhece apro-priadamente".

Depoimento – Caso o STFmantenha a audiência, Ca-choeira será ouvido amanhã

no Senado, a partir das 14 ho-ras. Ele deverá chegar escol-tado pela Polícia Legislativado Senado, depois de ser con-duzido por policiais federaisdesde o presídio da Papuda.

Acusado de comandar a ex-ploração do jogo ilegal emGoiás, Cachoeira foi preso nodia 29 de fevereiro durante aOperação Monte Carlo, da Po-lícia Federal. Ao todo foramfeitas 28 prisões e apreendi-dos 22 veículos, dinheiro, ar-mas e jóias com os integrantesda organização criminosa.

Conversas monitoradas pe-la PF revelaram uma extensarede de influência comandadapor Cachoeira, que se asso-ciou a agentes públicos e pri-vados. Entre os parlamenta-res que aparecem dialogandocom o bicheiro, está o senadorDemóstenes Torres (sem par-tido-GO). (Agências)

Contraventor tem bens bloqueadosDecisão da Justiça atingiu, além de Carlinhos Cachoeira, o ex-diretor da Delta, Cláudio Abreu e mais seis.

AJustiça do Distrito Fede-ral bloqueou os bens dobicheiro Carlos Augus-

to Ramos, o Carlinhos Ca-choeira, do ex-diretor da DeltaConstruções, Cláudio Abreu ede outras seis pessoas denun-ciadas por formação de qua-drilha e tráfico de influência.Todos foram acusados acusa-dos de tentar fraudar licitaçãono Distrito Federal. A Justiçatambém autorizou a quebrados sigilos bancários e fiscaldos envolvidos e da Delta.

O sigilo bancário, fiscal e te-lefônico de Cachoeira já haviasido quebrado pela ComissãoParlamentar Mista de Inquéri-to (CPMI) que investiga a rela-ção do bicheiro com políticos econtratos públicos. A decisãoocorreu depois de pedido doMinistério Público do DistritoFederal e Territórios.

Fraudes – A decisão judicialocorre em processo judicialdecorrente da OperaçãoSaint-Michel, deflagrada em25 de abril pelo Ministério Pú-blico e pela Polícia Civil do Dis-trito Federal. Foi um desdo-bramento da Operação MonteCarlo, na qual Cachoeira foipreso pela Polícia Federal nodia 29 de fevereiro e acusadode exploração de jogo ilegal.

Na investigação do DF, ogrupo ligado a Cachoeira foiacusado de tentar fraudar a li-citação da bilhetagem eletrô-nica no transporte público doDistrito Federal. O ex-diretorda Delta, Cláudio Abreu, foipreso. Ele estava afastado docargo na construtora desde arevelação de ligação com Ca-choeira. Conforme a peça de

acusação, o grupo de Cachoei-ra comandava operação paradirecionar o contrato, o querenderia R$ 60 milhões pormês à empreiteira.

Informações – A quebra de si-gilo determinada pela Justiçaabrange dados das contas cor-rentes e declarações de Im-posto de Renda dos investiga-

dos a partir de janeiro de 2009até os dias atuais. No caso daDelta, a determinação de que-bra de sigilo abrange contasda empresa em todo o País.

O advogado de Cachoeira,Márcio Thomaz Bastos, afir-mou ao G1 que considerou adecisão da Justiça como "des-cabida". Segundo o advoga-

do, "é uma decisão absoluta-mente descabida e ilegal. Eutenho até dúvidas com rela-ção à competência judicial."Bastos também aguarda paraamanhã decisão do SuperiorTribunal de Justiça (STJ) a res-peito do pedido de revogaçãoda prisão preventiva de Ca-choeira. (Agências)

Dida Sampaio/AE - 05.10.05

A defesa:advogados de

CarlinhosCachoeira

alegam que eleprecisa

conhecer asprovas que

pesam contraele no Senado.

CarlinhosCachoeira estáimpedido deconhecerna íntegra o quepesa contra elena comissão.

MÁR CIO THOMAS BA S TO S

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de maio de 20126 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Será que eles (integrantes da Comissão da Verdade) não vão ceder à esquerda?Almirante Ricardo Veiga Cabral, presidente do Clube Naval.política

ONGs recebem mais verbas do governoApesar de 164 entidades terem sido proibidas de receber dinheiro, total repassado cresceu 17% de janeiro a abril em relação a igual período do ano passado.

As transferências dogoverno a institui-ções privadas semfins lucrativos, de ja-

neiro a abril de 2012, alcança-ram a cifra de R$ 807,5 mi-lhões, o que representa umaalta de 17% (R$ 121,5 mi-lhões) em relação a igual pe-ríodo do ano passado, em va-lores correntes. A previsão pa-ra este ano é que R$ 3,9 bi-lhões sejam repassados àsOrganizações da SociedadeCivil de Interesse Público (Os-cips), fundações, partidos po-líticos e entidades similares,além de Organizações NãoGovernamentais (ONGs).

Em 2011, o montante de-sembolsado para essas insti-tuições foi reduzido em decor-rência de medidas impostaspelo governo após escândalosenvolvendo os ministérios doTrabalho, Esporte e Turismo. Apresidente Dilma Rousseff pu-blicou em outubro passadodecreto (7592/2011) em quedeterminava a suspensão por30 dias dos repasses de ver-bas públicas para entidadesprivadas sem fins lucrativos.

Além disso, o decreto esta-beleceu que órgãos e entida-des da administração públicafederal deveriam avaliar a re-gularidade da execução dosconvênios, contratos de repas-ses e termos de parceria, fir-mados com entidades sem finslucrativos. O dinheiro só voltoua ser liberado após parecertécnico que atestou a regulari-dade da parceria. Além do rela-tório, a validação do contratoprecisaria ter o aval do próprioministro da respectiva pasta.

Nova lei – Diante do escânda-lo envolvendo as ONGs, um pro-jeto de lei que normatiza a rela-ção entre órgãos públicos e es-sas entidades está em tramita-ção na Câmara. Conformedisposições do texto, o poderpúblico apenas poderá firmarconvênios ou parcerias com

ONGs que estejam em efetivofuncionamento há, pelo me-nos, cinco anos, além de obede-cerem a padrões de governan-ça corporativa.

As entidades também deve-rão estar incluídas em cadas-tro com nota de classificaçãoda ONG, considerados crité-rios como o número de proje-tos executados e resultadosde parcerias anteriores. O pro-jeto ainda especifica que astransferências financeiras dequalquer órgão federal aONGs não poderão ultrapas-sar 10% do valor destinado aestados e municípios.

Também deverá ser criadauma “fonte autônoma” pelogoverno para o financiamentodas ONGs, como disse recen-temente o ministro da Secre-taria Geral da Presidência, Gil-berto Carvalho. Em um primei-ro momento o fundo teráR$ 200 milhões.

O Banco Nacional do Desen-volvimento será responsávelpela fatia de R$ 100 milhões; oresto deve vir da Petrobrás eda Fundação Banco do Brasil(R$ 50 milhões cada um).

Cadastro negativo – No dia 9de março, a Controladoria-Ge-ral da União (CGU), chefiadapelo ministro Jorge Hage, di-vulgou uma lista com 164 enti-dades privadas sem fins lucra-tivos impedidas de celebrar

contratos com o governo fede-r a l ( a c e s s e a l i s t a n o l i n kh t t p: / / w w w.p o r t a l da t r a n s pa r e n-ci a. go v. br/ ce pi m/ Ent id ad es Im-pe dida s.a sp?p ara mEmp re-sa =0 ). O cadastro foi elabora-do a partir do decreto com a co-laboração dos ministérios, queencontraram irregularidadesnos convênios, como desvio derecursos, omissão da presta-ção de contas ou descumpri-mento de contratos.

Segundo levantamentorealizado pelo Contas Aber-tas, o repasse total de verbasàs entidades impedidas alcan-çou R$ 1 bilhão, desde o iníciode 2006. De acordo com aCGU, além de perderem o di-reito de celebrar novos convê-nios, as entidades tambémdeixaram de receber transfe-rência de recursos enquantoas irregularidades não foremsanadas, mesmo que hajaconvênios celebrados com aentidade ou ainda parcelaspendentes de liberação.

Apesar da redução no nú-mero de entidades beneficia-das e dos menores repassesem 2011, a tendência de que-da, ao que parece, não vai seconfirmar neste ano. Além dosmaiores valores desembolsa-dos até abril, os empenhosemitidos em 2012, ou seja, re-cursos já reservados em orça-mento para serem aplicados,

representam recorde desde,pelo menos, 2006: quaseR$ 1,4 bilhão foi empenhado,R$ 457,5 milhões a mais queno mesmo período de 2011.

Primeiro lugar – Nos quatroprimeiros meses do ano, a uni-dade da federação favorecidacom o maior valor empenhadofoi o Distrito Federal, comR$ 390,5 milhões. Contudo, oprimeiro lugar se deve ao fatode diversos partidos políticospossuírem sedes no DF e rece-berem repasses através dessamodalidade. Cerca de R$ 286,3milhões são destinados ao Fun-do Partidário, através do Tribu-nal Superior Eleitoral (TSE).

Em seguida vem São Paulo,com empenhos que somamR$ 328 milhões. A entidade querecebe mais repasses no esta-do é a Associação Paulista parao Desenvolvimento da Medici-na (SPDM), com R$ 112 milhõesempenhados. Segundo o por-tal, a SPDM é a maior entidadefilantrópica de prestação deserviços de saúde do Brasil,com 32 mil colaboradores e ge-renciamento de 22 unidades.

Do site Contas Abertas

Gilberto Carvalho anunciou a criação de um fundo para o financiamento de ONGs

Jorge Hage, da CGU, suspendeu repasses a 164 ONGs e Oscips.

Dida Sampaio/AE – 11/8/2011 Antonio Cruz/ABr – 2/2/2012

O que a PF já sabe donovo presidente da DeltaExecutivo é relacionado ao período na qual a Camargo Corrêa foi flagrada na Operação Castelo de Areia

Onovo presidente daDelta Construções,Humberto Junquei-ra Farias, ocupava

cargo no alto escalão da Ca-margo Corrêa quando a em-preiteira foi f lagrada, em2009, na Operação Castelo deAreia, que detectou doaçõesilegais para políticos e supos-tos pagamentos de propinapara agentes públicos.

De acordo com documentosda Polícia Federal, há indíciosde "gratificações" durante agestão de Farias nas empre-sas do grupo. O engenheironão é citado nos relatórios daoperação, cujas provas foramanuladas em 2011 pelo Supe-rior Tribunal de Justiça (STJ).

Caixa 2 – De acordo com asinvestigações, a Cavo Servi-ços e Meio Ambiente, coman-dada entre 2000 e 2006 porFarias, aparece em uma tabe-la com obras e prováveis be-neficiários de esquema de"caixa 2", gerenciado pelos di-retores da empreiteira.

Um documento relacionaum valor de R$ 200 mil, datadode 22 de dezembro de 2005, aCavo-Curitiba. Segundo a PF,não há indicação de beneficiá-rios, mas o manuscrito dá a en-tender que o total do paga-mento seria de R$ 490 mil. Ain-da em 2005, a polícia localizououtros arquivos que ligavamvalores a Cavo. Um deles, deR$ 69 mil, estaria vinculado afiscais de Curitiba.

Há citações às operações daempresa em São Paulo, RioClaro, Itu, Recife e de contra-

tos de lixo hospitalar. Um ou-tro documento relaciona a Ca-vo ao suposto pagamento deR$ 450 mil, datado de 7 deabril de 2008. O valor estariacondicionado à "aceitação derecurso especial pelo STJ" re-ferente a julgamento do pro-cesso de improbidade admi-nistrativa contra a empresaem licitação de limpeza públi-ca em São Paulo na gestão Cel-so Pitta (1997/2000). Mas nãohá informações detalhadassobre o possível beneficiáriodo pagamento.

Farias, outra vez – Segundo aPF, a Camargo Corrêa manti-nha uma espécie de "caixa 2"mútuo entre as empresas dogrupo. A análise do materialapreendido cita também a Ca-margo Corrêa Cimentos, bra-

ço da empreiteira comandadoentre 2008 e 2010 por Farias.

A PF afirma que a empresautilizava um sistema sofistica-do para remessas de dinheirono exterior. Diretores da cons-trutora operavam o esquemaao lado de um doleiro.

Pietro Giavina Biachi, ex-funcionário da Camargo Cor-rêa por mais de 40 anos e vice-presidente do grupo, é apon-tado como "orquestrador" doesquema de pagamento depropina, evasão de divisas elavagem de dinheiro.

Até Pagot – O relatório finalda Castelo de Areia, posterior-mente invalidado pelo STJ,aponta ainda que um docu-mento referente a obra de Tu-curuí cita como "compromis-so" o pagamento de R$ 500 mil

ao nome de Luiz Antônio Pa-got, ex-diretor do Departa-mento Nacional de Infraestru-tura de Transportes (Dnit), eao PP. O material também tra-ta de supostas doações ilícitasa partidos políticos. O ex-dire-tor do Dnit é citado na Opera-ção Monte Carlo, que trouxe àtona o esquema de CarlinhosCachoeira e da Delta.

Antes da Delta, o engenhei-ro Farias comandava a Renu-ka, empresa indiana do ramode açúcar e álcool. Mas a car-reira ele fez na Camargo Cor-rêa, onde passou mais de 15anos. Agora vai comandar aDelta, negociada com a JBS,apesar de ser alvo da CPMI e deinvestigações da PF. E aindacorre o risco de ser declaradainidônea pelo governo. (AE)

Junqueira Farias: durante sua gestão, índicios de "gratificações" nas empresas do grupo Camargo Corrêa.

Divulgação

Clube Naval criacomissão paralela à

da Verdade

Preocupado em blindar osmilitares que serão con-

vidados a depor na Comis-são Nacional da Verdade e aapresentar um contrapontoa possíveis ataques às For-ças Armadas, o presidentedo Clube Naval, Ricardo Vei-ga Cabral, criou uma comis-são paralela da Verdade emontou um grupo jurídicopara assessorá-la.

A ideia é analisar os deba-tes na Comissão da Verdadee oferecer orientação jurídi-ca e acompanhamento nosdepoimentos. A iniciativapioneira do Clube Naval de-ve ser seguida pelos demaisClubes Militares, lideradospor militares da reserva,que têm funcionado como avoz do pessoal da ativa queé impedido de falar pelo Re-gulamento Disciplinar dasForças Armadas.

Na quinta-feira – um diadepois de a comissão oficialcomeçar a funcionar emBrasília, após pomposa pos-se no Palácio do Planaltocom a presença de quatroex-presidentes –, as preocu-pações com a conduta dostrabalhos será debatida nu-ma reunião interclubes, noRio de Janeiro.

"Precisamos estar aten-tos sobre os passos da Co-missão e por isso faremoseste acompanhamento diu-turno", disse Veiga Cabral

ao jornal O Estado de S. Paulo.De acordo com o almirante,a comissão paralela poderá,ainda, "evoluir para um diá-logo com a Comissão daVerdade, ou pelo menoscom alguns integrantes de-la, para ouvirem nossas jus-tificativas". Ele teme que aComissão da Verdade seja"apenas uma estratégia,um primeiro passo, para,depois, tentarem revogar aLei da Anistia, que está emvigor e foi ratificada pelo Su-premo Tribunal Federal".

"Será que eles não vão ce-der à esquerda?", questionaVeiga Cabral. Para ele, de-corre daí a importância dacomissão paralela e de arti-gos como o publicado pelojornal no sábado, assinadopelo general Rômulo Bini,que pede o fim do silênciopelos militares.

O texto do general Bini –que convoca os militares dareserva e até os chefes parasuspenderem a lei do silên-cio que se impuseram, paraquestionarem a Comissão,que chama de revanchista,e pede que reajam aos insul-tos que a categoria vem re-cebendo – desagradou aocomandante do Exército,general Enzo Peri.

O artigo não foi incluídona resenha do Exército, quechega a todas as unidadesmilitares do País. (AE)

Ideia é analisar os debates e oferecerassistência jurídica aos militares depoentes

Diretor municipal compra106 imóveis em 7 anos

O diretor responsávelpela aprovação de em-preendimentos imobiliá-rios de São Paulo durantea maior parte da gestãodo prefeito Gilberto Kas-sab (PSD) adquiriu nadamenos que 106 imóveisnos poucos mais de seteanos em que esteve nocargo. É o que informau m a r e p o r t a g e m d eEvandro Spinelli e Rogé-rio Pagnan que foi ao arontem na TV Folha.

Com renda mensal de-clarada de R$ 20 mil, en-tre rendimentos de alu-guéis e salário bruto naprefeitura de R$ 9.400(incluindo uma aposen-tadoria), Hussain ArefSaab, 67, acumulou, de2005 até este ano, patri-mônio superior a R$ 50milhões.

O colossal boom imobi-liários do servidor contahopje com pelo menos118 imóveis, incluindo-se aí 24 vagas de gara-gem extras.

A explosão patrimonialde Aref, como é conheci-do, foi identificada pelaFo l h a em levantamentofeito nos últimos 45 diasem cartórios da GrandeSão Paulo, do litoral e par-te do interior do estado.

A preregrinação carto-rial tornou-se necessáriapela expansão ininter-rupta dos negócios. Entreseus imóveis há, porexemplo, meia dúzia deapartamentos num pré-dio com vista para o Par-que Ibirapuera. Essesimóveis estão estima-dos, no total, em R$ 4 mi-lhões.

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de maio de 2012 7DIÁRIO DO COMÉRCIO

enis Rosenfield,professor de Fi-losofia Política eanalista políti-

co-partidário, diz que as siglaspartidárias estão descaracte-rizadas no País, ao avaliar odesempenho das legendas eas alianças que começam a seformar entre elas para as elei-ções de outubro. Para ele, afalta de substância ideológicadas siglas provoca o desapa-recimento de ideias entreelas, acrescentando que têmse coligado apenas para obtermais tempo de propaganda norádio e na televisão para a dis-puta eleitoral deste ano.

Ao criticar todos os partidos,diz que não há oposição noBrasil e que nenhuma legendasoube se renovar. Para o pro-fessor, a CPMI do Cachoeirabeneficiará a democracia, jáque contribuirá para o avançoda faxina ética no País.

Leia abaixo a íntegra da en-trevista.

Diário do Comércio – No atualcenário eleitoral, como o sr. avaliaos partidos e as alianças políticaspara as eleições de outubro? Odesempenho dos partidos ésatisfatório?

Denis Rosenfield – Os parti-dos estão muito descaracteri-zados em nosso País. Eles nãotêm substância ideológica. Osque tinham essa substância, aestão perdendo. É o caso do

O PMDB não se põe em confronto direto com o PT. Sabe fortalecer suas posições municipais e estaduais.Denis Rosenfieldpolítica

Denis Rosenfield: "O PT criticou as privatizações, não reverte nenhuma e agora privatiza os aeroportos".

Leonardo Rodrigues/e-Sim – 10.06.2008

Renato Cobucci/AE – 05.03.12

"Em Minas não tem PSDB, pois lá tem Aécio, Aécio, Aécio", diz Rosenfield.Lula Marques/Folhapress – 06.03.12

O DEM sofre o desgaste provocado por Demóstenes, afirma o professor.

'No Brasil não háoposição, e as legendas

não se renovaram.'Para Denis Rosenfield, professor de Filosofia Política,não há oposição no País. Em dura crítica a todos os

partidos, diz que a falta de substância ideológicaprovocou o desaparecimento de ideias . Mas nem

tudo está perdido: a CPMI do Cachoeira beneficiará ademocracia, pois contribuirá para a faxina ética.

D

aliança com o Gilberto Kassabe não conseguiu. Neste qua-dro, ideias desaparecem com-pletamente do cenário políti-co. Na verdade, hoje, em nossoPaís, o que estamos vendo sãoos partidos apenas discutindotempo de televisão para aseleições. É apenas isso.

DC – A realização da atual CPMI doCachoeira poderá beneficiar oumelhorar os partidos, tanto dasituação quanto da oposição?

Rosenfield – Os partidos nãovão melhorar com a CPMI. Oque acredito, é que a atuaçãoda comissão vai melhorar ademocracia brasileira, já queos temas a serem nela investi-gados representam uma eta-pa necessária da faxina ética.Em relação aos partidos, ne-nhum deles controla a CPMI,que terá uma dinâmica pró-pria, sobretudo porque as in-vestigações da Polícia Federale do Ministério Público sobre oassunto estão avançadas.Portanto, os partidos e a mídianão têm controle sobre a dinâ-mica da comissão, mas a de-mocracia será beneficiada.

DC – Além da falta de substânciaideológica, quais são as outrascausas da atuação insatisfatóriados partidos?

Rosenfield – No essencial é aperda progressiva de substân-cia ideológica depois da dita-dura militar. Na época da dita-dura (1964 a 1985), havia aArena, situacionista, e o MDB(Movimento Democrático Bra-sileiro, que abrigava toda aoposição). Houve a reorgani-zação partidária no fim dosanos 70, começo dos 80. DoMDB surgiu o PMDB, e de um

braço desse partido, nos anos80, saiu o PSDB. Do MDB tam-bém surgiu o PT, embora estepartido seja egresso mais domovimento sindical. Aindacom a redemocratização res-surgiu a tradição getulista[Getulio Vargas] do trabalhis-mo [existente de 1945 até1964 no PTB] com mais forçano PDT [Partido DemocráticoTrabalhista, criado por LeonelBrizola], e em menor medidacom o reaparecimento do PTB

(Partido Trabalhista Brasilei-ro). Nenhum destes partidossoube se renovar. Ou seja, oque vemos é que os partidosestão em fase na qual não sa-bem responder às necessida-des da sociedade brasileira.Um exemplo clássico disso é oPSDB. Este partido, no poder,privatizou empresas, o queera absolutamente necessá-rio, e não consegue justificaressas ações privatizantes. Nocaso do PT, criticou as privati-

única base sólida. Em Minas,não tem PSDB, pois lá tem Aé-cio, Aécio, Aécio, e depois Mi-nas, Minas, Minas. O PSDB é aoitava alternativa, em MinasGerais. No Paraná, tem cresci-do de importância. Agora,com a CPI do Cachoeira, com ogovernador Marconi Perillo nocentro das investigações da

comissão, complicou muito asituação do PSDB.

DC – E o outro oposicionista, oDEM, qual o futuro político-eleitoral do partido?

Rosenfield– O DEM está mui-to enfraquecido. Para piorar, opartido sofre esse baque doDemóstenes, que é outra figu-ra central da CPMI. O Demós-tenes pediu para sair do DEM,já que seria expulso da legen-da. Embora o partido tenhaagido rapidamente, obrigan-do-o a deixar a sigla, o Demós-tenes estava sendo construí-do como candidato à Presi-dência da República peloDEM. Ficou sem essa alternati-va. A cisão no partido que deuorigem ao PSD também enfra-queceu bastante a legenda.No geral, não tem oposição noBrasil. Além disso, o PSD não éuma coisa nem outra, e não éuma alternativa de poder.

DC – Neste cenário, o principalpartido governista, o PT, corre riscode perder prefeitos e vereadores,neste ano, e a Presidência, em 2014?

Rosenfield – O PT é o únicopartido inteligente do País,porque tem uma estratégia depoder que é perseguida coe-rentemente. Essa inteligêncianão é nenhuma maravilha,mas garante união eleitoral. OPT tem uma coisa clara: man-ter o governo federal. Paramantê-lo, aprendeu ou estáaprendendo, às vezes commuita dificuldade, a fazeralianças municipais e regio-nais. O PT não terá candidatopara uma ou outra prefeitura.A questão não está aí. Eles fa-zem tudo isso em função dogoverno federal. O partidotem uma estratégia de poder ea persegue com coerência.

DC – Qual é o papel do PMDB? Émais situação ou oposição? Temchance de continuar a eleger amaior bancada de vereadores eprefeitos do País, neste ano?

Rosenfield – O PMDB melho-rou muito, do ponto de vistaestratégico, sob a liderança dovice-presidente da República,Michel Temer. Ele conseguiuunir o partido, tanto que as bri-gas internas entre peemede-bistas não têm aparecido pu-blicamente. Isso não quer di-zer que o PMDB tenha melho-rado internamente.

O partido continua comboas chances de eleger mui-tos vereadores e prefeitos, jáque é muito bem estruturadoem todo o País e, além disso,sabe negociar com as outraslegendas nos municípios, nosestados e no plano federal. Éum partido que não se põe emum confronto direto com o PT,mas está sabendo fortalecersuas posições municipais e es-taduais. Veja o exemplo deSão Paulo, onde o partidoconstruiu a candidatura a pre-feito do Gabriel Chalita, umnome que até pode surpreen-der como terceira via na elei-ção de outubro.

