29
D. Civil : Contratos Civil e Empresarial Roteiro das Aulas: Dos contratos em espécie Aula 1 - Da venda e compra Aula 2 - Das cláusulas especiais à compra e venda a)– Da retrovenda b)– Da venda a contento e da sujeita a prova c)– Da preempção ou preferencia d)– Da venda com reserva de domínio e)– Da venda sobre documentos Aula 3: Da Troca ou Permuta Aula 4 - Da Doação Aula 5: Da Locação de Coisas Aula 6: Da lei do inquilinato – Lei n. 8.245/91 e ações pertinentes Aula 7: Do Comodato Aula 8: Do Mútuo Aula 9: Da empreitada e prestação de serviços Aula 10: Do depósito Aula 11: Do mandato Aula 12 - Da comissão; Da agência e da distribuição; Da corretagem; Do transporte Aula 13 – Do Seguro Aula 14 - Do jogo e da aposta Aula 15 - Da fiança Aula 16 - Do compromisso/Da arbitragem – A Lei nº 9.307/96 ________________________________________________________ Bibliografia básica: - DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. Vol. 3: Teoria das obrigações contratuais e extracontratuais. São Paulo: Saraiva. - GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro: Vol. III: Contratos e atos unilaterias. São Paulo: Saraiva. - VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil. Vol. III: Contratos em espécie. São Paulo: Atlas. Bibliografia complementar: - COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil. Vol. 3. São Paulo. Saraiva. GOMES, Orlando. Contratos. Rio de Janeiro: Forense. - MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de Direito Civil. Vol. 5. Direitos das Obrigações 2ª Parte . São Paulo: Saraiva. - PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de direito civil. Vol. III: Contratos. Rio de Janeiro: Forense. - RODRIGUES, Silvio. Direito Civil. Vol. 3: Dos Contratos e das e das Declarações Unilaterais de Vontade. São Paulo: Saraiva. ________________________________________________________ DAS VÁRIAS ESPÉCIES DE CONTRATOS I - DA COMPRA E VENDA I.1.- Conceito: A definição do instituto pode ser extraída do art. 481, CC: “ Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro ”. Assim, trata-se de um contrato donde defluem obrigações recíprocas para cada uma das partes. Para o vendedor, a obrigação de transferir o domínio da coisa; para o comprador, a de entregar o preço. I.2) O caráter obrigacional da compra e venda No direito brasileiro, os efeitos derivados do contrato são meramente obrigacionais, e não reais, pois a compra e venda não transfere, por si só, o domínio da coisa vendida, mas apenas gera para o vendedor a obrigação de transferi-lo. Há a necessidade da tradição para a transferência da propriedade.

DC - 6º Semestre

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Conteúdo do 6º semestre de Direito Civil (apenas um resumo-base)

Citation preview

Page 1: DC - 6º Semestre

D. Civil : Contratos Civil e EmpresarialRoteiro das Aulas:Dos contratos em espécieAula 1  -  Da venda e compraAula 2 - Das cláusulas especiais à compra e vendaa)– Da retrovendab)– Da venda a contento e da sujeita a provac)– Da preempção ou preferenciad)– Da venda com reserva de domínioe)– Da venda sobre documentosAula 3: Da Troca ou PermutaAula 4 - Da DoaçãoAula 5: Da Locação de CoisasAula 6: Da lei do inquilinato – Lei n. 8.245/91 e ações pertinentesAula 7: Do ComodatoAula 8: Do MútuoAula 9: Da empreitada e prestação de serviçosAula 10: Do depósitoAula 11: Do mandatoAula 12 - Da comissão; Da agência e da distribuição; Da corretagem; Do transporteAula 13 – Do SeguroAula 14 - Do jogo e da apostaAula 15 - Da fiançaAula 16 - Do compromisso/Da arbitragem – A Lei nº 9.307/96________________________________________________________Bibliografia básica:- DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. Vol. 3: Teoria das obrigações contratuais e extracontratuais. São Paulo: Saraiva.- GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro: Vol. III: Contratos e atos unilaterias. São Paulo: Saraiva.- VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil. Vol. III: Contratos em espécie. São Paulo: Atlas.Bibliografia complementar:- COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil. Vol. 3. São Paulo. Saraiva.GOMES, Orlando. Contratos. Rio de Janeiro: Forense.- MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de Direito Civil. Vol. 5. Direitos das Obrigações 2ª Parte . São Paulo: Saraiva.- PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de direito civil. Vol. III: Contratos. Rio de Janeiro: Forense.- RODRIGUES, Silvio. Direito Civil. Vol. 3: Dos Contratos e das e das Declarações Unilaterais de Vontade. São Paulo: Saraiva.________________________________________________________DAS VÁRIAS ESPÉCIES DE CONTRATOSI - DA COMPRA E VENDAI.1.- Conceito:A definição do instituto pode ser extraída do art. 481, CC: “Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro”.Assim, trata-se de um contrato donde defluem obrigações recíprocas para cada uma das partes. Para o vendedor, a obrigação de transferir o domínio da coisa; para o comprador, a de entregar o preço.I.2) O caráter obrigacional da compra e vendaNo direito brasileiro, os efeitos derivados do contrato são meramente obrigacionais, e não reais, pois a compra e venda não transfere, por si só, o domínio da coisa vendida, mas apenas gera para o vendedor a obrigação de transferi-lo.Há a necessidade da tradição para a transferência da propriedade.Demonstra tal tese o art. 1.267, CC, que afirma que a propriedade das coisas não se transfere pelos negócios jurídicos antes da tradição.Seguiu o nosso código a orientação do direito romano, desprezando a tradição francesa para quem do contrato de compra e venda derivam efeitos reais, visto que, através dele, e sem outras formalidades, o comprador adquire o domínio.I.3) Natureza JurídicaA compra e venda é contrato:Consensual; em oposição aos contratos reais, se aperfeiçoa independentemente da entrega do objeto, pela mera coincidência da vontade das partes sobre o preço da coisa (art. 482, CC)Sinalagmático; envolve prestações recíprocas de ambas as partes;Oneroso; implica sacrifício patrimonial para ambos os contratantes;Cumutativo; a estimativa da prestação a ser recebida por qualquer das partes pode ser feita no ato mesmo em que o contato se aperfeiçoa.Em alguns casos, no entanto, nos deparamos com contratos aleatórios – art. 458, CC e art. 459, CC. Exemplificamos a questão com a “venda de coisa futura”: frutos de uma colheita esperada.Alguns casos sujeito à forma prescrita em lei, mas no mais das vezes independendo de qualquer formalidade.I.4) Elementos da Compra e VendaExtrai-se do art. 482, CC três elementos:

Page 2: DC - 6º Semestre

a) consensualismo: deve recair sobre o objeto e sobre o preço;b) preço: deve ser em dinheiro sob pena de caracterizar contrato de troca; deve também ser sério sob pena de ser entendido como doação.Deve ser determinado ou, ao menos, determinável. Nesse sentido, a lei autoriza que as partes deixem a sua fixação a critério de terceiros (art. 485, CC), ou a taxa de mercado (art. 486, CC).Não se admite, porém, que uma das partes exclusivamente posso fixar o preço (art. 489, NCC)c) coisa: engloba todas as coisas que não estejam fora do comércio.(escapam as insuscetíveis de apropriação e as legalmente inalienáveis).I.5) Da Venda de Coisa Alheia:De regra é nula, pois ninguém pode alienar o que não é seu. Duas exceções:a) o vendedor, ao depois e antes que o comprador sofra a evicção, torne-se proprietário da coisa.b) se as partes souberem desde o início que a coisa pertence a terceiro, o negócio valerá como promessa de fato de terceiro, uma vez que o alienante estará prometendo que obterá a anuência do proprietário para vender a coisa.I.6) Conseqüências subsidiárias decorrentes da compra e venda:a) obrigações acessórias: responsabilidade pela evicção e pelos vícios redibitórios:O alienante responde pela perda que o adquirente venha a sofrer ao ser privado da coisa comprada, em virtude de sentença judicial que a atribuir a terceiro, como também responde pelos vícios ocultos de que a coisa vendida por acaso seja portadora.b) despesas do contrato:As partes podem fixar quem deverá arcar com as despesas mas, no silêncio, o art. 490, CC, determina que as despesas de escritura ficarão a cargo do comprador e as de tradição a cargo do vendedor.c) o problema dos riscos:O art. 492, CC, determina que “até o momento da tradição, os riscos da coisa correm por conta do vendedor, e os do preço por conta do comprador”O parágrafo 1o. do art. 492 estipula que os casos fortuitos ocorridos no ato de contar, marcar ou assinalar coisa que já estiverem a disposição do comprador, correrão por conta destes. Veremos exceção a esta regra quando o comprador estiver em mora de receber a coisa comprada (parág. 2o. do art. 492, CC)d) a questão da garantia:Por seu um contrato bilateral, não sendo ajustado prazo diferenciado, a permuta das prestações deve ser simultânea. Nesse sentido, o art. 491, CC. Verifica-se, aqui, que a lei mune o vendedor de uma “direito de retenção”.O art. 495, CC, determina que o vendedor poderá sobrestar a entrega da coisa pactuada a termo sempre que o comprador estiver em insolvência, exigindo caução. Este artigo deve ser lido em consonância com o artigo art. 477, CC.________________________________________________________Quanto às frases abaixo:I – Na compra e venda, em regra, a permuta das prestações deve ser simultânea;II – Na compra e venda apenas um dos contratantes assume obrigações, qual seja aquele que estiver obrigado a pagar opreço do negócio, razão pela qual é considerado o mesmo uma espécie de contrato bilateral. Podemos afirmar que:

A)  Apenas a assertiva I é verdadeira; (√)

B) Apenas a assertiva II é verdadeira;C) Ambas as assertivas são verdadeiras;D) Ambas as assertivas são falsas.

A venda de ascendente para descendente: 

A) é nula;B) é anulável; (√)C) não está regulamentada no atual Código Civil;D) independe da anuência dos demais descendentes.

A venda e compra entre cônjuges:

A) é nula;B) é anulável;C) é lícita em relaçção a qualquer bem;D) é lícita apenas em relação aos bens excluídos da comunhão. (√)

Adotou o direito brasileiro teoria segundo a qual um contrato de compra e venda se aperfeiçoa:

Page 3: DC - 6º Semestre

A) no ato do pagamento;B) no ato da assinatura do contrato;C) no ato da tradição; (√)D) todas as situações acima podem ser consideradas como efetivação do contrato.

