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Ne 1. CiassificaçãO:INPE-COM.6/NTE . Período C.D.U.:621.38SR:551.7(816.12V) 3. Palavras Chaves (selecionadas pelo autor) . 4. Distribuição interna INTERPRETAÇÃO GEOLÓGICA SENSORIAMENTO REMOTO MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO VALE DO PARAÍBA IMAGENS DE ADAR externa R x 5. Relatório nO 6. Data 7. Revisado por INPE-1461 -NTE/148 Abril, 1979 s/11/4 Paulo oberto Martini 5 1•1111~ 8. Título e Sub-Título 9. Autorizado por SENSOR.ZAMENTO REMOTO NA REGIÃO SUDESTE DO ESTADO DE SÃO PAULO: PROPOSIÇÃO DE UMA METODOLOGIA PARA INTERPRETAÇÃO GEOLÓGICA COM IMAGENS SLAR. at.4,0 ,4 10-) Nelson de Jesus Parada Diretor 10. Setor DSR C6digo 11. NO de cõpias 19 12. Autoria Chan Chiang Liu Paulo Roberto Meneses 14. NO de paginas 34 Waldir Renato Paradella 15. Preço 13. Assinatura Responsãvel ‘iti wo 16. Sumário/Notas Propõe-se, neste trabalho, uma metodologia de mapeamentogeo 15gico, através de imagens de Radar (SLAR) para regiões Pré -cambrianaã - de evolução policiclica e polifásica. O método de trabalho teve como primeira etapa, o levantamento de perfis de campo, que serviram de ba se a fase seguinte de fotointerpretaçao das imagens. Esta sequ'ância de trabalho teve como resultado uma melhor utilização das imagens de Ra dar para o mapeamento Geolõgico Regional. Como área de estudo foi sele - cionada a região compreendida entre São Bento do Sapucdt e Oaraguatat - J _ ba, ao longo das rodovias SP-60 e SP-99. s 17. Observações Trabalho concluido em Outubro de 1978. 4,

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• Ne 1. CiassificaçãO:INPE-COM.6/NTE . Período

C.D.U.:621.38SR:551.7(816.12V)

3. Palavras Chaves (selecionadas pelo autor)

.

4. Distribuição

interna INTERPRETAÇÃO GEOLÓGICA SENSORIAMENTO REMOTO MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO VALE DO PARAÍBA IMAGENS DE ADAR externa R x

5. Relatório nO 6. Data 7. Revisado por

INPE-1461 -NTE/148 Abril, 1979 s/11/4 Paulo oberto Martini 51•1111~

8. Título e Sub-Título 9. Autorizado por

SENSOR.ZAMENTO REMOTO NA REGIÃO SUDESTE DO ESTADO DE SÃO PAULO: PROPOSIÇÃO DE UMA METODOLOGIA PARA

INTERPRETAÇÃO GEOLÓGICA COM IMAGENS SLAR. at.4,0,410-) Nelson de Jesus Parada

Diretor

10. Setor DSR C6digo 11. NO de cõpias 19

12. Autoria Chan Chiang Liu Paulo Roberto Meneses 14. NO de paginas 34 Waldir Renato Paradella

15. Preço

13. Assinatura Responsãvel ‘itiwo

16. Sumário/Notas

Propõe-se, neste trabalho, uma metodologia de mapeamentogeo 15gico, através de imagens de Radar (SLAR) para regiões Pré -cambrianaã- de evolução policiclica e polifásica. O método de trabalho teve como primeira etapa, o levantamento de perfis de campo, que serviram de ba se a fase seguinte de fotointerpretaçao das imagens. Esta sequ'ância de trabalho teve como resultado uma melhor utilização das imagens de Ra dar para o mapeamento Geolõgico Regional. Como área de estudo foi sele- cionada a região compreendida entre São Bento do Sapucdt e Oaraguatat -J _ ba, ao longo das rodovias SP-60 e SP-99.

s 17. Observações

Trabalho concluido em Outubro de 1978.

