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DECRETO N. 12.762, DE 18 DE JUNHO DE 1942 Regulamenta o Instituto de Previdência do Estado de São Paulo. O INTERVENTOR FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO, usando de suas atribuições, de conformidade com o artigo 7.º, n. 1, do Decreto-lei federal n. 1.202, de 8 de abril de 1939, e dos Decretos Estaduais n. 10.291, de 1939, e 12.716, de 1942, Decreta: TITULO I Da organização do Instituto CAPÍTULO I Da Denominação, Sede e Fins do Instituto Artigo 1.º - O Instituto de Previdência do Estado de São Paulo, criado pelo artigo 93 da Constituição Estadual e organizado pelos Decretos 10.291, de 10 de junho de 1939, e 12.716, de 1942, tem personalidade juridica própria, com sede na Capital; e a sua administração subordina-se diretamente ao Secretário de Estado dos Negócios da Fazenda (Decreto 10.197, de 17 de maio de 1939, art. 4.º e Decreto n. 11.800, de 31 de dezembro de 1940, art. 110). Artigo 2.º - É sua finalidade: a) assegurar: 1.º - aposentadoria aos funcionários estaduais e, nas condições adiante estabelecidas, aos municipais e aos dos institutos autônomos; 2.º - reforma aos militares estaduais e, sob aquelas mesmas condições, aos bombeiros municipais; 3.º - pecúlio ou pensão aos beneficiários dos contribuintes; auxílios para funeral e luto. b) conceder: 1.º - empréstimos a funcionários, sob consignação em folha; 2.º - empréstimos hipotecários a contribuintes, para a aquisição, construção ou reconstrução de casas, ou liberação das hipotecas que as gravarem; 3.º - empréstimos sob penhor; 4.º - assistência médica e hospitalar a contribuintes e beneficiários; 5.º - outras vantagens facultadas em disposiçoes especiais deste Regulamento. Artigo 3.º - Poderá ainda o Instituto realizar acessoriamente as seguintes operações: a) - de seguros contra fogo, de próprios estaduais e municipais, com todos os

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DECRETO N. 12.762, DE 18 DE JUNHO DE 1942

Regulamenta o Instituto de Previdência do Estado de São Paulo.

O INTERVENTOR FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO, usando de suasatribuições, de conformidade com o artigo 7.º, n. 1, do Decreto-lei federal n. 1.202,de 8 de abril de 1939, e dos Decretos Estaduais n. 10.291, de 1939, e 12.716, de1942,Decreta:

TITULO I

Da organização do Instituto

CAPÍTULO I

Da Denominação, Sede e Fins do Instituto

Artigo 1.º - O Instituto de Previdência do Estado de São Paulo, criado pelo artigo93 da Constituição Estadual e organizado pelos Decretos 10.291, de 10 de junhode 1939, e 12.716, de 1942, tem personalidade juridica própria, com sede naCapital; e a sua administração subordina-se diretamente ao Secretário de Estadodos Negócios da Fazenda (Decreto 10.197, de 17 de maio de 1939, art. 4.º eDecreto n. 11.800, de 31 de dezembro de 1940, art. 110).Artigo 2.º - É sua finalidade:a) assegurar:1.º - aposentadoria aos funcionários estaduais e, nas condições adianteestabelecidas, aos municipais e aos dos institutos autônomos;2.º - reforma aos militares estaduais e, sob aquelas mesmas condições, aosbombeiros municipais;3.º - pecúlio ou pensão aos beneficiários dos contribuintes; auxílios para funeral eluto.b) conceder:1.º - empréstimos a funcionários, sob consignação em folha;2.º - empréstimos hipotecários a contribuintes, para a aquisição, construção oureconstrução de casas, ou liberação das hipotecas que as gravarem;3.º - empréstimos sob penhor;4.º - assistência médica e hospitalar a contribuintes e beneficiários;5.º - outras vantagens facultadas em disposiçoes especiais deste Regulamento.Artigo 3.º - Poderá ainda o Instituto realizar acessoriamente as seguintesoperações:a) - de seguros contra fogo, de próprios estaduais e municipais, com todos os

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seus acessórios.b) - de acidentes no trabalho, a operários estaduais e municipais.Parágrafo único - Essas operações constituirão carteiras com planos especiais eautonomia de contabilidade.

CAPITULO II

Da Receita do Instituto

Artigo 4.º - A receita do Instituto forma-se dos seguintes elementos:a) uma contribuição do Estado, na razão de 6% (seis por cento) sobre osvencimentos de todos os servidores cujo direito à aposentadoria ou reformaconstitua obrigação do Instituto;b) igual contribuição dos municipios interessados e dos institutos autônomos, parao mesmo fim, relativamente aos seus servidores;c) os prêmios pagos pelos contribuintes obrigatorios e facultativos, em função dasrespectivas idades e de acordo com as tabelas P. O. e P. F., que acompanham opresente regulamento;d) os juros de empréstimos de qualquer natureza, facultados por esteRegulamento, e de depósitos bancários;e) o produto da multa de dez por cento (10 %) sobre os prêmios em mora, atéseis, caso em que se operará a caducidade dos contratos;f) os juros de oito por cento (8 %) pagos pelo Estado ou pelas entidadesinteressadas, nas contas correntes de movimento, pelos saldos em seu poder;g) os juros de apólices pertencentes ao Instituto;h) as taxas de serviços prestados pelo Instituto a seus contribuintes;i) - os prêmios de seguros de acidentes no trabalho e contra fogo;j) - os donativos filantrópicos; el) - quaisquer outras rendas patrimoniais ou eventuais.Artigo 5.º - As disponibilidades provenientes das rendas arrecadadas pela formaaqui estabelecida, uma vez deduzidas as despesas de administração, e osbenefícios consignados neste decreto, serão exclusivamente aplicadas em:a) - empréstimos aos contribuintes;b) - aquisição ou construção de casas de residência para os contribuintesinscritos;c) - aquisição de títulos da divida pública estadual ou de outros títulos, a juizo doSecretário da Fazenda;d) - financiamento de obras do Estado ou das municipalidades e autarquiascooperadoras do Instituto, a critério do Governo.Artigo 6.º - As importâncias arrecadadas serão depositadas em bancosdesignados pelo Presidente.

TITULO II

Das Aposentadorias e Reformas

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Artigo 7.º - Correrão a cargo do Instituto:a) - obrigatoriamente as aposentadorias e reformas de servidores do Estado,nomeados depois de 10 de junho de 1939;b) - facultativamente:1.º- as atuais aposentadorias e reformas e as que se derem de servidoresestaduais admitidos antes de entrar em vigor o Decreto 10.291, contanto que oEstado, em qualquer tempo, constitua em apólices, no Instituto, as reservastécnicas indispensáveis à solução de tais obrigações; e2.º - no mesmo caso, as aposentadorias e reformas de servidores municipais,desde que os municipios interessados entrem com as contribuições estabelecidasneste decreto ou com reservas técnicas necessárias, constituidas das em apólicesou letras municipais, a juizo do Instituto.Artigo 8.º - Os exames de saude dos interessados, cujas aposentadorias oureformas correrem por conta do Instituto, far-se-ão tambem por seus médicosoficiais.Parágrafo único - No caso de laudos divergentes, o Secretário da Fazendadesignará uma junta especial.

TITULO III

Dos Pecúlios e Pensões

CAPITULO I

Dos Contribuintes

Artigo 9.º - Serão obrigatoriamente inscritos no Instituto todos os nomeados, dedezoito até cinquenta anos de idade, para o exercício permanente de cargo civil,criado por lei, com direito a receber dos cofres estaduais estipendidos de qualquernatureza, como vencimentos, salários ou percentagem, excetuados apenas os jáfiliados a Caixa Beneficente dos Funcionários Públicos e ao Montepio dosMagistrados.Parágrafo unico - A disposição acima é extensiva aos funcionários das caixaseconomicas, aos do próprio Instituto e aos dos institutos autônomos e semi-autônomos, não inscritos em institutos federais ou municipais.Artigo 10 - Para o cômputo da remuneração dos funcionarios que percebemvencimentos numa parte fixa e outra em percentagens ou quotas, soma-se àprimeira parte a média da segunda, no último exercício; para os que percebem sópercentagens ou quotas tomar-se-á a média do ultimo exercício; e, em se tratandode cargo novo, a media de cargos semelhantes.Artigo 11 - São contribuintes facultativos do Instituto, dentro dos limites de idadede 18 a 60 anos e de pecúlio fixado no art. 20:a) - pela diferença, até completarem o máximo de cem contos de réis(100:000$000), os contribuintes obrigatórios;b) - os que se acharem no exercício temporário de funções estaduais, qualquerque seja a forma de remuneração, e os de exercicio permanente, de mais de

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cinquenta até os sessenta anos;c) - os que estiverem no exercício permanente ou temporário de funçõesmunicipais;d) - os diretores, funcionários e contribuintes de estabelecimentos oficializados ousubvencionados pelo Estado;e) - os atuais contribuintes da Caixa Beneficente dos Funcionários Públicos, daCaixa Beneficente da Força Policial, da Caixa Beneficente da Guarda Civil e dascaixas beneficentes municipais; ef) - os serventuários de justiça, seus escreventes e fieis; e os oficiais de justiça.§ 1.º - Para os contribuintes a que se refere a letra "e" o máximo da contribuiçãoserá calculado sobre a diferença entre cem contos de réis e o montante do pecúliojá constituido.§ 2.º - As contribuições dos serventuários de justiça são determinadas pelaslotações dos cartórios ou pelos próprios ordenados, conforme fôr o caso; e a deseus escreventes e fiéis pelos ordenados, salvo se, em ambos os casos,preferirem peculio mais elevado, dentro do limite de cem contos (art. 20).§ 3.º - O presidente do Instituto poderá permitir outras inscrições facultativas,ouvido o Conselho Fiscal.Artigo 12 - O contribuinte facultativo nomeado para o exercício de função públicaque exija inscrição obrigatoria no Instituto poderá conservar a sua inscrição ouinscrições pelos respectivos valores, ainda que, incluida a parte obrigatória, opecúlio vá alem do limite fixado no art. 20. Poderá ainda pedir que parte do pecúliofacultativo, ou a totalidade, seja levada em conta do pecúlio obrigatório a que ficarsujeito.

CAPITULO II

Das inscrições

Artigo 13 - As inscrições dependem de apresentação dos seguintes documentos:a) declaração dos nomes dos beneficiários, comunicadas quaisquer alteraçõesque posteriormente ocorrerem. Essa declaração deverá ser tambem assinado porduas testemunhas idôneas e virá com o reconhecimento de todas as firmas;b) certidão de idade, ou documentos que a supra, excepto publicas formas;c) declaração de cargo e respectivos vencimentos, firmada pelo chefe darepartição a quem esteja o requerente subordinado, se funcionário, ou dacorporação ou estabelecimento a que pertencer, se o não for.

