18
ESTADO DO PARÁ PREFEITURA MUNICIPAL DEABAETETUBA GABINETE DA PREFEITA Rua Siqueira Mendes, 1359, Centro – Abaetetuba – Pará CEP 68.440-000 – Fone: (91) 3751-2022 DECRETO MUNICIPAL N° 023/2021, DE 05 DE ABRIL DE 2021 Regulamenta a Lei nº 563, de 28 de Dezembro de 2020, que dispõe sobre a criação do Serviço de Inspeção Municipal SIM e sobre os procedimentos de inspeção sanitária em estabelecimentos que produzam bebidas e alimentos de origem animal e vegetal para a industrialização, o beneficiamento e a comercialização e dá outras providências. A Prefeita Municipal de Abaetetuba/PA, no uso de suas atribuições legais conferidas pelo art. 63, VI da Lei Orgânica Municipal c/c o art. 23 da Lei Municipal nº 563/2020, DECRETA: CAPÍTULO I Art. 1º - O Serviço de Inspeção Municipal SIM de cmpetência da Prefeitura Municipal de Abaetetuba, nos termos da Lei Federal nº 7.889, de 23 de Novembro 1989 e da Lei Municipal nº 563, de 28 de Dezembro de 2020, será executado pela Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento, Pecuária e Pesca. Art. 2º - Ficam obrigados a prévia inspeção industrial e sanitária e ao Certificado de Registro e Alvará de Registro no Serviço de Inspeção Municipal de Produtos de Origem Animal e/ou Vegetal de Abaetetuba respectivamente, todos os produtos de origem animal e vegetal comestíveis e não comestíveis, assim como os estabelecimentos instalados no Município de Abaetetuba que produzem matéria-prima, abatam, manipulem, beneficiem, transformem, industrializem, fracionem, preparem, transportem, acondicionem ou embalem produtos de origem animal e vegetal, suscetíveis de comercialização exclusiva no Município de Abaetetuba. Art. 3º - O registro dos Estabelecimentos de Produtos de Origem Animal e Vegetal a que se refere o artigo anterior é privativo do Serviço de Inspeção do Município de Abaetetuba, da Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento, Pecuária e Pesca, será expedido somente após cumpridas todas as exigências constantes deste regulamento. Art. 4º - Ficará a cargo do corpo técnico do SIM e do Secretário Municipal de Agricultura fazer cumprir estas normas, bem como também outras que podem ser criadas, desde que por meio de dispositivos legais que digam respeito à Inspeção Industrial e Sanitária dos estabelecimentos a que se refere o art. 2º deste Decreto. Parágrafo Único. Além deste Regulamento, outros poderão advir por força deste artigo, abrangendo as seguintes áreas: a) Classificação dos estabelecimentos; b) As condições e exigências para registro; c) A higiene dos estabelecimentos; d) A inspeção “ante” e “post-mortem” dos animais destinados ao abate;

DECRETO MUNICIPAL N° 023/2021, DE 05 DE ABRIL DE 2021

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: DECRETO MUNICIPAL N° 023/2021, DE 05 DE ABRIL DE 2021

ESTADO DO PARÁ

PREFEITURA MUNICIPAL DEABAETETUBA

GABINETE DA PREFEITA

Rua Siqueira Mendes, 1359, Centro – Abaetetuba – Pará

CEP 68.440-000 – Fone: (91) 3751-2022

DECRETO MUNICIPAL N° 023/2021, DE 05 DE ABRIL DE 2021

Regulamenta a Lei nº 563, de 28 de Dezembro de 2020, que dispõe

sobre a criação do Serviço de Inspeção Municipal – SIM e sobre os

procedimentos de inspeção sanitária em estabelecimentos que

produzam bebidas e alimentos de origem animal e vegetal para a

industrialização, o beneficiamento e a comercialização e dá outras

providências.

A Prefeita Municipal de Abaetetuba/PA, no uso de suas atribuições legais conferidas pelo art. 63,

VI da Lei Orgânica Municipal c/c o art. 23 da Lei Municipal nº 563/2020,

DECRETA:

CAPÍTULO I

Art. 1º - O Serviço de Inspeção Municipal – SIM de cmpetência da Prefeitura Municipal de

Abaetetuba, nos termos da Lei Federal nº 7.889, de 23 de Novembro 1989 e da Lei Municipal nº

563, de 28 de Dezembro de 2020, será executado pela Secretaria Municipal de Agricultura,

Abastecimento, Pecuária e Pesca.

Art. 2º - Ficam obrigados a prévia inspeção industrial e sanitária e ao Certificado de Registro e

Alvará de Registro no Serviço de Inspeção Municipal de Produtos de Origem Animal e/ou Vegetal

de Abaetetuba respectivamente, todos os produtos de origem animal e vegetal comestíveis e não

comestíveis, assim como os estabelecimentos instalados no Município de Abaetetuba que

produzem matéria-prima, abatam, manipulem, beneficiem, transformem, industrializem,

fracionem, preparem, transportem, acondicionem ou embalem produtos de origem animal e

vegetal, suscetíveis de comercialização exclusiva no Município de Abaetetuba.

Art. 3º - O registro dos Estabelecimentos de Produtos de Origem Animal e Vegetal a que se refere

o artigo anterior é privativo do Serviço de Inspeção do Município de Abaetetuba, da Secretaria

Municipal de Agricultura, Abastecimento, Pecuária e Pesca, será expedido somente após

cumpridas todas as exigências constantes deste regulamento.

Art. 4º - Ficará a cargo do corpo técnico do SIM e do Secretário Municipal de Agricultura fazer

cumprir estas normas, bem como também outras que podem ser criadas, desde que por meio de

dispositivos legais que digam respeito à Inspeção Industrial e Sanitária dos estabelecimentos a que

se refere o art. 2º deste Decreto.

Parágrafo Único. Além deste Regulamento, outros poderão advir por força deste artigo,

abrangendo as seguintes áreas:

a) Classificação dos estabelecimentos;

b) As condições e exigências para registro;

c) A higiene dos estabelecimentos;

d) A inspeção “ante” e “post-mortem” dos animais destinados ao abate;

Page 2: DECRETO MUNICIPAL N° 023/2021, DE 05 DE ABRIL DE 2021

ESTADO DO PARÁ

PREFEITURA MUNICIPAL DEABAETETUBA

GABINETE DA PREFEITA

Rua Siqueira Mendes, 1359, Centro – Abaetetuba – Pará

CEP 68.440-000 – Fone: (91) 3751-2022

e) A inspeção e reinspeção de todos os produtos, sub-produtos e matérias-primas de

origem animal e vegetal, durante as diferentes fases da industrialização;

f) Padronização dos produtos industrializados de origem animal e vegetal;

g) O registro de rótulos;

h) As análises de laboratório;

i) O trânsito de produtos, sub-produtos e matérias-primas;

j) A carimbagem de carcaças e cortes de carnes, bem como a identificação e demais

diretrizes a serem impressas nas embalagens de outros produtos de origem animal e

vegetal;

k) Quaisquer outros detalhes que se tornarem necessários para maior eficiência da

inspeção industrial e sanitária dos produtos de origem animal e vegetal.

Art. 5º - Para o funcionamento de qualquer estabelecimento que abata ou industrialize produtos

de origem animal e vegetal, obrigatoriamente deverá ser requerida a aprovação e registro prévio

ao SIM de seus projetos e localização.

Art. 6º - A Inspeção Industrial e Sanitária realizada pelo SIM, deverá ser instalada de forma

permanente ou periódica.

