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PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL Disciplina: Redação e Produção em Jornal Data: 16/09/2015 Acadêmico: Julian Rodrigues Goularte Professores: Elson Sempé Pedroso, Fábian Chelkanoff Thier, Ivone Maria Cassol De Bogotá para Osório Há sete meses no estado, colombiano Diego Arismendi destaca a importância do futebol em sua vida Echeverry está em Osório desde fevereiro de 2015. E coleciona uma série de amigos também colombianos. O atacante Diego Alexander Arismendi Echeverry, 18 anos, nasceu e foi criado em Bogotá, capital da Colômbia, país dos ídolos: James Rodriguez- meia- atacante do Real Madrid-ESP e do centroavante Radamel Falcão García Foto: Julian Goularte.

De Bogotá para Osório...O olhar paulistano O zagueiro Thalyson deixa a família em São Paulo para tentar a sorte como atleta no interior gaúcho A história de Thalyson Silva Chagas,

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PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL

Disciplina: Redação e Produção em Jornal

Data: 16/09/2015

Acadêmico: Julian Rodrigues Goularte

Professores: Elson Sempé Pedroso, Fábian Chelkanoff Thier, Ivone Maria Cassol

De Bogotá para Osório

Há sete meses no estado, colombiano Diego Arismendi destaca a importância do futebol em sua vida

Echeverry está em Osório desde fevereiro de 2015. E coleciona uma série de amigos também

colombianos.

O atacante Diego Alexander Arismendi Echeverry, 18 anos, nasceu e foi

criado em Bogotá, capital da Colômbia, país dos ídolos: James Rodriguez-

meia- atacante do Real Madrid-ESP e do centroavante Radamel Falcão García

Foto: Julian Goularte.

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Chelsea- ING. Desde fevereiro de 2015 está em Osório e atua pelo Grêmio Atlético Osoriense (GAO).

A paixão pelo esporte vem desde os cinco anos, quando disputava

campeonatos no time da escola Santa Fé. Lá, concluiu o Ensino Médio e

despertou o desejo de realizar o curso de Comércio Internacional, caso não tivesse êxito no futebol.

Também atuou pelas equipes do Millonarios e Club Deportivo Estrella

Roja, time no qual foi observado pelo olheiro Walter Moraes, o “Waltinho” que o

trouxe para o Brasil, junto outros dois atletas, volante Juan Carlos Jacobs

(permanece no GAO) e o meia Sneider Camargo (atualmente no Aimoré).

Ele diz que Osório é uma cidade tranquila para se morar, mas falta

entretenimento. Sobre a mudança de país, conta que a família recebeu bem a

notícia, pois desde o início eles souberam o sonho de ser atleta de futebol.

“Todo atleta precisa de certo sacrifício para conquistar vitórias mais adiante”,

afirma Echeverry.

Comparando o futebol colombiano com o gaúcho, destaca que é bem

diferente. Apesar de ter encontrado outros 10 colombianos no elenco. O futebol

gaúcho é de muita força e academia, enquanto que na Colômbia é priorizado mais o trabalho com bola, e o trabalho tático.

O desenvolvimento intelectual e a disciplina do dia a dia são alguns

aspectos valorizados: “O futebol me ensinou diversas coisas, a ter disciplina

dentro e fora de campo, saber respeitar os horários de treinos, ter comprometimento com os jogos e com a equipe”, destaca Echeverry.

Com outros 50 rapazes, Echeverry mora em um alojamento da cidade

que abriga as equipes juvenil e júnior. Recebe alimentação e moradia. Salário

mensal, nem pensar, quem contribui financeiramente é o próprio pai, Roberto

que reside em Bogotá.

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O olhar paulistano

O zagueiro Thalyson deixa a família em São Paulo para tentar a sorte como atleta no interior gaúcho

A história de Thalyson Silva Chagas, 16 anos, nascido na cidade de São

Paulo- SP, se confunde com a de muitos outros brasileiros. Ele quer ser atleta

profissional em uma equipe renomada.