SECÇÃO I

Da inscrição obrigatória

Artigo 14 - As inscrições obrigatórias, observadas as condições estabelecidasentre os limites do art. 9.º, serão feitas para pecúlio e auxilio para funeral e luto, naconformidade da tabela "A".Paragrafo unico - O pecúlio, para funcionarios nomeados com mais de quarentaate cinquenta anos, poderá ser de metade no constante daquela tabela, desde

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que assim o interessado o solicite.Artigo 15 - Os premios para a inscrição obrigatória, compreendidos o peculio e oauxilio para funeral e luto, são os constantes da tabela P. O. (peculio obrigatório).Paragrato unico - O auxílio para funeral e luto será reduzido a metade, se ocontribuinte falecer antes de dois anos de sua inscrição.Artigo 16 - A inscrição obrigatória é considerada efetiva desde a data da posse eexercício do cargo, ou ato oficial equivalente.Paragrafo unico - Não serão expedidas ordens de pagamento de vencimentossem a comunicação, pelo Instituto, à repartição averbadora, de que a inscrição foiregistrada.Artigo 17 - Os aumentos de remuneração que venham a beneficiar oscontribuintes, determinam a elevação do pecúlio, de acordo com a tabelaconstante do artigo 14, salvo o caso de idade maior de cinquenta anos. Osaumentos de pecúlio, voluntário ou ex-oficio, serão feitos por meio de novasinscrições.Artigo 18 - O contribuinte obrigatório que por qualquer circunstância houversofrido redução em seus vencimentos, poderá requerer correspondentediminuição do seu pecúlio.Artigo 19 - Ao contribuinte obrigatório que tenha perdido essa qualidade, na formado artigo 9.º, e facultado manter a sua inscrição nas mesmas condições, ounoutras, desde que o requeira em 90 dias, sendo-lhe vedado o aumento depecúlio.Paragrafo unico - Com alegação e prova de miserabilidade, ao contribuinte semfunção é permitida a redução do pecúlio a uma importância igual ao valor deresgate do mesmo, contanto que já tenha decorrido o periodo de carencia,cessando então o pagamento dos prémios.

SECÇÃO II

Da inscrição facultativa

Artigo 20 - As inscrições facultativas dar-se-ão para peculios de três até cemcontos de réis, máximo permitido, inclusive a parte obrigatória, sem direito aauxilio para funeral e luto.Artigo 21 - A inscrição de contribuintes facultativos depende de exame demedicos, officiais ao Instituto, devido à razão de vinte mil reis (20$000), salvo odisposto no parágrafo único do art. 38.Artigo 22 - Os prêmios das inscrições facultativas são os constantes da tabela P.F. (prêmio facultativo).Artigo 23 - Aos contribuintes facultativos é permitida a redução ou cancelamentodos seus peculios, sem direito, porem, a qualquer restituição.Artigo 24 - O contribuinte facultativo que houver decaído, só poderá reinscrever-se desde que satisfaça metade dos prêmios em debito da inscrição anterior.

CAPITULO III

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Dos prêmios;das responsabilidades do Instituto

Artigo 25 - Os prêmios constantes da tabela P. O. e P. F. são devidos emmensalidades integrais.Artigo 26 - Os contribuintes que não receberem ou por qualquer causa deixaremde receber os seus vencimentos ou remuneração em folha de pagamento daSecretaria da Fazenda, das prefeituras municipais, caixas econômicas estaduais,institutos autonômos ou em qualquer outra repartição pagadora, deverão mensalou trimestral e adiantadamente recolher a Tesouraria do Instituto ou a qualquer deseus agentes, as contribuições a que estão sujeitos, até o dia 15 do respectivomês.§ 1.º - O recolhimento poderá ser efetuado por meio de cheque nominativo, a favordo Instituto, pagavel em São Paulo, e expedido em carta registrada.§ 2.º - Na falta de pagamento, durante seis meses contados da primeiracontribuição mensal vencida, caducará o pecúlio, cessando para o Instituto toda equalquer responsabilidade.§ 3.º - Os pagamentos feitos com mora, depois do dia quinze e até seis meses,ficam sujeitos à multa de dez por cento (10 %), cobravel juntamente com oprincipal.Artigo 27 - As responsabilidades do Instituto quanto a pecúlio e auxílio parafuneral e luto, nas inscrições obrigatórias, e pecúlio só, nas facultativas, decorremda datas em que as inscrições tiverem despacho definitivo

CAPÍTULO IV

Da idade dos contribuintes

Artigo 28 - A idade dos contribuintes será a que marcar o seu aniversário maispróximo, passado ou futuro, determinada pelo dia em que se proceder à inscriçao.Paragrafo único - Essa idade se comprovará pelo documento a que se refere aletra "b" do art. 13.Artigo 29 - A retificação para aumento de idade do contribuinte, que venha a serfeita em sua inscrição, acarreta indenização da diferença apurada nos prêmios atéentão pagos, calculados com os juros à taxa de nove por cento (9 %) ao ano,podendo o Instituto haver o seu crédito por meio de desconto em folha, erespondendo o pecúlio pelo saldo, em caso de liquidação antes de exinto odébito.Parágrafo único - A retificação para diminuição de idade, se feita no período dosseis primeiros meses, contados da data da inscrição, e somente neste caso, darádireito a restituição das importâncias pagas a maior.Artigo 30 - A apuração de idade real do contribuinte, por ocasião da liquidação dopecúlio, implicará redução ou majoração deste, proporcionalmente aos prêmiospagos, comparados aos que efetivamente eram devidos, atenta a idade real doinscrito.Parágrafo único - Ocorrendo majoração em inscrição obrigatória, far-se-á ocálculo do pecúlio adicional, aplicando-se a tabela P. F. ao excesso do prêmio

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pago.Artigo 31 - A retificação decorrente da declaração inexata da remuneraçãopercebida pelo contribuinte, será feita em qualquer tempo, com aplicação dodisposto no art. 14.

CAPÍTULO V

Dos descontos em folha

Artigo 32 - As contribuições e consignações a favor do Instituto, bem como asmultas e os juros de mora, serão arrecadadas mediante desconto em folha depagamento, pela Secretaria da Fazenda, ou suas repartições, pelos tesourosmunicipais, e pelas tesourarias dos institutos autônomos, para serem recolhidasao Banco do Estado de São Paulo ou suas agências, ou aos cofres do instituto,dentro do prazo de sessenta dias, contados do mês da arrecadação. Aarrecadação independe de assinatura de folha de vencimentos pelosconsignantes.Artigo 33 - Os funcionários incumbidos da folha ou da extração do cheque serãopassíveis das penas regulamentares pelos prêmios, contribuições ouconsignações que deixarem de descontar no pagamento aos contribuintes,mediante representação do Instituto aos seus superiores.

CAPITULO VI

Dos beneficiários, dos benefícios e do período de carência

Artigo 34 - Por morte do contribuinte adquirem direito ao pecúlio na razão demetade o conjuge sobrevivente, e pela outra metade, na ordem em que vãomencionados, os seguintes herdeiros do falecido: descendentes, ascendentes,cônjuge sobrevivente e colaterais até o terceiro grau, por direito civil.§ 1.º - Os filhos ilegítimos, os naturais e reconhecidos e os adotivos equiparam-seaos legítimos, observado o disposto nos parágrafos 1.º e 2.º do artigo 1.605, doCódigo Civil.§ 2.º - Se não houver descendentes nem ascendentes, o pecúlio será deferidointegralmente ao cônjuge supérstite; se viuvo o inscrito, ou o cônjuge sobreviventenão tiver direito ao pecúlio, será este deferido integralmente aos descendentes,ascedente ou colaterais até o 3.º grau.§ 3.º - Não tem direito ao pecúlio o cônjuge que, ao tempo do falecimento doinscrito, estava dele desquitado, ou separado judicialmente ou fora do lar, porabandono há mais de seis meses, feita a prova pelos interessados.Artigo 35 - Não havendo ou não sobrevivendo cônjuge, nem existindoascendentes ou descendentes com direito ao pecúlio, valerá a instituiçãobeneficiária em favor de qualquer pessoa natural, mediante testamento ou simplesdeclaração de vontade, devidamente testemunhada e registrada.§ 1.º - Provada, após o falecimento do contribuinte, a existência de conjuge ou dedescedentes ou ascendentes, reverterão a favor de quem de direito, nos termosdeste Regulamento, as vantagens que competiriam aos beneficiários instituídos.

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§ 2.º - Poderá ainda o contribuinte, com mais de cinquenta anos de idade, semherdeiros necessários, pedir a conversão de seu pecúlio em uma pensão mensalvitalícia, de acordo com a tabela P. M. V. e baseada no valor de resgate dopecúlio, na época do pedido.§ 3.º - Na falta de cônjuge, de herdeiros legítimos ou de legatários, o pecúlio sedevolverá aos fundos do Instituto.Artigo 36 - Os pecúlios e pensões não são passiveis de penhora ou arresto, nemestão sujeitos a inventários ou partilhas judiciais; e são livres de quaisquerimpostos, taxas ou contribuições, considerando-se nula toda venda ou cessão deque sejam objeto, ou a constituição de qualquer onus que sobre eles recaia. Édefesa a outorga de poderes irrevogaveis ou em causa própria, para a percepçãode quaisquer importâncias.Artigo 37 - As inscrições obrigatórias e facultativas acham-se sujeitas a umperíodo de carência de quatro anos.§ 1.º - O período de carência é contado dia a dia, pelo ano civil, desde a data doregistro de inscrição.§ 2.º - Esse período, nas inscrições novas, será contado separadamente, a partirda data do registro de cada uma.§ 3.º - A antecipação no pagamento de prêmios, não reduz o periodo de carência.Artigo 38 - Falecendo o contribuinte obrigatório antes de inteirado o periodo decarência, o pecúlio será devido proporcionalmente ao número de dias e mesesdecorridos dentro do interstício.Parágrafo único - O contribuinte facultativo, que o preferir, poderá isentar-se doexame medico, sujeitando-se, nesse caso, a um período de carência absoluta, dedois anos, dentro dos quais, se ocorrer o falecimento, será paga, comocompensação, metade do auxilio para funeral e luto calculada de acordo com atabela "A". Vencido o período de carência absoluta, seguem-se dois anos decarência relativa, para se completarem os quatro.