§ 1º A inspeção oficial em caráter permanente consiste na presença do Serviço Oficial de Inspeção

para a realização dos procedimentos de inspeção e fiscalização ante mortem e post mortem, durante

as operações de abate das diferentes espécies de açougue, de caça, de anfíbios e répteis nos

estabelecimentos.

§ 2º A inspeção oficial em caráter periódico consiste na presença do serviço oficial de inspeção

para a realização dos procedimentos de inspeção e fiscalização nos demais estabelecimentos

registrados.

Art. 7º - Os produtos de origem animal e vegetal em natureza ou derivados deverão atender aos

padrões de identidade e qualidade previstos na legislação em vigor, bem como ao Código do

Consumidor.

Parágrafo Único. Os estabelecimentos registrados pelo SIM ficam sujeitos às obrigações contidas

no Decreto Federal nº 9.013, de29 de março de 2017alterado pelo Decreto nº 10.468,

de18/08/2020.

CAPÍTULO II

Art. 8º - Os seguintes estabelecimentos de produtos de origem animal e vegetal que devem estar

sob inspeção industrial e sanitária a nível municipal, de acordo com a Lei Municipal nº563, de

28/12/2020, obrigam-se a obter registro junto ao SIM/ABAETETUBA.

I – Os estabelecimentos industriais especializados e as propriedades rurais com instalações

adequadas para o abaete de animais e o seu preparo ou industrialização, sob qualquer forma de

consumo;

II – as unidades de beneficiamento de leite, as fábricas de lacticinios, os postos de recebimento,

refrigeração e desnatagem de leite ou do recebimento, refrigeração e a manipulação dos seus

derivados e seus respectivos entrepostos;

III – os estabelecimentos que abatem ou industrializem os pescados.

Page 3: DECRETO MUNICIPAL N° 023/2021, DE 05 DE ABRIL DE 2021

ESTADO DO PARÁ

PREFEITURA MUNICIPAL DEABAETETUBA

GABINETE DA PREFEITA

Rua Siqueira Mendes, 1359, Centro – Abaetetuba – Pará

CEP 68.440-000 – Fone: (91) 3751-2022

Art. 9º - Os seguintes estabelecimentos de produtos de origem animal ou vegetal, nos termos do

art. 7º, ficam sujeitos ao relacionamento:

I – os postos e/ou entrepostos que, de modo geral, recebam, armazenem, manipulem, conservem,

distribuam ou acondicionem produtos de origem animal como ovos e mel;

II – as casas atacadistas e os depósitos que armazenam produtos de origem animal ou vegetal;

III- Fabricas de beneficiamento e processamento de produtos vegetais;

Art. 10 – Os estabelecimentos que se refere os artigos 8º e 9º receberão número de registro.

§ 1º - Estes números obedecerão série própria e independente; uma para registro e outro para

relacionamento, fornecidos pelo SIM/ABAETETUBA.

§ 2º - O número de registro constará obrigatoriamente, nos rótulos, certificados, carimbos de

inspeção dos produtos e demais documentos.

§ 3º - por ocasião da concessão do número de registro, será concedido respectivo Título de

Registro, no qual constará o nome da firma, localização do estabelecimento, classificação e outros

elementos julgados necessários.

Art. 11 – O processo de obtenção do registro junto ao SIM deverá ser encaminhado através dos

seguintes documentos (modelos de documentos estarão disponivel junto ao SIM):

I – Requerimento, dirigido ao Serviço de Inspeção Municipal, solicitando o registro; II – contrato social da empresa;

III – Cópia dos documentos pessoais (Registro no Cadastro Nacional de Pessoa Física- CPF ou

Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica- CNPJ, conforme for o caso; Carteira de Identidade - RG ou

Habilitação e comprovante de residência)

IV – laudo de inspeção do terreno e/ou das instalações já existentes;

V – memorial descritivo da obra;

VI – memorial econômico sanitário, de acordo com o modelo aprovado pelo SIM/ABT;

VII –Planta baixa ou croqui das construções, acompanhadas do memorial descritivo

VIII-Registro no Cadastro de contribuinte do ICMS ou Inscrição de Produtor Rural na Secretaria

de Estado da Fazenda, conforme for o caso;

IX- Declaração de aptidão ao pronaf (DAP) dentro da validade, em caso de produtor familiar.

X- Alvará de funcionamento, ou documento equivalente, fornecido pela prefeitura municipal;

XI- Licença Ambiental ou dispensa de licença ambiental fornecida pelo órgão ambiental

competente;

XII- Boletim de exames físico-químico e microbiológico da água de abastecimento, fornecido por

laboratório credenciado junto aos órgãos competentes;

XIII- Formulário de Registro de Produtos;

XIV- Comprovante de pagamento de taxa de registro.

Parágrafo Único - o encaminhamento dos pedidos de registro do estabelecimento de produtos de

origem animal ou vegetal deve ser precedido de inspeção prévia e aprovação do local e terreno.

Art. 12 – Aprovados os projetos e o cronograma de execução, oh requerente pode dar inicio as

obras.

Art. 13 – Concluídas a obras e instalados os equipamentos, de acordo com o cronograma, será

requerido ao SIM a vistoria prévia e autorização do inicio dos trabalhos.

Parágrafo Único - Após deferido, compete ao SIM instalar de imediato a inspeção no

estabelecimento.

Page 4: DECRETO MUNICIPAL N° 023/2021, DE 05 DE ABRIL DE 2021

ESTADO DO PARÁ

PREFEITURA MUNICIPAL DEABAETETUBA

GABINETE DA PREFEITA

Rua Siqueira Mendes, 1359, Centro – Abaetetuba – Pará

CEP 68.440-000 – Fone: (91) 3751-2022

Art. 14 – Será deferida a concessão de registro em caráter experimental, até a data de conclusão

das demais obras e instalações, de acordo com o cronograma aprovado, atendendo os seguintes

requisitos:

I – nenhuma etapa do cronograma poderá ter duração superior a 01(um) ano:

II – não será aprovada proposta de cronograma em que a conclusão final da implantação do projeto

ultrapasse dois anos;

III – as exigências mínimas para o inicio da operação do estabelecimento serão fixadas na vistoria

prévia realizada pelo SIM/ABT.

Art. 15 – O registro definitivo da Inspeção Industrial e Sanitária somente será concedido aos

estabeleciementos que estiverem devidamente registrados no orgão fiscalizador do exercício legal

da atividade.

CAPÍTULO III

DOS ESTABELECIMENTOS

Art. 16 - É vedado o funcionamento de estabelecimento de produtos de origem animal ou vegetal

que não esteja instalado e equipado de acordo com as normas deste Regulamento.

Art. 17 - O estabelecimento de produtos de origem animal ou vegetal deve satisfazer as seguintes

condições básicas e comuns:

I – Ser instalado, de preferência, em centro de terreno, devidamente cercado, afastado dos limites

das vias públicas, no mínimo 05 (cinco) metros e dispor de área de circulação que permita a livre

circulação de veículos de transporte , exceção para aqueles já instalados e que não disponham de

afastamento em relação às vias públicas , os quais deverão funcionar desde que as operações de

recepção e expedição se apresentem interiormente.

II – dispor de abastecimento de água potável para atender às necessidades diária de trabalho do

estabelecimento e das dependências sanitárias.

III – dispor de água quente para uso diverso e suficiente às necessidades do estabelecimento.

IV – dispor de iluminação natural e artificial abundantes, bem como ventilação adequada e

suficente a todas as dependências.