Quanto às frases abaixo: I – A venda de coisa alheia será sempre considerada ato nulo;  II – O preço é elemento essencial do contrato. Podemos afirmar que:

A) Apenas a assertiva I é verdadeira;B) Apenas a assertiva II é verdadeira; (√)C) Ambas as assertivas são verdadeiras;

D) Ambas as assertivas são falsas._______________________________________________________II.- Cláusulas especiais à compra e venda:a) RetrovendaA retrovenda é a cláusula adjeta à compra e venda pela qual o vendedor se reserva ao direito de reaver, em certo prazo, o imóvel alienado, restituindo ao comprador o preço ou valor recebido, mais as despesas por ele realizadas durante o período de resgate, desde que autorizadas por escrito, inclusive as empregadas em melhoramentos necessários do imóvel.Apenas admissível nas propriedades de bens imóveis.O adquirente terá propriedade resolúvel que se extinguirá no instante em que o alienante exercer o seu direito de reaver o bem.O CC, em seu art. 512, fala que o prazo para a resgate ou retrato é de três anos. Se as partes fixarem prazo com excesso será considerado não escrito.Se a coisa vier a perecer em virtude de caso fortuito ou força maior, extingue-se o direito de resgate, uma vez que houve perda do bem para o comprador, sem que ele seja obrigado a pagar o seu valor, e do direito para o vendedor. Se o imóvel se deteriorar, o vendedor não terá direito à redução proporcional do preço, que deverá restituir ao comprador.O comprador, enquanto detiver a propriedade sob condição resolutiva, terá direitos aos frutos e rendimentos do imóvel, não respondendo pelas deteriorações surgidas dentro do prazo reservado para resgate, salvo se agir dolosamente.Se a cláusula de retrovenda for nula, tal nulidade não afetará a validade da obrigação principal.Na retrovenda, o vendedor conserva a sua ação contra terceiros adquirentes da coisa retrovendida, ainda que eles não conhecessem a cláusula de retrato (art. 507, CC). Assim, se o vendedor fizer uso do seu direito de retrato, resolver-se-á a posterior alienação do imóvel feita pelo adquirente a terceiro, mesmo que o pacto de retrovenda não tenha sido averbado no registro imobiliário.b) Venda a ContentoÉ a que se realiza sob a condição de só se tornar perfeita e obrigatória se o comprador declarar que a coisa adquirida lhe satisfaz.O negócio somente se aperfeiçoa com a manifestação de agrado da coisa pelo adquirente.O vendedor não poderá discutir a manifestação de desagrado do comprador que tem julgamento de caráter subjetivo e interno.Destina-se geralmente àqueles negócios que têm por objeto gêneros que se costumam provar, medir, pesar ou experimentar antes de aceitos.A matéria vem tratada nos artigos 509 a 512 do NCC.O CC (art. 509) entende que é uma venda realizada sob condição suspensiva (ainda que a coisa lhe tenha sido entregue), somente se aperfeiçoando se o adquirente manifestar sua vontade.Consequências:a) enquanto não advier a manifestação de concordância do adquirente, e a despeito de ter havido a tradição, o domínio continua com o alienante, que sofre as perdas advindas do fortuito;b) não tendo adquirido o domínio, o comprador é, antes da ocorrência da tradição, mero comodatária, com o dever de restituir o bem respondendo por perdas e danos por culpa, sem ter direito a cobrar as despesas de conservação (salvo extraordinárias).A lei não determina tempo para a manifestação de interesse do comprador. Assim, se no contrato não tiver prazo, poderá o vendedor intimar o adquirente para que, num intervalo improrrogável, declare se a coisa lhe satisfaz ou não, sob pena de considerar perfeita  venda (art. 512, CC)c) PreempçãoPreempção ou preferência é o pacto adjeto à compra e venda em que o comprador de uma coisa móvel ou imóvel fica com a obrigação de oferecê-la a quem lhe vendeu, para que este use de seu direito de prelação em igualdade de condições, no caso de pretender vendê-la ou dá-la em pagamento. Somente existirá se o comprador resolver vender a coisa, o vendedor quiser adquiri-la, e estivermos dentro de um prazo determinado. Caso contrário, não será exigível.A matéria vem regulada nos artigos 513 a 520 do NCC.Alteração: art. 513, parágrafo único: o prazo para exercício do direito de preferência não poderá exceder 180 dias se for bem móvel ou 2 anos se for bem imóvel.O vendedor pode também exercer o seu direito de prelação, tendo conhecimento de que a coisa vai ser vendida, intimando o

Page 4: DC - 6º Semestre

vendedor. (art. 514, CC)Não observado o direito de preempção, não se inibe a venda feita a terceiro mas responderá o alienante por perdas e danos. (art. 518, CC)Segundo o art. 516, CC, inexistindo outro prazo, o direito de preempção caducará se não exercido em 3 dias (bens móveis) ou 60 dias (bens imóveis).O art. 519, CC, estipula que se a coisa expropriada para fins de utilidade pública ou interesse social, se não for adotada para o destino desapropriatório, conferirá ao expropriado o direito de preempção pelo preço atual da coisa. Falar do “Estatuto da Cidade”, Lei n. 10.257/2001 que, em seus artigos 25 a 27, estatuiu o direito de preempção em favor do Poder Público para aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares. (Lei municipal baseada no plano diretor fixará as áreas em que incidirá o direito de preempção e estipulará o prazo de sua vigência) A alienação processada sem a atenção determinada em lei é nula de pleno direito, hipótese em que o Município poderá adquirir o imóvel pelo valor da base de cálculo do IPTU ou pelo valor indicado na proposta apresentada se este for inferior àquele.Diferenças para a Retrovenda:a) enquanto na retrovenda o negócio original se resolve, no pacto de preferência há uma aquisição feita pelo vendedor primitivo ao primitivo comprador;b) enquanto a retrovenda recai tão-só sobre bens imóveis, o pacto de preferência não sofre igual restrição;c) enquanto que na retrovenda o vendedor conserva o direito de readquirir a coisa, desde que o queira e pelo preço que vendeu, na preempção o pretendente só pode recomprar a coisa se o proprietário a quiser vender e pelo preço que for alcançado no mercado.d) Reserva de DomínioA matéria vem regulada no CC nos artigos 521 a 528.Tem-se a reserva de domínio quando se estipula, contrato de compra e venda, em regra de coisa móvel infungível, que o vendedor reserva para si a sua propriedade até o momento em que se realize o pagamento integral do preço.O comprador só adquire o domínio da coisa se integralizar o preço, momento em que o negócio terá plena eficácia.Negócio confere ampla garantia ao vendedor uma vez que, se não for pago o preço, poderá optar entre reclamar o preço ou reaver a coisa, por meio de ação de busca e apreensão ou reintegração de posse.Caso decida pela recuperação do bem, nos termos do art. 527, CC, poderá reter as prestações pagas até o necessário para cobrir a depreciação da coisa, as despesas feitas e o mais de direito que lhe for devido, sendo o excedente devolvido ao comprador.Deverá ser o devedor constituído em mora mediante o protesto do título ou interpelação judicial antes do ajuizamento de qualquer ação.O comprador deverá suportar os riscos da coisa durante todo o período em que estiver como bem (pode se utilizar até de interditos), uma vez que, embora o vendedor conserve o domínio, com a tradição passou o adquirente a usar e gozar do bem, retirando todas as vantagens que a coisa puder lhe oferecer.A cláusula de reserva de domínio não impede que a coisa seja vendida a terceiro, desde que haja permissão do alienante, situação em que o ônus se transmitirá.e) Venda sobre documentosEm razão da ampla utilização nos negócios de importação e exportação da venda contra documentos, a matéria vem regulada pelo CC em seus artigos 529 a 532.A grande novidade é justamente a substituição da figura da tradição da coisa pela entrega de seu título representativo e dos outros documentos exigidos pelo contrato.O pagamento, salvo estipulação em contrário deverá ser feitos no ato da entrega dos documentos, e o comprador não poderá recusar-se ao pagamento, alegando defeito de qualidade ou de estado na coisa vendida, exceto se o vício já estiver comprovado._____________________________________________________Na retrovenda, o prazo para resgate é de:

A) 90 dias;B) 2 anos;C) 3 anos; (√)D) 4 anos.

Na preempção, o prazo para exercício, em se tratando debens imóveis será de:

A) 90 dias;B) 2 anos; (√)C) 3 anos; D) 180 dias.

Quanto às frases abaixo:I – A retrovenda é apenas admissível nas propriedades de bens imóveis;II – A preempção é admissível na propriedade de bens móveis e imóveis;Podemos afirmar que:

Page 5: DC - 6º Semestre

A)  Apenas a assertiva I é verdadeira;

B)  Apenas a assertiva II é verdadeira;

C) Ambas as assertivas são verdadeiras; (√)D) Ambas as assertivas são falsas.

Quanto às assertivas abaixoI – na venda a contento, o negócio somente se aperfeiçoa com a manifestação de agrado da coisa pelo adquirente;II – tem-se a reserva de domínio quando se estipula, contrato de compra e venda, em regra de coisa imóvel, que o vendedor reserva para si a sua propriedade até o momento em que se realize o pagamento integral do preço.Podemos afirmar que:

A) Apenas a assertiva I é verdadeira; (√)B) Apenas a assertiva II é verdadeira;C) Ambas as assertivas são verdadeiras;D) Ambas as assertivas são falsas.

Não é uma diferença entre a retrovenda e a preempção:

A) enquanto na retrovenda o negócio original se resolve, no pacto de preferência há uma aquisição feita pelo vendedor primitivo ao primitivo comprador;

B) enquanto a retrovenda recai tão-só sobre bens imóveis, o pacto de preferência não sofre igual restrição;C) enquanto que na retrovenda o vendedor conserva o direito de readquirir a coisa, desde que o queira e pelo preço que

vendeu, na preempção o pretendente só pode recomprar a coisa se o proprietário a quiser vender e pelo preço que for alcançado no mercado;

D) todas as hipóteses acima mostram diferenças entre a retrovenda e a preempção. (√)_____________________________________________________DA TROCAI.1- Conceito:A troca ou permuta, é o contrato pelo qual as partes se obrigam a dar uma coisa por outra, que não seja dinheiro.As prestações dos permutantes são em espécie e não em dinheiro como na compra e venda. Necessário a presença de dois bens, sendo certo que se um dos contratantes prestar um serviço, não será troca.Aliás, vale ressaltar que a compra e venda é espécie do contrato de troca uma vez que àquele é posterior a este, já que a compra e venda somente surgiu após o aparecimento da moeda.Da mesma forma que a compra e venda a troca é negócio jurídico bilateral, oneroso, comutativo, translativo de propriedade e consensual (de regra, podendo ser solene se forem permutadas coisas móveis).A matéria vem regulada pelo artigo 533 do CC.I.2 – Regramento:Aplicam-se para a troca, em geral, as mesmas disposições aplicáveis à compra e venda, vale dizer, evicção, vícios redibitórios, etc. Duas, porém, são as particularidades:a) Como ambas as partes são ao mesmo tempo adquirentes e alienantes, as despesas do contrato, salvo convenção em contrário, serão repartidas entre os permutantes. - Observa-se que na compra e venda, as despesas de escritura ficam a cargo do comprador e as da tradição correm por conta de vendedor (art. 490, CC).b) Da permuta de valores desiguais:Observa-se, a princípio, que nem sempre os valores permutados são equivalentes, razão pela qual para compensar a diferença, necessário se faz a complementação em dinheiro da eventual diferença.Ainda assim, com quantias em dinheiro envolvidas no negócio, estaríamos diante de troca ou passaríamos a contar com a compra e venda?A corrente defendida por Silvio Rodrigues sustenta que até a concorrência de valores há permuta, sendo que se transforma o negócio em compra e venda se o desembolso em dinheiro é excessivo. Ainda que a distinção seja em parte meramente teórica na medida em que aplicam-se para a troca as mesmas disposições para a compra e venda.Assim, se houver diversidade de valores, o negócio, no que concerne ao excesso, constitui uma liberalidade (se não houver torna) ou, então, uma compra e venda no que diz respeito ao sobrepreço, se este for superior ao valor da permuta.b.1) Entre descendentes:Há necessidade de observação quando se tratar de negócio envolvendo ascendentes e descendentes, o artigo 496 do CC diz ser anulável a troca com valores desiguais neste caso ser não houver a concordância dos demais descendentes e do cônjuge do alienante. Note-se que o parágrafo único do artigo 496 do CC, dispensa o consentimento do cônjuge se o regime de bens for o da separação obrigatória.