CAPÍTULO VII

Do pagamento do auxílio para funeral e luto

Artigo 39 - Ao cônjuge, ou se o não houver com direito ao pecúlio, aosbeneficiários legítimos e aos instituídos será pago, antes ou no decurso doprocesso de habilitação, o auxilio para funeral e luto, de acordo com a tabelaconstante do artigo 14 deste Regulamento.Artigo 40 - Provando alguem, por documente habil, haver adiantado dinheiro paraas despesas funerárias, o Instituto fará a respectiva indenização até a importânciamaxima de seiscentos mil reis (600$000).Artigo 41 - Para o pagamento de funeral e luto é necessária a prova de óbito docontribuinte e da qualidade do requerente.Parágrafo único - Em casos urgentes, essa prova poderá fazer-se em prazorazoavel, desde que dois contribuintes se comprometam a ressarcir oadiantamento.

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CAPITULO VIII

Dos processos de habilitação, à percepção dos peculios e pensões - Dopagamento

Artigo 42 - Para facilitar os processos de habilitação à percepção do pecúlio epensões, deverá cada contribuinte, na ocasião em que se inscrever, fazer umadeclaração de família, de que conste:a) - o seu estado de solteiro, casado, desquitado ou viuvo;b) - se casado, o nome do cônjuge;c) - se casado mais de uma vez, o nome do último cônjuge;d) se tiver filhos legitimos, legitimados, naturais reconhecidos ou adotivos, osnomes e as datas do nascimento de cada um deles, acrescentando quanto aosnaturais reconhecidos e aos adotivos as necessárias indicações, para que sejamobservados os § § 1.º e 2.º do artigo 1605, do Código Civil;e) se tiver filhas casadas, os nomes dos maridos;f) se tiver filhas ou filhos já falecidos, com descendência, os nomes, datas e lugardo nascimento dos netos que os representem por estirpe;g) se tiver pais ou avós, os nomes e lugar de residência destes.Parágrafo único - As alterações que ocorrerem na família do contribuinte,deverão ser comunicada ao Instituto, que as arquivará junto às primitivasdeclarações, mantendo umas e outras, regularmente registradas e guardadas empastas próprias.Artigo 43 - Tais declarações serão testemunhadas por duas pessoas adictas àrepartição ou corporação do contribuinte, e terão todas as firmas reconhecidas.Artigo 44 - Falecendo o contribuinte, bastará para habilitação dos beneficiárioscom direito ao pecúlio ou pensão, que os mesmos requeiram pessoalmente ou porseus representantes legais o respectivo pagamento, juntando a apólice, a certidãode óbito do contribuinte e a prova da atual situação da família.Parágrafo único - A prova da atual situação da família deverá ser feita, conformeo caso:a) por certidão do título de herdeiros, extraída dos autos de inventário do falecido;oub) por certidão de nascimento ou de óbito de beneficiário ocorrido após a últimadeclaração de família. Nessas certidões poderão ser supridas por justificação emjuizo, com a citação de todos os beneficiários ou seus representantes legais, oudeclaração dos mesmos em termo lavrado no Instituto, com a presença detestemunhas.Artigo 45 - A petição e os documentos de que trata o artigo anterior formarão oprocesso de habilitação, do qual constará o pagamento de prêmios, o decurso doperíodo de carência e o mais que possa interessar. Ouvido o Assistente Jurídico, oprocesso será afinal submetido a despacho do Presidente, que poderá ordenarqualquer diligência, quando ocorrer dúvida, ou indício de fraude nas declaraçõesdo contribuinte ou dos beneficiários.Artigo 46 - O Instituto poderá, quando necessário, exigir prova de identidade dosbeneficiários, por atestado de autoridade judiciária ou policial.Artigo 47 - Preenchidas as formalidades do processo de habilitação, serão pagas

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aos beneficiários as quotas que lhes competirem.§ 1ª - Sendo os mesmos menores de vinte e um anos, as quotas pagar-se-ão emforma de pensão temporária, de acordo com a tabela P.M.T.; salvo quotasinferiores a duzentos mil réis (200$000), que serão liquidadas integralmente; aosincapazes aplica-se, no pagamento, a tabela de pensão vitalícia (P. M. V.).§ 2.º - Cessada a incapacidade, poderá o beneficiário, dentro de cento e oitentadias contados desse fato, optar pelo pagamento de sua quota parte líquida dopecúlio.§ 3.º - Esgotado aquele prazo sem que o beneficiario tenha feito a opção, passaráa quota parte a ser paga na forma de pensão vitalícia, de acordo com a tabela P.M. V.§ 4.º - O cônjuge sobrevivente, no requerer a sua habilitação, fica ressalvado odireito de optar, quanto à sua parte, por pensão mensal vitalicia, de acordo com atabela P. M. V.§ 5.º - Qualquer que seja ainda a hipótese, poderá o pecúlio converter-se empensão mensal vitalícia, de acordo com a tabela P. M. V., se nesse sentido oinstituidor fizer declaração de vontade, por ato autêntico.Artigo 48 - A pensão é mensal e irreversivel, extinguindo-se com a morte dobeneficiário, do mesmo modo que o direito eventual do pecúlio, atribuido amenores e outros incapazes. Poderá, porem, qualquer beneficiário, no processode habilitação, enquanto este não estiver findo, desistir parcial ou totalmente desua quota parte, em favor de outro.Artigo 49 - Os documentos apresentados e juntos aos processos de habilitaçãosó serão desentranhados, se substituidos por certidão ou cópia fotostática.Artigo 50 - Sobrevindo, no processo, questões de alta indagação, poderá oPresidente remeter os interessados para as vias ordinárias, ouvindo sempre oConselho Fiscal.

CAPÍTULO IX

Da perempção e da caducidade

Artigo 51 - A falta de cumprimento de exigência, dentro do prazo de seis meses,contados da data da publicação no "Diário Oficial" prorrogavel por outro tanto, arequerimento dos interessados, importará perempção do processo que as tiverfeito.Artigo 52 - Caducará no prazo de cinco anos, contados da data do falecimento docontribuinte, o direito de habilitação ao pagamento do pecúlio: e ainda no de cincoanos, o direito a pecúlio, pensões ou restituições.

TITULO IV

Dos empréstimos

CAPITULO I

Generalidades

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Artigo 53 - O Instituto facultará aos seus contribuintes empréstimos mediantegarantia de vencimentos, hipotecas, penhor ou caução de títulos.Parágrafo único - Os empréstimos sob penhor ou caução de títulos, estesdevidamente especificados em portaria da Presidência, são extensivos a nãocontribuintes.

CAPÍTULO II

Dos empréstimos sob consignação em folha

Artigo 54 - Os empréstimos sob consignação em folha serão concedidos aservidores efetivos do Estado com mais de um ano no exercício de suas funções,ou aos em gozo de licença não sujeita a desconto, nas seguintes condições:a) prazo até quatro anos para funcionários com mais de dez anos de serviço, etrês anos para funcionários com menos tempo;b) importância máxima de quinze contos de réis e correspondente a cinco mesesde vencimentos, para aqueles primeiros funcionários, e três meses para estesúltimos;c) limite de vinte por cento dos vencimentos para desconto destinado aos serviçosde juros e amortização;d) juros de oito por cento (8 %) ao ano, e taxa de garantia destinada a cobrir oscasos de insolvência de devedores, no total de dois por cento para osempréstimos de um ano; de três por cento para os de dois anos; de quatro porcento para os de três anos; e de cinco por cento para os de quatro anos.§ 1.º - Provando doença em sua pessoa ou em pessoa de sua familia, poderá omutuário obter majoração do empréstimo correspondente a mais um mês dosseus vencimento, dentro do limite máximo de quinze contos de réis.§ 2.º - Os empréstimos a funcionários municipais de institutos autônomos, serãofeitos nas mesmas condições, quando inscritos no Instituto como contribuintes.§ 3.º - Os funcionários contratados, com mais de um ano de serviço, poderãoobter empréstimos, pelo prazo doze meses e de quantia correspondente a doismeses de vencimentos; os contratados, com mais de dez anos de serviço, terãodireito a empréstimos nas condições dos efetivos.Artigo 55 - Os empréstimos por prazo superior a dois anos só serão concedidosmediante prévio exame de saude.Artigo 56 - É facultado aos funcionários o aumento do empréstimo, no caso demelhoria de vencimentos, bem assim reformá-lo depois de decorrida metade doprazo do contrato em vigor.Artigo 57 - Os pedidos de exoneração, de licença sem vencimentos e dacomissionamento com prejuizo dos vencimentos deverão ser acompanhados deatestado negativo de débito ou de acordo assinado com a Diretoria do Monte deSocorro.Artigo 58 - É obrigatório o arquivamento, na Secretaria da Fazenda ou em outrarepartição pagadora, de folha de consignações e de uma cópia de contrato doempréstimo concedido, com as indicações relativas à sua importância, ao seuprazo e à consignação fixada.Parágrafo único - O recolhimento das importâncias arrecadadas em virtude das

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consignações em folha, deverá efetuar-se no prazo máximo de 60 dias, contadosdo mês em que se deu a arrecadação.Artigo 59 - Os nomes de funcionários envolvidos em inquéritos administrativos eos dos funcionários suspensos por período superior a 30 dias ou indeterminado,serão comunicados imediatamente à Diretoria do Monte de Socorro, emexpediente reservado.

CAPITULO III

Dos mútuos sob penhor

Artigo 60 - Os mútuos sob penhor de jóias, pedras, objetos de arte ou metaispreciosos serão concedidos dentro dos seguintes limites, segundo o valorintrinseco, fixado por peritos do Monte de Socorro:a) quatro quintos (4/5), quando se tratar de objeto de ouro, prata ou platina;b) três quartos (3/4), quando se tratar de jóias; ec) dois terços (2/3), quanto aos demais objetos.Artigo 61 - Os empréstimos sob pennor serão efetuados mediante propostaassinada pelo interessado, ou alguem a seu rogo, se não puder ou não souberescrever.Parágrafo único - A proposta será rejeitada "in-limine" sempre que ocorrer duvidasobre a legitima posse, ou direito de dispor do objeto oferecido em penhor.Artigo 62 - Realizado o contrato, o mutuário receberá uma cautela numerada,assinada pelo Diretor e pelo tesoureiro do Monte de Socorro, com a descrição doobjeto apenhado, valor arbitrado, importância e prazo do empréstimo, taxa dejuros e data do contrato. Esta cautela será nominativa ou ao portador, à opção domutuário, nos casos em que o Diretor do Monte a conceder.Parágrafo único - A cautela nominativa é transferivel por endosso, trazendo afirma autenticada.Artigo 63 - Dar-se-á a novação do contrato, para todos os efeitos, sempre quehouver modificação importância do empréstimo.Artigo 64 - A taxa de juros, para os mutuos sob penhor, será fixada anualmente,em princípios de janeiro, não poderá exceder de dez por cento (10 %) ao ano. Omês iniciado será considerado vencido, para efeito do pagamento de juros.Artigo 65 - Os empréstimos sob penhor não poderão ser inferiores a cem mil réis,nem superiores a dez contos de réis.Artigo 66 - O prazo de mutuo sob penhor poderá ser de um ano, e prorrogar-seainda por seis meses, pagos no ato da renovação os juros vencidos e avaliado denovo o objeto apenhado.Parágrafo único - A renovação do prazo dependerá de exibição da cautela.Artigo 67 - O mutuário poderá resgatar o penhor, antes de findo o prazoconvencionado, pagando nesse caso, juntamente com o principal, os jurosvencidos.Artigo 68 - Os juros serão pagos no resgate do penhor, ou na renovação docontrato, e calculados por meses completos.Artigo 69 - A amortização da divida poderá fazer-se parcialmente, dentro do prazodo contrato.