V- dispor de proteção ante-explosão em todas as lâmpadas nas áreas de manipulação e

armazenamento de produtos, ou utilizar lâmpadas que não representem risco de explosão

VI – possuir piso de cor clara, liso, de material impermeável, antiderrapantes e resistente à abrasão,

ao impacto e à corrosão, ligeiramente inclinado para facilitar o escoamento das águas residuais,

bem como permitir uma fácil lavagem e desinfecção.

VII – ter paredes lisas, impermebilizadas com material de cor clara, de fácil lavagem e desinfecção.

Os ângulos e os cantos deverão ser arredondados. Quando dispor de janelas, estas devem possuir

altura mínima de 02 metros e parapeitos das janelas deverão ser chafrandos.

VIII – possuir forro de material impermeável, resistente à umidade e à vapores, construído de

modo a evitar o acúmulo de sujeira, de fácil lavagem e desinfecção. Podendo o mesmo ser

dispensado nos casos em que o telhado proporcinar uma perfeita vedação a entrada de poeira,

insetos, pássaros e assegurar uma adequada higienização.IX – dispor de dependência de uso

exclusivo para a recepção de produtos não comestíveis e condenados. A dependência deve ser

construída com paredes até o teto, não se comunicando diretamente com as dependências que

manipulem produtos comestíveis.

X – dispor de mesas com tampos de materiais resistentes e impermeáveis, de preferência de aço

Page 5: DECRETO MUNICIPAL N° 023/2021, DE 05 DE ABRIL DE 2021

ESTADO DO PARÁ

PREFEITURA MUNICIPAL DEABAETETUBA

GABINETE DA PREFEITA

Rua Siqueira Mendes, 1359, Centro – Abaetetuba – Pará

CEP 68.440-000 – Fone: (91) 3751-2022

inoxidável, para a manipulação dos produtos comestíveis e que permitam uma lavagem adequada

e desinfecção.

XI – dispor de tanques, caixas, bandejas e demais recipientes contruidos de material impermeável,

de superficie lisa que permitam uma lavagem adequada e desinfecção.

a) quando for utilizado plástico ou polipropileno em contato direto com alimentos, o mesmo deve

ser de cor branca;

b) as caixas, bandejas e quaisquer outros recipientes usados para armazenar produtos não

comestíveis devem ser de cor distinta dos recipientes utilizados para os produtos comestíveis, e

utilizados exclusivamente para este fim; XII – dispor de rede de esgoto em todas as dependências, com dispositivo que evite o refluxo de

odores e a entrada de roedores e outros animais, ligada a tubos coletores e este ao sistema geral de

escoamento e de instalação para a retenção de gordura, resíduos e corpos flutuantes, bem como o

dispositivo para a depuração artificial das águas servidas e de conformidade com as exigências

dos órgãos responsáveis pelo controle do meio ambiente.

XIII – dispor conforme legislação específica, de dependências sanitárias e vestiários

adequadamente instalados, de dimensões proporcionais ao número de operários, com acesso

indireto as dependências industriais, quando localizadas em seu corpo.

XIV – dispor de suficiente pé-direito, nas diversas dependências, de modo que permita a

disposição adequada dos equipamentos, principalmente na trilhagem área, a fim de que os bovinos

pendurados, após o atordoamento, permaneçam com a ponta do focinho distante, no mínimo, 75cm

(sententa e cinco centímetros) do piso no caso de esfola aérea.

XV – dispor de currais, pocilgas cobertas e/ou apriscos com pisos pavimentados, apresentando

ligeiro caimento no sentidos dos ralos. Deverá ainda ser provido de bebedouros para utilização

dos animais e pontos de água, com pressão suficiente para facilitar a lavagem desinfecção dessas

instalações e dos meios de transporte.

XVI – Dispor de espaços mínimos e de equipamentos que permitam as operações de atordoamento,

sangria, esfola, evisceração, inspeção, acabamento das carcaças e da manipulação dos miúdos com

funcionalidade e que preservem a higiene do produto final, além de não permitir que haja contato

entre as carcaças já esfoladas, antes de terem sido devidamente inspecionadas pelo SIM.

XVII – Prover a seção de miúdos, quando prevista, de separação física entre as áreas de

manipulação ao aparelho gastrointestinal e das demais vísceras comestíveis.

XVIII – Dispor de telas em todas as janelas e outras passagens para o interior, além das demais

aberturas, de modo a impedir a entrada de insetos e roedores.

XIX – dispor de depósito para guarda de embalagens, recipientes, produtos de limpeza e outros

materiais utilizados no matadouro e/ou indústria.

XX – dispor de dependência, quando necessário, para uso como escritório da administração do

estabelecimento, inclusive para pessoal de serviço de inspeção sanitária, separada da sala de abate

e localizada na entrada.

XXI - possuir barreira sanitária em todos os acessos às áreas de produção do estabelecimento,

devendo possuir, no mínimo e de acordo com a atividade desenvolvida:

a) lavatórios para lavagem das mãos, sabonete líquido, e lixeira, todos providos de acionamento

não manual.

b) dispositivo eficiente para secagem de mãos, sendo proibido o uso de toalhas de pano ou de papel

reciclado.

CAPÍTULO IV

DOS ESTABELECIMENTOS DE CARNE E DERIVADOS

Page 6: DECRETO MUNICIPAL N° 023/2021, DE 05 DE ABRIL DE 2021

ESTADO DO PARÁ

PREFEITURA MUNICIPAL DEABAETETUBA

GABINETE DA PREFEITA

Rua Siqueira Mendes, 1359, Centro – Abaetetuba – Pará

CEP 68.440-000 – Fone: (91) 3751-2022

Art. 18 - Os estabelecimentos de carne e derivados são assim classificados e definidos:

I - abatedouro frigorífico; e

II - unidade de beneficiamento de carne e produtos cárneos.

§ 1º Para os fins deste Decreto, entende-se por abatedouro frigorífico o estabelecimento destinado

ao abate dos animais produtores de carne, à recepção, à manipulação, ao acondicionamento, à

rotulagem, à armazenagem e à expedição dos produtos oriundos do abate, dotado de instalações

de frio industrial, que pode realizar o recebimento, a manipulação, a industrialização, o

acondicionamento, a rotulagem, a armazenagem e a expedição de produtos comestíveis.

§ 2º Para os fins deste Decreto, entende-se por unidade de beneficiamento de carne e produtos

cárneos o estabelecimento destinado à recepção, à manipulação, ao acondicionamento, à

rotulagem, à armazenagem e à expedição de carne e produtos cárneos, que pode realizar a

industrialização de produtos comestíveis.

SEÇÃO I

DO FUNCIONAMENTO DE ESTABELECIMENTOS DE CARNE E DERIVADOS

Art. 19 - O abatedouro deve ter localização em terreno cercado, afastado, suficientemente de

quaisquer fontes poluidoras de odores desagradáveis ou poluentes e de vias públicas, conforme

legislação específica para cada categoria animal.

Art. 20 - Os estabelecimentos de carnes e derivados devem dispor de suficiente pé-direito nas

diversas dependências de modo a permitir a disposição dos equipamentos e a realização de

procedimentos adequadamente, o qual deverá ser previamente aprovado pelo SIM.

Art. 21 - Os estabelecimentos devem possuir esterilizadores de facas, localizados na sala de

manipulação.

Art. 22 - Os abatedouros devem possuir água potável capaz de suprir as suas necessidades,

disponível em todos os setores e dependências sanitárias, incluindo hidratação dos animais e

higienização das instalações.

Art. 23 - Quando necessário, os abatedouros devem dispor de áreas específicas para depósito e

salga de couro.

Art. 24 - Os abatedouros devem dispor de dependências específicas para depósito de fâneros.

Art. 25 - As carnes e os derivados cárneos devem ser elaborados de acordo com os correspondentes

Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade ou demais legislações específicas.