Page 6: DC - 6º Semestre

_______________________________________________________

Se considera permuta:

A)

a aquisição de um bem, sendo paga mais de 50% do contrato em dinheiro.

B)

a aquisição de um bem, sendo que o valor pago vira com um outro bem com valor referente a mais de 60% do contrato. (√)

C)

a aquisição de um bem, sendo pago com, 50% em dinheiro e 50% com um outro bem.

D)

n.d.a.

A troca pode poderá ser anulada.

A)

quando a troca de de valores desiguais entre ascendente e descendente, sem consentimento do cônjuge do alienante.

B)

quando a troca de de valores desiguais entre ascendente e descendente, sem consentimento do cônjuge do alienante. (√)

C)

quando a troca de de valores desiguais entre ascendente e descendente, sem consentimento dos outrso dscendentes.

D)

n.d.a

_______________________________________________________

Obs.: Conteúdo 6 (da matéria disponível na internet) aparece em brancoPodem ser revogadas por ingratidão as doações.

A) as doações puramente remuneratórias.

B) se, podendo ministrá-los, recusou ao doador os alimentos de que este necessiatava. (√)

C) as feitas para determinado casamento.

D) as oneradas com encargo já cumprido.

E) N.D.A

Assinale a alternativa correta.I – É nula a doação de todos os bens sem reserva de parte, ou renda suficiente para a subsistência do doador.II – Nula é também a doação quanto à parte que exceder à de que o doador, no momento da liberalidade, poderia dispor em testamento.III – A doação do cônjuge adúltero ao seu cúmplice pode ser anulada pelo outro cônjuge, ou por seus herdeiros necessarios, até 1 (um) ano depois de dissolvidas a sociedade conjugal.

A) as alternativa I e II estão corretas.

B) as alternativa I e III estão corretas.

C) as alternativas II e III estão corretas.

D) todas as alternativas estão corretas. (√)

E) todas as alternativas estão erradas.

Assinale a alternativa incorreta.

A) a doação feita ao nascituro valerá, sendo aceita pelo seu representante legal.

B) a doação feita ao nascituro valerá, desde que se trate de doação pura. (√)

C) se o destinatário for absolutamente incapaz, dispensa-se a aceitação desde que se trate de doação pura.

D) a doação de ascendentes a descendentes, ou de um côjunge a outro, importa adiantamento do que lhes cabe por herança.

E) n.d.a.

Page 7: DC - 6º Semestre

Assinale a alternativa correta

A)a doação verbal será válida, se versando sobre bens móveis e de pequeno valor, se lhe seguir incontinente a tradição (√)

B)a doação verbal não será válida, se versando sobre bens móveis de pequeno valor, se lhe seguir incontinente a tradição

C)a doação verbal não será válida, se versando sobre bens imóveis, se lhe seguir incontinente a tradição

D)n.d.a

Não se revogam a doação por ingratidão.

A)se o injuriou gravemente ou o caluniou.

B)se cometeu contra ele ofensa fisica.

C)as que se fizerem em cumprimento de obrigação natural. (√)

D)se o donatário atentou contra a vida do doador ou cometeu crime de homicídio doloso contra ele.

E)n.d.a.

_______________________________________________________LOCAÇÃOI – CONCEITOContrato pelo qual uma das partes, mediante a remuneração paga pela outra, se compromete fornecer-lhe durante certo lapso de tempo, o uso e gozo de uma coisa infugível, a prestação de um serviço apreciável economicamente ou a execução de uma obra determinada. ( Clovis de Bevilaqua)II ) NATUREZA JURIDICA :- Contrato bilateral oneroso, - comutativo (cada parte desde o momento do ajuste,pode antever a prestação que lhe será fornecida, a qual subjetivamente é equivalente a que se dispõem a dar),- consensual (salvo exceções não depende para sua formação de forma especial).III) Espéciesa) Locação de coisa: aquela atinente ao uso e gozo de bem infugível, pois se for fungível ter-se-á mutuo, dado que o mutuário devera restituir ao mutuante outro bem da mesma espécie, quantidade ou qualidade.b)  Locação de serviço: relativa a uma prestação de serviço economicamente apreciável.c) Locação de obra (empreitada): aquela que objetiva a execução de certa obra ou de determinado trabalhoIV) ELEMENTOSA) TEMPO: A locação pode ser convencionada por tempo determinado ou indeterminado. Quando for por tempo determinado, há que se distinguir entre a locação de coisas, que a lei não fixo limite de vigência, e a locação de serviço. Maximo de quatro anos.B) REMUNERAÇÃO: A remuneração, na locação de coisas, é desiguinada a alugueis, enquanto que na locação de serviço, chama-se salário salário, e na empreitada, preço.C) OBJETO DO NEGÓCIO: a locação pode ter por objeto uma coisa, serviço ou ainda o fornecimento de uma coisa acrescida de serviço, como no caso da empreitada de trabalho e materiais.A locação de coisa pode recair em bens moveis e imóveis; a locação de serviço pode ter por objeto um trabalho físico ou intelectual._______________________________________________________

Assinale a alternativa correta.

A) na locação de coisas, umas das partes se obriga a ceder à outra, por tempo determinado ou não, o uso e gozo de coisa

Page 8: DC - 6º Semestre

não fungível, mediante certa retribuição (√)B) na locação de coisas, umas das partes se obriga a ceder à outra, por tempo determinado, o uso e gozo de coisa não

fungível, mediante certa retribuiçãoC) na locação de coisas, umas das partes se obriga a ceder à outra, por tempo indeterminado, o uso e gozo de coisa não

fungível, mediante certa retribuiçãoD) na locação de coisas, umas das partes se obriga a ceder à outra, por tempo ideterminado ou não, o uso e gozo de coisa

fungível, mediante certa retribuiçãoE) N.D.A

Sobre o dever do locatário, assinale a alternativa incorreta.

A) a servi-se da coisa alugada para os usos convencionais ou pressumidos.B) a pagar pontualmente o aluguel nos prazos ajustados e, em falta de ajuste, segundo o costume do lugar.C) a levar a conhecimento do locador as turbações de terceiros, que se pretendam fundadas em direito.D) todas as alternativas estão incorretas. (√)

Sobre a duração do contrato para o locador,  assinale a alternativa correta.

A) não poderá o lacador reaver a coisa alugada, antes do vencimento do contrato, se não ressarcindo ao locatário as perdas e danos resultantes. (√)

B) não poderá o lacador reaver a coisa alugada, antes do vencimento do contrato.C) poderá o lacador reaver a coisa alugada, antes do vencimento do contrato.D) poderá o lacador reaver a coisa alugada, antes do vencimento do contrato, não ressarcindo ao locatário as perdas e

danos resultantes.E) n.d.a.

Sobre a duração do contrato para o locatário, assinale a alternativa correta.

A) poderá o locatário devolver ao locador, antes do vencimento do contrato, sem pagar  proporcionalmente, a multa prevista no contrato.

B) não poderá o locatário devolver ao locador, antes do vencimento do contrato, salvo pagando proporcionalmente, a multa prevista no contrato. (√)

C) não poderá o locatário devolver ao locador, antes do vencimento do contrato.D) poderá o locatário devolver ao locador, antes do vencimento do contrato.E) n.d.a.

Caso o locatário empregue uso diverso do ajustado o locador poderá:

A) rescindir o contrato.B) exigir perdas e danos.C) rescindir o contrato e exigir perdas e danos. (√)D) n.d.a._____________________________________________________LocaçãoLei n. 8.245/91(Dispõe sobre a locação de imóveis urbanos e os procedimentos a ela pertinentes)Analisaremos os artigos mais importantes e significativos acerca da lei de locação: Art. 1: Especifica casos em que a locação continuará regulada pelo Código Civil e leis especiais.Art. 4: O prazo da locação deverá ser respeitado.O locatário poderá devolver o imóvel mediante o pagamento de multa proporcional (art. 924, CC). Observar a exceção do parágrafo único.Art. 5: O término da locação, judicialmente, se dá com a ação de despejo.Exceção: desapropriação – imissão de posse do exproprianteArt. 6: O Locatário poderá denunciar a locação por prazo indeterminado mediante aviso por escrito (30 dias) ou pagar um aluguel mais os encargos.Art. 8: Regula a alienação do imóvel locado.Art. 9: Traz situações em que se autoriza seja a locação desfeita.Art. 10 e 11: Regula as hipóteses de falecimento do locador (continua a locação frente os herdeiros) e do Locatário (sub-rogação)._____________________________________________________________________SublocaçãoArt. 13, caput: Diz o dispositivo que a sublocação depende do consentimento (prévio e escrito) do locador.

