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Ano 87 - Nº 23.696 Jornal do empreendedor R$ 1,40 Conclusão: 23h55 www.dcomercio.com.br São Paulo, sábado, domingo e segunda-feira, 25, 26 e 27 de agosto de 2012 Página 4 ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 3 6 9 6 Paulinho da Força cancela participação em debate na ACSP O candidato do PDT à Prefeitura de São Paulo desistiu de participar hoje do encontro programado pela Associação Comercial de São Paulo. Pág.7 Guerra na Síria. E dor também em São Paulo. O maior massacre da guerra civil, com pelo menos 330 mortos, só faz aumentar a apreensão entre os imigrantes. Os mais novos apoiam os rebeldes. Os mais antigos, como Eduardo Elias, não descartam Assad. Págs.8e9 Paulo Pampolin/Hype Youssef Boudlal/Reuters Cliente-detetive abastece o varejo Ele chega, observa tudo, das instalações à qualidade do atendimento, passando pela organização, eficiência, limpeza... Atem-se a alguns detalhes, como se o atendente está de bom humor e se suas informações são consistentes. Tudo isso, porém, não é nada mais do que um disfarce para passar dados valiosos à... própria empresa, que contrata os 'detetives' em agências especializadas. Pág. 19 Moeda estrangeira, no caixa-automático. Conselho Monetário Nacional aprova a instalação de caixas eletrônicos para operações com dólar, euro e outras moedas. As primeiras devem estar disponíveis até o fim do ano em aeroportos, shoppings e hotéis. Caixa 1, pág. 15 Governo dá 15,8% e ultimato aos servidores grevistas Negociações foram encerradas ontem e os grevistas têm até amanhã para se definir sobre o reajuste de 15,8%. Quem não concordar, fica sem. Pág. 5 e Editorial, à pág.2 Tudo novo na praça Roosevelt Antiga praça de concreto é remodelada, ganha jardineiras, até um "cachorródromo", e deve ser entregue ainda em setembro. Pág. 11 L.C.Leite/LUZ Consultor de palhaçada Roger Avanzi, o Picolino II, 90 anos, se aposentou dos picadeiros, mas continua formando "besteirólogos". Pág. 10 Paulo Pampolim/Hype 'Fabi Bolt', o senhor do Pacaembu. O Timão começou atropelando, mas o Tricolor teve calma e, com gols de Luis Fabiano, virou o jogo (2 a 1). E lá se foram 7 anos de invencibilidade no estádio. Esporte Edu Saraiva/Frame/AE Pelé está namorando O rei conheceu Márcia Aoki em NY. Veja quem mais o cupido andou flechando. Pág. 26 Reprodução

DC 27/08/2012

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Diário do Comércio

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Ano 87 - Nº 23.696 Jornal do empreendedor R$ 1,40

Conclusão: 23h55 www.dcomercio.com.br São Paulo, sábado, domingo e segunda-feira, 25, 26 e 27 de agosto de 2012

Página 4

ISSN 1679-2688

9 771679 268008

23696

Paulinho da Força cancela participação em debate na ACSPO candidato do PDT à Prefeitura de São Paulo desistiu de participar hoje do encontro programado pela Associação Comercial de São Paulo. Pág. 7

Guerra na Síria.E dor também em

São Paulo.O maior massacre da guerra civil, com pelo menos 330

mortos, só faz aumentar a apreensão entre os imigrantes.Os mais novos apoiam os rebeldes. Os mais antigos,

como Eduardo Elias, não descartam Assad. Págs. 8 e 9

Paulo Pampolin/HypeYoussef Boudlal/Reuters

Cliente-detetiveabastece o varejoEle chega, observa tudo, das instalações à qualidade do atendimento, passandopela organização, eficiência, limpeza... Atem-se a alguns detalhes, como se o atendente

está de bom humor e se suas informações são consistentes. Tudo isso, porém, nãoé nada mais do que um disfarce para passar dados valiosos à... própria

empresa, que contrata os 'detetives' em agências especializadas. Pág. 19

Moeda estrangeira,no caixa-automático.Conselho Monetário Nacional aprova ainstalação de caixas eletrônicos para operaçõescom dólar, euro e outras moedas. As primeirasdevem estar disponíveis até o fim do ano emaeroportos, shoppings e hotéis. Caixa 1, pág. 15

Governo dá 15,8% e ultimatoaos servidores grevistasNegociações foram encerradas ontem e os grevistas têm até amanhã para se definirsobre o reajuste de 15,8%. Quem não concordar, fica sem. Pág. 5 e Editorial, à pág. 2

Tudo novo napraça Roosevelt

Antiga praça de concretoé remodelada, ganha jardineiras, até

um "cachorródromo", e deve serentregue ainda em setembro. Pág. 11

L.C.Leite/LUZ

Consultor de palhaçadaRoger Avanzi, o Picolino II,90 anos, se aposentou dospicadeiros, mas continua

formando "besteirólogos". Pág. 10

Paulo Pampolim/Hype

'Fabi Bolt', o senhordo Pacaembu.

O Timão começou atropelando, mas o Tricolor tevecalma e, com gols de Luis Fabiano, virou o jogo (2 a 1). E lá

se foram 7 anos de invencibilidade no estádio. Espor te

Edu Saraiva/Frame/AE

Pelé están a m o ra n d o

O rei conheceu Márcia Aoki emNY. Veja quem mais o cupido

andou flechando. Pág. 26

Reprodução

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sábado, domingo e segunda-feira, 25, 26 e 27 de agosto de 20122 DIÁRIO DO COMÉRCIO

opinião

Fundado em 1º de julho de 1924

Pre s i d e nteRogério Amato

V i ce - Pre s i d e nte sAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroClaudio VazEdy Luiz KogutÉrico Sodré Quirino FerreiraFrancisco Mesquita NetoJoão de Almeida Sampaio FilhoJoão de FavariLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesNelson Felipe KheirallahNilton MolinaPaulo Roberto PisauroRenato AbuchamRoberto FaldiniRoberto Mateus Ordine

CONSELHO EDITORIAL Rogério Amato, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel SolimeoDiretor-Resp onsável João de Scantimburgo ([email protected]) Diretor de Redação Moisés Rabinovici ([email protected])

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Um segundo fator que impressionou positivamente foi o abandono da ideia de que toda dívida é pecado.Delfim Netto

GREVES CONTRAA SOCIEDADE

ROGÉRIO

AMATO

Policiaisrodoviários debraçoscruzados:greves jáatingiram níveisabsurdos e asociedade équem paga.

Wesley Santos/AE

Asociedade brasilei-ra vem sendo, nosúltimos anos, víti-ma inde fesa das

greves do setor público, quenão apenas se repetem comoganham maior amplitude eviolência, transformando apopulação em refém dos mo-vimentos grevistas.

As universidades federaispassam meses paralisadas,sem qualquer preocupação porparte dos professores com osproblemas que isso acarretaaos estudantes. E, além dosprejuízos em termos de apren-dizado e de carreira profissio-nal, transmite péssimo exem-plo para a formação deles comocidadãos, por usá-los para atin-gir seus objetivos – os quais,mesmo quando legítimos, nãojustificam a forma utilizada.

As paralisações no INSS afe-tam os mais vulneráveis –doentes e idosos –, que já sãocastigados pelas condições deatendimento em situações denormalidade. Eles sofrem ain-da mais por ocasião das gre-ves – e, depois, pelo acúmulode demanda.

A Anvisa, autarquia criadapara defender os cidadãos, aofiscalizar a qualidade de medi-camentos e alimentos, colocaem risco a saúde da população,quando impede a importação

de medicamentos e de maté-rias primas para a indústria far-macêutica. Prejudica as expor-tações brasileiras de produtosda agropecuária e as importa-ções submetidas a seu contro-le, sem tomar qualquer medidaque possa amenizar os impac-tos da paralisação.

Funcionários da Receita Fe-deral, uma das elites do fun-cionalismo, com suas grevesou "operações padrão", difi-cultam a liberação de merca-dorias importadas e exporta-das, acarretando prejuízos fi-nanceiros às empresas, perdade arrecadação tributária e re-dução da produção, da renda edo emprego.

Mais estarrecedor é consta-tar a atitude de policiais fede-rais rodoviários, provocando

paralisação nas estradas, emvez de zelar pela segurança dosmotoristas e pela fluidez do trá-fego; enquanto isso, a PolíciaFederal deixa fronteiras vulne-ráveis para ver seus pleitosatendidos. Cenas de vandalis-mo e de violência, como a ten-tativa de invasão do Palácio, re-velam o quadro de uma socie-

ENTRE A FAMAE O

ABANDONO GILBERTO

DI

PIERRO

Romário e a filha Ivy, no Congresso Nacional, em 2007.

Celso Júnior/AE

Há 25 anos oProjeto Down –Centro de Informação

e Pesquisa da Síndrome deDown, hoje considerado umórgão de referência peloPrograma Latino-americanode Defesa dos Direitos doDeficiente Mental, ganhavao prêmio Opinião Públicapor uma campanha nacionalque combatia o uso dasexpressões mongoloide emongolismo pela mídia,e introduzia a expressãocorreta: Síndrome de Down.

Na época, umaAssociação de Pais e Amigosde Mongoloides achava quetrocar o nome não resolvianada. Meses depois, aentidade trocou de nomepara Associação dePais e Amigos de Portadoresda Síndrome de Down.Na ocasião, essa e outrasentidades que foramsurgindo tinham o objetivode combater o preconceitoe reforçar a integraçãodesses brasileiros àsociedade, em igualdade deoportunidades, o que é umamissão quase impossível.

Agora, no último festivalde publicidade de Cannes,uma campanha com omesmo objetivo, criada

pela Saatchi & SaatchiItália, com apoio demarcas consagradascomo Pampers e Toyota,levou sete Leões de Ouroe um de Bronze.

No Brasil, há poucosdias, o filme Colegas , deMarcelo Galvão, foi o grandevencedor do Festival deGramado, que deu ainda oPrêmio Especial do Júri aosatores Ariel Goldenberg,Rita Pokk e Breno Viola,todos portadores daSíndrome de Down.

Na época da novelaPáginas da Vida, umamenina Down, queinterpretava Clara, filhaadotiva da Regina Duarte,ganhava um prêmio comorevelação de atriz. Ou seja:vira e mexe, há algumamanifestação a favor dosportadores da Síndrome deDown nos diversos camposda mídia. Recentemente,Romário, Lindberg Fariase até José Antonio DiasToffoli acenaram comreforços igualmente naárea anti-segregação einclusão social.

Hoje, em todo o planeta,existem cerca de 600milhões de pessoas comalgum tipo de deficiência

e 80% vivem em paísesem desenvolvimento,segundo a ONU. No Brasil,15% da população sãoportadores de deficiênciase representam certa de28,5 milhões de pessoas.Desse total, 11% têmdeficiência mental: sãopouco mais de três milhõesde brasileiros numapopulação de 190 milhões.

Nesse bloco, estãoincluídos os deficientes

(mental e motor,dependendo do caso) deorigem genética, estãoincluídos os portadores deSíndrome de Down. Nasúltimas décadas, elesforam avançando:antigamente eramconsideradosirrecuperáveis e, com opassar do tempo, com aintrodução de intervençãoprecoce, novas técnicas de

fisioterapia, fonoterapia eeducação especial,tornaram-se não apenassociáveis, mas igualmenteeducáveis (semprelembrando que, cada"caso é um caso", comodizia Jerome Leneune, doInstituto de Progênese deParis, que identificou nosanos 50 a trissomia docromossomo 21).

No cuidado dessesbrasileiros, contudo, não sevê nenhum avanço dossetores públicos – a começarpor cirurgias de recuperaçãode defeito cardíaco, queatinge cerca de 50% dapopulação Down (noHostipal das Clínicas, emSão Paulo, há fila deportadores aguardandochance de operação).

No caso de intervençãoprecoce, o quadro édramático: não existemclinicas públicas que

prestem este serviço(o Projeto Down distribuicartilhas para quefamílias carentes possamcompensar esse vazio,praticando intervençãodoméstica, esubvenciona umaescolinha em São Paulo).

A obrigatoriedade, porlegislação, de inclusão nasescolas não funciona: não hápedagogos especiais e, setudo for forçado, opreconceito acabaflorescendo até mesmoentre os companheiros debanco escolar. Mais: porconta do sucesso decirurgias de cardiopatia, oPaís já tem uma legião deportadores de síndromedevidamente instalados naTerceira Idade (se familiaresmorrem ou viram as costas,ninguém sabe o que fazercom esses veteranos).

Na área da sobrevivência,o Brasil é cruel com seus

deficientes genéticos(a população portadora daSíndrome de Down éestimada em mais de250 mil pessoas epermanece a proporção deum bebê a cada 550nascimentos). Para terdireito a uma pensãodo INSS no valor de umsalário mínimo, é necessárioque seus familiares provemque não recebem, por mês,mais do que um quartode salário mínimo.

Então, se de um lado, pais,amigos e pessoas que militamna área de Síndrome de Downacabam gostando de filmes ede campanhas publicitárias

contra preconceitos eintegração dessas pessoas,por outro lado ficam cadavez mais decepcionadosporque – e estamos falandoespecialmente sobreBrasil – o poder públicocontinua virando as costaspara o problema.

Hoje, ninguém sabe comovai a vida dos companheirosde escola da menina danovela Páginas na Vida, comoigualmente não tema menorideia do que acontece comoutros adolescentessemelhantes aos do filmeColegas espalhados por umPaís que tem 16,3 milhõesde indigentes e 47,1 milhõesde pobres (dados da ONU) eonde a prioridade é ocombate à fome.

GI L B E RTO DI PI E R RO É

J O R N A L I S TA , C O L U N I S TA DIÁRIO EM

VÁRIOS JORNAIS COM O

PSEUDÔNIMO GI BA UM E É

F U N DA D O R E PRESIDENTE DO

PRO J E TO DOW N - CE N T RO DE

INFORMAÇÃO E PE S QU I S A DA

SÍ N D RO M E DE DOW N .

dade indefesa, massacradapela insensibilidade daque-les que deveriam ser os "ser-vidores públicos" aos quais,por ironia, pagam como con-tribuintes os seus salários.

A presidente Dilma tem re-sistido às pressões, mas é pre-ciso que os abusos cometidossejam apurados e punidos.

Mais importante, passada es-sa "onda" que todo ano assolao País, é ser aprovada uma le-gislação que regulamente odireito de greve do funciona-lismo público, de forma a per-mitir reivindicações mas semsubmeter a sociedade a difi-culdades, privações e humi-lhações. Ela é a única punida

pela ação de grupos que deve-riam prestar serviços à popu-lação, e não torná-la refém pa-ra conseguir seus objetivos.

ROGÉRIO AM ATO É PRESIDENTE DA

ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE

SÃO PAU L O (ACSP) E FEDERAÇÃO

DA S ASSOCIAÇÕES COMERCIAIS

DE SÃO PAU L O ( FAC E S P ).

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sábado, domingo e segunda-feira, 25, 26 e 27 de agosto de 2012 3DIÁRIO DO COMÉRCIO

opinião MATAR, NO BRASIL, É MUITO MAIS BANAL DO QUE QUALQUER UM DE NÓS GOSTA DE ADMITIR.

MATANDO COME F IC Á CI A

JOÃO

UBALDO

RIBEIRO

PAULO

SAAB

O PREFEITO QUENÃO ERA POLÍTICO

Setúbal tinha umtraço incomumaos políticos, dedespachar comvereadores e dizer"não" na lataquando entendiaque os pedidosfeitos não eramde interesseda cidade.

Em 1975 tive aoportunidade de,durante alguns

meses, trabalhar naassessoria de imprensado então prefeitobiônico de São Paulo,Olavo Setubal. Figuraespecialíssima – e fuitestemunha de seudesejo de ser um bomprefeito – era aomesmo tempo umpeixe fora d'água noambiente político.Setubal foi indicadoprefeito da capital,como era praxeno regime militar, pelogovernador tambémnomeado Paulo EgydioMartins. Era banqueiro,da alta elite paulista.Presenciei suaobjetividade, incomumnos políticostradicionais, aodespachar comvereadores e dizer"não" na lata, a pedidosque entendia nãoserem de interesse dacidade.

Homem sisudo, dedifícil sorriso, eratambém respeitoso,cordial com as pessoasde sua equipe, semlevar em conta oescalão.Acompanhando-opara produzirmatérias, participei dainauguração do Metrôde São Paulo, dasações da prefeitura ede comíciospopulares,aprendendo muitocom ele em termos dedisciplina,organização e palavrahonrada.

Lembro-me de duaspassagens . Aprimeira, após ainauguração da linhado Metrô paulistano,em 26 de setembro de1975. Tenho aindauma foto ao lado doprefeito e do entãosenador OrestesQuércia na cerimôniade abertura do Metrô,em Santana. De lávoltamos aoIbirapuera. No Galaxiedo prefeito, no bancoda frente iam ele e omotorista. No bancode trás, eu, comorepórter daassessoria, e ao meulado o assistentemilitar do prefeito,tenente Luís AntonioFleury Filho, que anosdepois se tornariagovernador do Estado,já como promotorpúblico.

Na entrada privativado prefeito, ele eFleury saíram pelolado direito, emdireção ao elevador. Omotorista ficouaguardando paradepois recolher o carroe eu sai pela portatraseira da esquerda.Quandofechei a porta, o dedãoda mão esquerda ficoupreso. Não gritei dedor por vergonha.

Na porta do elevadoro prefeito perguntoucom sua voz estranha,meio anasalada, meio

grave: "Você não vem,Paulo?". Quase emdesespero, fiz voz denormalidade: "Podesubir, Dr. Olavo. Vouem seguida". Até hojesinto dor no dedãoquando esfria otempo. Não fraturou,mas deslocou algo,que o médico deplantão no gabinetecolocou nolugar sem anestesia.

Nesse mesmoperíodo, acompanheiSetubal por toda SãoPaulo. O outro episódioocorreu emuma visita à zonaleste, onde ocorreuuma concentraçãopopular para saudar oprefeito perto de umaescola que ele iriainaugurar. Isso era ànoite, porque duranteo dia ele trabalhoudireto em seugabinete.

Na hora de saudar amultidão, o

prefeito, com toda boavontade queconseguia encontrarnessas ocasiões defalar em público,sacou forte e bomsom: "Povo de VilaMaria"... Houve umareação imediata daplateia, uma espéciede "óóó"... Lázaro EliasSeverino, assessor doprefeito, colado a ele,disse incontinenti emseu ouvido: "É VilaMarieta, prefeito!".

"Povo de VilaMarieta" – prosseguiuSetubal semdemonstrar alteração.E fez sua saudação(aliás, quem usava ofamoso "povo de VilaMaria" era JânioQuadros, de quem seiboas históriascontadas pelo seuvizinho no período deostracismo no Alto daBoa Vista , RobertoCamarinha).

Setubal cometeu oque se chama de atofalho, mas nem porisso se mostrouabalado. Eleaparentava sempreuma friezadesconcertante.E até onde possotestemunhar, em quepese a indicaçãoindireta e sua origemde homem rico e forado padrão político, outalvez até por isso, foium bom prefeito.

PAU L O SAAB É J O R N A L I S TA

E A N A L I S TA POLÍTICO

Avida cada vez valemenos, como se vê atodo ins tante . NoBrasil, não vale na-

da, ou quase nada. Vale emnossas leis, se bem que cadavez mais desdentadas e ava-calhadas pelas chicanas pro-cessuais que propiciam, nota-damente para os ricos.

Na prática, o que vemos égente agonizando abandona-da nos hospitais públicos emortes violentas por todos oslados. O jovem delinquentecompra sua primeira pistola e,para experimentá-la, mata al-guém na primeira oportunida-de. Um homem, como aconte-ceu não faz muito em Brasília,mata a namorada e, no dia se-guinte, comparece a uma dele-gacia, revela o crime, entrega ocorpo da vítima e a arma, e étambém solto na hora.

Matar, no Brasi l , é muitomais banal do que qualquer umde nós gosta de admitir. É mui-to fácil também. Como têm po-dido observar os que leem jor-nais e assistem a noticiários,há cidades (basta procurar noGoogle com jeito) onde é fácilcontratar um pistoleiro e man-dar matar um desafeto, con-tando ainda com a convenien-te circunstância de que a gran-de maioria dos homicídios nãoé esclarecida.

Para os casos mais triviais, di-zem que sai muito em conta, va-lendo de sobra uma herança emdisputa ou até um mero desa-gravo. E tem o carro, o métodomais fácil e seguro. Qualquerum pode tomar umas talagadas,pegar o carro e matar quem de-sejar. A relação custo-benefícioé incalculavelmente a favor doassassino e a embriaguez, emcertas subculturas nacionais, éaté atenuante. Em suma, entrenós há pouca diferença entrematar um rato e uma pessoa.Para não falar em matar um bi-cho do mato, mesmo em caso denecessidade, porque o Ibamaprende e o crime é inafiançável.

Mas, mesmo onde matar nãoé tão fácil e não há tamanha im-punidade, eliminar gente con-tinua uma atividade prioritáriaem boa parte do mundo e háquem faça disso o grande obje-tivo de sua existência. Um car-ro-bomba ou avião explodidoali, um massacre acolá, um ge-noc íd io a lhures . N inguémmais, com exceção dos atingi-dos, dá muita importância anotícias sobre esse tipo deocorrência, é tudo estatística.Dezenas de mortos, centenasde feridos, centenas de mor-tos, milhares de feridos, acabatudo misturado e esquecido.

Na verdade, matar o se-melhante é tão impor-tante para os humanos

que sempre houve um próspe-ro mercado para os fornecedo-res dos meios para a elimina-ção do outro. É interessanteque, quando pensamos emmarcianos de ficção científicaantiga, achamos que essesmarcianos, habitantes de umplaneta apenas um pouco me-nor que o nosso, seriam um to-do homogêneo e não, comonós, divididos ferozmente en-tre territórios e categorias asmais disparatadas e arbitrá-rias e indo às fuças uns dos ou-tros o tempo todo.

Quer dizer, achamos que ocerto seria vivermos harmo-niosamente, como seres domesmo planeta, que morremimediatamente, se não manti-verem contato direto com oque os circunda, a começarpelo ar e o alimento. Entretan-to, apesar disso, matamos ossemelhantes a torto e a direi-to e frequentemente conside-ramos nobres os mot ivos ,mesmo que saibamos que es-sa nobreza está no olho dequem mata.

Mas, não sei por quê, o quemais me intriga são os fabri-cantes da morte, agora maisvivamente, com as notícias dearmas químicas e biológicas

na Síria. Muitos venenos foramdescobertos por acaso, assimcomo cepas virulentas de mi-cro-organismos, mas há cien-tistas dedicados a criar os maisdevastadores agentes de mor-ticínio e sofrimento em massa.Dizem-nos que os mocinhosnão estocam essas armas, sóos bandidos — ao que manda asensatez responder com um"morda aqui". Ninguém sabeque pestes e pragas diabólicasestão encapsuladas nos arse-nais, ou quando algum desati-nado fará uso delas.

Uma dessas doenças, jáse divulgou faz tempo, éo antraz, também co-

nhecido como carbúnculo, tãobrabo que, no Nordeste, viroupalavrão, através da corrupte-la "cabrunco". Normalmentecontraído apenas por contatodireto com material infectado,em sua forma "evoluída" devepegar até pelo pensamento. Aintenção é matar, mas já li quenão se despreza o importante"efeito moral", obtido pela rea-ção dos contaminados, ao per-ceberem, a si mesmos e aoscircundantes, cobertos depústulas e chagas repulsivas.

Está bem, não se deve julgaro próximo, mas o que é que fazo sujeito trabalhar numa coisadessas e chegar intencional-mente a esses resultados? Di-

zer que a ciência, como a justi-ça, é cega – e, portanto, se de-senvolver uma forma altamen-te letal de uma doença está noslimites da ciência, ela deve serdesenvolvida – é a mesma coi-sa que saber que está nos limi-tes da ciência projetar umaúnica bomba que destruirá aTerra e fazer essa bomba. Nãoera necessário o antraz de la-boratório. Equipes de cientis-tas trabalharam sabe-se láquanto tempo para desenvol-vê-lo, sabendo perfeitamentepara que serviria e como pode-ria ser empregado. Será quenem um só desses caras se de-tém para pensar na monstruo-sidade que está ajudando a ge-rar? Como será que eles fazemos cálculos para estimar o nú-mero de infectados por hora, onúmero de óbitos por dia e as-sim por diante, sem imaginar osofrimento causado?

Estive assistindo a um ví-deo interessante, na In-ternet. Um químico fazia

uma palestra sobre uma belarãzinha alaranjada, nativa daAmérica Central, do tamanhoda unha do polegar. A rãzinha épredada por pássaros e preci-sa de uma defesa eficaz. Aí pro-duz na pele um dos venenosmais potentes já descobertos,que atua em doses infinitesi-mais. Não dá nem para abrir obico direito. Com o sistemanervoso bloqueado em milis-segundos, o pássaro cai duropara trás e a rãzinha salta fora.Ainda não sintetizaram o vene-no, mas é inevitável pensarque alguém pode estar se dedi-cando a isso, para legar ao fu-turo a possibilidade de, comuma ampolazinha jogada doalto, extinguir toda a vida ani-mal numa área qualquer. Po-de, não; deve estar, nossa es-pécie não falha.

JOÃO UBA L D O RI B E I RO É C RO N I S TA ,RO M A N C I S TA E P E RT E N C E À

ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS.

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sábado, domingo e segunda-feira, 25, 26 e 27 de agosto de 20124 DIÁRIO DO COMÉRCIO

CHARGE DO DIA

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sábado, domingo e segunda-feira, 25, 26 e 27 de agosto de 2012 5DIÁRIO DO COMÉRCIO

Foi alguma coisa que caiu mal na imagem, masisso muda, melhora.

Fernando Henrique Cardoso, ao avaliar a alta rejeição(38% do eleitorado paulistano) do candidato José Serra

(PSDB) à Prefeitura de São Paulo.

É preciso questionar os depoentes. Se eles nãoquerem se defender, cabe a eles decidir. A

nós, integrantes da CPI, cabe questionar.Álvaro Dias (PR), líder do PSDB no Senado, sobre os

depoentes da CPI do Cachoeira que entram mudos esaem calados, munidos de habeas corpus.

É preciso que, pelo menos o relator, faça osseus questionamentos.

Deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), sobre omesmo assunto.

A principalcaracterística

mafiosa do grupo é umcódigo de silêncio.Esse código está bemclaro aqui na CPI e naJustiça Federal: acúpula da organizaçãocriminosa não fala.

Léa Batista de Oliveira,procuradora da República

em Goiás, em depoimento naCPMI do Cachoeira.

Fica feio o acusado não se defender. Quandoum depoente usa o direito de permanecer

calado, podendo se defender, está, de certa forma,assumindo as imputações impostas.

Deputado Odair Cunha (PT-MG),relator da CPMI do Cachoeira.

O MP não colheu uma prova sequer, nemum mero indício de que João Paulo

beneficiou Marcos Valério.Ricardo Lewandowski

Núcleo duro do mensalão é que interessa.Ministra Eliana Calmon, corregedora do CNJ.

TUDO PODE ACABAR NA SEXTA-FEIRAOs grevistas agora correm contra o tempo.

Reajuste precisa ser incluído noorçamento e aprovado pelo Congresso.

Dia 31 é data limite para envio do projeto.

política

Governo dá prazo atéamanhã para os grevistasAs categorias que não concordarem ficarão sem o aumento. A proposta é de 15,8%, fatiada em três anos.

Ogoverno encerrouontem as rodadasde negoc iaçõescom os servidores

públicos federais em greve. Oministério do Planejamentodeu prazo até amanhã paraque os representantes das ca-tegorias assinem os acordosconcordando com o reajusteproposto pelo governo, de15,8%, dividido em três anos.

As categorias que não con-cordarem ficarão sem o au-mento. Apesar de os trabalha-dores saírem das negociaçõesinsatisfeitos com a oferta dogoverno, o secretário de Rela-ções do Trabalho do ministériodo Planejamento, Sérgio Men-donça, estava confiante deque a maioria das categoriasvai assinar os acordos.

Duzentas reuniões – De acor-do com Mendonça, "o longoprocesso de negociação estáencerrado", afirmou. "Vamosaguardar os retornos, emboravárias categorias sinalizaramque vão topar", disse. Desdemarço, quando foi iniciado oprocesso de negociação sala-rial, foram mais de 200 reu-niões para discutir o reajustedos servidores com mais de 31entidades sindicais.

Somente neste final de se-mana foram realizados 12 en-contros com representantesdo Incra, dos controladores devoo, da associação nacionaldos analistas e especialistasem infraestrutura, do Itama-raty e de trabalhadores dasáreas de ciência e tecnologia.

