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29 8 De olho no olho Nossa primeira câmara, mesmo tão antiga, ainda não foi superada... O caminho da luz: da pupila ao cérebro.

DE OLHO NO OLHO

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FÍSICA

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    8De olho no olho

    Nossa primeira

    cmara, mesmo to

    antiga, ainda no foi

    superada... O caminho

    da luz: da pupila ao

    crebro.

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    8 De olho no olhoO ser humano dispe e utiliza, em seu convvio pelomundo, de cinco sentidos: o paladar, o olfato, o tato, aaudio e a viso. Entretanto atravs da viso que amaior parte das informaes chegam at o crebro. Neleas informaes visuais so processadas, interpretadas ememorizadas como as imagens daquilo que os olhosvem. Todo esse processo pode ser compreendido combase no estudo da mquina fotogrfica e da filmadora devdeo, que possuem alguns elementos muito semelhantesaos do olho humano.

    Por isso vamos descrever um pouco melhor o olhohumano, tanto no aspecto de sua biologia, apresentandoos elementos que o compem, como um sistema depercepo e interpretao das coisas,

    Olhando o olho

    O olho humano um rgo aproximadamente esfrico,com dimetro em torno de 25 mm, equivalente ao sistemaptico da filmadora de video ou da mquina fotogrfica,constitudo basicamente por: um sistema de lentes, cujafuno desviar e focalizar a luz que nele incide - a crneae o cristalino; um sistema de diafragma varivel, quecontrola automaticamente a quantidade de luz que entrano olho - a ris (cujo orifcio central denominado pupila);um anteparo fotossensvel - a retina.

    Representao de alguns detalhes do olho humano

    Alm desses, o olho possui outros componentes que ocaracterizam como uma cmara escura: a esclertica e acoride. Os outros componentes do olho humano tm afuno de fornecer nutrientes e manter a presso interna doolho: o humor aquoso e o humor vtreo.

    Caminho da luz no olho humano

    A crnea, uma membrana curva e transparente comespessura de aproximadamente 0,5 mm, o primeiro meiotransparente encontrado pela luz. A luz que atingeobliquamente a superfcie da crnea sofre um desvio, que responsvel por 2/3 de sua focalizao na retina.

    A esclertica o envoltrio fibroso, resistente e opaco maisexterno do olho, comumente denominado "branco do olho".Na frente, a esclertica torna-se transparente, permitindo aentrada de luz no olho (crnea). Internamente, em relao esclertica, o olho apresenta uma camada pigmentadadenominada coride.

    A coride uma camada rica em vasos sanguneos e clulaspigmentares, e tem a funo de absorver a luz, evitandoreflexes que possam prejudicar a qualidade da imagemprojetada na retina.

    A ris uma camada tambm pigmentada, sendosuficientemente opaca para funcionar como diafragma. Suaprincipal funo limitar a quantidade de luz que atinge aparte central do cristalino, devendo atuar tambm nafocalizao dos objetos prximos. A ris formadaprincipalmente por msculos circulares e radiais, que ao serestimulados provocam a diminuio ou o aumento de suaabertura - a pupila -, cujo dimetro pode variar de 1,5 mma 8,0 mm. Seu funcionamento, porm, no instantneo,pois leva cerca de 5 segundos para se fechar ao mximo eem torno de 300 segundos para se abrir totalmente.

    Aps ter sido controlada pela ris, a luz atinge o cristalino,que, do mesmo modo que a crnea, atua como lenteconvergente, produzindo praticamente o tero restante dodesvio responsvel pela focalizao na retina.

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    Entretanto a importncia maior do cristalino no est emdesviar a luz, mas sim em acomodar-se para focalizar a luzna regio da retina mais sensvel luz. Em sua trajetria noolho, aps atravessar o cristalino, a luz passa pelo humorvtreo, uma susbstncia clara e gelatinosa que preenchetodo o espao entre o cristalino e a retina.

    Finalmente, aps atravessar os meios transparentes do olho,a luz atinge a retina, uma "tela" sobre a qual dever seformar a imagem, que, decodificada pelo sistema nervoso,permitir a viso das coisas. uma camada fina, comespessura de aproximadamente 0,5 mm, rosada,constituda de fibras e clulas nervosas interligadas, almde dois tipos especiais de clula que so sensveis luz:os cones e os bastonetes, cujos nomes esto relacionados forma que apresentam.

    Os cones e os bastonetes so clulas fotossensveisresponsveis pela converso da luz em impulsos eltricos,que so transmitidos ao crebro. A energia da luz responsvel pela ao qumica e eltrica que sedesencadeia nas clulas fotossensveis; os detalhes dessaao ainda so controvertidos, especialmente em nvelfisiolgico.