SEÇÃOII

DOS PROCEDIMENTOS PARA O ABATE

Art. 26 - A entrada de animais em qualquer dependência do estabelecimento deve ser feita com

prévio conhecimento do SIM, sendo que o abate deve ser avisado com antecedência mínima de 01

dia útil.

Page 7: DECRETO MUNICIPAL N° 023/2021, DE 05 DE ABRIL DE 2021

ESTADO DO PARÁ

PREFEITURA MUNICIPAL DEABAETETUBA

GABINETE DA PREFEITA

Rua Siqueira Mendes, 1359, Centro – Abaetetuba – Pará

CEP 68.440-000 – Fone: (91) 3751-2022

§1º Na chegada de animais, o SIM deve verificar os documentos zoosanitários de porte obrigatório

previstos em lei específica, de acordo com a espécie e finalidade, e os demais documentos

necessários para realização de abate para cada espécie, e julgar as condições sanitárias de cada

lote.

Art. 27 - O estabelecimento deve obrigatoriamente fornecer previamente ao abate a documentação

necessária para a verificação pelo SIM das condições sanitárias do lote e a programação de abate,

com número de animais a serem abatidos, horário de início e previsão de término.

Art. 28 - Os animais recebidos para abate devem ser submetidos a descanso, dieta hídrica e jejum,

respeitadas as particularidades de cada espécie, conforme instruções específicas.

Art. 29 - O abate dos animais somente será permitido após a prévia insensibilização, seguida de

imediata e completa sangria. O espaço de tempo para a sangria nunca deve ser inferior a 03 (três)

minutos e est deve ser sempre realizada com os animais suspensos por um dos membros

posteriores. A esfola só pode ser iniciada após o término da operação de sangria.

Art. 30 - Em suínos, depilar e raspar logo após ao escaldamento em água quente, utilizando-se

temperatura e métodos adequados, acrescentando também a necessária lavagem da carcaça antes

da evisceração. Quando usados outros métodos de abate, os procedimentos higiênicos deverão ser

atendidos rigorosamente.

Art. 31- Eviscerar sobre as vistas de funcionários do SIM, em local que permita o pronto exame

das vísceras, com identificação entre estas, a cabeça e a carcaça do animal. Sob pretexto algum

pode ser retardada a evisceração e, para tanto, os animais não devem ficar dependurados nos

trilhos, nos intervalos de trabalho.

Art. 32 - Executar os trabalhos de evisceração com todo o cuidado a fim de evitar que haja

contaminação das carcaças provocadas por operações imperfeitas, devendo os serviços de

inspeção sanitária, em casos de contaminação por fezes e/ou conteúdo animal, aplicar as medidas

higiênicas preconizadas.

Art. 33 - Marcar a cabeça do animal, quando esta for destacada, para permitir uma fácil

identificação com a carcaça correspondente. O mesmo procedimento deve ser adotado com relação

às vísceras.

SEÇÃOIII

DA INSPEÇÃO “ANTE” E “POST MORTEM” E DA MATANÇA DE EMERGÊNCIA

Art. 34 - Com relação à inspeção “ante mortem, cumprir no que couber o disposto nos artigos 85

a 101do Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária dos Produtos de Origem Animal

(RIISPOA), aprovado pelo Decreto nº 9.013de29/03/2017, alterado pelo Decreto nº 10.468 de 18

de agosto de 2020.

Art. 35 - Cumprir no que se refere à inspeção “post mortem”, o disposto nos artigos 125 a 203do

Regulamento citado no artigo anterior.

Page 8: DECRETO MUNICIPAL N° 023/2021, DE 05 DE ABRIL DE 2021

ESTADO DO PARÁ

PREFEITURA MUNICIPAL DEABAETETUBA

GABINETE DA PREFEITA

Rua Siqueira Mendes, 1359, Centro – Abaetetuba – Pará

CEP 68.440-000 – Fone: (91) 3751-2022

Art. 36 - Cumprir, no que se refere à matança de emergência, o disposto nos artigos 105 a 111 do

RIISPOA.

Art. 37 - Os materiais condenados, oriundos da sala de matança e de outros locais, deverão ser

desnaturados em equipamentos apropriados em locais destinados a este fim. Igualmente, o sangue

deverá, no mínimo, sofrer cozimento independente de sua utilização.

§1º. Admite-se o tratamento desses materiais por cocção em água fervente pelo tempo mínimo de

02 (duas) horas, quando estas matérias-primas forem destinadas para alimentação animal direta.

§2º. A critério do SIM, permitir-se-á a retirada de materiais condenados para a industrialização

fora do estabelecimento (graxaria industrial), desde que devidamente desnaturados com

substâncias apropriadas para a finalidade, e que o seu transporte seja efetuado em recipientes e/ou

veículos específicos e apropriados.

§3º. Caberá ao SIM adotar critérios para o funcionamento dos graxarias industriais.

CAPÍTULO V

DOS ESTABELECIMENTOS DE PESCADO E DERIVADOS

Art. 38 - Os estabelecimentos de pescado e derivados são classificados em:

I - barco-fábrica;

II - abatedouro frigorífico de pescado;

III - unidade de beneficiamento de pescado e produtos de pescado; e

IV - estação depuradora de moluscos bivalves.

§ 1º. Para os fins deste Decreto, entende-se por barco-fábrica a embarcação de pesca destinada à

captura ou à recepção, à lavagem, à manipulação, ao acondicionamento, à rotulagem, à

armazenagem e à expedição de pescado e produtos de pescado, dotada de instalações de frio

industrial, que pode realizar a industrialização de produtos comestíveis.

§ 2º. Para os fins deste Decreto, entende-se por abatedouro frigorífico de pescado o

estabelecimento destinado ao abate de anfíbios e répteis, à recepção, à lavagem, à manipulação,

ao acondicionamento, à rotulagem, à armazenagem e à expedição dos produtos oriundos do abate,

que pode realizar o recebimento, a manipulação, a industrialização, o acondicionamento, a

rotulagem, a armazenagem e a expedição de produtos comestíveis.

§ 3º. Para os fins deste Decreto, entende-se por unidade de beneficiamento de pescado eprodutos

de pescado o estabelecimento destinado à recepção, à lavagem do pescado recebido da produção

primária, à manipulação, ao acondicionamento, à rotulagem, à armazenagem e à expedição de

pescado e de produtos de pescado, que pode realizar também sua industrialização.

§ 4º. Para os fins deste Decreto, entende-se por estação depuradora de moluscos bivalves o

estabelecimento destinado à recepção, à depuração, ao acondicionamento, à rotulagem, à

armazenagem e à expedição de moluscos bivalves.