Na sexta-feira, dia 31, ter-mina o prazo para o envio doorçamento ao Congresso,com a previsão de gastos coma folha de pagamento dos ser-vidores para 2013. Até o mo-mento, só as negociações coma área de educação, segmen-to considerado estratégico eprioritário pelo governo, fo-ram resolvidas. Ainda assim,apenas duas federações, aque representa a minoria dosdocentes federais e a que re-presenta os técnicos adminis-trativos, aceitaram o acordo.

Bilhões na folha – Para os pro-fessores universitários, a pro-posta acordada foi reajustesque variam entre 25% e 40%,nos próximos três anos, e re-dução do número de níveis decarreira de 17 para 13. A ofertaterá custo de R$ 4,2 bilhõespara a folha de pagamento.

No caso, dos servidores ad-ministrativos das universida-des, o impacto do reajuste se-

rá de R$ 2,9 bilhões. O acordoprevê além do reajuste "parâ-metro'', incentivos à titulação.As ofertas prevêem reajustesde 15,8%, fracionados até2015. O ministério do Planeja-mento estima que a greve en-volva cerca de 80 mil servido-

res públicos federais. Em con-trapartida, os sindicatos cal-culam que cerca de 350 miladeriram ao movimento.

Corte de ponto – O governosinalizou ontem que poderárever o corte do ponto dos ser-vidores em greve há mais de

três meses. Mendonça adian-tou que, se for fechado umacordo para reposição dosdias parados, não haverá ocorte do ponto e poderá ser fei-ta a devolução do salário cor-tado. Essa negociação correem separado. (Agências)

Geraldo Magela/Ag. Senado

É tudo mentira.Ministro CezarPeluso, sobre a

possibilidade deantecipar seuvoto no STF.

O governo não é duro, ele sócumpre a lei – só que a lei é dura.

Luís Inácio Adams,advogado-geral da União,sobre o corte do ponto dos

servidores em greve.

São Paulo nãoquer mais prefeito

de meio mandato, nemde meio expediente.

Ex-presidente Lula,fustigando o

candidato tucanoJosé Serra.

Em 2006, quando saí da prefeitura,fui eleito na capital para

governador com votação maior doque para prefeito.

José Serra (PSDB),candidato à Prefeitura de

SP, minimizando arejeição do

eleitorado a ele.

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Alexandre Moreira/AE

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Grevistas em Brasília: governo federal calcula que 80 mil estão parados. Sindicatos informam que 350 mil servidores aderiram.

Valter Campanato/ABr - 21.08.12

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sábado, domingo e segunda-feira, 25, 26 e 27 de agosto de 20126 DIÁRIO DO COMÉRCIO

política A necessidade de os EUA estarem na Tríplice Fronteira é premente, diante de novo conflito que se desenha no Oriente Médio.André Martin, professor livre docente de Geopolítica da USP.

Os desafios políticospara a democracia na

Tríplice FronteiraO chefe da Geografia da USP diz que a deposição deLugo no Paraguai já vinha sendo orquestrada desde

2009, como revelaram documentos vazados peloWikileaks em 2011. "Os atores deste cenário são oMercosul e a Venezuela, contra Paraguai e EUA."

Fotos: Luiz Prado/Luz

Reprodução do Google Earth

André Martin: "O simples anúncio de que pretendia fazer uma reforma agrária levou o presidente Fernando Lugo ao cadafalso".

A região da Tríplice Fronteira no mapa (acima) e ocampo de aviação da base aérea deMarechal Estigarribia, que poderá ser reativadacom o novo governo paraguaio.

Armando C. Serra NegraNunca estivemostão politicamente àesquerda quantoagora, em claroconfronto com oconservadorismonorte-americano.

ANDRÉ MAR TIN

A Democraciaparaguaia foiferida, em umgolpe branco,pela ausênciade um processolegítimo deimpeachmente direitode defesa.

Os Estados Unidosestão sempre semovendo,mas sua presençana América Latinavem seenfraquecendoacentuadamente.

Levantes, revoluções egolpes de Estado sur-gem da confluência eembate de forças polí-

ticas. Os embates de superfí-cie são noticiados nos jornais,visíveis e submetidos à opi-nião pública. Os submersos,porém, não angariam man-chetes, embora possam serdetectados nas entrelinhasdas notícias. Muitas vezes,movimentações políticas re-gionais escondem fortes in-fluências internacionais, dan-do uma importância global aeventos locais.

Para fazer uma análise da de-posição do presidente Fernan-do Lugo no Paraguai, em 22 dejunho, suas causas e conse-quências, o Diário do Comércioentrevistou o professor livredocente de Geopolítica, AndréMartin, 58 anos de idade, chefedo Departamento de Geografiada Universidade de São Paulo(USP), que adverte: "Em políti-ca, ninguém é bonzinho".

Diário do Comércio – Oimpeachment de Lugo, aconsequente suspensão doParaguai no Mercosul e a imediataadesão da Venezuela ao bloco sãofatos interligados?

André Martin – Eles refletemo movimento das forças geo-políticas na América do Sul.Nunca estivemos tão politica-mente à esquerda quantoagora, em claro confronto como conservadorismo norte-americano. O golpe no Para-guai já vinha sendo orquestra-do desde 2009, conforme re-velaram documentos diplo-máticos americanos vazadospelo Wikileaks no ano passa-do. Os atores deste cenáriosão o Mercosul e a Venezuela,contra Paraguai e EUA.

DC – A situação política dopresidente Fernando Lugo exigiaum impeachment sumário?

Mart in – Fernando Lugo jáestava na reta final de seumandato, que terminaria emabril do ano que vem. Ele vinhaperdendo gradativamentesua base de apoio, por razõesinternas, como abandonar aIgreja Católica, de que era bis-po, e depois ao se descobrirque tinha filhos, comprome-tendo sua reputação comopessoa e como membro daIgreja. Também não foi capazde angariar apoio nos setoresorganizados da sociedade,principalmente dos campone-ses, cujos interesses defen-dia, e não tinha uma base par-lamentar. Seu próprio partido,a Aliança Patriótica de Mudan-ça, não o apoiou. Embora vies-se se isolando politicamente,

senador. Houve um pedido dereintegração de posse, obri-gando Lugo a enviar tropas pa-ra prevenir a violência e cum-prir a ordem judicial. Quando astropas chegaram, houve um ti-roteio, sem que nenhum dos la-dos admita tê-lo começado. Os

atiradores, e a que interessesestavam servindo, ainda nãoforam identificados. Do ladodos EUA, não é difícil imaginarque a CIA esteve por trás disso,principalmente porque o presi-dente da Câmara dos Deputa-dos do Paraguai comunicou-secom Washington logo após oimpeachment, oferecendo areativação da base aérea deMarechal Estigarribia, localiza-da perto da Tríplice Fronteira,construída na ditadura de Al-fredo Stroessner (1954-1989),além de acenar com a possibi-lidade de construção de outra,na fronteira com a Bolívia.

DC – Mas havia interesse dos EUAna deposição de Lugo?

Mar tin – Os EUA estão sem-pre se movendo, porém suapresença na América Latinavem se enfraquecendo acen-tuadamente. Não só o presi-dente do Equador, Rafael Cor-rea, fechou uma base militarem Manta, na cabeceira derios amazônicos, como a im-portância geopolítica da baseaérea de Marechal Estigarri-bia (cujas atividades militaresforam interrompidas por Lu-go) aumentou exponencial-mente, com o recrudescimen-

to político no Oriente Médio. Anecessidade de os EUA esta-rem presentes na região daTríplice Fronteira é premente,diante de um novo conflito quese desenha no Oriente Médio.Não devemos esquecer quehá sérias suspeitas de quenessa região, onde a comuni-dade árabe-muçulmana égrande, haja também célulasterroristas – supostamenteiranianas. Seriam as respon-sáveis pelo atentado em Bue-nos Aires, em 1994, contra aAsociación Mutual Israelita-Ar-gentina (AMIA), resultando em85 mortos e 300 feridos. Nosarredores de Foz do Iguaçu ePedro Juan Caballero, há umgrupo norte-americano desta-cado para analisar a entrada esaída de pessoas e dinheiro re-lacionados ao Oriente Médio.Assim, não há dúvida de queas crescentes tensões entre oEUA e Irã estejam relaciona-das, pelo menos indiretamen-te, ao impeachment de Lugo.O Brasil e a Argentina são con-tra a presença norte-america-na na Tríplice Fronteira, por-que controles aduaneiros de-vem ser nacionais e sobera-nos. Embora a vulnerabili-dade de uma vasta fronteiraadministrada por três paísesdiferentes seja grande, é umproblema de fácil solução me-diante acordos comuns. O de-sentendimento maior em re-lação a tudo isso é o afasta-mento da América do Sul emrelação às políticas dos EUA.

DC – Qual o motivo desseafastamento?

Martin – A tentativa de inte-gração da América Latina, pormeio da formação de um blocogeoeconômico poderoso – doqual o Mercosul é um embrião– coloca em xeque a influênciahegemônica dos EUA na re-gião. Quanto mais se chegaperto do objetivo, mais os EUAatrapalham. Praticam a políti-ca de se aproveitar da depen-dência dos Estados pequenos,frágeis, vulneráveis e falidos,para manter sua posiçãogeoestratégica. Em umaaliança com a França, em2004, expulsaram do Haiti opresidente Jean-BertrandAristide, e a ocupação foi en-tregue à ONU, sob a liderançadas tropas brasileiras. Em2009 houve uma quarteladaem Honduras, para depor opresidente Manuel Zelaya, e aconsequente ocupação mili-tar do país. As forças conser-vadoras da América Latina ali-nham-se a esses eventos, e osapoiam, enquanto as progres-sistas os condenam, instalan-do-se a polêmica e a tensãoentre ambas. Agora foi a vezdo Paraguai, o único país pró-americano no Mercosul. A pre-sença do Brasil nos eventoscaribenhos incomodou osEUA, que tentam impedir a as-censão do Brasil como líderdas Americas do Sul e Latina.

DC – O Paraguai era contra aentrada da Venezuela noMercosul?

Martin – O Senado para-guaio é fortemente contra,porque representa um setorsocial muito ligado ao primei-ro mundo, seu grande merca-do importador de soja. Ironica-mente, grande parte dessaprodução está em mãos de"brasiguaios".

DC – A Venezuela aproveitou-se dasituação para ser admitida? Qualseu novo papel?

Martin – A suspensão do Pa-raguai também feriu a Consti-

ACSP é solidária com o novo governoEm 2 de julho passado, o presidente

da Associação Comercial de SãoPaulo (ACSP) e da Federação das

Associações Comerciais do Estado de SãoPaulo (Facesp), Rogério Amato, envioucarta à Federación de La Producción, la In-dustria y El Comercio, e à Cámara Nacio-nal de Comercio y Servicios de Paraguaysolidarizando-se e apoiando o governo,os empresários e o povo paraguaios,diante da abrupta suspensão do Paraguaido Mercosul, sem que fosse asseguradoao País o direito de defesa, em flagrantedesrespeito às regras do grupo.

Amato colocou-se à disposição paracontribuir para o estreitamento das rela-ções comerciais e pessoais entre os em-presários dos dois países. A carta foi pu-blicada com destaque nos principais jor-nais do País, Ultima Hora e ABC Color.

O professor e jurista Ives Gandra Mar-

tins concorda com a posição da ACSP eda Facesp de que a deposição do presi-dente Fernando Lugo, do Paraguai, foiconstitucional. "Ela está prevista no Ar-tigo 225 inciso III da Constituição do Pa-raguai, que prevê a 'destituição do pre-sidente por mau desempenho'."

Quanto à polêmica segundo a qual Lu-go não teve tempo de se defender antesde ser deposto, Ives Gandra lembra queaquele foi o 25º pedido de impeachmentsofrido por Lugo, "de modo que toda suadefesa já fora feita anteriormente, nãohavendo nada mais que pudesse seracrescentado. Ele perdera completoapoio parlamentar, contando com ape-nas um voto a seu favor na Câmara dosDeputados e quatro no Senado. Comopoderia continuar governando?", inda-ga Ives Gandra.

"A vigência da democracia naquele

país é plena – mais do que na Argenti-na, Venezuela, Bolívia e Equador", afir-ma o jurista. "O processo foi desenvol-vido com tranquilidade, e Lugo já ace-na com sua candidatura a senador.Quando a votação de impeachment doex-presidente Fernando Collor foi aplenário, em 1992, ele foi condenado edeposto no mesmo dia, tornando-seinelegível por oito anos."

Para Ives Gandra, "o que foi inconsti-tucional foi a entrada da Venezuela noMercosul, quando o Brasil agiu contra oTratado de Assunção, de 1991".

No Capítulo IV, segundo ele, está es-crito, textualmente: "A aprovação dassolicitações [de ingressos de novospaíses] será objeto de decisão unâni-me dos Estados Partes" – e o Paraguaiesteve ausente dessa votação por es-tar suspenso. (AC S N )

não havia absolu-tamente nada quejustificasse a in-terrupção abruptade seu mandatopelo Congresso. AConstituição e aDemocracia para-guaias foram feri-das, em um golpebranco, pela au-sência de um pro-cesso legítimo deimpeachment ede seu direito dedefesa.

DC – Que interessesnacionais e internacionais estãoenvolvidos no impeachment deLugo?

Ma rtin – Houve uma conver-gência de interesses. Do ladodo Congresso paraguaio, foi ode solapar o fortalecimentodas forças progressistas liga-das aos camponeses, em bene-fício dos grandes latifundiários.O simples anúncio de que pre-tendia fazer uma reforma agrá-ria levou Lugo ao cadafalso,precipitando um golpe preven-tivo, cujo estopim foi a invasãode uma grande propriedade ru-ral pertencente, veja só, a um

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sábado, domingo e segunda-feira, 25, 26 e 27 de agosto de 2012 7DIÁRIO DO COMÉRCIO

As próximas pesquisas não devem revelar alterações. O eleitor ainda não está engajado na campanha.Emmanuel Publio Dias, professor da ESPM.política

tuição do Mercosul. Permitir aentrada da Venezuela, com aausência do único país do blo-co que poderia se opor (e quena ocasião também assumi-ria sua presidência temporá-ria), faz com que sua admis-são seja obtida de forma opor-tunista, levando a Venezuelaa entrar pela porta dos fun-dos. O procedimento corretoseria convencer o Senado pa-raguaio da importância eco-nômica do ingresso da Vene-zuela, como vinha sendo feito[na quinta-feira passada, 23 deagosto, após esta entrevista, oSenado paraguaio rechaçou por31 votos a favor e 3 contra, com11 ausências, a adesão da Vene-zuela ao Mercosul]. Evitandoinsistentemente sua entrada(por razões ideológicas con-tra o governo Chávez), o Se-nado paraguaio estava preju-dicando o próprio bloco; sus-pendê-lo, portanto, foi o con-tra-golpe do Mercosul. A Ve-nezuela tornou-se um navioquebra-gelo, abrindo cami-nho para países de regimemais à esquerda, como Equa-dor e Bolívia aderirem. Sobesse ponto de vista, o imbró-glio acabou sendo um ganho,porque virão mais países parao Mercosul, fortalecendo suaeconomia e importância geo-política. Mas a ausência do Pa-raguai, mesmo que temporá-ria, é lamentável.

Relações tensas eideologicamenteopostas são terrenofértil paramecanismospolíticos degovernabilidadeespúrios.

DC – O Paraguai pode retaliar?Martin–Será preciso avaliar

se o processo da próxima elei-ção será democrático, pois orisco é alto, com possíveis dis-túrbios populares. Nesse ca-so, o retorno ao Mercosul serávetado; no momento, o presi-dente interino Federico Fran-co acenou com o corte da quo-ta paraguaia de energia elé-trica, produzida em Itaipu, pa-ra o Brasil, embora o diretorda usina tenha declarado pos-teriormente que o acordo bi-lateral é "blindado" politica-mente. Ameaça também le-var a decisão do Mercosul desuspender o Paraguai à CorteInternacional de Justiça deHaia, e o possível ingresso dopaís na Aliança do Pacífico,constituída por Chile, México,Peru e Colômbia e que está in-teressada nos estímulos eco-nômicos futuros dos EUA.

DC – Como avalia a situação dasesquerdas na América do Sul?

Martin – Se, tradicionalmen-te, o poder Executivo sempreesteve em mãos conservado-ras, contrapondo-se às pro-gressistas do Legislativo, o quetemos hoje é uma inversão devalores. O baixo nível de politi-zação popular tornou a eleiçãopara presidente a expressãomais democrática, retratandoa vontade nacional, enquantoos votos para o Legislativo sepulverizaram nas elites con-servadoras, que mantiveramuma presença eleitoral ex-pressiva por meio de curraiseleitorais – muitos criados ain-da na época das ditaduras. Écrucial para a democracia queo Parlamento tenha força; masse está impregnado de forçasconservadoras, passa a serpouco representativo da von-tade popular como um todo.Essa questão está atravessan-do todos os países da AméricaLatina atualmente, represen-tando o grande desafio para ademocracia.

DC – Essa dinâmica ajuda aentender o Mensalão...

Martin – De fato, relaçõestensas e ideologicamenteopostas são terreno fértil paramecanismos políticos espú-rios de governabilidade.

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Uma questão detempo, apenas.

JOSÉ

MÁRCIO

MENDONÇA

Asessão de hoje do jul-gamento do Mensa-lão abre-se com o mi-

nistro relator Joaquim Bar-bosa apresentando sua ré-plica ao voto de quinta-feirado ministro revisor RicardoLewandowski. Em seguida,Lewandowski faz a tréplica.E pronto, espera-se. Na se-qüência começam a darseus votos os outros noveministros, em ordem inver-sa de antiguidade, a come-çar pela ministra Rosa We-ber, a novata do SupremoTribunal Federal, indicadape la pres idente D i lmaRousseff. Apenas três mi-nistros não foram nomea-dos por Lula ou Dilma: Celsode Mello, Marco Aurélio Mel-lo e Gilmar Mendes.

Relator e revisor terão 20minutos para a réplica e tré-plica, acertou com eles opresidente Ayres Britto. Edeverão evitar novos con-frontos. Combinou-se tam-bém, informalmente, queBarbosa e Lewandowskitentarão ser mais concisosem suas apresentações. Eque os demais (chamadosvogais) devem tentar enfei-xar seus votos em no máxi-mo 15 minutos. A dúvida é,olhando-se o plenário decapas pretas, se todos seconformarão apenas comesses "15 minutos de fa-ma".

A preocupação em disci-plinar o tempo, conter de-bates e intermináveis répli-cas e tréplica é para evitarque o julgamento se esten-da demais, prejudicandooutros temas importantesque os ministros têm emmãos para julgar. Quando ocronograma do julgamentofoi estabelecido, com muitacatimba aliás, imaginava-se que tudo poderia estarterminado até o fim destasemana. O andar do cabrio-lé do Supremo nessas duasprimeiras semanas, no en-tanto, mostrou que a coisapor ir muito longe.

O sempre falante minis-tro Marco Aurélio diz que orisco é nem terminar esteano. Aí sim, viraria o "o

maior julgamento da histó-ria"” ou o "julgamento doséculo" – pelo tempo gasto.Com o risco adicional deaborrecer os protagonistase a platéia.

Mas há outro risco: o deAyres Britt, também ficarfora de parte das decisões.Assim como seu colega Cé-sar Peluso, que esta sema-na despede-se da Corte,pois completa 70 anos nasegunda-feira, Britto cai nachamada compulsória emnovembro. Não prejudicaráo resultado geral, nem serámotivo para pedido de anu-lação de sentenças, masnão seria bom para a ima-gem do Supremo. E trariauma situação esdrúxula: osubstituto de Britto é Joa-quim Barbosa, que é o rela-tor do Mensalão. Como pre-sidente, ele poderia ter dedirimir pendências geradaspor sua própria condição derelator.

Peluso participa apenasdas sessões de hoje, quartae quinta feira. Possivelmen-te só vota nos casos já defi-nidos até agora por Barbosae Lewandowski e talvez emmais um ítem dos oito emque o relator dividiu seu vo-to. A não ser que ele optepor dar um voto completoÉpossível sim, Mas ficaria es-quisito também. Lewan-dowski e Marco Aurélio sãocontra. Peluso mantém adúvida, não dá indicaçõesde como pretende agir.

Agora é horade 'fisgar' o eleitor

Depois da apresentação, vem a fase da conquista. Do eleitor pelo candidato.

Passada a primeira se-mana do horário polí-tico gratuito no rádio ena televisão, começa

agora uma nova fase para oscandidatos a prefeito, em SãoPaulo. Cada partido intensifi-ca suas estratégias para a con-quista dos votos.

Se na semana passada oscandidatos foram apresenta-dos ao eleitor e mostraramseus padrinhos políticos, ago-ra é a vez das propostas e doseventuais ataques e contra-ataques entre eles.

No PSDB, como José Serratem praticamente 100% de re-conhecimento do eleitor, a pri-meira semana de programasjá começou com a apresenta-ção das propostas. Segundo acoordenação da campanha, omomento agora é de pôr maisemoção nas apresentações ereforçar as realizações de Ser-ra em seus mandatos na admi-nistração municipal e no go-verno, incluindo a passagempelo Ministério da Saúde, en-tre 1998 e 2002. O governadorGeraldo Alckmin (PSDB) e oprefeito Gilberto Kassab (PSD)devem entrar nesta fase dadisputa eleitoral.

Amargando um terceiro lu-gar nas pesquisas pré-horárioeleitoral gratuito com 9% dasintenções de voto, o petistaFernando Haddad precisa, de-sesperadamente, do palan-que eletrônico, já que ele é omenos conhecido entre os

principais concorrentes. Nos 7minutos e 39 segundos quetem, segundo o coordenadorda campanha Antonio Donato,a ideia é intensificar o novo e arenovação na política, apon-tando sempre que possívelque a cidade precisa de prefei-tos que terminem o mandato.

A "cutucada" vai direto paraSerra, que abandonou a pre-feitura em 2006 para concor-rer ao governo estadual.

Além disso, os programastambém vão atacar direta-mente os problemas da cida-de, apontando-os como falhasda atual administração deKassab. A presença do ex-pre-sidente Lula será cada vezmaior, e a presidente DilmaRousseff também deve parti-cipar a partir de agora.

Primeiro lugar nas pesqui-sas antes do início do horárioeleitoral, Celso Russomanno(PRB) tem a missão de manteresse quadro nos próximos

programas. Para isso, o coor-denador de marketing dacampanha, Ricardo Bérgamo,diz que aposta no carisma e naexperiência do candidato comas mídias eletrônicas.

O especialista em marke-ting político e professor daESPM Emmanuel Publio Diasdiz que os programas eleito-rais gratuitos no rádio e tevênão devem influenciar o elei-tor neste primeiro momento.

"As próximas pesquisas nãodevem revelar alterações. Oeleitor ainda não está engaja-do na campanha. Isso só acon-tece no final da disputa, quan-do o processo toma conta damídia e das conversas nasruas". A fórmula dos progra-mas, segundo Dias, é a mes-ma há décadas. As mudançasnessas eleições aparecem natecnologia, principalmente naqualidade das imagens dosgrandes partidos, como o PTou o PSDB, conclui.

Propaganda eleitoral: a grande novidade é a qualidade das imagens.

Clayton de Souza/AE – 21/3/2012

Suspenso debatecom Paulinho na ACSP

Ocandidato do PartidoDemocrático Traba-lhista (PDT) à Prefeitu-

ra de São Paulo, Paulo Pereirada Silva, o Paulinho da Força,cancelou, na última sexta-fei-ra, sua participação no "Ciclode Debates com os Candida-tos a Prefeito de São Paulo"promovido pela AssociaçãoC o m e r c i a l d e S ã o P a u l o(ACSP), que aconteceria hoje.

Em nota, a Associação infor-ma que foi surpreendida peladecisão de Paulinho e que de-cidiu cancelar o evento.

O comunicado da ACSP, as-sinado pela presidência, é oseguinte, na íntegra: "A Asso-ciação Comercial de São Paulocomunica que o candidato aPrefeito pelo PDT, Paulinho daForça, cancelou nesta sexta-feira (dia 24) sua participaçãono Ciclo de Debates com osCandidatos a Prefeito de SãoPaulo, marcada para o dia 27próximo (segunda-feira).

Surpreendida pela decisãodo candidato, tomada pratica-mente em cima da hora, a en-tidade não teve tempo hábilpara reformular sua progra-mação, ficando, assim, cance-lado o evento.

"O próximo candidato a seapresentar no Ciclo de Deba-tes será Gabriel Chalita, doPMDB, no dia 5 de setembropróximo (quarta-feira)".

O primeiro candidato a pre-feito a expor o programa degoverno em palestra na ACSPfoi Fernando Haddad (PT), nodia 13 passado. Em seguida,no dia 20, foi a vez de SoninhaFrancine (PPS).

Estão previstas ainda asapresentações do candidatoGabriel Chalita (PMDB), no dia5 de setembro; de Celso Rus-somano (PRB), no dia 11; e deJosé Serra (PSDB), no dia 24.

Chalita está previsto para o dia 5

Clayton de Souza/AE – 15/8/2012

Mário Tonocchi

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sábado, domingo e segunda-feira, 25, 26 e 27 de agosto de 20128 DIÁRIO DO COMÉRCIO

APOIOIrã convida líderesdos Não-Alinhadosa visitar usinasn u c l e a re s

ÁFRIC AMulheres de Togofarão greve de sexopara exigir renúnciado presidententernacional

NOVO MASSACRE NA SÍRIAAtivistas denunciam bombardeios e execuções sumárias em Daraya, nos arredores da capital. Pelo menos 330 pessoas morreram em ofensiva do governo.

Osubúrbiod e D a-r a y a , a

sete qui lôme-tros de Damasco, foi cenário domaior massacre dos 17 mesesde confrontos na Síria. Segun-do ativistas, pelo menos 330pessoas foram mortas entreterça-feira e sábado. Suspeita-se que a ofensiva de cinco diastenha sido perpetrada pela"shabiha", milícia ligada ao re-gime de Bashar al-Assad.

Outros relatos dizem que onúmero de vítimas pode che-gar a mais de 600 mortos. Comas restrições à atividade dosjornalistas impostas pelo go-verno sírio, a imprensa mun-dial tem dificuldade em confir-mar o número.

A S ana, agência oficial dogoverno, divulgou nota dizen-do que "a heroica força arma-da livrou Daraya de remanes-centes de grupos terroristasque cometeram crimes contraos filhos da cidade".

À sudoeste da capital e próxi-ma do aeroporto militar Meze,Daraya era um dos pilares deapoio à oposição na região me-tropolitana de Damasco.

O governo de Bashar al-As-sad iniciou uma ofensiva à ci-dade no início da semana por-que rebeldes haviam estabe-lecido um grande arsenal den-tro da cidade.

Tropas do governo cerca-ram Daraya e criaram postosde controle e impediram a en-trada de alimentos e outrossuprimentos, disseram mora-dores. A eletricidade, a inter-net e o serviço de telefone fo-ram cortados.

No meio da semana, cente-nas de soldados sírios entra-ram na cidade, apoiados portanques e caminhonetes commetralhadoras.

Soldados e milicianos do go-verno inicialmente enfrenta-ram forte resistência do Exér-cito Livre da Síria, mas reto-maram o controle de Darayana sexta-feira.

Muitos corpos foram encon-trados dentro de casas, o queindica que elas foram invadi-das por forças do governo. Aomenos 50 estavam no porãode uma mesquita.

A maioria dos mortos pare-

cia ser de jovens rapazes, masvídeos postados ontem na in-ternet mostram crianças comtiros na cabeça.

O Observatório Sírio para osDireitos Humanos, baseado noReino Unido, informou que 32corpos foram encontrados nasruas. As vítimas foram mortaspor "armas de fogo e em execu-ções sumárias" e, entre elas,havia três mulheres e duascrianças, disse a organização.

Antes do massacre, a locali-dade, de cerca de 200 mil ha-bitantes e maioria sunita, pas-

sou por três dias de bombar-deio aéreo.

Os confrontos estão intensosem toda a Síria, onde a rebeliãode 17 meses se torna cada vezmais sangrenta, especialmen-te na cidade de Alepo.

Caças lançaram bombas emísseis nos distritos controla-dos pelos rebeldes, ao sul damaior cidade síria, enquanto osmoradores fugiam, em pânico.

Os bombardeios aéreostambém castigaram Deraa eas localidades próximas deDael, Al Karak e Al Hirak.

Enquanto isso, as tropas doregime usaram tanques e heli-cópteros para bombardear aslocalidades de Al Sabina, AlAbada, Zabadani e Zamalka,nos arredores da capital síria.

Ocidente - Assad, que se reu-niu ontem, em Damasco, comuma delegação iraniana, dis-se que a culpa da crise em seupaís é do Ocidente. "O que estáacontecendo não é uma açãosó contra a Síria, mas à regiãocomo um todo. O povo sírionão permitirá isso, não impor-ta o quanto custe", disse. "Co-

mo o país tem uma posição es-tratégica, as potências es-trangeiras o estão atacandopara que a conspiração tenhasucesso em toda a região."