4,

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ÍNDICE

ABSTRACT

LISTA DE FIGURAS

iv

1. APRESENTAÇÃO 1

2. LOCALIZAÇÃO DA ÁREA 2

3. MATERIAL E MÉTODOS 2

4. SÍNTESE GEOLOGICA 6

5. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 8

5.1 - UNIDADES FOTOGEOLOGICAS 9 5.2 - ANÁLISE ESTRUTURAL 13

6. CONCLUSOES 17

AGRADECIMENTOS 25

BIBLIOGRAFIA 26

APÊNDICE A - PERFIL GEOLOGICO DA ÁREA NORTE A.1

APÊNDICE B - PERFIL GEOLOGICO DA ÁREA SUL B.I

APÊNDICE C - MAPA GEOLOGICO DA ÁREA NORTE C.1

APÊNDICE D - MAPA GEOLOGICO DA ÁREA SUL 0.1

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ABSTRACT

This paper proposes a method ofgeological mapping in Pre-Cambrian regíons ofpolycyclic and polyphasic evolution when Ra dar (SLAR) imagery (sca1e 1:250,000) is used as the medium of study. — A multi-stage procedure was adopted in this study. First, a standard geological cross-section was selected and mapped in great detail in the field and the field data was then used as the base of the second researching stage, photointerpretation of the Radar imagery. The resulte of this research denote that this method would be the better utaization of Radar imagery for regional geologicalmapping. The selected geological cross-section is along the highway SP-60 and SP-99 between São Bento do Sapucai and Caraguata tuba.

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LISTA DE FIGURAS

Fig. 1 - Localização da Area de Estudo 3

Fig. 2 - Compartimentação Tectanica do Leste Paulista 7

Fig. 3 - Migmatito Estromãtico do Grupo Paraíba, remigmatizado. 20

Fig. 4 - Dobra com Xistosidade Plano Axial (Migmatito Paraíba). 20

Fig. 5 - Migmatito Estromãtico do Grupo Açungul 21

Fig. 6 - Xistosidade Plano Axial em ectinitos do Grupo Açungui. 21

Fig. 7 - Granit5ide Oftalmitico 22

Fig. 8 - Imagem de Radar da Área Norte 23

Fig. 9 - Imagem de Radar da Ama Sul 24

—v

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1. APRESENTAÇÃO

O Sensoriamento Remoto vem sendo empregado sistematica

mente como uma valiosa ferramenta no mapeamento geológico regional,

proporcionando consideravel redução de tempo operacional, como também - um baixo custo por km 2

de area mapeada.

Devido as sensíveis diferenças de seus produtos, ima

gens de satélite, radar, fotos multiespectrais, e outros,em relação

as fotos aéreas convencionais, envolvendo, principalmente, o acesso

as informações dos alvos em faixas do espectro anteriormente desconhe

cidas, era de se supor que novos metodos, bastantes particulares,vies

sem a ser desenvolvidos para a analise destes materiais.

Contudo, a metodologia comumente empregada no tratamen

to dos referidos dados, -,ndependente das características geológicas de

terminantes de uma região, de maneira geral, não ostenta diferenças

marcantes dos métodos utilizados no mapeamento geológico comas usuais

fotos aéreas. Da mesma forma que nos métodos convencionais, realiza-

se uma primeira fase de foto-interpretação e uma final com trabalho

de campo, concluida pela reanalise dos dados.

A utilização dos dados de satélite e de radar, princi

palmente em levantamentos de cara- ter regional, carece, deste modo,

de analises metodológicas mais profundas. Uma das preocupações deve

estar voltada para o estabelecimento claro e preciso de metodologias

especificas abordando problemas e situações geológicas diversas, a

fim de que se venha a otimizar, de forma a mais satisfatória possi

vel, o potencial maximo inerente a estas ferramentas.

Neste sentido, o trabalho, aqui apresentado, e uma ten

tativa de expor, resumidamente, os resultados do desenvolvimento de

uma metodologia de trabalho que permita um aproveitamento mais eficaz

do uso de mosaicos de radar, especificamente, para o mapeamento geoló

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- 2 -

gico regional de 'áreas Pr5-cambrianas de evoluções policiclicas e

polifasicas.

2. LOCALIZAÇÃO DA ÃREA

A area objeto de estudo, enquadra-se dentro das folhas topográficas 1:250.000 de Guaratingueta e Caraguatatuba, na região su

deste do Estado de São Paulo, abrangendo uma faixa continua de terreno

de aproximadamente 50 km de largura, por uma extensão longitudinal de

160 km, medianamente ba"Jizada pela rodovia que se estende de São Ben

to do Sapucai - São José dos Campos - Caraguatatuba. (Figura 1).

Os critérios para a seleção desta área se prenderam

facilidade de acesso e á possibilidade da execução de perfis geolõgi

cos contInuos e transversais disposição geral das unidades litolõgi

cas e suas estruturas associadas mais importantes.

3.MATERIAL E METODOS

A analise fotogeolõgica foi realizada exclusivamente

em c-ópias fotográficas semicontroladas de mosaicos de radar em esca

la 1:250.000, obtidas em 1976 pelo Projeto RADAMBRASIL. Estes mosai

cos apresentam uma resolução prática de 25 metros (te -Orica de 16m )

operando na banda espectral X, de 3,2 cm. Imagens LANDSAT, do canal 5,

de janeiro de 1978, em escala 1:250.000, foram utilizadas para o tra

çado dos cursos rodoviarios e localizações dos sitios urbanos da área,

em virtude da difícil caracterização que apresentaram estas feições,

nos mosaicos de radar.