    A percepo das cores pelo olho humano est relacionadacom a absoro da luz pelos cones, que se encontram naretina. Existem, aproximadamente, 7 milhes delesespalhados pela retina de cada olho. Acredita-se que acapacidade de discriminao de cores pelo olho estejarelacionada com diferentes elementos fotossensveiscontidos nos cones. Esses elementos seriam de trs tipos,sendo cada um deles sensvel a uma determinada faixa deenergia, que corresponde, majoritariamente, ou ao azul,ou ao verde, ou ao vermelho. A viso das outras cores explicada pela estimulao simultnea e em graus distintosdesses elementos fotossensveis.

    J os bastonetes funcionam com pouca luz e percebem ostons em cinza. A retina de cada olho contm cerca de 125milhes de bastonetes distribudos entre os milhes decones. A sensibilidade dos bastonetes em relao luz cerca de 100 vezes maior que a dos cones, mas estesreagem claridade quatro vezes mais rpidos que aqueles.

    A retina, o ponto cego, o nervo ptico e o crebro

    Portanto a luz que chega retina estimula cones e bastonetesa gerar impulsos eltricos. Os cones funcionam bem naclaridade e so responsveis pelos detalhes e coresobservados numa cena , enquanto os bastonetes so osresponsveis pela nossa viso quando o ambiente maliluminado.

    Esses sinais so transmitidos, atravs do nervo ptico, ato crebro, que os interpreta como imagens do que osolhos vem.

    Os cones e os bastonetes

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    As retas verticais so paralelas?

    A iluso de pticaSe as imagens que se formam em nossa retina so planas,como percebemos o volume dos objetos?

    Uma das razes devida iluminao nas diferentes partesdo objeto, que nos d a idia de sua forma. Outra portermos viso estereoscpica, ou seja, os dois olhos, nomesmo lado da face, olhando para a mesma paisagem.Nas aves e rpteis, por exemplo, cada olho enxerga umapaisagem diferente.

    Um caso muito comum de iluso de ptica acharmosque a Lua e o Sol quando esto no horizonte so maioresdo que no meio do cu. Uma das razes para isso apossibilidade de compararmos seu tamanho com outrascoisas sua volta. Ao lado, a esfera na mo parece menorque a isolada. E no balo ela aparenta ser maior.

    Quando o objeto se encontra muito longe, perdemos anoo de profundidade. Temos dificuldade de perceberse um balo ao longe vai cair na frente ou atrs de umprdio ou de uma rvore. J para um objeto prximo, umolho v com uma pequena diferena em relao direodo outro olho. Isso nos permite ver em terceira dimenso,em profundidade. Experimente olhar alternadamente comum olho e depois com o outro. Voc perceber que,especialmente os objetos prximos daro "um salto".

    Por tudo isso, devemos ter cuidado com a expresso:

    "S ACREDITO NO QUE MEUS OLHOS VEM!".

    A iluso de ptica est associada ao nosso "aprender a ver".Os bebs vo se acostumando a ouvir a voz, sentir o cheiroe o calor de sua me enquanto mama. Tambm aprendema enxergar, isto , a identificar as imagens formadas naretina com as pessoas e os objetos.

    Durante nossa vida, tudo que sentimos (tato, odores,paladares), ouvimos e vemos, automaticamenterelacionamos com padres estabelecidos.

    Um cego pode no enxergar por algum problema no globoocular ou no crebro. Vamos supor que a pessoa tenhanascido cega por uma avaria nos olhos. Mais tarde ela operada e seus olhos passam a transmitir as imagens ntidaspara o crebro. Mesmo assim ela pode continuar noenxergando. como se estivssemos ao lado de um chinsfalando: ouvimos sua voz, mas no decodificamos sua fala.

    Observe o crculo

    do meio nas duas

    figuras ao lado.

    Qual deles maior?

    Confira com a rgua...

    Algumas imagens planas, chamadas estereogramas, sovistas em profundidade se voc conseguir olhar para elascomo se estivessem distantes; se voc conseguir "desfocar",a Mnica, ela aparecer dentro do espelho, em quatroimagens em vez de trs .

    Mnica, O Espelho Dimensional - 3D virtual by Mauricio 1994

    Alm disso h o que chamado olho dominante.Experimente colocar seu polegar na frente de um objeto.Agora feche um olho e depois o outro. O polegar sencobrir o objeto quando o olho dominante estiver aberto.

    olhos focalizando

    objetos distantes

    olhos focalizando

    objetos prximos