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Artigo 70 - Vencido o empréstimo, sem que tenha sido paga a dívida, ourenovado o contrato, até o último dia anterior ao do leilão anunciado pelaimprensa, será por este meio vendido o objeto apenhado.Artigo 71 - Sobre a importância liquida posta à disposição do mutuário, em virtudeda venda do penhor, cobrar-se-á percentagem de cinco por cento (5 %), destinadaàs despezas do Monte. Saldos não reclamados revertem a favor do Monte,decorridos cinco anos.Artigo 72 - Sob nenhum pretexto, e sob pena de responsabilidade funcional, seráexposto à venda objeto que não tenha sido dado em penhor.Artigo 73 - O mutuário cuja cautela se extraviar, disso fará comunicação aoDiretor do Monte e anúncio pela imprensa. A emissão da nova cautela, mediante opagamento de cinco mil réis de emolumentos, será feita depois de 15 dias desseaviso, não sendo permitida em tal caso, a retirada do penhor antes de decorrido oprazo do contrato, salvo se o mutuário prestar fiança.Artigo 74 - As pessoas que não tiverem a livre administração de seus bens, sóserão admitidas como mutuários, por intermédio de seus representantes legais.Artigo 75 - Se acontecer extraviar-se no Monte o objeto do penhor, será o mesmopago pelo preço de avaliação mais vinte e cinco por cento (25 %), deduzindo se aimportância da dívida.

CAPÍTULO IV

Dos empréstimos sob Caução de Títulos

Artigo 76 - Os empréstimos sob caução de apólices ou obrigações emitidas pelaUnião, pelo Estado e pela Prefeitura da Capital, ou de outros títulos que apresidência do Instituto admitir, serão de importância não excedente de quatroquintos (4/5) das cotações da Bolsa e nunca superior ao valor nominal dosmesmos papéis. O prazo máximo será de um ano, com juros de dez por cento (10%) ao ano, admitidas renovações de empréstimo, mediante pagamento dosprêmios vencidos.Artigo 77 - Desde que os titulos dados em penhor sofram baixa maior de dez porcento (10 %) do preço fixado no momento do contrato, o Monte de Socorro poderáexigir o reembolso da importância correspondente a redução, ou um reforço degarantia, dentro de cinco dias da data da notificação, que nesse caso fará aomutuário.Artigo 78 - Quando o contratante não solver o empréstimo, ou não satisfizer asobrigações acima, o Monte de Socorro, dentro de três dias, autorizará a venda naBolsa, dos títulos caucionados, para reembolso do que lhe fôr devido, inclusive asdespesas acrescidas. O excesso, que acaso se verificar, até concorrência dopreço alcançado, será posto à disposição do devedor e o mutuário poderáautorizar o Monte a assinar os termos de transferência de títulos nominativos.Saldos não reclamados revertem, depois de cinco anos, a favor do Monte.Artigo 79 - Os empréstimos, de que aqui se trata, se efetuarão mediante propostasujeita às mesmas condições dos mutuos sob penhor, mencionando-se, porém,em relação aos títulos:a) a quantidade e espécie, o valor nominal, o número, a série e a data da emissão;

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b) se são ao portador ou nominativos e, neste caso, o nome em que se achamaverbados, e se sobre os mesmos não pesam onus.Artigo 80 - O valor de cada empréstimo não será superior a dez contos de réis(10:000$000), nem o prazo excedente ao tempo de vencimentos dos títulos dadosem garantia.Artigo 81 - O contrato e a cautela, que se expedir ao mutuário, resvetirão fórmulaanáloga à dos instrumentos do empréstimo sob penhor.Artigo 82 - Só quando garantidos por títulos ao portador. estes contratos serãotransferiveis por endosso, uma vez reconhecida a firma do endossante.Artigo 83 - Nos empréstimos garantidos por titulos nominativos, a entrega daquantia emprestada só se fará depois de exibida a certidão do termos de cauçãodos títulos, lavrado na repartição incubida do seu registo.

CAPITULO V

Dos depósitos

Artigo 84 - O Monte de Socorro poderá receber em simples guarda ou depósito,restituivel a qualquer tempo, objetos de valor, efeitos públicos, ações e debênturesde sociedades anônimas, mediante a comissão de meio por cento (1/2 %) ao ano,por ano integral, calculada sobre o valor arbitrado de tais objetos ou títulos.Artigo 85 - O depósito será efetuado à vista de proposta assinada pelodepositante, com indicação de sua identidade e bem assim individuação do objeto,ou objetos a depositar.Artigo 86 - Arbitrado o valor do objeto, será expedido, em forma legal, odocumento do depósito.

CAPITULO VI

Das operações da Carteira Predial

Artigo 87 - O Instituto facultara aos seus contribuintes, por intermédio da CarteiraPredial e dentro das disposições deste capítulo, meios para a aquisição,construção ou reconstrução de casas residenciais, ou liberação das hipotecas queas gravarem.Artigo 88 - As operações da Carteira Predial consistirão, conforme preferirem osinteressados:a) na compra em nome do Instituto, de imoveis indicados pelos pretendentes, paravenda a estes em prestações, mediante escritura de compromisso, enquantopenderem as obrigações;b) em empréstimos com garantia hipotecária única de imoveis já em nome dosproponentes;c) na venda, tambem a prestações e com aquelas mesmas garantias, de casas detipo econômico, ou de apartamentos em condomínio, diretamente projetadas econstruidos pelo Instituto.Artigo 89 - Os empréstimos não poderão exceder os pecúlios obrigatórios e

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facultativos, de que os mutuários forem contribuintes, e nunca o máximo de cemcontos de réis (100:000$000).Artigo 90 - Os prazos para pagamento do imovel, ou dívida hipotecária, serão dedez e quinze anos, e os juros de nove por cento (9 %) ao ano.Artigo 91 - Para exercer suas atividades, a Carteira Predial será adotada dosseguintes recursos:a) quarenta por cento (40 %) das reservas técnicas do Instituto, inclusive asdisponibilidades da Caixa Beneficente dos Funcionários Públicos e do Montepiodos Magistrados.b) quaisquer outras reservas, que a juizo do Presidente do Instituto, devam teresse destino.

SECÇÃO I

Das inscrições na Carteira Predial

Artigo 92 - Haverá duas séries de inscrições na Carteira Predial:a) uma por ordem de antiguidade, dos contribuintes do Instituto, da CaixaBeneficente dos Funcionários Públicos e do Montepio dos Magistrados; eb) outra livre, a que poderão concorrer quaisquer contribuintes, salvo os jáincluidos na série "a", vedada a inscrição, tanto numa como noutra série, dos quepossuirem residência própria, em seu nome, no do cônjuge ou de filhos menores,ou em qualquer caso em que se venha prejudicar o intuito dos empréstimos.Artigo 93 - As inscrições, em ambas as séries, serão abertas pelo prazo de centoe vinte (120) dias, publicado no "Diário Oficial", do Estado, e far-se-ão mediantepreenchimento dos impressos para esse fim fornecidos aos candidatos, os quais,para a série "a", deverão ainda juntar atestados da sua antiguidade comocontribuintes da Caixa Beneficente ou de Montepio dos Magistrados, por certidãoda Secretaria da Fazenda.Artigo 94 - Encerrado aquele prazo, proceder-se-á a sorteio na série "a" sehouver mais de cinquenta candidatos com a mesma antiguidade; e do mesmomodo na serie "b", sempre que superiores a esse número as inscrições.Parágrafo único - O sorteio será público, em dia previamente designado.Artigo 95 - Não será aberta nova inscrição em qualquer das séries, senão depoisde atendidos os anteriores cinquenta candidatos, e assim sucessivamente.Artigo 96 - Os empréstimos ficarão sempre dependentes dos recursos da CarteiraPredial.Artigo 97 - Não se permitem transferências das vantagens concedidas.

SECÇÃO II

Da avaliação dos imoveis e dos documentos a serem apresentados

Artigo 98 - Aos contemplados em sorteio será marcado o prazo de noventa (90)dias para requerer a avaliação do imovel que pretendem adquirir ou liberar deoutra hipoteca; casa e respectivo terreno, ou terreno só.Artigo 99 - Na avaliação do imovel serão examinados os seguintes elementos,

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alem de outros que possam tambem ser indicados:a) quanto a edificação ou construção:1.º - rendimento do prédio, verificado ou provavel;2.º - imposto predial pelo último lançamento;3.º - transações recentes de imoveis nas imediações do oferecido à venda;4.º - situação do imovel.b) Quanto ao terreno só:1.º - localização;2.º - zona ou bairro;3.º - acidentação e posição;4.º- dimensões.Artigo 100 - Se a aquisição destinar-se à construção ou reconstrução de prédio, aproposta deverá ainda ser acompanhada do seguinte:a) planta do terreno, nos termos da escritura;b) plantas, cortes, elevação e perspectiva do prédio a ser construido oureconstruido, assinaladas, neste caso, as alterações projetadas no imovel;c) planta da situação do prédio em relação ao terreno e ao quarteirão, comindicação da artéria mais próxima, por onde circulam ônibus ou bondes;d) minuta do contrato das obras.Artigo 101 - Efetuada a avaliação, resolverá o Instituto sobre a aceitação ourecusa da proposta.Artigo 102 - Cancelar-se-ão as inscrições ou propostas dos candidatos que nãopreencherem as condições regulamentares no prazo de noventa dias,prorrogaveis por outros noventa, com causa justificada.Artigo 103 - Para celebração dos contratos de imoveis, aceitos pelo Instituto,serão produzidas as seguintes provas:a) de propriedade, com a transcrição do título no Registo de Imoveis e dasanteriores transcrições, dentro dos últimos vinte anos;b) de que a propriedade se acha livre e desembaraçada de quaisquer onus;c) de quitação de todos os impostos e taxas;d) de não existência de qualquer ação sobre o imovel, contra o vendedor ouanteriores proprietários, desde dez anos, pelo menos;e) de capacidade civil do proponente e do proprietário do imovel e de seusantecessores, se pelo exame dos documentos houver necessidade dessa prova.