Os mosaicos,em nijmero de duas folhas, foram analisados

visualmente, sem o auxIlio de "strips" que permitissem visão estereos

c5pica o que,comprovadamente,muito contribuiriam para ressaltar fei

ções geolagicas, principalmente, de carãter estrutural (atitudes de

foliação, tipos de dobras, falhas, etc.). Deste modo, as conclusões

obtidas, neste estudo, ficam diretamente relacionadas ao material dis

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FIGURA I

LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

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-4-

ponivel analisado, referindo-se somente analise não estereoscOpica

dos mosaicos.

Neste contexto, os critérios de interpretação dos mo

saicos de radar foram conduzidos de forma coincidente aos métodos-

usuais de fotointerpretação, sendo a base da analise fotogeol5gica,

na ordem de importãncia, a observação dos contrastes como: dissecação

do relevo ou topografia; textura; forma e tamanho do padrão de drena

gem; padrão estrutural; sombreamento e tonalidade.

O trabalho iniciou-se com a execução de um perfil geo

lOgico restrito as exposições dos acostamentos das rodovias SP-60

(São Bento do Sapucal - São Jose dos Campos) e SP-99 (São José dos Cam

pos-Caraguatatuba).

A área correspondente ao perfil norte (Apêndice A), foi

levantada por amostragens descontinuas de afloramentos distanciados,

em média, de 500 metros a 1 km, com a finalidade de esboçar mais o ca

rater regional dos seus dobramentos. A área correspondente ao perfil

sul (Apêndice B) , foi por sua vez, levantada com maior grau de detalhe,

tendo sido analisados, continuamente, todos os afloramentos existen

tes nos seus 70 km de perfil.

A descrição dos afloramentos, basicamente se restrin

giu ao reconhecimento das variações litol6gicas ao longo do perfil e,

principalmente, as determinações de fases de dobramentos e seus tipos.

Seguiu-se o critério de que, a variação da superimposição de fases de

dobramentos, bem como as sucessivas etapas de migmatização, estabele

cem bases, de acordo com Hasui et al., para a divisão dos even

tos tectOnicos TransamazOnico e Brasiliano, respectivamente tidos co

mo formadores dos grupos Paraiba (policiclico) e Açungui(polifasico),

que são as unidades representativas da ama.

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- 5 -

Numa etapa seguinte, foram selecionados vários dos me

lhores afloramentos representativos dos tipos litológicos existentes,

para a tomada de medições de juntas. Em cada afloramento efetuou-se

cerca de 100 a 150 medidas que, posteriormente, foram tratadas em dia

gramas de Wulff.

Os dados de campo foram, então, transferidos de forma

esquemática, de acordo com os perfis realizados, sobre papel transpa

rente, como mostram os ApendicesAe B , as quais trazem referencia,uni

camente, á distribuição litológica e principais falhamentos, sem a

preocupação de traduzir corretamente as suas direções como amostradas

em campo. Os diagramas de juntas também foram situados junto aos per

fis, a fim de expressarem a variação do padrão de fraturamento da

área.

Concluídos os perfis geológicos de campo, processou-se

a interpretação dos mosaicos de radar, visando comparar a interpreta

ção fotogeolõgica com os dados de campo. Nesta fase, as unidades foto

geológicas, os lineamentos e as feições estruturais, foram interpreta

das, sem considerar as informações fornecidas pelos perfis de campo,

procurando-se, por este procedimento, avaliar, com maior precisão, as

potencialidades das imagens de radar, quandosem um conhecimento pre

vio mínimo da geologia da ãrea. A confrontação destes resultados com

os dados de campo mostrou uma quase total impraticabilidade de corre

laço.

Os mosaicos foram então reanalisados, agora,tomando-se

como base para a fotointerpretação, as unidades litolOgicas e feições

estruturais levantadas pelos perfis de campo e,extrapoladando-se a in

terpretação,para as regiões dispostas lateramente aos perfis. A con

clusão desta fase,levou finalização do mapa geológico daárea (Apen

dices C e D) , mostrando uma perfeita concordãncia de seus resulta

dos, com o mapeamento de campo.

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-6-

4. SINTESE GEOLOGICA

Para uma melhor compreensão daquilo que se propõe abor

dar no trabalho, e apresentado um sumário da geologia da área, suge

rindo-se, para maior detalhe, a consulta ao trabalho de Hasui et al.

(1978), no qual se baseia esta síntese geolegica.

