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FÍSICA
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8De olho no olho
Nossa primeira
cmara, mesmo to
antiga, ainda no foi
superada... O caminho
da luz: da pupila ao
crebro.
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8 De olho no olhoO ser humano dispe e utiliza, em seu convvio pelomundo, de cinco sentidos: o paladar, o olfato, o tato, aaudio e a viso. Entretanto atravs da viso que amaior parte das informaes chegam at o crebro. Neleas informaes visuais so processadas, interpretadas ememorizadas como as imagens daquilo que os olhosvem. Todo esse processo pode ser compreendido combase no estudo da mquina fotogrfica e da filmadora devdeo, que possuem alguns elementos muito semelhantesaos do olho humano.
Por isso vamos descrever um pouco melhor o olhohumano, tanto no aspecto de sua biologia, apresentandoos elementos que o compem, como um sistema depercepo e interpretao das coisas,
Olhando o olho
O olho humano um rgo aproximadamente esfrico,com dimetro em torno de 25 mm, equivalente ao sistemaptico da filmadora de video ou da mquina fotogrfica,constitudo basicamente por: um sistema de lentes, cujafuno desviar e focalizar a luz que nele incide - a crneae o cristalino; um sistema de diafragma varivel, quecontrola automaticamente a quantidade de luz que entrano olho - a ris (cujo orifcio central denominado pupila);um anteparo fotossensvel - a retina.
Representao de alguns detalhes do olho humano
Alm desses, o olho possui outros componentes que ocaracterizam como uma cmara escura: a esclertica e acoride. Os outros componentes do olho humano tm afuno de fornecer nutrientes e manter a presso interna doolho: o humor aquoso e o humor vtreo.
Caminho da luz no olho humano
A crnea, uma membrana curva e transparente comespessura de aproximadamente 0,5 mm, o primeiro meiotransparente encontrado pela luz. A luz que atingeobliquamente a superfcie da crnea sofre um desvio, que responsvel por 2/3 de sua focalizao na retina.
A esclertica o envoltrio fibroso, resistente e opaco maisexterno do olho, comumente denominado "branco do olho".Na frente, a esclertica torna-se transparente, permitindo aentrada de luz no olho (crnea). Internamente, em relao esclertica, o olho apresenta uma camada pigmentadadenominada coride.
A coride uma camada rica em vasos sanguneos e clulaspigmentares, e tem a funo de absorver a luz, evitandoreflexes que possam prejudicar a qualidade da imagemprojetada na retina.
A ris uma camada tambm pigmentada, sendosuficientemente opaca para funcionar como diafragma. Suaprincipal funo limitar a quantidade de luz que atinge aparte central do cristalino, devendo atuar tambm nafocalizao dos objetos prximos. A ris formadaprincipalmente por msculos circulares e radiais, que ao serestimulados provocam a diminuio ou o aumento de suaabertura - a pupila -, cujo dimetro pode variar de 1,5 mma 8,0 mm. Seu funcionamento, porm, no instantneo,pois leva cerca de 5 segundos para se fechar ao mximo eem torno de 300 segundos para se abrir totalmente.
Aps ter sido controlada pela ris, a luz atinge o cristalino,que, do mesmo modo que a crnea, atua como lenteconvergente, produzindo praticamente o tero restante dodesvio responsvel pela focalizao na retina.
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Entretanto a importncia maior do cristalino no est emdesviar a luz, mas sim em acomodar-se para focalizar a luzna regio da retina mais sensvel luz. Em sua trajetria noolho, aps atravessar o cristalino, a luz passa pelo humorvtreo, uma susbstncia clara e gelatinosa que preenchetodo o espao entre o cristalino e a retina.
Finalmente, aps atravessar os meios transparentes do olho,a luz atinge a retina, uma "tela" sobre a qual dever seformar a imagem, que, decodificada pelo sistema nervoso,permitir a viso das coisas. uma camada fina, comespessura de aproximadamente 0,5 mm, rosada,constituda de fibras e clulas nervosas interligadas, almde dois tipos especiais de clula que so sensveis luz:os cones e os bastonetes, cujos nomes esto relacionados forma que apresentam.
Os cones e os bastonetes so clulas fotossensveisresponsveis pela converso da luz em impulsos eltricos,que so transmitidos ao crebro. A energia da luz responsvel pela ao qumica e eltrica que sedesencadeia nas clulas fotossensveis; os detalhes dessaao ainda so controvertidos, especialmente em nvelfisiolgico.
