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DECLARAÇÃO DE INDEPENDÊNCIA DO KOSOVO ALEGAÇÕES DA REPÚBLICA DA ALBÂNIA Cadeira: Direito Internacional Público Regente: Professor Doutor Francisco Pereira Coutinho Elaborado por: Filipa Catarina Antunes Sattut nº002082

DECLARAÇÃO DE INDEPENDÊNCIA DO KOSOVO ALEGAÇÕES DA REPÚBLICA DA ALBÂNIA Cadeira: Direito Internacional Público Regente: Professor Doutor Francisco Pereira

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DECLARAÇÃO DE INDEPENDÊNCIA DO KOSOVO

ALEGAÇÕES DA REPÚBLICA DA ALBÂNIA

Cadeira: Direito Internacional Público

Regente: Professor Doutor Francisco Pereira Coutinho

Elaborado por: Filipa Catarina Antunes Sattut nº002082

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Antecedentes

A) Eventos que procederam a violenta secessão da República Federal Socialista da Jugoslávia – Análise Constitucional

Artigo 2º,111º e 112º da Constituição jugoslava de 1946; Artigo 4º da Constituição de 1974.

B) Kosovo – O pós 1989 Revogação na Constituição da autonomia do Kosovo; Aprovação de leis que invalidam a actividade do Parlamento e

Governo do Kosovo; 2 de Julho de 1990 – o Parlamento declarou o Kosovo um

país independente; Repressão e violação dos Direitos Humanos por parte das

autoridades sérvias; Em 1998 – Conselho de Segurança impõe embargo ao

armamento;

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Antecedentes

C) O Acordo de Rambouillet entre Fevereiro e Março de 1999.

D) Intervenção Militar da Nato no Kosovo – Operação “Allied Force” – desde 24 de Março até 10 de Junho de 1999.

E) Resolução 1244 (ano de 1999) – Missão das Nações Unidas no Kosovo.

F) Final do processo de negociação supervisionado por instituições internacionais.

G) Declaração de Independência do Kosovo – 17 de Fevereiro de 2008.

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Objecções à jurisdição

A) A Declaração de Independência é um assunto interno que não deve ser regulado pelo direito internacional.

B) Segundo o artigo 12º, parágrafo nº1 da Carta das Nações Unidas, a Assembleia Geral não tinha competência para requerer a opinião do Tribunal Internacional de Justiça:

“Enquanto o Conselho de Segurança estiver exercendo, em relação a qualquer controvérsia ou

situação, as funções que lhe são atribuídas na presente Carta, a Assembleia Geral não fará

nenhuma recomendação a respeito dessa controvérsia ou situação, a menos que o Conselho

de Segurança a solicite.”

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Discricionariedade do T.I.J.

A) O Tribunal Internacional deve, de facto, exercer a sua discricionariedade e negar dar uma opinião consultiva.

B) Não deviam existir contradições jurisdicionais entre a Assembleia Geral das Nações Unidas e o Conselho de Segurança.

C) O Conselho de Segurança e a Assembleia Geral deixaram ao critério dos Estados o facto de estes terem de reconhecer ou não a Declaração de Independência do Kosovo.

D) O Secretário Geral das Nações Unidas e o Conselho de Segurança já reconheceram a nova situação do Kosovo.

E) Um parecer legal poria em risco a (frágil) relação bilateral entre o Kosovo e a Sérvia.

F) O parecer não pode ser tido em conta pela Assembleia Geral.

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Estará a Declaração de Independência do Kosovo de acordo com o Direito Internacional ?

A resposta é sim…Eis as razões para tal:

1) Não foi um acto unilateral;2) O Direito Internacional estabelece o princípio da autodeterminação;3) Houve expresso desrespeito pelos Direitos Humanos por parte da Sérvia;4) As negociações internacionais falharam;5) A resolução de 1244 do Conselho de Segurança deixou em aberto a forma final

do acordo;6) Foi aprovada pelos representantes livres e democraticamente eleitos do

Kosovo;7) A Constituição do Kosovo respeita e protege os Direitos Humanos das suas

minorias;8) O Kosovo já demonstrou estar empenhado em construir um futuro próspero e

pacífico para as gerações futuras.

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Conclusão

A Declaração de Independência do Kosovo não deve ser designada por “unilateral”.

O Tribunal Internacional de Justiça não possui poder jurisdicional para dar a sua opinião legal sobre esta questão suscitada erroneamente pela Assembleia Geral das Nações Unidas.

Usualmente, uma Declaração de Independência está associada a conflitos histórico-políticos não regulados pelo Direito Internacional.