Assad tem definido o brutalconflito como uma luta contraos "terroristas" estrangeirosque estariam sendo auxilia-dos pelo Ocidente e pelos mu-çulmanos sunitas inimigos daSíria na região, o que incluiria aArábia Saudita.

"A Síria continua a estraté-gia de resistência apesar dosesforços conjuntos do Ociden-

te e de algumas nações da re-gião para que o país mude suaposição", disse.

A revolta contra Assad co-meçou em março do ano pas-sado. A violência dos confron-tos já deixou mais de 20 milmortos, segundo a oposição, e200 mil sírios fugiram parapaíses vizinhos, de acordocom a Organização das Na-ções Unidas (ONU).

Jornalistas - O motorista sí-rio que levou a jornalista japo-nesa Mika Yamamoto para acidade de Alepo afirmou queela foi morta a tiros por milicia-nos leais ao Assad, após seguirrebeldes em uma missão deresgate de civis.

O motorista de 38 anos, quese identificou apenas como Ab-dulrahman, disse à Reuters queMika e seu colega Kazutaka Sa-to cruzaram a fronteira turcacom dois jornalistas que traba-lhavam para a emissora de tele-

visão Al - H ur r a , fi-nanciada pelosEUA, e pediramque fossem leva-dos a Alepo, nonorte do país.

Os jornalistasda Al-Hurra f o-ram detidos pormi l ic ianos emAlepo e estão de-s a p a r e c i d o sdesde então.

Abdul rahmanaf i rmou que ogrupo pediu queos levasse paraS a l ah ed d i ne ,uma região da ci-

dade onde rebeldes estãocombatendo as forças de As-sad há semanas.

A equipe conversou com ocomandante de uma unidadeda brigada rebelde Tawheed,chamado Abu Nasser, que osalertou sobre o perigo de acom-panhar missões de resgate.

"Abu Nasser disse que obairro de Suleiman al-Halabinão estava totalmente contro-lado pelos rebeldes e que o lo-cal era cheio de soldados e'shabiha'", disse o motorista,referindo-se a grupos parami-litares leais a Assad e acusa-dos por algumas das maioresatrocidades cometidas duran-te a revolta. (Agências)

Centenas de corpos são enterrados em valas comunsem Daraya, alvo de ataques do governo (à esq.).Bombardeios também atingem Alepo (acima).

Isaac chegou ao sul da Flórida com ventos de 100 quilômetros por hora, provocando chuvas torrenciais.

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Na rota do furacãoEUA se preparam para chegada de Isaac, o mais destruidor desde Katrina.

Fumaça negra sobre a VenezuelaSobe para 41 o número de mortos em incêndio na maior refinaria do país

Bombeiros ainda tenta-vam controlar ontem ofogo resultante da ex-

plosão ocorrida, no sábado, narefinaria de Amuay, a maior daVenezuela e uma das maioresdo mundo. As autoridades ve-nezuelanas afirmaram que asoperações não serão retoma-das até que o incêndio seja to-talmente extinto. Ontem, su-biu para 41 o número de mor-tos no acidente.

O governo informou aindaque pelo menos 86 pessoas re-ceberam algum tipo de atendi-mento médico e cerca de 20 fe-ridos permanecem internadosem hospitais da região.

A explosão, provocada porum vazamento de gás, ocorreupouco depois das 11h de sexta-feira no horário de Brasília (1hde sábado, no horário local). Arefinaria está localizada a 530quilômetros de Caracas.

Ontem, bombeiros tenta-vam extinguir as chamas, queestavam limitadas a dois tan-ques de armazenamento degás. Mesmo assim, colunas defumaça eram visíveis a 30 qui-lômetros de distância.

As autoridades disseramontem que as operações de-vem ser retomadas em doisdias e garantiram que o paísatenderá as necessidades do-mésticas e os compromissosde exportação. (Agências)

Densas colunas de fumaça são visíveis a 30 quilômetros de distância

Moradores aguardam retirada após destruição de suas casas

Fotos: Gil Montano/Reuters

Shaam/Reuters Youssef Boudlal/Reuters

Os Estados Unidos sepreparam para a pas-sagem da tempesta-

de tropical Isaac, que podese tornar o furacão mais for-te desde o Katrina, que em2005 causou a morte demais de 1,8 mil pessoas. Osgovernadores do Alabama,Mississippi, Louisiana e Fló-rida declararam ontem esta-do de emergência, levandocentenas de pessoas a aban-

donarem suas casas. Até aconvenção do Partido Repu-blicano, que ocorrerá na Fló-rida, teve que ser adiada.

A convenção, em que MittRomney será nomeado comoo candidato a desafiar o presi-dente Barack Obama nas elei-ções de novembro, estavaoriginalmente marcada paraacontecer de segunda a quin-ta-feira. Mas os organizado-res disseram que a reunião

começaria na terça-feira de-vido ao Isaac.

A previsão é que o Isaac en-tre no Golfo do México hoje,quando ele deve se fortalecerà categoria 2 de furacão, comventos de 160 quilômetrospor hora.

Ao menos oito pessoas mor-reram no Haiti e outras duas naRepública Dominicana duran-te a passagem de Isaac peloCaribe no sábado. (Agências)

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sábado, domingo e segunda-feira, 25, 26 e 27 de agosto de 2012 9DIÁRIO DO COMÉRCIO

DIVISÃO TÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3ABERTURA DE LICITAÇÕESEncontram-se abertos no Gabinete, os seguintes pregões:REABERTURA - PREGÃO ELETRÔNICO 246/2012-SMS.G, processo2012-0.131.210-4, destinado ao registro de preço para o fornecimento deLUVA PARA PROCEDIMENTO, para a Divisão Técnica de Suprimentos -SMS.3/Grupo Técnico de Compras - GTC/Área Técnica de Material MédicoHospitalar, do tipo menor preço. A abertura/realização da sessão pública de pregãoocorrerá a partir das 09h30min do dia 12 de setembro de 2012, pelo endereçowww.comprasnet.gov.br, a cargo da 5ª Comissão Permanente de Licitações daSecretaria Municipal da Saúde.PREGÃO ELETRÔNICO 307/2012-SMS.G, processo 2012-0.191.865-7, destinadoao registro de preço para o fornecimento de RESINAS FOTOPOLIMERIZÁVEIS,para a Divisão Técnica de Suprimentos - SMS.3/Grupo Técnico de Compras -GTC/Área Técnica de Odontologia, do tipo menor preço. A abertura/realizaçãoda sessão pública de pregão ocorrerá a partir das 9 horas do dia 18 de setembrode 2012, pelo endereço www.comprasnet.gov.br, a cargo da 4ª ComissãoPermanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde.RETIRADA DE EDITAISOs editais dos pregões acima poderão ser consultados e/ou obtidos nos endereços:http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br; www.comprasnet.gov.br, quandopregão eletrônico; ou, no gabinete da Secretaria Municipal da Saúde, na Rua GeneralJardim, 36 - 3º andar - Vila Buarque - São Paulo/SP - CEP 01223-010, mediante orecolhimento de taxa referente aos custos de reprografia do edital, através do DAMSP,Documento de Arrecadação do Município de São Paulo.DOCUMENTAÇÃO - PREGÃO ELETRÔNICOOs documentos referentes às propostas comerciais e anexos, das empresasinteressadas, deverão ser encaminhados a partir da disponibilização do sistema,www.comprasnet.gov.br, até a data de abertura, conforme especificado no edital.

SECRETARIA DA SAÚDE

nternacional

Síria dividida. Também em São Paulo.Longe dos conflitos, imigrantes mais recentes apoiam os rebeldes. Já as primeiras famílias da comunidade defendem a permanência do governo de Assad.

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em Alepodurante tiroteio

Paulo Pampolin/Hype

Eduardo Elias: solução pode incluir permanência de Assad.

Arthur Gebara

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Síria tem preo-cupado as inúmeras famíliasde São Paulo que ainda têmparentes e amigos naquelepaís, principalmente pelas di-ficuldades na comunicaçãonas áreas atingidas pela guer-ra civil. O fogo cruzado entreas forças do governo e a agoraorganizada oposição ao go-verno de Bashar al-Assad, re-presentada pelo ConselhoNacional Sírio (CNS), tem dei-xado muitas baixas entre opovo sírio. O conflito que jámatou mais de 20 mil pes-soas, desde março de 2011,vem castigando a população,sem perspectiva de uma solu-ção imediata, apesar dos es-forços da Organização dasNações Unidas (ONU) e da Li-ga Árabe. Na semana passa-da, as duas entidades elege-ram o argelino Lakhdar Brahi-mi, especialista em mediar si-tuações difíceis (esteve noIraque e no Afeganistão), pa-ra substituir Kofi Annan comoo mediador internacional pa-ra a Síria. Em seus primeirospronunciamentos, Brahimiafirmou que a guerra civil é aforma de conflito mais cruelque existe: "É terrível quandoum vizinho mata o seu vizi-nho. Já não é o caso de evitar-mos a guerra civil na Síria, aprioridade agora é pará-la",disse o mediador, que já rece-be críticas dos rebeldes pornão ter deixado claro que As-sad deve deixar o poder.

Negociadores do presiden-te Assad, porém, sinalizaramem Moscou, na última terça-feira, através do vice-premiêda Síria, Qadri Jamil, que o go-verno está disposto a iniciarnegociações com a oposiçãoaté para uma eventual saídade Assad, desde que a renún-cia não seja a condição para oinício das negociações. O co-municado foi feito um dia apóso presidente norte-america-no, Barack Obama, afirmarque os Estados Unidos pode-riam intervir na Síria caso seconfirmem indícios do uso dearmas químicas.

A comunidade sírio-brasilei-ra está preocupada com osdestinos do país do OrienteMédio, e mostra, também, es-tar dividida em relação à guer-ra civil. Embora a maior partedos seus membros procurenão falar sobre o conflito, osimigrantes mais recentesapoiam as forças de oposição.Já os descendentes e imigran-tes mais antigos deixam claroque a melhor solução seria apermanência do atual gover-

no com algumas mudançaspontuais. Ficamais fácil enten-der as razões dessa divisão nacomunidade se levarmos emconsideração a origem de cadagrupo: os que apoiam os rebel-des chegaram ao Brasil nas úl-timas décadas e afirmam tergrande apreço pela democra-cia e liberdade que vivem noBrasil. Por sua vez, os descen-dentes das famílias que vierampara cá no início do século XXainda têm na memória a razãoda diáspora síria. Cristãos, emsua maioria, os pioneiros daimigração síria no Brasil que-rem evitar que as perseguiçõesocorridas durante o ImpérioTurco-Otomano se repitam.

Brasileiros na oposição

No Brasil, a oposição ao go-verno sír io manifesta-se,principalmente, através deprotestos em locais públicos ediante do consulado sírio, or-ganizados, principalmente,pelo Comitê de Apoio à Luta eRevolução do Povo Sírio. Seucoordenador, Mohamed ElKadri, é um dos principais por-ta-vozes da oposição no Bra-sil: "O que está acontecendona Síria é uma tragédia huma-nitária, uma situação catas-trófica. Entre duzentas e tre-zentas pessoas são mortasdiariamente no país. Os feri-dos não têm assistência e aviolência contra a populaçãoaumenta a cada dia."

Mohamed El Kadri, tambémpresidente da União NacionalIslâmica, acredita que a revo-lução agora não tem mais vol-ta. "O povo sírio escolheu aca-bar com o atual regime a qual-quer custo, pagando com aprópria vida se for necessário.Não existe negociação com oatual governo."

O coordenador do grupo deoposição no Brasil conta queAssad mantém-se no podercom o apoio dos empresários,comerciantes e militares be-neficiados pelo governo: "Ogrupo que apoia Bashar temalauitas, sunitas, cristãos,pessoas de todas as origensque exercem o poder político eeconômico no pais."

El Kadri afirma que não existeluta religiosa nem a ameaça deque um grupo radical islâmicotome o poder: "Não existe sec-tarismo na Síria. Todas as reli-giões vivem em harmonia. Ogoverno está assustando oscristãos e as outras minoriasafirmando que os radicais to-marão o poder na Síria, insti-tuindo a lei da Sharia. Nada dis-so é verdade", completa.

Quem viu de perto a guerrae a violência em Homs tam-bém tem esperanças de mu-danças. Há poucos meses noBrasil, Mohamed Abdul, casa-

do com uma brasileira, temdois filhos e deixou a cidadeonde vivia com a família fugin-do da violenta repressão dogoverno aos opositores. "OExército utilizou armas de fo-go contra a população desar-mada, que pedia a saída dopresidente Assad. Os mem-bros das Forças Armadas sí-rias são obrigados a seguir asordens do governo e seus co-mandantes sob pena de se-rem fuzilados."

Abdul lembra que, após osbombardeios a Homs, as pes-soas que tentavam sair da cida-de eram alvejadas. "Quem par-ticipasse de qualquer movi-mento de oposição era imedia-tamente preso ou torturado."Ele e sua família conseguiramfugir da guerra com a ajuda desoldados do Exército Livre Sírio(ELS), formado por desertoresdo Exército sírio, que os condu-ziram até a embaixada brasilei-ra em Damasco.

Ameaça: governo radical

O advogado Eduardo FelícioElias é um dos principais repre-sentantes da comunidade síriano Brasil. Ele é diretor do clubeHoms, tradicional entidade sí-rio-brasileira que tem o nomeda cidade que se tornou umsímbolo da oposição na guerracivil. Aqui em São Paulo, no en-tanto, batiza um reduto deapoio a uma solução que incluaa permanência do governo As-sad. "Os sírios brasileiros deorigem cristã temem que aeventual queda de Assad pro-

voque uma guerra sectária en-tre religiões. Existem facçõesradicais que querem limpar re-ligiosamente a Síria a qualquercusto. Hafez al-Assad, pai doatual presidente, fez uma coisainteligente quando eliminou ainfluência religiosa do gover-no. O atual governo é uma ga-rantia de proteção à minoriacristã".

Para Elias, a rebelião não éproduto do povo sírio: "Alémdo Ocidente, que mostra umaversão muito pior do que real-mente ocorre na Síria, árabesde toda a região estão tentan-do interferir nos movimentosde oposição para estabelecerum governo islâmico radical eimpor a Sharia, lei islâmica".

Hoje, os cristãos represen-tam 12 % da população de 22milhões de habitantes. Os su-nitas, 70%, e a facção xiita-alauita, do presidente Assad,13%. Drusos, turcomanos eoutros somam 5%. No início dachamada Primavera Árabe,Assad afirmou estar imune àsrebeliões em série na Tunísia,Egito e Líbia que derrubaramos seus respectivos ditadores.Mas o presidente sírio acabousurpreendido por um fortemovimento de oposição.

Elias lembra que, além daameaça do radicalismo islâmi-co, o Ocidente também temtentado impor à Síria mudan-ças que talvez não esteja pre-parada para promover: "O paísesteve dominado por outrospovos até meados do séculoXX. Passou por momentos difí-ceis sob o jugo do Império Tur-

co-Otomano e, em seguida, docolonialismo europeu. Qual-quer mudança, portanto, deveser feita gradualmente, deacordo com a realidade políticae cultural do país."

Desinformação

Também adepta de uma mu-dança gradual, através de ne-gociações ou de eleições queincluam o atual governo, a psi-cóloga, escritora e especialistaem temas árabes Claude FahdHajjar acrescenta mais um da-do à discussão: "A imprensaocidental é teleguiada pela lei-tura equivocada dos EstadosUnidos e da Organização doTratado do Atlântico Norte(Otan) e desde o início usou acomunicação para desinformare doutrinar o Ocidente, veicu-lando apenas a opinião dos re-beldes. A maioria dos sírios de-seja a manutenção da ordem eda paz na Síria e acredita que sóo presidente Bashar al-Assadpode manter esta ordem e for-talecer as instituições do país."

Claude salienta, no entan-to, que tem consciência damorosidade e do nível de cor-rupção que existe na máqui-na burocrática do atual go-verno. Para ela, o povo síriodeseja reformas que ocorramde forma pacífica e gradual eas forças de oposição tentamimpedir que se estabeleça odiálogo nacional proposto pe-lo Conselho de Segurança daONU e pela Liga Árabe.

História e imigração

A atual República Árabe da Sí-ria tem uma história de séculosde dominação por inúmeros po-vos da antiguidade como he-breus, egípcios, romanose ma-cedônios. Os fenícios, primeiracivilização dedicada ao comér-cio e à navegação, dominaram

a região até o século VII a.C.Criadores do alfabeto, lança-ram também os princípios dageografia e das técnicas de na-vegação, conjunto de conheci-mentos, que entre outros, fo-ram fundamentais para o de-senvolvimento do que enten-demos como Civ i l i zaçãoOcidental.

Depois dos fenícios, a Síriafoi dominada pelos impériosRomano, Grego e Bizantino e,em 632 d.C., a região foi invadi-da pelos árabes. Em 1516, a Sí-ria, que compreendia tambémo território ocupado pelo Líba-no, foi integrada ao ImpérioTurco-Otomano que perdurouaté o início do século XX, quan-do como resultado de acordoentre Reino Unido e França,passou a ser protetorado fran-cês. Em 1946, o país tornou-seindependente. Após uma frus-trada tentativa de fusão, em1958, com o Egito, na Repúbli-ca Árabe Unida, a Síria reafir-mou sua independência.

O partido Baath, de orienta-ção socialista, passa a ter forteinfluência a partir de 1963. De1970 a 2000, a Síria foi gover-nada pelo general Hafez al-As-sad, pai de Bashar, que alémde criar um exército forte paraenfrentar os israelenses e au-mentar a influência do país naregião, estabeleceu um go-verno laico e modernizou opaís em vários setores.

Aqui no Brasil, os sírios e os li-baneses compõem uma dasmais influentes e destacadascolônias do País, com forte pre-sença no empresariado, na me-dicina, na arte e na política. Osprimeiros imigrantes chega-ram no início do século XX, fu-gindo da perseguição do Impé-rio Turco-Otomano, e logo fica-ram conhecidos como "turcosmascates", levando suas mer-cadorias nas costas, os armari-nhos, pelo interior do Brasil.

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sábado, domingo e segunda-feira, 25, 26 e 27 de agosto de 201210 DIÁRIO DO COMÉRCIOgeral

UM SENHOR PALHAÇOPrestes a completar 90 anos, Picolino II é a memória viva do circo. Hoje, o último mestre dos áureos tempos do picadeiro dedica-se à formação de besteirologistas.

Fotos: Paulo Pampolin/Hype

Alma pintada:Picolino II tiroua pintura dorosto, mas nãoa arte docoração.Agora, dáaulas paraformar novospalhaços.

O palhaçoinspira

artistas deoutras áreas

e virabrinquedo

Á direita, Roger na época emque herdou o Picolino do pai,

Nerino. Do trapézio à carapintada foi um pulo de

sucesso e alegria.

Espelho meu: alma forte e nervos de aço são ingredientes do palhaço.

Kleber Gutierrez

Nove décadas dedi-cadas à arte de fa-zer sorrir. É o que vaicomemorar Roger

Avanzi, o Palhaço Picolino II,no próximo dia 7 de novem-bro. Nascido (em 1922) no pi-cadeiro do circo que carregoudurante anos o nome do pai,Nerino (o Picolino I), ele come-çou fazendo acrobacias emcavalos, bicicletas e trapézio.Foi por longo tempo o galã dacompanhia. Em 1954, assu-miu as graças do pai e seguiucom suas palhaçadas até queas lonas do Nerino cederamdefinitivamente, em 1964.

De família circense, estavapredestinado pelo DNA da ale-gria: sua mãe, a francesa Ar-mandine Ribolá, quase se ca-sou com Piolin, outra lenda dospicadeiros. "Meu destino eraser filho de palhaço", diz, comolhos brilhantes. E dispara:"Nove meses antes de nascerjá trabalhava no circo."

Na barriga da mãe, ele con-tribuía para deixar a plateiacom a respiração suspensaquando se tornavam o alvodas facas em chamas e dosdisparos das armas de fogonos balões – (que flutuavamsobre a cabeça de Armandi-ne) – estourados pelo tio,Gaetan Ribolá.

Ao lado do pai ("que me en-sinou tudo que sei e que diziaser um contrabando, porquefoi concebido na Itália e nas-ceu no Brasil"), ele é apontadocomo sua maior inspiração:"Um artista fantástico, era abase de nossa pirâmide huma-

na, conseguia segurar quatrohomens grandes, possuíauma força descomunal."

Como todas as crianças dacompanhia, Picolino foi alfa-betizado por um dos artistas,Francisco Colman, que veio ase tornar um dos fundadoresda primeira escola de circo doBrasil, a Academia Piolin de Ar-tes Circenses, criada em 1978na cidade de São Paulo.

Primo de outra sumidade noquesito gargalhadas, o Palha-ço Arrelia, ele aprecia o fato de"o circo ser uma grande famí-lia". Foi nela que, ainda jovem,se apaixonou por Anita Garcia,de outra casta tradicional.Agora, Dona Anita dividirácom ele a celebração de umavida construída sobre os pila-res do riso: ambos nasceramnos mesmos dia, mês e ano.

De graça – Fundado em 1 dejaneiro de 1913, o Circo Nerinoviajou pelo País numa épocaem que o Brasil não tinha cons-ciência de sua enormidade."Não havia estradas, para irao Norte e Nordeste só denavio. Mas era muitocaro. Uma vez, em1932, um amigo ar-rumou para irmos aoporto de Ilhéus, naBahia. E fomos su-bindo até Manaus."

P ico l ino af i rmaque "eles não co-nheciam um espe-táculo de circo comtanta grandeza. Àsvezes, a comitivaseguia com mais de100 pessoas".

Em outra viagem, opalhaço lembra que ogrupo chegou até Iqui-tos (Loreto, no Peru) em1939. "As moças eram maismodernas, já usavam calçascompridas. E de noite iam aosbares tomar drinques, era im-pensável isso no Brasil."

Cavalo de guerra – Na volta,lembra Picolino, em um da-queles navios-gaiola seguin-do para Belém - PA, um dia ocavalo amanheceu morto.Conforme ele, o marinheiro daembarcação disse que era porcausa do 'timbó' – (espécie deplanta usada pelos indígenaspara pesca, pois elimina o oxi-gênio da água). "O navio foi la-vado e o cavalo bebeu a águaque correu dos fardos, que se-riam entregues ao exércitopara produzir gás asfixiante."

Roda de fogo – Sobre como éa vida em circo, Picolino fazuma analogia: "É como umaroda-gigante. Quando está láem cima é o auge, mas vai bai-

xando e a coisa fica esquisi-ta, ruim, como está ago-

ra." Ele assegura que"sempre vivemosdificuldades, mas ofanatismo nos levaa vencer cada umadelas". Segundoe l e , " n o s a n o s1930 todos acha-vam que o cinemaia acabar com o cir-co, agora é a televi-são. O circo nãotem fim, nada po-de acabar com suamagia. A roda vaivoltar a subir".

Aliás, já subiu.Em 2011, ele rece-

beu o Prêmio Governa-dor do Estado de São Paulopara Cultura, como reconhe-cimento de sua obra e arte.

O maioral – Para ele, o maiorpalhaço que o Brasil já teve foiBenjamim de Oliveira (negro,foi um dos pioneiros na artecircense. Nasceu em Pará deMinas - MG em 1870, e faleceuno Rio - RJ em 1954). "Ele faziapeças, dramas, montava ope-retas. Vi a paixão de Cristocom o Benjamim, que teve depintar o corpo inteirinho para acena da cruz, foi uma aula."

Sobre isso, Picolino II dá a re-ceita: "Para se ser um bom pa-lhaço é preciso ter constânciapara o aprendizado, alma for-te e nervos de aço."

O mestreda alegria

Ele deixou os picadeiros,mas não a vocação.Agora, Picolino II dedica-

se a formar as novas geraçõesde palhaços. O convite foi feitopor Wellington Nogueira,fundador da trupe Doutores daAlegria. "O Picolino II é umlegado, um patrimônio doBrasil. Em 2009 entrou nafolha de pagamento, ajudandoa disseminar os preceitosdessa maravilhosa linhagemde palhaços que temos",afirma Nogueira.

Ele acredita serfundamental que os novosprofissionais "assimilem suadisciplina ecomprometimento" nos cursosde formação que a companhiaoferece, com duração de trêsanos, sendo o último voltadoao empreendedorismo nacarreira.

O grupo atua em 22hospitais com 50'besteirologistas' e já replicousuas atividades para 620iniciativas similares por todo oPaís, por meio do Palhaços emRede. Mais informações emw w w. d o u t o r e s d a a l e g r i a . o r g. b r

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sábado, domingo e segunda-feira, 25, 26 e 27 de agosto de 2012 11DIÁRIO DO COMÉRCIO

FALTA POUCOA nova praça Roosevelt será

entregue à cidade em setembro, masnão há ainda uma data definida.

Os trabalhos entraram na fase final.cidades

Praça Roosevelt ressurge para o convívioPouco a pouco, a nova praça Roosevelt vai mostrando seus contornos. Jardineiras,árvores e até um 'cachorródromo' compõem o cenário revitalizado a ser entregue àcidade em setembro. A antiga praça de concreto quer ser um ponto de convívio.

Agora falta pouco. Anova praça Roose-velt, na região cen-tral, já mostrou sua

cara, mas ainda não tem datamarcada para a inauguração.Quem passa pela região con-segue ver boa parte do que foifeito. A obra está em fase finale deve ser entregue em se-tembro, ao custo de R$ 66 mi-lhões, o dobro do valor previs-to no contrato inicial.

Após quase dois anos deobras, os alunos da escola esta-dual Caetano de Campos, narua Guimarães Rosa, estão an-siosos pela abertura da praça."Teremos mais espaço porque,com essa obra, ficamos apenascom a metade da calçada paracircular. E quando a aula termi-na, gostamos de ficar por aqui,conversando e tocando violão.Pelo que dá para ver, teremosespaço de sobra para isso", dis-se Guilherme Scadini, 16 anos,aluno do colégio.

Os moradores e comercian-tes da vizinhança também co-memoram a inauguração. Oarquiteto Pedro Chaves Car-doso, 38 anos, é um deles. Mo-rador da rua Gravataí, Cardo-so espera que a reforma tragavida nova àregião, e tam-bém para oseu cachorro.

C a c ho r r ó-dr om o – Parao arquiteto, agrande novi-dade dessep r o j e t o é op r o m e t i d o" c a c h o r r ó-dromo", umespaço comu m a á r e agramada e outra com terra ebebedouro para cães.

"Mesmo sendo perigoso,levava ele (cachorro) parapassear na praça de manhã.E, durante todo esse tempoque ela esteve fechada, eleteve de se acostumar a andarpelas ruas, ouvir buzinas e ci-

clistas xingando. Acho que,com a abertura do local, nósteremos uma vida mais tran-quila", espera Cardoso.

Mais tranquila também estáa vida dos operários que traba-lham na obra. Agora, parte da

equipe ape-nas cuida daret i rada deentulho, en-quanto outrosconcluem ainstalação dailuminação donovo espaçopúblico.

C a nt e i ro s –As jardinei-r a s , m u i t op r e s e n t e se m t o d a a

praça, também passam pe-los últimos retoques, assimcomo o assentamento dagrama. Foram feitos cantei-ros para 223 árvores de espé-cies nativas, melhorias emacessibilidades, instalaçãode banheiros públicos, gara-gem no subsolo com 450 va-

Os canteirosabrigarão 223árvores deespéciesnativas. Aacessibilidadeserá melhor,assim como asegurança,com bases daPM e da GCM.

A reforma da praça Roosevelt faz parte de um programa maior derevitalização do centro de São Paulo. Antiga reivindicação dos

moradores da região, a praça recuperou áreas verdes e, agora, deveráatrair visitantes em busca de um espaço tranquilo e de lazer.

Fotos de L.C.Leite/Luz

Mariana Missiaggia

Quando aaula termina,gostamos deficar poraqui, conversandoe tocandoviolão.

GUILHERME SC ADINI

gas e as bases da Polícia Mili-tar e da Guarda Civil Metropo-litana (GCM).

C â me r a s – A nova ilumina-ção ficará abaixo das copasdas árvores, para garantirmaior claridade à noite. Tam-bém está prevista a instalaçãode câmeras de segurança, pa-ra monitorar toda a movimen-tação de pedestres.

O valor inicial da reformaera de R$ 37 milhões, masatingiu a cifra de R$ 66 mi-lhões. A SPobras, empresa es-tatal que executa o serviço,

atribui a elevação do valor aproblemas na estrutura da la-je, que serve como base para oestacionamento, e que preci-sou ser reforçada.