SECÇÃO III

Dos tipos de casas a serem construidas; do registo de construtores; dasdespesas de aquisição e conservação dos imoveis;

do serviço dos empréstimos; dos prêmios de seguros de renda e contrafogo.

Artigo 104 - As casas na Capital, Santos, Campinas e outros centros urbanosimportantes do Estado serão, em regra, construidas em grupo e padronizadasquanto possivel, sem prejuizo de variantes, de acordo com as preferências dosinteressados.Artigo 105 - O Instituto organizará o projeto dos tipos padronizados a construir,

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com três faces de exposição, quando as casas não forem isoladas, e recuo dequatro metros no mínimo do alinhamento da rua. Esse projeto será acompanhadodo orçamento, descrição da obra. valor e localização do terreno; e executado logoque haja dez ou mais pretendentes ao grupo.Artigo 106 - Aas casas de apartamentos, em condomínio, a que se refere a letra"c" do art. 88, serão construidas no perímetro central da Capital, precedendosolicitação de dez ou mais contribuintes contemplados em sorteio, à vista dasplantas e orçamentos. Os serviços de administração do condomínio incumbirão aoInstituto, repartindo-se entre os adquirentes as despesas gerais. Os apartamentosque ainda não tiverem sido adquiridos, poderão ser alugados a contribuintesinscritos na Carteira Predial.Artigo 107 - As construções financiadas pelo Instituto far-se-ão por meio deconcorrência pública, quando os contratos forem superiores a cinquenta contos deréis (50:000$000); quando de importância menor, por meio de concorrênciaadministrativa, entre cinco construtores, no máximo, de reconhecida idoneidadetécnica e financeira.Artigo 108 - O registro dos concorrente, à taxa de duzentos mil réis (200$000)cada um, será feito em livro próprio e revisto anualmente, para inclusão de novasfirmas ou exclusão das já existentes, a juizo da direção do Instituto.Artigo 109 - Para o registro, os concorrentes apresentarão as seguintes provas:a) de capacidade financeira, firmada por banco ou casa bancária;b) de capacidade técnica, firmada por proprietários de obras que já tenhamexecutado;c) de sua representação jurídica;d) de quitação de todos os impostos e taxas;e) de autorização para funcionar no país, se se tratar de firma estrangeira.Artigo 110 - Correrão a cargo do contribuinte todas as despesas acarretadas pelasua proposta, desde a avaliação do imovel.Parágrafo único - As despesas de avaliação serão indenizadas com o pagamentoantecipado de uma taxa de 50$000 a 200$000, de acordo com o valor do imovel.Artigo 111 - Os empréstimos contraidos pelos contribuintes, por intermédio daCarteira Predial, serão pagos em mensalidades constantes, de acordo com atabela "B".Artigo 112 - A essas mensalidades se acrescem os prêmios de seguro de rendatemporária e de seguro contra fogo.Parágrafo único - O prêmio de seguro de renda temporária será pago de acordocom a tabela "C".Artigo 113 - Poderão os contribuintes, em qualquer ocasião, resgatar no todo ouem parte, os empréstimos contraídos, com desconto nas amortizações totais, dosjuros a se vencerem.Artigo 114 - Ocorrendo o falecimento do contribuinte antes do vencimento doprazo ajustado, os seus beneficiários terão plena quitação da dívida, se ofalecimento se verificar depois do terceiro ano civil de vigência do contrato; eficarão subrogados nos respectivos onus. se o falecimento se verificar antes dedecorrido aquele período de carência. Nesta hipótese, poderão os beneficiários,se preferirem, transferir o contrato a outro contribuinte que iniciará novo períodode carência.

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Artigo 115 - As mensalidades de que trata o art. 111, bem como outrasobrigações vencidas do mesmo seguro, serão descontadas até quarenta por cento(40 %) dos vencimentos do contribuinte, de acordo com os arts. 2.º e 4.º doDecreto n. 7.292, de 1935, mediante consignação em folha, ou pagas diretamentena sede do Instituto, até o décimo dia util do mês seguinte ao vencido;rescindindo-se o contrato, se convier, independente de qualquer notificação,sempre que os descontos forem deficientes ou suspensos ou faltar o pagamentodireto em época própria.Parágrafo único - As mensalidades em mora vencerão juros de um por cento (1%) ao mês.Artigo 116 - Sendo cônjuge, poderão os contribuintes distribuir entre si osencargos das operações com o Instituto, dentro do limite estabelecido no artigoanterior.

TÍTULO V

Da Assistência Médica e Hospitalar dos Armazens de Fornecimentos

Artigo 117 - O Instituto facultará a seus contribuintes assistência médica ehospitalar, pelo modo mais conveniente e em proporção aos recursos do fundoespecial a que se refere o art. 132, bem assim das taxas de serviços, na formadas instruções que forem expedidas.Artigo 118 - Ainda por meio de instruções será regulado o fornecimento degêneros, com descontos em folha, até trinta por cento (30%) dos vencimentos defuncionários contribuintes da Carteira Predial, e ate quarenta por cento (40 %),fora desse caso, tudo dentro do limite máximo de consignações de setenta e cincopor cento (75 %), estabelecido pelo Decreto n. 7.292, art. 4.º

TITULO VI

Dos Seguros

Artigo 119 - O Instituto fará o seguro contra fogo dos edificios públicos do Estado,dos municipios e dos institutos autonomos, conforme for solicitado e de acordocom as tabelas mais adequadas, em face das quais terá sempre preferencia,assim como o dos imoveis pertencentes aos seus contribuintes, registrados naCarteira Predial.Artigo 120 - O seguro de acidentes no trabalho, de operários estaduais emunicipais, acompanharão as tabelas que o Instituto organizar.

TITULO VII

Da Caixa Beneficente dos Funcionários Publicos e do Montepio dosMagistrados

Artigo 121 - A Caixa Beneficente dos Funcionários Públicos e o Montepio dosMagistrados são administrados e representados juridicamente pelo Instituto,

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enquanto subsistirem por força de suas atuais obrigações; e nesse regime terãoescrituração autônoma, com discriminação de seu patrimônio e débito daspróprias despesas, alem de uma quota com que concorrerão para as despesasgerais do Instituto.Artigo 122 - Os pecúlios da Caixa Beneficente não poderão ser modificados,salvo no caso de acesso a lugar de retribuição mais elevada, ou aumento devencimentos no proprio lugar, expedindo-se, tanto num como noutro, nova apólice.Artigo 123 - A Diretoria da Caixa Beneficente e do Montepio dos Magistradosorganizara até 31 de dezembro de 1942 o fichario geral dos contribuintes, com adeclaração de familia, a certidão de idade e a determinação de cargo de cada um;feito isso, emitirá apolices de seguro a todos eles.Artigo 124 - Os pecúlios dos contribuintes, cujas fichas estiverem em ordem,serão pagos diretamente aos herdeiros, independente de inventario ou partilhajudicial, de acordo com o artigo 44, § único.Artigo 125 - Os contribuintes da Caixa Beneficente dos Funcionarios Publicos edo Montepio da Magistrados são mantidos em todos os seus atuais direitos,sendo-lhes aplicaveis as disposições do § 3.º. do artigo 34, do artigo 35 e seusparagrafos, dos §§ 4.º e 5.º do artigo 47 e dos artigos 53,117 e 118.Artigo 126 - Os funcionários que por qualquer motivo perderem seus cargos, masquizerem continuar como contribuintes, deverão requerê-lo dentro do prazo denoventa (90) dias, sob pena de caducidade do direito.Artigo 127 - As contribuições dos ex-funcionarios, não pagas no vencimento,ficam sujeitas a multa de dez por cento (10 %), se a mora não exceder de seismeses; e a pena de caducidade, se este prazo for excedido.Parágrafo único - Poderão os que incorrerem em exclusão por atrazo nopagamento de contribuições, reinscrever-se, requerendo-o até três meses depoisda data da exclusão, e sujeitando-se a prévio exame de saude.

TITULO VIII

Do balanço; das reservas tecnicas; dos emolumentos; da distribuição doslucros

Artigo 128 - Anualmente se procederá ao balanço geral para apuração dosresultados do ano financeiro encerrado em 31 de dezembro.Parágrafo único - O balanço a que este artigo alude deverá ficar ultimado até 30de abril do ano financeiro seguinte.Artigo 129 - Por ocasião do balanço serão calculadas as reservas técnicas que sedestinam a garantir os contratos que envolvam contingência de vida, assim comoas reservas e fundos para as operações de carater financeiro.Artigo 130 - A receita, as rendas e o patrimônio do Instituto são de sua exclusivapropriedade, não podendo, em caso algum, ter aplicação diversa da estabelecidaneste Regulamento.§ 1.º - Formam a receita e o patrimônio do Instituto, de acordo com o artigo 4.º;a) as contribuições do Estado, das municipalidades e dos Institutos autonomos;b) as contribuições dos inscritos;c) os emolumentos devidos por certidões, registro de firmas construtoras, exames

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médicos de candidatos a empréstimos no Monte de Socorro, avaliação de jóias,etc.;d) as rendas hospitalares;e) os juros dos empréstimos com garantia de vencimentos ou garantia real; osjuros de apólices e titulos pertencentes ao Instituto;f) as rendas de outros bens patrimoniais;g) as rendas eventuais e a reversão de qualquer importância, em virtude deprescrição;h) os legados, doações, subscrições e quaisquer outros beneficies provindos departiculares, bem como as subvenções dos poderes públicos.§ 2.º - Os emolumentos devidos são os provenientes de:1 - certidões, à razão de vinte mil réis (20$000) cada uma, pagas ao Instituto dePrevidência do Estado;2 - procuratórios no Monte de Socorro, na mesma importância;3- laudos medicos, por exames de saude na Caixa Beneficente ou no Instituto,pagos, igualmente na importancia de vinte mil réis (20$000) cada um;4) - inspeção médica para os candidatos a empréstimos no monte de Socorro,sendo:a) - empréstimos até 1:000$000 - taxa 5$000b) - empréstimos até 2:000$000 - taxa 10$000c) - empréstimos até 3:000$000 - taxa 15$000d) - empréstimos até 4:000$000 - taxa 20$000e) - empréstimos até 5:000$000 - taxa 25$000

além de 5:000$000 - taxa - 30$0005) - avaliações de jóias, a título comercial, sem relação com as avaliações paraempréstimos, um por cento a partir de quinhentos mil reis (500$000), até omaximo de cinco contos de réis (5:000$000);6) - exibição de jóias a mutuários, independente de resgate, dois mil reis (2$000);7) - copia de plantas existentes nos arquivos do Instituto, trinta mil réis (30$000)cada uma :8) - inscrição de construtores no quadro do Instituto duzentos mil réis, (200$000),Artigo 131 - Destinam-se a constituição do Fundo de Inativos:a) a contribuição de seis por cento (6 %) estabelecida no artigo 4.º;b) cinquenta por cento (50 %) dos lucros obtidos nas carteiras de seguros deacidentes no trabalho e contra fogo.Artigo 132 - Estabelecidas as reservas técnicas que envolvam contingência devida e as reservas para o Fundo de Inativos e das carteiras de Seguros contrafogo e acidentes no Trabalho, os lucros liquidos apurados afinal terão o seguintedestino: cinquenta por cento (50 %) ou mais, para o Fundo de Assistência Médicae Hospitalar; trinta por cento (30 %) ou mais para Reservas de Contingência; onecessário para gratificação à administração e ao pessoal do Instituto, a juizo e naforma que fôr distribuida pelo Conselho Fiscal e aprovado pelo Secretário daFazenda.Artigo 133 - Os títulos e bens de propriedade do Instituto só poderão seralienados ou caucionados em casos de necessidade ou utilidade evidente, ouvidoo Conselho Fiscal e mediante autorização do Secretário da Fazenda