Guilherme Calderazzo

Em nosso País,o que estamosvendo sãoos partidosapenasdiscutindotempo detelevisão paraas eleições.É apenas isso.

Os partidose a mídia nãotêm controlesobre a dinâmicada CPMI, masa democraciaserá beneficiada.

O que vemos éque os partidosestão em fase naqual não sabemresponder àsnecessidades dasociedade.

O PMDBmelhorou muitoestrategicamente.Mas isso não querdizer que o PMDBtenha melhoradointernamente.

PT, por exemplo, que a perdesem ter feito uma revisão dou-trinária. O PSD do Kassab nãotem nenhuma orientação deideias. O DEM não conseguiuuma renovação do ponto devista de ideias liberais. O PSDBestá enfraquecido tanto emsuas posições partidáriasquanto em ideias. Diante dis-so, o que vem ocorrendo sãoalianças bastante estapafúr-dias. Veja o exemplo do RioGrande do Sul, onde há umacoligação do PP (Partido Popu-lar) com o PCdoB (Partido Co-munista do Brasil). Ou seja, osherdeiros da Arena [AliançaRenovadora Nacional, partidode sustentação do regime mi-litar] aliados aos herdeiros domaoísmo [Mao Tsé Tung, líderda revolução comunista chi-nesa, cujas teorias foram se-guidas pelo PCdoB]. Em SãoPaulo, vemos o Maluf, do PP,aliado ao PSDB, e não há nadaque os une em termos de histó-ria, de comportamentos, etc.Ainda em São Paulo, o PT quis

zações, não reverte nenhumaprivatização e agora privatizaos aeroportos.

DC – Diante dessas questões eproblemas, os principais partidosde oposição, em especial o PSDB,têm boas perspectivas eleitoraisneste ano e em 2014?

Rosenfield – Do ponto de vis-ta federal, as perspectivas devitória do PSDB são exíguas. Éum partido que não sabe fazeroposição, fica perdido em con-flitos internos. É um partidocada vez mais paulista, emmenor medida mineiro e depouca abrangência nacional.Além disso, o PSDB arrisca nãomanter São Paulo. Se o PSDBperder a prefeitura paulista-na, do ponto de vista partidá-rio será um fracasso, já queSão Paulo é o local onde tem a

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de maio de 20128 DIÁRIO DO COMÉRCIO

DIVISÃOTÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3ABERTURA DE LICITAÇÕESEncontram-se abertos no Gabinete, os seguintes pregões:PREGÃO ELETRÔNICO 040/2012-SMS.G, processo 2012-0.028.016-0, destinadoao registro de preço para o fornecimento de ANTIARRÍTMICO E RELAXANTESMUSCULARES, para a Divisão Técnica de Suprimentos - SMS.3/Grupo Técnico deCompras - GTC/Área Técnica de Medicamentos, do tipo menor preço. A abertura/realização da sessão pública de pregão ocorrerá a partir das 11:00 horas dodia 28 de maio de 2012, pelo endereço www.comprasnet.gov.br, a cargo da1ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde.PREGÃO PRESENCIAL 146/2012-SMS.G, processo 2012-0.022.290-0, destinadoà aquisição de ROTEADORES, para a Assessoria Técnica de Tecnologia daInformação - ATTI, SMS.G, do tipo menor preço. A sessão pública de pregãoocorrerá a partir das 10:00 horas do dia 25 de maio de 2012, a cargo da6ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde.PREGÃO PRESENCIAL 147/2012-SMS.G, processo 2011-0.263.793-5, destinadoà aquisição de CONJUNTO DE PROTEÇÃO CONTRA CHUVA, para a DivisãoTécnica de Fiscalização, Comunicações e Informações - DTFCI/Serviço deAtendimento Móvel de Urgência - SAMU 192, do tipo menor preço. A sessãopública de pregão ocorrerá a partir das 10:00 horas do dia 05 de junho de 2012,a cargo da 6ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal daSaúde.RETIRADA DE EDITAISOs editais dos pregões acima poderão ser consultados e/ou obtidos nos endereços:http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br; www.comprasnet.gov.br,quando pregão eletrônico; ou, no gabinete da Secretaria Municipal da Saúde,na Rua General Jardim, 36 - 3º andar - Vila Buarque - São Paulo/SP -CEP 01223-010, mediante o recolhimento de taxa referente aos custos dereprografia do edital, através do DAMSP, Documento de Arrecadação do Municípiode São Paulo.DOCUMENTAÇÃO - PREGÃO PRESENCIALOs documentos referentes ao credenciamento, os envelopes contendo aspropostas comerciais e os documentos de habilitação das empresas interessadas,deverão ser entregues diretamente ao pregoeiro, no momento da abertura dasessão pública de pregão.

SECRETARIA DA SAÚDE

SECRETARIA DOS NEGÓCIOSJURÍDICOS

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO1ª VARA DE REGISTROS PÚBLICOS 1ª VARA DE REGISTROSPÚBLICOS PRAÇA JOÃO MENDES S/Nº 1ª VARA DE REGISTROSPÚBLICOS 1ª VARA DE REGISTROS PÚBLICOS 1ª VARA DEREGISTROS PÚBLICOS 1ª VARA DE REGISTROS PÚBLICOS COMARCADE SÃO PAULOFORO CENTRAL CÍVEL1ª VARA DE REGISTROS PÚBLICOSPraça João Mendes s/nº, Sala 2200/2208, Centro - CEP 01501-900, Fone:(11) 2171-6353, São Paulo-SP - E-mail: [email protected] DE NOTIFICAÇÃOProcesso nº: 0065981-74.2003.8.26.0000Classe - Assunto: Retificação de Registro de Imóvel - REGISTROS PÚBLICOSRequerente:Municipalidade de São Paulo1ª Vara de Registros PúblicosEDITAL DE NOTIFICAÇÃO - PRAZO DE 20 DIAS, expedido nosautos da Ação de Retificação no registro Imobiliário, PROCESSONº 0065981-74.2003.8.26.0000 CP-465O(A) Doutor(a) Gustavo Henrique Bretas Marzagão, MM. Juiz(a) de Direito da1ª Vara de Registros Públicos, do Foro Central Cível, da Comarca de de São Paulo,do Estado de São Paulo, na forma da Lei, etc.FAZ SABER a Amaro Pedro da Silva, Fausto da Cunha Semedo e sua mulherTereza Fernandes Semedo, Sebastião Pereira de Lima, Apparecida Rahal,Geraldo Bento, bem como seus cônjuges se forem casados, seus herdeiros ousucessores, que a Municipalidade de São Paulo ajuizou Pedido de Retificação noRegistro Imobiliário com Abertura de Matrícula, referente ao imóvel localizado naRua Revolução Nativista nº 1817, Subdistrito do Tatuapé, inscrito sob nº 188 no9º Registro de Imóveis. Estando em termos, expede-se o presente edital paracitação dos supramencionados para, no prazo de 15 (quinze) dias, a fluirapós o prazo de 20 dias, impugnem o feito, sob pena de presumirem-se aceitoscomo verdadeiros os fatos articulados pela requerente. Será o presente edital,por extrato, afixado e publicado na forma da lei.São Paulo, 02 de março de 2011.

nternacional

Uma novadama deferro alemãA social-democrata Hannelore Kraft derrota osconservadores de Angela Merkel em umdos estados mais ricos e populosos do país

Os conservadores dopartido da chanceler ale-mã, Angela Merkel, sofre-ram uma derrota contun-dente ontem na eleição noEstado mais populoso e umdos mais ricos da Alema-nha, a Renânia do Norte-Westfália, onde não só per-deram sua condição de pri-meira força política, masobtiveram o pior resultadode sua história.

Considerada como umimportante termômetropolítico para o país, a vota-ção na Renânia terminoucom a vitória do Partido So-cial-Democrata (SPD), gra-ças à grande popularidadede sua candidata e primei-ra-ministra do estado, Han-nelore Kraft (acima).

As projeções de voto daComissão Eleitoral indica-vam ontem à noite que osconservadores da UniãoDemocrata-Cristã (CDU)conseguiram 26,3% de vo-tos, oito pontos a menos do

que há dois anos (34,6 %),enquanto o SPD obteve39%, quatro pontos e meioa mais que nas eleições an-teriores (34,5%).

Os verdes conseguiram11,5% dos votos, poucomenos que na votação pas-sada (12,1%), enquanto osliberais (FDP) tiveram 8,4%(contra 6,7% em 2010) econfirmam seu processode recuperação após maisde dois anos de perda depopularidade.

Quem também pode serconsiderado vencedor nopleito foi o novato partidoPirata, que luta pela liber-dade na internet, que obte-ve 7,7% dos votos (contra1,6% de 2010).

Além da crescente popu-laridade de Hannelore Kraft,outra causa da derrota daCDU foi a personalidade deseu candidato, o ministro doMeio Ambiente, NorbertRöttgen, que em nenhummomento se desvinculou de

seu cargo em Berlim e fezvárias declarações infelizesdurante a campanha.

Röttgen, que anunciousua renúncia como líder daCDU do estado logo após adivulgação dos resultados,relacionou o pleito de on-tem com o futuro do gover-no de coalizão de Merkel, oque provocou a indignaçãode seus correligionários.

Obstáculos - A chancelercontinua popular por seumanejo firme da crise dívidana zona do euro, mas a mag-nitude da derrota de seupartido representa um durogolpe que pode afetar o ce-nário político alemão e dei-xá-la mais vulnerável às crí-ticas domésticas.

O triunfo da aliança entreos partidos Verde e SPD éuma séria ameaça para o

governo democrata-cris-tão-liberal nas eleições ge-rais de 2013. Todas as pes-quisas indicam que a coali-zão de Merkel ganharia opleito, mas não elegeriamembros suficientes paraum governo de maioria.

Os dois partidos de oposi-ção já anunciaram que asduas câmaras do Parlamen-to não ratificarão o pacto fis-cal da União Europeia, queprevê uma maior disciplinaorçamentária, antes de seriniciado um programa de in-centivo ao crescimento e aoemprego nos países em cri-se da zona do euro.

Além disso, dois partidosforçaram que a votação dopacto fiscal no Bundestag, aCâmara Baixa, prevista pa-ra 25 de maio, fosse adiadapara junho. (Agências)

Glasnost!Glasnost!

Milhares de pes-soas participaram deum "passeio" pelocentro de Moscou on-tem, convocado porum grupo de escrito-

res para verificar se osmoradores da capital russapodem circular livrementepelas ruas de sua cidadesem a permissão das auto-ridades locais (a b a i xo ).

Com poucos policiais nasruas, os participantes do"passeio" se reuniramdiante da estátua do reve-renciado poeta AlexanderPushkin e caminharamem direção a um acam-pamento, a dois quilô-metros de distância,

montado em protestocontra o presidente da Rús-sia, Vladimir Putin.

A maioria dos participan-tes portava uma fita brancacom a inscrição "Rússiasem Putin", o símbolo daoposição para pedir elei-ções limpas. Sob o lema"Passeio de verificação",um grupo liderado pelo es-critor Boris Akunin convo-cou os moscovitas a pas-sear pelos bulevares docentro da cidade.

A polícia não tomou ne-nhuma providência contraos manifestantes, mas sequeixou de que a multidãoobrigou a suspender o trá-fego no local, que forma umanel em torno do centro his-tórico da cidade.

"Estamos todos aqui por-que queremos justiça nopaís, queremos uma transi-ção honesta de poder, nós

não queremos uma suces-são de trono", disse Nina,de 45 anos, uma professorade língua estrangeira, quese identificou apenas peloseu primeiro nome.

Presidente de 2000 a2008 e primeiro-ministroaté a sua posse para um no-vo mandato presidencialde seis anos no Kremlin em7 de maio passado, Putin ir-ritou os russos que queremmudança no país e tememque a continuação de seugoverno trará estagnaçãoe repressão.

De acordo com os res-ponsáveis pela convoca-ção, 15 mil pessoas compa-receram ao evento, mas apolícia diminuiu este nú-mero para 2 mil.

A convocação à manifes-tação se tornou pública de-pois que a polícia russa de-teve vários cidadãos ape-nas pelo fato de usar a fitabranca opositora e após aviolenta dissolução de umamanifestação no último dia6, que terminou com apro-ximadamente 500 detidos,na pior onda de violência nopaís desde uma série deprotestos iniciados em de-zembro passado.

No dia seguinte, na vés-pera da posse de VladimirPutin como presidente, apolícia novamente agrediumanifestantes na cabeçacom cassetetes, quandoeles limparam as ruas pró-ximas ao caminho do desfi-le de Putin, prendendo atépessoas sentadas em cafésnas calçadas.

Dois líderes da oposiçãodetidos na semana passa-da, Alexei Navalny e SergeiUdaltsov, foram condena-dos a cumprir penas de 15dias de prisão. (Agências)

Um 'passeio' por Moscoupara testar a tolerância

do governo de Putin

AQUI JAZA PAZ

Homens armados assas-sinaram Maulvi Arsala Rah-mani, um dos mais impor-tantes negociadores depaz afegão, na capital Ca-bul, ontem, segundo a polí-cia, desferindo outro golpenas tentativas do Afeganis-tão de negociar um acordode paz com o Taleban.

Segundo a polícia afegã,Rahmani, de 75 anos, foimorto dentro de seu carropor um atirador ainda nãoidentificado. O criminoso fu-giu em um veículo após fa-zer um único disparo comum silenciador ao cruzar ocarro de Rahmani (à dir.).

"Rahmani levou um tirono peito e morreu na hora.Seu sobrinho, que estavadirigindo, sequer percebeuque ele tinha sido alveja-do", afirmou o chefe de po-

lícia de Cabul, Ayub Salan-gi, à rede BBC.

O Taleban negou envolvi-mento com a morte de Rah-mani, uma ex-autoridadedo grupo que se reconcilioucom o governo e estavatentando estabelecer con-versas formais com os in-surgentes.

"Outros estão envolvidosnisso", disse o porta-voz dogrupo, Zabihullah Mujahid.

Rahmani já havia recebi-do ameaças de morte an-tes e vivia em Cabul sobproteção do serviço de in-teligência do Afeganistão.No momento do atentado,entretanto, ele não estava,como de costume, acom-panhado por guarda-cos-tas armados.

O Taleban disse que suamorte não altera as nego-

ciações de paz. "Nós nãoacreditamos que é um gran-de golpe para os esforços depaz, porque o Conselho dePaz não tem conseguido na-da", afirmou Mujahid.

O Alto Conselho de Paz,composto por 70 membros,parece ter feito pouco pro-gresso para acabar com aguerra, agora em seu déci-mo primeiro ano. (Agências)

Queremosuma transiçãohonesta depoder. Nós nãoqueremosuma sucessãode trono.

NINA, M A N I F E S TA N T E RU S S A .

Wolfgang Rattay/Reuters

Maxim Shemetov/Reuters

Reuters - 26/01/12

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de maio de 2012 9DIÁRIO DO COMÉRCIO

NOVAS CÂMERASPrefeitura lançou edital para contratação de

serviços de vigilância na cidade. Imagensvão monitorar delitos e infrações de

trânsito que ocorrem nas ruas da cidade.cidades

Câmera atualmente instalada no Centro de SP: aumento da segurança

Andrea Felizolla/Luz - 09/08/2006

Proteção: Prefeitura deolho nos pontos críticos.

Edital prevê a instalação de 500 novas câmeras de segurança em lugares estratégicos da capital paulista

Ivan Ventura

para funções de segurança ur-bana. Elas poderão alcançarlugares não visualizados pe-las câmeras comuns.

Ocor rências – Para o ex-se-cretário nacional de seguran-ça José Vicente da Silva, a ins-talação de uma câmera na ci-dade depende dos dados dacriminalidade, para que o in-vestimento no equipamentoseja justificado.

"A prioridade é sempre os lo-cais com maior incidência decrimes. Onde nada tem, nadaterá. É importante lembrarque a câmera intimida, mas apresença do policial na rua éainda mais importante", aler-tou o especialista.

Vicente da Silva, que tam-bém foi oficial de alta patentedentro da Polícia Militar, explicaque os crimes normalmente

ocorrem em apenas 10% daquantidade de endereços deum bairro. Por exemplo: se obairro de Pinheiros tiver 100ruas, cerca de 10 endereços se-rão locais de concentração deroubos, furtos e outros delitos.E é justamente nesses lugaresde maior incidência que as câ-meras deverão ser instaladas.

Mapa – "No trabalho policialpude conferir que, em média,um por cento da quantidade deruas concentram 43% dasocorrências. Dez por centochegam aos 80% dos crimes. Omapeamento da mancha cri-minal deverá nortear a instala-ção dessas câmeras", disse.

Estima-se que a cidade te-nha aproximadamente um mi-lhão de câmeras, sendo que aesmagadora maioria está lo-calizada no comércio e nas re-

sidências. Entre os órgãos pú-blicos, a PM possui o maiorconjunto, com 272 câmeras –muitas delas compartilhadascom a CET e outros órgãos.

No plano de segurança daCopa, as câmeras tambémpossuem um papel importan-te, especialmente no controledos turistas e torcedores.

Jogos Olímpicos – Os núme-ros são inexpressivos compa-rados a Londres, que este anoorganiza os Jogos Olímpicos. Aotodo, o governo londrino possuimais de 10 mil câmeras de vigi-lância, usadas no trânsito e nocombate a criminalidade. Casoseja considerado o comércio, onúmero é ainda maior.

"A câmeras tem efeito com-plementar, mesmo porquenão dá para colocar elas em to-das as milhares de ruas na ci-dade. No entanto, também éinegável o efeito intimidadorna criminalidade, o que ficoucomprovado no conjunto des-ses equipamentos instaladosem Recife, por exemplo", dis-se o coronel Vicente da Silva.

APrefeitura publicou,na semana passa-da, um edital paracontratar empresas

interessadas em fornecer câ-meras de vigilância em viatu-ras e motos da Guarda CivilMetropolitana (GCM). O equi-pamento faz parte de um pa-cote com mais de 500 câme-ras que serão usadas no com-bate ao crime, desrespeito àsleis municipais e flagrantes deinfrações de trânsito.

Os detalhes foram divulga-dos no edital publicado na se-mana passada no Diário Oficiale ficarão disponíveis até o pró-ximo dia 17. A Secretaria Muni-cipal de Segurança Urbana,responsável pela contrataçãoda empresa que fornecerá ascâmeras e as imagens, não in-formou uma previsão de custospara o serviço.

Segundo o texto da licita-ção, a Prefeitura vai contrataruma empresa de locação parao fornecimento de imagenspor meio das 500 câmeras,prestação de serviços de ma-nutenção e nas instalações decentros de controles operacio-nais, entre outros serviços. Aprevisão inicial para a duraçãodo contrato é de 30 meses.

As câmeras fixas serão ins-taladas em pontos estratégi-cos que ainda serão definidos.Elas serão usadas não apenaspela GCM, mas também porórgãos públicos federais e es-taduais. Um detalhe impor-tante é que as câmeras serãousadas no monitoramento dosmotoristas que excederem olimite de velocidade que, apropósito, caiu nos grandescorredores da cidade dos 80ou 70 quilômetros por hora pa-ra, no máximo, 60 km/h.

Vigilância móvel – A grandenovidade serão as câmerasinstaladas nas viaturas e mo-tos da GCM. Pelo edital, é pos-sível verificar que devem serdestinadas 30 câmeras paraas viaturas e outras 10 para asmotocicletas.

Independente do uso que aPrefeitura planeja para as câ-meras nas viaturas, é quasecerto que elas serão utilizadas

Ao lado, central demonitoramento de câmeras daPolícia Militar: especialista emsegurança alerta que as câmerasinibem, mas não eliminam riscos

Andrea Felizolla/Luz - 09/08/2006

Rodrigo Capote/Folhapress

Desfilandonum cartão postal

de São Paulo

"É um dos 'skyl ines'mais bonitos da cida-

de e tem tudo a ver com pas-sarela", disse o prefeito Gil-berto Kassab (PSD), convi-dado do primeiro desfile demoda realizado anteontemna ponte estaiada OctavioFrias de Oliveira.

O evento, organizado pelarevista El le , teve direção de

Paulo Borges, criador da SãoPaulo Fashion Week, contoucom tops como Izabel Gou-lart e Isabeli Fontana e foi um"preview" das coleções deverão das grifes Cia. Maríti-ma, Água de Coco, Triya,Lenny, Salinas, Movimento,Adriana Degreas e Blue Man,do circuito Fashion Rio-SãoPaulo Fashion Week.

Modelos na Ponte Estaiada com criações da Salinas

Nacho Doce/Reuters

CET em defesados ciclistas

Campanha busca reduzir acidentes.Os 2,4 mil marronzinhos podem multar motoristas.

Para tentar reduzir os nú-meros de acidentes comciclistas, a Companhia

de Engenharia de Tráfego(CET) começou ontem umconjunto de ações para inten-sificar a fiscalização de moto-ristas que não sabem compar-tilhar as ruas. Segundo a em-presa, todos os 2.400 marron-zinhos da companhia estãohabilitados a aplicar multas aquem desrespeitar itens doCódigo de Trânsito Brasileiro,colocando ciclistas em perigo.As autuações vão de R$ 53,20a R$ 127,69.

Além disso, a CET espalhou500 faixas pela Cidade com in-formações a motoristas e ci-clistas sobre as regras de trân-sito e vai começar a patrulharde bicicleta ruas de Moema,na Zona Sul – 15 marronzinhosforam treinados para atuar naregião. A companhia prometeainda treinar os motoristas deônibus para evitar colisões. O

Relatório de Acidentes deTrânsito Fatais de 2011 daCET, divulgado há duas sema-nas, mostra que 12 ciclistasmorreram atropelados por co-letivos e 16, por automóveis.No ano passado, os acidentescom bicicletas resultaram namorte de 49 ciclistas – o mes-mo número de 2010.

Expectativa – Ativistas emdefesa das bicicletas se dizemesperançosos de que a novafiscalização possa reduzir osacidentes e defendem aumen-to de ruas com tratamento viá-rio adequado. "Há vias que po-deriam ter uma ciclovia, comseparação entre o trânsito deveículos e o de bicicletas, viascom ciclofaixas, como em Moe-ma, em que as faixas exclusi-vas trazem mais segurança, eciclorrotas, vias sem separa-ção de faixa, mas com a veloci-dade máxima limitada a 40km/h para trazer mais seguran-ça", afirma William Cruz. (AE)

Luiz Carlos Marausskas/Folhapress

Ciclista na Avenida República do Líbano, onda há ciclofaixa.

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de maio de 201210 DIÁRIO DO COMÉRCIO

ac spdi s t r i t ai s

GIrAgendas da Associação

e das distritais

Biblioteca também é lugar de músicaA unidade Cassiano Ricardo faz 60 anos, os últimos cinco tendo as canções e os sons como tema, e conquista cada vez a simpatia dos moradores do Tatuapé

Fotos Chico Ferreira/Luz

Á esquerda nafoto acima,

Camila Vieira,coordenadorada biblioteca,

ao lado desua equipe.A Cassiano

Ricardo possuihoje um acervo

de 43 milvolumes, doismil deles da

área musical.À direita,ilha para

aprendizadode outrosidiomas.

As amigas Natália Guerino e Mayara Torresaprendem violão e retiram livros de suspense

Encarnação Ferreira, de 61 anos, ganhou o violão eagora participa da oficina para aprender a tocá-lo

André de Almeida

Com a música comotema, a BibliotecaPública Cassiano Ri-cardo, um dos prin-

cipais equipamentos cultu-rais do Tatuapé, na zona lesteda cidade, vai completar 60anos. A unidade, que integrao Sistema de Bibliotecas daSecretaria Municipal de Cul-tura de São Paulo, conseguiu,em seis décadas, conquistara simpatia da população quevive ou trabalha na região, le-vando cada vez mais infor-mação, cultura e arte para osfrequentadores, que não pa-ram de crescer.

Serão realizadas várias ati-vidades para comemorar a da-ta, entre elas um evento quepretende celebrar a trajetóriae a memória da biblioteca, me-diante a participação dos seususuários. A proposta consisteem colher depoimentos, his-tórias e testemunhos dosusuários que frequentaram aunidade, desde sua criação,para estudo e pesquisa. Seráfeito um livro com os princi-pais depoimentos que inte-grará o acervo. Também serãorealizados shows e uma mos-tra com fotos antigas.

Histórico - A biblioteca, a pri-meira do Tatuapé, foi inaugu-rada em 9 de julho de 1952. Emhomenagem ao poeta paulis-ta, passou a chamar-se Cas-siano Ricardo somente em1976. Até 2007 funcionou co-mo uma biblioteca convencio-nal depois passou a ter a músi-ca como tema. Foi quando ga-nhou um espaço especial, de-d i c a d o à s c a n ç õ e s , q u erecebeu o nome de Itamar As-sumpção, em homenagem aocompositor e músico expoen-te da Vanguarda Paulistana,morto em 2003.