Além disso, ainda estãosendo construídas as basesda GCM e do batalhão da PM,que foram ampliadas, o quetambém não estava previstono projeto inicial. Com asobras mais atrasadas do queo restante, a garagem e o ba-talhão não serão entreguesno ato da inauguração. Alémdisso, a Prefeitura fará uma

nova licitação, de cerca de R$11 milhões, para instalarequipamentos que permiti-rão a operação da garagem,serviço que não estava pre-visto na reforma.

A reforma da Roosevelt fazparte da revital ização doCentro, além de ser uma rei-vindicação dos moradores daregião há mais de dez anos.Ela sofria um processo de de-g radação desde os anos1980, quando tornou-se pon-to de prostituição e de usuá-rios de drogas.

Mario Ângelo/AE

Criminosos atearam fogo a um ônibus na zona norte da cidade. Ninguém ficou ferido.

Mais um ônibus incendiado.E ameaça de bomba na Paulista.

Cinco criminosos inicia-ram um incêndio em umônibus na noite de sába-

do na região da Vila Souza, zo-na norte de São Paulo. As cha-mas foram controladas apósatingir apenas parte das pol-tronas. Ninguém ficou ferido.

Segundo a Polícia Militar,os bandidos bloquearam apassagem do coletivo na ave-nida Deputado Cantídio Sam-paio por volta das 22h30 e or-denaram que passageiros,cobrador e motorista deixas-sem o veículo.

Os criminosos então des-

pejaram gasolina no ônibus einiciaram o incêndio. O grupoconseguiu fugir. O caso foi re-gistrado no 72º DP (Vila Pen-teado), mas nenhum suspei-to tinha sido identificado até amanhã de ontem.

Um outro ônibus foi incen-diado no início da semanapassada, também na zonaleste. Três pessoas – entreelas o motorista – sofreramqueimaduras.

Ameaça de bomba – Um aameaça de bomba mobilizoua Polícia Militar e interditoupor cerca de três horas uma

rua na região da avenida Pau-lista, no centro de São Paulo,no fim da manhã de ontem.Equipes, no entanto, estive-ram no local e descartaramque houvesse explosivo.

Segundo a Polícia Militar,uma denúncia apontou quehaveria uma possível bombana rua Desembargador Eli-seu Guilherme, no bairro doParaíso, por volta das 11h30.Com isso, o Gate (Grupo deAções Táticas Especiais) foiacionado, mas as equipes en-contraram apenas uma caixade pizza no local. (Agências)

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sábado, domingo e segunda-feira, 25, 26 e 27 de agosto de 201212 DIÁRIO DO COMÉRCIO

ac spdi s t r i t ai s

GIrAgendas da Associação

e das distritais

Uma radiografiade Pinheiros

Palestra realizada na distrital apresentou as vocações da região e debateu osdados com comerciantes, empresários, moradores e lideranças locais.

Paulo Pampolin/Hype/Arquivo/DC

Newton Santos/Hype/Arquivo/DC

O largo da Batata (acima),ponto tradicional de

Pinheiros. À direita, a VilaMadalena, conhecida por

bares e restaurantes.

Fotos: Newton Santos/Hype

Paulo Casagrande, proprietário de restaurante, e Mirian Tanaka, presidentedo Conseg: a segurança é um assunto que preocupa moradores e comerciantes.

O setor deserviçosdevecrescerainda maisemPinheiros.

TI AG O AGUIAR,E S P E C I A L I S TA EM

EMPREENDE-DORISMO

Infelizmenteo aperto fiscalafugentoumuitosinvestimentosnos últimosanos.

JOSÉ POLICE NE TO,PRESIDENTE DA CÂMAR A.

José Police Neto e Enrico Cirillo durante palestra

André de Almeida

Aregião de Pinheiros,na zona oeste da ci-dade, tem comérciodiversificado: am-

pla rede de prestadores deserviços e intensa vida cultu-ral, com bibliotecas, livrarias,casas noturnas, bares e feirasde artes e antiguidades. Arenda média per capita dosmoradores do distrito – R$2.773,00 – é uma das mais al-tas do município e supera amédia de São Paulo, que é deR$ 1.523,00. Além disso, Pi-nheiros destaca-se por seruma das localidades que maisoferecem empregos na cida-de, perdendo apenas para odistrito da Sé.

Com o objetivo de traçar umpanorama geral daquela área,c o m s u a sconquistas eentraves, osprincipais de-safios e proje-tar um cená-rio futuro, aDistr i ta l P i-n h e i r o s d aAs so c i aç ãoComercial deS ã o P a u l o(ACSP) rece-beu o presi-dente da Câ-mara dos Ve-readores dacidade, JoséPolice Neto.A co mp an ha-do do espe-cialista em Empreendedoris-mo para Pequenas e MédiasEmpresas, Tiago Aguiar, eleselaboraram uma espécie deradiografia da região e deba-teram as conclusões do levan-tamento com comerciantes,empresários, moradores e li-deranças locais.

De acordo com Police Neto,a cidade e seus bairros devemdescobrir suas verdadeirasvocações econômicas. "Só as-sim poderemos realizar umplanejamento e um plano deações mais eficientes", disse.Atualmente, segundo ele, o

município atravessa um perío-do de fadiga fiscal, ou seja, oque a cidade produz de rique-za não é suficiente para reali-zar as transformações queSão Paulo precisa. "Infeliz-mente o aperto fiscal afugen-tou muitos investimentos nosúltimos anos", afirmou o presi-dente da Câmara.

Cenário -Segundo o levanta-mento, com base em dados doServiço Brasileiro de Apoio àsMicro e Pequenas Empresasdo Estado de São Paulo (Se-brae/SP), o distrito de Pinhei-ros possui quase nove mil es-tabelecimentos prestadoresde serviços. Aguiar ressaltouque a região apresenta umatendência para especializa-ção principalmente nas ativi-dades imobiliárias, agênciasde viagens, serviços de advo-cacia, contabilidade, arquite-

tura, publicidade e assessoriaem gestão empresarial, alémde bares e restaurantes. "O se-tor de serviços deve crescerainda mais em Pinheiros, aocontrário do comércio, queaos poucos está perdendo suaforça", afirmou.

Mesmo com uma tímidaqueda, o comércio em Pinhei-ros ainda é forte. Ao todo sãoaproximadamente 5,5 mil es-tabelecimentos, com tendên-cia de consolidação no varejode móveis, vestuário, eletro-domésticos e livrarias. Quantoàs micro e pequenas indús-

trias, o distrito conta com algoem torno de 1,3 mil empreen-dimentos, com destaque paraos segmentos da construçãocivil, edição e gráfica, além dafabricação de móveis.

Segurança - Uma das princi-pais preocupações dos mora-dores e empresários de Pi-nheiros refere-se à segurançapública. "Como estamos emuma região com forte vocaçãopara a prestação de serviços,vivemos constantemente emum clima de insegurança. Osrecentes arrastões em diver-sos estabelecimentos do bair-ro e da Vila Madalena, por

exemplo, assustam e muitasvezes afugentam os clientes",apontou Paulo Casagrande,proprietário de um restauran-te na rua Fradique Coutinho.

Na opinião da presidente doConselho Comunitário de Se-gurança (Conseg) de Pinheiros,Mirian Tanaka, o distrito precisade um aumento no número doefetivo policial. "São apenas200 homens para uma regiãode 170 mil habitantes. Gosta-ríamos que a prefeitura se em-penhasse mais para conseguirjunto ao governo do Estadomais policiais para a área daSubprefeitura de Pinheiros".

Apesar da reivindicação, Mi-rian vê alguns avanços na re-gião, como a Operação Dele-gada, na qual policiais milita-res trabalham para a Prefeitu-ra nas horas vagas, além dadiminuição do número de am-bulantes nos últimos anos.

Perspectivas - O levanta-mento, levando em conside-ração o cenário atual da eco-nomia, apontou algumas ten-dências para 2020 no territó-r i o p a u l i s t a . E s s a sperspectivas também são vá-lidas para o distrito de Pinhei-ros, já que, de acordo com Tia-go Aguiar, a região, de forma

geral, segue o mesmo modelode desenvolvimento econô-mico do Estado de São Paulo.

Basicamente, os dados doSebrae apontam que, no setorde serviços, a população con-tinuará investindo cada vezmais na alimentação fora decasa, pela comodidade, prati-cidade e agilidade. Lanchone-tes, bares e restaurantes re-presentam a atividade commaior número de empresas depequeno porte no segmento:19,4% do total, com taxa decrescimento anual de 3,3%.

O comércio, que atualmen-te representa 48% das microe pequenas empresas nomercado, apresenta a ten-dência de reduzir sua partici-pação em nove pontos per-centuais até 2020. O varejode vestuário é o lider do se-tor, com taxa de crescimentomédio anual de 4,9% no nú-mero de estabelecimentos,seguido pelo varejo de mate-riais de construção e o co-mércio de autopeças.

Quanto à indústria, o setorda construção civil represen-ta 15,3% das micro e peque-nas empresas e com cresci-mento anual de 8,8% no nú-mero de estabelecimentos,seguido pela confecção de ar-tigos de vestuário.

Balanço - Para o superinten-dente da Distrital Pinheiros daACSP, Enrico Cirillo, o encon-tro foi bastante proveitoso ereforçou a posição da entida-de de debater os principais as-suntos referentes à região e àcidade como um todo.

"Comercialmente, de formageral, estamos vivendo umbom momento. Existe umaharmonia entre a Subprefeitu-ra de Pinheiros, a distrital e oscomerciantes. Precisamosmelhorar a segurança públi-ca, talvez o tema que maispreocupa os empreendedoreslocais", concluiu o dirigente.

Hoje� Plenária - Debates – Opresidente da ACSP, RogérioAmato, coordena o Ciclo deDebates com os candidatos aPrefeito de São Paulo, com ocandidato do Partido

Democrático Trabalhista(PDT), Paulinho da Força. Às17h, rua Boa Vista, 51/9ºandar, plenária.

Amanhã� Pinheiros – Às 19h30,reunião do ConselhoComunitário de Segurança.Simão Álvares, 517.� Jabaquara – Às 19h30, 23ªReunião ordinária daDiretoria Executiva eConselho Diretor. AvenidaSanta Catarina, 641.� São Miguel – Às 19h30, 16ª

Reunião ordinária daDiretoria Executiva eConselho Diretor. Av.Marechal Tito, 1042.

Quarta� Mooca – Às 19h, o RotaryClub de São Paulo/Mooca ,com apoio da distrital, realizasolenidade em comemoraçãoao 456º aniversário do bairro,com o PrêmioEmpreendedores 2012 paraos empresários de destaqueque ajudaram a construir agrandeza do bairro. Adesão:

R$ 50, após a cerimôniahaverá confraternização. RuaMadre de Deus, 222. (RSVP -2694-2730).� Santo Amaro – Às 19h,homenagem aos policiaiscivis, militares, ambientais,bombeiros e guardas-civismetropolitanos. AvenidaMário Lopes Leão, 406.

Quinta� Pinheiros – Às 11h30m,reunião Comitê Técnico dePolítica Urbana. Rua SimãoÁlvares, 517.

� Comus – O conselheiro daACSP José Candido Sennacoordena a reunião doComitê de Usuários de Portose Aeroportos do Estado deSão Paulo (Comus), quediscutirá o Desempenho dasInstalações Aeroportuáriasde Cumbica e Viracopos. Às17h, rua Boa Vista, 51/11ºandar.

Sexta� Norte – Às 10h,homenagem aos 60 anos daDistrital Norte da ACSP, na

Assembleia Legislativa deSão Paulo. Av. Pedro ÁlvaresCabral, 201. Confirmações:2973-3708 e 2979-4504 [email protected].� Penha – Às 9h30 e 14h30,curso de coral infanto juvenil.Às 15h30, curso de coraladulto. Avenida GabrielaMistral, 199.

Domingo� Pinheiros – Às 10h, desfilede abertura da Semana daPátria. O evento acontece napraça Panamericana.

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sábado, domingo e segunda-feira, 25, 26 e 27 de agosto de 2012 13DIÁRIO DO COMÉRCIO

facespregionais

Casa própria mudapara o Interior

Pesquisa mostra aumento na procura por terrenos e loteamentos no Interior e na Região Metropolitana.Dado é resultado da falta de área na capital e do crescimento econômico de outros municípios.

Divulgação

Loteamento em Campo Limpo Paulista: comprar terreno na cidade é considerado um bom negócio por causa da tendência de valorização.

Rubens Chaves/Folhapress/Arquivo/DC

Empresas detecnologia euniversidadesfizeram osloteamentosproliferaremem São Carlos.Cidade ficouem sexto lugarna preferênciapor comprarde terrenos.

Zaqueu Proença/Secom/Arquivo/DC

Ciclovia em Sorocaba: cidade ficou em primeiro lugar na implantação de loteamentos.

André de Almeida

O processo deurbanização eindustrializaçãotrouxe qualidade devida e trabalho paraessas cidades.

SÉR GIO GUIMARÃES P. JÚNIOR,DA VA L LO R UR BA N O

Novos loteamentosproliferaram nacidade nos últimosdez anos.

ALFREDO MAFFEI NE TO,PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO

COMER CIAL E INDUSTRIAL

DE SÃO CA R LO S .

Aescassez de terre-nos e os altos valo-res cobrados porimóveis na capital

paulista têm elevado a procu-ra por loteamentos no Inte-rior do Estado. De acordocom estatísticas do Sindicatoda Habitação (Secovi), elabo-radas a partir da compilaçãode dados do Grupo de Análisede Projetos Habitacionais doEstado de São Paulo (Gra-prohab), as dez cidades pau-listas que mais receberamnovos empreendimentos nosúltimos 12 anos contabiliza-ram em torno de 230 mil lotescomercializados, principal-mente em loteamentos.

Ao mesmo tempo, segundolevantamento fe i to pe lamesma instituição – elabora-do com base no cruzamentodas taxas de natalidade emo rt ali da deno Estado deS ã o P a u l oc o m o s p r i-m e i r o s d a-dos do Censo2010 do Ins-tituto Brasi-leiro de Geo-grafia e Esta-tística (IBGE)– o númerode morado-r e s q u e r e-so l veu de i-xar a capitalpaulista, naúltima déca-da , chegoubem perto de330 mil.

" G r a n d eparte dessaspessoas cer-tamente semudou paramunicípios do Interior ou daRegião Metropolitana de SãoPaulo", afirma Sérgio Guima-rães Pereira Júnior, fundadorda Vallor Urbano, empresaespecializada no segmentode urbanização de áreas eterrenos residenciais e in-dustriais. Segundo ele, estasáreas se consolidaram comoimportantes polos regionais."O elevado processo de urba-nização e industrializaçãotrouxe qualidade de vida enovos postos de trabalho pa-ra essas cidades", diz.

Ranking - As cidades quemais registraram novos lotea-mentos nos últimos 12 anosforam as seguintes: Sorocaba(42.697 lotes), São José do RioPreto (28.850) e São José dosCampos (25.305). Comple-tam a lista dos dez primeiroscolocados no ranking, os mu-n i c í p i o s d e A r a r a q u a r a(22.805), Franca (21.160),São Carlos (20.380), Limeira(19.233) , R ibe i rão Preto(18.124), Indaiatuba (14.969)e Campinas (14.762).

"O desenvolvimento des-

tas regiões, aliado à instala-ção de empresas e o conse-quente crescimento econô-mico, sinalizam uma tendên-cia de valorização nesseslocais", aponta Guimarães.Um dos produtos da Vallor Ur-bano com maior retorno paraos clientes foi implantado emRibeirão Preto há a lgunsanos. O empreendimentoGiardini dei Fiori, vendido em2005, obteve valorização de164% em seis anos sobre ovalor pago, atualizado pelapoupança no período.

O executivo explica que ascidades que estão recebendoos novos loteamentos podemser divididas em três classes:próximas a São Paulo, comoBarueri, Santana do Parnaí-ba, Arujá e Cotia; localizadasem um raio entre 60 e 100 qui-lômetros da Capital, comoJundiaí, Indaiatuba, Salto eItu; e as mais distantes, comoAraraquara, Franca, RibeirãoPreto e São Carlos.

Tecnologia -Os municípiosque se caracterizam comopolos tecnológicos, de acor-do com Guimarães, por rece-berem muitas empresas,atraem novos moradorescom a abertura de postos detrabalho. Consequentemen-te, para absorver essa mãode obra, as construtoras in-vestem na construção de lo-teamentos. Um exemplo éSão Carlos, com importantesempresas de base tecnológi-ca e centros de excelênciaem pesquisa e educação, co-mo a Universidade Federalde São Carlos (Ufscar) e ocampus local da Universida-de de São Paulo.

"Novos loteamentos proli-feraram na cidade nos últi-mos dez anos. O incrementoda renda do trabalhador e ademanda reprimida por essetipo de empreendimento fa-voreceram a sua implanta-ção", conta o presidente da

Associação Comercial e In-d u s t r i a l d e S ã o C a r l o s(Acisc), Alfredo Maffei Neto.

Na opinião do dirigente, osloteamentos estão contri-buindo para mudar o perfil docomércio no município. "A re-gião central sempre concen-trou os principais corredorescomerciais. Agora, os bairrosmais afastados também es-tão se desenvolvendo co-

mercialmente, muito em fun-ção desses lotes".

Em Sorocaba, líder entre ascidades que mais construíramloteamentos, Guimarães ex-plica que o desenvolvimentoindustrial, a boa qualidade devida do município, a seguran-ça urbana e os investimentosem infraestrutura contribuí-ram para a implantação demais de 40 mil lotes nos últi-mos doze anos. "Montadorasinvestiram e ainda investemem toda aquela região, quepelo fato de não ser muito dis-tante da Capital está atraindonovos moradores", diz.

Valorização - Para quem pro-cura um loteamento, tantopara a construção da casaprópria como para investi-mento, Guimarães reforçaque ainda existem boas op-ções à disposição. "As re-giões que estão ligadas a ci-dades e áreas com alto índicede desenvolvimento apre-sentam enorme potencial,por oferecerem fácil acesso eótima localização".

Segundo o executivo, algu-mas cidades próximas à re-gião metropolitana de SãoPaulo oferecem bons negó-cios, por existir uma tendên-cia de valorização nestasáreas. Ele destaca o períme-tro formado pelo novo Con-glomerado Urbano de Jun-diaí, composto pelas cidadesde Campo Limpo Paulista,Várzea Paulista e Itupeva.

Mais para o interior do Es-tado, a dica é prestar atençãoem cidades próximas aosgrandes centros, cujos pre-ços por metro quadrado nãoacompanharam a valoriza-ção das regiões vizinhas. Al-guns exemplos são Pindamo-nhangaba, no Vale no Paraí-ba; Itu, na região de Soroca-ba; e o entorno de Piracicaba,no eixo norte.

E M P R E E N D I M E N TO SPesquisa aponta as dez cidades

paulistas que mais implantaram novosempreendimentos nos últimos 12 anos,

com 230 mil lotes comercializados.

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sábado, domingo e segunda-feira, 25, 26 e 27 de agosto de 201214 DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Acesse www.dcomercio.com.br para ler a íntegra das notícias abaixo:

E M C A R T A Z

S ÃO PAULO

Ciclofaixa na Paulista

O site Booooooom vai escolhero melhor instrumento musical

feito em casa. Participe.http://bit.ly/PQPesM

VISUAISEspaço Cultural

Citi abrigaexposição temática

das oficinasde artes realizadaspelo Instituto Olga

Kos. Av. Paulista,1111, Bela Vista.

G rátis.

T ECNOLOGIA

Novidades daApple em outubro

Applemaníacos,preparem-se. A fabricantede produtos de informáticanorte-americanaapresentará até o final deoutubro um novo telefonemultifuncional e uma versãoreduzida de seu tablet iPad,informou ontem o siteespecializado All ThingsDigital. A nova versão doiPhone "será reveladadurante uma apresentaçãoainda não anunciada, no dia12 de setembro", disse osite, citando "várias fontes".

Uma vez que esse novotelefone esteja disponívelpara a venda, a Appleanunciará "a versão reduzidado iPad na qual estátrabalhando" há tempos, deacordo com a publicação.

Segundo o artigo, esse"iPad mini", cuja tela terámenos que 8 polegadas (20,3cm), deve ser revelado emuma segunda apresentação"atualmente prevista para omês de outubro". (Agências)

Cor da Vida'Colour of Life' é o título que a artista

australiana Damienne Bingham deu auma série de fotos de gotas d'água. Ela

usa lentes especiais que ampliamapenas determinadas áreas focalizadas

pela câmera. Veja mais no site.http://bit.ly/NPmvjG

A RMSTRONG

Tributos ao 1º na LuaBuzz Aldrin e Michael

Collins, companhei-ros do astronautaNeil Armstrong na

histórica missão Apolo 11,prestaram seu tributo ao ta-lento e realizações do primei-ro homem a pisar na Lua em1969. Armstrong morreu nosábado, aos 82 anos, vítima decomplicações após uma cirur-gia cardíaca realizada no iní-cio de agosto para desobstruiras artérias coronárias.

"Toda vez que olho para aLua, eu me recordo daquele

momento, há mais de quatrodécadas, quando me dei contade que, mesmo embora es-tivéssemos tão longeda Terra como doishumanos nunca es-tiveram, nós não es-távamos sós", assi-nalou Aldrin em umcomunicado.

"Ele era o melhor evou sentir falta dele terri-velmente", afirmou, por suavez, o astronauta Michael Col-lins, terceiro homem na via-gem e que permaneceu a bor-

do da nave.Por sua parte John Glenn, oprimeiro americano a orbi-

tar a Terra, disse ao ca-nal CNN que Arms-trong "foi verdadei-ramente uma pes-s o a o u s a d a " erecordou sua lendá-

ria humildade."Neil é para mim um

dos maiores heróis america-nos, e não apenas da atualida-de, mas de todos os tempos",afirmou o presidente dos EUA,Barack Obama. (Agências)

André Lessa/AE

CENTENÁRIO ADIANTADO - Dezenas de pessoas participaram ontem da festa do aniversário denascimento de 100 anos do músico pernambucano Luiz Gonzaga no Vale do Anhangabaú, regiãocentral de São Paulo. O Rei do Baião, no entanto, nasceu em 13 de dezembro de 1912.

A TÉ LOGO

Polícia Rodoviária apreende 136 kg de cocaína em Barretos, interior de SP.

Bebê recém-nascido é encontrado dentro de mochila em SP. Ele passa bem.

Polícia prende suspeito de matar soldado da cavalaria da PM em São Paulo

Aproveitando o domingode sol, ciclistas trafegarampela nova ciclofaixa daavenida Paulista, ainda não

inaugurada oficialmente, naregião central de São Paulo.

A via recebe diariamentecerca de mil ciclistas.

L o goLogowww.dcomercio.com.br

PA Z Clássicos da fotografia, como o beijo de comemoraçãodo fim da Segunda Guerra Mundial (acima), foramreinterpretados por fanáticos por Lego.

AMOR A coleção inclui a imagem acima, de Yoko Ono e JohnLennon na cama, e pode ser vista no site Feel Design.

http://bit.ly/P3Dj5i

Eu que fiz

C ONCURSO

Peças únicasMóveis desenhados

por Virginie Daenekyndtfeitos de papelão

reciclado. As peças têmdesign e acabamento

exclusivos.http://bit.ly/P9sJiR

André Lessa /AE

Fotos: Nasa/Reuters

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CAIXA 115

O seu consultor financeiro

sábado, domingo e segunda-feira, 25, 26 e 27 de agosto de 2012

economia

DÓLAR emtempo dei n c e r t ez a sCrise europeia e dúvidassobre os EUA mexemcom as expectativas docâmbio no Brasil

A cotação dodólar deveoscilar nopatamar deR$ 2 até o fimdo ano. Mas,se o cenáriointernacionalmelhorar, háquem aposteem R$ 1,95.

SXC

RE JA N E TA M OTO

As intervenções doMinistério da Fazen-da e do Banco Cen-tral (BC), combina-

das com o aumento da incerte-za sobre o desdobramento dacrise europeia, desde o iníciodo ano, trouxeram o dólar paraum patamar de R$ 2 – e ele de-ve oscilar nessa faixa até o fi-nal do ano, segundo analistas.O gerente de operações doBanco Confidence, Felipe Pel-legrini, diz que a projeção parao dólar neste ano é de uma co-tação mínima de R$ 1,95 e má-xima de R$ 2,10. A direção pa-ra a qual a moeda norte-ame-ricana vai oscilar dependeráda evolução do cenário exter-no. "A cotação do dólar podesubir se houver uma piora dacrise europeia, que o mercadonão esperava, ou problemanas eleições norte-america-nas. Mas o Banco Central podeatuar tanto na baixa como naalta", afirma Pellegrini.

Ele diz que, por outro lado,se houver melhora do cenáriointernacional, como soluçõespara a crise do débito na Euro-pa, a cotação pode chegar a

R$ 1,95. "O real pode voltar ase valorizar, mas o Banco Cen-tral tem demonstrado respon-sabilidade em mantê-lo nestafaixa, sem grandes oscila-ções", diz o gerente.

Ave r s ã oao risco

O economista-chefe da Vo-torantim Wealth Manage-ment & Services, FernandoFix, diz que duas grandes for-ças puxam o câmbio para o pa-tamar de R$ 2. Um deles é a cri-

se internacional, que faz o dó-lar ter grande instabilidade.Segundo o economista, aindahá muitas incertezas e gran-des riscos no sistema financei-ro internacional e a volatilida-de deve permanecer intensa,ao sabor de avanços e retro-cessos da questão europeia."Por isso, observamos nos últi-mos meses maior aversão aorisco e, consequentemente,variação cambial. Se houvermenos tensão nesse ponto, odó la r t ende a ca i r " , d i z .Outra força é o desejo do go-

verno em manter a moedanorte-americana neste pata-mar. "O dólar a R$ 2 não estábaixo para dificultar as expor-tações da indústria e nem altoa ponto de gerar pressões in-flacionárias. Sempre que oreal aprecia, há uma tendên-cia de intervenção por partedo BC, seja por meio de leilõesde compra de dólar ou em mu-danças na cobrança de Impos-to sobre Operações Financei-ras (IOF) para diminuir os flu-xos de entrada da moeda noPaís", afirma. Segundo Fix, es-

tas intervenções estão sendomenos necessárias porque ocenário internacional está fa-zendo esse papel. Por outro la-do, quando o dólar sobe muitorápido o governo para de com-prar a moeda americana.

C o m p et i t i v i d a d eda indústria

Um ponto positivo, na opi-nião do economista, é que odólar deixou de ser visto comoa única "salvação" da indús-tria brasileira. Nos últimos 12

meses, a moeda norte-ameri-cana passou da fa i xa deR$ 1,60 para R$ 2, mas esteaumento de quase 30% não foicapaz de elevar a competitivi-dade da indústria de forma in-tensa. "O dólar mais alto com-pensa as dificuldades da in-dústria e dá um refresco, masé positivo que o governo tenhaparado de olhar o curto prazo etomado medidas para ajudar aindústria no longo prazo, comaumento da infraestrutura e oprojeto para reduzir os custosda energia", afirma Fix.

A vez dosCAIXAS ELETRÔNICOS

de câmbioMáquinas vão oferecer moedas estrangeiras.

As primeiras serão instaladas até o fim do ano.

DemilsonGuilhem,presidente daempresaalemã HessLatam,responsávelpelosequipamentos.Objetivo éatenderturistas naCopa doMundo.

Foto: Divulgação

Acompra e venda dedólar, além deoutras moedascomo o próprio real

e o euro, tendem a se tornarmais fáceis com a permissãodo Conselho MonetárioNacional (CMN) para ainstalação de caixaseletrônicos de câmbio. Anovidade deve entrar emoperação até o final desteano em aeroportos, hotéis eshoppings, com as máquinasda empresa alemã HessLatam, afirma o presidenteda companhia DemilsonGuilhem. Segundo ele,inicialmente serãoinstaladas 20 máquinasnestes pontos turísticos atéo fim deste ano. A ideia éfacilitar o acesso deestrangeiros a operações decâmbio e vice-versa,principalmente na Copa doMundo de 2014, quando ofluxo de turistas vaiaumentar no País.

A empresa, que jádistribuiu mais de 2 milmáquinas de câmbio naEuropa, Oceania e Ásia, fezadaptações para estrear noBrasil, já que ainda não hánada do tipo nos outrospaíses da América Latina. Alegislação do Banco Centralexige que os bancoscomerciais, bancos decâmbio e casas de câmbio –os únicos autorizados acomercializar moedaestrangeira no País – façamum cadastro dos dadospessoais de seus clientes aorealizarem operações decâmbio.

