ESPECIAL | CORONAVÍRUS20 DE JULHO DE 2020

EDIÇÃO 562 - Ano 12ANOS

DESTAQUE

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Decreto estende redução de jornada e salários por mais 30 dias

A Medida Provisória 936/2020, recentemente convertida na Lei 14.020/2020, foi complementada na última terça-feira (14) pelo Decreto 10.422/2020,

publicado no Diário Oficial da União, que trouxe algumas alterações no Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda. “O novo texto legal ampliou o prazo para aplicação das medidas emergenciais e também não restringiu a adoção para qualquer setor econômico privado”, explica Andrea Carolina da Cunha Tavares, sócia do Dias e Pamplona Advogados, consultoria jurídica da ANR.

O Informativo ANR nº 117/220 aponta quais foram as principais altera-ções trazidas pela conversão da MP em lei e também pela publicação do decreto. Uma delas é referente às medidas de redução de jornada e salá-rio e suspensão do contrato de trabalho, que poderão ser adotadas para cada contrato, por no máximo de 120 dias. “Os períodos utilizados desde abril de 2020 devem ser computados na contagem deste prazo”, ressalta a advogada.

Segundo o texto divulgado pela entidade, as medidas poderão ser apli-cadas em prazos intercalados e/ou sucessivos. Na hipótese de suspensão

a) Redução de jornada e salário de até 25%; b) Suspensão contratual ou redução de jornada e salário, quando a empresa tiver faturado mais de R$ 4,8 milhões em 2019 e o empre-gado receber salário de até R$ 2.090; c) Suspensão contratual ou redução de jornada e salário, quando a empresa tiver faturado até R$ 4,8 milhões em 2019 e o empre-gado receber salário de até R$ 3.135; d) Suspensão contratual ou redução de jornada e salário, quan-do o empregado for diplomado em curso superior e receber sa-lário igual ou superior a R$12.202,12; e) Suspensão contratual ou redução de jornada e salário, quando a soma do BEm e dos demais créditos devidos ao empregado (ajuda mensal compensatória e/ou salário reduzido) mantiver a média de ganho mensal do colaborador; f) Sendo empregado aposentado, que receba benefício previdenci-ário, desde que o empregador pague ajuda compensatória mensal equivalente ao BEm e, quando for o caso, indenização de 30% do salário do empregado (suspensão contratual de empresa com fatu-ramento superior a R$ 4,8 milhões em 2019).

Em caso de norma coletiva de trabalho mais benéfica, será necessário aplicá-las ao acordo individual com o empregado. Para ler o informativo na íntegra acesse o site da ANR.

contratual, sempre deverão respeitar um período mínimo de 10 dias de duração. As extensões poderão ser implementadas por acordo individual, entre empregado e empregador da seguinte maneira:

CRÉDITO

Senado muda programa de suporte a empregos para fortalecer Pronampe

O plenário do Senado aprovou na última quarta-feira (15) o projeto de lei de conversão que abre crédito para que pequenas e médias empresas

mantenham seus funcionários durante a pandemia. Os senadores fizeram mudanças para reduzir pela metade o escopo do programa e fortalecer o Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte). O texto, agora, volta para a análise da Câmara dos Deputados.

O projeto vem da Medida Provisória 944/2020, publicada no início de abril, que criou o Programa Emergencial de Suporte a Empregos (Pese), destinado a disponibilizar verbas para que micro e pequenas empresas possam pagar salá-rios e saldar dívidas trabalhistas ou previdenciárias durante a pandemia.

No texto aprovado pelo Senado, o Pese poderá contar com até R$ 20 bi-lhões, metade do valor previsto originalmente. Em compensação, a União fica autorizada a remeter R$ 12 bilhões adicionais para o Pronampe, que também oferece crédito, mas não o vincula exclusivamente a salários ou dívidas — as empresas também podem fazer investimentos.

*Com informações da Agência Senado

Foto: banco de imagem

MP de ajuda a pequenas e médias empresas chega ao Senado

A MP 975/2020, que cria o Programa Emergencial de Crédito para Pequenas e Médias Empresas, facilitando o acesso a recursos para a

diminuição dos impactos econômicos causados pela pandemia, chegou ao Senado na última semana. Aprovado pela Câmara dos Deputados, o texto deve ser votado em breve.

O objetivo da MP é preservar empresas de pequeno e médio porte permi-tindo, por exemplo, que o valor das vendas feitas via “maquininha” de cartões possa servir de garantia para empréstimos. O texto ainda autoriza acréscimo de R$ 20 bilhões de recursos da União ao Fundo Garantidor para Investimen-tos (FGI), que devem ser utilizados até o dia 31 de dezembro de 2020.

De autoria do deputado federal Efraim Filho, a medida se destina a em-presas que, em 2019, obtiveram receita bruta superior a R$ 360 mil e inferior ou igual a R$ 300 milhões. Os empréstimos serão concedidos com carência de seis a 12 meses e taxa de 1% ao mês.