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TÍTULO IX

Administração do Instituto

Artigo 134 - A direção do Instituto será exercida por via Presidente, com aassistência de um Diretor Geral, a quem se subordinarão os diretores dosdiferentes serviços. Haverá ainda um conselho fiscal, composto de cincomembros.Artigo 135 - O Presidente e o Diretor Geral serão nomeados livremente peloGoverno, entre pessoa de reconhecida capacidade, e permanecerão nos seuscargos enquanto bem servirem.Paragráfo único - O funcionário ou empregado para-estatal que fôr designadopara exercer em comissão qualquer daqueles cargos, terá o direito de opção emmateria de vencimentos, do mesmo modo que o aposentado nos termos do art.87. n. 12, da Constituição Estadual.Artigo 136 - Quanto a vencimentos será observada a tabela "D" , anexa aopresente Regulamento.Artigo 137 - Os serviços, agrupados em diretorias, são os seguintes:a) Expediente;b) Contabilidade.c) Seguros:d) Monte de Socorro;e) Carteira Predial:f) Assistência Médica Hospitalar: eg) Caixa Beneficente dos Funcionários Publicos e Montepio dos Magistrados.Parágrafo único - O cargo de Diretor do Monte de Socorro denomina-se Diretor-Gerente do Monte de Socorro.

CAPÍTULO I

Da Presidência do Instituto

Artigo 138 - Compete ao Presidente:a) superintender os serviços do Instituto,b) representá-lo como personalidade jurídica;c) autorizar as suas operações financeiras;d) autorizar ainda o pagamento de pecúlios, pensões e fornecimentos superiores adois contos de réis (2:000$000);e) expedir instruções para a boa ordem dos serviços;f) enviar ao Secretário da Fazenda relatório anual dos trabalhos e proposta doorçamento;g) propôr ao Secretário da Fazenda as nomeações ou promoções de funcionários;h) propôr ao Secretário da Fazenda o contrato de serviços por tempo ou fimdeterminado;i) receber o compromisso de funcionários e encaminhar ao Secretário da Fazendaos pedidos de licença dos mesmos,

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j) convocar o Conselho Fiscal extraordinariamente;l) propor ao mesmo Conselho, por ocasião dos orçamentos anuais, aumento oumodificação do quadro de funcionários; em) praticar em geral os demais atos de direção inerentes ao cargo.Artigo 139 - Um ou mais funcionários, escolhidos no quadro do Instituto,auxiliarão os trabalhos da presidência

CAPITULO II

Do Conselho Fiscal

Artigo 140 - Os membros do Conselho Fiscal serão de livre escolha do Secretárioda Fazenda, entre funcionários públicos, inclusive aposentados e empregado:para-estatais, e servirão pelo prazo de três anos, podendo ser reconduzidos.Parágrafo único - O Conselho Fiscal elegerá um Presidente, dentro os seusmembros, cada um dos quais perceberá a gratificação de cem mil réis (100$000),por sessão a que comparecer, até o máximo de cinco sessões por mês.Artigo 141 - Incumbe ao Conselho Fiscal;a) manifestar-se sobre a proposta orçamentária do Instituto e suas modificações;b) proceder ao exame dos serviços e das contas do Instituto, através dosbalancetes e balanços, ou por inspeção direta;c) manifestar-se sobre as propostas do Presidente, relativas ao quadro dopessoal, seu aumento e respectivos vencimentos;d) opinar em todas as matérias a respeito das quais o Secretário da Fazenda ou oPresidente do Instituto entenda conveniente a sua audiência ou deliberação; ee) elaborar o seu regimento e submete-lo á aprovação do Secretário da Fazenda.Artigo 142 - Os membros do Conselho prestarão compromisso perante oSecretário da Fazenda.Artigo 143 - O Conselho Fiscal marcará as suas sessões uma por semana nomínimo, alem das que venha a realizar em virtude de convocação do Secretário daFazenda, seu Presidente ou Presidente do Instituto.Artigo 144 - Para as deliberações do Conselho é mistér a presença de pelomenos três membros, inclusive o Presidente, devendo as resoluções ser tomadaspor maioria de votos.Parágrafo único - O Presidente terá tambem voto de qualidade.Artigo 145 - De cada sessão lavrar-se-á ata, em que serão registradas asdeliberações tomadas e os votos divergentes.

CAPITULO III

Da Diretoria Geral

Artigo 146 - Incumbe ao Diretor Geral:a) auxiliar o Presidente no seu despacho, encaminhando-lhe os processos,devidamente informados;b) aplicar as penalidades de sua alçada e propor as demais;

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c) conceder as férias regulamentares de sua alçada.d) distribuir o pessoal pelas diversas Diretorias do Instituto, transferindo ouremovendo, segundo a conveniência do serviço e designar funcionários paradiligências fora da Capital;e) inspecionar, ou determinar que se inspecionem as diversas diretorias doInstituto, e superintender os serviços técnicos;f) despachar os pedidos de inscrição de contribuintes facultativos;g) assinar, juntamente com o Atuário, as apólices emitidas;h) assinar os balanços anuais do Instituto, e apresentar dados para o relatório;i) providenciar sobre a inspeção médica de funcionários estaduais, municipais ede institutos autonomos, que requererem aposentadorias, si esta estiver a cargodo Instituto;j) provêr de modo que até 31 de março de cada ano seja apresentada aoPresidente, para a indispensavel quitação, a tomada de contas do tesoureiro doMonte de Socorro;l) despachar os pedidos de pagamento, até dois contos de réis (2:000$000);m) assinar com o Diretor do Expediente os pedidos de fornecimentos de material;n) autuar a quem de qualquer modo perturbar a ordem e a disciplina do Instituto,ou delinquir dentro dele;o) representar ao Presidente sobre a falta ou insuficiência de créditos, para osdiferentes serviços;p) - prorrogar ou antecipar as horas de expediente, nos termos desteRegulamento; eq) - praticar todos os demais atos inerentes a sua função e necessários ao bomandamento dos serviços.Artigo 147 - Das decisões do Diretor Geral poderá haver recurso "ex-officio" ouvoluntario, com efeito suspensivo, para o Presidente, interposto o voluntário dentrodo prazo de trinta (30) dias, contados da data da intimação ou publicação dodespacho.Artigo 148 - O Diretor Geral será assistido em seus trabalhos por doisfuncionários do Instituto à sua escolha.

CAPITULO IV

Da Diretoria de Expediente

SECÇÃO I

Da Organização e dos fins da Diretoria

Artigo 149 - A Diretoria de Expediente tem a seu cargo:a) - o protocolo do movimento de papeis do Instituto;b) - os processos de concorrência para compra de material do serviço;c) - a distribuição e guarda do material comprado, por intermédio do almoxarifado;d) - o arquivamento de livros e processos já encerrados;e) - a expedição da correspondência;f) - a limpesa e conservação da sede do Instituto;

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g) - o arquivamento dos processos de inscrição de contribuintes;h) - a notificação aos contribuintes de quaisquer fatos relacionados com os seusprocessos de inscrição; ei) - a comunicação às repartições pagadoras dos prêmios a serem cobrados.Artigo 150 - A Diretoria de Expediente compôe-se de duas secções:1) - de Protocolo e arquivo, ou 1.ª secção;2) - de Registo de Contribuintes, ou 2.ª Secção.

SECÇÃO II

Das atribuições especiais do Diretor

Artigo 151 - Compete especialmente ao Diretor do Expediente:a) - presidir às propostas de concorrência para o fornecimento de material;b) - assinar com o chefe da 1.º. Secçâo, os pedidos de fornecimento de material;c) - determinar o arquivamento de processos findos;d) - solicitar da Diretoria Geral adiantamentos até um conto de réis (1:000$000),para o pagamento de pequenas despesas, com posterior prestação de contas: ee) - fiscalizar ou determinar que se fiscalizem os serviços de limpesa econservação da sede do Instituto.

SECÇÃO III

Da Secção de Protocolo e Arquivo, ou 1.ª Secção

Artigo 152 - São as seguintes as atribuições da Secção de Protocolo e Arquivo,ou 1.ª Secção;a) - protocolamento de todos os processos, papeis e requerimentos que derementrada no Instituto;b) - expedição da correspondência geral;c) - arquivamento dos processos findos, determinado pelo Diretor de Expediente;d) - organização de concorrências, para aquisição de material;e) - fornecimento, pelo Almoxarifado, de impressos, livros o objetos de expedienteàs diversas diretorias;f) - manutenção, ali, de um pequeno estoque de impressos, livros e outros objetos;eg) - auxílio ao Diretor na fiscalização do serviço de limpesa e conservação da sededo Instituto.

SECÇÃO IV

Da Secção de Registro de Contribuintes, ou 2.ª Secção

Artigo 153 - A Secção de Registo de Contribuintes, ou 2.ª Secção, tem porencargo:a) - a organização de fichas alfabéticas e numéricas de todos os contribuintes do

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Instituto;b) - arquivamento dos processos de inscrição;c) - o arquivamento de documentos modificativos de declarações de família;d) - a entrega de apólices aos interessados, contra recibo;e) - a comunicação às repartições pagadoras dos prêmios devidos peloscontribuintes;f) - a extração de certidões, de processos despachados pelo Diretor Geral,relativos a inscrições; eg) - a comunicação aos contribuintes de quaisquer ocorrências nesses processos.