A biblioteca possui hoje umacervo de 43 mil volumes,dois mil deles da área musi-cal, e um rico arquivo sonorocom quase 30 mil fonogra-mas gravados entre o come-ço e a metade do século 20. Éuma amostra significativa doperíodo que, além de ser cha-mado 'época de ouro', temcomo diferencial as gravado-ras brasileiras das décadas

de 1950 e 1960, a fase em-brionária do rock no Brasilpré Jovem Guarda e BossaNova. As obras estão disponí-ve is em CDs copiados doacervo de discos de rotação78 da Discoteca do CentroCultural de São Paulo.

Há ainda uma pequena co-leção de CDs e DVDs mais con-temporâneos para consultano local. Ao contrário do que

acontece com os livros e ma-terial impresso, o empréstimodo acervo sonoro não é permi-tido. A coordenadora da biblio-teca, Camila Vieira, disse quea unidade tem muito o que co-memorar pelos 60 anos de his-tória. "O equipamento é muitorespeitado no bairro e temosobservado que o número defrequentadores aumenta anoa ano, tambem por causa dos

eventos e oficinas que promo-vemos", afirmou.

A Biblioteca Cassiano Ricar-do recebe aproximadamente1,5 mil usuários mensalmen-te. Em abri l passado, porexemplo, foram 1,3 mil volu-mes emprestados, entre li-vros de literatura e acadêmi-cos, partituras e obras espe-cializadas em música. A biblio-teca ainda coloca à disposição

um Laboratório de Línguas,onde é possível aprender ou-tros idiomas. O interessadosolicita o material indicado eestuda em uma ilhas disponí-veis. "Nosso público é forma-do, na maioria, por adultoscom segundo grau ou ensinosuperior completos, além deestudantes e pesquisadoresde música", disse Camila.

Oficinas - A maioria das ofici-nas gratuitas promovidas pelabiblioteca têm a música comotema. Uma das mais concorri-das é a de violão. A turmaatual, que começou as aulas

em março, tem em torno de 20alunos. Uma das estudantesmais dedicadas do grupo é aaposentada Encarnação Fer-reira, de 61 anos. Ela conhecea biblioteca desde a década de1970, mas só recentementepassou a frequentá-la. "Ga-nhei o violão no Dia das Mãesdo ano passado e resolv iaprender. As aulas são ótimase fui muito bem recebida portodos", contou.

O mesmo sentimento de sa-tisfação é compartilhado pe-las estudantes e amigas Na-tália Guerino e Mayara Tor-res, ambas com 14 anos. "Co-mo moro aqui perto resolvifazer aula de violão. Além dis-so, também uso a bibliotecapara pegar livros didáticospara o colégio", disse Natália."Também pegamos livros deinteresse pessoal, como his-tórias e contos de terror",completou Mayara.

Reconhecimento - Na opiniãodo superintendente da Distri-tal Tatuapé da Associação Co-mercial de São Paulo (ACSP),

Antonio Sampaio Teixeira, os60 anos da biblioteca mos-tram a importância e a rele-vância da unidade para o bair-ro. "Ela é muito bem localizadae presta um ótimo serviço pa-ra a comunidade", disse.

Segundo ele, a Cassiano Ri-cardo é, sem dúvida é um dosprincipais equipamentos cul-turais do Tatuapé. "Nossomaior desafio é tornar a biblio-teca mais conhecida na re-gião. A população, cada vezmais, deve se apropriar doequipamento", concluiu a di-retora da biblioteca.

Homenagem a poeta

Cassiano Ricardo Lei-te, que dá nome à bi-blioteca temática,

nasceu em 26 de julho de1 8 9 5 e m S ã o J o s é d o sCampos, interior de SãoPaulo. Aos 16 anos, publi-cou seu primeiro livro depoesias: 'Dentro da Noite'.Mudou-se para a capitalpara estudar Direito, masconcluiu o curso no Rio deJaneiro. Retornando à ca-pital paulista, engajou-see foi um dos líderes do mo-vimento de reforma literá-ria iniciado na Semana deArte Moderna de 1922.Participou dos grupos Ver-de e Amarelo e Anta, comPlínio Salgado, Menotti delPicchia e Raul Bopp.

Na década de 1930, juntocom Menotti del Picchia eCândido Mota Filho, fundouo movimento político Ban-deira, em oposição ao Inte-gralismo. Como jornalista eredator, trabalhou nos jor-nais Correio Paulistano, AManhã e fundou as revistas

Novíssima – dedicada aomovimento modernista –Planalto e Invenção.

Sua poesia, inicialmente,era caracterizada por um li-rismo sentimental de cu-nho nacional ista. Suasobras publicadas depoisdos anos 40 adotaram umapostura lírica, introspectivae filosófica. Além de jorna-lista e poeta, foi um grandeensaísta. Publicou obras so-bre os movimentos dosbandeirantes e também so-bre a própria literatura.

Cassiano Ricardo perten-ceu ao Conselho Federal deCultura, à Academia Paulis-ta de Letras e à AcademiaBrasileira de Letras. Rece-beu vários prêmios por suaprodução literária. Faleceuem 14 de janeiro de 1974.Entre suas obras de maiordestaque estão A Flauta dePã, Vamos Caçar Papa-gaios, Martim Cererê, UmDia Depois do Outro, O Arra-nha-céu de Vidro e PoesiasCompletas. (AA)

Hoje� Penha –Das 8h30 às17h30, campanha FraldaGeriátrica. Avenida GabrielaMistral, 199. A iniciativaacontece durante toda asemana.� Noroeste – Às 19h, adistrital Noroeste promoveaudiência pública sobre aconstrução da ponte daavenida Raimundo Pereirae Magalhães. Rua LuisBraille, 8.

Amanhã� Penha –Das 8h30 às

17h30, campanha FraldaGeriátrica. Avenida GabrielaMistral, 199.� Comus – O conselheiro daACSP José Candido Sennacoordena a reunião doComitê de Usuários de Portose Aeroportos do Estado deSão Paulo (Comus), compalestra de Bruno SilvaDelcomo, superintendentede Relações Internacionaisda Anac, sobre o Acordo deTransporte AéreoBrasil/Estados Unidos. Às17h, rua Boa Vista, 51/11ºandar.� Jabaquara e Sudeste– Às19h30, 17ª reuniãoordinária da DiretoriaExecutiva e ConselhoDiretor e entrega do prêmio'Destaques Empresariais

Zona Sul – 2011', promovidopelas distritais Jabaquara eSudeste. Teatro Sesc VilaMariana, Rua Pelotas, 141.� Santo Amaro – Às 19h30,palestra do ProjetoEmpreender InjeçãoEletrônica. Avenida MárioLopes Leão, 406.� São Miguel – Às 19h30,12ª reunião ordinária daDiretoria Executiva eConselho Diretor. Av.Marechal Tito, 1042.

Quarta� Mooca – Às 19h30, adistrital realiza a 15ªreunião ordinária daDiretoria Executiva eConselho Diretor emconjunto com o Conselho dePolítica Urbana, com apalestra 'Alvará

condicionado defuncionamento', comAntonio Carlos Pela, vice-presidente e ́ coordenadordo Conselho de PolíticaUrbana da ACSP. Rua Madrede Deus, 222.� Santo Amaro – Às 19h,encontro com empresáriosda região da Capela doSocorro. Rua Cassiano dosSantos, 499.

Quinta� Comex – O conselheiro daACSP Roberto Ticoulatcoordena a reunião doConselho de ComércioExterior. Às 17h, rua BoaVista, 51/11º andar.� Noroeste – Às 19h30,reunião do Conseg VilaPereira Barreto. Rua LuisBraille, 8.

FONOGR AMASNo seu rico acervo sonoro,quase 30 mil fonogramasgravados entre o começoe a metade do século 20.

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de maio de 2012 11DIÁRIO DO COMÉRCIO

facespregionais

Guarulhos investe no MEIA cidade da Grande São Paulo, segunda no Estado em formalização, lançou o projeto Guarulhos, Cidade Empreendedora

Sidnei Barros/Divulgação

Sidnei Barros/Divulgação

Arquivo/DC

Até o final de abril, Guarulhos atingiu a marca de 16.948empreendedores individuais. À esquerda, auditório cheio

no lançamento do projeto

André de Almeida

Colocamos a ACE àdisposição de todosaqueles quequeiram conhecer alegislação referenteao MEI.

JOR GE TAIAR, PRESIDENTE DA

ACE DE GUA RU L H O S

Até o final do ano,pretendemosregularizar asituação de mais 11mil pessoas.

ALESSANDR O PAES DOS REIS,GERENTE DO ESCRITÓRIO

REGIONAL DO SEBR AE

Acidade de Guaru-lhos, na Grande SãoPaulo, quer se tor-nar referência no

País quando o assunto é em-preendedorismo individual.Para alcançar este objetivo, aprefeitura local e o ServiçoBrasileiro de Apoio às Micro ePequenas Empresas (Sebrae-SP) lançaram o projeto "Gua-rulhos, Cidade Empreendedo-ra", com o slogan "EI - Tô legal!Sou Empreendedor Indivi-dual". A iniciativa tem o apoioinstitucional da AssociaçãoComercia l e Empresar ia l(ACE) do município e de outrasentidades.

O projeto tem como princi-pal meta incentivar a adesãodaqueles que estão na infor-malidade à Lei Complementar128/2008, que criou a figurado Microempreendedor Indi-vidual (MEI), implantado emGuarulhos em novembro de2010. Segundo dados da pre-feitura, até o final de abril foia t i n g i d a am a r c a d e16.948 em-p re en de do-r e s i n d i v i-duais, torna-do o municí-p i o osegundo doE s t a d o e mfo rm al iz aç ãode empreen-dedores, per-dendo ape-nas para a ca-pital.

"Um levan-t a m e n t oc o n s t a t o uque o municí-p io tem po-tencial paraformalizar 88 mil profissio-nais. Até o final do ano, preten-demos regularizar a situação

de mais 11 mil pessoas", disseAlessandro Paes dos Reis, ge-rente do escritório regionalGuarulhos do Sebrae-SP . Oprojeto, de acordo com Reis, édestinado tanto a empreende-dores em potencial, que rece-berão informações de como seformalizar, quanto para os quejá aderiram ao MEI e poderãofazer cursos e oficinas para au-mentar a competitividade.

Metodologia - Para os em-preendedores já formaliza-dos, o projeto promoverá 98oficinas presenciais de capa-citação e cinco encontros te-máticos. As reuniões aconte-cerão até o final do ano nossegmentos de beleza, cons-trução civil, alimentação, au-tomotivo e confecção.

Entre os assuntos das ofici-nas, destaque para os refe-rentes a empreendedoris-mo, planejamento, comprase vendas, orientação ao cré-dito e consultoria. Todas asoficinas são gratuitas e co-meçam nesta semana. Osempreendedores em poten-cial também terão 98 oficinaspresenciais de capacitação,além de seis eventos de for-malização e oito encontrospara entrega de alvarás, atéo mês de dezembro.

Pelo projeto, o Sebrae-SPficará responsável basica-mente pelo processo de ca-pacitação dos empreende-dores. Caberá à prefeitura deGuarulhos oferecer a infraes-trutura adequada às ativida-des previstas, além da divul-gação da iniciativa e de pro-mover encontros mensaispara entrega de alvarás. Asações, palestras e eventostemáticos acontecerão emvários bairros.

Fortalecimento – "O projetofortalecerá o comércio dosbairros. Esperamos que a ci-dade apresente este ano umaumento significativo no graude formalização da econo-mia", disse Sebastião Almei-

da, prefeito de Guarulhos.O presidente da ACE da ci-

dade, Jorge Taiar, lembrouque o projeto que permitiu ac r i a ç ã o d a f i g u r a d o M i-croempreendedor Individualnasceu dentro do sistemadas associações comerciais,por meio do ex-presidente daAssociação Comercial de SãoPaulo (ACSP) e hoje vice-go-vernador, Guilherme Afif Do-

mingos, que apresentou oprojeto ao então presidenteLuis Inácio Lula da Silva.

"Colocamos a associaçãocomercial à disposição de to-dos aqueles que queiram co-nhecer a legislação referenteao MEI e, da mesma forma,concederemos benefíciospara que estes empreende-dores façam parte do nossoquadro associativo. Assim,poderão usufruir das solu-ções de negócios que possuí-mos", afirmou Taiar.

Relançamento - Outro even-to de lançamento do projetoestá previsto para o dia 29, noBairro dos Pimentas. Na oca-sião, haverá a palestra "Umalição de superação", do em-

presário David Portes, ex-ca-melô que, com R$ 12, iniciouseu negócio nas ruas do Rio deJaneiro. Hoje é proprietário decinco empresas, com fatura-mento de R$ 800 mil.

Mais de 400opções deat i v i d a d e s

Pela definição,MicroempreendedorIndividual (MEI) é o

empresário que não temsócio e que apresenta umfaturamento anual de atéR$ 60 mil, além de seroptante pelo SimplesNacional. Para seformalizar como MEI, oempresário individualdeve se enquadrar emuma das mais de 400ocupações permitidaspela legislação, entre elaso comércio em geral,atividades de serviçoscontábeis, serviços denatureza não intelectual,como alfaiate, artesão,barbeiro, borracheiro,cabeleireiro, carpinteiro,costureira, manicure emarceneiro, entre outras.

A grande novidade doMEI vem justamente da

isenção de praticamentetodos os tributos. Paga-seapenas uma taxa fixamensal de 5% do saláriomínimo vigente (R$31,10) a título decontribuiçãoprevidenciária ao INSS, R$1,00 de ICMS para oEstado (se a atividade forcomércio/indústria), e/ouR$ 5,00 de ISS para omunicípio (se a atividadefor prestação de serviço).Os benefícios, de formageral, são a coberturaprevidenciária,contratação de umempregado com menorcusto, isenção de taxaspara o registro daempresa, menosburocracia, facilitação doacesso ao crédito eredução da cargatributária. (AA)

Certificação digitalcresce em Itatiba

Aprocura peloscertificados digitais

tem crescido naAssociação Industrial eComercial de Itatiba(Aicita). De janeiro a abrildeste ano foram emitidos556 certificados digitais.Em 2011, foram 1.177.Para validar o certificadodigital, o cliente deveagendar um horário naAICITA e comparecer comos documentos solicitados.

O aumento da demandapode estar ligado àproximidade do fim doprazo para cadastro no

novo programaConectividade Social. Osempresários têm até 30 dejunho para migrar. A novamedologia exige o uso decertificados digitaisemitidos no Padrão ICP-Brasil (em substituição aoscertificados em disquete).

A AICITA disponibiliza asmodalidades e-CPF, e-CNPJe NF-e. O interessado deveacessar www.aicita.com.bre escolher a opção. Asempresas associadas têmdesconto no serviço.Mais informações pelotelefone 4534-7887.

Curso del i d e ra n ç aem Taubaté

Aliderança é um dosgrandes tributos dos

empreendedores desucesso. Pensando nisso,a Associação Comercial eIndustrial de Taubaté(Acit), em parceria com oSEED, promove hoje eamanhã e nos dias 21 e 22o curso “Liderança deEquipes Eficazes”, das19h às 22h no auditório daentidade. O treinamento évoltado para empresários,novos empreendedores elíderes de equipes.

O curso irá apresentarferramentas e técnicas, apartir de discussão dequestões práticas e derotina, com estudo decasos e experiênciasreais, como estratégiapara que o empresárioamplie seus recursos nacondução do seu negócio.A participação não égratuita. Informações einscrições pelo telefone(12) 2125-8208. A ACITfica na Praça MonsenhorSilva Barros, 57,no Centro.

Mais cincoe m p re s a sbuscam o ISO

Adiretoria daAssociação Comercial

e Empresarial (ACE) dePompeia criou mais umgrupo empresarialinteressado na obtençãoda certificaçãoISO9001:2008. Este é oquinto grupo criado nacidade. Participam destenovo grupo Gramomtec,Agro Systems, Agropom,View Tech e Conenza.

As empresas serãoacompanhadas porpessoal especializado emonitorados em todas asfases do processo. Acidade de Pompeia já tem18 empresas queconseguiram a ISO9001através dos programasdesenvolvidos naassociação comercial.

“Não é fácil o processo,mas a conquista trazganhos inimagináveis”,disse ValdeniceValderramas, gerenteadministrativa da ACE.“Hoje a ACE de Pompeiatem a ISO9001:2008 o queajudou muito no processode gestão da entidade”,explicou.

S LO G A NO slogan da campanha deGuarulhos é 'EI - Tô legal!

Sou EmpreendedorIndividual'.

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de maio de 201212 DIÁRIO DO COMÉRCIOgeral

CACOS DE HISTÓRIA NA CIDADEPaula Nishida, coordenadora do Centro de Arqueologia no Sítio Morrinhos, se debruça sobre os achados do Solar da Marquesa de Santos: vida urbana na São Paulo do século 18 em objetos da eleita do imperador.

Crianças atendidas pelos monitores do centro aprendem sobre a pré-história paulistana

Urna funerária encontrada no Brás em 1896: índios já usavam o Quarta Parada como cemitério.

fotos: Paulo Pampolin/Hype

Kleber Gutierrez

Ocasarão-sede ban-deir ista do S í t ioMorrinhos, em tai-pa de pilão datado

de 1702 – totalmente restau-rado – convida quem chega aconhecer um pouco do que foia atual megalópole mais agi-tada da América Latina.

O conjunto começou ruralno século 18, recebeu anexosnos séculos 19 e 20, já abrigouo retiro de campo dos mongesbeneditinos do Mosteiro deSão Bento, deu nome ao bairro(Jardim São Bento, zona Nor-te) e hoje acolhe o Centro deArqueologia de São Paulo, li-gado ao Museu da Cidade.

Um espaço novo para que opúblico entenda toda a dinâ-mica dos povos que já viverampor aqui. Lá, descobre-se queSão Paulo teve sua pré-histó-ria representada por indíge-nas caçadores-coletores, quechegaram ao que hoje é o bair-ro do Morumbi em busca depedras para lascar e polir.

Ali, duas tradições, Humaitáe Umbu, deixaram rastros. Osprimeiros teriam atingido o so-lo paulista há, pelo menos, 8mil anos. Os Umbu ocuparam,há mais de 25 mil anos, um tre-cho que vai do Uruguai ao cen-tro sul de São Paulo.

O material, como a maioriado que se encontra no municí-pio, ainda carece de estudosmais aprofundados para data-ção inequívoca. Contudo, umaaproximação realizada pelostécnicos, por meio de peçascom tecnologia similar encon-tradas no médio Tietê, apontamínimos 5.500 anos.

Aí, um grande desafio denossos arqueólogos: o solo emSão Paulo já foi muito reviradoe os achados geralmente es-tão comprometidos. O sítio líti-co do Morumbi, por exemplo,não existe mais. Foi há muitoengolido pela fome da ocupa-ção imobiliária.

"Este local foi descobertonos anos 1950. Décadas de-pois os arqueólogos encontra-ram sua documentação e re-cuperou-se o que foi possível."O lamento é do homem que es-tá à frente dessa batalha pelapreservação da memória pau-lista, o diretor do Departa-mento do Patrimônio Histórico(DPH), Walter Pires, órgão li-gado à Secretaria Municipalda Cultura. Agora, ele luta pa-ra transformar o Sítio Morri-nhos em um parque, com a in-corporação de uma área de la-zer hoje em posse de uma as-sociação de moradores.

Se o Brasil é consideradoneófito diante de nações mile-nares, como a chinesa e a in-diana, a legislação que regulaos achados arqueológicos en-tão ainda engatinha. Pireslembra que foi apenas há 40anos que uma lei (nº 3.924, de26 de julho de 1961, que dis-põe sobre os monumentos ar-queológicos e pré-históricos)foi editada por encomenda doInstituto do Patrimônio Histó-r i co e Ar t í s t i co Nac iona l(Iphan). Mas seu rigor colocanas mãos da União qualquerachado no subsolo.

Para ampliar sua aplicação,o Iphan lançou a portaria 230,em 17 de Dezembro de 2002,que determina todos os proce-dimentos para a realização deobras, públicas ou privadas,que potencialmente conte-nham vestígios arqueológi-cos. Seu não cumprimentoprevê multas e sanções.

Vo z – "A arqueologia urbanareconhece o potencial históri-co dos bairros, dá voz às pes-soas e é uma forma de deixar opassado no presente." Essa éa visão de Paula Nishida, coor-denadora do centro.

Conforme Paula, arqueólo-gos "costumam olhar apenaspara o chão à cata de vestí-gios". Mas seu trabalho a fez"olhar para o alto, em busca daarquitetura urbana que per-mite uma viagem no tempo,conhecendo a trajetória da-queles que já ocuparam a ci-dade, para pensar nos impac-tos e no legado que criamos".

A equipe recuperou histó-rias incríveis, lá expostas, co-mo a da urna indígena encon-trada na região do Brás, no ce-mitério da Quarta Parada, em25 janeiro 1896. O achadomostra que o local já era umponto de repouso eterno, as-sim retratado pelo adminis-trador: "Tenho a honra de le-var ao vosso conhecimentoque, ontem na abertura da se-pultura 108 quadro geral 5 dosadultos, foi encontrada enor-me panela de barro com umaossada de adultos não sendo aprimeira encontrada nessascondições. Espero que dareisa necessária providência."

As pessoas podem não perceber,mas quando caminham por algumasregiões de São Paulo estão pisandosobre centenas, às vezes milhares,de anos em feitos históricos dosprimeiros paulistanos. Para ampliar aconsciência em cada passo dadopelos munícipes, um batalhãodedicado a não permitir que nossostraços desapareçam vem revirando osolo e pondo luz sobre o passado dametrópole. Agora, esses achadostêm endereço certo com a exposiçãoEscavando o passado, arqueologiana cidade de São Paulo.

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de maio de 2012 13DIÁRIO DO COMÉRCIO

Linha de frente na linha do tempoDesde os anos 1980 o Poder Público atua para garantir a preservação da memória histórica da Capital

Possadagua põe a mão na massa: "Ver os objetos em vez de ler sobre eles. Empirismo é imprescindível!"

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Em 1979 a professoraMargarida Andreatta,do museu Paulista da

Universidade de São Paulo(USP), assumiu a responsabili-dade de coordenar o Progra-ma de Arqueologia Históricano município, posto em que fi-cou até 1992.

É de sua lavra a prática deparcerias na execução de pro-jetos arquitetônicos de res-tauro e pesquisas arqueológi-cas. Por isso, é reconhecidapelo Departamento do Patri-mônio Histórico (DPH) comouma espécie de patronnessedo Centro de Arqueologia.

Um legado hoje oxigenadopor novos pesquisadores queaderem à causa da recupera-ção e preservação de nossatrajetória. O estudante de His-tória Leandro Possadagua éum deles. Prestes a concluirseu curso na Universidade Fe-deral de São Paulo (Unifesp),ele faz estágio no centro do Sí-tio Morrinhos mirando os futu-ros mestrado e doutorado emarqueologia.

"É bom colocar a mão namassa e ver os objetos em vezde ler sobre eles. Empirismo éimprescindível! Historiadoresnão têm muito o hábito de ir acampo", declara ele com olhossempre atentos sobre os

achados na casa de número 3,da antiga Rua do Carmo, o So-lar da Marquesa de Santos,Maria Domitila de Castro Can-to e Melo, no centro históricoda Capital.

Categorizando os materiaisencontrados antes do restau-ro completo do edifício, Possa-dagua vai separando cerâmi-ca, faiança, fauna... E não es-conde a "sensação incrível dever que o passado interagecom o presente". Para o pes-quisador, "uma coisa é veruma fonte escrita, outra é pe-gar nos objetos e poder avaliarseus materiais, inscrições, ra-nhuras. Sair da bibliografia".

A arqueologiada vida privada

À esquerda,modelos deMatacãoretirados do sítiolítico do Morumbie levados ao SítioMorrinhos. Aolado, chave doSolar daMarquesa deSantos.

Paulo Pampolin/Hype

Dona de um negócio quepresta serviços paraentidades públicas e

privadas, a arqueóloga e ar-quiteta Karin Shapazian ga-rante que "as empresas nãoveem o trabalho de arqueolo-gia como um investimento so-cial, mas como despesa den-tro projeto". Segundo ela, "ne-nhum empresário faz recupe-ração de material arqueo-lógico histórico porque temconsciência social, mas por-que se não fizer pode ser mul-tado". A referência é à Portaria230 do Iphan que estabelecepunições às empresas quenão cumprirem suas regras.