O quadro geolOgico da área compreende uma serie de com

partimentos tect6nicos,de distintas características geolOgicas, limi

tados por falhas de direção geral NE, de caráter transcorrentes (Figu

ra2). Estratigraficamente, duas unidades são reconhecidas, o Grupo Pa

raiba (PE-Medio) e o Grupo Açunguí (PE-Superior), compostos,principal

mente, por rochas migmatíticas virias, graniteides e ectinitos.

O Grupo Paraíba e caracterizado por um metamorfismo e

deformação de cariter policTclico e sua presença, dentro dos limites

da área estudada, e restrita, exclusivamente, a porções do perfil nor

te, ausentando-se, totalmente, na região do perfil sul. Migmatitos es

tromiticos, com esparsas ocorrências de metadioritos e charnoquitos,

são a sua litologia característica. Estruturalmente, ostenta três ou

mais fases de dobramentos, frequentemente associadas ã fases mUlti

pias de migmatização (remigmatização) (Figuras 3 e 4).

O Grupo AçunguT, com uma evolução tectOnica polifisi

ca, e representado por frequentes ocorrências de rochas ectiniticas,

quartzitos, mica-xistos, quartzo-xistos e calcosilicatas, alem de mig

matitos estromiticos e migmatitos homogêneos. Estruturalmente, sio

identificadas apenas duas fases de dobramentos e migmatizaçãosimples,

correspondendo a eventos do Ciclo Brasiliano (Figuras 5 e 6).

Em geral, os contatos litolEigicos, quando ocorrem en

tre rochas de filiação migmatítica, são sempre de forma transicional,

quando não tectOnicos.

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-8-

As áreas de corpos grani -Ui -ides (PE superior) como apre

sentadas nos mapas geolOgicos (Apêndices C e D), incluem tipos de mig

matitos bem evoluídos e mostram características de corpos para-aut6c

tones (Figura 7).

Os sistemas de falhas transcorrentes desenvolveram-se

entre o final do Pré-cambriano e início do Paleozeico e são as mais ex

pressivas feições estruturais da área.

O bandeamento na área concorda, de maneira geral, coma

xistosidade, porem, prOximo ãs zonas de falhas um tipo peculiar de fo

liação e desenvolvido nas rochas cataclásticas, sendo a foliação para

leia ã zona de falha.

As juntas correspondem a sistemas que seccionam as uni

dades, inclusive as zonas de falhamentos, e são representadas em qua

tro direções preferenciais: WNW-ENE, WNW-NNW, ENE-NNE e NNW-NNE.

Uma frequente ocorrência de pequenos diques de rochas

básicas está presente por toda a área, e se relaciona aos fenômenos

da reativação Mesoz6ica-Terciária da plataforma Sul-Americana.

5. DISCUSSAO DOS RESULTADOS

O estudo realizado ofereceu, aos autores, a oportunida

de de uma análise crítica das potencialidades das imagens de radar, co

mo suporte ao mapeamento geolOgico regional, para ãreas Pré-cambria

nas de evolução tectônica complexa (Figuras 8 e 9).

Por causa da área de estudo apresentar-se como duas re

giões de características tecto-estruturais e morfol6gicas, de certa

forma, distintas (área do perfil sul e perfil norte), procurou-se ava

liar, primeiramente, se a interpretação das imagens de radar levaria

a resultados diferentes para as duas áreas correspondentes.Conduzindo uma

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-9-

mesmasistematização de interpretação para ambas as áreas, os resultados

finais obtidos, na avaliação da metodologia utilizada, mostraram-se

coincidentes. Muito embora a fotointerpretação tenha sido realizada

dentro de um limitado espaço de tempo, a familiaridade dos autores com

tais tipos de materiais não restringiu o nivel de informação que even

tualmente seria extraido das imagens, em um tempo maior de interpreta

ção.

A apresentação dos resultados será abordada emdois sub-

Itens a fim de simplificar o entendimento, enfocando: primeiro, os

critérios de individualização das unidades fotogeolagicas e, segundo,

os critérios de anilises estruturais.

5.1 - UNIDADES FOTOGEOLMICAS

Dentro da sequência de trabalho estabelecida para a

análise fotogeol6gica dos mosaicos de radar, inicialmente foram indi

vidualizadas as unidades de idênticas caracteristicas fotográficas,

sem se recorrer a qualquer consulta prévia aos perfis geolõgicos. Foi,

então, discernida uma série de unidade que, quando confrontadas com

os perfis esquemáticos dos Apéndices A e B sõ apresentavam uma corres

pondéncia minima. De maneira geral, com exceção da coincidéncia de

uns poucos contatos geolõgicos entre as unidades fotointerpretadas e

as dos perfis geolõgicos,verificou-se que as unidades de iguais carac

teristicas nas imagens,referiam-se a unidades mapeadas em campo com

litologias diferentes, ou, inversamente, unidades de diferentes carac

teristicas fotogeolõgicas correspondiam a uma mesma unidade litolOgi

ca estabelecida em campo. Acrescenta-se ainda,as grandes incertezas

relacionadas á dificuldade de se estabelecer contatos e relações de

correspondéncia entre as virias unidades fotointerpretadas, fazendo

com que, a cada nova anilise, o padrão de distribuição das unidades

apresentasse contrastantes modificações.