CAPITULO V

Da Diretoria de Contabilidade

Artigo 154 - A Diretoria de Contabilidade tem por fim o preparo do orçamentoanual e a organização da contabilidade analítica e sintética de todos os fatos degestão e atos de controle, que importem mutações no patrimônio do Instituto.Artigo 155 - A proposta de orçamento, de acordo com o padrão préviamenteaprovado pela Secretario da Fazenda, deverá estar ultimada até 31 de outubro decada ano, referindo-se ao exercício seguinte.Artigo 156 - Constarão dessa proposta todas as receitas e despesas do Instituto,classificadas, aquelas, de conformidade com a sua origem, seus títulos e rubricase, estas, de acordo com a sua natureza, em verbas, consignações,subconsignações e alíneas.§ 1.º - A proposta orçamentária será acompanhada dos seguintes anexos:1 - quadros comparativos entre as previsões e dotações do último orçamento e asda proposta;2 - quadros demonstrativos e comparativos da receita e despesa apuradas noúltimo exercício encerrado e no primeiro semestre do exercicio em curso;3 - quadro dos créditos adicionais abertos no último exercício;4 - balanços e demonstrações do resultado do último exercício;5 - análise da receita e despesa por serviços.§ 2.º - Os dados a que se refere este artigo devem ser coligidos pelos diversosserviços do Instituto e remetidos à Diretoria de Contabilidade até 31 de agosto decada ano.Artigo 157 - No preparo da proposta orçamentária, a fixação da despesaobedecerá a legislação respectiva e às necessidades do custeio dos serviçosexistentes, sem prejuizo no disposto no artigo 141, letra "c".Artigo 158 - Pelas contabilidades analítica e sintética serão feitos.na analítica:

1.º - o registro;a) - individual dos contribuintes:b) - dos elementos constitutivos, do patrimônio do Instituto;c) - dos componentes da receita e despesa, de acordo com o orçamento;d) - das responsabilidades do Instituto pelos seguros que envolvam contingênciade vida;e) - das responsabilidades por seguros contra fogo e acidentes no trabalho;

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f) - das responsabilidades por pensões temporárias ou vitalícias;g) - das obrigações por aposentadorias e reformas; eh) - das diversas contas correntes com outras entidades.2.º - O assentamento de todos os funcionários do Instituto;3.º - a expedição de ordens de pagamentos das despesas ordinárias do Instituto,das de pecúlio e pensões, das de adiantamento para despesas miudas ou viagensde funcionários e fiscais, em serviço:na sintética:

1.º - o balanço do ativo e passivo, com as contas devidamente classificadas, demodo que se conheçam por simples inspeção ocular os diferentes gruposhomogêneos ai apresentados.Esses grupos serão formados:no ativo:

a) - dos títulos da dívida publica do Estado;b) - dos empréstimos a contribuintes para a aquisição, construção ou liberação deimoveis;c) - dos adiantamentos ao Monte de Socorro para atender a empréstimos acontribuintes com garantia de vencimentos; ed) - dos demais componentes do ativo.no passivo:

a) das reservas técnicas, correspondentes aos seguros que envolvamcontingência de vida, riscos de incêndio e acidentes no trabalho;b) das reservas ordinárias:c) dos créditos provenientes de adiantamentos de fundos ao Instituto; ed) dos demais componentes do passivo.2.º - Haverá ainda:a) a tomada de contas de todos os responsaveis por adiantamentos de fundos ouguarda de valores, inclusive os pertencentes a contribuintes;b) a verificação trimestral dos saldos em caixa de todas as tesourarias oupagadorias do Instituto; ec) todos os demais atos de contrôle, para que os serviços de contabilidadedecorram dentro da maior ordem possivel.Artigo 159 - Ao Diretor da Contabilidade incumbe, especialmente:a) organizar, orientar e fiscalizar toda a contabilidade do Instituto;b) assinar, juntamente com o contador, as ordens de pagamento, oriundas deprocessos relativos a despesas do Instituto, empréstimos prediais e liquidação depecúlios e pensões; ec) expedir, assinando-os, os oficios e cartas relacionadas com os assuntos decontabilidade.Artigo 160 - Ao Contador do Instituto compete especialmente:a) auxiliar os serviços do Diretor; eb) praticar os demais atos que pelo mesmo lhe forem atribuidos.

CAPÍTULO VI

Da Diretoria de Seguros

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SECÇÃO I

Da competência e organização da Diretoria

Artigo 161 - A Diretoria de Seguros compete:a) o cálculo das tabelas de prêmios para os peculios que envolvam contingênciade vida; seguros contra riscos de incêndio; e acidentes no trabalho;b) o preparo das tabelas para a apuração anual das reservas técnicas de cadauma das espécies de peculios;c) a determinação dos prêmios nos processos dessa natureza;d) o cálculo dos pecúlios e pensões, em caso de vida ou de morte; e o dos danosa indenizar por sinistros de fogo ou acidente no trabalho;e) todas as informações em processos de suas atribuições;f) a publicidade das diversas formas de seguro praticadas pelo Instituto; eg) o preparo e a remessa a Diretoria de Contabilidade dos dados relativos acontribuição de seis por cento (6 %) do Estado, das prefeituras e dos institutosautonomos, para o Fundo de Inativos.Artigo 162 - Junto a esta Diretoria haverá uma Assistência Técnica Atuarial, quese corresponderá tambem com a Diretoria Geral.Artigo 163 - A Diretoria compreende:a) a Secção de Pecúlios, Pensões, Aposentadorias e Reformas, ou 1.ª Secção;b) a Secção de Seguros contra Fogo, ou 2.ª Secção; ec) a Secção de Informações e Publicidade, ou 3.ª Secção.Artigo 164 - São atribuições especiais do Diretor:a) mandar proceder, depois de examinados os professos, a inscrição decontribuintes obrigatórios;b) determinar que se expeçam as apólices de seguro contra fogo e de acidente notrabalho;c) encaminhar a despacho do Diretor Geral os pedidos de inscrição para pecúliosfacultativos;d) requisitar adiantamentos para as viagens dos fiscais; ee) dirigir-se as autoridades estaduais e municipais em assuntos atimentes apecúlios e pensões.

SECÇÃO II

Da secção de Pecúlios, Pensões e Aposentadorias e Reformas, ou 1.ªSecção

Artigo 165 - A Secção de Pecúlios, Pensões e Aposentadorias e Reformas tempor incumbência:a) receber e examinar os processos referentes á inscrição de contribuintesobrigatórios e facultativos do Instituto;b) proceder ao cálculo dos prêmios, de acordo com as tabelas atuarias;c) expedir as apólices de pecúlios obrigatórios e facultativos;d) organizar o fichário alfabético e numérico dos contribuintes;e) proceder ao cálculo dos pecúlios ou pensões por morte de contribuintes;

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f) examinar as relações mensais de aposentados e reformados, vindas dasrepartições estaduais, municipais ou de institutos autônomos;g) prestar as precisas informações, em processos que envolvam matéria de suaatribuição; eh) o fornecimento à Diretoria de Contabilidade dos dados relativos à taxa de seispor cento (6%), a ser percebida do Estado, das prefeituras e dos institutosautônomos, para efeito de aposentadoria.

SECÇÃO III

Da Secção de Seguros contra Fogo, ou 2.ª Secção

Artigo 166 - A Secção de Seguros contra Fogo, ou 2.ª Secção, cuidaespecialmente:a) de toda a correspondência a ser assinada pelo Diretor de Seguros;b) do preparo dos processos referentes aqueles seguros;c) das vistorias de próprios estaduais ou municipais e de prédios de institutosautônomos ou de contribuintes, a serem segurados;d) do registro de apólices de seguro contra fogo; ee) de informações sobre as matérias de sua competência.Artigo 167 - Funcionarão na Secção um ou mais fiscais, incumbidos de vistorias equaisquer outros serviços determinados pelo Diretor.

SECÇÃO IV

Da Secção de Informações e Publicidade ou 3.ª Secção

Artigo 168 - A Secção de Informações e Publicidade ou 3.ª Secção, prestaráinformações sobre todos os assuntos tocantes as modalidades de operações doInstituto, isto por meio de cartas, impressos, publicações e folhetos.Parágrafo único - A publicidade pela imprensa depende de prévia autorização doDiretor Geral.

SECÇÃO V

Da Assistência Atuarial

Artigo 169 - A Assistência Atuarial ficará a cargo um Atuário, cujas atribuiçõesespeciais são as seguintes:a) preparar o cálculo atuarial de todas as tabelas que devam servir de base aocomputo dos prêmios dos pecúlios que envolvam contingência de vida, depensões, de seguros contra fogo e de acidentes no trabalho;b) calcular as tabelas que sirvam de base à formação das reservas técnicas,conforme as diferentes modalidades de operações;c) assinar, com o Diretor Geral, as apólices do Instituto;d) conferir os cálculos, nos processos de pagamento de pensões e pecúlios,

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acidentes de fogo e no trabalho; ee) orientar a organização de uma biblioteca especializada em assuntos atuariais.

CAPÍTULO VII

Da Diretoria do Monte de Socorro

SECÇÃO I

Da competência e organização

Artigo 170 - O Monte de Socorro, com encargo das operações enumeradas notítulo IV, capítulos II a V, compreende quatro secções:a) a de Contratos de Empréstimos a Funcionários, ou 1.ª Secção;b) a de Empréstimos sob Caução e Penhores, ou 2.ª Seção;c) a de Contabilidade, ou 3.ª Secção; ed) a Tesouraria,

SECÇÃO II

Das atribuições especiais do Diretor-Gerente, do Contador, do Arquivista edo Procurador dos Mutuários,

Artigo 171 - São atribuições especiais do Diretor-Gerente:a) despachar os requerimentos de empréstimos, autorizando-os ou não;b) assinar com o Tesoureiro os cheques de retirada de fundos, para atender aoserviço dos empréstimos, às despesas do Instituto e as outras que foremordenadas;c) fazer cumprir as ordens de pagamentos emitidas pela Diretoria deContabilidade do Instituto;d) autorizar o recebimento em deposito de jóias, pedras preciosas, títulos dadivida publica, ações e debêntures de sociedade anônimas;e) apresentar ao Diretor Geral, até 31 de agosto de cada ano, os dados para oorçamento, na parte referente ao Monte;f) designar os dias para leilões, e escolher o leiloeiro;g) determinar balanços semanais no numerário da Tesouraria, e semestrais emtodos os valores e títulos dados em penhor, caução ou custódia;h) mandar passar as certidões que lhe forem requeridas;i) apresentar ate 30 de abril de cada ano ao Diretor Geral, o balanço da receita edespesa e o do ativo e passivo do Monte, com relação ao ano anterior,acompanhando-os de circunstanciado relatório;j) rubricar ou chancelar os documentos que devam ser emitidos, bem assim oslivros de escrituração do Monte;l) mandar proceder à cobrança amigável ou executiva, de acordo com o art. 42, doDecreto 10.291, de 10-6-39, dos devedores do Monte que possuam bens oumeios com que solver seus débitos;m) determinar a cobrança dos juros de mora de dez por cento (10%) ao ano dos

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consignantes que, por qualquer motivo, não tiverem as prestações descontadasde seus vencimentos, ou não houverem feito o recolhimento das prestaçõesdevidas â Tesouraria do Monte;n) proceder a acordos para a cobrança amigável de empréstimos a mutuários quese tenham exonerado do serviço público; eo) organizar, reformar e interpretar o Regimento Interno do Monte, dentro dasnormas gerais deste Regulamento, propondo ao Diretor Geral os métodos decontabilidade e de serviço que melhor conciliem a simplicidade e presteza com osditames de fiscalização.Artigo 172 - O contador do Monte tem por atribuições especiais:a) executar todos os serviços que lhe forem remetidos pelo Diretor-Gerente;b) organizar e dirigir a Contabilidade;c) preparar o balanço patrimonial e o da receita e despesa, até 30 de abril de cadaano..Artigo 173 - As atribuições especiais do arquivista, diretamente subordinado aoDiretor, são:a) atender ao fornecimento de impressos e material do expediente; eb) arquivar os processos, livros e impressos, do Monte ou do Instituto.Artigo 174 - Junto ao Monte de Socorro, funcionará subordinado ao Diretor-Gerente e com vencimentos de tabela, um procurador dos mutuários, por essaqualidade investido dos poderes para os representar no contrato, à vista desimples autorização escrita, com firma reconhecida.