Karin faz coro com a colegaPaula e ressalta que a arqueo-logia urbana mostra como a ci-dade e os costumes de seushabitantes mudaram, sendofundamental para a preserva-ção das culturas, mas lamentaque isso não seja um conceitointegralmente incorporadopor habitantes nem empreen-dedores brasileiros.

De qualquer forma, ela vêavanço na procura por seusserviços. Desde que começou

a atuar nesse mercado, hámais de 10 anos, garante quehouve crescimento exponen-cial na requisição de laudos.

Karin também destaca o as-pecto social do trabalho, "quepode encontrar, em parceriacom geólogos também obri-gatórios pela lei, característi-cas no solo que sejam insalu-bres para a construção de con-domínios residenciais, como aconstatação de ocupação an-terior por indústrias muito po-luidoras, com elaboração deprodutos compostos por me-tais pesados, por exemplo".

Mas, na prática, a arqueólo-ga afirma nunca ter visto um

único projeto no qual traba-lhou em que os achados fo-ram preservados no local. "Sósei da Casa do Itaim, que eraum terreno adquirido pelo NajiNahas, avaliado em mais deR$ 500 milhões, penso que omais caro de São Paulo, emque o projeto arquitetônico foirevisto para manter a constru-ção bandeirista de taipa de pi-lão. Mas só porque o poder pú-blico pegou pesado, senão acasa teria sido destruída."

Seu trabalho mais re-cente está na cidade deMauá, onde a arqueológaajuda a mapear o povoa-mento local para a reali-zação de obras des a n e a m e n t obásico em todoo municípiovizinho. Elatambém járeal izou ou-tros trabalhoscomo levan-t a m e n t o sno Sítio Líti-co do Morum-bi; em Parati (RJ); Parnaíba (PI)e em São Caetano (SP). (KG)

Ponta de lançarecolhida no

sítio Morumbiaponta pré-

históriapaulistana

É LEITodo empreendimento, público ou privado, que vá mexer no solo tem porobrigação legal contratar o laudo de um arqueólogo. Muitos dos achados

nessas escavações são expostos na Cidade.

Contudo, ela não pode serdescartada. E, lá no centro,essa é a função da historiado-ra Emília Maria de Sá, que or-ganiza toda a documentaçãoproduzida desde que come-çaram as ações de arqueolo-gia pela Prefeitura.

"Essa documentação preci-sa ser sistematizada, pois re-trata o trabalho em todos os sí-tios arqueológicos desde 1980.A ideia é que esse conteúdofuncione como apoio, sendoum norteador para novos pro-jetos, incluindo as exposiçõesque virão. É para mostrar a im-portância das histórias pes-soais, não dos objetos."

Paula Nishida, a coordena-dora, também é adepta dapreservação do histórico dohomem no seu meio. Ela citacom entusiasmo a importân-cia do Pico do Jaraguá, não pa-ra as antenas de transmissãodas emissoras de rádio ou te-levisão, mas "pelas cavas deo u r o a i n d apresentes".

C o n fo r m eela, sempref o i n e g a d oque a cidadec u n h a s s esuas própriasm o e d a s d eouro, mas umcadinho utili-zado para afundição dometal, e comresquícios de-le, foi encon-trado na Casa1 , o n d e é oatual Paláciod a J u s t i ç a .Igualmente importantes são astrilhas do Butantã, como a dafonte de água motivo de dispu-ta judicial, com vitória da comu-nidade, no Morro do Querose-ne. "Foram encontrados relatosdo Tobias Aguiar, marido damarquesa de Santos, de quan-do ficou acampado por lá".

A Capela de São Miguel Pau-lista, que é a mais antiga da Ci-dade, datada de 1622 e inau-gurada pelo Padre Anchieta,também teve sua origem vas-culhada. Era o aldeamento tu-piniquim de Ururaí que passouao controle dos padres, com osíndios escravizados pelos ban-

deirantes.O notável

são detalhesna constru-ção que nãoc o m b i n a mcom as técni-cas dos nati-vos locais es u g e r e m oúnico vestí-gio no Brasilde índios cap-turados nosAndes.

P o r i s s o ,P a u l a a t u apara que oscidadãos visi-tem o centro

e conheçam os sítios arqueo-lógicos ali representados. Dascasas bandeiristas às repre-sentações urbanas: Páteo doCollégio, Solar da Marquesa,Casa 1, Beco do Pinto. Um pro-fundo e profuso olhar sobreuma São Paulo que ainda so-brevive em seus cacos.

Cadinho recuperadono Centro podeprovar cunha demoedas em ouro

Bolsa em couro doséculo 16 aindacontinha alpiste

quando encontrada

SSSAAAIIIBBBAAA MMMAAAIIISSS

Sítio Morrinhos

Centro de Arqueologia de São Paulo

Rua Santo Anselmo 102 Jd. São Bento

visitas monitoradas de terça a domingo

das 9 horas às 17 horas

telefone 11 2236 6121

Pro gramação

w w w. m u s e u d a c i d a d e. s p. g ov. b r

Rede formada por 12 exemplares arquitetônicos

nas diversas regiões de São Paulo

Page 14: DC 14/05/2012

sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de maio de 201214 -.LOGO DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Acesse www.dcomercio.com.br para ler a íntegra das notícias abaixo:

L EILÃO

Uma câmera milionária

VISUAISExposição A Arte de Ser Mãe

exibe esculturas noShopping Frei Caneca. RuaFrei Caneca, 569. Grátis.

A moda invadiu'Os Simpsons'

O artista italiano aleXsandroPalombo (assim mesmo, com o"a" minúsculo e o "x"maiúsculo, pois X e P sãoindicações do símbolo latinoPax Christi) transformou CocoChanel, ao lado, empersonagem de Os Simpsons.

M EIO AMBIENTE

O 'planeta Água' ébem pequenininho

Quando crianças,aprendemos na escola quea Terra tem 70% de suasuperfície coberta porágua. Com essainformação em mente, édifícil imaginar que um diaa água do planeta podeacabar. Mas segundo oU. S. Geological Survey, ascoisas não são tão simples.Se tirássemos toda a águado planeta (incluindo a dosrios, mares, oceanos, aágua subterrânea, vapord'água e até a água denossos corpos)conseguiríamos encheruma esfera de pouco maisde 1380 quilômetros dediâmetro. Na imagem vocêvê o tamanho dessa esferaem relação à Terra.

http://on.doi.gov/K8hyma

T EMPO

Previsão: frio.Os termômetros da

cidade de Urupe-ma (foto), em San-ta Catarina, regis-

traram 5,3ºC negativos às 7hde ontem, Dia das Mães. Deacordo com o Centro de Infor-mações de Recursos Am-bientais e de Hidrometeoro-logia do estado, esta é a tem-peratura mais baixa no muni-cípio neste ano.

Os efeitos de uma novamassa de ar polar começarama ser sentidos também no Es-tado de São Paulo ontem. Ho-je, o ar polar vai continuar for-te sobre a região e a tempera-tura vai baixar mais.

Não há expectativa de re-cordes de frio na madrugada.Porém, a tarde desta segun-da-feira será uma das mais

frias do ano até agora, inclusi-ve na Grande São Paulo. A me-nor temperatura máxima re-gistrada pelo Instituto Nacio-nal de Meteorologia este ano,

na região do Mirante Santana,na zona norte, foi de 15,9ºC nodia 3 de maio. A menor tempe-ratura do ano foi de 10,5ºC, em2 de maio. (Agências)

Sergio Moraes/Reuters

NA ONDA - Sally Fitzgibbons, a única surfista australiana entre 3 havaianas,venceu ontem no Rio de Janeiro o Billabong Girls Pro Rio, a 5ª etapa do ano nocircuito feminino, que tem ainda mais 2 rodadas e acaba em julho.

A TÉ LOGO

Polícia desmantela cassino que funcionava em uma casa na zona leste de SP

Justiça do RS: motorista que não fizer o bafômetro pode ser punido.

RJ: traficante rival é preso quando ia à comemoração da morte de Matemático.

L o goLogowww.dcomercio.com.br

Imagens sãogeradas por

computador edepois

'cortadas'

Criações são umacrítica à ostentação

Conhecido por seu humorsarcástico, aleXsandroPalombo também fezcaricaturas de Dita Von Teese eKarl Lagerfeld em sua crítica acomo as sociedades ocidentaistratam o luxo e as celebridadesdo mundo da moda.

E 'Os Simpsons'invadiram a moda

O projeto é uma referência àedição da revista Harper'sBazaar em que Marge eHomer Simpsons vão paraParis com a modelo LindaEvangelista. Veja outraspersonalidadesdesenhadas pelo artista.

http://bit.ly/AlblrF

Jon Holmgeirsson, da IcelandAcademy Of The Arts, criou estegramofone em papel e papelãoondulado. Ainda assim, aengenhoca consegue fazercom que seus velhos vinisencham o ambiente comaquele som arranhado,mas nostálgico, dosmodelos originais. Ogramofone de papel tembateria de 9 volts e tambémpode ser ligado direto àtomada. Melhor, você podedesmontá-lo e levá-lo paraonde for. Para montar de novo,você gastará cerca de umahora. A novidade ainda nãoestá à venda, mas o designerpretende colocá-la no mercadoainda neste ano para osapaixonados por vinis.

w w w. j o n h e l g i h o l m g e i r s . c o m / 6 0 4 2 5 /

Som de papel

Pecinhas nervosasUm quebra-cabeça inspirado

na forma das células nervosas.http://n-e-r -v-o-u-s.com/projects/puzzles/

Uma rara Leica fabricada em 1923 foi vendida por2,16 milhões de euros (US$ 2,8 milhões) em um leilão emViena (Áustria) no fim de semana, tornando-se a câmera

mais cara a ser vendida. Um comprador anônimo ganhou adisputa de lances pela máquina alemã, que ainda funcionae é uma das cerca de 25 versões-teste das câmeras Leica 0-

Series produzidas em 1923, dois anos antes do início daprodução em série. Apenas metade delas foram

preservadas. (Reuters)

Divulgação/Prefeitura de Urupema

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Page 15: DC 14/05/2012

CAIXA 115

O seu consultor financeiro

sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de maio de 2012

economia

Perdeu o RG ? Teve o C H EQ U Efurtado? CELULAR sumiu?

SAIBA O QUE FAZER.

FÁTIMA LOURENÇO

Ficar sem documentos, talão de cheque, celular ou cartões quase sempre causa grandes transtornos navida das pessoas. Mas poder haver ainda mais dor de cabeça se o consumidor não souber o que fazer nessahora. Um dos maiores aborrecimentos futuros é o envolvimento involuntário em fraudes – pode levar muitotempo até a pessoa prejudicada conseguir esclarecer a situação. A regra número um, dizem especialistas,

é a agilidade. Quanto antes a pessoa informar o ocorrido aos órgãos competentes, mais fácil de resolver aquestão. Nesta edição, o Diário do Comércio apresenta um guia para orientar os leitores sobre como proceder.

REGISTRO DE ALERTA

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cia

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z/LU

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28/8

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1

O ConsumidorPositivo é um

serviçogratuito, de

utilidadepública.

FERNANDO COSENZ A,D I R E TO R DE I N OVA Ç Ã O E

S U S T E N TA B I L I D A D E DA

BOA VI S TA SE RV I Ç O S

Para se proteger douso indevido dedocumentos ou de

problemas com chequesextraviados, roubados oufurtados, o consumidorpode se beneficiar do siteConsumidor positivo,mantido pela Boa VistaServiços (BVS),administradora doServiço Central deProteção ao Crédito(SCPC).

No endereçow w w. c o n s u m i d o r p o s i t i v o .com.br , ou pelo telefone0800 011 1522, oconsumidor podeinformar a ocorrência. "Éum serviço gratuito, de

utilidade pública", afirmao diretor de inovação esustentabilidade daempresa, FernandoCosenza. "A informaçãofica na base de dados daBoa Vista, vinculada aoCPF. Se alguém tentarfazer uma compra comdeterminado cheque, emloja que for cliente daBVS, o lojista verá, aofazer a consulta ao nossoserviço, o alerta para queseja mais cauteloso naverificação", acrescenta.

O executivo ressaltaque o serviço beneficialojistas e consumidores,mas não substitui oBoletim de Ocorrência

(BO), geralmentenecessário para pedir, porexemplo, reembolso dedespesas realizadas porterceiros com chequesextraviados. "Também éimportante alertar que oregistro na Boa Vista nãoé garantia definitiva. Podeacontecer de o lojista nãoconsultar o serviço paraconcluir a transação oudecida aceitar o cheque,apesar do alerta. "O idealé incluir na nossa base dedados, mas tambémsustar o cheque e fazer oBO." O serviço funciona24 horas, pela internet, e,por telefone, em horáriocomercial.

SSSEEERRRVVVIIIÇÇÇOOOSITES E TELEFONES ÚTEISBoa Vista Serviços www.consumidorpositivo.com.br ou 0800 011 1522

Poupatemp o www.poupatempo.sp.gov.br (em "Órgãos e serviços

disponíveis") ou 0800 772 3633

Delegacia Eletrônica/SP www.ssp.sp.gov.br/b o

Banco Central www.b cb.gov.br

Receita Federal do Brasil w w w. re ce i t a . f a ze n d a . g ov. b r

D etran w w w. d e t ra n . s p. g ov. b r

RGA Secretaria de Segu-

rança Pública do Es-tado de São Pauloinforma, em seu si-te, que nos casosde perda ou roubod a C a r t e i r a d eIdent idade (RG)deve-se registrar

u m B o l e t i m d eOcorrência (BO) na

delegacia de pol íc iamais próxima. Se for um

furto, o BO pode ser feito pormeio da Web, na Delegacia Eletrô-

nica da secretaria (w w w. s s p . s p . g o v. b r ). "O registro é muito im-portante e evita que outras pessoas utilizem o seu nome paracontrair dívidas ou cometer qualquer crime", alerta o site. Aemissão da segunda via do documento pode ser solicitada noPoupatempo (taxa de R$ 27,66) e é gratuita para cidadãos quese declararem pobres; homens e mulheres acima de 65 anos e60 anos, respectivamente; pessoas desempregadas há trêsmeses e nos casos de furto ou roubo (levar BO). Confira outrasexigências antes ir até o Poupatempo. Existem diferentes pro-cedimentos para providenciar a segunda via do documento.Eles envolvem alguns detalhes como idade e estado onde o RGoriginal foi emitido.

CPFO Poupatempo informa

que, por não existirmais o cartão, a se-gunda via do com-provante de inscri-ção no Cadastro dePessoas F í s i cas(CPF) pode ser soli-citada e impressa

no próprio s ite daR e c e i t a F e d e r a l

( w w w. r e c e i t a . f a z e n-d a . g o v.b r / p e s s o a f í si c a / c p f-

S e g V i a. h t m ), ou em um postod o P o u p a t e m p o , p o r m e i o d o

e-poupatempo. O site da Receita informa que, no caso de perdado documento, ele não deverá ser cancelado, porque cada cida-dão só pode ter um único número e seu cancelamento se dará noscasos de multiplicidade ou de falecimento. O cidadão poderá lo-calizar o número do CPF em algum outro documento, cheque,contrato etc. Se não conseguir, poderá obter o número do CPFem uma unidade de atendimento da Receita Federal. O órgãotambém recomenda, para casos de perda, roubo ou suspeita deuso indevido do CPF por alguém, o registro em BO e, para a últimahipótese, que também se procure um advogado para informar-se sobre possível indenização ou reparação dos prejuízos.

CelularÉ necessário formalizar

um BO. No caso de rou-bo (quando a vítima foiameaçada, com ousem arma), o BO de-ve ser feito em umaDelegacia de Polícia.Se for perda ou furto(quando a vítima não

sofre violência), o re-gistro do BO pode ser

feito pela internet. A De-legacia Eletrônica, da Se-

cretaria de Segurança Públicade São Paulo, alerta, na respectiva pá-

gina da web, que se houve também furto ou perda de documentos namesma ocorrência, deve-se observar os campos distintos para pre-enchimento das informações. A diretora do Procon-SP Selma doAmaral acrescenta a necessidade de se pedir, imediatamente, o blo-queio do serviço junto à operadora. "Ela pode, inclusive, bloquear oaparelho", afirma Selma, lembrando a importância de se pedir o res-pectivo protocolo de atendimento.

ChequesPara o cheque extraviado, a

primeira providência a sertomada é solicitar a sua

sustação junto ao ban-co, informando os nú-meros de folhas en-volvidas na ocorrên-cia. O diretor adjun-t o d a F e d e r a ç ã oBrasileira de Bancos

(Febraban) Walter Fa-ria lembra que, por for-

ça de norma do BancoCentral (BC), a perda, furto

ou roubo deve ser formalizadoem BO. O cliente tem 24 horas para

entregar esse documento à sua instituição bancária. "Atualmente,as pessoas usam pouco o cheque, mas é fundamental saber os nú-meros das folhas, para evitar que ele seja descontado e o valor de-bitado na conta", alerta Faria. O executivo recomenda, preventiva-mente, o uso de caneta própria no preenchimento de cheque e queele sempre seja nominal e cruzado – para valores acima de R$ 100,esse procedimento já é obrigatório. De acordo com o BC, o procedi-mento libera o correntista de pagar as taxas estabelecidas pelo Con-selho Monetário Nacional e da tarifa para exclusão do Cadastro deEmitentes de Cheques sem Fundos (CCF), caso isso tenha ocorrido.O BC também informa que a sustação pode ser feita, em caráter pro-visório (validade de 2 dias úteis), por qualquer meio de comunica-ção. "No entanto, o banco pode cobrar tarifa pela sustação do che-que, cujo valor deve constar da tabela de serviços prioritários da ins-tituição", informa o BC, em sua página na internet.

CartõesA diretora de atendimento do

Procon-SP, Selma do Ama-ral, orienta que nos casosde perda, furto ou roubo,o consumidor deve "ime-diatamente" contatar ainstituição bancária e so-licitar o bloqueio do plás-tico e anotar o protocolo

de atendimento da hora edata da respectiva comuni-

cação. "Os setores reguladospela União, como é o caso dos

bancos, estão sujeitos ao chamadodecreto do SAC (Serviço de Atendimento

ao Cliente), que exige a existência de um canal de comunicação 24 horasem funcionamento", informa Selma. Ela também recomenda que se faça oBO,para seprecaverde eventualusodo cartãoemalguma açãocriminal."E é sempre umelemento a mais, para o caso deser cobrada alguma des-pesa indevida", acrescenta. A Delegacia Eletrônica também pode ser uti-lizada para esse tipo de registro.

CNHA segunda via da Carteira Nacional

de Habilitação (CNH), no caso deperda, pode ser solicitada dire-tamente nos postos e no sitedo Detran-SP e no Poupa-tempo. Pelo Poupatempo,alerta a entidade, há variá-veis que podem alterar a re-lação de documentos e pro-

cedimentos necessários pa-ra a emissão da nova CNH (co-

mo ser do modelo novo ou doantigo). Em linhas gerais, a cartei-

ra deve estar registrada no estado deSão Paulo, o habilitado deve residir no mu-

nicípio de registro da CNH, ter exame médico válido e os originais e cópiasimples de RG, CPF, comprovante de residência e, se for o caso, BO comregistro de furto ou roubo. Se não for esse o caso, o próprio Poupatempofornece o modelo de Declaração de Perda/Extravio. É cobrada taxa deR$ 30,43. No e-poupatempo é possível imprimir um Boletim Eletrônico deOcorrência. Confira outros detalhes nos sites do Poupatempo e Detran.

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de maio de 201216 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO

CAIXA 1O seu consultor financeiro

economia

AG E N DA Bolsa cai pela3ª SEMANA SEGUIDA

Depois de oscilar en-tre altas e baixas, aBovespa encerroua última sexta-fei-

ra em queda, pelo quarto diaseguido. Além disso, pelo ter-ceiro pregão manteve o nívelde 59 mil pontos do Ibovespano fechamento . A bo l saacompanhou o índice Dow Jo-nes e a queda das commodi-ties no mercado internacio-nal, o que também acabou in-fluenciando as ações de Pe-trobras e Vale. Durante toda asemana, o cenário externomais conturbado ditou os ru-mos das ações.

O Ibovespa encerrou comdeclínio de 0,43%, em 59.445

pontos. Com esse resultado, abolsa brasileira registrou aterceira queda semanal se-guida, de 2,26% e, no mês, orecuo fo i ampl iado para3,84%. Já no ano, a Bolsa estáperto de anular os ganhosacumulados, registrando va-lorização de apenas 4,74%.Vale lembrar que o índice jáchegou a acumular alta dequase 20% neste ano.

Logo cedo, o noticiário maispessimista indicava que osmercados acionários teriammais um dia de queda. No en-tanto, a divulgação do índicede sentimento do consumidorda Universidade de Michigananimou um pouco os negó-cios, levando as bolsas emNova York para o campo posi-t ivo , mov imento que fo iacompanhando pela Boves-

pa. Mas, no início da tarde, ootimismo foi deixado de lado.

Petrobras ON caiu 1,88% ePetrobras PN recuou 1,96%.Na semana, as ações acumu-lam perdas de 4,71% e 4,63%,respectivamente.

Além do cenário externo,pesou sobre os papéis o can-celamento da divulgação dobalanço referente ao primeirotrimestre do ano, original-

mente marcado para a últimasexta-feira, após o fechamen-to dos negócios. Na quarta-feira, no início da noite, a esta-tal informou que só irá revelarseu resultado amanhã, últimodia, segundo a legislação bra-sileira, para as empresas in-formarem seus números. Se-gundo comunicado da Petro-bras, o adiamento se deu porincompatibilidade de agendados membros do conselho. Orecuo de 0,98% no contratode petróleo com vencimentoem junho, para US$ 96,13 obarril, também contribuiu.

O dólar fechou a semanaem queda de 0,1%, cotado aR$ 1,953 para venda. (AE)

14 S e g u n d a - fe i ra

Sai pesquisa semanal Focus,do BC, com projeções de

analistas para a economia.

17 Q u i n t a - fe i ra

O IBGE divulga a PesquisaMensal do Comércio

relativa ao mês de março.

17 Q u i n t a - fe i ra

Divulgação do IGP-10de maio. Pesquisa é da

Fundação Getulio Vargas.

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de maio de 2012 17DIÁRIO DO COMÉRCIO

Empresários e autoridades brasileiras não são fáceis de serem entendidos pelos estrangeiros.Luis Octavio da Motta Veiga, ex-presidente da Petrobraseconomia

VAZA UMA LÁGRIMA DE CROCODILOSob o título "Como o Brasil está usando o caso Chevron", a revista Bloomberg Businessweek destasemana traz como destaque de capa a lista de acontecimentos envolvendo o pequeno vazamentode petróleo no Campo de Frade e a reação desproporcional por parte das autoridades brasileiras.

Em 4 de março deste ano a Chevronanunciou a ocorrência de um pequeno va-zamento de óleo no Campo de Frade, loca-lizado na Bacia de Campos, a três quilôme-tros de um poço onde já havia ocorrido, emnovembro passado, outro vazamento, deaté três mil barris de petróleo. Funcioná-rios da empresa viram bolhas escuras deóleo que não chegaram a formar umamancha, mas, por precaução, o CEO daempresa no Brasil, George Buck, pediu pa-ra suspender temporariamente as opera-ções no campo, a fim de investigar.

Em nota, a empresa justificou: "A Che-vron Brasil identificou durante o monitora-mento do Campo de Frade pequena man-cha e uma nova fonte de afloramento. Dis-positivos de contenção foram imediata-mente instalados para coletar gotas,pouco frequentes. Hoje, algumas peque-nas bolhas foram vistas na superfície. AChevron Brasil está investigando".

No dia 13, uma nova ocorrência. Foiidentificada uma fissura de 800 metros deextensão, mas de largura milimétrica. Nolocal onde foi encontrada a fenda, não ha-via, no momento, injeção de material nemperfuração. A Chevron já estava proibidade perfurar no Brasil desde novembro.

Choque – No sábado, dia 17, uma liminarda Justiça Federal brasileira proibiu 17executivos da Chevron e da empresaTransocean, que operava a plataforma, desaírem do País. Os passaportes deles fo-ram confiscados. E o Ministério Público Fe-deral denunciou a empresa e seus empre-gados por crime ambiental e dano ao pa-trimônio público – crimes com penas de 20a 30 anos de prisão.

Diante desse contexto, a revista Bloom-berg Businessweek destaca que "o aciden-te da Chevron foi pequeno se comparadocom o da BP". Relembra que "em abril de

2010, a BP foi protagonista de um acidenteno Golfo do México, que resultou na mortede 11 pessoas e um vazamento de 4,9 mi-lhões de barris de petróleo durante 87dias". E conclui: "Nada se comparado aos2,4 mil barris de petróleo em Campo deFrade, na Bacia de Campos, no qual nãohouve contaminação de peixes nem da-nos a tartarugas marinhas".