SEÇÃO I

DO FUNCIONAMENTO DE ESTABELECIMENTOS DE PESCADO E DERIVADOS

Art. 39 - Os estabelecimentos de pescado e derivados devem satisfazer também as seguintes

condições:

I - nos estabelecimentos que recebem, manipulam e comercializam pescado resfriado e congelado

Page 9: DECRETO MUNICIPAL N° 023/2021, DE 05 DE ABRIL DE 2021

ESTADO DO PARÁ

PREFEITURA MUNICIPAL DEABAETETUBA

GABINETE DA PREFEITA

Rua Siqueira Mendes, 1359, Centro – Abaetetuba – Pará

CEP 68.440-000 – Fone: (91) 3751-2022

e/ou se dediquem à industrialização para consumo humano, sob qualquer forma:

a) dispor de dependências, instalações e equipamentos para recepção, seleção, inspeção,

industrialização, armazenagem e expedição do pescado, compatíveis com suas finalidades;

b) possuir instalações para o fabrico e armazenagem de gelo, podendo essa exigência, apenas no

que tange à fabricação, ser dispensada em regiões onde exista facilidade para aquisição de gelo de

comprovada qualidade sanitária;

c) dispor de separação física adequada entre as áreas de recebimento da matéria-prima e aquelas

destinadas à manipulação;

d) dispor de equipamento adequado à hipercloração da água de lavagem do pescado ou outro

produto aprovado pelo SIM e da limpeza e higienização das instalações, equipamentos e utensílios;

e) dispor de instalações e equipamentos adequados à colheita e ao transporte dos resíduos de

pescado, resultante do processamento industrial, para o exterior das áreas de manipulação de

comestíveis;

f) dispor de instalações e equipamentos adequados para o aproveitamento dos resíduos de pescado

de acordo com as normas técnicas;

g) dispor, quando necessário, de câmara de espera para o armazenamento do pescado fresco, que

não possa ser manipulado ou comercializado de imediato;

h) dispor de equipamento adequado à lavagem e à higienização de caixas, recipientes, grelhas,

bandejas, e outros utensílios usados para o acondicionamento, depósito e transporte de pescado e

seus produtos;

i) dispor, nos estabelecimentos que elaboram produtos congelados, de instalações frigoríficas

independentes para congelamento e estocagem do produto final;

j) dispor, no caso de elaboração de produtos curados de pescado, de câmaras frias em número e

dimensões necessários à sua estocagem e de depósito de sal;

SEÇÃO II

DA INSPEÇÃO “POST MORTEM” DE PESCADO

Art. 40 - Com relação à inspeção “pos mortem”, cumprir no que couber o disposto nos artigos

204 a 217do Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária dos Produtos de Origem Animal

(RIISPOA), aprovado pelo Decreto nº 9.013 de 29/03/2017, alterado pelo Decreto nº 10.468 de

18 de agosto de 2020.

Parágrafo único. A terminologia post mortem não se aplica às espécies de pescado

comercializadas vivas.

Art. 41 - Com relação aos padrões de identidade e qualidade de pescados e seus derivados, cumprir

no que couber o disposto nos artigos 332 a 351do RIISPOA, aprovado pelo Decreto nº 9.013 de

29/03/2017, alterado pelo Decreto nº 10.468 de 18/08/2020.

CAPITULO IV

DOS ESTABELECIMENTOS DE LEITE E DERIVADOS

Page 10: DECRETO MUNICIPAL N° 023/2021, DE 05 DE ABRIL DE 2021

ESTADO DO PARÁ

PREFEITURA MUNICIPAL DEABAETETUBA

GABINETE DA PREFEITA

Rua Siqueira Mendes, 1359, Centro – Abaetetuba – Pará

CEP 68.440-000 – Fone: (91) 3751-2022

Art. 42- Os estabelecimentos de leite e derivados são classificados em:

I - granja leiteira;

II - posto de refrigeração;

III - unidade de beneficiamento de leite e derivados;

IV - fábrica de laticínios; e

V - queijaria.

§ 1º Entende-se por granja leiteira o estabelecimento destinado à produção, ao pré-beneficiamento,

ao beneficiamento, ao envase, ao acondicionamento, à rotulagem, à armazenagem e à expedição

de leite para o consumo humano direto, podendo também elaborar derivados lácteos a partir de

leite exclusivo de sua produção, envolvendo as etapas de pré-beneficiamento, beneficiamento,

manipulação, fabricação, maturação, ralação, fracionamento, acondicionamento, rotulagem,

armazenagem e expedição.

§ 2º Entende-se por posto de refrigeração o estabelecimento intermediário entre as propriedades

rurais e as unidades de beneficiamento de leite e derivados destinado à seleção, à recepção, à

mensuração de peso ou volume, à filtração, à refrigeração, ao acondicionamento e à expedição de

leite cru refrigerado, facultada a estocagem temporária do leite até sua expedição.

§ 3º Entende-se por unidade de beneficiamento de leite e derivados o estabelecimento destinado à

recepção, ao pré-beneficiamento, ao beneficiamento, ao envase, ao acondicionamento, à

rotulagem, à armazenagem e à expedição de leite para o consumo humano direto, facultada a

transferência, a manipulação, a fabricação, a maturação, o fracionamento, a ralação, o

acondicionamento, a rotulagem, a armazenagem e a expedição de derivados lácteos, permitida

também a expedição de leite fluido a granel de uso industrial.

§ 4º Entende-se por fábrica de laticínios o estabelecimento destinado à fabricação de derivados

lácteos, envolvendo as etapas de recepção de leite e derivados, de transferência, de refrigeração,

de beneficiamento, de manipulação, de fabricação, de maturação, de fracionamento, de ralação,

de acondicionamento, de rotulagem, de armazenagem e de expedição de derivados lácteos, sendo

também permitida a expedição de leite fluido a granel de uso industrial.

§ 5º Entende-se por queijaria o estabelecimento destinado à fabricação de queijos, que envolva as

etapas de fabricação, maturação, acondicionamento, rotulagem, armazenagem e expedição, e que,

caso não realize o processamento completo do queijo, encaminhe o produto a uma unidade de

beneficiamento de leite e derivados.

SEÇÃO I

DO FUNCIONAMENTO DE ESTABELECIMENTOS DE LEITE E DERIVADOS

Art. 43 - Os estabelecimentos de leite e derivados lácteos devem satisfazer às seguintes exigências:

I - possuir dependências ou local próprio para a higienização e armazenamento dos vasilhames e

para higienização dos veículos transportadores, os quais devem ser higienizados ao chegar no

estabelecimento e antes do seu retorno aos pontos de origem;

II - dispor de cobertura adequada nos locais de carregamento e descarregamento de leite e seus

derivados, com prolongamento suficiente para abrigar os veículos transportadores;

III - ter dependências e equipamentos apropriados para recebimento e processamento da matéria-

prima e produtos, bem como laboratório de análise quando houver recebimento de leite cru;

IV- realizar os processos de salga e maturação em câmaras frias distintas.

Art. 44- A instalação do laboratório de microbiologia pode ser dispensada, desde que as análises

Page 11: DECRETO MUNICIPAL N° 023/2021, DE 05 DE ABRIL DE 2021

ESTADO DO PARÁ

PREFEITURA MUNICIPAL DEABAETETUBA

GABINETE DA PREFEITA

Rua Siqueira Mendes, 1359, Centro – Abaetetuba – Pará

CEP 68.440-000 – Fone: (91) 3751-2022

sejam realizadas em laboratórios terceirizados credenciados.

Art. 45 - O leite pasteurizado deve ser transportado em veículos isotérmicos com unidade

frigorífica instalada.

Art. 46 - O leite e os derivados lácteos devem ser elaborados de acordo com os Regulamentos

Técnicos de Identidade e Qualidade ou demais legislações específicas.

SEÇÃO II

DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE LEITE E DERIVADOS

Art. 47 - Com relação à inspeção industrial e sanitária deve se cumprir no que couber o disposto

nos artigos 233 a 263 do Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária dos Produtos de Origem

Animal (RIISPOA), aprovado pelo Decreto nº 9.013 de 29/03/2017, alterado pelo Decreto nº

10.468 de 18 de agosto de 2020.

Art. 48 - A inspeção de leite e seus derivados, além do já previsto neste Regulamento, abrange:

I - a sanidade do rebanho, o acondicionamento, a conservação e o transporte do leite;

II - a recepção e a seleção das matérias-primas, além de seu beneficiamento até a expedição nos

estabelecimentos classificados neste Regulamento;

III - as instalações laboratoriais, equipamentos, controles e processos analíticos;

IV - os Programas de Autocontrole implantados;

V - os Programas de Boas Práticas Agropecuárias.