Quando criança, acompanhava os ídolos Fernando Hierro, Ronaldinho

Gaúcho e Zinedine Zidane pela TV, e jogava futebol na escola E. E Carlos

Ayres. Treinou na equipe do Clube Atlético Taboão da Serra- SP (CATS) até

fevereiro de 2015, quando se mudou para Osório e começou a atuar no Grêmio

Atlético Osoriense (GAO).

A mudança de cidade deve-se à um convite de um amigo dos seus pais

Waldevilson Ribamar Chagas e Luciene de Jesus Silva. Mais conhecido como

“Japonês”, Wilson atua como olheiro e observa Thalyson desde os tempos de

futebol amador. Amigo também do presidente Eduardo Sena, o olheiro

procurava um zagueiro de 1998 para o Grêmio Atlético Osoriense, o convite fez

com que Thalyson viajasse com seu pai para Osório.

Com os bons rendimentos nos treinos, o atleta foi convidado pelo

treinador da equipe juvenil Érick Trindade, a fazer parte do grupo de jogadores

Foto: Julian Goularte. Foto: Julian Goularte.

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de uma categoria acima, para a disputa do Campeonato Gaúcho que iniciara em março, Thalyson permaneceu na cidade, seu pai retornou para São Paulo.

No primeiro campeonato, ficou no banco e a equipe desclassificada na

primeira fase. Logo, Thalyson foi para a categoria juvenil.

A demora na adaptação ocorreu devido o estilo de jogo ser diferente:

“Em São Paulo, o jogo era mais calmo, com maior toque de bola. No Rio

Grande do Sul, os jogos são mais pegados, consequentemente com maior índice de faltas”, destaca o atleta.

Nas horas vagas, Thalyson não esqueceu de seus pais, sempre liga para eles, envia emails e até cartas.

Matriculado no 1° ano do Ensino Médio na E.E de Ensino Médio Maria

Teresa Vilanova Castilhos (Polivalente), ele diz que ama o futebol, mas

também pretende seguir em frente nos estudos. Se possível realizar a Faculdade de Engenharia Civil, seguindo a indicação da irmã, Thaís .

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O Toque Feminino

Eliane B. Sena, 39, é a única mulher a administrar um clube na cidade de Osório-RS. Após três anos no comando do Grêmio Esportivo Sul Brasileiro, está no Grêmio Atlético Osoriense desde 2006.

Quem vê a porto-alegrense Eliane Belmonte Sena, 39, ser a diretora de

esporte de alto rendimento da Real CTC (Centro de Treinamento Cristão

Angel´s Sena), grupo que representa o esporte do Grêmio Atlético Osoriense

(GAO) ainda se surpreende. A surpresa se deve ao fato de ser a única mulher no meio futebolístico de Osório.

Eliane cursou por alguns semestres os cursos de Administração e

Educação Física pela Ulbra e exerce a profissão de diretora de futebol há onze

anos, somando o período que passou pelo futebol do Grêmio Esportivo Sul

Brasileiro- Osório-RS (2004 até 2006) e GAO (desde 2006). Ela responde por

toda a parte burocrática, indicações de atletas, transferências, negociações de contratos.

A diretora de esportes destaca a importância do bom diálogo com a

CBF: “Como trazemos atletas de fora do país, eles vêm com visto de

permanência, tudo legalizado, com a permanência de dois anos com o visto do

Mercosul. Através desse visto, conseguimos inscrever os que são maiores de

18 anos, juntos ao Boletim Informativo Diário (BID) da Confederação Brasileira

Foto: Julian Goularte. Foto: Julian Goularte.

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de Futebol (CBF) e assim, estão aptos a exercerem a profissão no Brasil ”,

explicou.

Sobre o possível crescimento das mulheres no esporte: “Não sei se há

uma evolução muito grande no país, pelo menos não tenho visto. Alguns casos

são quase que esporádicos como são os casos da Renata Fan- (Jogo Aberto-

BANDEIRANTES) e Alice Bastos Neves (Globo Esporte- RS), que viajava no

estado para dar o panorama das mulheres no futebol, mais como treinadoras e

não propriamente, na parte burocrática dos clubes”, finaliza a dirigente.