Na imprensa – A reportagem também ci-ta a forte reação da imprensa brasileira ede autoridades, como o ex-ministro doMeio Ambiente e cofundador do PartidoVerde no Brasil, Carlos Minc, hoje atual se-cretário de Meio Ambiente do Estado doRio de Janeiro. "Vamos mostrar a esta gan-gue que eles não podem vir aqui e criar abagunça ambiental que eles quiserem.

Quero ver o CEO da Che-vron nadando naqueleóleo", disse Minc na oca-sião em entrevista ao jor-nal O Globo .

Ativistas do Greenpea-ce reforçaram a mobiliza-ção da opinião pública.Em um protesto organi-zado no prédio onde se lo-calizam os escritórios dapetroleira norte-ameri-cana, no Rio, foram des-pejados "barris de petró-leo" fictícios, de tinta ató-xica, e exibidos cartazescom os seguintes dizeres:"Chevron: sua sujeira,nosso problema".

Em dezembro, antes dosegundo vazamento, oministro de Minas e Ener-gia, Edison Lobão, che-gou a afirmar que a Che-vron poderia ser "expul-

sa" do País caso não cumprisse com osacordos para reparar os danos causadospelo vazamento na Bacia de Campos.

No mesmo mês, o procurador da Repú-blica, Eduardo Santos de Oliveira, pediuuma indenização de R$ 20 bilhões por da-nos ambientais e uma limi-nar para interromper as ati-vidades da empresa noBrasil. Mais tarde, voltouatrás, dizendo que a multaseria fixada de acordo comos danos causados.

Ao ser questionado sobreo processo criminal abertocontra os funcionários daChevron, Oliveira se defen-deu dizendo que "no Brasil

não há nacionalismo ou xenofobia", masque "o comportamento criminal prevê edemanda punições".

Ouvido pela Bloomberg Businessweek, oex-presidente da Petrobras, Luis Octavioda Motta Veiga, explicou que "os empresá-rios e autoridades brasileiras não são fá-ceis de serem entendidos pelos estrangei-ros". A Justiça do Brasil permitiu que osfuncionários da Chevron retornassem aopaís de origem, enquanto respondem aoprocesso criminal – algo que levará entrecinco e dez anos para tramitar.

A controvérsia, sustenta a revista, teráconsequências no processo de conces-sões do pré-sal. A concessão de licençasde exploração, originalmente marcadapara 2011 , agora é aguardada pelo mer-cado somente para o início de 2013.

Com mais de 800 empregados no Brasil,sendo 90% brasileiros, a Chevron tem51,74 % de participação no Campo de Fra-de. Outros parceiros no projeto são a Pe-trobras (30%) e a Frade Japão Petróleo Lt-da., uma joint-venture com a INPEX, Sojitze JOGMEC (18.26%).

Vamos mostrar a esta gangue que elesnão podem vir aqui e bagunçar. Quero vero CEO da Chevron nadando naquele óleo.

CA R LO S MINC, SECRETÁRIO DE MEIO AMBIENTE DO E S TA D O DO RIO

Imagem Bloomberg Businessweek

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Leia a íntegra desta matéria emwww.businessweek.com

Leia mais sobre petróleo na página 20

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de maio de 201218 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Como Belo Monte transforma uma cidadeUsina hidrelétrica em construção no Pará altera a rotina do município de Altamira. População aumentou, os preços dispararam, mas o ensino melhorou.

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Nas ruas deAltamira,

circulam hojemaior

número deveículos.

Norte Energiaprecisou

instalar 5 milplacas paraorganizar otrânsito. Ao

lado, o centrode formaçãoprofissional.

Em menos de um ano, omunicípio de Altami-ra, no Pará, teve suarotina mudada com a

instalação do canteiro deobras da Usina Hidrelétrica deBelo Monte. Se, por um lado, ocomércio teve muito a come-morar, por outro, o inchaço po-pulacional deixou evidente afalta de planejamento para es-se crescimento.

"Aumentar meu lucro em80% foi ótimo, mas o aluguelter subido de R$ 400 paraR$ 1,5 mil foi péssimo", disseDarlene Peres Monteiro, de 28anos, dona de uma lanchone-te na cidade. Na opinião do ga-ri Adir Ribeiro dos Santos, de42 anos, Altamira ficou maissuja. "A sujeira da cidade au-mentou em mais de 80%. Ago-ra, tenho de fazer o mesmotrajeto de limpeza três vezespor dia para deixar as ruas dojeito que ficavam antes."

"Infelizmente as pessoasque vieram de fora costumamsujar a cidade mais do que osantigos moradores", disse ogari, ao apontar em direção àRua 1º de Janeiro. "É lá onde fi-ca um dos refeitórios dos tra-balhadores que estão na cida-de. Eles saem de lá e jogam ospratos e copos descartáveisno chão", lamentou Santos.

O gari pensa em aproveitaro crescimento de Belo Montepara conseguir um empregomelhor. Já fez, inclusive, umcurso de pedreiro no centro decapacitação do ConsórcioConstrutor de Belo Monte(CCBM), na busca por uma va-ga na obra.

A Norte Energia, empresaresponsável pela construçãoe operação da usina, diz que,para aliviar os problemas desujeira na cidade, repassoutrês caminhões coletores de li-xo, além de um trator e uma pámecânica para a prefeitura.Está também prevista a cons-trução de um aterro sanitáriona cidade, que ainda está nafase de projeto.

Tr â n s i t o – Apesar de a sujeiranas ruas dar muito trabalho aogari, são os problemas de trân-sito os que mais o afligem. "Emmenos de seis meses, dois co-legas meus, que também tra-balham na limpeza, foramatropelados. Antes, o trânsitoera mais solto. Agora, não temmais espaço, e os carros ficama toda hora tirando fino dagente e desrespeitando a si-nalização".

Altamira tem novas placas esinais de trânsito, instaladospela Norte Energia. De acordocom a empresa, foram coloca-das 5 mil placas, para sinaliza-ção de trânsito e das ruas,além de 138 semáforos eR$ 1,8 milhão gasto com veí-culos para ajudar nos serviçospúblicos do município.

"Eles colocaram muitos si-nais, mas os carros sempre es-tão desobedecendo as regrase furam sinal a toda hora. É porisso que digo: não adianta tersinal se as pessoas não sabemusá-lo", afirmou Santos.

Os bancos também estão nalista de problemas. "As filasatravessam quarteirão por-que a população aumentou e oatendimento não", criticou.

"Os bancos daqui já eram umatragédia. Agora são um infer-no", disse a comerciante Jaci-léia Xavier de Melo. A situaçãopoderá ficar mais crítica quan-do os salários dos operáriospassarem a ser creditadosnessas instituições financei-ras. Mas isso, segundo a NorteEnergia, poderá ser ameniza-do caso a empresa consigainstalar agências bancáriasnos canteiros de obra. Isso de-pende, ainda, de autorizaçãodo Banco Central (BC).

Energia – "A energia da cida-de também piorou. Toda se-mana falta energia em diver-sos pontos. Já a água, que erauma negação, conseguiu ficarainda pior", acrescentou Jaci-léia. A água é um dos princi-pais problemas de Altamira,de acordo com o diretor de En-fermagem do Hospital SantoAgostinho, Renato da Silva.Ele explicou que não há trata-mento de água na cidade co-mo um todo, o que torna "mui-to comum" a ocorrência de in-fecções intestinais.

Mas Jaciléia aponta algu-mas vantagens trazidas pela

obra. "Além da sinalização dacidade, melhoraram as esco-las, depois que a empresa(Norte Energia) ampliou o nú-mero de salas, montou a salade informática e aumentou oslivros da biblioteca (no ColégioAntônio Godin Lins). Isso dei-xou minha filha mais motiva-da para ir à escola, melhoran-do em vários aspectos o rendi-mento."

Apenas para atender ao Pro-jeto Básico Ambiental, a Norte

Energia informa já ter investi-do R$ 175 milhões em açõesde saúde, educação, seguran-ça, saneamento e infraestru-tura em todos municípios lo-calizados na área de influên-cia da usina.

Po p u l a ç ã o – Tendo como ba-se dados da saúde e da limpe-za de Altamira, o secretário dePlanejamento do município,Carlos Bórtolli, disse que a po-pulação cresceu de 99 mil ha-bitantes, em 2010, para algo

entre 143 mil e 148 mil habi-tantes em 2012.

Ele argumentou que todosos problemas apontados pelapopulação têm a mesma ori-gem. "Faltaram medidas ade-quadas para o crescimentopopulacional disparado porBelo Monte. Isso deveria ter si-do mais bem planejado porparte do governo e da NorteEnergia. Tão bem ou melhordo que o projeto e a engenha-ria dedicados à usina". (ABr)

Varejo fatura alto com mudançaEstabelecimentos comerciais e ambulantes de Altamira estão lucrando com o aumento do movimento local

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VendedorEgnaldo Lopesdos Santos:entrega saltoude 80 para140 salgadospor dia.

Para os comerciantes deAltamira, o início dasobras da Usina Hidrelé-

trica de Belo Monte resultoudiretamente no aumento domovimento e dos lucros emseus estabelecimentos. Mas,por conta da falta de estruturalocal, boa parte dos dormitó-rios, restaurantes, pequenosmercados e ambulantes tive-ram de improvisar com o quetinham para dar conta das de-mandas que não param decrescer.

O ambulante Egnaldo Lopesdos Santos, de 43 anos, estávendo seu negócio de salga-dos e sucos prosperar com achegada da usina. "Faço issohá seis anos aqui em Altamira.Antes, vendia 80 salgados pordia. Agora, são 140, fora as 16garrafas de suco", disse o ven-dedor que tem, como pontopreferido, a sede do SistemaIntegrado de Ensino do Pará(Sienpa), local onde a constru-tora recruta operários.

Lá, Egnaldo vende "umamerenda completa" (um sal-gado e um suco) a R$ 2,50 paraas dezenas de pessoas que,todos os dias, ficam de plantãona esperança de conseguirtrabalho em Belo Monte. "Como aumento das vendas, estádando para comprar mais co-mida, roupa e material escolarpara as crianças", comemo-rou o ambulante.

Com a chegada da usina,Egnaldo teve de "investir mais

no negócio" e trocou a caixa deisopor, usada para manter atemperatura dos sucos, poruma de plástico. Além disso,conseguiu melhorar a estrutu-ra da bicicleta adaptada para onegócio.

Rodoviária – Outro lugar on-de há muitos pretendentes auma vaga na usina é a rodoviá-ria da cidade. Ao lado dela,Neura Gomes da Fonseca temum pequeno bar com duasmesas de sinuca.

"O movimento aumentou40% e fica melhor no dia de pa-gamento, quando os moçosque já estão trabalhando vêmaqui para comemorar o salá-rio", disse. "O chato é que meualuguel também aumentou(passou de R$ 700 para R$ 1 mil),

sendo que esse negócio sem-pre me deu apenas o suficien-te para comer e pagar aluguele energia". Como mora no pró-prio bar, Neura não paga outroaluguel.

Próximo ao bar de Neura,Francisca Edineves apertou afamília e abriu espaço na casa,que fica atrás do restauranteque tem, para transformá-laem um dormitório com capaci-dade para dez pessoas. "A mo-vimentação aqui aumentou,mas acho que em breve vai au-mentar ainda mais", acres-centou. "Para o meu negócioestá ótimo. Raramente há va-ga e, quando há, rapidamenteé ocupada".

Dona de um minimercadopróximo ao centro de Altami-

ra, Jaciléia Xavier de Melo dis-se que os produtos cujas ven-das mais aumentaram "são osque não precisam ir ao fogo",como enlatados (principal-mente sardinha), biscoitos,além de cigarros e bebidas.

"Nosso lucro aumentou porvolta de 50% desde que os tra-balhadores de Belo Monte co-meçaram a chegar", informoua comerciante. Ela disse queos comércios localizados pró-ximos a pousadas são os maisbeneficiados. "Aqui perto temtrês vilas cujas casas foramalugadas recentemente portrabalhadores contratadospela usina. Isso certamente foio que mais me ajudou a au-mentar as vendas", comple-tou ela. (ABr)

Aumentar meu lucro em 80% foi ótimo, mas o aluguel ter subido de R$ 400 para R$ 1,5 mil foi péssimo.Darlene Peres Monteiro, dona de lanchonete em Altamira.economia

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de maio de 2012 ECONOMIA/LEGAIS - 19DIÁRIO DO COMÉRCIO

economia

ACSP orientasobre avaliação

financeira deempresas

Programa ACSP Atualização Profissionalé direcionado a profissionais que querem

estar bem preparados para tomar asmelhores decisões para o seu negócio

Paula Cunha

Um planejamento ade-quado que contribuapara o efetivo cresci-

mento de uma empresa passanecessariamente pelo conhe-cimento dos conceitos sobreos instrumentos financeirosutilizados para elaborar estra-tégias e avaliá-las, bem comopara efetuar um controle ge-rencial eficiente em todas asetapas de negociações comclientes e outras corporações.Por isso, profissionais bemtreinados para interpretar re-latórios financeiros são essen-ciais atualmente, quando a to-mada de decisão mais rápidapode ser a diferença entre osucesso e o fracasso.

Portanto, o programa ACSPAtualização Profissional, ofe-recido pela Associação Co-mercial de São Paulo (ACSP)tem como objetivo, também,oferecer conteúdos que auxi-liem empreendedores, execu-tivos e gerentes de empresasa tomarem decisões quanto aavaliação de preços, volumese modalidades de investimen-tos. Adriano Gomes, da Mé-thode Consultoria e que pos-sui doutorado em Ciências So-ciais com especialização emResponsabilidade Social eEmpresarial, abordará no cur-so Finanças para não Finan-ceiros, no próximo dia 16, te-mas como a análise de balan-ços patrimoniais, com ênfase

em ativo, passivo, patrimôniolíquido e índices financeirosde liquidez e endividamento.Além disso, explicará comodevem ser avaliados os princi-pais itens que integram as de-monstrações de resultados,como receitas, custos, despe-sas e regime de competência.

No caso dos demonstrativosde fluxo de caixa, Gomes, quetambém é graduado em Admi-nistração de Empresas, deta-lhará a elaboração de relató-rios de ciclos operacionais enão operacionais e a avalia-ção de regime de caixa de di-versos tipos de empreendi-mentos. Outro tópico a serabordado é o fluxo de capitalde giro, com os conceitos de ci-clo operacional e financeiro,índices de prazo médio e capi-tal de giro líquido e próprio. Pa-ra a compreensão dos itensque envolvem as decisões decusto, o especialista discorre-rá sobre os tipos de custo (fixoe variável), margem de contri-buição, alavancagem opera-cional e ponto de equilíbrio.

SSSEEERRRVVVIIIÇÇÇOOO

Finanças para não FinanceirosData: 16/05/12

Horário: credenciamento apartir das 8h30

Curso: das 9h às 18hLocal: Sede da ACSP – Rua Boa

Vista, 51 - 9º andarInscrições: até 13 de maio

Informações: (11) [email protected]

Fa b r i c a n t e sde motosdemitem

em ManausSegmento de motocicletas enfrenta dificuldade de restrição

ao crédito e novas exigências para parcelamentos

Na Zona Franca deManaus, de ondesaem mais de 90%das motos vendidas

no Brasil, os estacionamentosdas empresas de motocicle-tas estão lotados. "O governopressionou os bancos a baixa-rem os juros, mas não adiantasó reduzir e não liberar os fi-nanciamentos", reclama Ro-gério Scialo, diretor comerciale de marketing da Kasinski.

A Kasinski, que detém qua-se 3% do mercado nacional demotos, demitiu 250 funcioná-rios no primeiro trimestre, oequivalente a 30% do pessoalde fábrica e administrativo.

Segundo Scialo, a lista deexigências dos bancos e finan-ceiras para avaliar os pedidosde financiamento subiu de se-te a oito itens para mais de 30."Agora, se o consumidor mu-dou de emprego ou de casa hámenos de um ano, a ficha é re-cusada. E se o cliente atrasoua parcela de um terno compra-do, não liberam", brinca o exe-cutivo da Kasinski, ao reforçarque até dívidas muito antigas

são contabilizadas como pon-tos negativos no "filtro" feitopelas instituições financeiras.

"Há mais ameaças de de-missões, informa ValdemirSantana, presidente do Sindi-cato dos Metalúrgicos de Ma-naus. "Só a Honda tem mais de50 mil motos paradas no pá-tio", diz ele.

Segundo Santana, a maiorfabricante de motos do País jádemitiu 800 pessoas nesteano. "Duas linhas de produçãoda Honda estão paradas", afir-ma. Além da falta de crédito,ele diz que as importaçõesprejudicam a produção local."O ministro da Fazenda, GuidoMantega, prometeu há váriosmeses que aumentaria o Im-posto sobre Produtos Indus-trializados (IPI) das motos im-portadas, assim como fez comos automóveis, mas ficou sóna promessa", reclama ele.

Em nota, a Honda informouque "em função do cenário decrédito mais seletivo, even-tuais desligamentos voluntá-rios serão repostos em mo-mento oportuno". (AE)

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de maio de 201220 DIÁRIO DO COMÉRCIO

economia

Mulheresinvadem omundo dopetróleoA indústria petroleira é, de modo geral, territóriomasculino, mas no Brasil há uma exceção à regra.

Gilvan Barreto/NYT

No gabinete da presidência da Petrobras: Maria das Graças Foster, engenheira química, amiga de Dilma Rousseff, chegou ao topo neste ano.

Simon Romero*

O maior desafio da Petrobras é aumentar a produção de 2,3 milhõesbarris diários para estimados 4,5 milhões de barris por dia.

As melhorespessoas paratrabalhar comigosão as que meinterrompem e atéme questionam.

MARIA DAS GR AÇAS FOSTER,PRESIDENTE DA PETROBR AS

Ela logo seráconhecida comouma das pessoasmais importantesdo mundo dopetróleo.

DANIEL YER GIN, E S C R I TO R , SOBRE

MARIA DAS GR AÇAS FOSTER

Aindústria petroleira mundialhá tempos tem sido um bas-tião masculino, representa-do na imaginação popular

por xeiques de verdade do Golfo Pérsi-co e fanfarrões como J.R. Ewing em"Dallas". Porém, uma exceção à regrasurgiu no Brasil, a emergente potênciapetroleira da América Latina, ondemulheres agora ocupam as posiçõesmais poderosas no florescente setorde energia do País.

Neste ano, Maria das Graças Foster,engenheira química tarimbada, assu-miu o maior posto da Petrobras, estatalbrasileira do petróleo, e Magda Cham-briard foi indicada para dirigir a Agên-cia Nacional do Petróleo (ANP), a qualregula o setor no Brasil.

Colocar mulheres nessas posiçõesde comando é uma prioridade da pre-sidente Dilma Rousseff, a primeira mu-lher a governar o Brasil. Dilma, que vi-sitou os Estados Unidos em abril, é ex-ministra das Minas e Energia e chefiouo conselho diretor da Petrobras por se-te anos durante o governo de seu ante-cessor, Luiz Inácio Lula da Silva.

"Ela conhece muito bem o setor e sa-be ser extremamente exigente", Gra-ça disse em entrevista sobre DilmaRousseff, economista cujas histórias

sobre intimidação dossubordinados vira-ram lenda, dando aoshumoristas brasilei-ros um vasto materialp a r a e s q u e t e s ."Quando ela liga, pre-ciso ter a resposta naponta da língua."

Não existem muitosexemplos de mulhe-res em altos postos nosetor da energia. NaOrganização dos Paí-ses Exportadores de

Petróleo (Opep), Diezani Alison-Ma-dueke, ministra do petróleo da Nigéria,é mulher. Nos EUA, Lynn Elsenhans foia CEO da Sunoco durante quatro anosantes de sair neste ano. A CEO da Per-tamina, empresa petroleira da Malá-sia, e a diretora da Schlumberger Asia,divisão da empresa de serviços paracampos de petróleo, também são mu-lheres.

Campos profundos – Porém, coman-dar a Petrobras, encarregada da ex-ploração de campos profundos ao lar-go da costa, é outra coisa. A empresa,criada há 58 anos e presidida nos pri-meiros anos por Walter Link, um geólo-go norte-americano, está investindo,segundo estimativas após o ajuste da

inflação, mais do que a NASA para le-var o homem à Lua nos anos 1960, paraproduzir petróleo a partir de reservasencontradas sob quilômetros de água,pedra, areia e sal. "O programa lança-do pela Petrobras é crítico para o Brasile o mercado global", disse Daniel Yer-gin, autor de "The Quest", novo livrosobre a indústria internacional daenergia. "Ela vê o cenário como um to-do e, ao mesmo tempo, presta bastan-te atenção aos detalhes", ele comen-tou acerca da nova diretora. "Ela logoserá conhecida como uma das pessoasmais importantes do mundo do petró-leo e, certamente, a mulher mais im-portante e influente no mundo dos ne-gócios."

Se a Petrobras conseguir atingir asmetas ambiciosas de produção na pró-xima década, o Brasil ultrapassaria aspotências petroleiras da América Lati-na, México e Venezuela, tornando-seum dos maiores produtores globais.Empreendimentos da Petrobras já es-tão fazendo a economia do Rio de Ja-neiro efervescer, com montes de es-trangeiros ligados ao segmento ele-vando os aluguéis em bairros exclusi-vos de f rente para o mar , comoIpanema e Leblon.

Graça, por sua vez, ainda mora emum apartamento em Copacabana, re-gião menos brilhante cercada porgrandes prédios de apartamentos e fa-velas nas encostas de morros. Ela sedestaca como uma anomalia no setor,não apenas como mãe de dois filhosadultos, mas também porque preferenem ter carro. Os taxistas de Copaca-bana costumam elogiá-la de "a donado combustível", tentando tê-la comopassageira.

Ela nasceu há 58 anos, na época emque a Petrobras foi criada para reduzira dependência brasileira do petróleoestrangeiro. Na década de 1950, seuspais se mudaram do interior do vizinhoEstado de Minas Gerais para o Rio, on-de residiram no Morro do Adeus, regiãopobre que agora faz parte do Comple-xo do Alemão, um conjunto de favelasocupadas pelas forças de segurançanacionais.

Aos oito anos de idade, ela ajudava ominguado orçamento familiar traba-lhando como recicladora de lixo, ca-tando latas e papéis descartados. Elatambém conta ter ganho dinheiro es-

crevendo e lendo cartas para os vizi-nhos, uma família de imigrantes portu-gueses. Depois de frequentar escolaspúblicas, Graça se tornou estagiária daPetrobras enquanto cursava engenha-ria química na Universidade FederalFluminense. A seguir, ela foi atraídapela pós-graduação em engenharianuclear, durante um período no qual oBrasil desenvolvia sua capacidade nosetor. Porém, não aceitou a perspecti-va de morar cinco anos na Alemanhapara se aprofundar mais na área, en-tão voltou à Petrobras. Após o regres-so, ela nunca mais saiu, escalandouma série de postos e fazendo MBA naFundação Getúlio Vargas, uma univer-sidade de elite brasileira.

Em 1998, enquanto trabalhava paraum setor da Petrobras envolvido emum gasoduto para importar gás natu-ral da Bolívia, ela conheceu Dilma, en-tão uma obscura autoridade do setorde energia do Rio Grande do Sul.

Graça, eleitora do esquerdista Parti-do dos Trabalhadores, que está no po-der no Brasil desde 2002, se identificouideologicamente com Dilma, que najuventude foi guerrilheira marxista;agora, ambas estão comprometidas adar as boas-vindas ao investimento es-trangeiro na indústria petroleira doPaís e a expor a Petrobras a forças demercado.

Negócio – Quando o ex-presidenteLula indicou Dilma como ministra dasMinas e Energia, ela nomeou GraçaFoster uma de suas principais auxilia-res em Brasília. Depois de dois anosnesse cargo, preferiu voltar a ter umaparticipação mais ativa na Petrobras.Segundo ela, "meu negócio é petróleoe gás".

As ações da Petrobras se elevaramquase 4% no dia em que ela foi indica-da presidente, em janeiro, substituin-do o economista José Sérgio Gabrielli.Contudo, importantes desafios a espe-ram. Graça já está enfrentando o es-crutínio da imprensa brasileira, possi-velmente a mais combativa da Améri-ca Latina, ao questionar as estruturasde poder em grandes empresas comoa Petrobras. O jornal Folha de S. Paulonoticiou em 2010 que a empresa con-trolada pelo marido de Graça Foster,Colin Foster, britânico que há muitotempo mora no Brasil, ganhara diver-sos contratos, a partir de 2007, no va-

lor de centenas de milhares de dólarespara fornecer equipamento eletrônicopara a Petrobras. A estatal negou qual-quer delito, alegando que nenhumadas aquisições foi efetuada pela unida-de de gás e energia, comandada porMaria das Graças Foster.