CAPITULO VII

DOS ESTABELECIMENTOS DE PRODUTOS DE ABELHAS E DERIVADOS

Art. 49 - Os estabelecimentos de produtos de abelhas e derivados são classificados em:

I - unidade de extração e beneficiamento de produtos de abelhas; e

II - unidade de beneficiamento de produtos de abelhas.

§ 1º Para os fins deste Decreto, entende-se por unidade de extração e beneficiamento de produtos

de abelhas o estabelecimento destinado ao recebimento de matérias-primas de produtores rurais,

à extração, ao acondicionamento, à rotulagem, à armazenagem e à expedição dos produtos de

abelhas, facultando-se o beneficiamento e o fracionamento.

§ 2º Para os fins deste Decreto, entende-se por unidade de beneficiamento de produtos de abelhas

o estabelecimento destinado à recepção, à classificação, ao beneficiamento, à industrialização, ao

acondicionamento, à rotulagem, à armazenagem e à expedição de produtos e matérias-primas pré-

beneficiadas provenientes de outros estabelecimentos de produtos de abelhas e derivados,

facultada a extração de matérias-primas recebidas de produtores rurais.

§ 3º É permitida a recepção de matéria-prima previamente extraída pelo produtor rural, desde que

atendido o disposto neste Decreto.

Art. 50 - A inspeção de produtos de abelhas e derivados, além das exigências já previstas neste

Decreto, abrange a verificação da extração, do acondicionamento, da conservação, do

processamento, da armazenagem, da expedição e do transporte dos produtos de abelhas.

Page 12: DECRETO MUNICIPAL N° 023/2021, DE 05 DE ABRIL DE 2021

ESTADO DO PARÁ

PREFEITURA MUNICIPAL DEABAETETUBA

GABINETE DA PREFEITA

Rua Siqueira Mendes, 1359, Centro – Abaetetuba – Pará

CEP 68.440-000 – Fone: (91) 3751-2022

Art. 51 - As análises de produtos de abelhas, para sua recepção e seleção no estabelecimento

processador, devem abranger as características sensoriais e as análises determinadas em normas

complementares, além da pesquisa de indicadores de fraudes que se faça necessária.

Art. 52 - O mel e o mel de abelhas sem ferrão, quando submetidos ao processo de descristalização,

pasteurização ou desumidificação, devem respeitar o binômio tempo e temperatura e o disposto

em normascomplementares.

Art. 53 - Os estabelecimentos de produtos de abelhas que recebem matérias-primas de produtores

rurais devem manter atualizado o cadastro desses produtores, conforme disposto em normas

complementares.

Parágrafo único. A extração da matéria-prima por produtor rural deve ser realizada em local

próprio que possibilite os trabalhos de manipulação e acondicionamento da matéria-prima em

condições de higiene.

Art. 54 - Os produtos de abelhas sem ferrão devem ser procedentes de criadouros, na forma de

meliponários, autorizados pelo órgão ambiental competente.

Art. 55 - Os estabelecimentos de produtos de abelhas são responsáveis por garantir a identidade,

a qualidade e a rastreabilidade dos produtos, desde sua obtenção na produção primária até a

recepção no estabelecimento, incluído o transporte.

CAPITULO VIII

DE ESTABELECIMENTO DE OVOS E DERIVADOS

Art. 56. Os estabelecimentos de ovos são classificados em:

I - granja avícola; e

II - unidade de beneficiamento de ovos e derivados.

§ 1º Para os fins deste Decreto, entende-se por granja avícola o estabelecimento destinado à

produção, à ovoscopia, à classificação, ao acondicionamento, à rotulagem, à armazenagem e à

expedição de ovos oriundos, exclusivamente, de produção própria destinada à comercialização

direta.

§ 2º É permitida à granja avícola a comercialização de ovos para a unidade de beneficiamento de

ovos e derivados.

§ 3º Para os fins deste Decreto, entende-se por unidade de beneficiamento de ovos e derivados o

estabelecimento destinado à produção, à recepção, à ovoscopia, à classificação, à industrialização,

aoacondicionamento, à rotulagem, à armazenagem e à expedição de ovos e derivados.

§ 4º É facultada a classificação de ovos quando a unidade de beneficiamento de ovos e derivados

receber ovos já classificados.

§ 5º Se a unidade de beneficiamento de ovos e derivados destinar-se, exclusivamente, à expedição

de ovos, poderá ser dispensada a exigência de instalações para a industrialização de ovos.

§ 6º Caso disponha de estrutura e condições apropriadas, é facultada a quebra de ovos na granja

avícola, para destinação exclusiva para tratamento adequado em unidade de beneficiamento de

ovos e derivados.

SEÇÃO I

DO FUNCIONAMENTO DE ESTABELECIMENTOS DE OVOS E DERIVADOS

Page 13: DECRETO MUNICIPAL N° 023/2021, DE 05 DE ABRIL DE 2021

ESTADO DO PARÁ

PREFEITURA MUNICIPAL DEABAETETUBA

GABINETE DA PREFEITA

Rua Siqueira Mendes, 1359, Centro – Abaetetuba – Pará

CEP 68.440-000 – Fone: (91) 3751-2022

Art. 57 - Os estabelecimentos de ovos e derivados devem satisfazer também às seguintes

condições:

I - dispor de dependência para recebimento e triagem dos ovos;

II - dispor de sala ou área coberta para armazenagem dos ovos;

III - dispor de dependências para ovoscopia e verificação do estado de conservação dos ovos;

IV - dispor de dependência para classificação comercial;

V - dispor de câmaras frigoríficas quando o produto não for comercializado imediatamente, a

critério do SIM;

VI - dispor de dependências para industrialização, quando for o caso.

Art. 58 - As fábricas de conservas de ovos terão dependências apropriadas para recebimento e

manipulação, elaboração, preparo e embalagem dos produtos.

Art. 59 - Os ovos e seus derivados devem ser classificados, lavados e industrializados de acordo

com os Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade ou demais legislações específicas.

CAPITULO IX

DOS ESTABELECIMENTOS DE PRODUTOS DE ORIGEM VEGETAL

Art. 60 - Os estabelecimentos de produtos de origem vegetal são assim classificados e definidos:

I - entreposto de vegetais;

II - indústria de beneficiamento e processamento de produtos de origem vegetal;

§1º Entende-se por entreposto de vegetais o estabelecimento, rural ou urbano, destinado ao

recebimento, seleção, fracionamento, armazenamento ou distribuição de vegetais processados.

§2º Entende-se por "agroindústria de vegetais minimamente processados" o estabelecimento, rural

ou urbano, que processa vegetais, executando operações de alteração do estado original do produto

in natura, como descascamento, corte, prensagem, desidratação, entre outros, acrescidos das

atividades de lavagem, seleção, embalagem ou conservação, devendo obrigatoriamente o produto

ser submetido a tratamento sanitizante durante o seu processamento por meio de processo de

higienização, acrescido das atividades de distribuição dos produtos para fins de comercialização.

§3º Entende-se por "indústria de processamento de produtos de origem vegetal" o estabelecimento,

rural ou urbano, que processa vegetais, adicionados ou não de produtos de origem animal,

executando operações de alteração do estado original do produto in natura ou minimamente

processado por meio de tratamentos térmicos ou químicos, acrescidos das atividades de

embalagem, armazenamento ou distribuição dos produtos para fins de comercialização.