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Desafios da reabertura de restaurantesno Rio de Janeiro e Santa Catarina

SÉRIE DE WEBINARSCOVID-19

E m meio à retomada das atividades da alimentação fora do lar em vários estados brasileiros, a ANR apresentou na última semana o

webinar Reabertura das Operações de Restaurantes no RJ e SC: Expectativa x Realidade. Com a participação de Flavio Soares Graça e Aline Borges, da VISA do RJ, de Fernando Blower, do SindRio, e de Raquel Bittencourt, da Vigilância de Saúde de SC, o encontro abordou os protocolos implementados nessas localidades e os desafios para a reabertura com segurança.

“O plano é pensado com foco, principalmente, na preservação da vida e baseado na ciência. Se todos entenderem os protocolos e houver um debate e transparência, a volta gradual acontecerá da melhor forma”, reforçou Flavio Graça, destacando as Regras de Ouro estipuladas pela Prefeitura do Rio de Janeiro para que os estabelecimentos voltassem a abrir.

Complementando Graça, Aline Borges explicou um pouco mais das medidas. Entre elas, a higienização de instalações, equipamentos e uten-sílios, e a programação de uma rotina de desinfecção com álcool em gel 70% de objetos e pontos de maior contato. “Indicamos priorizar panos descartáveis, proibir o uso de guardanapos de pano, além de evitar car-

dápios e jogos americanos, já que são itens de intenso contato. Também é importante que os temperos passem a ser ofertados em sachês indivi-duais”, pontuou.

Em relação aos recentes vídeos divulgados com aglomerações em esta-belecimentos cariocas, Fernando Blower comentou a posição da entidade. “O Sindrio é completamente contrário às cenas que vimos nas últimas semanas e tem feito um trabalho árduo para conscientizar gestores e também o público sobre a importância do distanciamento social”, afirmou.

O problema das aglomerações, no entanto, não é apenas no Rio de Ja-neiro. A Vigilância de Saúde de Santa Catarina também tem recebido diver-sas denúncias. “Uma das dificuldades que observamos no cumprimento das normas, é que os restaurantes não estão com um funcionário para observar o comportamento dos clientes. Todos os estabelecimentos demarcam o dis-tanciamento no chão, mas em muitos lugares as pessoas se amontoam e não respeitam os sinais. Conforme vamos flexibilizando algumas medidas, as pes-soas acham que está tudo bem, mas não é assim”, explicou Raquel. Confira o webinar na íntegra aqui.

Aline Borges, VISA-RJ Fernando Blower, SindRio Raquel BIttencourt, Vigilância de Saúde de SC Flavio Graça, VISA-RJ

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PRÓXIMOS ENCONTROSWEBINARS COVID-19

Participe dos webinars programados para esta semana:

21/07, ÀS 15H Inscreva-se

CINTHIA LACERDAgerente de Suprimentos

do Le Jazz

Participação

Participação

REYNALDO ZANI sócio-diretor da Zak

Consultoria

Moderação

A GESTÃO DO SUPPLY EM TEMPOS DE COVID-19 – O QUE TEVE QUE MUDAR COM A ATUAL CRISE E AS DIFICULDADES ADICIONAIS DO REABRE/FECHA DE MUITAS REGIÕES DO PAÍS

PATRÍCIO ARRIAGADAdiretor de Suprimentos e T.I.

da Cia. Tradicional de Comércio

ROGÉRIO MORAESdiretor da IPC Brasil/Subway

22/07, ÀS 15H Inscreva-se

ELIANA D. ALVARENGAconsultora técnica da ANR e coordenadora do GT-Tec

GT-TEC | RETROSPECTIVA DAS AÇÕES QUE VEM SENDO REALIZADAS PELA ANR PARA ATENDER ÀS REGULAMENTAÇÕES SANITÁRIAS NESTE PERÍODO DE PANDEMIA

CONTEÚDOS ANRCOVID-19

Movimentações das medidas provisórias para manutenção do emprego

A medida que os números do novo coronavírus se estabilizam em grande parte do país, começam a ficar cada vez mais claros os impactos da

pandemia na economia. Dados divulgados pelo IBGE na última semana mostram que mais de 500 mil empresas em todo o Brasil fecharam as portas e demitiram um alto número de profissionais.

A fim de minimizar as baixas e oferecer alternativas para os empreende-dores e gestores, o governo realizou algumas importantes movimentações na última semana. Uma delas foi a publicação de decreto com a extensão dos

prazos para redução de jornada e salários ou suspensão de contratos. A antiga MP 936, transformada na lei 14.020, permite a prorrogação do auxílio até um total máximo de 120 dias, a contar de abril de 2020 (saiba mais na primeira nota deste boletim).

Ao contrário da MP 936, a MP 927, criada em março, que trata das me-didas trabalhistas para enfrentamento do estado de calamidade pública, ven-ceu no último domingo (19). Sem seque ter chegado à votação, a medida, por questões políticas, não será transformada em lei.