Por isso, a máquina que vaiestrear no Brasil só permitiráa troca de dinheiro se ousuário fizer, primeiro, umatransação com o cartão decrédito internacional dasbandeiras Visa ouMasterCard, que seja de nomínimo R$ 0,50. Destaforma, este usuário poderá

ser rastreado, se necessário.Depois, basta que ele insiranotas de dólar para receberreais em troca. E vice-versa.O limite por operação é deUS$ 3 mil.

"A máquina aceitará 15moedas diferentes, mas sódispensará de três a quatro.A definição sobre quaismoedas será do banco ou dacasa de câmbio que adquirira máquina. O que possodizer é que o equipamentovai dispensar real, dólar eeuro", disse. Guilhem afirmaainda que é possível"customizar a cesta demoedas", de acordo com alocalidade, e permitir a trocade pesos argentinos emcidades brasileiras próximasà fronteira com o país.Guilhem lembra que ousuário também terá acessoàs taxas de câmbio e ao valordo Imposto sobre OperaçõesFinanceiras (IOF) antes deautorizar uma transação no

equipamento. Os bancos oucasas de câmbio poderãomudar a cotação dasmoedas a qualquermomento, porque aatualização é feita de formaremota e online. Omecanismo tambémpermite saber quanto há demoeda em cada dispenserpara a reposição.

A expectativa doempresário é vender 600máquinas até o final de2013, nas vésperas da Copado Mundo de 2014. "Temosum contato próximo com aAssociação Brasileira deCasas de Câmbio (Abracam),que representa 50 principaiscasas de câmbio no Brasil.Em paralelo negociamos

com bancos", diz.Guilhem explica que, pelofato das máquinas aindaserem importadas daAlemanha, o preço comimpostos oscila de R$ 50 mila R$ 70 mil. "Nossa intençãoé montar uma linha defabricação destas máquinasno Brasil a partir do ano quevem." (RT)

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sábado, domingo e segunda-feira, 25, 26 e 27 de agosto de 201216 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO

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sábado, domingo e segunda-feira, 25, 26 e 27 de agosto de 2012 17DIÁRIO DO COMÉRCIO

Todo o poder fiscal será dado ao ConfazA partir do próximo ano os incentivos fiscais só serão válidos se forem aprovados pelo Conselho Nacional de Política Fazendária, por unanimidade.

Renato Carbonari Ibelli

duais do Imposto sobre Circu-lação de Mercadorias e Servi-ços (ICMS) de produtos impor-tados. Foi a forma encontradana época para coibir a guerrafiscal entre os estados. Só quea preocupação central de al-guns estados é justamente tero consentimento do Confazpara aprovar novos incentivosa partir do ano que vem.

Hoje, para que uma propos-ta seja aprovada no conselho épreciso que ela seja validada

por unanimidade, algo prati-camente impossível devidoaos interesses conflitantesdos estados.

“Não há unanimidade nemmesmo entre os estados deuma mesma região”, comen-tou Eclésio da Silva, vice-pre-sidente da Associação Empre-sarial de Itajaí (ACII), em SantaCatarina (SC).

Santa Catarina foi um dosestados que desencadearama reação do STF e do Senado

ao reduzir as alíquotas inte-restaduais do ICMS para im-portados bem abaixo da mé-dia nacional. Esse tipo de in-centivo contribuiu para atrairbens vindos de fora para osportos daquele Estado, em es-pecial para o Porto de Itajaí (ve-ja matéria abaixo).

O vice-presidente da ACIIpede a convalidação da novaregra para as aprovações noConfaz. Silva diz ainda que,mesmo se a sistemática maisflexível for validada, ainda as-sim haverá a necessidade deprorrogar a data de vigênciada súmula vinculante e da re-solução n° 13 para janeiro de2014. “Os Estados precisarãode tempo para fazer a reorga-nização tributária. Além disso,o maior prazo acabaria com oclima de insegurança jurídicaque observamos entre os im-portadores, que não encon-tram respostas concretas so-bre o que irá acontecer”, expli-cou Silva.

Competitividade – Os esta-dos do Sul e do Sudeste, quetravam os principais embatesda guerra fiscal, chegaram re-centemente a alguns acordospara a transição do modeloatual da alíquota do ICMS inte-restadual para aquele quepassará a valer em 2013.

Ambos pedem que a redu-ção das alíquotas da contribui-ção seja gradativa a partir doano que vem, até chegar ao pi-so de 4%. Também concorda-

ram com a criação de um fun-do de compensação e desen-volvimento regional, mantidopelo Governo Federal, paraequacionar eventuais perdasem estados.

As fazendas do Sul e do Su-deste também têm como pon-to pacífico a necessidade deregistro no Confaz de todos osbenefícios fiscais e financeiros

concedidos pelos Estados eque estão inseridos no contex-to da guerra fiscal.

Entretanto, ainda não há umacordo firmado a respeito danova regra apresentada paraa aprovação das resoluçõesno Confaz. O futuro dos incen-tivos fiscais depende destadefinição, que deve ser feita omais rápido possível.

O incentivo fiscal só dá resultado porque temos uma logística competente.Antonio Ayres, superintendente do Porto de Itajaíeconomia

Hauer Miranda/AE - 04.04.98

Porto de Itajaí,em SantaCatarina, foium dos quemotivou ogoverno aconter a guerrafiscal entre osEstados.Abaixo, daesquerda paraa direita,reunião doComus, naACSP: RicardoArten, JoséCândido Senna,Eclésio da Silva,Osmari deCastilho Ribas eAntonio Ayresdos Santos.

Os secretários das fa-zendas estaduaisestudam uma re-gra mais flexível

para a aprovação de resolu-ções do Conselho Nacional dePolítica Fazendária (Confaz).Atualmente toda aprovaçãoprecisa ser unânime. O proble-ma é que em 1º de janeiro de2013 passa a ter efeito umasúmula vinculante do Supre-mo Tribunal Federal (STF) queinvalida todo incentivo fiscalconcedido que não passar pe-lo consentimento do Confaz. Ea guerra fiscal dos estados in-viabiliza o voto consensual.

O arcabouço da nova siste-mática foi apresentado, na úl-tima quinta-feira, durantereunião do Comitê de Usuáriosde Portos e Aeroportos do Es-tado de São Paulo (Comus), daAssociação Comercial de SãoPaulo (ACSP).

Segundo representantes doEstado de Santa Catarina, háum modelo atualmente emanálise para o Confaz que de-mandaria o voto favorável deuma maioria qualificada (3/5),observando o consentimentode uma minoria de 1/3 dentrodos blocos regionais. A suges-tão em estudo é uma tentativade viabilizar a implantação deincentivos fiscais, que a partirdo próximo ano só serão váli-dos se forem aprovados noâmbito do Confaz.

A súmula vinculante quedeu plenos poderes ao Confazfoi apresentada na esteira daresolução n° 13 do Senado Fe-deral, aprovada em abril des-se ano, cujo texto unifica em4% as alíquotas interesta-

Especialistas discutem impacto dofim da guerra do ICMS nos portos

Ainda não se sabe qual será o reflexo da mudança no Porto de Santos

Os operadores do Portode Itajaí, em Santa Ca-tarina, não acreditam

que o fim da guerra dos portosacarretará em grande perdade cargas para outros portosdo País. Vantagens fiscais ofe-recidas pelo Estado do Sulcontribuíram para elevar sig-nificativamente a movimen-tação nos terminais de Itajaína última década, mas essesbenefícios devem chegar aofim em janeiro de 2013. Aindaassim, os operadores logísti-cos acreditam que a facilidadelogística encontrada no Sul re-duza eventuais perdas.

Há um grande receio porparte de José Cândido Senna,coordenador-executivo doComitê de Usuários de Portose Aeroportos do Estado de SãoPaulo (Comus), da AssociaçãoC o m e r c i a l d e S ã o P a u l o(ACSP), de que o fim dos incen-tivos oferecidos pelos estadosdo Sul promoveria a migraçãodas cargas de importação pa-

ra o Porto de Santos, sobrecar-regando ainda mais a infra-es-trutura que não comportamais a movimentação atual.

Por outro lado, as deficiên-cias operacionais de Santossão a aposta de Osmari deCastilho, diretor do terminalPortonave de Itajaí, para reteras cargas de importação noSul. “Pode haver uma migra-ção para Santos, mas será pe-quena. Fica difícil imaginarque os importadores se volta-rão em peso para São Paulo,principalmente quando seolha para as dificuldades deacesso ao porto”, disse Casti-lho na última quinta-feira, du-rante reunião do Comus.

Remanejamento – Itajaí é ho-je o segundo porto em movi-mentação do País, atrás deSantos. Em 2011 recebeu umvolume de carga equivalentea 984,3 mil TEUs – contêiner de20 pés. Metade dessa movi-mentação corresponde a car-gas de importação, que cres-

ceram gradualmente na me-dida em que os incentivos fo-ram dados pelo Estado deSanta Catarina.

Até 2004, Itajaí era basica-mente um porto de exporta-ção. Além disso, o número deempresas importadoras emSanta Catarina cresceu 64%entre 2001 e 2011, enquantoque as de São Paulo cresceu34%. No mesmo período.

Para Antonio Ayres, supe-rintendente do Porto de Itajaí,somente os incentivos fiscaisnão explicam o salto na movi-mentação das importaçõespelos seus terminais.

Eficiência nas operações –“No período também recebe-mos fortes investimentos emnossa infraestrutura e logísti-ca. Somente os incentivos nãoexplicam o aumento da nossamovimentação de cargas. Oincentivo fiscal só dá resulta-do porque temos uma logísti-ca competente”, argumentouAyres.

Hauer Miranda/AE - 04.04.98

Porto de Santos: existem dúvidas se o fim dos incentivos fiscais em Santa Catarina poderia sobrecarregá-lo

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sábado, domingo e segunda-feira, 25, 26 e 27 de agosto de 201218 DIÁRIO DO COMÉRCIO

No caso do Brasil, a crise até ajudou. Os detentores de marcas, lá fora, estão interessados no País.Marici Ferreira, promotora da Licensing Brasil Meetingeconomia

No mundo da fantasia não há criseMercado de licenciamento de marcas cresce 5% ao ano no País. Feira do setor, em setembro, vai apresentar novos personagens e movimentar os negócios.

Fátima Lourenço Networks Brasil (canais de TV,como Nickelodeon, por exem-plo), opera diretamente noPaís há cerca de um ano e di-vulgou recentemente umcrescimento de 57% na recei-ta, além de novidades. Entreelas está a chegada das Tarta-rugas Ninja em nova versão,com série a ser lançada no Bra-sil em novembro próximo. Ou-tra novidade é a animaçãoWinx (com suas fadinhas),com quinta temporada previs-ta para outubro. Bob Esponjatambém ganhará versões re-novadas, associadas à Copado Mundo de 2014.

Marici compara que o fatu-ramento anual estimado domercado brasileiro de licen-ciamento, na casa de R$ 6 bi-lhões (relativos às vendas doatacado) ainda está muito dis-tante dos R$ 109 bilhões regis-trados nos Estados Unidos. Lá,comenta, a marca corporativa(Vogue e Marie Claire, por

exemplo) já é muito forte. "Co-ca-Cola é um licenciamentocom muitos produtos diferen-ciados", acrescenta.

A ge nt es – A negociação deum licenciamento pode serfeita diretamente com a em-presa que o detém, ou pormeio dos agentes que repre-sentam essas marcas e perso-nagens. De uma maneira ge-ral, esses agentes são remu-nerados por uma taxa deroyalty sobre o preço das ven-das ao varejo. O consumidor fi-nal fica distante dessas nego-ciações. Às cr ianças, porexemplo, interessam os pro-dutos estampados com seuspersonagens preferidos, exi-bidos em filmes e desenhosanimados.

Não é por acaso que o seg-mento de entretenimento res-ponde por 70% dos licencia-mentos negociados no Brasil,segundo a Abral. As marcas(como Coca-Cola), 20%; e o

esporte (times de futebol emarcas para adultos), 10%.

Marici comenta que no casoda demanda por ramo de ativi-dade, a confecção figura no to-po da lista, seguida por pape-laria, brinquedos, calçados,higiene/beleza, alimentos/be-bidas, e casa e decoração.

Te n d ê n c i a s – De acordo coma executiva, eventos como afeira organizada por ela apon-tam as tendências de licencia-mento para os próximos trêsanos – com a ressalva de queanualmente há atualizações aserem observadas, provoca-das, por exemplo, pela chega-da de novos agentes ao mer-cado. Entre as tendênciasatuais que devem emplacar,ela relaciona os licenciamen-tos de marcas adultas e liga-das ao esporte, como UFC eRio 2016; as marcas do mundodigital (de aplicativos para ga-mes); e utilização de persona-gens brasileiros, como PatatiPatata ("que permaneceatual"), Galinha Pintadinha("fortíssima") e Peixonautas.O mercado de personagensbrasileiros é muito forte. Se-gundo ela, porque seus cria-dores compreendem o Brasil,sabem envolver a classe C.

Osetor de licencia-mentos se preparapara apresentar àindústria em geral

e ao varejo, as novidades empersonagens, marcas e perso-nalidades que podem agregarvalor aos seus produtos. Nosdias 11 e 12 de setembro acon-tece em São Paulo a quintaedição da Licensing Brasil Me-eting – a Feira Brasileira de Li-cenciamento de Marcas – comárea de exposição aberta gra-tuitamente aos profissionaisinteressados em adquirir es-sas licenças.

Ali estarão agentes licencia-dores como Disney, Warner,Hasbro, Mattel, Redibra, Exin,Globo Marcas, Xuxa Produ-ções e Rio 2016, exemplifica apromotora do evento, MariciFerreira. "É uma feira peque-na, com 35 stands, mas comum futuro grande em negó-cios", afirma. "O mercado bra-sileiro de licenciamento cres-ceu 5% ao ano, nos últimos oi-to anos", acrescenta a execu-tiva, com base em dados daAssociação Brasileira de Li-cenciamento (Abral).

Segundo sua análise, o se-tor não se ressentiu da criseeconômica internacional. "Nocaso do Brasil, a crise até aju-dou. Os detentores de marcas,lá fora, estão interessados noPaís. Eu recebo muitas consul-tas deles, buscando conhecere entender como funciona onosso mercado, os agentes delicenciamento; ou para abrirseu próprio escritório", conta.

Ta r t a r u g a s – O departamen-to de licenciameto da Viacom

Fotos divulgação

Marici Ferreira,promotora dafeira delicenciamento.

Dia das Crianças, data especial.Foto divulgação

SynésioBatista daCosta,presidente daAbrinq:indústria vailançar milprodutosagora emoutubro.

As Tartarugas Ninja(no alto) ganham novas

aventuras que serãolançadas em novembro

no Brasil. Acima, aanimação Winx, um

mergulho no universomágico dasfadinhas.

Fotos divulgação

Aindústria brasileirade brinquedos se pre-parou para lançar

cerca de um mil produtos pa-ra o Dia das Crianças, a sercomemorado em 12 de ou-tubro. "Reservamos outros800 lançamentos para o Na-tal", comenta o presidenteda Associação Brasileira dosFabricantes de Brinquedos(Abrinq), Synésio Batista daCosta. Ele afirma que o con-sumidor será beneficiadopor uma queda de preços emtorno de 3%, em relação aosvalores praticados no mes-mo período do ano passado.

"Foi uma decisão setorialpara combater os produtoschineses", declara.

O segundo semestre, co-menta Costa, representa70% do faturamento anualda indústria de brinquedos,distribuídos entre Dia dasCrianças (35%), Natal (30%)e o mês de novembro (5%).

De acordo com a Abrinq,entre janeiro e junho de2012, o setor cresceu "pí-fios" 3,5%, na comparaçãocom igual período do anopassado. Historicamente,compara Costa, o períodoacumula crescimento emtorno de 6%. Ele atribui a "es-tagnação" do acumuladonos primeiros seis mesesdeste ano à "mega invasão

de brinquedos importados".Importados – A Abrinq pro-

jeta faturamento anual 11%maior em 2012 (ante 2011),na casa dos R$ 3,850 bi-lhões. Mas almeja elevar oindicador em pelo menosquatro pontos percentuais,"para tomar 10% de sharedos importados da China",explica o presidente da as-sociação de brinquedos.

Batista da Costa afirmaque o lançamento de 1,8 mil

brinquedos em 2012 no Bra-sil é justamente para ali-mentar essa guerra com osimportados chineses noponto de venda.

As bonecas e bonecos,responsáveis por 40% dosnegócios do setor no Brasil,estão entre as novidades,"cada vez mais bonitas emais elaboradas, com cole-ções de roupas". "São 250milhões de vestidinhos deboneca", detalha. (FL)

SSSEEERRRVVVIIIÇÇÇOOOFe i ra : Licensing Brasil Meeting

D ata: 11 e 12 de setembroH orário: 8h às 13h. Palestras com acesso mediante inscrição

e pagamento. As inscrições devem ser feitas pelo sitew w w. l i ce n s i n g b ra s i l m e e t i n g. co m . b r.

Lo cal: Grand Hyatt São Paulo, Av. das Nações Unidas, 13.301.

O personagem Bob Esponja terá versão ligada à Copa doMundo de 2014, que será realizada no Brasil.

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sábado, domingo e segunda-feira, 25, 26 e 27 de agosto de 2012 19DIÁRIO DO COMÉRCIO

O serviço do olheiro identifica as falhas de venda de forma mais rápida.Marco Flávio Cardoso, diretor da Viddi Shopereconomia

Olheiros espalhados pelas lojasEles se fingem de clientes, compram, perguntam, experimentam, ouvem as conversas dosatendentes, dão trabalho, e com isso avaliam o atendimento, a organização das lojas e a

qualidade dos produtos e serviços oferecidos. Empresas de médio porte já estão recorrendo àcontratação de empresas especializadas nesse tipo de pesquisa.

Éum tipo de cl ientemisterioso que, auto-rizado pelo estabele-cimento, sem que os

funcionários saibam, avalia oatendimento e outros deta-lhes que passam despercebi-dos pelo dono. O consumidorchega e começa a ob-servar vários deta-lhes na loja ou noambiente em quevai comprar algumproduto ou serviço.Avalia a iluminaçãodo local, a organizaçãodas mercadorias, a limpe-za, se o atendente o rece-beu com um sorriso ou de-monstrou entusiasmo aovê-lo, se sabe fornecer in-formações sobre um pro-duto, se existem etique-tas com preço visível, sehá demora no atendi-mento ou filas (em cine-mas, restaurantes), se acomida chegou sem demo-ra...

Não é um cliente comum,ele está ali com uma mis-são específica: a de ob-servar tudo atentamen-te, pesar diversos fato-res e fazer um relatóriominucioso para o co-merciante ou fornece-dor do serviço.

Esse cliente oculto oumisterioso é uma tendên-cia antiga no exterior. NoBrasil começou a ganharfôlego nos últimos cincoanos, com o aparecimento deempresas especializadas nes-se tipo de serviço, não só porcausa da concorrência acirra-da dos multicanais – e-com-merce, entre outros– comotambém porque o consumidorestá muito exigente e atento,e não hesita em dizer como foitratado – se bem ou mal – aamigos e principalmente nasredes sociais.

Além disso, a entrada da no-va classe média no segmentode consumo de bens e servi-ços, antes restritos às cama-das mais favorecidas da popu-lação, aumenta o desafio docomércio para um atendimen-to mais eficaz.

Antigamente, essas pesqui-sas mais minuciosas eram fei-tas por departamentos espe-cíficos de grandes empresas –o de marketing, por exemplo,ou de treinamento. Só queagora é fundamental que tam-bém o médio varejo – hotéis,cinemas, lanchonetes e res-taurantes – tenham o “seupesquisador”, recrutado coma ajuda de empresas dedica-das exclusivamente a este ti-po de serviço.

São elas que contratam etreinam esses pesquisadorespara irem aos estabelecimen-tos, e eles não podem ter ne-nhum vínculo com o local a ser

visitado, além de precisaremser muito discretos em suasavaliações – não devem nemfazer anotações enquanto es-tão observando o lugar. Mui-tos recebem prêmios ou atébônus por esse trabalho.

Empresas – A OnYou é umadessas agências especializa-das desde 2006. “Fazemosuma seleção dessas pessoas,são médicos, professores, ad-vogados, estudantes, profis-sionais liberais e, de acordocom o perfil de consumo de ca-da um, montamos uma basede dados”, conta o diretor JoséWorcman.

Ele atende 100 empresas(concessionárias, restauran-

tes, cinemas e lojas) e possuiuma base ativa de 3,5 milclientes ocultos espalhadospelo País. Todas as despesascom hospedagem em hotéis,gastos em restaurantes e ci-nema são reembolsados pelaagência, mas quem paga, naverdade, é a empresa que con-trata. A avaliação pode variarde R$ 250 até R$ 2.500 e vaidepender do tipo de serviço(se for um hotel, ele terá que fi-car no mínimo dois dias e comacompanhante, por exem-plo). Neste caso, os gastos se-rão maiores.

Cinemark – Nos últimos doisanos a rede Cinemark vempesquisando mais de perto 31

das suas 58 unidades graçasaos clientes ocultos indicadospela OnYou. Segundo seu dire-tor de operações, Paulo Rego,as avaliações são feitas emduas visitas mensais, princi-palmente em fins de semanade estreia de algum filme blo-ckbuster, pois é o período crí-tico, com muita gente nosshoppings e filas disputadas.“Cada visita gera um relatórioqual itat ivo disponível naweb”, diz Rego.

Esses relatórios são distri-buídos para as várias gerên-cias e departamentos de re-cursos humanos e treinamen-to para a tomada de providên-c i a s . “ D e p o s s e d e s s a s

avaliações, os gerentes fazemum plano de ação. Um dessesresultados foi a colocação demais terminais automáticosde compra de ingressos”. A re-de tinha apenas dois dessesterminais nos cinemas, agorasão cinco ou seis, em cada loja.Outra providência para redu-zir filas em dias de estreia foiestimular a antecipação dascompras de ingressos pela in-ternet e pelo celular. “Tive-mos uma melhoria sensível noatendimento, com menos re-clamações”, admite o diretorda Cinemark.

Com dois anos de atuação, aVidi Shopper é outra agênciaespecializada, com 10 clien-

tes no seu portfólio – entremarcas como a Nike, GVT, Bo-ticário, TAM Viagens, HP Sto-re, Porto Seguro, PlayLand,Ambev (quiosques da cerveja-ria). Seu diretor, Marco FlávioCardoso, lembra que o foco apartir deste ano será nas pe-quenas e médias empresasporque essa é uma tendênciacrescente no varejo.

“O serviço incentiva o me-lhor atendimento dos vende-dores e identifica as falhas devenda de forma mais rápida”.Os questionários, segundoCardoso, têm objetivos quan-t i tat ivos e qual i tat ivos eabrangem três fases: a atra-ção (se a comunicação visualda loja está adequada, porexemplo), a conexão (oatendente acolheu o consu-midor de forma positiva?) eo engajamento (se o fun-cionário apresentou o pro-duto da melhor maneirapossível). “Depois, essasinformações são preenchi-das no questionário e apro-vadas pelo nosso cliente”,in forma Cardoso . “É ocliente-empresa que infor-ma qual o melhor perfil doconsumidor misterioso parafazer a pesquisa”, explica.

Cardoso lembra que osquestionários estão sempreevoluindo e existem empre-sas com vários pontos de ven-da que precisam de dezenasde avaliações por ano. “Quan-do detectamos essa evoluçãonos questionários, significaque os resultados estão apa-recendo”.

A PlayLand é um parque dediversões infantil com 15 lojasem shoppings brasileiros e co-mo recebe 7 milhões de visi-tantes por ano precisa focarno bom atendimento paramanter essa clientela, diz agerente de marketing do gru-po, Cinthia Miyazawa. Ela uti-liza o serviço de cliente miste-rioso desde 2006, mas só hádois decidiu mesmo contratara Vidi Shopper.

“Investimos muito nesseprocesso porque ele dá resul-tados. Tem meses que faze-mos até 75 avalições”. Como éum ambiente infantil, o apeloda loja é focado nas crianças, eos olheiros percebem se o lo-cal está claro o suficiente, se oatendente explica direito co-mo funciona o brinquedo (ospais também são orientados),se os caixas são suficientespara evitar filas na hora daaquisição do cartão que dá di-reito a brincar em cada um dosequipamentos. “Com as res-postas, melhoramos o treina-mento e ampliamos o númerode pessoas no atendimentoem fins de semana, e já incre-mentamos as vendas sugesti-vas”, conta Cinthia. As vendassugestivas são a colocação demais créditos nos cartões ad-quiridos pelos pais para diver-tirem os filhos.

Bárbara Oliveira

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sábado, domingo e segunda-feira, 25, 26 e 27 de agosto de 201220 -.ECONOMIA/LEGAIS DIÁRIO DO COMÉRCIO

18ª Vara Cível da Capital Citação. Prazo 20 dias. Proc. nº 583.00.2010.176260-3 (1641/2010). O Dr. Sidney da Silva Braga, Juiz de Direito da 18ª Vara Cível da Capital. Faz Saber a Gustavo Vizentim de Moraes, CPF. 185.167.258-39, que Banco Citicard S/A lhe ajuizou uma ação de rito Ordinário, objetivando a cobrança de R$ 72.626,24 (09.12.2009), acrescida de correção monetária, juros de mora (1%) ao mês, além das custas processuais e honorários advocatícios, referente ao contrato de prestação de serviços, ao qual o réu aderiu ao cartão de crédito nº 5448.2901.0259.8410, sendo que ao aderir ao contrato, o réu adquiriu o direito de utilizar-se de diversos serviços. Ocorre que o réu realizou diversas despesas, deixando, no entanto, de efetuar o devido e respectivo pagamento à autora. Estando o réu em local ignorado, foi deferida sua citação por edital, para que em 15 dias, a fluir após os 20 dias supra, conteste o feito, sob pena de presumirem-se verdadeiros os fatos alegados. Será o edital, afixado e publicado na forma da lei. São Paulo, 07 de agosto de 2012.

1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE PRAIA GRANDE/SPEdital de Citação - Prazo de 20 (vinte) dias - Processo nº 477.01.2009.007051-3 - nº ordem 904/2009. OExmo Sr. Dr. André Rossi, MM. Juiz de Direito Titular da 1ª Vara Cível da Comarca de Praia Grande/SP, naforma da lei, etc., FAZ SABER a Paulo Rodrigues Gonzaga, CPF/MF 264.764.728-36, que Rodrigo BrandãoErustes, lhe ajuizou Ação Monitória, objetivando a cobrança da quantia de R$ 17.589,12 (data base março/2009), que será acrescida das cominações legais até a data do efetivo pagamento, referente ao cheque denº 010068, Banco 356, com vencimento para o dia 18/02/08 de emissão do réu e, devolvido por insuficiênciade fundos. Estando o réu, em lugar ignorado, foi deferida a citação por edital para que em 15 (quinze) dias,a fluir após os 20 (vinte) dias supra, pague o débito, isento de custas e honorários ou ofereça embargos, sobpena de constituir-se de pleno direito o título executivo judicial, presumindo-se como verdadeiros os fatosalegados. Será o presente edital, por extrato, afixado e publicado na forma da lei. Praia Grande, 22 deagosto de 2012. Eu, Luiz Roberto da Silva Castro, matr. 303952, Coordenador, conferi e assino.

Edital de Citação - Prazo de 20 dias - Processo nº 0053567-54.2011.8.26.0100 - Pedido de Falência. O DoutorCaio Marcelo Mendes de Oliveira, MM. Juiz de Direito da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais, doForo Central Cível, da Comarca de São Paulo, do Estado de São Paulo, na forma da Lei, etc. Faz Saber a BazarNatália Ltda Epp, CNPJ/MF nº 53.907.408/0001-08, que Coats Corrente Ltda. ajuizou um Pedido de Falênciapor ser credora da quantia de R$ 76.981,29, representada por duplicatas, devidamente protestadas. Estandoa ré em lugar ignorado, foi deferida a citação por edital, para que em 10 dias, a fluir após os 20 dias supra,apresente defesa, podendo, nos termos do art. 98, parágrafo único da Lei 11.101/2005 - depositar a quantiacorrespondente ao total do crédito reclamado, acrescida de juros, correção monetária, custas, despesasprocessuais e honorários advocatícios fixados em 10% do débito sob pena de decretação da falência. Seráo presente edital, por extrato, afixado e publicado na forma da lei, sendo este Fórum localizado na Praça JoãoMendes s/nº, 16º andar - salas 1618/1624, Centro - CEP 01501-900, Fone: 2171-6506. São Paulo, 08 de agostode 2012. (23)

Edital de citação. Prazo de 30 dias. Processo nº. 224.01.2009.015896-1 nº de ordem 613/2009. O Dr.Bruno Paes Straforini, MM. Juiz de Direito da 02ª Vara Cível do Foro da Comarca de Guarulhos/SP,na forma da lei, etc. Faz saber a todos quantos o presente edital virem ou dele conhecimento tiverem,especialmente a requerida Trovato e Nascimento Comércio de Produtos de Origem Animal Ltda.CNPJ. 07.959.504/0001-82 nos autos da Ação Ordinária, que lhe move Doremus Alimentos Ltda.,tendo por objetivo cobrança de R$ 20.213,83 (Março/2009) decorrente do não pagamento dasDuplicatas nº 069727-2, 070239-1, 070239-2, 071216-1, 071216-2, 071544-1 e 071544-2 e custas edespesas processuais, despesas de cartório com protesto, acrescidos de juros e atualizaçãomonetária até a data do efetivo pagamento. Requer ainda a condenação dos honorários advocatíciose demais cominações de estilo. Fica advertida para que querendo dentro do prazo de 15 dias, a fluirdo prazo do edital, apresente contestação, sob pena de presumirem-se verdadeiros os fatos alegadospela autora. E para que chegue ao conhecimento de todos e ninguém no futuro se justifique alegandoignorância, expediu-se o presente, que será publicado e afixado na forma da lei. Guarulhos 14 deAgosto de 2012.