CAPÍTULO X

DAS AGROINDÚSTRIAS FAMILIARES

Art. 61 -Definições das agroindustrias familiares:

I- Agroindustrial Familiar: o empreendimento de propriedade sob a gestão individual ou coletiva

de agricultores familiares, nos termos do art. 3º da Lei Federal nº 11.326, de 24 de julho de 2006,

com área útil construída não superior a 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados), que visam

agregar valor aos produtos que não conseguem comercializar "in natura", e dispõem de instalações

mínimas conforme critérios definidos em regulamento;

II - Agroindustrial de pequeno porte: empreendimento não dirigido por agricultores familiares,

Page 14: DECRETO MUNICIPAL N° 023/2021, DE 05 DE ABRIL DE 2021

ESTADO DO PARÁ

PREFEITURA MUNICIPAL DEABAETETUBA

GABINETE DA PREFEITA

Rua Siqueira Mendes, 1359, Centro – Abaetetuba – Pará

CEP 68.440-000 – Fone: (91) 3751-2022

mas considerados equivalentes, com área útil construída não superior a 250m² (duzentos e

cinquenta metros quadrados);

III - Agroindustrial artesanal: empreendimentos agroindustriais que trabalham o produto até sua

finalização, basicamente com a matéria prima produzida em seus estabelecimentos ou mediante

contrato de parceria, utilizando-se predominantemente do trabalho manual, respeitando as

características tradicionais, culturais ou regionais do produto, com área útil construída não superior

a 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados).

Art. 62 - Nas agroindustriais rurais, poderão ser aceitas as seguintes ocorrências:

I - quando as vigas forem de madeira, estas deverão estar em bom estado de conservação e serem

pintadas com tinta óleo ou outro material aprovado pela inspeção;

II - devem dispor de estrutura de sanitário/vestiário, em conformidade com perfil agroindustrial

de pequeno porte conforme regulamento vigente;

III - o sistema de lavagem de uniformes deve atender aos princípios das boas práticas de higiene,

seja em lavanderia própria, terceirizada ou outra forma de lavagem.

Art. 63 - No estabelecimento de abate e industrialização de pequenos animais, podem ser abatidas

e industrializadas as diversas espécies de aves, coelhos, rãs, répteis e outros.

Art. 64 - O abate de médios e grandes animais em um mesmo estabelecimento pode ser realizado,

desde que haja instalações e equipamentos adequados para a finalidade e respeitada as

particularidades de cada espécie, inclusive quanto à higienização das instalações e equipamentos.

Art. 65 - A agroindustrial rural fica dispensado de dispor de escritório ou sala para o SIM,

devendo, contudo, dispor de local apropriado para arquivar documentos deste serviço.

Art. 66 - A agroindustrial rural fica isento das taxas referentes, apenas, à implantação do Serviço

de Inspeção Municipal.

Art. 67 - A agroindústria rural estará sujeita às sanções administrativas previstas na Lei municipal

n°563, 28/12/2020.

Art. 68 - Sem prejuízo a eventuais edificações e instalações propostas pelos interessados, o SIM

poderá estabelecer, por meio dos seus instrumentos jurídicos legais, perfis agroindustriais de

pequeno porte, qualificando as edificações, as instalações e equipamentos.

Art. 69 - É permitida a multifuncionalidade do estabelecimento para utilização das instalações e

equipamentos destinados à fabricação de diversos tipos de produtos de origem animal, desde que

respeitadas as implicações tecnológicas e classificação do estabelecimento.

CAPÍTULO XI

DA HIGIENE DOS ESTABELECIMENTOS

Art. 70 - Todas as dependências dos estabelecimentosdevem ser mantidas em condições de

higiene, antes, durante e após a realização dos trabalhos.

Art. 71 - Será exigido que os operários lavem as mãos antes de entrar no ambiente de trabalho,

quando necessário durante a manipulação e a saída dos sanitários.

Page 15: DECRETO MUNICIPAL N° 023/2021, DE 05 DE ABRIL DE 2021

ESTADO DO PARÁ

PREFEITURA MUNICIPAL DEABAETETUBA

GABINETE DA PREFEITA

Rua Siqueira Mendes, 1359, Centro – Abaetetuba – Pará

CEP 68.440-000 – Fone: (91) 3751-2022

Art. 72 - Os equipamentos como carrinhos, tanques e caixas, devem ser marcados de modo a evitar

qualquer confusão entre os destinados a produtos comestíveis e os usados no transporte ou

depósito de produtos não comestíveis ou carnes inutilizadas na alimentação de animais. Para tal,

utilizar-se-ão as denominações “comestíveis”, “não comestíveis” e “condenados”.

Art. 73 - Os pisos e paredes, assim como o equipamento e utensílios usados nas indústrias, devem

ser lavados e desinfetados diária e convenientemente. No caso de desinfecção, os desinfetantes

empregados tem que ser previamente aprovados pelos órgãos competentes.

Art. 74 - As indústrias controladas pelo SIM deverão ser mantidas livres de moscas, mosquitos,

baratas, ratos, camundongos e quaisquer outros insetos, além de gatos, cães e outros animais,

agindo-se cautelosamente quanto ao emprego de venenos, cujo uso só é permitido nas

dependências não destinadas à manipulação ou depósito de produtos comestíveis e mediante

expressa autorização do SIM.

Art. 75 - A pessoa que trabalha com produtos comestíveis, desde a área de sangria até a expedição,

deve usar uniformes de cor branca, mantidos convenientemente limpos. Será exigido inclusive

protetores de cabeça (gorro e/ou capacete) e botas.

Art. 76 - Os profissionais que manipulem produtos condenados e/ou não comestíveis devem

desinfectar os equipamentos e instrumentos com produtos apropriados e aprovados. Exigir-se-á,

também, nestes casos, uniformes diferenciados.

Art. 77 - É vedado ao pessoal fazer refeições nos locais de trabalho, bem como depositar produtos,

objetos e materiais estranhos à finalidade da dependência ou ainda guardar roupas de qualquer

natureza. Também é proibido fumar, cuspir ou escarrar em qualquer dependência do matadouro

ou da indústria.

Art. 78 - Far-se-á, todas as vezes que o SIM julgar necessário, a substituição, raspagem, pintura e

reparos em pisos, paredes, tetos e equipamentos.

Art. 79 - Devem ser lavadas e desinfetadas, tantas vezes quanto necessário, os pisos, cercas dos

currais, bretes de contenção, mangueiras, pocilgas, apriscos e outras instalações próprias para

repouso e contenção de animais vivos ou depósitos de resíduos industriais, bem como de quaisquer

outras instalações julgadas necessárias pelo SIM.

Art. 80 - Devem ser inspecionadas e mantidas convenientemente limpas as caixas de sedimentação

de resíduos, ligadas e intercaladas à rede de esgoto e/ou estação de tratamento de efluentes.

Art. 81 - Os produtos comestíveis durante a sua obtenção, embarque e transporte devem ser

conservados ao abrigo de contaminação de qualquer natureza.

Art. 82 - É vedado o emprego de vasilhame de cobre, latão, zinco, barro, ferro, estanho, madeira

ou qualquer outro utensílio que, por sua forma e composição, possa causar prejuízo à manipulação,

estocagem e transporte de matérias-primas e de produtos usados na alimentação humana.