A percepo das cores pelo olho humano est relacionadacom a absoro da luz pelos cones, que se encontram naretina. Existem, aproximadamente, 7 milhes delesespalhados pela retina de cada olho. Acredita-se que acapacidade de discriminao de cores pelo olho estejarelacionada com diferentes elementos fotossensveiscontidos nos cones. Esses elementos seriam de trs tipos,sendo cada um deles sensvel a uma determinada faixa deenergia, que corresponde, majoritariamente, ou ao azul,ou ao verde, ou ao vermelho. A viso das outras cores explicada pela estimulao simultnea e em graus distintosdesses elementos fotossensveis.
J os bastonetes funcionam com pouca luz e percebem ostons em cinza. A retina de cada olho contm cerca de 125milhes de bastonetes distribudos entre os milhes decones. A sensibilidade dos bastonetes em relao luz cerca de 100 vezes maior que a dos cones, mas estesreagem claridade quatro vezes mais rpidos que aqueles.
A retina, o ponto cego, o nervo ptico e o crebro
Portanto a luz que chega retina estimula cones e bastonetesa gerar impulsos eltricos. Os cones funcionam bem naclaridade e so responsveis pelos detalhes e coresobservados numa cena , enquanto os bastonetes so osresponsveis pela nossa viso quando o ambiente maliluminado.
Esses sinais so transmitidos, atravs do nervo ptico, ato crebro, que os interpreta como imagens do que osolhos vem.
Os cones e os bastonetes
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As retas verticais so paralelas?
A iluso de pticaSe as imagens que se formam em nossa retina so planas,como percebemos o volume dos objetos?
Uma das razes devida iluminao nas diferentes partesdo objeto, que nos d a idia de sua forma. Outra portermos viso estereoscpica, ou seja, os dois olhos, nomesmo lado da face, olhando para a mesma paisagem.Nas aves e rpteis, por exemplo, cada olho enxerga umapaisagem diferente.
Um caso muito comum de iluso de ptica acharmosque a Lua e o Sol quando esto no horizonte so maioresdo que no meio do cu. Uma das razes para isso apossibilidade de compararmos seu tamanho com outrascoisas sua volta. Ao lado, a esfera na mo parece menorque a isolada. E no balo ela aparenta ser maior.
Quando o objeto se encontra muito longe, perdemos anoo de profundidade. Temos dificuldade de perceberse um balo ao longe vai cair na frente ou atrs de umprdio ou de uma rvore. J para um objeto prximo, umolho v com uma pequena diferena em relao direodo outro olho. Isso nos permite ver em terceira dimenso,em profundidade. Experimente olhar alternadamente comum olho e depois com o outro. Voc perceber que,especialmente os objetos prximos daro "um salto".
Por tudo isso, devemos ter cuidado com a expresso:
"S ACREDITO NO QUE MEUS OLHOS VEM!".
A iluso de ptica est associada ao nosso "aprender a ver".Os bebs vo se acostumando a ouvir a voz, sentir o cheiroe o calor de sua me enquanto mama. Tambm aprendema enxergar, isto , a identificar as imagens formadas naretina com as pessoas e os objetos.
Durante nossa vida, tudo que sentimos (tato, odores,paladares), ouvimos e vemos, automaticamenterelacionamos com padres estabelecidos.
Um cego pode no enxergar por algum problema no globoocular ou no crebro. Vamos supor que a pessoa tenhanascido cega por uma avaria nos olhos. Mais tarde ela operada e seus olhos passam a transmitir as imagens ntidaspara o crebro. Mesmo assim ela pode continuar noenxergando. como se estivssemos ao lado de um chinsfalando: ouvimos sua voz, mas no decodificamos sua fala.
Observe o crculo
do meio nas duas
figuras ao lado.
Qual deles maior?
Confira com a rgua...
Algumas imagens planas, chamadas estereogramas, sovistas em profundidade se voc conseguir olhar para elascomo se estivessem distantes; se voc conseguir "desfocar",a Mnica, ela aparecer dentro do espelho, em quatroimagens em vez de trs .
Mnica, O Espelho Dimensional - 3D virtual by Mauricio 1994
Alm disso h o que chamado olho dominante.Experimente colocar seu polegar na frente de um objeto.Agora feche um olho e depois o outro. O polegar sencobrir o objeto quando o olho dominante estiver aberto.
olhos focalizando
objetos distantes
olhos focalizando
objetos prximos