Page 9: DC - 6º Semestre

Art. 15: Depreende-se do dispositivo que rescindida a locação, resolve-se a sublocação._____________________________________________________________________AluguelArt. 17, caput: Autoriza a livre convenção de valores (moeda nacional).Não pode o valor ser fixado em moeda estrangeira, variação cambial ou salário mínimo.Parágrafo único: aduz que legislação específica regulará critérios de reajuste nas locações residenciaisArt. 20: Determina que o pagamento será sempre tomando por base mês vencido.Exceção: Locação para temporada_____________________________________________________________________Obrigações:Art. 22: Traz as obrigações do Locador: Destacam-se:VI – fornecer recibo (consignação)VIII – pagar impostos e taxas (salvo disposição contrária em contrato) X – pagar despesas extraordinárias de condomínioParágrafo único define essas despesas.Art. 23: Traz as obrigações do Locatário: Destacam-se:VIII – deveres de pagamento do inquilinoXII – despesas ordinárias do condomínioArt. 26: determina que para reparos urgentes no imóvel, há a obrigação do locatário consentir.Parágrafo único: se o reparo for por tempo maior de 10 dias poderá haver o abatimento do preço._____________________________________________________________________Direito de PreferênciaArt. 27: Locatário tem prioridade em igualdade de condições e preço, quanto a aquisição do imóvel locado que for colocado a venda.Caso não seja exercido esse direito de preferência em 30 dias, o direito de preferência  caducará.Art. 33: traz a penalidade para a hipótese de não observância do direito de preferência.BenfeitoriasArt. 35 e 36: Regulamenta a questão da indenização em casos de benfeitorias.Garantias LocatíciasArt. 37: As espécies de garantias locatícias são: caução/fiança/seguro fiança locatícia_____________________________________________________________________Locação residencialArt. 46: Locações superiores a 30 meses admitem a denúncia vazia (independentemente de notificação ou aviso).Passados os 30 meses haverá a prorrogação automática, exigindo a denúncia com prazo de 30 dias para desocupação.Art. 47: Locações com prazo inferiores a 30 meses admitem apenas a denúncia cheia (motivada)Locação para temporadaArts. 48 a 50 regulamentam a locação para temporada:-     pode receber o aluguel adiantado;-     lei define o que é locação para temporada;-     admite a liminar em ação de despejo (inciso III, art. 53).        Locação não residencialArt. 51: Trata da ação renovatória. (direito a igual prazo para nova locação)Requisitos:    -     contrato escrito e com prazo determinado-     prazo mínimo ou soma de 5 anos-     locatário esteja explorando o mesmo ramo de comércio por 3 anosPrazo para a interposição da ação renovatória: 1 ano a 6 meses antes do final do contrato (prazao decadencial)Art. 52: traz as hipóteses de defesa do proprietário na ação renovatória._____________________________________________________________________ProcedimentosArt. 58 traz regras gerais que serão válidas para todos os procedimentos da lei de locação.  Observar, com atenção, os incisos I, II, III e IV deste artigo.AÇÃO DE DESPEJO - será processada pelo rito ordinário- admite liminar na hipótese do parágrafo 1, do art. 59.- art. 61: traz regra segundo a qual a concordância na contestação com a desocupação dá ao réu o prazo de 6 meses para desocupação.FALTA DE PAGAMENTOArt. 62, I – admite a cumulação do pedido de rescisão da locação com o pagamento dos valores em atraso. A inicial desta ação deve trazer discriminativo de débito.Inciso II – trata do pagamento (purgação da mora).Execução provisória: exige a lei a prestação de caução, no importe de 12 a 18 vezes o valor do aluguel.Havendo o abandono do imóvel, será determinada a imissão de posse.CONSIGNAÇÃO DE ALUGUEL E ACESSÓRIOS DA LOCAÇÃO- após a citação do réu, o autor terá 24hs para depósito.

Page 10: DC - 6º Semestre

- as parcelas que forem se vencendo durante o processo deverão ser depositadas nos mesmos autos.Art. 67, V: traz as matérias específicas da contestação.- cabível reconvenção requerendo o despejo – autor poderá complementar o depósito.- o réu pode, a qualquer tempo na ação, levantar os valores depositados.REVISIONAL- atinge locações residenciais ou não residenciais- será processada pelo rito sumário- art. 68: na petição inicial o autor deverá indicar o valor do aluguel que pretende- aluguel provisório poderá ser fixado em até 80% dos valores pretendidos.art. 69, parágrafo segundo: admite a execução da diferença entre os alugueis provisórios e os definitivamente fixados nos próprios autos- Na audiência de instrução e julgamento a contestação será apresentada.- art. 19: traz o prazo de 3 anos de contrato, como período mínimo para a apresentação da ação revisional.RENOVATÓRIAAdmite-se essa ação somente para locações não residenciaisRequisitos para a propositura da ação:- 5 anos de contrato- 3 anos de mesmo ramo de comércio- contrato escrito e com prazo determinadoart. 51, parágrafo 5: fala do prazo decadencial para o ajuizamento desta ação.art. 52: traz as hipóteses de matérias que poderia ser alegadas na defesa do locador______________________________________________________

Da locação residencial, assinale a alternativa correta.I - nas locações ajustadas por escrito por prazo igual ou superior a 30 meses, a resolução do contrato ocorrerá findo o prazo estipulado, independentemente de notificação ou aviso.II - quando ajustada verbalmente ou por escrito e com prazo inferior a 30 meses, findo o prazo estabelecido, a locação prorroga-se por prazo indeterminado.III -  quando ajustada verbalmente ou por escrito e com prazo inferior a 30 meses, findo o prazo estabelecido, a locação prorroga-se por mais 30 dias.

A) as alternativas I e II estão corretas. (√)B) as alternativas I e III estão corretasC) só a alternativa I está correta.D) só a alternativa III está correta.

Não considera-se locação para temporada:

A) para a pratica de laser.

B) para a pratica de cursos

C) para tratamento de saúde.

D)contratados por prazo não superior a 120 dias. (√)

E) n.d.a.

Sobre a renovação do contrato de locação não residencial, assinale a alternativa incorreta.

A) o contrato tenha sido celebrado por escrito e com prazo determinado.B) o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos dos contratos escritos seja de 5 anosC) o locatário esteja explorando seu  comércio, no mesmo ramo, pelo prazo mínimo e  de 3  anos. (√)D) o locatário terá que propor a renovação no prazo de no mínimo 6 meses até um ano antes do término do contrato.E) n.d.a.

No contrato de locação não se pode exigir.

A) cauçãoB) fiançaC) seguro de fiança locatícia.

Page 11: DC - 6º Semestre

D) caução e fiança.   (√)E) n.d.a.

Durante o período estipulado para a duração do contrato poderá o locador reaver o imóvel quando:A) para uso próprio.B) para uso próprio mediante indenização e danos causados.C) para uso de ascendente ou descendente.D) N.D.A (√)_____________________________________________________________________________________________DO   EMPRÉSTIMO I – Conceito:Empréstimo é o contrato pelo qual uma pessoa entrega a outra, gratuitamente, uma coisa, para que dela se sirva, com a obrigação de a restituir. II – Espécies:Duas são as espécies de empréstimo: o Comodato e o Mútuo.III – Do Comodato:Comodato é o contrato unilateral, a título gratuito, pelo qual alguém entrega a outrem coisa infungível, para ser usada temporariamente e depois restituída. (art. 579 do CC).IV - Características:- unilateral: coloca só uma das partes na posição de devedor, ou seja, o comodatário.- gratuito: é um contrato gratuito, observando-se, porém, que o comodatário poderá assumir a obrigação de pagar impostos ou taxas que recaiam sobre o bem, sem que com isso se descaracterize o contrato.- real: é um contrato que só se complementa com a tradição da coisa. Recorde-se que a posse indireta ficará com o proprietário.- intuito personae: o objeto do contrato de comodato não poderá ser cedido pelo comodatário a terceiro. O contrato é feito tendo em vista características do próprio contratante, daí o seu caráter personalíssimo.- infungibilidade e não consumibilidade do bem: o bem objeto do contrato de comodato deve ser infungível e não poderá ser consumido, tendo em vista que, ao final do contrato, deverá haver a restituição do mesmo ao proprietário.- temporariedade: Diz o art. 581 do CC que “se o comodato não tiver prazo convencional, presumir-se-lhe á o necessário para o uso concedido; não podendo o comodante, salvo necessidade imprevista e urgente, reconhecida pelo juiz, suspender o uso e gozo da coisa emprestada, antes de findo o prazo convencional, ou o que se determine pelo uso outorgado”.- obrigação de restituir a coisa emprestada: caso não haja a devolução pacífica do bem objeto , poderemos dizer que está havendo esbulho, sendo cabível reintegração de posse.V - Requisitos:1) Subjetivo: Exige-se dos contratantes a capacidade genérica para praticar os atos da vida civil. Observar que o art. 580 do CC traz restrições a algumas figuras de representação no ato de praticar o comodato.2) Objetivo: só podem ser dados em comodato bens infungíveis e inconsumíveis, móveis ou imóveis.3) Formal: a forma do contrato de comodato é livre, não exigindo qualquer solenidade. Admite-se que seja feito, também, sob a forma oral, observando-se que a jurisprudência tem decidido que, na dúvida, entre este e a locação, presume-se a última.VI - Obrigações do Comodatário:São obrigações do comodatário:1o.) guardar e conservar a coisa emprestada como se fosse sua (art. 582 do CC);2o.) limitar o uso da coisa ao estipulado no contrato;3o.) restituir a coisa empregada in natura4o.) responder pela mora derivada da não devolução do bem no prazo estipulado;5o.) responder pelos riscos da coisa no caso do art. 583 do CC;6o.) responsabilizar-se, solidariamente, se houver mais comodatários.VII - Obrigações do Comodante:1o) não pedir a restituição do bem dada em comodato antes do prazo ajustado, salvo as hipóteses previstas no art. 581 do CC. Se o prazo for indeterminado, o bem poderá ser retomado a qualquer tempo sem qualquer justificativa. 2o.) pagar as despesas extraordinárias e necessárias feitas pelo comodatária na conservação da coisa. 3o.) responsabilizar-se pela posse útil e pacífica da coisa por parte do comodatário. Não terá, porém, o comodante, responsabilidade pela evicção ou pelos vícios redibitórios, que se presumem comutativos (art. 441 do CC) e onerosos (art. 447 do CC).VIII – Extinção do comodato:1o.) advento do prazo.2o.) resolução por inexecução contratual: O comodante poderá requerer a resolução antes do final do contrato, pleiteando perdas e danos, se o comodatário utilizar o bem de maneira diversa da estipulada. 3o.) resilição unilateral:a) O comodante, devido a gratuidade do contrato, poderá resolve-lo, se provar a superveniência de necessidade urgente e imprevista à época do negócio; b) o comodatário poderá, a qualquer tempo, resilir tal negócio porque, se foi contratado em seu interesse, não está obrigado a conservar objeto de cujo uso se desinteressou. 