Além disso, em relação a esses con-tratos, um porta-voz da companhiarespondeu por escrito que a Petrobrashavia feito apenas "pequenas aquisi-ções" entre 2005 e 2010 da empresade Colin Foster.

As ações da empresa despencarammais de 30% no último ano enquantopersistiam preocupações quanto auma série de questões, de atrasos nacompra de navios de estaleiros nacio-nais para as opera-ções costeiras da Pe-trobras aos custos li-gados à venda de ga-s o l i n a a p r e ç o srelativamente baixose à importação de pro-dutos refinados.

O maior desafio daPetrobras deve sercumprir a expectativade aumentar a produ-ção de 2,3 milhõesbarris diários para es-timados 4,5 milhõesde barris por dia. Para tanto, a Petro-bras, maior empresa da América Lati-na, deverá passar por gargalos deequipamentos, pelo desenvolvimentode novas tecnologias complexas deperfuração e preocupações quanto avazamentos nos campos na costa. "Es-tamos trabalhando para chegar lá",disse a presidente da estatal a respeitodas metas de produção da empresa.

Indicar Maria das Graças Foster paracomandar a Petrobras é só mais umexemplo do ímpeto de Dilma para co-locar mulheres nos cargos mais eleva-dos do governo desde que assumiu oposto no ano passado. Seu gabinete de38 membros inclui dez mulheres empostos ministeriais, incluindo a minis-tra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, eIdeli Salvatti, que gerencia as delica-das relações do governo com um Con-gresso de lealdades incertas.

Enquanto Dilma mantém um índicede aprovação superior aos 70%, asreações às suas indicações foram va-riadas. Líderes cristãos evangélicosrecentemente criticaram EleonoraMenicucci, da Secretaria de Políticaspara Mulheres, quanto a seu apoio aoaborto em casos de estupro ou nosquais a saúde da mulher corre riscos. E,em 2011, o ministro da Defesa, NelsonJobim, questionou Salvatti, ministradas Relações Institucionais, classifi-cando-a como "muito fraca" em co-mentários publicados pela imprensa.Dilma Rousseff reagiu rapidamente ti-rando Jobim do posto e o substituindopelo ex-chanceler Celso Amorim.

Desafios – Graças Foster disse terplena ciência dos desafios que a aguar-dam como mulher presidindo uma pe-troleira com 82.100 funcionários emum setor dominado pelos homens. Eladisse estar aberta a certo grau de con-fronto, mesmo se ocorrer na suíte exe-cutiva. "As melhores pessoas para tra-balhar comigo são as que me interrom-pem e até me questionam. Se estou fa-lando em voz alta, fale mais alto ainda.Quando se discute, temos um ambien-te mais intenso e entusiasmado noqual se chega às melhores soluçõespara a empresa", afirmou ela.

*The New York Times

A presidente doBrasil, DilmaRousseff,favorece apresença demulheres nocomando da áreade petróleo noBrasil. Na foto aolado, Dilmaabraça umatrabalhadora emvisita àplataforma P-56da Petrobras.

Roberto Stuckert Filho/Presidência da República

Page 21: DC 14/05/2012

sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de maio de 2012 ECONOMIA/LEGAIS - 21DIÁRIO DO COMÉRCIO

TECNICOM COMÉRCIO E SERVIÇOS DE PRODUTOS ELETRO-ELETRÔNICOS LTDA-EPPEXTRAVIO DE DOCUMENTOS

A empresa TECNICOM COMÉRCIO E SERVIÇOS DE PRODUTOS ELETRO-ELETRÔNICOS LTDA-EPP, CNPJ nº 02.252.887/0001-30, inscrição Estadual 115.390.593.114, NIRE 35214875945, com sede à Rua Tapes, nº 330 – São Paulo – SP, declara o extraviodos Livros Diário Geral nº 04, e Razão Analítico nº 04 de 2011, já registrados na Junta Comercial do Estado de São Paulo.

Comercial Leopoldina Imp. e Exp. Ltda.Comunicado á praça

Comunicamos que, no dia 09.05.12 , fomos vítimas de roubo de carga e das notas fiscais que acompanhavam as mesmas.Os números das notas: 006186 até 006189, conforme descritos no B.O. 1033/2012 da Delegacia de Polícia da Vila Brasilândia.

Málaga Produtos Metalizados Ltda. torna público que requereu na CETESB, de formaconcomitante, a Licença Prévia e a Licença de Instalação/novos equipamentos para a fabrica-ção de embalagens de material plástico, à Av. Dr. Alberto Jackson Byington, 2.786/ Osasco/SP.

ASSOCIAÇÃO SAÚDE DA FAMÍLIASELEÇÃO DE FORNECEDORES – COLETA DE PREÇO 017/2012

A ASSOCIAÇÃO SAÚDE DA FAMÍLIA – ASF comunica às empresas interessadas que se acha abertaa Seleção de Fornecedores modalidade Coleta de Preço nº 017/2012 para CONTRATAÇÃO DEEMPRESA ESPECIALIZADA EM LOCAÇÃO DE VEÍCULOS, INCLUINDO MOTORISTA E COM-BUSTÍVEL PARA ATENDER OS PROGRAMAS DESENVOLVIDOS PELA ASSOCIAÇÃO SAÚDEDA FAMÍLIA – ASF EM PARCERIA COM A PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARULHOS. Informa-ções e Edital: Associação Saúde da Família, Praça Mal Cordeiro de Farias, 65 (11) 3154-7050.Site: www.saudedafamilia.org. Endereço eletrônico: [email protected]. Sessão Públi-ca (Entrega de documentos e abertura de envelopes): 21/05/2012 às 09h30. Local da sessão:Associação Saúde da Família, Praça Marechal Cordeiro de Faria, 65 – Higienópolis – São Paulo.

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:Pregão Eletrônico de Registro de Preços nº 21/00241/12/05

OBJETO: AQUISIÇÃO DE MÍDIA CDR 700MBA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se achaaberta licitação para: Aquisição de Mídia CDR 700MB.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 14/05/2012, no endereço eletrô-nico www.bec.sp.gov.br ou na sede da FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP:01046-001 - São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital naíntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br.A sessão pública de processamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br,no dia 24/05/2012, às 09:30 horas, e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designadosnos autos do processo em epígrafe e indicados no sistema pela autoridade competente.Todas as propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital e seus anexos e serão encaminha-das, por meio eletrônico, após o registro dos interessados em participar do certame e o credenciamento de seusrepresentantes previamente cadastrados. A data do início do prazo para envio da proposta eletrônica será de 14/05/2012, até o momento anterior ao início da sessão pública.

JOSÉ BERNARDO ORTIZp

Presidente

PREFEITURA MUNICIPAL DE

PEREIRA BARRETO/SP

Processo nº 2262/2012 - Tomada de Preço nº 004/2012CLASSIFICAÇÃO

A Prefeitura de Pereira Barreto leva ao conhecimento de quem possa inte-ressar, que, em decisão exarada na ata de sessão, realizada às 09h00mindo dia 11/05/2012, a CPL decidiu por CLASSIFICAR em primeiro lugar coma proposta mais vantajosa a empresa WILSON DOS ANJOS BERTIPAGLIA& CIA LTDA- EPP.

Pereira Barreto, 11 de maio de 2012.Arnaldo Shigueyuki Enomoto - Prefeito Municipal.

A Companhia Nitro Química Brasileira torna público que requereu na CETESB a Li-cença de Operação para Fabricação de Produtos Químicos Inorgânicos em seuendereço à Avenida Dr. José Arthur Nova, 951 - São Miguel Paulista - SP/SP.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PEDROAVISO DE LICITAÇÃO

Comunicamos que está aberta a Licitação relacionada abaixo:MODALIDADE: Pregão Presencial 015/2012.PROCESSO: 826/2012.OBJETO: Contratação de Empresa de Engenharia, para Execução de Serviços de Mobilidade Urbana,em sistema de Registro de Preços.INÍCIO DA SESSÃO PÚBLICA:

g ç 29/05/2012, às 15h, na sala de Licitações da Prefeitura do Município

de São Pedro, sita à Rua Valentim Amaral n° 748, Centro, São Pedro/SP.O edital completo encontra-se à disposição no Departamento de Compras e Licitações, sito à RuaValentim Amaral nº 748, no horário das 08h às 17h. Fone: (19) 3481-9223.

São Pedro, 11 de maio de 2012.Marcelo Siqueira - Pregoeiro

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE BRAGANÇA PAULISTA

AVISO DE ABERTURA DE LICITAÇÃO

Acha-se aberto na Prefeitura do Município de Bragança Paulista, oseguinte certame licitatório:TOMADA DE PREÇOS 008/2012OBJETO: AMPLIAÇÃO DO CENTRO DE CONVIVÊNCIA DO IDOSODATA DE ABERTURA: 31.05.2012, ÀS 10 HORASVALOR ESTIMÁVEL: R$ 241.751,63GARANTIA PARA LICITAR (CAUÇÃO) ATÉ: 30.05.2012 – R$ 2.417,51VISITA TÉCNICA ATÉ 30.05.2012O presente edital é publicado em resumo no Diário Oficial do Estado (DOE), no Diário doComércio, em Jornal Local e afixado no quadro de avisos da Prefeitura Municipal. Asinformações poderão ser obtidas na Divisão de Licitação, Compras e Almoxarifado da PrefeituraMunicipal, sita à Avenida Antonio Pires Pimentel, nº 2.015 - Centro ou pelo telefone (11) 4034-7056 / 59, em dias úteis das 09:00 às 16:00 horas.

Bragança Paulista, 09 de maio de 2012.JOSÉ PEREIRA DE GODOI

CHEFE DA DIVISÃO DE LICITAÇÃO, COMPRAS E ALMOXARIFADO

FDE AVISACOMUNICADO

REF.: PREGÃO ELETRÔNICO DE REGISTRO DE PREÇOS Nº: 36/00977/11/05 - Aquisição de Instrumentos MusicaisA pedido da área técnica, comunicamos que a sessão pública do pregão eletrônico nº 36/00977/11/05, que ocorreriano dia 14/05/2012, às 09h30, está adiada sine die.

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

Ativa AI Eventos e Serviços S.A.(CNPJ em constituição)

Ata de Assembléia Geral de Constituição de Sociedade Anônima1. Data, Hora e Local: Aos 14/12/2011, às 16 horas, na Av. Jabaquara, 2049, CEP 04045-003, Cidade e Estado de SãoPaulo. 2. Presença: Reuniram-se a totalidade dos subscritores das ações da “Ativa AI Eventos e Serviços S.A.”, a seguirqualificados: (i) Marcos Santos Ramos, brasileiro, solteiro, empresário, portador da cédula de identidade RG nº 27.669.584-7SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob o nº 326.474.638-75, domiciliado na Rua Silvio Tramontano, 164,Vila Tramontano, na Cidadee Estado de São Paulo, CEP 05692-050, doravante designado, simplesmente,Marcos; (ii) Luiz Ricardo Camargo, brasileiro,solteiro, empresário, portador da cédula de identidade RG nº 27.558.453-7 SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob o nº 219.620.468-42, domiciliado na Rua Gabriele D´annuzio, 1409 – apto. 51, Campo Belo, na Cidade e Estado de São Paulo, CEP 04619-005,doravante designado, simplesmente, Luiz; (iii) Gilberto Lopes Barreto Júnior, brasileiro, solteiro, empresário, portador dacédula de identidade RG nº 33.644.136-8 SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob o nº 297.612.278-47, domiciliado na Rua JoséJoaquim Cardoso de Melo Neto, 277, Bl 1 – apto. 205, Parque São Vicente, Cidade de Mauá, Estado de São Paulo, CEP09371-000, doravante designado, simplesmente, Gilberto; (iv) Heitor Alexandre do Prado, brasileiro, solteiro, empresá-rio, portador da cédula de identidade RG nº 25.121.117-4 SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob o nº 340.136.678-51, domiciliadona Avenida Dr. Ourêncio Vidigal, 598, Bl 7 – apto. 61, Penha, na Cidade e Estado de São Paulo, CEP 03640-010, doravantedesignado, simplesmente, Heitor; (v) Rafael Mori de Meira Coelho, brasileiro, solteiro, empresário, portador da cédula deidentidade RG nº 30.403.238-4 SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob o nº 324.409.648-40, domiciliado na Tv. 12 de outubro, 39,Vila Assunção, na Cidade de Santo André, Estado de São Paulo, CEP 09030-650, doravante designado, simplesmente,Rafael;(vi) Amaro Participações Ltda., sociedade empresária limitada, com sede na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo,na Avenida Juscelino Kubitschek, nº 1.700, 7º andar, conjunto 71, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 05.940.084/0001-67, comseus atos constitutivos arquivados na JUCESP sob o NIRE 35.218.572.637, devidamente representada por seu diretorMarcos Adolfo Tadeu Senamo Amaro, brasileiro, solteiro, empresário, portador da Cédula de Identidade RG nº 34.476.447-3, SSP/SP, devidamente inscrito no CPF/MF sob nº 319.018.448-89, residente e domiciliado na Cidade de São Paulo, Estadode São Paulo, na Rua Doutor Seráfico Assis de Carvalho, nº 103, apartamento 43, bairro Jardim Guedala, CEP 05614-040,doravante designada, simplesmente, Amaro Participações; e (vii) Alexandre Gualtieri Cecci, brasileiro, solteiro, empre-sário, portador da cédula de identidade RG nº 19159708 SSP/SP, devidamente inscrito no CPF/MF nº 091.333.848-60,residente na Rua Caramuru, 1609, Saúde, CEP 04138-002, São Paulo-SP. 3. Mesa: O Sr. Marcos Adolfo Tadeu SenamoAmaro, acima qualificado, assumiu a presidência da mesa (“Presidente”), e convocou a mim, Vitor Grünpeter Corrêa,abaixo qualificado, para secretariá-lo (“Secretário”). 4. Formalidades de Convocação e Instalação: Em seguida, o Pre-sidente, verificando o comparecimento da totalidade dos subscritores das ações da Companhia, declarou instalada a presenteAssembléia Geral de Constituição. Foram dispensadas e sanadas todas as formalidades de convocação, publicação deanúncios e documentos e observância de prazos. 5. Ordem do Dia: Antes de iniciar os trabalhos, o Presidente fez a leiturada ordem do dia, qual seja: (i) verificar a subscrição e integralização do capital social; (ii) aprovação do estatuto; (iii)declaração de constituição da Companhia; (iv) eleição dos Conselheiros. 6. Deliberações: Após a leitura da ordem do dia,o Presidente deu seguimento aos trabalhos assembleares, iniciando-se as deliberações: 6.1. Verificar a Subscrição eIntegralização do Capital Social: Os subscritores verificaram que o capital social da Companhia, no valor de R$ 10.011,00,dividido em 10.011 ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal, com preço de emissão de R$ 1,00 cada, sendo que(i) o acionista Marcos Santos Ramos supra qualificado subscreveu 901 ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal;(ii) Luiz Ricardo Camargo, supra qualificado subscreveu 901 ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal; (iii) GilbertoLopes Barreto Júnior, supra qualificado subscreveu 901 ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal; (iv) HeitorAlexandre do Prado supra qualificado subscreveu 901 ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal; (v) Rafael Moride Meira Coelho supra qualificado subscreveu 901 ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal; (vi) Amaro Partici-pações Ltda. supra qualificada subscreveu 5.006 ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal, (vii) AlexandreGualtieri Cecci, supra qualificado subscreveu 500 ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal, tudo nos termos dosBoletins de Subscrição Anexo I da presente Ata. Foi verificado o depósito, nos termos do artigo 80, inciso III, da Lei 6.404/76,do valor de 10% do capital social subscrito, ou seja R$ 1.001,10, conforme recibo que integra a presente ata como AnexoII. O saldo restante, no valor de R$ 9.009,90 será integralizado em moeda corrente do país no prazo de 5 dias a contar destadata por cada um dos subscritores, na proporção do capital social por eles subscrito. 6.2. Aprovação do Estatuto: Ossubscritores presentes aprovaram, à unanimidade, o Estatuto Social da Companhia, o qual constitui o Anexo III desta Ata.6.3.Declaração de Constituição da Companhia:Tendo sido devidamente subscrito o capital social, integralizado 100% deste,bem como aprovado o Estatuto Social, o Presidente desta Assembléia Geral de Constituição declarou estar constituída aCompanhia, com o que concordaram os subscritores. 6.4. Eleição dos Conselheiros: Os subscritores e, de ora em dianteacionistas, nomeiam como Conselheiros de Administração da Sociedade, com mandato de 1 ano, os Senhores: (i) MarcosAdolfo Tadeu Senamo Amaro, brasileiro, solteiro, empresário, portador da Cédula de Identidade RG nº 34.476.447-3, SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob nº 319.018.448-89, residente e domiciliado na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, naRua Doutor Seráfico Assis de Carvalho, nº 103, apartamento 43, bairro Jardim Guedala, CEP 05614-040; (ii) Vitor Grünpe-ter Corrêa, brasileiro, solteiro, engenheiro, portador do RG nº 28.507.336-9 SSP/SP, inscrito sob o CPF/MF nº 353.359.658-35, residente e domiciliado na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Morgado de Mateus, nº 76, apto 84, VilaMariana, CEP 04015-050; (iii) Marcos Santos Ramos, brasileiro, solteiro, empresário, portador da cédula de identidadeRG nº 27.669.584-7 SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob o nº 326.474.638-75, domiciliado na Rua Silvio Tramontano, 164, VilaTramontano, na Cidade e Estado de São Paulo, CEP 05692-050. 6.4.1. Os Conselheiros ora nomeados declaram, sob aspenas da Lei, que não se encontram impedidos de exercer a administração da Companhia, em virtude de Lei Especial, ouse encontram condenados por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, contra a economiapopular, a fé pública ou a propriedade, ou a pena criminal, que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargospúblicos. 6.4.2. Os Conselheiros ora nomeados serão investidos nos respectivos cargos mediante a assinatura do compe-tente Termo de Posse no livro de Atas do Conselho de Administração, sendo que a remuneração tanto dos membros doConselho quanto da Diretoria, será definida oportunamente. 7. Encerramento: Nada mais havendo a ser tratado, foramencerrados os trabalhos desta Assembléia Geral de Constituição e lavrada a presente ata de forma sumária, nos termos doartigo 130, § 1º da Lei 6.404/76, a qual, após lida e achada conforme, foi assinada pelos presentes. (ass.) Marcos AdolfoTadeu Senamo Amaro – Presidente; Vitor Grünpeter Corrêa – Secretário. Acionistas: Marcos Santos Ramos; Luiz RicardoCamargo; Gilberto Lopes Barreto Júnior; Heitor Alexandre do Prado; Rafael Mori de Meira Coelho; Amaro Participações Ltda.,

p. Marcos Adolfo Tadeu Senamo Amaro; Alexandre Gualtieri Cecci. Conselheiros nomeados: Marcos Adolfo Tadeu SenamoAmaro, Marcos Santos Ramos, Vitor Grünpeter Corrêa. Advogado: Roberto Timoner – OAB/SP nº 156.828. Anexo II – Esta-tuto Social – Ativa AI Eventos e Serviços S.A. Artigo 1º – A Ativa Ai Eventos e Serviços S.A. é uma sociedade anônima,que reger-se-á pela Lei 6.404/76, por este Estatuto Social e pelas disposições legais aplicáveis. Artigo 2º – A Companhiatem por objeto a prestação de serviços de organização de shows e eventos e arrecadação de fundos de terceiros para arealização de shows e eventos. Artigo 3º – A Companhia tem sede e foro social na Av. Jabaquara, 2049 , CEP 04045-003,Cidade e Estado de São Paulo, podendo por deliberação da Assembleia Geral, criar e extinguir filiais, sucursais, agências,depósitos e escritórios de representação ou qualquer outro estabelecimento em qualquer parte do território nacional ou noexterior. Artigo 4º – O prazo de duração da Companhia é indeterminado. Artigo 5º – O capital social é de R$ 10.011,00,dividido em 10.011 ações ordinárias, nominativas, sem valor nominal, totalmente subscrito e parcialmente integralizadopelos acionistas, em moeda corrente nacional. § 1º – A cada ação ordinária corresponde a um voto nas deliberações daassembleia geral. § 2º – A Companhia não emitirá partes beneficiárias. Artigo 6º – É assegurado aos acionistas, emigualdade de condições, o direito de preferência na subscrição de novas ações e valores mobiliários da Companhia, bemcomo o direito de preferência na alienação e/ou transferência de ações e valores mobiliários da Companhia a qualquer títulopelas mesmas condições firmes apresentadas. § Único – O acionista que receber uma proposta firme para alienar outransferir de qualquer forma, por qualquer meio, parte ou a totalidade das ações de sua propriedade de quaisquer dosacionistas (“Ações Objeto”) deverá notificar os demais acionistas a fim de garantir o exercício deste do direito de preferên-cia na aquisição das Ações Objeto pelas mesmas condições apresentadas pelo ofertante. Tal direito poderá ser exercidopelos acionistas de forma proporcional, no prazo de 10 dias a contar de notificação acerca da intenção de alienação asAções Objeto. Após transcorrido o prazo de 10 dias fixado nesta cláusula, caso qualquer dos acionistas não tenha exercidoo direito de preferência ora pactuado, será facultado aos demais acionistas o direito de se manifestar acerca da intençãode adquirir a totalidade das Ações Objeto que não tiverem sido objeto de exercício de preferência por qualquer dos acio-nistas, no prazo máximo de 02 dias. Artigo 7º – A Companhia será administrada pelo Conselho de Administração e pelaDiretoria, na forma da lei e deste Estatuto Social. Artigo 8º – O Conselho de Administração será composto de no mínimo 3e no máximo 5 membros, eleitos pela Assembléia Geral, com mandato unificado de 1 ano, cabendo a reeleição. § Único– Findo o mandato, os Conselheiros permanecerão no exercício dos cargos até a investidura dos administradores que ossubstituam, nos termos da lei e deste estatuto. Artigo 9º – O Conselho de Administração terá, escolhido entre seus mem-bros, um Presidente. Artigo 10 – O Conselho de Administração reunir-se-á trimestralmente e, extraordinariamente, sempreque necessário. § 1º – As reuniões serão convocadas pelo Presidente, mediante comunicação por escrito, expedida compelo menos 5 dias de antecedência, devendo dela constar o local, data e hora da reunião, bem como, resumidamente, aordem do dia, ficando dispensada se todos comparecerem pessoalmente ou votarem via fax. § 2º – A investidura dosmembros do Conselho de Administração far-se-á mediante termo lavrado no livro de “Atas de Assembleia Geral”. Em casode vacância no cargo de Conselheiro, caberá ao Conselho de Administração escolher o substituto, que servirá até a primeiraAssembleia Geral a se realizar. Artigo 11 – Compete ao Conselho de Administração estabelecer os objetivos, a política e aorientação geral dos negócios da Companhia, e deliberar, por maioria, sobre as matérias elencadas no parágrafo 2º do artigo13 deste Estatuto Social e do artigo 142 da Lei 6.404/76, inclusive escolher e destituir auditores independentes, dentreaqueles registrados na CVM. Artigo 12 – A Diretoria é composta por no mínimo 2 e no máximo 3 Diretores, os quais serãodesignados Diretor Presidente, Diretor Geral e Diretor sem designação, todos eleitos pelo Conselho de Administração, paramandato de 2 anos, sendo permitida a recondução. § Único – A remuneração dos Diretores será fixada pela AssembleiaGeral em montante global ou individual, ficando os Diretores dispensados de prestar caução em garantia de sua gestão.Artigo 13 – Aos Diretores, independentemente de sua designação, caberá a representação ativa e passiva da Companhia,incumbindo-lhes executar e fazer executar, dentro das respectivas atribuições, as deliberações tomadas pela Diretoria, peloConselho de Administração e pela Assembleia Geral, nos limites estabelecidos pelo presente Estatuto. § 1º – A Companhiasomente poderá assumir obrigações, assinar contratos, renunciar a direitos, transigir, dar quitação, alienar ou onerar bens,bem como emitir, garantir ou endossar cheques ou títulos de crédito, mediante instrumento assinado: (i) por 2 Diretores emconjunto; ou (ii) por 2 procuradores em conjunto; ou (iii) por 01 Diretor e 01 procurador em conjunto. Os procuradoresdeverão nomeados, sempre, por dois Diretores. A Companhia será representada por qualquer Diretor ou por um procurador,isoladamente, perante órgão, repartições e demais Instituições Públicas. § 2º – Os Diretores somente poderão praticar osseguintes atos mediante aprovação do Conselho de Administração da Companhia: (i) celebração de contratos, distratos,rescisões ou práticas de quaisquer atos que gerem obrigações para a Sociedade em valores superiores a R$ 20.000,00;ou (ii) a tomada de qualquer dívida ou financiamento, inclusive junto a Instituições Financeiras: (a) cujo valor individualsupere a R$ 20.000,00 ou (b), independentemente do valor, quando o endividamento líquido da Sociedade esteja ou, porconta de tal operação, venha a superar, R$ 50.000,00; ou (iii) cessão, licenciamento ou sublicenciamento de quaisquerpropriedades intelectuais ou ativos intangíveis detidos pela Companhia, incluindo, mas não se limitando à marcas, aossoftwares desenvolvidos pela ou por terceiros para a Companhia, ao domínio do site http://www.ativaai.com.br/, toda aformulação do site, sua concepção gráfica, os programas nele eventualmente utilizados, seus mecanismos, interfaces edemais meios tecnológicos concebidos para a operação do site. Artigo 14 – A Assembleia Geral dos Acionistas, nos termosda lei, reunir-se-á ordinariamente nos 4 primeiros meses, depois de findo o exercício social; e extraordinariamente sempreque os interesses sociais o exigirem. § Único – As deliberações da Assembleia Geral, ressalvadas as exceções previstasem lei, serão tomadas por maioria do capital social. Artigo 15 – O Conselho Fiscal da Companhia, com as funções fixadasem Lei, funcionará em caráter não-permanente e será composto de 3 membros efetivos, eleitos pela Assembleia Geral.Artigo 16 – O exercício social terá início no dia 1º de janeiro de cada ano. Ao fim de cada exercício a Diretoria fará elabo-rar, com base na escrituração mercantil, o Balanço Patrimonial e as demonstrações financeiras previstas em Lei, observa-das as normas então vigentes. Artigo 17 – A Companhia somente será dissolvida e entrará em liquidação por deliberaçãoda Assembleia Geral ou nos demais casos previstos em lei. Artigo 18 – O valor do reembolso das ações, nos casos em queassegurados por lei, será apurado com base no valor do patrimônio líquido contábil, conforme balanço levantado na formaprevista em lei, salvo se de outra forma previsto no Acordo de Acionistas da Companhia. Artigo 19 – Os acionistas elegemo Foro da Comarca de São Paulo-SP, para dirimir quaisquer dúvidas e/ou desentendimento entre os acionistas, renunciandoa qualquer outro, por mais privilegiado que seja ou venha a ser. Artigo 20 – Somente obrigam a Companhia os atos queforem praticados e assinados com observância dos dispositivos deste Estatuto. Secretaria de Desenvolvimento Econômico,Ciência e Tecnologia. Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o NIRE 35.300.418.816 em 18/01/2012.Gisela Simiema Ceschin – Secretária Geral.