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Por esta razão, processou-se, então, uma segunda inter

pretação das imagens de radar seguindo os mesmos critérios da fase

anterior, recorrendo-se porem, agora,aos perfis geológicos de campo.

(Apendices A e B). Com base nos perfis traçados em papel transparente

e superpostos ãs imagens de radar, foi possivel a extração do padrão

interpretativo das principais unidades dos perfis, com um adequado

grau de precisão, permitindo, ainda mais, estender a interpretação a

faixas laterais aos perfis,em cerca de 25 km. Deste modo, os mapas geo

lógicos obtidos através deste procedimento metodológico, asseguram

maior confiabilidade da existência das unidades interpretadas (Apen

dices C e D), visto mostrarem concordincia com os dados de campo.

A razão da não obtenção de resultados satisfatOrioscom

a primeira sistemãtica de interpretação , deve-se ao fato de que, geo

logicamente, a ãrea é complexa, sendo representada por dois grupos com

associações litológicas semelhantes, cujas diferenças principais estio

relacionadas is suas virias fases de tectonismo, só observadas "in

loco". Contudo, convem ainda salientar o fato de que algumas unida

des, com a mesma litologia e pertencentes a um mesmo grupo, como esbo

çadas nos perfis geológicos, apresentaram padrões fotogeológicos dis

tintos nas imagens de radar. Tais unidades, representadas nos mapas

geológicos por uma mesma letra, seguida por um numero que subentende

o seu padrão fotogrãfico particular, podem ser explicadas, por um la

do, pela diferença angular de visada do feixe incidente deimageamento

na mesma faixa de recobrimento, e, por outro lado, pelas diferenças

geomorfolOgicas originadas pela maior ou menor presença de estruturas

lineares ou mesmo variações litológicas fora do ãmbito do perfil.

Na região norte,Apendice C, o grupo ParaTba, formado

predominantemente por migmatitos estromãticos, ostenta distintamente

três padrões fotogeológicos, representados pelas unidades Al, A2 e A3.

A principal caracteristica de diferenciação entre estas unidades e o

relevo, notando-se, adicionalmente, uma direção preferencial aproxima

damente norte-sul no padrão estrutural da unidade A3, em contraste ã

direção dominantemente nordeste das unidades Al e A2. Em geral, é ca

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racteristica destas unidades, uma morfologia serrana, bem orientada,

atingindo cotas topograficamente elevadas entre 1.250 a 1.800 metros,

com vertentes abruptas voltadas para o sul.

As unidades C e E, representando rochas migmatiticas

do Grupo Açungui, com estruturas similares ãs do Grupo Parai*ba, porém

sem evidencias de remigmatização, fotogeologicamente se distinguem

das unidades do Grupo Paraiba, por seu relevo não tão elevado. Do mes

mo modo que os migmatitos Paraiba, que apresentam caracteristicas fo

togeolõgicas diferentes, as unidades C e E também se distinguem em

seus padrões fotogríficos. Aqui, entretanto, uma razão mais simples

pode ser encontrada para esta diferença: a unidade E não apenas exibe

migmatitos estromíticos, como a unidade C, mas inclui também a presen

ça de associações migmatiticas granitOides, em ocorrências bastante

frequentes.

A unidade C ostenta um relevo de aparência mais arrasa

da dentre as vírias unidades, com uma tonalidade fotogrífica tênue,

em virtude da ausência de elementos topogríficos expressivos que per

mitissem fenamenos de sombreamentos e escurecimentos tonais. Ela se

distribui entre as unidades Al e D, ambas de relevos mais acidenta

dos, o que facilita a sua individualização.

A unidade E, compondo os escarpamentos frontais sul da

Serra da Mantiqueira, e formada por um relevo de serras longillneas,

tipo espigões, com direção nordeste. A falha transcorrente do Buqui

ra (zona de milonitos F) também mostra ter sido elemento importante

na formação arquitetural do relevo desta unidade.

Texturalmente, a unidade litológica que mostra a maior

homogeneidade em padrão fotogeol5gico em toda sua extensão, são os

granitéides, (unidade D) não havendo maiores dividas em interpretí-

la como uma unidade de litologia Unica. Seu relevo é exibido pela for

mação de morros convexos separados por vales abertos, com um padrão

estrutural tipico de dois sistemas preferenciais de fraturamentos nor

deste-noroeste, entrecruzados.