Page 12: DC - 6º Semestre

4o.) distrato. 5o.) morte do comodatário se fora convencionado que o uso da coisa era estritamente pessoal.6o.) a alienação da coisa emprestada (exceto quando o adquirente assumir a obrigação de manter o comodato)._____________________________________________________________________________________________Quanto as proposições abaixo:I - Mútuo e Comodato são as espécies do contrato de empréstimo.II - Comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis.III - Descaracteriza o comodato de um imóvel o fato do comodatário se responsabilizar pelo pagamento das despesas condominiais.IV - Admite-se tanto o comodato de coisas móveis como imóveis.A) Todas são falsasB) Apenas as proposições I e II são verdadeirasC) Apenas as proposições I, II e III são verdadeirasD) Apenas as proposições I, II e IV são verdadeiras (√)E) Todas são verdadeiras

Quanto ao comodato indique a alternativa incorreta:

A) O comodato somente se perfaz com a tradição do objeto, daí porque ser considerado espécie de contrato real

B) O comodato é contrato unilateralC) O comodatário deve conservar a coisa como se sua fosse, razão pela qual não pode

alugá-la nem emprestá-laD) O comodatário que não devolve a coisa no prazo ajustado, constituído em mora,

pagará, até a restituição, aluguel arbitrado pelo comodanteE) O comodatário que não restitui o imóvel emprestado pratica esbulho e deverá sofrer

ação de despejo que o retirará do imóvel ainda que de forma coercitiva (√)Assinale a alternativa correta quanto o contrato de comodato:

A) O comodato sem prazo estipulado se extingue automaticamente em dois anos.B) Para a hipótese de falecimento do comodatário, sempre será considerado extinto o contrato de comodato.C) Poderá o comodante, mesmo antes do término do prazo contratual previsto para o comodato, requerer judicialmente a

rescisão do pacto justificando necessidade imprevista e urgente (√)D) O comodatário em mora quanto à restituição do bem responde pela sua perda ou deterioração, salvo nas hipóteses

comprovadas de caso fortuitoE) O comodatário poderá cobrar do comodante as despesas feitas com o uso e gozo da coisa emprestada, desde que estas

sejam devidamemnte comprovadas

_____________________________________________________________________________________________Mútuo:I – Conceito:Mútuo é o contrato pelo qual um dos contratantes transfere a propriedade de bem fungível ao outro, que se obriga a lhe restituir coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade (art. 586 do CC). II - Características:- unilateral: uma vez entregue o bem emprestado, apenas o mutuário contrairá obrigações.- gratuito: de regra o mutuante nada recebe do mutuário em troca do favor que lhe faz. Pode, porém, vir a se tornar oneroso se houver a estipulação de juros.- real: o contrato de mútuo só se perfaz com a tradição da coisa.- translatividade do domínio do bem emprestado: por ser fungível, e em regra, consumível, se possibilita a transferência de sua propriedade para terceiros. Assim, o mutuário pode consumi-lo, abandoná-lo, aliená-lo, sem autorização do mutuante.- Fungibilidade da coisa emprestada: o bem objeto do contrato de mútuo deve ser fungível.- temporariedade: O art. 592 do CC, traz hipóteses de prazos do contrato de mútuo:I – até a próxima colheita, se o mútuo for de produtos agrícolas;II – de trinta dias, pelo menos, se for de dinheiro;III – do espaço de tempo que declarar o mutuante, se for de qualquer outra coisa fungível. - obrigação de restituição de outra coisa da mesma espécie, qualidade e quantidade. Não há que se falar em devolução in natura, ou seja a própria coisa emprestada. O mutuário, conforme o art. 590 do CC, poderá exigir garantia dessa restituição, se, antes do vencimento do prazo, o mutuário vier a sofrer notória mudanças na sua situação econômica. Requisitos:1) Subjetivo: Necessária a capacidade dos contratantes.Pelo art. 558 do CC, o mútuo feito a pessoa menor, sem prévia autorização daquele sob cuja guarda estiver, não poderá ser reavido nem do mutuário, nem de seus fiadores. Referida norma deixa de ser aplicada:

Page 13: DC - 6º Semestre

a) 589, I,  do CC:  se houver ratificação posterior da pessoa responsável pelo menor;b) 589, II, do CC: se o empréstimo contraído for para alimentos (abrangendo estudos, vestuário, etc.);c) 589, III, do CC: se o menor tenha adquirido bens com seu trabalho, situação em que a execução não poderá ultrapassar o patrimônio do menor;d) 588, IV do CC: se o empréstimo se reverteu em benefício do menor;e) 180 do CC: se o menor obteve o empréstimo maliciosamente, por exemplo, ocultando a sua idade.  (ninguém pode invocar a sua própria malícia – art. 589, V, do CC).2) Objetivo: o objeto do contrato de mútuo deve ser fungível, por se tratar de empréstimo de consumo.3) Formal: o contrato de mútuo não requer forma especial, exceto se oneroso, situação em que se exigirá seja convencionado expressamente.Efeitos Jurídicos: 1o) gera obrigações ao mutuário: a) restituir o que recebeu em coisa da mesma espécie, qualidade e quantidade, dentro do prazo estipulado e; b) pagar juros, se oneroso. 2o.) confere direitos ao mutuante: a) exigir garantia da restituição nos termos do art. 590 do CC; b) reclamar a restituição de coisa equivalente, uma vez vencido o prazo ajustado. No silêncio, pode haver o reclamo em qualquer tempo;  c) demandar a resolução do contrato se o mutuário deixar de pagar os juros.  Extinção:1o.) vencimento do prazo convencionado para a sua duração.2o.) resolução por inadimplemento das obrigações contratuais: ex: não-pagamento dos juros convencionados no tempo e forma devidos.3o.) resilição unilateral por parte do devedor: presume-se que se o prazo foi concedido em seu favor, poderá pôr fim ao negócio a qualquer momento.(art. 133 do CC)4o.) distrato.5o.) ocorrência das hipóteses do art. 592 do CC (prazos)._____________________________________________________________________________________________

Quanto as proposições abaixo:I - Mútuo é empréstimo de coisas fungíveis.II - O mutuário assume a obrigação de restituir ao mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade.III - Pode o mutuante optar por restituir quantia em dinheiro equivalente ao preço da coisa emprestada.IV - O mutuário não pode consumir o bem emprestado.A) Todas são falsasB) Apenas as proposições I e II são verdadeiras (√)C) Apenas as proposições I e III são verdadeirasD) Apenas as proposições II e IV são verdadeirasE) Todas são verdadeiras

Quanto ao contrato de mútuo, assinale a alternativa incorreta:

A) Admite-se o mútuo tendo por objeto dinheiro

B) No mútuo verifica-se a transferência de domínioC) O mútuo é contrato consensual, bastando, para se concretizar, o acordo das partes (√)D) O mútuo, de regra, é contrato gratuitoE) O mútuo é espécie de contrato não solene

Quanto ao contrato de mútuo, assinale a alternativa correta:A) Admite-se o mútuo de dinheiro feito ao menor, bastando, para tanto, efetiva prova do recebimento pelo incapaz da coisa emprestadaB) Admite-se o mútuo de dinheiro que estipule, no contrato, que o pagamento deverá ser efetuado em ouro ou moeda estrangeiraC) No mútuo para fins econômicos presumem-se devidos juros quando da devolução (√)D) A lei não fixa limites à taxa de juros estabelecida nos casos de mútuo de dinheiro, em respeito ao princípio da autonomia das partesE) Não havendo previsão no contrato, o prazo do mútuo em dinheiro será de 60 (sessenta) dias_______________________________________

Obs.: Conteúdo 11 (da matéria disponível na internet) aparece em brancoQuanto as afirmações abaixo:I - As regras do Código Civil referentes ao contrato de prestação de serviços têm caráter residual, aplicando-se somente às relações que não atingidas pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT e pelo Código de Defesa do Consumidor - CDC.II - O contrato de prestação de serviço não se presume gratuito, sendo certo que, na ausência de estipulação, fixar-se-á por arbitramento a retribuição.III - A natureza jurídica do contrato de prestação de serviço diz ser ele bilateral, oneroso e consensual.

Page 14: DC - 6º Semestre

A) Todas são verdadeiras. (√)B) Todas são falsas. C) Apenas as assertivas I e II são verdadeiras. D) Apenas as assertivas II e III são verdadeiras. E) Apenas as assertivas I e III são verdadeiras. 

Assinale a alternativa Incorreta:

A) A prestação de serviço não poderá ser convencionada por mais de 4 (quatro) anos. B) Para os contratos celebrados sem prazo determinado, a resilição unilateral se dará com 30 (trinta) dias de antecedência. (√)C) O contrato de prestação de serviço é personalíssimo, não comportando transmissão causa mortis. D) Se o serviço for prestado por alguém sem habilitação para tanto, não poderá ser exigido o pagamento normalmente devido para o tipo

de trabalho executado, sendo certo, porém, que se deste ofício resultar benefício para a outra parte, o juiz atribuirá a quem o prestou uma compensação razoável, desde que tenha agido de boa-fé. 

E) A alienação do prédio agrícola onde o serviço se opera não importa, de regra, a rescisão do  contrato

Quanto às diferenças da empreitada para o contrato de prestação de serviço, apontadas nas frases abaixo, podemos dizer que:I - Na prestação de serviço o objeto do contrato é apenas a atividade do prestador, sendo a remuneração proporcional ao tempo dedicado ao trabalho, enquanto na empreitada o objeto da prestação não é essa atividade, mas a obra em si. II - Na prestação de serviço a execução do serviço é dirigida e fiscalizada por quem contratou o prestador, a quem este fica diretamente subordinado, na empreitada a direção compete ao próprio empreiteiro.III - Na prestação de serviço, o patrão assume os riscos do negócio, mas na empreitada é o empreiteiro quem os assume.

A) Todas são verdadeiras. (√)B) Todas são falsas. C) Apenas as assertivas I e II são verdadeiras. D) Apenas as assertivas II e III são verdadeiras. E) Apenas as assertivas I e III são verdadeiras. 

Assinale a alternativa incorreta:

A) O contrato de empreitada apresenta duas espécies, quais sejam, a de "Labor" e a "Mista". B) A natureza jurídica do contrato de empreitada diz ser ele bilateral, consensual, comutativo e

oneroso. C) Na empreitada também de materiais, os riscos correm por conta do empreiteiro até o momento da

entrega da obra, ainda que o dono esteja em mora de receber. (√)D) A subempreitada pode ser efetivada, se não houver cláusula proibitiva no contrato, ou se, pelas

circunstâncias, se verificar não ter a empreitada sido avençada intuito personae. E) Se a empreitada for unicamente de lavor, o dono da obra sofre o prejuízo pelo perecimento e o

empreiteiro perde a retribuição. 

É correto afirmar que:  

A) Salvo estipulação em contrário, o empreiteiro que se incumbir de executar uma obra, segundo plano aceito por quem o encomenda, terá direito de exigir acréscimo no preço da obra quando forem introduzidas modificações no projeto, ainda que tais modificações não resultem de instruções escritas do dono da obra. 