Para mais informações sobre esses temas, os associados podem acessar os informativos enviados pela ANR, na íntegra, no site da entidade. Confira os últimos documentos publicados:

• Informativo 117: Ampliação das medidas emergenciais para manu-tenção do emprego e da renda – aplicação da lei 14.020/2020 e do decreto 10.422/2020

• Informativo 118: Vigência da Medida Provisória 927/2020

• Informativo 119: MP 992 - Programa de Capital de Giro para pre-servação de Empresas (CGPE)

Restaurantes reabrem em importantes cidades brasileiras

Le Pain Quotidien tem promoções e novo horário de funcionamento

Prefeito Bruno Covas pede avanço de São Paulo à fase verde

Auxílio aos restaurantes no Reino Unido e nova onda de fechamento nos EUA

Na última semana, após mais de 130 dias fechados, bares e restaurantes foram autorizados a funcionar, com restrições, no Distrito Federal e em

Goiânia. Em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, cafeterias, lanchonetes e restaurantes também foram reabertos. Já em Curitiba (PR), após o governador do Paraná, Ratinho Junior, decidir por não prorrogar o decreto da quarentena restritiva, restaurantes e lanchonetes operam em horário reduzido. Mas os bares seguem fechados.

Maceió (AL) e Recife (PE) reabriram nesta segunda-feira (20). Em Belo Horizonte (MG), a prefeitura e o Comitê de Combate ao novo coronavírus já ela-boraram protocolos que devem ser adotados para bares, restaurantes, shoppings e galerias, em caso de abertura. No entanto, ainda não há uma previsão de data para a retomada.

Desde que foi autorizada a retomada em São Paulo, no último dia 6 de julho, a rede Le Pain Quotidien, associada ANR, está de portas abertas. Seguindo

todos os protocolos para garantir a segurança de colaboradores e clientes, as lojas estão com novos horários de funcionamento. As unidades de rua estão operando das 9h às 15h, enquanto as dos shoppings funcionam das 16h às 22h, exceto a do Shopping Tamboré, que está aberta de segunda a sábado das 12h às 20h e aos domingos e feriados das 14h às 20h.

Para o atendimento em mesa, a lotação máxima foi reduzida para 40%, sendo obrigatório o uso de máscara e o distanciamento mínimo de 1,5 metros entre as pessoas. Na entrada dos clientes, é disponibilizado álcool em gel e recomendado que lavem as mãos nos toaletes frequentemente. As mesas são sempre higienizadas antes e após a saída do consumidor e as lojas ainda trazem uma novidade: um adesivo QR code nas mesas para que o cliente possa, por meio da câmara do celular, acessar o menu do restaurante.

Mesmo com todas as medidas preventivas, clientes que ainda preferirem ficar em casa podem aproveitar uma promoção especial da rede também via delivery. A Le Pain está ofertando um café torrado e moído por R$ 15 ou dois pelo valor de R$ 25.

Na última sexta-feira (17), o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, pediu ao governador João Doria que a capital avance à fase verde do Plano SP já

nesta semana. As diretrizes do Plano exigem que a permanência na fase amarela seja de quatro semanas consecutivas, ou seja, caso haja uma regressão, o tempo é zerado. A cidade entrou no estágio atual em 26 de junho.

Desde o dia 6, restaurantes e bares têm autorização para consumo no lo-cal, mas com diversas restrições, como horário das 11h às 17h e lotação máxima de 40% do espaço (exceção feita ao horário dos shoppings, cujo funcionamento segue o horário dos centros comerciais). A ANR defende a ampliação do horário de funcionamento desses estabelecimentos. Campinas, Franca e Ribeirão Preto seguem na fase vermelha, e apenas serviços considerados essenciais operam.

*Com informações do G1, IG e CNN Brasil

Após meses com as portas fechadas, os restaurantes no exterior voltaram a reabrir há algumas semanas. Para recuperar a economia e impulsionar o

setor, o Reino Unido anunciou um plano que inclui descontos de 50% para quem fizer refeições em restaurantes no mês de agosto. O projeto “eat out to help out” (“coma fora para ajudar”, em tradução livre) prevê que o governo pague até 10 libras em refeições entre segunda a quarta-feira nos estabelecimentos do país.

Em contrapartida, outros países precisaram voltar atrás nas flexibilizações

CORONAVÍRUS PELO MUNDO

CORONAVÍRUS PELO BRASIL

NOVIDADES

Foto: Banco de imagens

Foto: divulgação

Foto: Carlos Amoroso/fotos públicas

devido a uma nova onda de contágio da Covid-19. Nos Estados Unidos, o estado da Califórnia, retomou o fechamento dos salões de restaurantes e bares, que es-tavam funcionando com 60% da capacidade máxima. Em Israel, que chegou a ser considerada modelo internacional de sucesso na luta contra o novo coronavírus, o país também enfrenta uma segunda onda de doença e ainda maior do que a primeira. Por isso, bares voltaram a se fechados e os restaurantes só podem fun-cionar com capacidade limitada.

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