Ativa AI Eventos e Serviços S.A.(Nire em fase de obtenção)

Reunião Extraordinária do Conselho de Administração1. Data, Hora e Local: Aos 14/12/2011, às 17:00 horas, na Av. Jabaquara, 2049, CEP 04045-003, Cidade e Estado de SãoPaulo. 2. Convocação e Presença: Reuniram-se em Reunião Extraordinária do Conselho de Administração a totalidadedos membros do Conselho de Administração da Companhia, sendo a Reunião instalada em primeira convocação, e ficandodispensadas e sanadas todas as formalidades de convocação.3.Mesa: Presidente:Marcos Adolfo Tadeu Senamo Amaro;Secretário:Vitor Grünpeter Corrêa.4.Deliberações:Os Conselheiros decidiram à unanimidade e sem reservas, eleger compresidente do Conselho de Administração o Sr.Marcos Adolfo Tadeu Senamo Amaro, bem como eleger para os cargosde Diretores da Companhia, com mandato pelo prazo de 02 anos, sendo permitida a reeleição, o Sr.Rafael Mori de MeiraCoelho, brasileiro, solteiro, empresário, portador da cédula de identidade RG nº 30.403.238-4 SSP/SP, inscrito no CPF/MFsob o nº 324.409.648-40, domiciliado na Travessa 12 de outubro, 39, Vila Assunção, na Cidade de Santo André, Estado deSão Paulo, CEP 09030-650, doravante designado, simplesmente, Rafael, para o cargo de Diretor Presidente, a Sra. DayseAssunção Souto, brasileira, casada, contadora, portadora da cédula de identidade RG nº 3020341 SSP-MG, inscrita noCPF/MF nº 775.592.236-72, domiciliada na Rua Apucarana, 382, apto. 31, bloco C – bairro Tatuapé, CEP 03311-000, SãoPaulo-SP, para o cargo de Diretora sem designação específica, permanecendo o cargo de Diretor Geral vago. Os Diretoresora eleitos serão investidos nos respectivos cargos mediante a assinatura do competente Termo de Posse, no livro de Atasde Reuniões da Diretoria, nos termos do artigo 149 da Lei 6.404/76 e declaram, sob as penas da lei, e nos termos do artigo147 da Lei 6.404/76, não estarem incursos em nenhum dos crimes previstos em lei que os impeça de exercer qualqueratividademercantil ou comercial. Os Conselheiros consignaram que a remuneração dos Diretores será de R$ 1.000,00 paracada Diretor. 5. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foram encerrados os trabalhos e lavrada esta ata que, depoisde lida e achada conforme, foi aprovada pela unanimidade e assinada por todos os presentes. Mesa: Marcos Adolfo TadeuSenamo Amaro – Presidente; Vitor Grünpeter Corrêa – Secretário. Conselheiros presentes: Marcos Adolfo Tadeu SenamoAmaro, Marcos Santos Ramos, Vitor Grünpeter Corrêa. Diretores Nomeados: Rafael Mori de Meira Coelho, Dayse AssunçãoSouto. JUCESP – Certifico o registro sob o nº 37.087/12-5 em 18/01/2012. Gisela Simiema Ceschin – Secretária Geral.

Requerente: Atimaki Esquadrias Metálicas Ltda. Requerido: Mkse Construções e Serviços Ltda. Rua Ribeiro de Lima, 362 - Conjunto 9/A – Bom Retiro - 1ª Vara de Falência.

Recuperação Judicial Requerente: Locaralpha Participações S.A. Requerente: Locaralpha Locadora de Veículos Ltda.Requerente: Alphacar Locadora de Veículos Ltda. Requerido: Locaralpha Participações S.A.Rua Elias Assi, 125 – Caxingui. Requerido: Locaralpha Locadora de Veículos Ltda. Rua Elias Assi, 125 – Caxingui. Requerido: Alphacar Locadora de Veículos Ltda. Rua Elias Assi, 125 - Caxingui - 1ª Vara de Falência.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIALConforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram

ajuizados no dia 11 de maio de 2012, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

BANCO PSA FINANCE BRASIL S.A.

CNPJ/MF Nº 03.502.961/0001-92 - NIRE 35.300.174.551Ata de Reunião da Diretoria realizada em 04 de maio de 2012

1. Data, Hora e Local: Realizada em 04 de maio de 2012, às 10:00 horas, na sede social doBanco PSA Finance Brasil S.A. (“Companhia”), localizada na Avenida Roque Petroni Júnior nº999, 13º andar, na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo. 2. Presença: Presentes atotalidade dos membros da Diretoria, assinados abaixo. 3. Mesa: Nuno Miguel Lima Zigue, comoPresidente e Joelcyr Carmello Filho, como Secretário. 4. Ordem do Dia: (i) Deliberar sobre aprimeira emissão de letras financeiras, pela Companhia, para distribuição pública com esforçosrestritos de colocação, no valor total de até R$200.000.000,00 (duzentos milhões de reais), nostermos da Instrução da Comissão de Valores Mobiliários n° 476, de 16 de janeiro de 2009,conforme alterada (“Emissão”, “Oferta” e “Letras Financeiras”, respectivamente); e (ii) autoriza-ção aos Diretores da Companhia para tomar todas as providências necessárias à Emissão dasLetras Financeiras. 5. Deliberações: Examinadas e debatidas as matérias constantes daOrdem do Dia, foram deliberadas pelos Diretores, por unanimidade e sem quaisquer restrições,as seguintes matérias: (i) Aprovar a primeira emissão, para distribuição pública com esforçosrestritos, de Letras Financeiras, conforme as seguintes condições principais: (a) Data deEmissão: a definir; (b) Montante Total da Oferta: o valor total da Oferta será de R$200.000.000,00(duzentos milhões de Reais), na Data de Emissão; (c) Quantidade e Valor Nominal Unitário dasLetras Financeiras: serão emitidas 500 (quinhentas) Letras financeiras, cada uma com valornominal unitário, na Data de Emissão, de R$400.000,00 (quatrocentos mil reais); (d) Remune-ração das Letras Financeiras: percentual sobre a variação acumulada das taxas médias diáriasdos DI - Depósitos Interfinanceiros (“Taxa DI”), ou a Taxa DI acrescida de um spread, a ser fixadode acordo com a demanda de potenciais investidores da Oferta; (e) Garantias: não haverágarantias fidejussórias ou reais; e (f) Prazo de Vencimento: as Letras Financeiras terão prazode vencimento a ser determinado no curso da Oferta e será de até 36 (trinta e seis) meses, acontar da Data de Emissão, respeitado prazo mínimo pela legislação. As demais condições daOferta, inclusive situações que podem ensejar a análise do vencimento antecipado, consideran-do legislação pertinente, estarão descritas no “Instrumento Particular da Primeira Emissão, paraDistribuição Pública com Esforços Restritos, em Regime de Garantia Firme, de LetrasFinanceiras, do Banco PSA Finance Brasil S.A.”, a ser celebrado pela Companhia. (ii)Autorizar, observado o disposto no estatuto: (a) a contratação uma ou mais instituiçõesfinanceiras autorizadas a operar no mercado de capitais para a distribuição pública das LetrasFinanceiras e a prestação de garantia firme em seu âmbito, (b) a contratação os prestadoresde serviços da Emissão, tais como agente de letras financeiras, assessores legais, entre outros;e (c) a negociação e a contratação de todos os documentos e praticar todos os atos necessáriosà efetivação da Emissão e da Oferta, inclusive para aprovar o montante final da Oferta, aremuneração das Letras Financeiras, os instrumentos que formalizarão a Oferta e a Emissão- em especial o referido instrumento de emissão – e as demais características, incluindo aquelasque dependam da coleta de intenções dos potenciais investidores da Oferta, bem como praticarde quaisquer atos perante órgãos públicos e privados pertinentes, em especial Junta Comerciale o mercado organizado em que os valores mobiliários serão negociados. Ficam, desde já,ratificados todos os atos praticados pelos Diretores da Companhia relacionados com a Emissão.6. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, a reunião foi suspensa para lavratura dapresenta ata em livro próprio, que, lida, foi assinada por todos os presentes. 7. DiretoresPresentes: Nuno Miguel Lima Zigue - Diretor Geral; Joelcyr Carmello Filho - DiretorFinanceiro; e Sérgio Ricardo Pedroso Moreira - Diretor sem designação específica.

Será uma injeção na veia de aumento de custo para a indústria.Fátima Giovanna Ferreira, diretora da Abiquimeconomia

Indústria pagará 22% a mais pelo gásA Comgás vai reajustar os preços do gás natural para a indústria paulista a partir de 1º de junho. Será o terceiro aumento do ano.

Na contramão dasmedidas adotadaspelo governo fede-ral para restaurar a

competitividade do País, em-presários do Estado de SãoPaulo foram surpreendidosnos últimos dias com a notíciade que as tarifas da distribui-dora Comgás serão reajusta-das em até 22% a partir de 1ºde junho. Será o terceiro au-mento desde maio do ano pas-sado. Nas últimas duas eleva-ções, o preço subiu 19%. Emum ano, a tarifa subirá 45%.

A notícia provocou um le-vante no setor industrial, queconsidera inadmissível umreajuste dessa magnitudenum momento em que se dis-cute a retomada da competiti-vidade. Na última quinta-fei-ra, representantes dos gran-des consumidores industriaisde energia e dos setores quí-mico, cerâmico e de vidros sereuniram com o secretário deEnergia do Estado de São Pau-lo, José Aníbal, para pedir in-tervenção no caso.

Internamente, muitos acre-ditam que seja difícil revertero aumento. O principal motivoé que, de acordo com o contra-to de concessão, as empresaspodem repassar para a tarifatoda a variação do preço do

gás boliviano, que segue a co-tação do dólar, com alta de20,64% em um ano, e umacesta de óleos. A recomposi-ção seria da ordem de R$ 230milhões. Hoje 64% do gás dis-tribuído pela Comgás vem dopaís vizinho.

A Comgás, recém compra-da pela Cosan, disse que ape-nas falará sobre o assuntoapós o anúncio do reajuste.

Tasso Marcelo/AE - 16.04.08

Indústria de vidro,cerâmica e químicaserão as maisprejudicadas como aumento dopreço do gásnatural.O reajuste estáatrelado ao dólar eaos contratosfirmados com aBolívia.

Mas seu departamento co-mercial já entrou em contatocom alguns clientes.

Insumo – O presidente da As-sociação Paulista das Cerâmi-cas de Revestimento (Aspa-cer), Heitor Ribeiro de AlmeidaNeto, afirma que foi avisadopela concessionária de que astarifas terão aumento entre20% e 22%. Ele explica que ogás natural é o principal insu-

mo da indústria cerâmica e re-presenta 21% do preço finaldo produto. "O problema éque, como o mercado estámais fraco, as empresas nãoconseguem repassar o reajus-te para os consumidores".

No setor químico, a situaçãoé ainda mais preocupante. Emmuitas empresas, o insumoentra como principal matéria-prima na fabricação de resi-

nas sintéticas, amônia, negrode fumo (usado na produçãode pneu) e detergentes. Nes-ses casos, o gás chega a repre-sentar 80% do custo do produ-to. "Será uma injeção na veiade aumento de custo para a in-dústria", prevê a diretora deEconomia e Estatística da As-sociação Brasileira da Indús-tria Química (Abiquim), Fáti-ma Giovanna Ferreira. (AE)

Brasil tem a4ª maior tarifado mundo

Antes do Brasilestão apenasAlemanha,

República Checa eEstônia. O País tem aquarta maior tarifaindustrial de gás.

A margem dedistribuição da Comgáschega a ser igual ousuperior a tarifa finalde países comoArábia Saudita,Canadá, México eEstados Unidos.

"O governo precisacolocar na agenda aquestão do gás natural",avalia Ricardo Pinto,coordenador daAssociação Brasileira deGrandes ConsumidoresIndustriais de Energia ede Consumidores Livres(Abrace). No Brasil,o gás custa US$ 16,8(por milhão de BTU),na Índia, US$ 5,2;China, 13,5; e Rússia,US$ 3. (AE)

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de maio de 201222 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Angela Crespo é jornalista especializada em consumo.E-mail: [email protected]

economia

A soberania do consumidor

Decisão do STJreafirma que cabe aocliente dizer comoquer ser ressarcidoem caso de defeitoem produto e serviço

SXC

Nos EstadosUnidos, é tudomuito simples. Lá,prevalece aintenção doconsumidor.

ANA PAUL A SATC H E K I ,PR OCON DE SA N TO ANDRÉ

Oconsumidor tem o di-reito de escolher aforma que deseja serressarcido quando o

produto que comprou ou o servi-ço que contratou apresentaremdefeito? O Superior Tribunal deJustiça (STJ) diz que sim. Uma de-cisão recente do STJ reafirmouesse importante direito já legis-lado pelo Código de Defesa doConsumidor (CDC).

Pelo artigo 18 da lei consume-rista, o consumidor pode, no casode produto, determinar se quer asubstituição, a restituição ouabatimento no preço sempre queo vício não for sanado no prazomáximo de 30 dias. Se for servi-ço, ele pode pedir a reexecução(sem custo adicional), a restitui-ção dos valores pagos ou o abati-mento proporcional (artigo 20).

Portanto, a decisão do STJ, aojulgar ação de um consumidorque pedia a troca de um veículocom defeito na pintura, de que aopção da forma de ressarcimen-to é exclusiva do consumidor, sóreforçou o que já estava configu-rado na lei.

Artigo publicado recentemen-te pelos advogados Álvaro Trevi-sioli e Alinne Lopomo Beteto,ambos do escritório TrevisioliAdvogados Associados, entre-tanto, chama a atenção que "oposicionamento do STJ, que pri-vilegia o poder de decisão dosconsumidores, deve ser vistocom bastante prudência porconsumidores e empresários".Segundo eles, porque "enquan-

to consumidores devem estaratentos às prerrogativas quelhes são conferidas pelo CDC, osempresários devem se cons-cientizar quanto aos riscos e fa-lhas que podem advir da comer-cialização de seus produtos eserviços, disponibilizando aten-dimento adequado no momentoposterior à venda, com vistas afacilitar a solução de problemasque eventualmente sejam en-frentados por seus clientes".

C ul t u ra É certo que a decisãodo STJ, assim como a lei consu-

merista, já dão como pacificadaque a opção do consumidor é so-berana. Mas no dia a dia das rela-ções de consumo, as coisas nãoacontecem bem assim e, de rei, oconsumidor transforma-se emum pedinte. O consumidor conti-nua tendo de procurar, muitasvezes, a ajuda dos órgãos de de-fesa do consumidor para fazervaler inclusive o seu direito deoptar por qual forma quer serressarcido de algum prejuízo

causado por produtos ou servi-ços com vício.

Ana Paula Satcheki, diretora doProcon de Santo André, é enfáticaao afirmar que há resistência naaplicação da lei, culminando comsanções às empresas, seja pormeio de multas lavradas pelos ór-gãos públicos de defesa do consu-midor, seja via imprensa estam-pando nos veículos de comunica-ção nomes de empresas que nãocumpriram a lei. "Nos EstadosUnidos, é tudo muito simples. Lá,prevalece a intenção do consumi-dor. Se ele não está satisfeito como produto ou serviço adquiridos,troca-se, devolve-se o dinheiro."Aqui, segundo ela, empurra-segoela abaixo a solução, geral-mente favorável a quem vende."Nossos empresários ainda nãose atinaram que o barato sai caro.O CDC estabeleceu regras para seevitar as demandas, mas a cultu-ra não permite isso. Sem alterna-tiva, o consumidor tem de buscaroutros meios, sobrecarregandoinclusive o Judiciário", acrescentaAna Paula.

Fechando seu entendimento,a diretora do Procon de SantoAndré salienta que o consumi-dor, hoje, não quer só o item devalor mais baixo; quer qualida-de. Essa qualidade tem de estarpresente em todos os momen-tos das relações de consumo –da venda ao pós-venda, pas-sando por atendimento, produ-to de qualidade e, caso haja al-gum problema de percurso, ofi-cinas reparadoras eficientes.

Nossos empresários ainda não se atinaram que o barato sai caro. O CDC estabeleceu regras para se evitar as demandas, mas a cultura não permite isso.Ana Paula Satcheki, diretora do Procon de Santo André

Fique por dentro

SUPERENDIVIDAMENTOOperações de crédito para o consumidor são o tema da mais

recente edição do boletim Consumo e Finanças, publicado peloDepartamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Minis-tério da Justiça (DPDC/MJ) e pelo Banco Central do Brasil. Em suaquarta edição, o objetivo do boletim é informar os consumido-res e dar dicas úteis para evitar o superendividamento, a partirdo gasto excessivo e desnecessário com juros.

De acordo com a diretora do DPDC, Juliana Pereira, o boletim éfeito para orientar o consumidor na escolha de juros mais baixosao contratar créditos e empréstimos. "A participação ativa doconsumidor é estratégica para a política de redução dos juros nonosso País", ressaltou.

Acesse o linkh t t p : / / p o r t a l . m j . g o v. b r / d a t a / Pa g e s / M J 7 C B D B 5 B E I T E M I D B D E 3 0AC3B9CC4596A359652637EB59F6PTBRIE .htm

O QUE DIZ O CDCArtigo 18Os fornecedores de

produtos de consumoduráveis ou não duráveisrespondem solidariamentepelos vícios de qualidade ouquantidade que os tornemimpróprios ou inadequadosao consumo a que sedestinam ou lhes diminuamo valor, assim como poraqueles decorrentes dadisparidade, com asindicações constantes dorecipiente, da embalagem,rotulagem ou mensagempublicitária, respeitadas asvariações decorrentes desua natureza, podendo oconsumidor exigir asubstituição das partesviciadas.

§ 1° Não sendo o víciosanado no prazo máximode trinta dias, pode oconsumidor exigir,

alternativamente e à suaescolha:

I - a substituição doproduto por outro damesma espécie, emperfeitas condições de uso;

II - a restituição imediatada quantia paga,monetariamenteatualizada, sem prejuízo deeventuais perdas e danos;

III - o abatimentoproporcional do preço.

§ 2° Poderão as partesconvencionar a redução ouampliação do prazoprevisto no parágrafoanterior, não podendo serinferior a sete nem superiora 180 dias. Nos contratos deadesão, a cláusula de prazodeverá ser convencionadaem separado, por meio demanifestação expressa doconsumidor.

§ 3° O consumidor poderá

fazer uso imediato dasalternativas do § 1° desteartigo sempre que, emrazão da extensão do vício,a substituição das partesviciadas pudercomprometer a qualidadeou características doproduto, diminuir-lhe ovalor ou se tratar deproduto essencial.

§ 4° Tendo o consumidoroptado pela alternativa doinciso I do § 1° deste artigo,e não sendo possível asubstituição do bem,poderá haver substituiçãopor outro de espécie, marcaou modelo diversos,mediante complementaçãoou restituição de eventualdiferença de preço, semprejuízo do disposto nosincisos II e III do § 1° desteartigo.

Artigo 20

O fornecedor de serviçosresponde pelos víciosde qualidade queos tornem imprópriosao consumo ou lhesdiminuam o valor, assimcomo por aquelesdecorrentes dadisparidade com asindicações constantes daoferta ou mensagempublicitária, podendo oconsumidor exigir,alternativamente e à suaescolha:

I - a reexecução dosserviços, sem custoadicional e quando cabível;

II - a restituição imediatada quantia paga,monetariamenteatualizada, sem prejuízode eventuais perdase danos;

III - o abatimentoproporcional do preço.

Cinco empresas são condenadasa pagar indenização a um mesmo consumidor

Cinco empresas entraramcom recurso no Tribunal

de Justiça de Minas Gerais(TJ-MG) contrárias à decisãode primeiro grau que ascondenou ao pagamento deindenização à mãe de umbebê, que caiu na escadarolante em razão dodesprendimento da haste docarrinho alugado no interiordo shopping. As empresasenvolvidas são a fabricantedo carrinho, a empresa delocação, um shopping e duascompanhias de seguros.

Repetindo a decisão daprimeira instância, os réusforam condenados a pagarjuntos R$ 4,5 mil a título dedanos morais.

Em sua defesa, a

fabricante do carrinho e alocadora afirmaram que amãe da criança descumpriuas orientações para usar oselevadores quando estivessecom o carrinho, assumindo orisco de descer aescada rolante. Já oshopping declarouque "nãocontribuiu, nemmesmoindiretamente,para o eventodanoso e nãopode serresponsabilizadopor todas assituações ocorridas dentrode suas dependências". Porsua vez, uma das empresasde seguro também alegou

culpa da mãe e argumentouque não há danos morais aserem indenizados, pois amenor não sofreu danos àsua honra e imagem perantea sociedade. Por fim, a outra

seguradoraafirmou que osresponsáveis são ofabricante e alocadora docarrinho, uma vezque foram eles quecolocaram oproduto nomercado.

O relator doTribunal entendeu

que houve culpa exclusiva damãe do bebê, uma vez quenão obedeceu arecomendação da utilização

de elevadores nessascondições. Entretanto, osoutros doisdesembargadoresdiscordaram do voto dorelator, alegando que nãorestaram dúvidas de que asrés devem serresponsabilizadas poreventuais danos causadosaos consumidores dos seusprodutos e serviços. E,embora o termo deresponsabilidade assinadopela mãe na retirada docarrinho recomendasse o usode elevadores emsubstituição às escadasrolantes, não havia qualquerproibição nesse sentido.

Fonte: Tribunal de Justiça deMinas Gerais (TJ-MG)

PRESENÇAA Brastemp é, pelo sexto

ano consecutivo, Top of Mindna internet, na categoria refri-gerador. O prêmio é realizadopelo site UOL e pelo InstitutoDatafolha.

A Consul ocupa o segundolugar na pesquisa, que foi rea-lizada com mais de 2 mil parti-cipantes das principais capi-tais brasileiras que acessam ainternet em casa pelo menos

três vezes por semana.A Brastemp foi lembrada

por um terço dos entrevista-dos (33%), repetindo o índicealcançado em 2011. Já a Con-sul foi mencionada por 18%dos participantes – em 2011 oíndice foi de 15%. No quesitoaw arn ess – que representa asoma de todas as marcas lem-bradas – a Brastemp alcança44% e a Consul 29%.