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- 12 -

Das unidades fotointerpretadas, mas não amostradas no

perfil de campo (G, H1, H2 e E2), e portanto, sem critérios para cor —

relação de campo, somente a unidade G poderia ser correlacionada com

a unidade A3 do grupo ParaTba, pelo seu relevo serrano e escarpado, e

direções de fraturamento norte-sul.

Na região sul, Apéndice D , estão presentes, unicamente,

associações litol6gicas pertencentes ao grupo AçunguT, representadas

por migmatitos estromiticos e oftalmiticos, xistos, e granit6ides do

Pré-cambriano superior. No geral, as vãrias unidades desta ãrea, es

tão niveladas nas cotas de 750 metros, localmente atingindo cumes em

torno de 1.000 metros.

Os migmatitos estromãtícos são representados pelas uni

dades Al, A2, A3. Cada uma delas traduz um padrão fotogeolOgico dife

rente. As unidades Al e A2 exibem um padrão textura] aproximadamente

semelhante, com a disposição de pequenas cristas retilineas em espaça

mento curto, porém, a primeira,unidade Al, apresenta elevada inciden

cia de lineamentos estruturais regularmente orientados para nordeste,

responsãvel pela formação de um relevo mais fortemente dissecado do

que a unidade A2. A unidade A3 é em relação às anteriores, bem distin

ta, pelo seu relevo mais acentuado, de morros abaulados, ostentando

uma superfície textura] grosseira.

A unidade B, migmatitos oftalmiticos, mostra-se topo

graficamente bem distinta das unidades limTtrofes. Exibe uma superfT

cie textura] bastante grosseira, com cristas escarpadas, levemente si

nuosas e vales abertos. Topograficamente, é a unidade que, na imagem,

aparenta ter um relevo mais acidentado em relação às demais.

De acordo com os dados de campo (Apéndice B),aunidade

C é principalmente composta de granitõides, mas a imagem de radar re

vela que esta unidade pode também ser dividida em 2 subunidades. Na

porção sul, prOximo à Caraguatatuba, ela ostenta um padrão textura]

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- 13 -

muito fino, quando comparado com o de suas ocorrências mais ao norte.

Sendo duas unidades de feições topográficas bem distintas, pode-se

supor que o caráter estrutural-litolõgico destes grani -ta -ides seja a

razão desta diferença. O granitõide da unidade C corresponde ã migma

titos de estrutura embrechltica, enquanto na unidade C2 ele exibe estru

turas semelhantes á rochas graníticas "sensu stritu".

Do que foi exposto, vi-se, portanto, que uma mesma li

tologia pode ostentar padrões fotogeolOgicos completamente diferen

tes, reforçando assim a ideia de que uma interpretação puramente foto

geolOgica, sem base em um perfil de campo auxiliar, não oferece a coo

fiabilidade necessária.

5.2 - ANALISE ESTRUTURAL

Uma particularidade das imagens de radar é o baixo ãn

guio de incidência de imageamento em relação ã superfície do terreno,

ressaltando mesmo os pequenos desníveis do relevo. A vantagem deste

sistema de imageamento e que permitiu a identificação de uma serie de

lineamentos, distinguidos basicamente em 3 tipos:

19) lineamentos paralelos e contíguos a uma faixa retilínea de

relevo fortemente dissecado, caracterizados por uma sucessão

de pequenos sulcos e cristas, dispostos paralelamente entre

si e normais á direção da faixa, sugerindo grande zonas de

cizalhamento;

29) lineamentos caracterizados por marcantes feições lineares,

reconhecidos nas imagens por sulcos contínuos, sendo inter

pretados como falhamentos, pois, via de regra,relacionam-se

ã quebras topográficos e limites de unidades, ou truncam li

neamentos iguais ou de menores dimensões;

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- 14 -

39) lineamentos de pequeno porte, em geral truncando-se entre

si, identificados nas imagens como pequenos elementos topo

gráficos, relacionados a cristas e vales.

Confrontando-se estes vários lineamentos fotogeolOgi

cos com as estruturas mapeadas em campo, algumas observações podem ser

levantadas.

O primeiro tipo de lineamento fotogeol6gico correspon

de a falhamentos, de caráter transcorrente, associados a espessas zo

nas de milonitos e xistos, representados pela unidade F no mapa da

região norte e unidade E no mapa da região sul (Apendices C e D).

O segundo tipo de lineamento fotogeol6gico corresponde

a falhas, não especificadas pela generalidade do perfil, distinguin

do-se do grupo anterior, pela inexistência de associações ectinTticas ou miloniticas nas suas áreas de ocorrencia.