MODELO DE DIAGRAMAÇÃO DE PÁGINA PARA O JORNAL

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MATÉRIA 1- BLOG- TURMA 369- PRODUÇÃO EM JORNAL

Na preparação da equipe

Fábio é responsável pela preparação física na academia Fisio Corpus e da

equipe do GAO, e também comanda a equipe Junior.

Fabio Augusto Abade, 28 anos, natural de Nobres, cidade conhecida como o Recanto Ecoturístico de Mato Grosso.

Vulgarmente chamado de Fabinho desde a adolescência. Como existiam

outros rapazes com o mesmo nome e sendo franzino, o apelido pegou desde

1989. Lá em Nobres, já adotara o futebol como paixão única e absoluta,

comprando álbuns, assistindo partidas com o pai no estádio e pela televisão, e sempre que podia, acompanhava o tio em torneios amadores.

Tentou a sorte como jogador nos estados de Mato Grosso, Rio de

Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul passando pelo Operário e Cuiabá E.C (MT), Duque de Caxias (RJ), Marília (SP), Rio Grande e Osório (RS).

Sobre a mudança de São Paulo para o Rio Grande do Sul, em 2004, ele

conta que veio devido ao convite do Eduardo Sena (presidente do Grêmio

Foto: Julian Goularte. Foto: Julian Goularte.

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Atlético Osoriense), pois já o conhecia e sabia de seu projeto. “Antes de tudo

busquei informações da cidade, pedi opiniões e permissões para tais escolhas

junto a minha família, sempre fui muito ligado a ela”, destaca Fabinho.

Chegando a Osório, sentiu na pele a “Terra dos Bons Ventos”. Para

Abade, o maior obstáculo na adaptação diz-se a respeito do clima frio, diferente

de Marília-SP, que esporadicamente ventava. Fora esse detalhe, pelo fato de morar em alojamentos não teve dificuldade em fazer amizades.

“Gostei muito da cidade fui muito bem recebido, mesmo não seguindo

como jogador devido a uma grave lesão. Segui na área de Educação Física na

Faculdade Cenecista de Osório (FACOS) e me formei em 2007. Optei por ser

preparador físico e treinador em 2007, motivado pelos ensinamentos de

grandes profissionais como Carlos Alberto Parreira e Telê Santana”, afirma Fabinho.

Desde 2011, na preparação física da Fisio Corpus atende as mais

diversas faixas etárias (18- 45 anos), aproximadamente 300 pessoas passam

pela academia semanalmente. No GAO além de ser preparador físico junto

com Huriel Duarte, é também o técnico da equipe júnior que conquistou o Campeonato Municipal de 2015, sob a sua tutela encontram-se 30 atletas.

Sobre o cenário esportivo na cidade: “O esporte em Osório teve uma

evolução muito grande nesse período, mas sinto ainda falta de um apoio mais

expressivo. O futebol amador precisa de maior apoio financeiro, na mídia, ser

mais divulgado, ter mais acessos, mais incentivos. Não precisava termos

sofrido um vexame em uma Copa do Mundo no nosso próprio país para depois tomarmos uma iniciativa de solução”, conclui Fabinho.

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MATÉRIA 2- BLOG- TURMA 369- PRODUÇÃO EM JORNAL

Volante Moderno

O colombiano Juan Jacobs é uma das esperanças no meio-campo do GAO.

Juan Jacobs Arroyave, 19, nascido em Medellín-COL, é volante da

equipe junior no Grêmio Atlético Osoriense (GAO) desde fevereiro de 2015.

Atua como o primeiro homem do meio campo da equipe, onde é encarregado

de marcar proteger a defesa a todo custo. Muitas vezes até se tornando um líbero, uma espécie de terceiro zagueiro.

Com a evolução tática proporcionada a partir dos anos 2000 no futebol

mundial, mais do que desarmar, o volante precisa saber sair jogando com

qualidade, dando um toque refinado à equipe. Casos de Gilberto Silva (na

época de Arsenal-ING), Sérgio Busquets (Barcelona-ESP) e Toni Kroos (Real Madrid-ESP).