Edital de Citação. Prazo de 20 Dias. Proc. 224.01.2011.044059-9 Nº de ordem 1223/2011. A Dra. Beatriz de SouzaCabezas, Juíza de direito da 4ª Vara Cível da Comarca de Guarulhos/SP, na forma da lei, etc. Faz saber a terceirosinteressados, réus ausentes, insertos e desconhecidos, que por parte de Clodoaldo Godoy e sua mulher Maria DiliaPortela Godoy, foi ajuizada uma ação de usucapião tendo por objeto ou imóvel descrito assim: Do vértice “A”, deflete adireita e segue em linha reta no azimutes 61°39'23" por uma distâncias de 31,925m., confrontando com remanescente dolote 03 da quadra “A”, até encontrar o vértice “B” com coordenadas N 7404617,384m e E 343727,893m, do vértice B,deflete a esquerda e segue no azimutes de 333°15'37" na distâncias de 26,297 m até o vértice C, cravado na divisa com olote 10 da quadra “10”, do loteamento Jd. Maia, propriedade de Samuel Meda, de coordenadas N 7404640,869m e E343716,061m, Deste ponto, deflete a direita e segue no azimute de 60°36'35" por uma distancia de 8,031m, ate atingir ovértice “C1”, de coordenadas N 7404644,811m e E 343723,059m., cravado na divisa com o lote 11 da quadra “10”, doloteamento Jd. Maia, propriedade de Clodoaldo Godói e Ou. daí segue no azimute de 61°06'10" por uma distancia de29,514 m. confrontando com os lotes 11,12, e 13 da quadra “10”, do loteamento Jd. Maia, propriedade de ClodoaldoGodoy e Ou., até atingir o vértice C2, de coordenadas N 7404659,073m e E 343748,898m. cravado junto ao lote 14 daquadra “10”, do loteamento Jd. Maia, propriedade de Eduardo Mendes e Benedito Sabino; Do vértice “C2”, continua noazimute de 61°06'10" por uma distancia de 26,734m., confrontando com os lotes 14, 15 e 16 da quadra “10” doloteamento Jd. Maia, propriedade de Benedito Sabino, Eduardo Mendes, Luciano Alves da Costa, Líbia Ahmad Mourad, e,Palamedi Portari, até encontrar o vértice “C3”, de coordenadas N 7404671,992m e E 343772,303m., cravado na divisados fundos do lote 16 da quadra ”10”, do loteamento Jd. Maia; Deste vértice, continua no azimute de 58°44'59" por umadistancia de 3,813m. até o vértice “C4”, de coordenadas N 7404673,970m e E 343775,563m., cravado no lote 17 daquadra “10”, do loteamento Jd. Maia, propriedade de Nelson Lopes; Deste marco, deflete a esquerda no azimute de332°13'30" por 0,290m até o vértice “C5”, de coordenadas N 7404674,227m e E 343775,427m; Do vértice “C5”, deflete adireita e segue no azimute de 57°00'24" por uma distancia de 9,708m até atingir o vértice “D”, de coordenadas N7404679,513m e E 343783,570m., cravado na divisa dos fundos do lote 17 da quadra “10”, do loteamento Jd. Maia,propriedade de Nelson Lopes; Do vértice “D”, deflete à direita e segue no azimute de 143°51'19" por uma distancia de19,901m até encontrar o vértice “D1”, de coordenadas N 7404663,443m e E 343795,308m. Do vértice “D1” continua noazimute de 152°34'11" numa extensão de 6,959 m até o vértice D2, de coordenadas N 7404657,266m e E 343798,514m.continua no azimute de 149°36'18" por uma distancia de 6,005m. até atingir o vértice “D3”, de coordenadas N7404652,086m e E 343801,552m., cravado na divisa com o lote 08 do loteamento Chácaras São Luiz, propriedade dePrimo Poli e S/M. Do vértice “D3”, continua nos azimutes e distancias, 157°34'11" e 5,819m até o vértice “D4”, decoordenadas N 7404646,708m e E 343803,772m; 164°58'15" e 9,117 m até o vértice “D5”, de coordenadas N7404637,903m e E 343806,137m; 154°10'44" e 1,309 m até o vértice “D6”, de coordenadas N 7404636,724m e E343806,707m; 161°49'49" e 8,897 m até o vértice “D7”, de coordenadas N 7404628,271m e E 343809,481m; 161°49'47"e 9,912 m até o vértice “D8”, de coordenadas N 7404618,853m e E 343812,572m; 163°23'51" e 10,213 m até o vértice“D9”, de coordenadas N 7404609,065m e E 343815,490m; 155°58'55" e 4,610 m até o vértice “E” de coordenadas N7404604,854m e E 343817,367m., cravado na divisa com o lote 03, confrontando do vértice “D3” ate aqui com os lotes08, 07, 06, 05, 04 e 03 do loteamento Chácaras São Luiz, propriedade de: Primo Poli e S/m., Soubhi Mohamed Smaili,Jose Arthur M. de Oliveira, João Jose Gomes Ribeiro, Manoel Gomes Ribeiro, e o Condomínio Maison Du Bosque. Dovértice “E”, deflete a direita e segue no azimute 243°38'42" por uma extensão de 33,398m. até atingir o vértice “E1”, decoordenadas N 7404590,028m e E 343787,440m., cravado junto ao lote 13 da quadra”A”, do loteamento Vila Lanzara,(não implantado efetivamente). continua a nos azimutes e distancias ; 339°00'48" e 7,024 m até o vértice “E2”, decoordenadas N 7404596,585m e E 343784,925m; 245°52'28" e 26,346 m até o vértice “E3”, de coordenadas N7404585,817m e E 343760,880m; 245°54'21" e 5,021 m até o vértice “F”, de coordenadas N 7404583,767m e E343756,297m., cravado junto ao lote 07 da quadra “A”, do loteamento Vila Lanzara, propriedade de Valentin Desse Junior,confrontando neste trecho, com Ana Paula Dedes, Márcia de Lourdes Silva, Robson Soares de Almeida, RosangelaAndréia Nakazado e Andreciane Bernardes da Silva, com endereço para a Rua Jose Possenti, n˚17 e 27, e também comCícero Severino dos Santos, Erineide Leite Aragão, Severina Maria de Macedo, Vera Lucia da Silva, João Edson Alves,Ronaldo Pedro dos Santos, Sebastião da Silva, com endereço a Rua Alexandre de Oliveira Calmon, n˚308; Do Marco “F”,deflete a esquerda e segue no azimute de 333°43'30" por uma distancia de18,363m. até o vértice F1, de coordenadas N7404600,233m e E 343748,168m., deflete a esquerda no azimute de 241°35'12" por uma extensão de 10,927m. até ovértice “F2”, de coordenadas N 7404595,033m e E 343738,557m., defletindo a direita no azimute de 335°42'47" nadistancia de 16,763m. até o vértice “G”, de coordenadas N 7404610,312m e E 343731,662m; confrontando nesse trechocom os lotes 07, 06, 05 e 04 da quadra “A” do loteamento Vila Lanzara, propriedade de Valentin Desse Junior, BeneditoTrielli de Lima, Soubhi Moahamed Smaili; Do marco “G”, deflete mais uma vez a esquerda no azimute de 240°08'27" poruma extensão de 31,786m. ate encontrar vértice “G1”, de coordenadas N 7404591,5888m e E 343704,0854m; cravadono alinhamento de muro da Rua Alexandre de Oliveira Calmon; onde deflete mais uma vez a direita acompanhando oalinhamento da Rua Alexandre de Oliveira Calmon no azimute de 330°56'36" por uma distancia de 8,853m encontrando omarco “A” ponto inicial da descrição deste perímetro, onde todas as coordenadas aqui descritas estão georreferenciada aoSistema Geodésico Brasileiro, e encontram-se representadas no Sistema UTM, referenciadas ao Meridiano Central nº -45° WGr, tendo como datum SAD 69, perfazendo o perímetro com 377,56 metros lineares uma superfície agrária de5.991,70m². Alega os reqtes possuí de forma mansa, pacifica, ininterrupta e sem oposição de quem quer que seja; e que asomada a dos antecessores, a posse supera 15 anos. Estando em termos, expede-se o presente para citação dosmencionados em epígrafe, para que, no prazo de 15 dias, a fluir após os 20 dias supra, contestem o feito, sob pena depresumirem-se verdadeiros os fatos alegados. Será o presente afixado e publicado na forma da lei. São Paulo, 22 deAgosto de 2012.

Edital de citação e intimação - prazo 20 (Vinte) dias. Processo n° 224.01.2010.058554-8/000000-000 Ordem n° 2498/10O(A) Doutor(a) PAULO ROGERIO BONINI, MM. Juiz(a) de Direito Auxiliar Titular da 06ª Vara Cível da Comarca deGuarulhos, do Estado de São Paulo, na forma da lei. Faz Saber a ESTRUMONT INDÚSTRIA, COMÉRCIO E SERVIÇOSDE MONTAGENS LTDA - CNPJ 05.337.727/0001-82 e a todos quantos o presente edital virem ou dele tiveremconhecimento, que foi proposta uma ação de REINTEGRAÇÃO DE POSSE C.C. PERDAS E DANOS requerida porITAQUA – COMÉRCIO DE MATERIAIS PARA SOLDA LTDA, objetivando a restituição de 23 cilindros de gás industrialque foram enviados a ré a titulo de locação e a condenação da requerida ao pagamento da locação mensal dos referidoscilindros a titulo de indenização a partir de dezembro/2008, além de custas e despesas processuais. Encontrando-se a réem lugar incerto e não-sabido, foi determinada sua CITAÇÃO por edital para os atos e termos da ação e para quequerendo conteste, no prazo de 15 dias a fluir em 20 dias da publicação deste, e que nos termos do artigo 285 do CódigoProcesso Civil, não sendo contestada a ação, presumir-se-ão verdadeiros os fatos articulados pelo autor(a). Será opresente edital afixado no local de costume e publicado pela imprensa na forma da lei. Nada mais. Dado e passado nestaCidade e Comarca de Guarulhos, Estado de São Paulo, ao 15 de agosto de 2012.

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5ª Vara Cível da Comarca de São Caetano do Sul/SPJUIZ DE DIREITO DR. DAGOBERTO JERÔNIMO DO NASCIMENTO EDITAL DO AR-TIGO 75 DA LEI DE FALÊNCIAS Expedido nos autos da ação de Pedido de Falência,PROC. Nº 565.01.2005.013877-3/000000-000, Nº DE ORDEM 1028/2005, movida porFRIGORÍFICO PRIETO LTDA. EM FACE DE CIABELLA COMÉRCIO DE FRIOS E LA-TICÍNIOS LTDA. MASSA FALIDA PRAZO 20 DIAS. O DOUTOR DAGOBERTOJERÔNIMO DO NASCIMENTO, MM. JUIZ DE DIREITO da 5ª Vara Cível da Comarcade São Caetano do Sul, DO ESTADO DE SÃO PAULO, NA FORMA DA LEI etc. FAZSABER A TODOS QUANTOS ESTE EDITAL VIREM OU DELE CONHECIMENTO TI-VEREM E INTERESSAR POSSA, que, na falência de CIABELLA COMÉRCIO DEFRIOS E LATICÍNIOS LTDA., CNPJ nº 61.752.739/0001-44, diante da falta de apura-ção de ativo, foi determinada a expedição deste, oportunizando assim, aos credores,requerimentos em proteção aos seus direitos creditórios, no prazo de 10 dias. Será opresente edital, por extrato, afixado e publicado na forma da lei.

1ª VARA DE FALÊNCIAS E RECUPERAÇÕES JUDICIAIS1º OFÍCIO DE FALÊNCIAS E RECUPERAÇÕES JUDICIAIS

CITAÇÃO. PRAZO 20 DIAS. PROC. Nº 0037323-84.2010.8.26.0100. O Dr. DanielCarnio Costa, Juiz de Direito da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais,FAZ SABER a DIPROART TELECARTOFILIA LTDA, CNPJ/MF 01.634.373/0001-87, que BANCO SAFRA S/A. lhe ajuizou PEDIDO DE FALÊNCIA, por ser credor deR$ 378.999,53, dívida esta oriunda da Cédula de Crédito Bancário nº 1014621.Estando a ré em lugar ignorado, foi deferida a citação por edital, para que em 10dias, a fluir após os 20 dias supra, conteste ou deposite o valor total do crédito,acrescido de juros, correção monetária e honorários advocatícios (art. 98, § único da Lei11.101/05), sob pena de Decretação de Falência. São Paulo, 22 de agosto de 2012.

4ª Vara Cível do Foro Regional do Tatuapé - SPEDITAL DE CITAÇÃO, COM PRAZO DE 20 DIAS. Processo nº 0018254-51.2010.8.26.0008. - ODOUTOR FABIO HENRIQUE PODESTÁ, MM. JUIZ DE DIREITO DA 4ª Vara Cível, DO ESTADODE SÃO PAULO, NA FORMA DA LEI, - FAZ SABER a Manancial & Oliveira Comercial eDistribuidora de Produtos Alimentícios Ltda, CNPJ 05.322.230/0001-90, e Almando Cruz deOliveira, RG 9.028.106-8, CPF 006.476.398-66, que Banco Bradesco S/A lhe ajuizou uma açãoMONITÓRIA, objetivando a cobrança da quantia de R$ 80.511,50 (Oitenta Mil Quinhentos e OnzeReais e Cinqüenta Centavos), corrigida pela Tabela Prática Para Cálculo de Atualização Monetáriados Débitos Judiciais decorrente da falta de pagamento do Contrato de Desconto de DireitosCreditórios oriundos de títulos de crédito concedido aos réus. Encontrando-se o mesmo em lugarignorado, foi deferida a citação por edital, para que em quinze dias, a fluir após o prazo de vintedias contados a partir da publicação deste edital, ofereça embargos monitórios ou pague aimportância supra, ficando ciente, outrossim, de que neste último caso ficará isento de custas ehonorários advocatícios e de que na hipótese de não oferecimento de embargos, será iniciada aexecução, conforme previsto no Livro II, Título II, capítulos II e IV. O presente será afixado epublicado na forma da lei. São Paulo, 24 de agosto de 2012.

28ª Vara Cível da CapitalCitação. Prazo 20 dias. Proc. 583.00.2003.072865-8 (1145/2003). O Dr. Og Cristian Mantuan, Juizde Direito da 28ª Vara Cível da Capital. Faz Saber a Ancora Veículos Ltda., Raça CaminhõesLtda., na pessoa de seus representantes legais; Ataíde Motta de Godoy e Pedro AmiltonPassarini que, Banco Ford S/A lhes ajuizou uma ação de rito Ordinário, objetivando sejam decla-rados rescindidos os contratos de financiamentos rotativos para compra de veículos com garantiareal (doravante designado Floor Plan) celebrados entre as partes, bem como condenando-se as résno pagamento do principal e acessórios pactuados que em maio/2003 somava o valor deR$3.227.887,89, além das custas processuais e honorários advocatícios. Estando os réus em localignorado, foi deferida a citação por edital, para que em 15 dias, a fluir após o prazo de 20 diassupra, contestem o feito, sob pena de presumirem-se verdadeiros os fatos alegados. Será o edital,afixado e publicado na forma da lei. São Paulo, 22 de maio de 2012.

24ª Vara Cível da Capital - SPCitação e intimação. Prazo 20 dias. Proc. 583.00.2010.205397-5 (2172/2010). O Dr. João OmarMarçura, Juiz de Direito da 24ª Vara Cível da Capital - SP. Faz Saber a Eraldo Silva de MacedoDistribuidora-ME, CNPJ. 08.380.738/0001-33, na pessoa de seu representante legal e a EraldoSilva de Macedo, CPF. 322.181.858-06, que Banco Itaú S/A lhes ajuizou ação de Execução deTítulo Extrajudicial, da quantia de R$ 72.190,83 (09.09.2010), referente à Cédula de CréditoBancário Abertura de Crédito em Conta Corrente (LIS Limite Itaú para Saque PJ – Pré) de nº 11173- 006000645900, da qual tornaram-se os requeridos inadimplentes às obrigações contratuais.Estando os executados em local ignorado, foi deferida a citação e a intimação por edital, para queem 03 dias, a fluir após os 20 dias supra, paguem o débito atualizado, acrescido das cominaçõeslegais, caso em que a verba honorária será reduzida pela metade, nos termos dos artigos 652 e §único do artigo 652-A, com a redação que lhe foi dada pela Lei nº 11.382 de 06.12.06, e querendoofereçam embargos no prazo de 15 dias (art. 738 do CPC), facultando aos executados nesseprazo, reconhecendo o crédito do exequente e comprovando o depósito de 30% do valor emexecução, mais custas e honorários, requerer o pagamento do saldo em 06 (seis) parcelasmensais, acrescidas de correção monetária e juros de 1% ao mês. Será o edital, afixado epublicado na forma da lei. São Paulo, 21 de agosto de 2012.

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economia

Massas que engordam o faturamentoDe acordo com a Associação Brasileira de Franchising, as franquias de massas, pizzas e comidas variadas aumentaram em 20% o faturamento no ano passado.

Entre as franquias deal imentos, as quemais aumentaram of a t u r a m e n t o e m

2011 foram as de pizzas emassas e as de comidas varia-das. Esses dois segmentos ti-veram um aumento de 20% noano passado, segundo estudoda Associação Brasileira deFranchising (ABF).

Em seguida apareceram asfranquias de snacks/cafete-rias (14%), sanduíches (13%),comida asiática (11%) e doce-rias/ sorveterias (10%).

O levantamento foi feitocom uma amostra de 40 mar-cas, que representam 32%das franquias no mercado.

A distribuição geográficadas franqueadas passou poruma modificação de 2011 pa-ra 2012: a percentagem de lo-jas no Nordeste era 10%, e su-biu para 19%. "Em 2014, 27%das novas lojas estarão nas re-giões Norte-Nordeste, consi-deradas as novas fronteirasde crescimento das fran-quias", prevê o coordenadorda pesquisa e da ECD FoodService, Enzo Donna.

Pontos que vendem – Em re-lação ao ponto, os shoppingsdominam. Abrigam 57% dosnovos restaurantes franquea-dos. As lojas de rua se manti-veram em segundo lugar, com30%. Em relação a 2010, esse

índice teve aumento de 5,8%,porém, por exigir um planeja-mento e análise geográficamais detalhada, as ruas se tor-nam menos acessíveis a essasfranquias. Já os hipermerca-dos e galerias comerciais fo-ram os menos representati-vos na pesquisa, com 7% e 1%,respectivamente.

Alternativa atraente – Comcusto menor, os quiosquestêm chamado a atenção dosegmento. A expansão dessaalternativa se dá predominan-temente nos shoppings, com78% de crescimento, seguidade hipermercados, com 6% ede galerias comerciais com2%. (Agências)

Henrique Manreza/ e-SIM - 21.05.09

Spoleto éuma dasmaioresfranquias demassas doPaís: mais1.300.000de pratosvendidospor mês.

Em 2014, 27% das novas lojas estarão nas regiões Norte-Nordeste.Enzo Donna, da ECD Food Service

Page 21: DC 27/08/2012

sábado, domingo e segunda-feira, 25, 26 e 27 de agosto de 2012 21DIÁRIO DO COMÉRCIO

Declaração de PropósitoJoão Paulo Caram Tucci, portador do documento de identidade n° 18.922.510-5 SSP/SP e CPF n° 267.248.468-62, Jorge Henrique Peixoto da Silva, portador do documento de identidade n° 25.765.622-4 SSP/SP e CPF n° 253.559.508-76, Sérgio Carbone, portador do documento de identidade n° 9.764.619-2 SSP/SP e CPF n° 022.604.388-65, Declaram sua intenção de exercer cargos de administração na BR Partners Corretora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. (CNPJ nº 16.695.922/0001-09) e que preenchem as condições estabelecidas no art. 2º da Resolução 3.041, de 28 de novembro de 2002. Esclarecem que, nos termos da regulamentação em vigor, eventuais objeções à presente declaração devem ser comunicadas diretamente ao Banco Central do Brasil, no endereço abaixo, no prazo de quinze dias contados da data da publicação desta, por meio formal em que os autores estejam devidamente identificados, acompanhado da documentação comprobatória, observado que os declarantes podem, na forma da legislação em vigor, ter direito a vistas do processo respectivo. Banco Central do Brasil - Departamento de Organização do Sistema Financeiro - DEORF - Gerência Técnica em São Paulo - Avenida Paulista, 1.804, 5º andar - 01310-922 – São Paulo - SP 24,25/08/2012

DECLARAÇÃO À PRAÇAERM ADMINISTRAÇÃO E PARTICIPAÇÕES S/A, com CNPJ nº 02.780.619/0001-91 e CCM nº2.749.888-3, sita à Rua Júpiter, nº 321, apto 131, Aclimação/SP, comunica a perda/extravio do Livromod. 51 nº 01 e mod. 57 nº 01 registrado na Prefeitura sob nº 2163144.

não Conversíveis em Ações, em Série Única, para Distribuição Privada, da Espécie comGarantia Real e com Garantia Adicional Fidejussória, da OAS S.A.

Data, Hora e Local: Em 03.08.2012, às 10hs, na sede social da BRL Trust DTVM S.A.(“Agente Fiduciário”), na R. Iguatemi, 151,19º and./parte, Itaim Bibi, CEP 01451-011, SP/SP. Convocação: Os avisos de que trata o art. 124 da Lei 6.404/76, conformealterada, foram dispensados em conformidade com a Lei, pelo comparecimento da totalidade dos titulares das debênturesem circulação, conforme permitido pelo §4º do Art. 124 e §2º do Art. 71 da Lei 6.404/76. Presenças: Presentes (A) Fundo deInvestimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (“FI-FGTS”), debenturista detentor de 100% das debêntures emcirculação, relativas à 4ª emissão da Cia; (B) Agente Fiduciário da 4ª Emissão de Debêntures da Cia, representado pela Sra. Líviados SantosArbex (“Agente Fiduciário”); e (C) representantes da Cia Srs. Diego Carneiro Barreto e Roberto Bove.Mesa Dirigente:Presidente:Alessandro de Oliveira Nascimento, Secretária: Carolina Sampaio Gasparin.Ordem do Dia:Discutir e deliberar sobrea contratação, pela Cia, da empresa Baker Tilly do Brasil Auditores Independentes S/S, CNPJ 67.634.717/0001-66, para realizarauditoria nos investimentos da Cia, conforme dispõe o item 3.2.4.3 da Escritura da 4ª Emissão. Deliberações: Após a prestaçãodos devidos esclarecimentos referentes às matérias da ordem do dia, os Debenturistas, sem quaisquer restrições, deliberarampor unanimidade Aprovar a contratação da empresa Baker Tilly do Brasil Auditores Independentes S/S, para realizar auditorianos investimentos da Cia. Encerramento: Nada mais havendo a ser tratado, foi encerrada a Assembleia, da qual se lavrou apresente ata que, lida e achada conforme, foi assinada por todos. Apresente é cópia fiel da ata lavrada em livro próprio da Cia. SP,03.08.2012.Alessandro deOliveira Nascimento,Presidente;Carolina Sampaio Gasparin,Secretário. Fundo de Investimentodo Fundo deGarantia do Tempo de Serviço - FI-FGTS (Debenturista),Alessandro de O. Nascimento, Gerente Executivo; CássioViana de Jesus, Gerente Nacional; BRL Trust Serviços Fiduciários e Participações Ltda. (Agente Fiduciário), Lívia dos SantosArbex,Advogada;OAS S.A. (Cia), Diego Carneiro Barreto, Líder de Finanças Corporativas; Roberto Bove, Gerente de Tesouraria.JUCESP nº 373.032/12-2 em 22.08.12. Gisela Simiema Ceschin - Secretária Geral.

AECOESP – ASSOCIAÇÃO DOS ESCREVENTES TÉCNICOS JUDICIÁRIOSDO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

CNPJ nº 17.176.656/0001-23Edital de Convocação – Assembleia Geral Extraordinária

Pelo presente edital, fi cam convocados os associados da Entidade, que preencham os requisitos do artigo 8º, letra “b” e “c” do Estatuto Social, para a Assembleia Geral Extraordinária - eleição específi ca para o preenchimento do cargo de diretor 1º secretário, nos termos do artigo 24 do diploma acima mencionado, da AECOESP – ASSOCIAÇÃO DOS ESCREVENTES TÉCNICOS JUDICIÁRIOS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO – triênio 2012/2014, a realizar-se na Sede Social, na Praça da Sé, 96 – 2º andar – conjunto 201, no dia 27/09/2012 do corrente ano, no período das 09 às 17 horas. Outrossim, fi ca estabelecido o prazo de 10 (dez) dias, a contar da publicação deste edital, para apresentação de candidatos interessados no cargo perante a comissão eleitoral, conforme o artigo 13 do Regimento Interno à disposição dos interessados. São Paulo, 23 de agosto de 2012. (a) Ivo Ribeiro de Oliveira - Presidente.

PREFEITURA MUNICIPAL DE

CASTILHO/SP

TERMO DE HOMOLOGAÇÃOPROCESSO LICITATÓRIO 37/12 - PREGÃO 18/12

Objeto: Aquisição de 02 (dois) veículos automotores, tipo miniônibus (van). Considerando a adjudi-cação constante da ata dos trabalhos da sessão pública de julgamento, lavrada pelo Sr. Pregoeiro,designada pela Portaria nº 02, de 03/01/2012; e a regularidade do procedimento, hei por bem, combase na Lei Federal nº 10520, de 17 de julho de 2002, Homologar os itens do objeto licitado, àempresa abaixo delineada e determinar que sejam tomadas as providências ulteriores: Aoki Ltda. RuaMasao Aoki, 50 - Distrito Industrial - Dracena - SP. CNPJ (MF): 47.610.100/0001-01. Itens: 01 e 02.Valor: R$ 279.700,00 (Duzentos e setenta e nove mil e setecentos reais). Castilho - SP, 24 de agostode 2012. Antonio Carlos Ribeiro - Prefeito. A Debitar (25.08.12)

PREFEITURA MUNICIPAL DE

CASTILHO/SP

TERMO DE ADJUDICAÇÃOPROCESSO LICITATÓRIO 37/12 - PREGÃO 18/12

Objeto: Aquisição de 02 (dois) veículos automotores, tipo miniônibus (van). Consubstanciado aostermos da Ata da Sessão de Julgamento, considerando a regularidade do procedimento, Resolve, porbem, nos termos da Lei 10.520/02, Adjudicar os itens do objeto licitado, à empresa abaixo delineada:Aoki Ltda. Rua Masao Aoki, 50 - Distrito Industrial - Dracena - SP. CNPJ (MF): 47.610.100/0001-01.Itens: 01 e 02. Valor: R$ 279.700,00 (Duzentos e setenta e nove mil e setecentos reais). Castilho -SP, 24 de agosto de 2012. Luiz Yamahira - Pregoeiro. A Debitar (25.08.12)

Pró Metalurgia S.A.CNPJ no 56.994.924/0001-05 - NIRE 35.300.049.49-7

Edital de Convocação - Assembléia Geral ExtraordináriaEdital de Convocação - Assembléia Geral ExtraordináriaFicam os Srs. Acionistas da Pró Metalurgia S.A. convocados a comparecer à Assembléia GeralExtraordinária a ser realizada no dia 28 de setembro de 2012, às 10:00 horas, na sede social,na Rua Manoel Antonio da Luz, 76, 1º andar, bairro de Santo Amaro, São Paulo, SP, para asnecessárias deliberações a respeito da seguinte Ordem do Dia : (a) mudança de endereço da sede social;(b) alteração da redação do Art. 2º do Estatuto Social; e (c) consolidação do Estatuto Social.