B) Ainda que não tenha havido autorização escrita,o dono da obra é obrigado a pagar ao empreiteiro os aumentos e acréscimos, segundo o que for arbitrado, se, presente a obra, não podia ignorar o que estava se passando. (√)

C) Iniciados os serviços da obra pelo empreiteiro, o dono não pode mais suspendê-la.D) Concluída a obra, o dono é obrigado a recebê-la ainda que o empreiteiro tenha se afastado das

instruções.  E) Todas as afirmativas acima são falsas. _____________________________________________________________________DO DEPÓSITOI – Conceito:O depósito é o contrato pelo qual uma pessoa – depositário – recebe, para guardar, um objeto móvel alheio, com a obrigação de restituí-lo quando o depositante o reclamar (art. 627 do CC). A “guarda da coisa alheia” é a finalidade precípua do contrato de depósito. Daí ser, em regra, vedada a utilização da coisa emprestada pelo depositário. Essa, aliás, a principal diferença para o contrato de comodato.Uma das diferenças entre esses dois institutos reside no fato de que o comodatário goza do benefício de preservar a coisa até o final do contrato (art. 581 do CC), ao passo que o depositário é obrigado a devolver a coisa pedida de imediato (art. 627 do

Page 15: DC - 6º Semestre

CC).II – Natureza Jurídica:a) unilateral: (excepcionalmente o contrato pode ser bilateral)b) gratuito: (excepcionalmente o contrato pode ser oneroso)c) real: (para se aperfeiçoar, depende da entrega de coisa móvel corpórea pelo depositante ao depositário)d) intuito personae: (o contrato é personalíssimo)III – Requisitos:a) Subjetivo: Capacidade genérica para praticar atos da vida civil.b) Objetivo: o bem deve ser móvel, corpóreo e infungível. Exceção: em algumas situações admite-se, excepcionalmente, bens imóveis e fungíveis.Ao estipular a regra do bem móvel, quis o legislador observar que quando se trata de bens móveis há atos de administração, o que faz com que o instituto se situe mais no campo da locação de serviços.c) Formais: o contrato de depósito tem forma livre. Exceção: instrumento escrito para a prova de depósito voluntário (art. 646 do CC)IV - Espécies:a) Depósito Voluntário ou Convencional (arts. 627 à 646 do CC)É aquele livremente ajustado pelas partes, visto que o depositante escolhe livremente o depositário sem pressão das circunstâncias externas.b) Do Depósito Necessário (arts. 647 à 652 do CC)É aquele em que o depositante, não podendo escolher livremente a pessoa do depositário, é forçado pelas circunstâncias a efetuar o depósito com pessoas cujas virtudes desconhece.Subdivide-se, nos termos do art. 647 do CC em:1) Depósito Legal: Se realizado em desempenho de obrigação legal. Ex: arts. 647, I, 1.233, 345, 1.435, V e 648 do CC.2) Depósito Miserável: Se efetuado por ocasião de alguma calamidade, que, deixando a pessoa ao desabrigo, impõe-lhe a necessidade de se socorrer da primeira pessoa que aceite, para com ela depositar os bens que porventura salvou (arts. 647, II, 648, parágrafo único do CC). No mais das vezes é oneroso (art. 651 do CC).3) Depósito do Hospedeiro: arts. 649, parágrafo único, 650 e 651 do CC.O hospedeiro responde por culpa presumida. A própria lei prevê casos de exoneração de responsabilidade.I - se provar que os fatos prejudiciais aos hóspedes, viajantes ou fregueses não poderiam ser evitados;II – se ocorrer força maior, como nas hipóteses de escalada, invasão da casa, roubo a mão armada, ou violência semelhante.c) Do Depósito Judicial:Aquele depósito determinado por mandado do juiz, que entrega a terceiro a coisa litigiosa, móvel ou imóvel, com o intuito de preservar a sua incolumidade, até que se decida a causa principal, para que não haja prejuízo aos direitos dos interessados. (art. 635 do CC)Ex: art. 822, 998, 1016, parág. 1o. do CPC.Quanto à coisa depositada:a) Depósito Regular: Se atinente a coisa individuada, infungível e inconsumível, que deve ser restituída in natura.b) Depósito Irregular: Se recai sobre bem fungível ou consumível, que deverá ser restituído por outro do mesmo gênero, qualidade e quantidade. Pela sua semelhança rege-se de acordo com as regras do mútuo (a principal diferença refere-se ao fato do depositário poder requerer a devolução do bem a qualquer tempo).Ex: depósito bancário nas hipóteses em que este se compromete a restituir a importância depositada a qualquer tempo, depósito de mercadorias nos armazéns gerais.V – Obrigações do Depositário:a) guardar a coisa como se fosse sua (sobrevindo boa razão para romper o contrato, tal como a ocorrência de fato que obrigue o depositário a viajar ou que, de qualquer maneira, torne impossível ou penosa a guarda da coisa, pode ele devolvê-lo ao depositante, ou requerer o depósito judicial, caso esbarre com a recusa no recebimento); b) restituir a coisa quando reclamada;c) não se utilizar do bem depositado sem autorização expressa do depositante sob pena de responder por perdas e danos (art. 640 e par;agrafo único do CC).VI – Obrigações do Depositante:- pagar a remuneração do depositário, se convencionada.- dar caução idônea no caso do art. 644, parágrafo único do CC.VIII – Da extinção do depósitoa) vencimento do prazo;b) manifestação unilateral do depositante;c) iniciativa do depositário (art. 635 do CC);d) perecimento da coisa depositada;e) morte do depositário (quando o contrato for intuito personae).f) decurso de prazo de 25 anos (Lei 2.313/54 regulamentado pelo Dec. 40.395/56)._____________________________________________________________________Quanto às proposições abaixo:I - O depósito distingue-se do comodato pois enquanto neste último o comodatário recebe a coisa para seu uso, no depósito o depositário não poderá se servir da coisa depositada sem licença expressa do depositante;II - Há depósito e não contrato de transporte quando a coisa é entregue para ser transportada, com cuidado, de um Estado para outro;

Page 16: DC - 6º Semestre

III - Se a coisa é entregue para ser administrada, há contrato de mandato e não contrato de depósito.

A) Todas as afirmativas são verdadeiras.  B) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.C) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras. (√)D) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras.E) Todas as afirmativas são falsas.

Quanto às proposições abaixo:I - O contrato de depósito aperfeiçoa-se pela assinatura do pacto independentemente da entrega da coisa;II - A natureza jurídica do contrato de depósito diz ser ele uma espécie de contrato real;III - De regra, o contrato de depósito é oneroso.

A) Todas as afirmativas são verdadeiras.B) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.C) Apenas as afirmativas I e III são falsas. (√)D) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras. E) Todas as afirmativas são falsas. 

Quanto às proposições abaixo:I - Confere-se ao depositário o direito de retenção, como meio direto de defesa paera forçar o devedor a efetuar o pagamento das retribuição devida e do reembolso das despesas incorridas na guarda da coisa;II - A não devolução da coisa depositada, como quebra de confiañça e da boa-fé, pode ser apenada com a prisão civil;III - O menor pode ser depositante mas nunca depositário;

A) Todas as afirmativas são verdadeiras. (√)B)  Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.C) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras.D) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras.E) Todas as afirmativas são falsas.

Quanto às proposições abaixo:I - Deposito necessário é aquele que resulta de acordo de vontade, posto ter sido livremente ajustado pelas partes, enquanto que o depósito voluntário é aquele em que o depositante, por imposição legal, ou premido por circunstâncias imperiosas, realiza com pessoa não escolhida;II - Depósito efetuado em alguma calamidade como uma inundação ou saque é considerado espécie de depósito necessário;III - É considerado depósito voluntário aquele feito pelos viajantes ou hóspedes junto aos seus hospedeiros em relação às suas bagagens quando em viagem;

A) Todas as afirmativas são verdadeiras.B) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.C) Apenas as afirmativas I e III são falsas. (√)D) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras.E) Todas as afirmativas são falsas.

Quanto às proposições abaixo:I - Depósito miserável é assim chamado em razão de seu pequeno valor ou de sua gratuidade;II - O depósito será chamado de irregular quando o depositário pider utilizar da coisa depositada e restituir outra da mesma qualidade e quantidade;III - Depósito legal é o que decorre do desempenho da obrigação imposta pela lei, como por exemplo as hipóteses dos artigos 1.233, parágrafo único, 345 e 641 do Código Civil de 2.002.

A) Todas as afirmativas são verdadeiras.B) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.C) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras.D) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras. (√)E) Todas as afirmativas são falsas._______________________________________________________DO   MANDATO I – Conceito:O mandato é o contrato pelo qual alguém – mandatário – recebe de outrem – mandante – poderes para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses. (art. 653 do CC). A idéia da “representação” é o que distingue este contrato dos demais, em especial, o de locação de serviços. Neste último, o locador atua para o locatário, ao passo que no mandato, o mandatário age em nome, no lugar e pelo mandante.Da idéia de representação decorrem quatro conseqüências:a) os atos do mandatário vinculam o mandante, se dentro dos poderes constantes da procuração, ainda que contravenham