O terceiro tipo de lineamento fotogeol6gico, com predo

ffinio sobre os outros tipos, provavelmente se relaciona, em sua gran

de maioria, a diferentes sistemas de juntas e, secundariamente, refle

te traços da foliação das rochas. Esta conclusão se baseia na compara

ção das medidas de orientação para juntas e foliações, reconhecidas

no campo, com lineamentos que, interpretados nos mosaicos de ra

dar, correspondiam aos do terceiro tipo.

Estes resultados comparativos são apresentados nas Ta

belas 1 e 2. Conve-m salientar que os diagramas de distribuição de

juntas para o perfil norte foram obtidos do trabalho de Hasui et al.

1978.

Alem da conclusão de que os principais sistemas estru

turais interpretados como do terceiro tipo, nos mosaicos de radar,cor

respondem a juntas no terreno, duas outras conclusSes importantes, po

dem também ser obtidas ã partir da análise dos dados comparativos das

Tabelas 1 e 2.

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- 15 -

TABELA I

ANÃLISE ESTRUTURAL PARA A PARTE NORTE

PONTO

ORIENTAÇÃO PREFE RENCIAL DE JUNTAS - NO CAMPO

ORIENTAÇÃO PREFE RENCIAL DE FOLIA ÇÃO NO CAMPO —

LINEAMENTOS "39 TIPO" INTERPRETADOS DE MO SAICOS DE RADAR-DI REÇÃO APROXIMADA —

1 * EW

NE-N

NE-N NE-N

N-NW (?)

2

NW-W N-NW

NE * E-NE

- N-NW

NE

3

NE-N

NW-W

NW

NE-E NE-N

NW

4

NS N-NW *E-W NE-N

N-NW NE-N

5

NS N-NE NE

N-NW

* W-NW NE

N-NW

6 E-NE

N-NE

E-NE E-NE

í

(?) = sistema de juntas identificados nas imagens, porém não carac

terizados no terrenó .

* = sistemas de juntas não identificados nas imagens .

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- 16 -

TABELA 2

ANALISE ESTRUTURAL PARA A PARTE SUL

PONTO ORIENTAÇÃO PREFE RENCIAL DE JUNTAS NO CAMPO

ORIENTAÇÃO PREFE RENCIAL DE FOLIA ÇÃO NO CAMPO —

LINEAMENTOS "39 TIPO" INTERPRETADAS DE MO SAICOS DE RADAR-DI REÇÃO APROXIMADA —

1

2

NE-N * W-NW

N-NW

NE-E

NE-N N-NW

NE-E

NE-E

NW

(?)

(?)

--

3

NW-W

NE

* EW

NW-W

NE

4 * W-NW NE-E

NE-N

(?)

(?)

5

_

*E-NE

NE

NE

NW-N (?)

6

NE-E

NW-N

NW-N N-NE NE-N

(?) (?)

7

NW-N NE

* E-NE

NE-N

NW-N E-NE NE-N

(?) = sistemas de juntas identificados nas imagens, por -em não carac

terizados no terreno.

* = sistemas de juntas não identificados nas imagens.

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- 17 -

Alguns sistemas de orientações preferenciais para jun

tas e foliações, verificados no campo e assinalados com asteriscos nas

Tabelas 1 e 2 , não foram identificados, nas imagens, em virtude de

suas orientações preferenciais situarem-se prOximas rã. direção este-

oeste, isto é, paralelas ã direção do feixe de imageamento, não permi

tindo deste modo maior realce. Da mesma forma, os dois exemplos de

sistemas NS não foram reconhecidos, nas imagens, visto que, coinciden

temente, situam-se junto ãs junções dos "strips" que compõem os mosai

cos de radar.

Em relação aos lineamentos interpretados nos mosaicos

e não caracterizados no terreno, marcados nas Tabelas 1 e 2 com in

terrogação, uma sistemática de triagem com a consequente eliminação

destas feições pode ser realizada, sempre que a ausência no campo, des

tas estruturas esteja assegurada.

Finalmente, a não identificação de traços representati

vos de fonações impossibilita a caracterização, a partir dos mosai

cos de radar, das antiformas e sinformas, como estabelecidas no cam

po.

De qualquer forma, pode-se verificar do que foi expos

to que, da interpretação dos diversos lineamentos existentes em ima

gens de radar, uma primeira classificação de seus tipos pode ser rea

lizada, sem que se disponha preliminarmente de dados de campo. O mes

mo não se julga possivel com relação ãs unidades litolõgicas, necessi

tando, assim, que perfis de campo sejam realizados antes de se fixar

uma fase de interpretação.