Seus ídolos, no entanto, são os volantes Xabi Alonso, 33 (Bayern

München- ALE) e Xavi Hernández, 35 (Al-Saad-CAT): “Costumo acompanhar

os jogos deles, tentar imitar a batida da bola, jogando com a cabeça erguida.

Foto: Julian Goularte.

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Tentando sempre efetuar lançamentos corretos, sejam eles, de 80 ou 90 metros”, afirma Jacobs.

No futebol brasileiro gosta do futebol de Ronaldinho Gaúcho

(Fluminense-RJ), pelos dribles desconcertantes na época de Seleção

Brasileira, Paris Saint- Germain- FRA e Barcelona-ESP. “Um futebol

descontraído, atrativo, visando à objetividade do gol”, destaca o atleta.

Questionado sobre o ídolo na Colômbia, destaca que é o meia-atacante

James Rodriguez (Real Madrid- ESP) pela visão de jogo excelente e pelo fato

de ser o atleta com maior evidência devido as boas atuações com a camisa do

Real Madrid.

Sobre o melhor técnico da Colômbia, destaca que gosta muito do Juan Carlos Osório que estava no São Paulo e atualmente na seleção do México.

“Ele é um estudioso do futebol, passou por grandes equipes-

Manchester City- ING (auxiliar de Kevin Keegan entre 2001 e 2005), Once

Caldas- COL (2010- 2011) e Atlético Nacional- COL (2012- 2015) e São Paulo

(2015). Sempre que pode, dá oportunidades para todo o elenco desenvolver o

futebol. Deixando assim, os atletas motivados para disputarem uma vaga na equipe titular”, finaliza Jacobs.

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MATÉRIA 3- BLOG- TURMA 369- PRODUÇÃO EM JORNAL

Fração de Segundo

O árbitro Marcus Vinícius Gonçalves dos Santos está desde 2007 na

Federação Gaúcha de Futebol.

Marcus Vinícius esteve presente em 25 partidas no ano durante o ano dividindo-se em Campeonato

Gaúcho Juvenil e Júnior e árbitro reserva do Campeonato Gaúcho Profissional.

A vida de árbitro, não é uma mera escolha para o caxiense, Marcus

Vinícius Gonçalves dos Santos, 33. Morador de Gravataí e desde 2007 na

Federação Gaúcha de Futebol, após ter concluído o Curso Oficial de

Arbitragem. Além de ter que abdicar o clube de coração, teve que conviver

constantes pressões, sejam elas de torcedores, da federação ou da própria família.

Apesar de muitos anos atuando de forma “amadora”, a profissão de

árbitro foi regulamentada somente em 11 de outubro de 2013, pela presidente

Dilma Rousseff. A Lei n° 12.867 indica que os árbitros e seus auxiliares

poderão se reunir em associações e sindicatos. Podendo "prestar serviços às

Foto: Renan Dadda

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entidades de administração, às ligas e às entidades de prática da modalidade desportiva futebol”.

Para Gonçalves, estar afinco pela profissão é o que move diante tantas

dificuldades: “Procuro estar sempre por dentro do que acontece no mundo do

futebol, participando de eventos no Sindicato Gaúcho e fazendo atualizações anuais das regras no site da CBF”, destaca Gonçalves.

MÚLTIPLAS CATEGORIAS

Marcus Vinícius foi o 4° árbitro de Grêmio 0 x 1 Veranópolis. Jogo da expulsão do ex-treinador gremista

Luiz Felipe Scolari.

TECNOLOGIA NO FUTEBOL

Sobre a tecnologia no futebol, destaca que em alguns pontos, é a favor.

“Sou a favor da tecnologia da bola na linha do gol. Pois tira toda aquela

polêmica momentânea do lance. Agora, como é que você vai poder julgar um

assistente, que está ali e rapidamente precisa tomar uma decisão? O mesmo

lance, passa sob olhares de comentaristas de arbitragem e de narradores que

analisam por diversos ângulos, em dez, quinze câmeras diferentes e muitas

vezes dão o parecer equivocado. Lembremos, os assistentes precisam decidir tudo em frações de segundos”, finaliza Gonçalves.