São Paulo, 15 de Agosto de 2012Luiz AugustoTrindade

Presidente do Conselho de Administração e Diretor de Relações com o Mercado

Pró Metalurgia S.A.CNPJ nº 56.994.924/0001-05 - NIRE 35.300.049.49-7

Comunicação ao Mercado - Fato RelevanteA Pró Metalurgia S.A. comunica ao mercado, de modo a garantir a transparência para investidores ou não devalores mobiliários de emissão desta companhia, nos termos do disposto na Instrução CVM nº 368/02 eInstrução CVM nº 480/09 que foi convocada uma Assembleia Geral Extraordinária da companhia, para o dia28/09/2012, às 10:00 horas, na sede social, na Rua Manoel Antonio da Luz, 76, 1º andar, bairro de SantoAmaro,SãoPaulo,SP,paradeliberarsobreaseguinteOrdemdoDia: (a)mudançadeendereçodasedesocial;(b) alteração da redação do Art. 2º do Estatuto Social; e (c) consolidação do Estatuto Social. A alteração desede proposta tem por finalidade gerar economia de aluguéis à companhia, a qual poderá não mais ter quelocar o endereço de sua sede atual em São Paulo, e, principalmente, concentrar a Administração da empresa,sem custos adicionais, com a operação da companhia, colocando-as juntas e em um mesmo endereço ondeatualmente já está instalada a filial de Atibaia (que não será alterada e será reservada), e na qual serádisponibilizada uma sala para a Diretoria, onde poderão ser melhor atendidos os acionistas, fornecedores,clientes e terceiros com os quais esta companhia se relaciona, além de facilitar e agilizar a comunicação entreas áreas Administrativa e Operacional, consolidando todos os envolvidos nisso em um único endereço. Omesmo fato está sendo comunicado hoje, com o mesmo teor e conteúdo deste, à Comissão de ValoresMobiliários - CVM, por meio eletrônico e à BM&FBOVESPA por meio de correspondência registrada.

São Paulo, 25 de Agosto de 2012Luiz AugustoTrindade

Diretor de Relações com o Mercado

Requerente: Roberto Camilo do Carmo. Requerido: Lemam Ferramentas de Precisão Ltda. EPP. Rua Itauna, 370 – Vila Maria Baixa - 2ª Vara de Falências. Requerente: Objetiva Serviços Gráfi cos Ltda. Requerido: Gutenberg Editorial Ltda. Rua Cristiano Viana, 233 - Conjunto 22 – Cerqueira César - 1ª Vara de Falências.Requerente: Distribuidora de Aços e Metais Tubometal Ltda. Requerido: ACMW Indústria e Comércio Ltda. Rua Cadiriri, 1.013 – Parque da Mooca - 2ª Vara de Falências.

Recuperação JudicialRequerente: Intervia Tecnologia Ltda. ME. Requerido: Intervia Tecnologia Ltda. ME. Travessa Caraibas, 176 - Unidade 3 – Perdizes - 1ª Vara de Falências.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIALConforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram

ajuizados no dia 24 de agosto de 2012, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

É como o financiamento estatal através da máquina de impressão de dinheiro.Jens Weidmann, presidente do Bundesbankeconomia

El Corte Inglés cai 88% em PortugalRedução do lucro da rede varejista em

Portugal serve de termômetro para mostrarcomo anda a desaquecida economia nopaís. Em nível global a queda foi de 34%.

OEl Corte Inglés emPortugal registroulucro de apenas 2,1milhões de euros

no ano fiscal consolidado em29 de fevereiro, informou acompanhia. O valor é 15, 3 mi-lhões de euros menor do que oapurado no exercício fiscal an-terior, ou seja, 88% de quedanos lucros.

"Os resultados líquidos, de-pois de pagos os impostos novalor de 2,7 milhões de euros,atingiram os2 . 0 9 9 . 9 6 2euros, o que,t e n d o e mconta o con-texto recessi-vo em que see n c o n t r a ocomércio ge-ral em Portu-gal, é consi-derado posi-tivo", afirmoua companhiaem um comu-nicado à im-prensa.

No exercício anterior a rederegistou um lucro de 17,4 mi-lhões de euros.

Já as vendas e outras recei-tas de atividades do El CorteInglés – Grandes Armazéns,que opera no mercado portu-guês há dez anos, ficaram em385,4 milhões de euros, 226milhões de euros a menos doque no exercício anterior.

O El Corte Inglés afirma que"tem intensão de continuar ainvestir em Portugal", salien-tando apenas que vai atrasar

um pouco as obras para o futu-ro supermercado do Restelo,em Lisboa, que estava previs-to para ser inaugurado no finaldeste ano.

Os custos e despesas de ex-ploração totalizaram 371,6milhões de euros, 1% a menosdo que na comparação com oexercício anterior. As despe-sas com pessoal, por sua vez,aumentaram 1%, situando-seem 67,2 milhões de euros.

Rede no mundo – Em nívelglobal, o Gru-po El Corte In-glés alcançouum lucro de210 milhõesde euros, va-lor 34% me-n o r d o q u eem 2010, en-quanto o vo-lume de ne-gócios totali-zou 15 .778mi lhões deeuros , umaq u e d a d e3,9%.

O EBITDA (resultados antesde impostos, juros, deprecia-ções e amortizações) foi de826,3 milhões de euros.

Crise na Espanha – "Esta evo-lução foi condicionada pelaconjuntura econômica na Es-panha que afetou, de formasignificativa, o consumo, ten-do registado ao longo de 2011uma queda de 5,6%, somadosa quatro anos consecutivos dequeda do consumo no país",justificou a companhia no co-municado.

Pichações nos murosexpressam a

preocupação com arecessão em Portugal

O presidente do El Corte In-glés, Isidoro Álvarez, que assi-na no texto, afirmou que o gru-po "confirma a sua força pe-rante as dificuldades do mer-cado, mantendo a sua cotaglobal de participação".

O investimento do grupo to-talizou 871 milhões de euros,"a maior parte destinado àconstrução de novas unida-des comerciais". O Grupo ElCorte Inglés fechou o exercí-cio de 2011 com 99.323 traba-lhadores. (Agências)

Hugo Correia/ Reuters

Merkel: 'Pesem aspalavras com cuidado'.

Chanceler alemã gravando entrevista a uma rede de televisão

Tobias Schwarz/ Reuters

Weidmann: 'Ajudapode ser como droga'.

Em declarações ao sema-nário alemão Der Spie-ge l , d ivulgadas pela

agência de notícias espanholaEFE, o presidente do Bundes-bank, Jens Weidmann, fez du-ras críticas à compra da dívidapública de países em crise nazona do euro pelo Banco Cen-tral Europeu (BCE).

Segundo ele, "política dessetipo é como o financiamento

estatal através da máquina deimpressão de dinheiro", o quepode "criar dependência co-mo uma droga".

Weidmann explicou que sebancos centrais do Eurosys-tem (formado pelo BCE e ban-cos centrais dos 17 países dazona do euro) compram a dívi-da soberana dos países, essestítulos acabam impactando obalanço dos bancos centrais

e, "eventualmente, os contri-buintes de todos os países as-sumem a responsabilidade",enquanto os problemas fun-damentais nos países da zonado euro não serão resolvidos.

Ele acrescentou que "nasdemocracias devem decidiros parlamentos e não os ban-cos centrais sobre tão amplacombinação de riscos".

Depois de destacar que es-sa não é a forma de resolver osproblemas básicos da crise,Weidmann comentou que "achuva de dinheiro dos bancoscentrais nada mais faria doque despertar ambições já

existentes". "Não deveríamosdesvalorizar o perigo de que ofinanciamento através dosbancos centrais pode criar de-pendência assim como umadroga", declarou ele, ressal-tando ver ameaçada a inde-pendência do BCE.

Apesar de tudo, Weidmannafirmou que não existe um ris-co imediato de inflação, masadvertiu que "se a política mo-netária for manipulada paraconverter-se na solução políti-ca dos problemas, acabarávendo os seus objetivos rele-gados para segundo plano".(Agências)

Achanceler da Alema-nha, Angela Merkel, dis-se ontem que não há si-

nais de que o Fundo MonetárioInternacional (FMI) possaabandonar os pacotes de res-gate à Grécia. Ela também pe-diu mais moderação na dis-cussão sobre o país. "Meu ape-lo é que todos devem pesarsuas palavras muito cuidado-samente", disse Merkel, emuma entrevista à TV que foi aoar no domingo à noite. Elaacrescentou que a Europaatualmente está em um mo-mento decisivo.

Questionada a comentar so-bre a reunião dela com o pri-meiro-ministro da Grécia, An-tonis Samaras, em Berlim, nasexta-feira, Merkel afirmouque a impressão dela é de queSamaras "está fazendo sériosesforços".

"Mas, como eu disse ao pri-meiro-ministro grego, aindahá muito a fazer", afirmouMerkel, acrescentando que aGrécia merece aguardar o re-latório da troica – formada pe-lo Banco Central Europeu(BCE), Comissão Europeia eFMI – antes que quaisquer con-clusões sejam tiradas.

A avaliação dos esforços daGrécia para restaurar sua eco-nomia após cinco anos de re-

cessão deve sair em outubro.Muita confiança se perdeu nosdois últimos anos, disse Mer-kel. "O euro apenas vai seruma moeda estável se nós re-tomarmos a credibilidade",afirmou. Ela também disseque tem confiança na inde-pendência do BCE.

Alemanha – O ministro dasFinanças da Alemanha, Wolf-gang Schäuble, advertiu con-tra dar mais tempo à Gréciapara a implementação de seuprocesso de reforma. "Maistempo, em geral, significamais dinheiro – e isso, rapida-mente, significa um novo pro-grama. Esse não é o caminhocorreto para resolver o proble-ma fundamental da zona doeuro", afirmou ao jornal Der Ta-g e s s pi e g e l , em entrevista pu-blicada no domingo.

"Para restaurar a confiançana zona do euro, cada membrodo bloco deve combater seuspróprios problemas, sozinhose com determinação, e a Euro-pa deve fazer melhorias insti-tucionais que a tornem maiscapaz de tomar decisões e dei-xar a política fiscal compatívelcom a política monetária",afirmou Schäuble. Ele acres-centou que o pacto fiscal acor-dado "é um passo importantena direção correta". (AE)

Tendo em conta ocontexto recessivoem que se encontrao comércio geralem Portugal,o resultadoé consideradopositivo.

ISIDOR O ÁLVA R E Z ,PRESIDENTE DO EL COR TE INGLÉS

Page 22: DC 27/08/2012

sábado, domingo e segunda-feira, 25, 26 e 27 de agosto de 201222 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO

O fornecedor de produtos e serviços "é responsável pelasegurança, vida, saúde e integridade física do consumidor".economia

Angela Crespo é jornalista especializada em consumo.E-mail: [email protected]

O QUE DIZ O CDC

Fique por dentro

SUSPENSÃOO Procon de Minas Gerais, vinculado ao Mi-

nistério Público, decidiu suspender por cincodias úteis dez instituições financeiras de con-ceder empréstimos a consumidores em todoo Estado. A determinação é resultado daquantidade de reclamações de correntistasque não conseguiram transferir dívidas entrebancos e não puderam quitar débitos antesdo fim do contrato. A decisão é inédita no País.Caso descumpram a medida, as empresaspodem pagar multa de R$ 1 mil por novo con-trato assinado.

A antecipação da quitação de uma dívida ea portabilidade de créditos são direitos doconsumidor.

Empresas são punidaspor dano físico ao consumidor

Um caso que deu grande repercussão namídia no ano passado e tratava-se de

acidente de consumo foi a comercializaçãodo Toddynho, cuja falha no processo dehigienização das máquinas, reconhecidapela PepsiCo, fez com que 32 pessoas doRio Grande do Sul passassem mal ao ingeriro produto misturado a detergente.

Na semana passada, o caso chegou aofim após a empresa firmarcompromisso com o MinistérioPúblico para o pagamento deindenização no valor de R$ 420mil – R$ 390 mil serão destinadosao Fundo da Infância e Juventudedo Estado do Rio Grande do Sul eR$ 30 mil à Fundação do Vale doTaquari de Educação eDesenvolvimento. A empresatambém se comprometeu aadotar medidas para evitar ou minimizaracidentes relativos ao produto.

Em um outro caso de acidente deconsumo, no Distrito Federal, umaconsumidora conseguiu na Justiça o direitode receber R$ 5 mil por danos morais eR$ 869,53 por reparações materiais (gastoscom médicos e medicamentos) após entrar

com ação indenizatória por ter despencadocom o elevador em que estava. O casoocorreu em um shopping.

A sentença foi da 3ª Turma Recursal doTribunal de Justiça do Distrito Federal, quemanteve decisão do Juizado Cível. Foramcondenados, solidariamente, o fabricantedo elevador e a administração do shopping.Conforme o juiz, "o fato de a queda ter

ocorrido quando em meio aofuncionamento do elevador nãodeixa dúvidas de que os sistemasfalharam por completo, portanto,a presença de culpa dafabricante, que responde pelonão funcionamento adequado doaparelho".

Quanto ao shopping,entendeu-se que "responde deforma solidária pelos danos

sofridos pela autora, haja vista aconfiguração da relação de consumo, umavez que a disponibilidade do elevadorintegra a cadeia de prestação de serviçosna qual se encontram inseridos".

Fontes: Ministério Público do Rio Grande doSul e Tribunal de Justiça do Distrito Federal edos Territórios (TJDF).

QUEIXAS

RANKINGNo estado do Rio de Janeiro, o Procon local

divulgou o ranking das piores agências decada banco, resultado de estudo no qualforam avaliadas as reclamações recebidaspela central de atendimento do órgão alémde visitas feitas por equipes técnicas nasagências. O principal item analisado foi a leimunicipal que determina o tempo máximode espera na fila em 15 minutos.

As multas para as agências quedesrespeitarem a lei variam entre R$ 10 mile R$ 160 mil, ou até a suspensãoda licença de funcionamentopor prazo indeterminado.

Procon incentiva denúncias deacidentes de consumo

As empresas nãoestão isentas deserem chamadas

em razão deacidente deconsumo

Dan Brady/SXC

O responsável pelaintegridade física dos clientes

OCódigo de Defesa doConsumidor (CDC) éclaro, em seu artigo

6º, quando diz que o fornece-dor de produtos e serviços "éresponsável pela segurança,vida, saúde e integridade físi-ca do consumidor". É com ba-se nessa determinação que osProcons registram uma recla-mação de acidente de consu-mo e a própria Justiça pode de-terminar indenização ao cida-dão lesado. Assim, ao ofere-cer um produto ou serviço queapresentem riscos ao cidadãoou provoquem um acidentede consumo, o fornecedor po-derá ter de arcar não só com otratamento, mas tambémcom o pagamento de indeni-zações caso a Justiça julgueprocedente a ação.

Outros artigos do CDC sãoexplorados pelos defensoresdo consumidor quando o as-sunto é acidente de consumo.Na seção que trata do tema"da proteção à saúde e segu-rança", os artigos 8º e 9º ver-sam sobre a informação, obri-gando os fornecedores deprodutos e serviços potencial-mente perigosos a deixarbem claro para o seu clientesobre a nocividade do que eleestá adquirindo. Quem conse-gue provar na Justiça ou mes-mo no Procon que seu clientefoi bem orientado sobre o que

levou para casa poderá contarpontos a seu favor se de fatoocorrer um acidente, até sob ajustificativa que o fato ocorreupor mau uso por parte do con-sumidor.

Recall – Uma empresa pode(e deve) antecipar-se e comu-nicar os órgãos de proteção aoconsumidor assim que souberque um determinado produtoseu tem algum "desvio". Essacomunicação deve ser feitapara deixar claro que provi-dências já estão sendo toma-das para a correção do proble-ma, objetivando não colocarem risco a integridade físicado consumidor. Quanto aosprodutos que já foram com-prados pelo consumidor, aempresa se compromete achamá-los para fazer as devi-das correções.

Essas possibilidades estãodeterminadas no artigo 10ºdo CDC e foram denominadasde recall. Pela lei consumeris-ta, o fornecedor deve aindacomunicar o fato aos seusclientes por meio de anúnciospublicitários na imprensa emgeral, inclusive TV.

É importante frisar que o ar-tigo 12 diz que a responsabili-dade por acidentes de consu-mo é solidária, isto é, todos osque compõem a cadeia pro-dutiva podem ser chamados aresponder pelo dano.

O e-commerce tem desagra-dado a muitos consumidores.Dados do Procon-SP mostramque vem crescendo o númerode queixas contra as lojas vir-tuais. A cada R$ 367 mil emvendas nos sites de compras

coletivas, uma queixa dos ser-viços foi feita no primeiro se-mestre deste ano. Em 2011, aproporção era de uma para ca-da R$ 1,78 milhão gasto.

As queixas registradas nosseis primeiros meses de 2012

já superam em 10% o total detodo 2011 – quando o órgãocomeçou a ser acionado sobreo segmento. O ano passado foifechado com 1.690 reclama-ções. Neste ano, já foram re-gistradas 1.869.

Artigo 6ºI - a proteção da vida, saúde e segurança

contra os riscos provocados por práticas nofornecimento de produtos e serviços conside-rados perigosos ou nocivos;

II - a educação e divulgação sobre o consumoadequado dos produtos e serviços, assegura-das a liberdade de escolha e a igualdade nascontratações;

VI - a efetiva prevenção e reparação de da-nos patrimoniais e morais, individuais, coleti-vos e difusos;

Artigo 8°Os produtos e serviços colocados no merca-

do de consumo não acarretarão riscos à saúdeou segurança dos consumidores, exceto osconsiderados normais e previsíveis em decor-rência de sua natureza e fruição, obrigando-seos fornecedores, em qualquer hipótese, a daras informações necessárias e adequadas a seurespeito.

Parágrafo único. Em se tratando de produtoindustrial, ao fabricante cabe prestar as infor-mações a que se refere este artigo, através deimpressos apropriados que devam acompa-nhar o produto.

Artigo 9°O fornecedor de produtos e serviços poten-

cialmente nocivos ou perigosos à saúde ousegurança deverá informar, de maneira os-tensiva e adequada, a respeito da sua nocivi-dade ou periculosidade, sem prejuízo da ado-ção de outras medidas cabíveis em cada casoconcreto.

Artigo 10O fornecedor não poderá colocar no merca-

do de consumo produto ou serviço que sabe oudeveria saber apresentar alto grau de nocivi-dade ou periculosidade à saúde ou seguran-ça.

§ 1° O fornecedor de produtos e serviços que,posteriormente à sua introdução no mercado

de consumo, tiver conhecimento da periculo-sidade que apresentem, deverá comunicar ofato imediatamente às autoridades compe-tentes e aos consumidores, mediante anún-cios publicitários.

§ 2° Os anúncios publicitários a que se refe-re o parágrafo anterior serão veiculados naimprensa, rádio e televisão, às expensas dofornecedor do produto ou serviço.

§ 3° Sempre que tiverem conhecimento depericulosidade de produtos ou serviços à saú-de ou segurança dos consumidores, a União,os Estados, o Distrito Federal e os Municípiosdeverão informá-los a respeito.

Ca d a v e zm a i s a sc o m p a-nhias têm

de se precaver com oobjetivo de que seusconsumidores nãosofram nenhum danofísico ao consumirseus produtos e ser-viços ou mesmo tran-sitar pelo estabeleci-mento. Voltamos afalar sobre acidentede consumo porque,na semana passada,a Fundação Procon-SP alertou que, "porfalta de informação, amaioria das pessoasque sofre algum tipode acidente de con-sumo acaba não rela-tando o caso aos ór-gãos responsáveis".A notícia repercutiupor toda a imprensanacional.

Também ganhou bastantedestaque a notícia de uma fa-mília (casal e duas crianças),moradora de Nova Canaã (SP),que foi hospitalizada na UTI daSanta Casa local após consu-mir mortadela. A suspeita foide que contraíram botulismo,intoxicação alimentar que po-de levar à morte. O caso foiclassificado como acidente deconsumo e, provavelmente,produtor e comerciante serãochamados para explicações.

Ao tocar no tema "acidentede consumo", a instituiçãopública de defesa do consu-midor tratou de chamar a

atenção do c idadão paraseus direitos com relação aosdanos físicos após consumirprodutos ou serviços. O Pro-con salientou que a maioriados cidadãos não sabe, masque esse tipo de problemadeve ser registrado nos ór-gãos de defesa para que se-jam tomadas medidas admi-nistrativas. Com o registro dorelato dos casos, conforme oInstituto Nacional de Metro-logia, Qualidade e Tecnolo-gia (Inmetro), é possível "es-timar o prejuízo econômico esocial e contribuir para a re-dução dos acidentes de con-sumo a partir da elaboração e

revisão de normas e regula-mentos técnicos".

Todos sabemos que, umavez conhecedor de seus direi-tos, o consumidor passa a de-nunciar com mais frequênciao que lhe causa algum mal.Portanto, é importante para osfornecedores saberem o queconfigura o acidente de con-sumo e quais as consequên-cias para as empresas casoum cliente denuncie um casoenvolvendo sua marca.

Definições – Na definição doInmetro, ocorre um acidentede consumo quando "um pro-duto e/ou serviço prestadoprovoca dano físico ao usuário

ou a terceiros, mesmoquando utilizado oumanuseado correta-mente , de acordocom as instruções deuso". Esse dano podeser uma intoxicaçãoalimentar ou química,no caso de produtosde limpeza, uma quei-madura, um corte aoabrir embalagens, umchoque elétrico ao uti-lizar aparelhos eletro-domésticos, uma tor-ção ou fratura ao cairde uma cadeira plásti-ca que se quebra ouescada doméstica,queda com lesões emuma loja com piso mo-lhado que não foi sina-lizado, uma peça debrinquedo engolidapor uma criança, umaqueda que provoquelesões ou morte em

brinquedos de parque de di-versão, entre outros. O aci-dentado, para exigir seus di-reitos, não precisa necessaria-mente ser o que adquiriu o pro-duto ou o serviço. Um terceiroque sofreu lesão em decorrên-cia do fato também tem direitode solicitar reparação.

O Procon, ao receber a de-núncia de um consumidor, no-tificará e chamará a empresapara explicações, reparaçõese até solicitará a retirada dosprodutos do mercado. O casopoderá ser encaminhado aoJudiciário, com solicitação deindenização por dano morale/ou físico.

Page 23: DC 27/08/2012

sábado, domingo e segunda-feira, 25, 26 e 27 de agosto de 2012 23DIÁRIO DO COMÉRCIO

O MELHOR PAULISTA

EM BAIXADerrota para Santosdevolve Palmeiras àzona de rebaixamento.Pág. 24.

É O AMOR!Ecclestone se casa emsegredo e Pelé temnova namorada.P á g. 2 6espor te

Mauro Horita/AEuinto lugar, com 31pontos, a apenasquatro do G-4. Essa éa posição do São Pau-

lo, o melhor time paulista ao fi-nal do primeiro turno do Brasi-leiro, consolidada após a vitó-ria por 2 a 1, de virada, sobre oCorinthians, no clássico de on-tem no Pacaembu. Se em ter-mos de classificação para a Li-bertadores do ano que vem aposição que o Tricolor ocupana classificação é até confor-tável, a situação em termos detítulo permanece difícil, assimcomo a da maioria dos concor-rentes.

O primeiro turno terminacom o Atlético-MG liderando acompetição. São 43 pontosconquistados, 13 vitórias, 4empates e apenas uma derro-ta (para o próprio São Paulo, 1a 0, no Morumbi), aproveita-mento de 80% dos pontos. Emseguida aparece o Fluminen-se, com 42 pontos e aproveita-mento de 74%. Depois da du-pla, vem o Grêmio, com 37. Oquarto é o Vasco, com 35, e aísim vem o São Paulo, com 31.

A distância que separa o SãoPaulo do líder Atlético ao finaldo turno, portanto, é de 12pontos — e pode subir para 15,caso os mineiros consigamvencer o jogo adiado que ain-da têm a cumprir, no Rio, con-tra o Flamengo, no dia 26 desetembro. No ano passado, oprimeiro turno terminou com oCorinthians líder com 37 pon-tos, um a mais que o Flamen-go. No final, deu Corinthianscampeão, com uma diferençade dois pontos em relação aum outro rival, o Vasco. Em to-da a história do CampeonatoBrasileiro disputado por pon-tos corridos, a partir de 2003, amaior diferença de pontosquem tirou foi o próprio SãoPaulo, em 2008: terminou oprimeiro turno 8 pontos atrásdo Grêmio (diferença que pu-lou para 11 logo na primeirarodada do returno, com umavitória do tricolor gaúcho so-bre o paulista). Mesmo assim,no fim, deu São Paulo, tricam-peão, com três pontos a mais.

“Dá uma esperança de en-curtar a diferença para o G4 e atorcida pode voltar a ter con-fiança no time”, analisou o go-leiro Rogério Ceni após os 2 a 1sobre o Corinthians, ele mes-mo um sobrevivente da faça-nha tricolor em 2008. Lucasera outro que aproveitava a vi-tória para mandar um recadoaos adversários: “Temos quevalorizar essa vitória, porquevencemos na casa deles. Eainda vamos incomodar bas-tante no campeonato.” O téc-nico Ney Franco admitia que aatuação no primeiro tempopreocupou pois o Corinthiansabriu a contagem, com Emer-son, logo aos 5 minutos, ecriou chances para ampliar.“Entregamos um gol para oCorinthians por nervosismo.Mas no segundo tempo tive-mos uma atuação soberana.Merecemos a vitória.”

No entanto, o maior desta-que foi mesmo Luis Fabiano,autor dos dois gols que vale-ram a primeira vitória do SãoPaulo sobre o Corinthians noPacaembu desde 2005 (de lápara cá, o Alvinegro havia ven-cido todos os seis jogos dispu-tados no estádio entre as duasequipes). Fora do time haviaseis jogos, o atacante ainda al-cançou Fred, do Fluminense, eVagner Love, do Flamengo, naarti lharia da competição.“Vencemos porque fomos in-teligentes e ninguém se entre-gou", resumiu Luis Fabiano.“Essa vitória dá moral e con-fiança. Estamos distantes doG4, mas temos que continuarna humildade e saber que comessa vontade a gente jogacontra qualquer time.”

Campeão da Libertado-res, o Corinthians fezuma aposta clara no iní-

cio do primeiro turno do Brasi-leiro: priorizou a competiçãosul-americana, entrando emcampo com os reservas nas ro-dadas iniciais do campeonatonacional. Na sequência, jácom todos os titulares de vol-ta, não conseguiu a desejadareação, encerrando essa pri-meira fase em um modesto11º lugar.

Após a derrota para o SãoPaulo, o lateral-direito Ales-sandro, um dos mais expe-rientes da equipe (e que volta-va ao time após cumprir sus-pensão automática), pregouuma reação no Brasileiro.Após duas derrotas em clássi-cos (para Santos e São Paulo),ele disse que ninguém pode seacomodar, pensando apenasna disputa do CampeonatoMundial de Clubes, no Japão,em dezembro. E completou:“Jogamos bem esses dois clás-sicos, uma pena que não con-seguimos a vitória.”

As chances de gol perdidas,sobretudo no primeiro tempo,não foram digeridas pelos jo-gadores do Corinthians. Oelenco atribuiu a derrota ao fa-to de o time ter criado várias si-tuações de perigo, mas não ter“matado” a partida. “Se tivés-semos decidido o jogo no iní-cio, seria melhor, o resultadoda partida seria outro”, disse omeia Douglas, que passou malno intervalo e pediu para sersubstituído - ele teve uma for-te gripe durante a semana.Danilo também reiterou o ex-cesso de erros cometidos pelotime quando ainda vencia apartida por 1 a 0. “Tivemos vá-rias chances, assim fica com-plicado”, afirmou o meia.

Um dos que desperdiçaramboas chances de ampliar,Emerson, autor do único gol doCorinthians na partida, prefe-riu, no entanto, ressaltar o de-sempenho do São Paulo. “Elesfizeram um segundo tempomelhor e mereceram a vitória,foi isso.”

Emerson não atuava haviaum mês. Recuperado de lesãono tornozelo, teve uma boaatuação no primeiro tempo,mas, assim como o time todo,não conseguiu repetir a inten-sidade de jogo na segundaetapa. Entretanto, garantiu:“Eu me senti bem.”

Alessandro também negouque a equipe tenha sofrido avirada por cansaço: “Não tevenada de questão física, não.Nós temos condições de jogarum segundo tempo como jo-gamos no primeiro. Aconteceque eles aproveitaram a chan-ce que tiveram.”

Ao contrário do que haviaacontecido no domingo ante-rior, na derrota por 3 a 2 para oSantos, na Vila Belmiro, dessavez o Corinthians não viu mo-tivos para criticar a arbitra-gem, que ficou a cargo de Wil-son Luiz Seneme. “Não pode-mos falar nada sobre arbitra-gem. Pode ter acontecido umlance ou outro, mas nada rele-vante. O Seneme teve umagrande atuação”, analisou otécnico Tite. Ele também reco-nheceu que o São Paulo apro-veitou melhor as chances queteve no segundo tempo, e queo Corinthians está buscandoretomar um padrão de jogo. Otécnico, contudo, enalteceu orival. “Estão de parabéns, te-mos de olhar o outro lado.”