Page 17: DC - 6º Semestre

suas instruções;b) se o mandatário obrar em seu próprio nome, não vincula o mandante;c) os atos praticados além dos poderes conferidos no mandato não vinculam o mandante, se por ele não forem ratificados;d) os atos do mandatário, praticados após a extinção do mandato, são incapazes de vincular o mandante.Alguns atos não admitem representação, como, por exemplo, o testamento, o exercício de cargo público e a prestação de serviço militar.O casamento admite procuração.Casos há de representação sem que haja mandato, como na hipótese do representante legal (pai, tutor ou curador) ou judicial (inventariante, depositário judicial).II – Natureza Jurídica:a) unilateral: (admite-se que, às vezes, seja bilateral)b) gratuito: (admite-se que, às vezes, seja oneroso) – O art. 658 do CC, presume gratuito o mandato quando não se estipulou retribuição, exceto se o objeto do mandato for daqueles que o mandatário trata por ofício ou profissão.O mandato confiado ao advogado deve ser presumido oneroso.c) consensual: se aperfeiçoa pelo mero consentimento das partes)d) intuito personae: (ter carácterísticas personalíssimas)e) não solene: embora determine a lei ser a procuração o instrumento de mandato (art. 653 do CC), admite ela tanto o mandato tácito, como o verbal (art. 656 do CC).Exceção: art. 657 do CC – atos que a lei exige certa solenidade. e) depende da aceitação, a qual pode ser presumida, que se dá com o início das atividades (art. 659 do CC).III – A Procuração e o Substabelecimento:A procuração é o instrumento do mandato (art. 653, in fine do CC).Pode ser outorgada tanto por instrumento público como particular.Ainda quando se outorgue mandato por instrumento público, pode substabelecer-se mediante instrumento particular (art. 655 do CC).O substabelecimento é o ato pelo qual o mandatário transfere, ao substabelecido, os poderes que lhe forem conferidos pelo mandante. Pode ser efetuado reservando-se ao procurador os mesmos poderes para si, ou sem reserva.Questão relevante é a da fixação da responsabilidade por atos praticados pelo substabelecido e de que resultam prejuízos para o mandante. O legislador figura três hipóteses diferentes:a) procurador tem poderes para substabelecer: não responde ele pelos danos causados, a não ser que o mandante prove que a escolha recaiu em pessoa notoriamente incapaz, ou notoriamente insolvente (art. 667, parágrafo 2o.,  do CC).b) procurador substabelece a despeito de não haver sido autorizado para tanto: sua responsabilidade aumenta, pois responde pelos prejuízos que o mandante experimentar em virtude do comportamento negligente do substabelecido (art. 667 do CC).c) a despeito de proibição, o procurador substabelece: Nessa hipótese, por ser mais grave, o mandatário responderá pelos atos de seu substituto, não só pelos derivados da culpa ou dolo, como também pelos verificados em razão de caso fortuito e força maior, salvo se provar que o dano teria ocorrido ainda que não houvesse substabelecimento (art. 667, parágrafo 1o. do CC). Obs: Se a proibição de substabelecer constar da procuração, os atos praticados pelo substabelecido não obrigam o mandante, salvo ratificação expressa, que retroagirá à data do ato (art. 667, parágrafo 3o. do CC).Se omissa a procuração quanto ao substabelecimento, o procurador será responsável se o substabelecido proceder culposamente (art. 667, parágrafo 4o. do CC).IV – Poderes conferidos no mandato:Mandato ad negocia ou extrajudicial (autorização para a prática de atos extrajudiciais da vida civil).Mandato ad judicia ou judicial autorização para a prática de atos judiciais).V – Obrigações do Mandatárioa) agir em nome do mandante, com o necessário zelo e diligência;b) transferir ao mandante as vantagens que em seu lugar auferir (art. 668 do CC):conseqüências:b.1) pelas somas que deveria entregar ao mandante mas empregou em proveito próprio, pagará o mandatário juros desde o momento em que abusou (art. 670 do CC);b.2) se o mandatário comprar em nome próprio, algo que deveria comprar para o mandante, terá a obrigação da entrega da coisa (art. 671 do CC)c) prestar, a final, contas de sua gestão (art. 668 do CC). Não é possível compensar os prejuízos a que deu causa com os proveitos que tenha granjeado ao seu constituinte (art. 669 do CC)d) concluir os negócios já iniciados no caso da hipótese do artigo 674 do CC.e) direito de retenção pelo que despendeu no exercício do encargo: art. 681 do CC.VI) Dois ou mais mandatários:Observar da regra do art. 672 do CC que diz que qualquer dos mandatários poderá exercer os poderes outorgados, se não forem expressamente declarados conjuntos, nem especificadamente designados para atos diferentes, ou subordinados a atos sucessivos.VII – Obrigações do Mandantea) honrar as obrigações assumidas pelo mandatário, dentro dos poderes conferidos no mandato (art. 675 do CC). Sobre essa passagem, observar, também, atentamente, a regra excepcional do art. 679 do CC que fala nas perdas e danos em razão da inobservância das instruções por parte do mandatário.b) pagar o mandatário, quando oneroso o contrato (art. 676 do CC);c) reembolsar as despesas efetuadas pelo mandatário, ainda que o negócio não surta os efeitos esperados (art. 676 do CC);

Page 18: DC - 6º Semestre

d) indenizar o mandatário dos prejuízos experimentados na execução do mandato (art. 678 do CC)._______________________________________________________

Assinale a alternativa correta:

A) Mandato é sinônimo de mandado; B) Os atos praticados pelo mandatário para os quais não tinha o mesmo poderes, em nenhuma hipótese poderão vincular o mandante;  C) Não há distinção entre mandato e locação de serviços; D) O que caracteriza o mandato é a idéia de representação. (√)E) N.D.A

Assinale a alternativa incorreta:

A) existem três espécies de representantes: legais, judiciais e convencionais; 

B) admite-se casamento por procuração; 

C) admite-se testamento por procuração; (√)

D) admite-se a adoção e o reconhecimento de filhos por procuração. 

E) N.D.A

Quanto à natureza jurídica do contrato de mandato, é incorreto afirmar ser ele: 

A) gratuito; B) unilateral; C) solene; (√)D) consensual. E) N.D.A

Quanto às afirmativas abaixo:I - os menores nunca poderão outorgar procuração;II - não se admite procuração para venda de imóvel;III - a capacidade para outorgar procuração é aferida na data da celebração do contrato, de forma que, se essa faltar, não terão validade os atos dele decorrente, não se convalidando o vício com a superveniente aquisição da capacidade por parte do mandante;

A) Todas as afirmativas são falsas; 

B) Apenas a afirmativa I é verdadeira; 

C) Apenas a afirmativa II é verdadeira; 

D) Apenas a afirmativa III é verdadeira; (√)

Quanto às afirmativas abaixo:I - Não é possível que se outorgue procuração para o menor entre 16 e 18 anos, por faltar-lhe capacidade;II - O pródigo e o falido não são impedidos de exercer mandato;III - O mandato pode ser tácito ou expresso, e este, verbal ou escrito.

A) Todas as afirmativas são verdadeiras; 

B) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras; 

C) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras; (√)

D) Apenas as afirmativas I e III são verdadeiras; 

_______________________________________________________SeguroNo contrato de seguro, uma pessoa – segurador – se compromete, mediante o pagamento de parcelas periódicas – prêmio –, a indenizar uma outra – segurado – de prejuízos ou danos futuros – sinistro.O instrumento do contrato de seguro é a apólice ou o bilhete do seguro, que deverá conter, segundo a lei: os riscos assumidos, o início e o fim de sua validade, o limite da garantia e o prêmio devido, e, quando for o caso, o nome do segurado e o do beneficiário.Como alerta Maria Helena Diniz, existem três espécies de apólice e bilhete de seguro no tocante à sua titularidade:a) nominativos, que mencionam o nome do segurador, do segurado e de seu representante, se for o caso, ou de terceiro beneficiário;b) à ordem, quando forem transmissíveis por endosso em preto; ouc) ao portador, quando transmissíveis por simples tradição, espécie inadmissível nos seguros de vida ou de pessoas, casos em que é relevante a identidade do beneficiário.Trata-se de contrato aleatório, posto que a obrigação da seguradora de indenizar se concretizará apenas com o acontecimento

Page 19: DC - 6º Semestre

de um evento futuro e incerto, que é a ocorrência do sinistro.É claro que os riscos pelo qual se obriga a seguradora serão previamente estabelecidos na apólice, podendo estar relacionado com pessoas ou coisas.Ademais, salientamos que para que a seguradora esteja efetivamente vinculada ao cumprimento da sua obrigação, qual seja a de pagar a indenização em caso de ocorrência de sinistro, deve o segurado cumprir a sua parte do contrato, pagando, no tempo, forma e modo devidos, o valor do prêmio. Nesse sentido, caso ocorra o sinistro, estando o segurado em mora, não haverá o pagamento da indenização.Estando o contrato com regular cumprimento dado pelas partes, ocorrendo o sinistro, deverá a seguradora apresentar o pagamento da indenização em dinheiro, salvo disposição expressa em contrário de reposição da coisa.Veja-se, nessa passagem, o art. 776, do Código Civil sobre o pagamento da indenização; e, uma vez pago o devido ao segurado, a seguradora terá direito de regresso em face do causador do dano, segundo a Súmula 188, do Supremo Tribunal Federal: “O segurador tem ação regressiva contra o causador do dano, pelo que efetivamente pagou, até ao limite previsto no contrato de seguro”Importante destacar outras figuras do contrato de seguro, como leciona Silvio Luís Ferreira da Rocha: “Como espécies de seguros, mas com finalidades diversas, temos o resseguro e o co-seguro. Ambos visam a repartir os riscos. Com o resseguro o segurador transfere para outros seguradores parte dos riscos que ele assumiu, mediante a celebração de outro contrato de seguro ou mediante a cessão do contrato de seguro. Já no co-seguro, o segurador propõe ao segurado que escolha, para a cobertura global do risco, diversos seguradores, de modo que cada um deles assume uma parte do risco. A diferença entre um e outro está que, no primeiro, o segurado é alheio ao contrato, pois a operação de resseguro diz respeito com exclusividade ao segurador e ressegurados, enquanto no segundo, o co-seguro, o segurado é parte, pois concordou em escolher vários seguradores.”Por fim, o seguro mútuo (mutual corporations) é aquele que se constitui “de um grupo de pessoas que se dispõem a proteger determinado prejuízo, a fim de que sua repercussão se atenue pela dispersão dos valores vertidos em favor da coletividade restrita. Forma-se uma entidade de auxílio mútuo para a qual contribuem todos os integrantes em benefício dos sócios atingidos pelo infortúnio.”_______________________________________________________

Após analisar as afirmações abaixo, é correto dizer que:I – tem o contrato de seguro a natureza jurídica de um contrato aleatório;II – não se admite seja feito um contrato de seguro de pessoa sem que seja expressamente indicado um beneficiário para receber a indenização na hipótese de sinistro, uma vez que, por definição, o contrato de seguro objetiva amparar alguém;III – admite-se apólice de seguro ao portador, hipótese em que será o beneficiário aquele que estiver portando o referido documento.A) todas as afirmativas são verdadeiras;B) apenas as afirmativas I e II são verdadeiras;C) apenas as afirmativas I e III são verdadeiras; (√)

D) apenas as afirmativas II e III são verdadeiras;E) todas as afirmativas são falsas.Jorge, motorista de táxi, tem seguro de vida e também seguro de seu carro. Após sofrer um acidente, que foi causado por Benedito, tem seu carro totalmente danificado e sofre lesões permanentes. É indenizado pela seguradora no valor de um novo carro (seguro de dano) e em R$ 50.000,00 pelas lesões (seguro de pessoa). É correto dizer que:A) pagas as indenizações, a seguradora se sub-roga no direito de exigir do causador dos danos o regresso frente às indenizações

derivadas do seguro de pessoa e do seguro de dano;B) pagas as indenizações, a seguradora não se sub-roga em qualquer direito para pleitear regresso contra o causador dos danos;C) pagas as indenizações, a seguradora se sub-roga no direito de exigir do causador dos danos o regresso apenas frente à indenização

derivada do seguro de dano; (√)D) pagas as indenizações, a seguradora se sub-roga no direito de exigir do causador dos danos o regresso apenas frente à indenização

derivada do seguro de pessoa.Jorge, casado há cinco anos com Lourdes, tem um relacionamento amoroso com Fátima, e pretende instituí-la como beneficiária de seu seguro de vida. É correto dizer que:A) Jorge, ainda que casado e vivendo com a sua esposa, poderá assim agir em favor de Fátima desde que tenha um relacionamento

contínuo e duradouro com a mesma, ou seja, desde que ela não seja uma simples namorada, mas sim uma companheira;B) Jorge nunca poderá assim agir em favor de Fátima enquanto estiver casado com Lourdes;C) Jorge somente poderá assim agir após se separar judicialmente de Lourdes;D) por se tratar de relação de direito privado, o companheiro poderá, em qualquer tempo e hipótese, ser instituído como beneficiário em

contrato de seguro; E) todas as frases acima estão incorretas. (√)Jorge procura uma empresa de seguro e realiza, no mesmo ato, dois seguros no valor de R$ 90.000,00 cada um, sendo um deles referente ao seu veículo que tem o valor de R$ 50.000,00 e outro em relação a sua vida. É correto dizer que, no exemplo acima:A) ambos os contratos são nulos pois os valores fixados no contrato de seguro a título de indenização não guardam qualquer relação com

os valores dos bens segurados;B) ambos os contratos são válidos pois não se exige que os valores fixados no contrato de seguro a título de indenização guardem

qualquer relação com os valores dos bens segurados;C) apenas o contrato de seguro de pessoa apresenta vício;D) apenas o contrato de seguro de dano apresenta vício; (√)

Page 20: DC - 6º Semestre

E) não seria possível realizar os dois contratos de seguro no mesmo ato uma vez que um deles se refere a seguro de dano e outro a seguro de pessoa.