Art. 83 - Os manipuladores devem portar carteira de saúderenovado anualmente. A inspeção de

Page 16: DECRETO MUNICIPAL N° 023/2021, DE 05 DE ABRIL DE 2021

ESTADO DO PARÁ

PREFEITURA MUNICIPAL DEABAETETUBA

GABINETE DA PREFEITA

Rua Siqueira Mendes, 1359, Centro – Abaetetuba – Pará

CEP 68.440-000 – Fone: (91) 3751-2022

saúde é exigida sempre que a autoridade sanitária achar necessário, quando qualquer empregado

do estabelecimento, seus dirigentes ou proprietários, mesmo que exerçam esporadicamente

atividades nas dependências do estabelecimento. Sempre que ficar comprovada a existência de

dermatoses ou quaisquer doenças infecto-contagiosas ou repugnantes em qualquer pessoa que

exerça atividade no matadouro ou indústria, será ela imediatamente afastado do trabalho, cabendo

ao serviço de inspeção sanitária comunicar o fato à autoridade de saúde pública.

Art. 84 - A água para o abastecimento deve atender aos padrões de potabilidade determinados

pelo Ministério da Saúde.

Art. 85 - Os contêineres, quando destinados ao acondicionamento de produtos utilizados na

alimentação humana, devem ser inspecionados previamente, devendo ser rejeitados os que forem

julgados sem condições de uso. De modo algum será permitido o acondicionamento de matérias-

primas, ou produtos destinados à alimentação humana em carrinhos, recipientes ou demais

contêineres que tenham servido a produtos não comestíveis.

Art. 86 - Não é permitida a guarda de material estranho aos depósitos de produtos, nas salas de

matança e seus anexos e na expedição.

Art. 87 - Não é permitida a utilização de qualquer dependência do estabelecimentocomo

residência.

Art. 88 - Os instrumentos de trabalho devem ser higienizados diariamente e/ou sempre que

necessário.

Art. 89 - É vedada a entrada de pessoas estranhas às atividades, salvo quando devidamente

uniformizadas e autorizadas pela chefia do estabelecimento, bem como pelo encarregado do SIM.

CAPÍTULO XII

DA ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA DO SERVIÇO DE INSPEÇÃO MUNICIPAL

Art. 90 - O SIM deve dispor de pessoal técnico de nível superior e médio, em número adequado

à realização da inspeção sanitária “ante” e “post mortem” e tecnológica, obedecendo à legislação

vigente.

Parágrafo Único. Deve promover treinamento de seu pessoal de nível superior (médico

veterinário e agrônomo/zootecnista) e nível médio (auxiliar de inspeção), sobre supervisão e apoio

do Ministério da Agricultura e órgãos estaduais.

Art. 91 - Deve dispor de meios para registro em compilação dos dados estatísticos referentes ao

abate, a condenações, a industrialização dos produtos e outros dados que porventura se tornem

necessários.

CAPÍTULO XIII

DOS DERIVADOS COMESTÍVEIS DE ORIGEM ANIMAL/VEGETAL, DA

ROTULAGEM E DA CARIMBAGEM

Art. 92 - As matérias-primas de origem animal, que derem entrada em indústrias e/ou no comércio

Page 17: DECRETO MUNICIPAL N° 023/2021, DE 05 DE ABRIL DE 2021

ESTADO DO PARÁ

PREFEITURA MUNICIPAL DEABAETETUBA

GABINETE DA PREFEITA

Rua Siqueira Mendes, 1359, Centro – Abaetetuba – Pará

CEP 68.440-000 – Fone: (91) 3751-2022

de Abaetetuba, deverão proceder de estabelecimento sob inspeção industrial e sanitária de órgão

federal ou estadual, devidamente identificados por rótulos, carimbos, documentos sanitários e

fiscais pertinentes.

Parágrafo Único. Tratando-se de carnes in natura, deverão ser submetidos a tratamento por frio

no próprio estabelecimento de origem.

Art. 93 - Os produtos elaborados serão devidamente rotulados e carimbados conforme

determinações do SIM.

Art. 94 - Todos os ingredientes, aditivos e outros produtos que venham a compor qualquer tipo de

massa, deverão ter aprovação nos órgãos competentes do Ministério da Saúde e/ou Ministério da

Agricultura e Abastecimento.

Art. 95 - Qualquer produto de origem animal e/ou vegetal, deverá ter sua formulação e rotulagem

aprovadas previamente pelo SIM.

Art. 96 - As carcaças, partes de carcaças e cortes armazenados, em trânsito ou entregues ao

comércio, devem estar identificadas por meio de carimbos, cujos modelos serão fornecidos pelo

SIM.

§ 1º. Estes carimbos conterão, obrigatoriamente, a palavra “Inspecionado”, o número de registro

de estabelecimento e a palavra SIM, a qual representará o “Serviço de Inspeção Municipal”.

§ 2º. As carcaças de aves e outros pequenos animais de consumo serão isentas de carimbo direto

no produto, desde que acondicionadas por peças em embalagens individuais e invioláveis, onde

conste o referido carimbo, juntamente com os demais dizeres exigidos para os rótulos.

Art. 97 - Os modelos dos carimbos serão oportunamente definidos pelo SIM.

Art. 98 - O modelo oficial de certificado sanitário do SIM/ABT, que acompanhará sempre os

produtos deverá obedecer ao estipulado em portaria do(a) Sr(a). Prefeito(a) Municipal.

Parágrafo Único. Os demais documentos a serem usados pelo SIM em qualquer nível, também

deverão seguir o mesmo procedimento.

Art. 99 - Todo o abate de animais para consumo ou industrialização realizado em estabelecimento

ou local não registrado pelo SIF (Serviço de Inspeção Federal / Ministério da Agricultura e do

Abastecimento), no SIE (Serviço de Inspeção Estadual do Pará), será considerado clandestino,

sujeitando-se os seus responsáveis a apreensão e condenação das carnes e/ou produtos, tanto

quando estiverem em trânsito ou no comércio, ficando ainda submetidos às demais penas da Lei.

Art.100 - Para realizar os serviços de fiscalização a nível de comércio, o SIM organizará, ou em

conjunto com outros órgãos públicos, os servidores de fiscalização a nível de consumo. Nesta

inspeção, exigir-se-á a comprovação e a documentação da origem, bem como as condições da

higiene das instalações, operações e equipamentos do estabelecimento.

Art. 101 - Serão fixadas as taxas sanitárias por portarias do(a) Sr(a). Prefeito(a) Municipal, com a

finalidade de ressarcimento aos cofres públicos pela contraprestação do Serviço de Inspeção

Industrial e Sanitária dos Produtos de Origem Animal.e Produtos de Origem Vegetal.

Page 18: DECRETO MUNICIPAL N° 023/2021, DE 05 DE ABRIL DE 2021

ESTADO DO PARÁ

PREFEITURA MUNICIPAL DEABAETETUBA

GABINETE DA PREFEITA

Rua Siqueira Mendes, 1359, Centro – Abaetetuba – Pará

CEP 68.440-000 – Fone: (91) 3751-2022

Parágrafo Único. Os valores serão fixados por cabeça de animal abatido ou tonelada de produto

elaborado, sendo atualizados permanentemente a critério do SIM.

Art. 102 - A cada 05 (cinco) anos ou sempre que necessário, o presente regulamento poderá ser

revisto, modificado ou atualizado.

Art. 103 - Os casos omissos ou de dúvidas que surgirem na implantação e execução do presente

regulamento, serão resolvidos pela equipe Técnica do SIM com a ponderação do Secretário

Municipal de Agricultura, Abastecimento, Pecuária e Pesca.

Art. 104 - As despesas decorrentes deste Decreto correrão à conta das dotações orçamentárias

próprias.

Art. 105 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em

contrário.

Registre-se, Publique-se e Cumpra-se.

Abaetetuba, 05 de Abril de 2021.

FRANCINETI MARIA RODRIGUES CARVALHO

Prefeita Municipal