MEIOS DE PAGAMENTOO Conselho de Criatividade e Inovação da Federação do Co-

mércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fe-comercioSP) promoveu uma discussão sobre o futuro das tran-sações entre varejo e consumidor durante o fórum Meios de Pa-gamento, que contou com a participação de representantes deoperadoras de cartões e empresas de tecnologia voltadas paradiferentes meios de pagamento.

Além de questões tecnológicas e de segurança, os palestran-tes colocaram em debate as diferentes maneiras usadas para arealização de pagamentos de compras e quais tecnologias de-vem substituir as ferramentas mais e menos seguras. A apostade que o próximo meio de pagamento será via telefone celularlevanta uma série de questões sobre necessidades que surgi-rão com a nova modalidade. Uma delas é quais vantagens terá oconsumidor para que haja uma grande adesão, compensandoos custos de adaptações tecnológicas?

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de maio de 2012 23DIÁRIO DO COMÉRCIO

espor te

NOVA ERAO último tricampeão paulista havia sido oSantos de Pelé, em 1969. Agora, é o Santos deNeymar, em 2012. Já não faltam comparaçõesentre aquele time que marcou época e este, queestá começando a marcar. No segundo jogoda decisão estadual, contra o Guarani,bastaria não perder por umadiferença superior a dois gols.Mesmo assim, deu Santos, comsobras, novamente: 4 a 2. Oresultado deu ao clube o 20ºtítulo estadual de suahistória (mesmo númerodo São Paulo, atrás dos26 do Corinthians edos 22 do Palmeiras)e o terceirotricampeonato.

Logo no primeirominuto, Neymar deu oar de sua graça e oSantos já vencia por 1a 0: ele deu uma lindaenfiada de bola peladireita para Elano, quetocou cruzado. Ela passoupelo goleiro Emerson eAlan Kardec tocou decarrinho para marcar. Aos 4,Fabinho aproveitou uma falhado goleiro Rafael para empatar,mas aos 8 Neymar apareceunovamente. Marcou na cobrançade um pênalti em que a bola tocouno braço do zagueiro Fábio Bahiadentro da área. Aos 16, o Guaranivoltou a deixar tudo igual, com BrunoMendes.

No segundo tempo, aos 26 minutos,quando os dois times pareciam acomodadoscom o resultado, Neymar apareceu outravez.Iniciou a jogada com uma sequência dedribles, passou para Juan na esquerda e, nocruzamento, já estava desmarcado paraconcluir para as redes. Foi seu 20º gol em16 jogos no Campeonato Paulista,distanciando-se ainda mais comoartilheiro isolado da competição. János acréscimos, Alan Kardec recebeuoutro grande passe, dessa vez dePaulo Henrique Ganso, passou pelogoleiro e marcou o quarto, paraconfirmar a festa do tricampeonato.

“Estamos fazendo parte da históriade um dos melhores times do mundo.Estou numa fase da vida em que estouajudando o clube a fazer história eestou fazendo parte disso”, afirmou otécnico Muricy Ramalho. “Antes (naépoca de Pelé) era assim: todo mundoia ao estádio ver o Santos jogar. E isso

agora está voltando.” As palavras maisefusivas, é claro, foram direcionadas a Neymar.“Esse moleque é brincadeira, mostra uma

grande alegria em jogar futebol. A gente atépede para ele se poupar, mas ele não

para nunca.” Ex-companheiro doRei do Futebol, Zito, que

também indicou acontratação de Neymar ao

Santos, afirma: “NovoPelé Neymar não vai

ser, mas já está entreos melhores do

mundo.”Após levantar

a taça peloterceiro ano

seguido, o capitãoEdu Dracena

reconheceu quepara uma equipe que

tem Neymar é maisfácil ganhar títulos,

mas fez questão dedestacar a importância

dos jogadores de menorprestígio, dos reservas e

principalmente da torcida:“Agradeço também a garotada

que assumiu a responsabilidadequando os titulares não puderam

jogar e deram conta do recado”. Sedepender da vontade dos jogadores,

a conquista estadual foi apenas aprimeira de muitas no ano do

centenário do clube. “Um grupovencedor nunca para. Chegamos forte noCampeonato Brasileiro também”, disseHenrique. “Podem ter certeza que vamosconquistar mais títulos ainda”,acrescentou Edu Dracena. O volanteArouca segue o discurso do amigo aofalar do bom ambiente na equipe.“Este grupo é um dos melhores quejá passei”, contou. “Tivemosdificuldades no primeiro tempono jogo e mesmo assim umajudava o outro.”

Após o título, os jogadoresforam liberados para comemorare, de quebra, ganharam umafolga nesta segunda-feira,retomando os trabalhos apenasna terça. Aí, sim, o pensamentoestará todo voltado para asduas próximas competições: aLibertadores e o Brasileirão.

Leia mais sobre a decisão doCampeonato Paulista

na página 26, nas seções“Passe Livre” e “Almanaque”.

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Page 24: DC 14/05/2012

sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de maio de 201224 DIÁRIO DO COMÉRCIO

É CAMPEÃO!Não fizemos uma grande campanha, mas subimos de nível nas partidas decisivas. ”

Abel Braga, técnico do Fluminense campeão cariocaesporte

Fluminense, Atlético e Bahia reconquistam a taça. Inter e Santa Cruz são bi, Coritiba é tri e o Brasil já conhece 17 vencedores entre os 27 campeonatos estaduais.

Começa a batalhadas quartas

RIO – Após a goleada por 4 a 1 no primeiro jogo da decisão, o Fluminense poderia perderpara o Botafogo por até dois gols de diferença, que ainda assim seria o campeão carioca.Acabou vencendo por 1 a 0, gol de Rafael Moura, e garantiu seu 31º título estadual.

RIO GRANDE DO SUL – O Inter do argentino D'Alessandro saiu perdendo para oCaxias, no Beira-Rio, por 1 a 0, perdeu pênalti, mas conseguiu virar para 2 a 1, gols deSandro Silva e Leandro Damião. Garantiu o bi e seu 41º Gauchão, contra 36 do Grêmio.

MINAS – Após 36 anos, o Atlético voltou a ser campeão invicto. No segundo jogo dafinal contra o América, o empate bastava, mas Serginho e Bernard, duas vezes, marcaramos gols da vitória por 3 a 0. É o 41º título estadual do Galo, contra 36 do Cruzeiro.

PARANÁ – Coritiba e Atlético, que já haviam empatado o primeiro jogo da decisão( 2 a 2), ficaram no 0 a 0 no Couto Pereira. Nos pênaltis, o goleiro Vanderlei defendeu acobrança do atleticano Guerrón e deu Coritiba, 5 a 4, tri e campeão estadual pela 36ª vez.

BAHIA – O Bahia do técnico Paulo Roberto Falcão reconquistou o título após 11 anos,graças ao empate por 3 a 3 com o Vitória, em Pituaçu. Neto Baiano (2) e Dinei fizeram osgols do Vitória. Fahel, Gabriel e Diones, os do Bahia. É o 44º troféu estadual do tricolor.

PERNAMBUCO – Após o 0 a 0 em casa, o Santa Cruz teria que vencer o Sport na Ilha doRetiro para chegar ao 26º título e ser bicampeão. E venceu: 3 a 2, gols de Branquinho,Dênis Marques e Luciano Henrique. Moacir e Edcarlos fizeram os gols do Sport.

COPA DO BRASIL

Jadson briga por um lugar no time do São Paulo

São Paulo e Palmeiras ini-ciam na quarta-feirasuas participações nas

quartas de final da Copa doBrasil. Classificado após a vi-tória por 3 a 1 sobre a PontePreta, no Morumbi, na quintapassada, o Tricolor recebe oGoiás, às 21h50. Já o Alviverdeviaja para Curitiba, onde en-frenta o Atlético Paranaense,às 19h30. Também na quartajogam Vitória e Coritiba, emSalvador, e na quinta, Bahia eGrêmio, em Porto Alegre.

Jadson foi considerado umadas chaves para o São Pauloter vencido a Ponte Preta, naquinta-feira, e dessa vez podecomeçar jogando. “Claro queo jogador não gosta de ficar nobanco, mas vou buscar meuespaço novamente”, prome-te. O técnico Emerson Leãoconsidera a hipótese de sacarFernandinho, muito mal con-tra a Ponte Preta.

Com Lucas e Casemiro con-vocados por Mano Menezespara uma série de quatro

amistosos da seleção brasilei-ra entre os dias 26 de maio e 9de junho, Leão já mostra preo-cupação: “Quando você temjogadores convocados, faz fal-ta. Quando se tem poucossubstitutos, também. E quan-do estes convocados estão emum grupo da mais alta capaci-dade técnica, faz mais faltaainda. Vamos trabalhar paraver se conseguimos peças dereposição.”

No Palmeiras, Felipão terámais dois dias para escolher o

substituto do zagueiro Henri-que, que levou cartão verme-lho no confronto contra o Para-ná, na Arena Barueri, na sema-na passada, e vai desfalcar otime contra o Atlético Para-naense. O paraguaio Románganhou uma chance no último

jogo e é o favorito para fazer adupla da zaga com MaurícioRamos, mas Thiago Heleno,recuperado da cirurgia nosdois pés pela qual passou nofim do ano passado, tambémbriga pela vaga. O outro za-gueiro do elenco, Leandro

Amaro, não anda com prestí-gio com o treinador. “Acho quefui bem quarta-feira e o treina-dor me passa muita confiança.Mas vamos esperar a sua deci-são”, disse Román, tentandonão se entusiasmar demaiscom a chance de ser titular.

� Em Goiás, o empate por

1 a 1 com o Atlético-GO

foi suficiente para garantir

o título do G oiás e

impedir o tri do Atlético.

Em Santa Catarina,

o Ava í , que já havia

conseguido boa

vantagem com os

3 a 0 do primeiro jogo,

em casa, ganhou de novo

do Figueirense: 2 a 1,

dessa vez jogando fora.

Tornou-se também

o maior campeão

catarinense, com 16

títulos contra 15 do

próprio Figueirense.

No Ceará, o Ce a r á chegou

ao bi empatando com o

Fortaleza: 1 a 1.

No Pa r á , deu Cametá,

também com um empate,

2 a 2, com o Remo,

marcando dois gols nos

últimos cinco minutos de

jogo . Na Pa ra í b a , o

Campinense foi campeão

goleando o Souza: 4 a 0.

Em Al a g o a s, no sábado, o

campeão foi o CRB,

empatando por 0 a 0 com

o ASA, em Arapiraca.

Ainda estão em

andamento os

campeonatos do Acre,

Amapá, Amazonas,

Distrito Federal,

Maranhão, Piauí,

Rondônia, Roraima,

Sergipe e Tocantins.

PELO BRASILSátiro Sodré/AE Pedro Vilela/AE

Edu Andrade/AE Geraldo Bubniak/Folhapress

Aldo Carneiro/AEAngelo Pontes/AE

Mauro Horita/AE Piervi Fonseca/AE

Paraguaio Román deve ser titular no Palmeiras

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Page 25: DC 14/05/2012

sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de maio de 201225 DIÁRIO DO COMÉRCIO

CONFRONTO À VISTA

Não temos o Liedson, mas quem está jogando tem de ser mais preciso.”Emerson, do Corinthiansesporte

O Santos de Muricy encara o Vélez Sarsfield e o Corinthians de Tite pega o Vasco nas quartas de final da Libertadores; se os dois passarem, haverá clássico paulista nas semifinais

Os jogadores do San-tos ainda comemo-ravam o tricampeo-nato paulista quan-

do o técnico Muricy Ramalho,nos vestiários do Morumbi,avisou que não pretendia des-cer a Serra do Mar para come-morar com a torcida. “Vou pa-ra minha casa que é aqui per-to, não sou de sair. E é claroque já estou pensando no Vé-lez”, afirmou o treinador, queprovavelmente aproveitaria anoite para estudar um poucomais sobre o adversário daquinta-feira, em Buenos Aires,no jogo de ida das quartas definal da Copa Libertadores.

Bem longe do Morumbi, noCT do Parque Ecológico, na zo-na leste de São Paulo, os joga-dores do Corinthians treina-vam, praticamente escondi-dos. Na quarta-feira, o timeenfrenta o Vasco, em São Ja-nuário, e uma das preocupa-ções é adaptar Willian à fun-ção de centroavante, já que

Liedson não terá condições fí-sicas de jogo e o reserva Eltonestá em má fase. Como gostade jogar mais aberto, em velo-cidade e pelas pontas, Williannão se destacou na nova fun-ção, nos jogos contra o Eme-lec. “O Willian sai, mas abreoportunidade para quem vemde trás. Claro, boa apresenta-ção passa por ter posse de bo-la. O time passou, flutuou, masfaltou mais posse de bola con-tra o Emelec”, admitiu Tite.

Os dois alvinegros podemfazer um clássico do barulhonas semifinais, se venceremseus confrontos - os jogos devolta serão na semana quevem. Seria o primeiro encon-tro entre os rivais por umacompetição internacional,mas, por enquanto, ninguémquer nem ouvir falar disso.

No Corinthians, a preocupa-ção é com a pontaria da equi-pe, que funcionou mal no con-fronto de volta contra o Eme-lec - o time venceu por 3 a 0,

mas teve 17 finalizações du-rante a partida. O meia Daniloacha que, contra o Vasco, ahistória será diferente. “Tere-mos poucas chances, umastrês ou quatro, e se faz neces-sário um aproveitamentomais alto”, defende. “Temosde aproveitar mais, pois umgol pode fazer falta”, comple-ta o zagueiro Chicão.

No Santos, os jogadores sódevem começar a pensar noVélez a partir de hoje, na res-saca da festa pelo Paulista. “Agente não se contenta compouco. Queremos semprebuscar mais”, avisa Ganso.

O outro time brasileiro nasquartas de final está do outrolado da chave: é o Fluminense,que duela com o Boca Juniors -o primeiro jogo é na quinta-fei-ra, na Argentina. Mas, pelo re-gulamento da Libertadores, achave pode mudar: se o San-tos cair e o Fluminense passar,vai pegar quem levar a melhorentre Corinthians e Vasco.

mesmo número de gols

em 1958, em jogos pelo

Santos e pela Seleção: a

final da Copa do Rei,

contra o Athletic Bilbao, e

o jogo da Argentina

contra o Equador, em

junho, pelas Eliminatórias.

I N G L AT E R R APhil Noble/Reuters

Time de Roberto Mancini venceu o Queen's Park Rangers com gol aos 49 minutos do segundo tempo

Com virada histórica, City écampeão inglês após 44 anos

Foi um final daqueles que,se fosse num filme, seriainverossímil demais para

parecer verdade. Com um golde Agüero, aos 49 minutos dosegundo tempo, o ManchesterCity venceu o Queen's ParkRangers por 3 a 2 e ganhou seuterceiro título inglês - o últimohavia sido em 1968.

O City só precisava da vitó-ria simples e saiu na frente no

fim do primeiro tempo, comum gol do lateral argentino Za-baleta. O Queen's, que lutavacontra o rebaixamento, virouno segundo tempo, com Cissée Mackie - o segundo saiuquando o time já tinha um amenos, após a expulsão do vo-lante Barton.

O City atacou de forma de-sorganizada e parou várias ve-zes no inspirado goleiro Paddy

Kenny. Aos 47, o bósnio Dzekoempatou de cabeça, mas aigualdade não bastava, já queo Manchester United haviavencido o Sunderlad por 1 a 0.

O gol salvador de Agüero,após jogada do polêmico Balo-telli, definiu a vitória e a con-quista. As duas equipes termi-naram o Inglês com 86 pontos,mas o City levou a melhor nosaldo de gols: 64 a 56.

FÓRMULA 1

Maldonado vence e boxesem Barcelona pegam fogo

OMundial de Fórmula 1pegou fogo - em todosos sentidos - no GP da

Espanha. O venezuelano Pas-tor Maldonado foi o vencedor,acabando com um jejum demais de sete anos da Williams,que tinha vencido pela últimavez no GP do Brasil de 2004,com o colombiano Juan PabloMontoya. A festa só não foicompleta porque, depois dacorrida, um incêndio atingiuos boxes da equipe, no mo-mento em que o chefão, FrankWilliams, conversava com ospilotos e funcionários.

O fogo começou na área emque o combustível é armaze-nado, e foi controlado rapida-mente, mas as equipes recla-maram de demora no resgatede pessoas atingidas - ao todo,31 foram afetados, mas ne-nhum com gravidade. Trêsmecânicos da Williams passa-riam a noite no hospital.

Maldonado, que fez um trei-no excepcional e se classificouem segundo, herdou a pole pe-la desclassificação de LewisHamilton, que fez o melhortempo, mas foi punido por nãoter o mínimo de combustívelno carro após o treino. O vene-zuelano liderou a prova, resis-tiu à pressão de FernandoAlonso, que chegou em se-gundo, e se tornou o 104º pilo-to a vencer ao menos uma pro-va na história da categoria -que repete um equilíbrio vistoapenas em 1983, o outro anoem que cinco pilotos de equi-pes diferentes venceram ascinco primeiras corridas.

“Nosso ritmo foi muito forte,o carro foi fantástico. Foi umdia maravilhoso, inacreditá-vel. Estamos trabalhandomuito desde o ano passadopara melhorar a cada corrida e

Albert Gea/Reuters

Incêndio atingiu os boxes da equipe Williams

aqui estamos”, festejou o pilo-to, saudado no Twitter pelopresidente Hugo Chávez.

Para os brasileiros, que vi-ram seus companheiros bri-gando pela vitória, foi maisuma corrida para esquecer.Felipe Massa terminou em 15º

e Bruno Senna abandonou de-pois de ser abalroado por tráspor Michael Schumacher. Oheptacampeão chamou Bru-no de “idiota” no rádio, mas le-vou a culpa: perdeu cinco posi-ções no grid de largada do pró-ximo GP, em Mônaco

Bicampeão alemão, o

Borussia Dortmund fez a

primeira dobradinha de

sua história no sábado,

ao vencer a Copa da

Alemanha. Na final, uma

goleada por 5 a 2 sobre o

Bayern de Munique.

Messi passou em branco

na última rodada do

Espanhol, em que o Barça

empatou por 2 a 2 com o

Betis. Com 77 gols na

temporada, ele tem duas

chances de superar o

recorde de Pelé, que fez o

PELO MUNDO

Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians Leandro Amaral/AE

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Page 26: DC 14/05/2012

sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de maio de 201226 -.ESPORTE DIÁRIO DO COMÉRCIO

�Celso Unzelte

NEYMAR & CIA

Cenas do Tri

almanaque

43 anos depois, umtricampeão paulista

Na foto acima, aparecem os santistas bicampeões de 2006/2007, que derrotaram o SãoCaetano por 2 a 0, no segundo jogo da decisão, no Morumbi, revertendo a derrota por 2

a 0 na primeira partida. Com dois resultados iguais, o Santos ficou com o título, por ter feitomelhor campanha ao longo da competição. Em pé: Fábio Costa, Ávalos, Rodrigo Souto,Marcelo, Cléber Santana, Adaílton, Roger, Leonardo e Zé Roberto. Agachados: Jonas, Pe-drinho, Moraes, Dionísio, Kléber, Marcos Aurélio, Carlinhos, Rodrigo Tabata e Maldonado.

OCampeonato Paulistanão tinha um tricam-

peão desde 1969, ano emque o próprio Santos levan-tou a taça pela terceira vezseguida. A última equipe ater a oportunidade de ser tritambém foi o Santos, bi em2006 e 2007. Em 2008, po-rém, o Alvinegro Praiano se-quer se classificou para assemifinais, e o campeão aca-bou sendo o Palmeiras.

O Clube Atlético São

Paulo (SPAC) inaugurou

em sua sede o Centro de

Memória SPAC - Charles

Miller. Entre as peças que

contam a história do

clube e do introdutor do

futebol no País, está a

taça do primeiro tri

paulista, co n q u i s t a d o

em 1902, 1903 e 1904.

Agendar visitas pelo

telefone (11) 3217-5944.

6vezes nos últimos

43 anos os times

bicampeões paulistas

nos anos anteriores

desperdiçaram a chance

de chegar ao

tricampeonato: São Paulo

(em 1972, 1982 e 1993),

Corinthians (em 1984),

Palmeiras (em 1995) e

Santos (em 2008).

TUDO AZUL

Rafael Nadal e Novak Djokovic garantem que não voltam ajogar em Madri se for mantido o "saibro azul", mas RogerFederer não toma conhecimento do piso escorregadio,sagra-se campeão do Masters 1000 ao derrotar o checoTomas Berdych, de virada, por 2 sets a 1 - parciais de 3/6,7/5 e 7/5 - e retorna ao segundo posto do ranking da ATP.

Domingo, 13

AO LADO DO CHEFE

VAGA GARANTIDA

C U RTA S

www.dcomercio.com.br/esporte/

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FIM DE JOGO

PM prende cerca de 30 flanelinhas e cambistas em torno do Morumbi

Ministério do Esporte assume projeto de novo autódromo no Rio de Janeiro

Ponteiro Giba troca o Brasil pela Argentina e vai defender o Drean Bolivar

Vídeo em destaque - A explosão na Fórmula 1 - www.dcomercio.com.br

Paulo Pinto/AE

Susana Vera/Reuters

Mano esquece Ronaldinho e chama jovens

Ao lado do presidente daCBF, José Maria Marin, o

técnico Mano Menezes co n-voca, no Rio, a seleção brasi-leira para os amistosos comDinamarca, EUA, México eArgentina. Como desejava opresidente, o treinador dei-xou de fora Ronaldinho Gaú-cho e chamou 17 jogadorescom idade para disputar aOlimpíada de Londres. Fo-ram chamados os goleirosJefferson (Botafogo), Neto(Fiorentina) e Rafael (San-tos); os zagueiros Bruno Uvi-ni (Tottenham), David Luiz

(Chelsea), Juan (Inter de Mi-lão) e Thiago Silva (Milan); oslaterais Alex Sandro (Porto),Daniel Alves (Barcelona),Danilo (Porto) e Marcelo(Real Madrid); os volantesCasemiro (São Paulo), Rô-mulo (Vasco) e Sandro (Tot-tenham); os meias Ganso(Santos), Giuliano (Dnipro),Lucas (São Paulo) e Oscar(Inter); e os atacantes Ale-xandre Pato (Milan), Hulk(Porto), Leandro Damião (In-ter), Wellington Nem (Flumi-nense) e Neymar (Santos).

Sexta-feira, 11

Ana Carolina Fernandes/Reuters

Em sua primeira tem-porada com a camisado Santos, o centroa-vante Alan Kardec

abriu e fechou a vitória por 4 a2 sobre o Guarani no jogo finalda campanha do primeiro tri-campeonato de um time pau-lista desde a era Pelé. Nadamais justo que seja festejadopor um autêntico tricampeãocomo N ey ma r, autor dos ou-tros dois gols santistas, e pelovolante Arouca, outro dos seisjogadores presentes nas fi-nais de 2010, 2011 e 2012. Adupla que garantiu ao capitãoEdu Dracena o direito de levan-tar pela terceira vez o troféudo Paulistão fez também a ale-gria dos parceiros Juan , quedesembarcou na Vila nestatemporada, e Paulo HenriqueGans o, o grande maestro dastrês conquistas consecutivas.

Completam a lista de joga-dores presentes nas três finaispaulistas o zagueiro Durval,campeão de todas as competi-ções estaduais que disputoudesde 2003 por vários clubesde diferentes federações, e olateral Leo, que perdeu a posi-ção para Juan, mas entrou nosegundo tempo dos 4 a 2 destedomingo no Morumbi.

A conquista que relembra ogrande Santos da era Pelé aca-bou ganhando em camisetaum registro irreverente que éa marca deste time de futebolrequintado e eficaz: “Eu nãome canso de ser tri”.

Nacho Doce/Reuters

Piervi Fonseca/Folhapress

Piervi Fonseca/AE

Almeida Rocha/Folhapress

Vôlei feminino brigará pelo bi em Londres

Aseleção feminina brasi-leira de vôlei conquista

a vaga olímpica ao vencer oPré-Olímpico em São Carlos(SP). Foram quatro vitóriaspor 3 a 0 em quatro jogos, esó em um set a equipe levoumais de 20 pontos, na semi-

final, contra a Venezuela.Na decisão, 25/12, 25/16

e 25/9 contra o Peru. “Agoravamos disputar o Grand Prixe ter o real parâmetro de co-mo estamos”, disse o técni-co José Roberto Guimarães.

Domingo, 13

Alexandre Arruda/CBV