� Com os dois gols

marcados no clássico,

Luis Fabiano não só

chegou à artilharia do

Brasileiro, com 9, como

alcançou a excelente

média de 0,81 gol pelo

São Paulo nesta

temporada. São 22 gols

em 27 partidas. Além

disso, nos clássicos contra

o Corinthians, a média é

de exatamente um gol (6

em 6 jogos).

Ao longo de toda a

campanha, a equipe

empatou apenas uma vez:

1 a 1 com o Palmeiras, na

Arena Barueri.

NÚMEROS

� O Corinthians termina o

primeiro turno com saldo

de gols zerado: marcou 20

(mesmo número do

Atlético-GO, que está na

zona de rebaixamento),

sofreu 20. O

aproveitamento é de 42%

dos pontos, com 6 vitórias,

6 empates e 7 derrotas.

A derrota para o São Paulo

foi a terceira jogando no

Pacaembu, somando-se às

por 1 a 0 para o

Fluminense, logo na

primeira rodada do

campeonato, e por 3 a 1

para o Botafogo, após a

conquista da Libertadores.

NÚMEROS

Reaçãofica parao returno

Com dois gols deLuis Fabiano, SãoPaulo vira para 2 a 1o clássico contra oCorinthians, noPacaembu, etermina o primeiroturno em quinto

Q

Page 24: DC 27/08/2012

sábado, domingo e segunda-feira, 25, 26 e 27 de agosto de 201224 DIÁRIO DO COMÉRCIO

NEYMAR DEVOLVE OPALMEIRAS À “ZONA”

Começamos a dar trabalho.”Muricy Ramalho, após a virada sobre o Palmeirasesporte

Alviverde saiu na frente do Santos no clássico de sábado, mas sofreu a virada com dois gols do craque e acabou fechando o primeiro turno dentro da zona de rebaixamento

Felipe Rau/AE

No clássico de sábadono Pacaembu, o Pal-meiras saiu na fren-te do Santos com

um gol de Corrêa. Mas aindano primeiro tempo sofreu oempate, com um gol de faltamarcado por Neymar. Aos 17do segundo, Neymar apare-ceu novamente, para virar ojogo para 2 a 1 e devolver o Al-viverde à zona de rebaixa-mento, que a equipe rondoudurante todo o primeiro turno(no domingo, o time seria ul-trapassado qualquer que fos-se o resultado de Bahia x Atlé-tico-GO). Já o Santos conquis-tou sua segunda vitória segui-da em clássicos — no domingoanterior, havia vencido o Co-rinthians por 3 a 2 na Vila Bel-miro — e terminou o primeiroturno em 10º lugar, a 9 pontosdo sonhado G-4, que garanteclassificação para a Liberta-dores do ano que vem.

“Jogamos bem, tivemosoportunidades, mas é compli-cado”, lamentou o zagueiroHenrique ao final da partida.“Temos que erguer a cabeçaporque jogamos bem, mas oresultado não veio. Está na ho-ra de começarmos a jogar beme ganhar. Não basta só criarchances e não marcar gols.”Mazinho alertou que o timeprecisa ficar mais ligado namarcação: “Errar faz parte,mas demos espaço e o Santosfo i mais competente naschances que conseguiu criar.”O técnico Luiz Felipe Scolarifez questão de elogiar a postu-ra da equipe: “Fizemos umapartida muito boa e se conti-nuar jogando dessa forma va-mos sair dessa situação.” Des-de a mudança do formato docampeonato para pontos cor-ridos, em 2003, o Palmeirasnunca foi tão mal no primeiro

turno. Foram apenas 16 pon-tos conquistados, com apro-veitamento de 28%. O pior de-sempenho anterior tinha sidoem 2010, quando a equipe so-mou 24 pontos (42,1% dospossíveis). A melhor marca foiem 2009: 37 pontos e aprovei-tamento de 64,9%.

A situação preocupa os jo-gadores e Felipão. “Só depen-

de da gente para reverter essasituação. Agora vamos come-çar uma nova fase e espera-mos retomar o caminho das vi-tórias”, disse o zagueiro Hen-rique, um dos líderes do elen-co e que se tornou capitãoporque Marcos Assunção estáfora de combate, recuperan-do-se de uma artroscopia nojoelho direito.

O maior problema no mo-mento é o excesso de desfal-ques. Contra o Santos, porexemplo, o treinador não pô-de contar com 11 jogadores.“O momento é delicado. Te-mos de ficar preocupados coma situação e acredito que o tor-cedor também está. Vamostentar entender o que estáacontecendo e fazer com que

a equipe melhore já nos próxi-mos jogos”, disse o técnico.

Do lado santista, o técnicoMuricy Ramalho comemora-va: “Começamos a dar traba-lho.” Mas apesar da ascensãono campeonato, no returnoele continuará tendo proble-mas para escalar o time. Ney-mar e Arouca foram chama-dos para defender o Brasil nos

amistosos contra África do Sule China, respectivamente nosdias 7 e 10 de setembro. Por is-so, desfalcarão a equipe emdois importantes jogos, con-tra Fluminense, dia 6, no Enge-nhão, e São Paulo, dia 9, na Vi-la Belmiro. O Santos pensa empedir à CBF a desconvocaçãoda dupla, mas é pouco prová-vel que eles sejam liberados.

SÉRIE B

O único paulista no G-4

Apesar da derrota para o Guarani, São Caetano consegue virar o turno entre os qu atro mais bem colocados

OGuarani conseguiuencerrar no sábadoa série invicta doSão Caetano na Sé-

rie B, que já chegava a 16 jo-gos. Porém, apesar da vitóriapor 2 a 1 no Estádio AnacletoCampanella, em São Caetanodo Sul, a equipe de Campinasterminou o primeiro turnoapenas em 13º lugar. Já o SãoCaetano, mesmo derrotado,vira o turno em quarto, e, por-

tanto, dentro da zona de clas-sificação para a Série A do anoque vem.

Se no G-4 o São Caetano é oúnico representante paulista,entre os quatro últimos colo-cados, que cairão para a SérieC de 2013, há três represen-tantes do Estado: Guaratin-guetá (17º) e Grêmio Barueri(20º) (que na terça-feira da se-mana passada enfrentaram-se na Arena Barueri, com vitó-

ria da equipe do Vale do Paraí-ba por 3 a 2), além do Bragan-tino (18º), que no sábado foiderrotado por 3 a 0 pelo Boa,em Minas Gerais.

O líder é o Vitória, que nasexta fez 3 a 1 no Ceará, emFortaleza. Em segundo apare-ce o Criciúma (2 a 0 no Avaí,terça passada) e em terceiro oJoinville (1 a 0 no Goiás, sába-do, em confronto direto poruma vaga no G-4). Demais re-

sultados: na terça, Ipatinga 1 x0 América-MG. No sábado, Pa-raná 1 x 2 Atlético-PR, Améri-ca-RN 1 x 0 ABCe CRB 0 x 1ASA. Amanhã o segundo turnocomeça com rodada comple-ta: Vitória x Barueri, Atlético-PR x Joinville, Avaí x Boa, Gua-rani x Paraná, Bragantino xCRB, ASA x São Caetano, Gua-ratinguetá x Criciúma, Améri-ca-MG x Ceará, ABC x Ipatingae Goiás x América-RN.

� Na Série C, a Luverdense-

MT lidera o Grupo A, após

vencer (2 a 1) o Treze-PB. O

segundo é o Fortaleza,

que goleou o Guarany-CE

(4 a 1). O terceiro é o Santa

Cruz-PE, que goleou o

Águia-PA (6 a 1). Em

quarto está o Salgueiro-

PE, que empatou com o

Cuiabá-MT (1 a 1). No

Grupo B, o G-4 é formado

por Chapecoense-SC

(apesar da derrota para o

Tupi, 1 a 0), Macaé-RJ (fez 3

a 0 no Santo André), Vila

Nova-GO (1 a 0 no

Brasiliense-DF) e Oeste-SP

(1 a 1 com o Madureira).

Nas oitavas da Série D,

enfrentam nos mata-matas:

1º do Grupo 1 (a ser

definido na quarta) x Mixto-

MT, Sampaio-MA x 2º do

Grupo 1, Baraúnas-RN x

Sousa-PB, CSA-AL x

Campinense-PB, Crac-GO x

Naciona-MG, Cianorte-PR x

J uventude-RS,

Friburguense-RJ x

Ceilândia-DF e

Metropolitano-SC x

Mogi Mirim-SP.

PELO BRASIL

Brasileirosaguardamseus rivais

Palmeiras, São Paulo,Grêmio e Atlético-GOsão os quatro times

brasileiros classificados paraas oitavas de final da CopaSul-Americana, que aindanão têm datas para seremdisputadas.

O Palmeiras aguardará ovencedor de Guarani-PAR xMillonarios-COL. O São Pauloenfrentará Liga Universitáriade Loja-EQU ou Nacional-URU. O Grêmio, Cobreloa-CHIou Barcelona-EQU, e oAtlético-GO, UniversidadCatólica-CHI ou DeportesTolima-COL. Na terça-feira dasemana passada, o São Pauloalcançou a classificaçãorepetindo no Morumbi oresultado que já haviaalcançado diante do Bahia,em Salvador: 2 a 0.

Na quarta, o Palmeirasficou com a vaga graças aocritério dos gols marcadosfora de casa: depois de fazer2 a 0 no Botafogo, na ArenaBarueri, perdeu por 3 a 1 noEngenhão. Também naquarta-feira, em Curitiba, oGrêmio, que no jogo de idahavia derrotado o Coritiba por1 a 0, em Porto Alegre, perdiao jogo (e a classificação) por 3a 1 até o último minuto dapartida, quando um golsalvador de Marcelo Morenodeu aos gremistas a vaga napróxima fase.Na quinta, em Florianópolis,Figueirense e Atlético-GOempataram por 1 a 1, mesmoresultado do jogo de ida, emGoiânia. Nos pênaltis, deuAtlético-GO, 4 a 2.

Elisa Rodrigues/AE

COPA SUL-AMERICANA

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sábado, domingo e segunda-feira, 25, 26 e 27 de agosto de 2012 25DIÁRIO DO COMÉRCIO

ENFIM, FÉRIASQuero me livrar da rotina. Não ter hora para comer nem para acordar...”

Cesar Cieloesporte

Nacho Doce/Reuters

Cesar Cielo está can-sado da água. De-pois da frustração naOlimpíada de Lon-

dres, quando ficou apenascom a medalha de bronze nos50 m livre, o nadador conse-guiu buscar forças para ga-nhar seis medalhas no TroféuJosé Finkel, disputado nestasemana, em São Paulo, empiscina curta (25 m), e agoraquer um pouco de distância deseu “escritório”.

“Vou descansar bastante,viajar umas duas semanas e fi-car longe de água. Quero sen-tir falta da piscina para voltar asentir vontade de nadar”, ad-mitiu o atleta do Flamengo,que no Finkel venceu cincoprovas (50 m livre, 100 m livree os revezamento 4x50 m e4x100m livre e o 4x100 m me-dley) e foi prata nos 50 m bor-boleta, batido por Nicholasdos Santos, mas também comíndice para disputar o Mundialde Istambul, na Turquia.

Campeão em piscina curtanos 50m livre e 100 m livre noMundial de 2010, em Dubai,Cielo diz que ainda vai discutircom o técnico Alberto Silva secompete em Istambul. Temmedo de que a competiçãoatrapalhe sua preparação pa-ra o Mundial de Barcelona, noano que vem. “Vamos ver comcalma, porque o Mundial depiscina longa será em julho.Então seria um ano e meiomuito forte, com olimpíadas edois mundiais. Se eu tiver depriorizar algo, será o Mundialde Barcelona”, avisou.

Thiago Pereira tem a mes-ma opinião. No Finkel, o nada-dor do Corinthians ganhouseis medalhas (quatro de ou-ro, uma de prata e uma debronze) e garantiu índice paradisputar quatro provas em Is-tambul. “Só vou se for para bri-gar por medalhas”, disse.

E S PA N H AVicent West/Reuters

Com dois de Messi, time bateu Osasuña e abriu 5 pontos sobre o Real

O Barcelonasalta na frente

Ainda é cedo para fazerprevisões para a tem-porada espanhola, mas

o começo do Barcelona sob ocomando de Tito Vilanova ébem mais animador que o iní-cio de temporada do Real Ma-drid. Neste domingo, enquan-to o Barça vencia o Osasunapor 2 a 1, fora de casa, e confir-mava a liderança, o Real eraderrotado pelo Getafe, tam-bém por 2 a 1 e como visitante,e chegava ao segundo jogosem vencer no Espanhol.

Além disso, o Barça tambémestá na frente no confronto di-reto: venceu por 3 a 2 o jogo deida da final da Supercopa, emcasa, e só precisa de um em-pate em Madri, na quarta-fei-

ra, para ganhar o primeiro títu-lo na era pós-Guardiola.

“Jogamos muito mal, de for-ma inaceitável. Foi uma derro-ta merecida”, lamentou o téc-nico José Mourinho após a par-tida. “Prefiro nem dizer tudo oque penso à imprensa. Os jo-gadores já sabem”, comple-tou o técnico ao jornal Marca.

Do lado barcelonista, a vitó-ria de virada no País Bascomarcou a primeira expulsãode Tito Vilanova, por reclama-ção. Ele escalou um time dife-rente do que enfrentou o Real,e avisou que fará isso sempre.“Temos de repartir os esfor-ços. Vamos escalar de acordocom o que temos e com o rivalque vamos enfrentar.”

PELO MUNDO

Mau começo para o MilanTime estreou com derrota para a Sampdoria e ainda perdeu Robinho

Alessandro Garofalo/Reuters

á sem contar com Alexan-dre Pato, que se machucoudurante a semana, o Milanperdeu mais um brasileiro

em seu jogo de estreia no Cam-peonato Italiano: Robinho saiumachucado no segundo tem-po, e o time perdeu por 1 a 0 pa-ra a Sampdoria, em casa.

O técnico Massimiliano Alle-gri aproveitou a deixa paraavisar à torcida que, depois dasaída de estrelas como Ibrahi-movic e Thiago Silva, ambospara o Paris Saint-Germain, otime não terá vida fácil. E deuuma “chorada” endereçadaao Real Madrid: quer Kaká,mas não tem dinheiro. “Que-remos Kaká por empréstimo,

mas o Real Madrid pretendevendê-lo. Desse jeito vai serdifícil trazê-lo”, avisa.

Para completar a tristeza datorcida do Milan, a Inter es-treou com uma boa vitória forade casa: 3 a 0 sobre o Pescara,gols de Sneijder, Milito e dobrasileiro Philippe Coutinho.

A Juventus, atual campeã,começou bem, com vitória por2 a 0 sobre o Parma, em casa,mas também perdeu um bra-sileiro por lesão: Lúcio sofreuum rompimento nos ligamen-tos do tornozelo direito e deveficar quatro meses parado, oque provavelmente fará aequipe buscar um novo za-gueiro no mercado.

PSG empata a terceiraseguida no Francês

Ainda sem o brasileiro Thia-go Silva, que nesta sema-

na finalmente vestiu a camisado clube mas não estreou, oParis Saint-Germain mais umavez escorregou e empatou por0 a 0 com o Bordeaux, em ca-sa, sua terceira igualdade emtrês rodadas do Francês.

A liderança é do Olympiquede Marselha, que venceu seustrês jogos até aqui - ontem, ba-teu o Montpellier, atual cam-peão, por 1 a 0, fora de casa. OLyon, com sete pontos, depoisde empatar por 1 a 1 com oEvian, é o vice-líder.

United ganha jogo,mas perde Rooney

O Manchester United sereabilitou da derrota na

estreia do Campeonato Inglêse venceu ontem o Fulham por3 a 2, mas perdeu Wayne Roo-ney por cerca de um mês. Oatacante sofreu um corte pro-fundo na coxa direita, saiu demaca e foi para o hospital,após levar um pisão involuntá-rio do colombiano Rodallega.

O líder Chelsea venceu a ter-ceira seguida, 2 a 0 sobre oNewcastle, Swansea e Ever-ton, que só jogaram duas ve-zes, também se mantêm com100% de aproveitamento.

Depois decinco ouros noJosé Finkel,Cielo querficar duassemanaslonge da água

POLÊMICA

Campeão destronado

Lance Armstrong deve perder os sete títulos da Volta da França

Bernard Papon/24.07.2005/Reuters

Considerado um dos-maiores ciclistas detodos os tempos, se-te vezes vencedor

da Volta da França, a maischarmosa competição do es-porte, ídolo de milhões de pes-soas mundo afora por sua his-tória de vida, ao virar um cam-peão depois de se curar de umcâncer, Lance Armstrong é ho-je um ex-campeão.

Na sexta-feira, a Usada,agência norte-americana decombate ao doping, anunciouque ele está banido do esportee que terá cassadas todas assuas conquistas. A decisão foianunciada por ele ter desisti-do de se defender das acusa-ções de uso de substâncias ile-gais. A medida ainda terá deser confirmada pela União Ci-clística Internacional (UCI), oórgão máximo do esporte. Osite oficial da Volta da Françaainda aponta Lance comocampeão das provas disputa-das de 1999 a 2005.

Armstrong nunca caiu numexame, mas foi alvo de diver-sas acusações e suspeitas. Naquinta-feira, um tribunal fede-ral dos EUA negou recursoapresentado por ele para blo-quear o processo na Usada.Então, desabafou: “Chega ummomento na vida de qualquerhomem em que ele tem que di-zer: ‘É suficiente’. Para mim, ahora de dizer isso é agora”,avisou, chamando a investi-gação da agência de “incons-titucional caça às bruxas”.

No sábado, após disputaruma prova beneficente, Lan-ce parecia tranquilo. “Nin-guém precisa chorar por mim.Vou ficar bem.” Já aposentadodas provas profissionais, elepretende se dedicar 100% àfundação que criou para aju-dar vítimas de câncer. A enti-dade, aliás, lucrou com a polê-mica: desde o anúncio da pu-nição, a arrecadação saltou deUS$ 4 mil diários para US$ 20mil, segundo um executivo.

OUTROS CAMPOS

Fabiana leva bronzeem Birmingham

Federer assume queé favorito no US Open

Barrichello é 4º emsua melhor corrida

Iziane ganha novachance na WNBA

Mesmo com um desempe-nho fraco, Fabiana Murer

ganhou a medalha de bronzeda etapa de Birmingham da Li-ga Diamante. Ela marcou 4,42m, marca abaixo até mesmodos 4,50 m que não à levaramnem à final na Olimpiada deLondres, mas o suficiente paraficar em terceiro.

A vencedora Jennifer Suhr,campeã olímpica em Londres,venceu a prova, com 4,65 m,seguida pela cubana YarisleySilva, com a mesma marca,mas com mais saltos. Ela e Fa-biana dividem a liderança.

Começa hoje o US Open, úl-timo Grand Slam do ano, e

o suíço Roger Federer não quissaber de falsa modéstia: avi-sou que é favorito a seu sextotítulo em Nova York. “Meus ad-versários vão precisar de algoespecial para vencer. É assimque me sinto agora”, disse osuíço, que pega na estreia oamericano Donald Young.

No feminino, o foco está emMaria Sharapova, a número 1do mundo, e em Serena Wil-liams, que joga embalada pe-las conquistas de Wimbledone do ouro olímpico.

Rubens Barrichello conse-guiu ontem, no GP de So-

noma, seu melhor resultadona temporada de estreia naFórmula Indy: ficou com aquarta posição. O vencedor foiRyan Briscoe, seguido de WillPower e Dario Franchitti.

Hélio Castro Neves fez umaboa corrida de recuperação echegou em sexto, e Tony Ka-naan foi o décimo. Na tempo-rada, Power lidera, com 379pontos, seguido de Ryan Hun-ter-Reay, com 374. Kanaan é omelhor brasileiro, em sétimo,com 307 pontos.

C ortada da seleção brasi-leira dias antes do início da

Olimpíada de Londres, por le-var o namorado para a con-centração, a ala Iziane vai dis-putar a segunda metade datemporada da WNBA peloWashington Mystics.

A maranhense tenta recu-perar a equipe, lanterna daConferência Leste com 5 vitó-rias em 23 jogos. Na liga ame-ricana, Iziane tem médias de10 pontos, 2,1 rebotes e 1,8assistências por jogo, e já jo-gou por Seattle Storm, Phoe-nix Mercury e Atlanta Dream.

J

Page 26: DC 27/08/2012

sábado, domingo e segunda-feira, 25, 26 e 27 de agosto de 201226 -.ESPORTE DIÁRIO DO COMÉRCIO

�Celso Unzelte

MELHOR IDADE

Aos 81 anos, Ecclestone casa-se emsegredo com uma brasileira de 35, e Pelé,perto dos 72, apresenta a nova namorada

Semana de novidades na vida amorosa deduas figuras emblemáticas do esporte: ojornal inglês Daily Mail informou ontemque Bernie Ecclestone e a brasileira Fabiana

Flosi estão casados desde o começo do mês e, naquarta-feira, dia 22, o Rei Pelé foi com Márcia Aoki,sua nova namorada, à festa de aniversário dafilha mais nova do produtor Aníbal Massaíni. Otodo poderoso chefão da Fórmula 1 tem 81 anos,46 a mais do que nova esposa, e Pelé vai fazer 72no dia 23 de outubro.

Ecclestone e Fabiana, segundo o Daily Mail,casaram-se numa cerimônia secreta celebradano chalé da família, em Gstaad, na Suíça, trêsanos depois que os dois se conheceram durante oGP do Brasil de 2009, em que ela trabalhou comovice-presidente de marketing. Agora, Fabianatenta ensinar português ao marido: "Mas nãoadianta, ele não aprende”, diverte-se a brasileira.Ecclestone confirma: “Adoro o Brasil, mas sóaprendi a falar ‘oi’.”

Pelé e Marcia Aoki se conheceram em NovaYork quando ela trabalhava como executiva deuma instituição financeira. Mais tarde,descobriram que, coincidentemente, moram nomesmo prédio em São Paulo. Após assumirpublicamente o namoro, o casal viajou para oEstados Unidos. Sem dar muito bola para a famade namorador, o Rei garante que está seduzidopor Marcia e espera que ela seja sua últimanamorada.

Curiosamente, o casamento com Fabiana é oterceiro de Ecclestone, e Pelé, antes de conhecerMarcia, foi casado duas vezes.

almanaque

O adeus a Félix,o goleiro do Tri

Reprodução/UH - Arquivo Público do Estado de São Paulo

Pelo menos, quando eu morrer,que parem de dizer que o Brasil

ganhou a Copa de 70 apesar do Félix.”Félix Miéli Venerando (1937-2012)

Morreu na sexta, 24, emSão Paulo, aos 74 anos,

vítima de enfisema pulmo-nar, o ex-goleiro Félix, titulardo Brasil tricampeão mun-dial no México, em 1970. Nafoto, de junho de 1967, Félixtreina para os jogos contra oUruguai, pela Copa Rio Bran-co. Houve três empates, to-dos em Montevidéu (0 a 0, 2 a2 e 1 a 1), e aquele título aca-bou sendo dividido.

Ontem, a S ociedade

Esportiva Palmeiras

completou 98 anos de

sua fundação, em 26 de

agosto de 1914, com o

nome de Palestra Itália.

Há 50 anos, em 30 de

agosto de 1962, o S antos

conquistava sua primeira

Libertadores, ao vencer o

Peñarol-URU, por 3 a 0,

em Buenos Aires.

Quando se tornou titular do gol do Brasil na primeirae única Copa do Mundo de sua carreira, a de 1970,

Félix já era um jogador experiente. Aos 32 anos, haviase profissionalizado aos 15, no Juventus. Depois, joga-ria na Portuguesa, de 1955 a 1968 (período interrom-pido por um empréstimo ao Nacional, também da ca-pital paulista, entre 1957 e 1960), e no Fluminense, de1968 a 1976. Na Seleção Brasileira, estreou em 1965,mas só foi se firmar, mesmo, após as Eliminatórias de1969, com o técnico Zagallo. Na Copa de 70, apesar decontestado, fez duas grandes defesas: no 1 a 0 sobre aInglaterra, na primeira fase, em cabeçada à queima-roupa de Francis Lee, e nos 3 a 1 sobre o Uruguai, na se-mifinal, em uma bola cabeceada por Cubilla que ia parao canto esquerdo. Félix voou para espalmar.

47jogos fez o goleiro

Félix com a camisa da

Seleção Brasileira,

entre 1965 e 1976.

Foram 33 vitórias,

9 empates e 5 derrotas.

Nessas 47 partidas,

Félix sofreu 46 gols -

menos de um (0,97),

em média, portanto,

por jogo.

COPA DE 2014

Valcke e Ronaldo visitam Cuiabá e Manaus

Osecretário geral da Fifa,Jerôme Vacke, vem mais

uma vez ao Brasil para inspe-cionar obras em andamen-tos nas cidades que recebe-rão os jogos da Copa do Mun-do de 2014 e, desta vez, emcompanhia de Ronaldo Nazá-rio vai visitar Cuiabá e Ma-naus, que preocupam os or-ganizadores da competição."As visitas são muito impor-tantes, não só para conferir oavanço nos estádios e na in-fraestrutura em geral, mastambém para ter condições

de debater nossa missãoconjunta com os represen-tantes das cidades sede eseus Estados, já que são elesque proporcionarão o campode jogo para as seleções etorcidas", declarou Valcke,ainda em Zurique, antes deembarcar para o Brasil. "Aviagem nos levará a dois lu-gares muito especiais: àAmazônia e à porta de entra-da para o Pantanal, doisexemplos perfeitos da beladiversidade do País".

Terça-feira, 28

APOTEOSERudy Trindade/AE

O brasileiro Bob Burnquist conquista, no Sambódromodo Rio de Janeiro, o tetracampeonato da Megarampa doskate, diante de um público de 25 mil pessoas. Bob marcou,no total, 85,33 pontos em uma manobra a quase 70 km/h,enquanto o norte-americano Mitchie Brusco anotou 66,99pontos e ficou em segundo lugar. O brasileiro, radicado nosEstados Unidos, comemorou: “Conquistei muitas coisas esou uma pessoa realizada, mas vencer no Rio de Janeiro é umasensação diferente. Posso morrer feliz”.

Domingo, 26

SELEÇÃO

CBF anuncia dois amistosos com Portugal

Garotas fazem fila para festejar o ídolo LucasAfesta de 20 anos do

são-paulino Lucas pro-vocou longa fila na cal-

çada do Caribean Disco Club,em Pinheiros, de moçoilasdispostas a qualquer sacrifí-

cio para chegar perto do ído-lo que irá para o Paris Saint-Germain no final do ano.

Outros jogadores produ-zem outro tipo de festa, co-mo revelou O Estado de S. Pau-

Repro

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ANIVERSÁRIO

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FIM DE JOGO

Após os R$ 10,7 milhões, São Paulo nega uma nova proposta por Ganso

Presidente do Atlético diz que cruzeirenses agrediram árbitro no intervalo

Técnico da seleção do Kuwait é baleado em briga com vizinho em Belgrado

Vídeo em destaque - Pintura de Hernanes na Itália - www.dcomercio.com.br

l o deste domingo sobre a vidanada dura de Ronaldinho Gaú-cho em Belo Horizonte: "As fes-tas não têm dia ou hora. O car-dápio segue a tradição carioca,com funk, bebida, comida e mu-

lheres à vontade, mais precisa-mente cinco para cada ho-mem." Detalhe: "As acompa-nhantes vêm de Santa Catarinae cobram em média R$ 3 mil pe-la participação especial."

Fernando Donasci/Folhapress

Arquivo

Pesso

al

Opresidente da CBF, JoséMaria Marin, anuncia

que a Seleção Brasileira farádois amistosos contra Portu-gal no próximo ano, mas nãosabe em que mês. "Pelo laçoentre os dois países, pelaproximidade, já confirmeicom o presidente da Federa-ção Portuguesa de Futebol(Fernando Soares Gomes daSi lv a) a realização destesdois jogos, mas não temos asdatas ainda", afirmou o car-tola ao chegar ao Pacaembupara acompanhar o clássico

Corinthians 1 x 2 São Paulopela última rodada do pri-meiro turno do CampeonatoBrasileiro. A CBF ainda nãoconsegue sequer precisar seos amistosos acontecerãoantes ou depois da Copa dasConfederações, que serádisputada no Brasil entre 15e 30 de junho de 2013. O cer-to é que será um jogo no Bra-sil e outro em Portugal, nosmoldes do que foi feito re-centemente nos duelos coma Argentina.

Domingo, 26Pedro Ladeira/AE