Foto Renan Dadda.

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MATÉRIA 4- BLOG- TURMA 369- PRODUÇÃO EM JORNAL

À SERVIÇO DO FUTEBOL GAÚCHO

Sneider em visita ao alojamento do Grêmio Atlético Osoriense.

Arturo Sneider Camargo Navarrette, 20, nasceu em Bogotá- COL e está

no futebol gaúcho, desde fevereiro de 2015, quando chegou por indicação do

olheiro Walter Moraes, o Waltinho.

Volante de origem, Camargo atuou pelas equipes colombianas:

Jaguares, Deportivo Caterpillar Motor, Club Deportivo Equidad Seguros e Deportivo Estrella Roja.

Após, ele atuou por seis meses pelo Grêmio Atlético Osoriense (GAO),

com as boas atuações no Gauchão sub-20, o levaram a uma transferência para o Clube Atlético Aimoré.

No novo clube, de 28 atletas, é o único estrangeiro, e disputou o torneio

Luiz Fernando Costa pela equipe profissional e integra o elenco para a Copa

Gaúcha sub-19. Comandado pelo treinador Arílson Gilberto da Costa, 42, ex-

atleta com passagens pela dupla Gre-Nal, Palmeiras, Seleção Brasileira e no exterior pelo Kaiserslautern (ALE).

Foto: Julian Goularte.

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Em sua nova estadia, Camargo divide casa com três colegas de equipe -

Gabriel (goleiro), Juliano (volante) e Douglas (atacante), o imóvel é bancado

pelo clube.

CT de Treinamento do Aimoré em setembro.

Nas horas vagas, gosta de manter contato via What´s App e redes

sociais com amigos do GAO e familiares, ouvir música, jogar videogame e

assistir a documentários sobre histórias de vida de esportistas, casos do ciclista

estadunidense Lance Armstrong (que superou o câncer no testículo,

diagnosticado em 1996) e o velocista africano, Oscar Pistorius (que corre com

próteses nas pernas, sendo o primeiro atleta a competir em igualdade de

possibilidades com atletas não deficientes em nível mundial e olímpico).

Sobre a importância do futebol: “O futebol para mim é o meu projeto de

vida, o que me motiva a cada dia, o que me faz feliz”, conclui Camargo.

Foto: Arquivo Pessoal

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MATÉRIA 5- BLOG- TURMA 369- PRODUÇÃO EM JORNAL

Sebastian na academia após uma sessão de treinos aeróbicos no turno da tarde.

Sebastian Simbaqueva Aguillera, 17, nasceu em Bogotá, veio para o

Grêmio Atlético Osoriense- GAO em transferência do Millionarios com outros

nove rapazes. Todos por indicação do olheiro Walter Moraes, o Waltinho. Está

na equipe desde fevereiro e atua na posição favorita: a lateral-direita, mas quando preciso, também atua como zagueiro central.

A viagem de X horas para o Brasil foi bancada pela própria família que

soube entender o desejo-mor de Sebastian em vir para o Brasil para tentar a sorte como jogador de futebol.

Alojamento do GAO, imagem (esquerda para direita): Sebastian Vargas, Sebastian Simbaqueva, Juan

Jacobs, Daniel Serrano, Daniel Duque, Diego Arismendi, Miguel Balanta, Julian Manique e Camilo Cruz

Foto: Julian Goularte.

Foto: Julian Goularte.

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Os primeiros meses não foram nada fáceis, preocupando-o,

principalmente quanto a dificuldade na adaptação a nova cidade. “O grupo

recebeu-me bem. Mas, senti muito frio. Não sabia que Osório era a terra dos bons ventos”, afirma o atleta.

O fato de ter saído de Bogotá para vir Osório serviu como aprendizagem

e melhorar ainda como atleta. Embora não esquecendo a família, promete

voltar à Colômbia um dia e atuar em uma grande equipe do país, conclui

Sebastian.