6. CONCLUSOES

As conclusões mais gerais que se pode obter do traba

lho, foram as seguintes:

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- 18 -

a) Sem o auxilio do perfil geolégico transversal às diferentes

unidades da ãrea, os dados interpretados, através de mosai

cos de radar, foram insuficientes para representar, com con

fiabilidade,as diversas unidades geolégicas presentes.

b) As interpretações de mosaicos de radar forneceram valiosas

informações do padrão estrutural da área, mesmo sendo o tra

balho interpretativo desenvolvido em um curto espaço de tem

po e sem o conhecimento prévio mínimo das estruturas da re

gião. Sem o auxiliados perfis, foi possivel discernir razoal

velmente vários sistemas de lineamentos e os grandes falha

mentos. As estruturas dispostas paralelamente à direção do

feixe de imageamento foram pouco realçadas nos mosaicos, de

vendo ser comprovada, em campo, a incidéncia ou não de tais

direções estruturais.

c) Com base nos dados dos perfis, foi possivel, pela fotointer

pretação, a distinção entre os falhamentos de carSter trans

correntes, com zonas de milonitização, (pelo relevo caracte

ristico associado) de outros tipos de falhamentos. Os linea

mentos estruturais, representados por vários sistemas, cor — responderam, em sua maioria, a juntas e, em algumas unidades

são importantes como elemento fotogeolégico para assuas indi

vidualizações. Do mesmo modo, a presença destes sistemas de

lineamentos, realçados por vales e cristas,pode evidenciar

um importante condicionamento de juntas na geomorfologia da

área, tal qual concluido por Hasui et al. 1978.

d) Uma mesma unidade litolégica,com repetidas exposições ao lon

go do perfil, apresentou, nos mosaicos, respostas diferen — tes, sendo deste modo individualizadas separadamente. Tal fa

to pode sugerir a presença de heterogeneidades litolégicase/

ou estruturais nas unidades consideradas como similares no

campo. Apenas estudos mais detalhados, poderão estabelecer

as razões das diferentes respostas obtidas.

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- 19 -

e) Algumas unidades individualizadas,além dos limites dos per

fis, exibiram padrões fotogeolégicos discrepantes das unida

des neles caracterizadas. Isto leva a necessidade de plane

jamento de perfis espaçados e paralelos na área, a fim de

que tais unidades sejam amostradas em campo. O espaçamento

entre os perfis será função das caracteristicas geolOgicas

da ãrea, refletidas pelo nimero de unidades interpretadas e

sem controle de campo.

f) A impossibilidade de determinar as atitudes de foliação, im

pediu a determinação de si nformas e anti formas mapeadas no campo.

g) O perfil da parte sul, realizado em um nivel de detalhe pro

nunciado, foi desnecessário para a escala do trabalho de in

terpretação, obrigando a efetuação de generalizações do pon

to de vista da presença de tipos 1itol6gicos principais na

área, a fim de que unidades interpretativas padrões, pudes

sem ser estabelecidas.

h) A metodologia,utilizada com o levantamento inicial de um per

fil bãsico, a partir do qual foram interpretadas e caracteri

zadas as diferentes unidades fotogeolOgicas, apresentou os

melhores resultados para a área de estudo. Um importante as

pecto a destacar com o uso deste método, através de perfis

sistemãticos paralelos, representa a possibilidade de otimi

zação de custos e tempo, tornando desnecessãria a verifica

ção em campo, de toda a extensão das unidades mapeadas.

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- 20 -

Fig. 3 - Migmatito Estromático do Grupo Paralba,

remigmatizado.

Fig. 4 - Dobra com Xistosidade Plano Axial (Migmatito

Paraiba).

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Fig. 5 - Migmatito Estromãtico do Grupo Açungui.

Fig. 6 - Xistosidade Plano Axial em ectinitos do Grupo

Açungui.

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- 22 -

Fig. 7 - Granifõide Oftalmitico.

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- 23-

O 10km 5

Fig. 8 - Imagem de Radar da Área Norte.

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- 24 -

5 10 k m

Fig. 9 - Imagem de Radar da Ãrea Sul.

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- 25 -

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem ao Dr. Yociteru Hasui (IPT S.A. -

IGUSP) pela orientação, discussões e sugestões valiosas fornecidas du

rante o desenvolvimento do trabalho.

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- 26 -

BIBLIOGRAFIA

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APÊNDICE A

PERFIL GEOLÓGICO DA ÃREA NORTE

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APÊNDICE B

PERFIL GEOLÓGICO DA ÁREA SUL

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APÊNDICE C

MAPA GEOLOGICO DA ÁREA NORTE

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APÊNDICE D

MAPA GEOLOGICO DA AREA SUL

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