Após analisar as afirmações abaixo, é correto dizer que:I – na falta de indicação de beneficiário do seguro, a indenização se reverte para o Estado;II – Jorge, que era motorista de táxi e tinha um seguro de vida, passou a ser motorista de carros de corrida, fato este que, por dizer respeito a sua vida particular, não precisa ser comunicado à sua seguradora.III – se o evento que levou o segurado à morte decorrer da prática de determinados esportes, pode o segurador vir a se eximir de pagar a indenização;A) todas as afirmativas são verdadeiras;B) apenas as afirmativas I e II são verdadeiras;C) apenas as afirmativas I e III são verdadeiras;D) apenas as afirmativas II e III são verdadeiras;E) todas as afirmativas são falsas. (√)____________________________________________DO   JOGO   E DA APOSTA I – Conceito:Nota-se, desde logo, contradição na ação do legislador que cuida no jogo e da aposta dentro do título do Código Civil destinado aos contratos, mas nega os efeitos almejados pelas partes a estas espécies de pactos. Lembrar que a sua exigência em juízo leva a extinção do processo sem julgamento de mérito em razão da impossibilidade jurídica do pedido.O jogo é o ato pelo qual duas ou mais pessoas se obrigam a pagar certa soma àquela que resulte vencedora na prática de determinado ato, a que todos se entregam.Aposta é o ajuste em que suas ou mais pessoas, de opinião diferente sobre qualquer assunto, concordam em perder certa soma, ou certo objeto, em favor daquela, entre os contraentes, cuja opinião se verificar ser verdadeira.O jogo se distingue em lícito ou ilícito conforme seja permitido ou vedado por lei.II - Conseqüências Jurídicas do Jogo e da Aposta:As dívidas de jogo, ou de aposta, não obrigam o pagamento.Não se pode recobrar a quantia que voluntariamente se pagou, salvo se foi ganha por dolo, ou se o perdente é menor ou interdito (art. 814 do CC). – obrigação natural.Ë ineficaz não só qualquer negócio que encubra ou envolva reconhecimento, novação ou fiança de dívida de jogo, como também é incobrável as dívidas resultantes de empréstimos destinados à aposta ou ao jogo, feitos na hora de apostar ou de jogar (art. 815 do CC). Não pode, no entanto, o devedor opor a inexigibilidade da dívida a terceiro de boa-fé. Se o perdente emitiu, por exemplo, cheque para resgate de seu prejuízo e o beneficiário transferiu o título a terceiro, que o recebeu ignorando sua origem espúria, não pode este, que agiu de boa-fé, ser lesado pelo recusa do emissor em efetuar o pagamento.III - Contratos diferenciais: analisar a regra do art. 816 do CC.IV – O Sorteio: A lei permite a utilização do sorteio para dirimir questões ou dividir coisas comuns. (art. 817 do CC).____________________________________________Cobrança de dívida de jogo em juízo gera:A) extinção do processo sem resolução de mérito por ilegitimadade de parte;

B) extinção do processo sem resolução de mérito por falta de interesse de agir;

C) extinção do processo sem resolução de mérito por impossibilidade jurídica do pedido; (√)

D) extinção do processo com resolução de mérito improcedente;

E) n.d.aO sorteio, segundo a legislação civil brasileira:A) não é admissível por se tratar de espécie de jogo;

B) não é admissível por se tratar de espécie de aposta;

C) é admissível para dividir coisas comuns; (√)

D) não é admissível por se contar com o elemento sorte;

E) n.d.a

____________________________________________DA FIANÇAI – Conceito:É uma espécie do gênero garantia. A garantia pode ser real, quando o devedor fornece um bem móvel ou imóvel para responder pela dívida (penhor, hipoteca), ou pessoal (fidejussória), quando uma terceira pessoa se propõe para pagar a dívida.A garantia pessoal chama-se fiança e sua definição vem trazida no art. 818 do CC.

II – Espécies: Convencional: resultante de contratoJudicial: determinada pelo juizLegal: imposta pela lei (ex: tutor)III – Natureza Jurídica:Contrato acessório

Page 21: DC - 6º Semestre

- segue sempre o principal  (art. 824 do CC);- não pode ser de valor superior ao principal. Se for maior, reduz-se o seu montante até o valor da obrigação afiançada (art. 823 do CC); unilateral;- admite-se, mesmo contra a vontade do devedor (art. 820 do CC)- não é obrigado o credor aceitar se não for pessoa idônea (art. 825 do CC)- se o fiador se tornar insolvente ou incapaz, pode o credor exigir que seja substituído (art. 826 do CC) solene –- depende de forma escrita, prevista em lei (art. 819 do CC)gratuito (de regra)- inspirado no propósito de ajudar;- nada impede que o fiador exija remuneração (ex: fiança bancária)IV – Exceção da lei de bem de família.:Lei 8.009/90 – art. 3o.V – Dos Efeitos da Fiança:a) benefício de ordem: consiste na prerrogativa, conferida ao fiador, de exigir que os bens do devedor principal sejam excutidos antes dos seus. Tal idéia funda-se no postulado de que a fiança é obrigação subsidiária (salvo disposição em contrário – art. 828, II do CC) .Observe-se que admite a lei a renuncia a esse direito. (art. 828, I, do CC)Para ser exercito, exige-se os requisitos do art. 827, caput e parágrafo único do CC.b) solidariedade dos co-fiadores:  Se a fiança for prestada por dois ou mais fiadores, sem se especificar a parte da dívida que cada qual garante, determina a lei a sua solidariedade.  (art. 829 do CC)VI – Obrigações Impostas e direitos deferidos ao fiador:A obrigação básica do fiador é pagar a dívida, a qual é transferida a seus herdeiros. (não pode ultrapassar as forças da herança) – art. 836 do CC.- sendo compelido a pagar a dívida, fica o fiador com direito de regresso contra o afiançado (art. 831 do CC), para dele reclamar não apenas a importância que desembolsou, como também todas as perdas e danos que houver pago e ainda os prejuízos que sofrer em razão da garantia prestada. (arts. 832 e 833 do CC)- vencida a dívida, pode o fiador exigir que o devedor satisfaça a obrigação para com o credor, ou de qualquer modo o exonere de sua responsabilidade.- confere a lei possibilidade ao fiador de promover o andamento da ação executiva iniciada contra o devedor, quando o credor, sem justa causa, suster tal andamento ou demorar em sua promoção (art. 834 do CC)- tem direito o fiador de exonerar-se da fiança assinada sem limitação de tempo. Observar que o art. 835 aduz a responsabilidade por mais 60 dias após notificação.VII – Da extinção da fiança:- extingue-se com o término do contrato principal;- moratória concedida ao devedor, sem o consentimento do fiador; (observar que moratória é a concessão expressa de prazo ao devedor e não a mera tolerância) – art. 838, I, do CC- ato do credor que torne impossível a sub-rogação do fiador em seus direitos e preferências; (ex: crédito garantido por penhor e fiança e o credor abre mão do penhor); - art. 838, II, do CC.- dação em pagamento, consentida pelo credor; (aceita a dação pelo credor, extingue a obrigação da fiança, ainda que haja evicção). – art. 838, III, do CC.- retardamento do credor na execução. (ex: fiador mostra bens do devedor que, com a demora da execução, acabam sendo alienados) – art. 839 do CC.____________________________________________Falecido o fiador:A) a obrigação não se transmite aos herdeiros do mesmo;B) a obrigação se transmite aos herdeiros do mesmo que deverão pagar a fiança ainda que se valendo de recursos próprios;C) o código civil é omisso quanto às conseqüências do falecimento do fiador, razão pela qual deverá ser observado o que

estiver disposto no contrato;D) extingue-se a fiança uma vez que a obrigação era personalíssima; E)  todas as frases acima são falsasApós analisar as afirmações abaixo, é correto dizer que:I – não se admite fiança sem o consentimento do credor;II – a fiança é contrato acessório, razão pela qual a sua nulidade não afeta ao contrato principal;III – a fiança exige, sempre, interpretação restritiva.A) todas as afirmativas são verdadeiras;B) apenas as afirmativas I e II são verdadeiras;C) apenas as afirmativas I e III são verdadeiras;D) apenas as afirmativas II e III são verdadeiras;E) todas as afirmativas são falsas

Page 22: DC - 6º Semestre

Após analisar as afirmações abaixo, é correto dizer que:I – a fiança não pode exceder ao valor da dívida;II – não é causa de recusa do fiador, o simples fato do mesmo não residir no município onde tenha de prestar fiança.

A) todas as afirmativas são verdadeiras;B) apenas a afirmativa I é verdadeira;C) apenas a afirmativa II é verdadeira; D) todas as afirmativas são falsas.

Após analisar as afirmações abaixo, é correto dizer que:I – admite-se a renúncia ao benefício de ordem;II – se a execução não for proposta de imediato contra o devedor, o fiador poderá se eximir da obrigação se provar que o retardo na providência do credor foi a razão que o impediu de receber o crédito do devedor originário.

A) todas as afirmativas são verdadeiras;B) apenas a afirmativa I é verdadeira;C) apenas a afirmativa II é verdadeira;D) todas as afirmativas são falsas.

É incorreto afirmar que:

A) admite, nossa legislação, seguro de dano e de pessoa;B) no seguro de pessoa a apólice não pode ser ao portador;C) o segurado perde o direito à garantia se agravar intencionalmente o risco objeto do contrato;D) admite-se que qualquer empresa, desde que tenha CNPJ, possa oferecer serviços como seguradora.