SECÇÃO III

Da Secção de Empréstimos a Funcionários, ou 1.ª Secção

Artigo 175 - A Secção de Empréstimos a Funcionários, ou 1.ª Secção, tem porencargo:a) conhecer das propostas de empréstimos;b) fichar os empréstimos novos e registrar o número dos anteriores;c) conferir os pedidos, determinar os cálculos necessários, revê-los e encaminhar,afinal, os processos ao Diretor, para despacho;d) preparar, depois desse despacho, os contratos, fichas e cheques; ee) examinar as fichas, enviando-as posteriormente à Secção de Contabilidade, ou3.ª Secção.Artigo 176 - Ao Chefe da 1.ª Secção incumbe especialmente solucionar todas asquestões que se relacionem com os empréstimos, dentro das normas geraistraçadas no Regimento do Monte.

SECÇAO IV

Secção de Emprestimos sob Caução ou Penhor, ou 2.ª Secção

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Artigo 177 - São fins da Secção de Empréstimos sob Caução ou Penhores, ou 2.ªSecção:a) proceder ao exame e avaliação de todas as jóias e objetos apresentados parapenhora ou simples avaliação comercial;b) examinar e acompanhar as cotações dos títulos oferecidos em caução;c) preparar os contratos de empréstimos sob caução de títulos ou sob penhor dejóias e pedras preciosas;d) organizar as fichas desses empréstimos, e escriturá-las;e) elaborar a demonstração diária, a ser enviada a Contabilidade, ou 3.ª Secção,do movimento dos empréstimos a seu cargo;f) escriturar os títulos e valores recebidos em caução ou em custódia;g) proceder ao balanço trimestral desses títulos e valores;h) preparar a relação dos objetos que devam ser levados a leilão, registrando-lheos resultados, bem assim a dos títulos a serem vendidos por intermédio da Bolsade Valores do Estado; e,i) apresentar ao Diretor as demonstrações estatísticas do movimento mensal devalores.Artigo 178 - O Chefe da Secção assinará, juntamente com o Tesoureiro ou umdos caixas, para isso designado, as cautelas dos empréstimos sob caução detítulos ou sob penhor de jóias e pedras preciosas.Artigo 179 - O perito avaliador e seus ajudantes, que funcionam na Secção, tempor atribuição especial:a) avaliar os objetos oferecidos em penhor;b) comunicar ao Chefe da Secção o resultado da avaliação; ee) organizar, com o mesmo chefe, a relação especificada dos penhores quetenham de ser levados a leilao, ratificando, à vista dos contratos, o peso, aqualidade e a quantidade dos objetos.Artigo 180 - A responsabilidade do perito avaliador será igual ao valor do objeto,por ele arbitrado.

SECÇÃO V

Da Secção de Contabilidade, ou 3.ª Secção

Artigo 181 - A Secção de Contabilidade, ou 3.ª Secção, incumbe:a) preparar a contabilidade sintética e analítica do Monte, de acordo com aspapeletas diárias fornecidas pelas outras secções;b) rever os serviços cargo das outras secçôes;c) organizar as demonstrações diárias sintéticas através das papeletas do diário, eencaminhá-las ao Diretor do Monte, ao Diretor Geral e à Diretoria de Contabilidadedo Instituto;d) levantar, para os mesmos fins, os balancetes mensais;e) preparar até 30 de abril de cada ano os balanços anuais da receita e despesa edo ativo e passivo;f) acompanhar o trabalho das comissões de balanço na Tesouraria ou deconferência de fichas nas duas outras secções;g) prestar as informações solicitadas em processo; e

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h) trazer em dia o serviço de controle da análise e da sintese da contabilidade.Artigo 182 - Ao Chefe compete especialmente assinar, com o Contador e oDiretor, as demonstrações apresentadas pela secção.

SECÇÃO VI

Da tesouraria do Monte

Artigo 183 - São atribuições da Tesouraria do Monte.a) - receber:1 - as quantias e objetos em depósito;2 - as importâncias dos resgates de penhores, ou de venda em leilão, bem assimas que se destinarem às suas próprias reservas;3 - os prêmios devidos ao Instituto, de acordo com as instruções ministradas pelaDiretoria de Contabilidade;4 - todas as demais rendas pertencentes ao Institutob) - ter em boa ordem e segurança, em cofre ou casa forte, os objetos e os títulosem penhor, restituindo-se logo que resgatados;c) - pagar:1) - os empréstimos, os vencimentos de funcionários e as despesas autorizadas; e2 - os pecúlios, pensões e seguros do Instituto;d) - depositar nos bancos designados pelo Presidente cargo diário da caixa queexceder o limite fixado em portaria do Diretor Geral.Artigo 184 - São atribuições especiais do Tesoureiro:a) - proceder diretamente, ou por intermédio de seus caixas, aos recebimentos epagamentos a cargo do Monte;b) - assinar com o Diretor os cheques emitidos sobre contas correntes bancarias;c) - assinar ou designar um dos caixas, para que assine com o chefe da 2.ªSecção:1 - as cautelas de penhor de joias e pedras preciosas;2 - as cautelas de caução de títulos; e3 - os recibos de valores em depósito;d) - apresentar diariamente ao Diretor e ao Contador o balancete de entradas esaidas de dinheiro, assim como o do movimento de valores.Artigo 185 - O Tesoureiro exerce, na Tesouraria, a funções de Chefe de Secção.Ele e os seus caixas respondem civil e criminalmente, cada um de per si, pelosvalores confiados á sua guarda.

CAPÍTULO VIII

Da Diretoria da Carteira Predial

Artigo 186 - A Diretoria da Carteira Predial compete:a) - conhecer dos pedidos de inscrição na Carteira;b) - examinar os documentos juntos ao pedido;

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c) - organizar as relações para o sorteio público, em dia préviamento designado;d) - conferir, com audiencia da Assistência Jurídica, os documentos depropriedade dos imoveis pretendidos pelos contribuintes contemplados em sorteio;e) - aprovar, ou não, os projetos de construção de casas residenciais,apresentados pelos interessados;f) - organizar um catálogo de projetos, pelo qual possam os interessados escolhera sua casa residencial;g) - preparar um fichario, á disposição dos contribuintes, de todas as casas eterrenos oferecidos á venda;h) - libelar os contratos de hipotécas e os compromissos de compra e venda;i) - fiscalizar as obras custeadas por emprestimos do Instituto;j) - visar os pedidos de pagamento de obra, quando dos contratos constar que ospagamentos sejam parciais;l) - organizar o fichario dos contratos, e das contas correntes referentes á essescontratos;m) - enviar diariamente á Diretoria Geral e á Diretoria de Contabilidade umapapeleta, com o movimento dos contratos; en) - prestar aos contribuintes todos os esclarecimentos respeitantes á aquisição ouconstrução de casas.Artigo 187 - O Diretor da Carteira Predial tem por atribuição especial fazerexecutar os serviços constantes do artigo anterior.Artigo 188 - Ao Chefe de Secção da Carteira Predial, incumbe especialmente:a) - preparar o fichario dos pedidos de inscrição;b) - organizar, orientar e fiscalizar a contabilidade analítica das operações daCarteira;c) - acompanhar, através da contabilidade analítica, a execução dos contratos deconstrução de casas residencias ; ed) - informar os pedidos de pagamentos parcelados de construtores, submetendo-os ao visto do diretor.

CAPITULO IX

Da Diretoria de Assistência Médica e Hospitalar

Artigo 189 - A Diretoria de Assistência Médica Hospitalar encarrega-se:a) - do exame de todos os assuntos que se relacionam com a saúde doscontribuintes;b) - da propaganda, através da Secção de Informações e Publicidade, de tudoquanto possa contribuir para esse fim;c) - da direção dos ambulatórios, postos e hospitais desde que sejam instalados;d) - do exame de saúde dos servidores do Estado, das Prefeituras e dos institutosautônomos que solicitarem aposentadoria ou reforma sujeita ao Instituto; ee) - da intendência das colônias de férias e ginásios de esportes.Artigo 190 - Ao diretor incumbe especialmente organizar e administrar os serviçosa cargo desta Diretoria

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CAPÍTULO X

Da Diretoria da Caixa Beneficente dos Funcionários Públicos e do Montepiodos Magistrados

Artigo 191 - A Diretoria da Caixa Beneficente dos Funcionários Públicos e doMontepio dos Magitrados tem por função:a) - o preparo de todos os processos referentes:1 - a regularização de inscrições;2 - a restituição de contribuições indevidas;3 - ao pagamento de auxílios para funeral e pecúlio e expedições das respectivasordens;b) - a organização do fichário, dos seus contribuintes ; ec) - a emissão das suas apólices,Artigo 192 - As atribuições especiais do Diretor são:a) - assinar com o subcontador as ordens de pagamento referentes, à Caixa e aoMontepio;b) - assistir ao sub-contador no preparo do balanço anual; ec) - orientar a composição das fichas dos contribuintes.

CAPITULO XI

Da assistência jurídica do Instituto

Artigo 193 - A Assistência Jurídica do Instituto se exerce:a) - por pareceres nos processos em que haja questão de direito;b) - pelo exame de todos os documentos que sirvam de base aos contratos doInstituto, e pela minuta desses contratos;c) - pela representação do Instituto em qualquer juizo ou instância, com ospoderes ordinários do mandato judicial;Artigo 194 - As atribuições acima competirão especialmente a um AssistenteJurídico, junto a este funcionário um Auditor dos contribuintes e beneficiários daCaixa Beneficente dos Funcionários Públicos e do Montepio dos Magistrados,autorizado a opinar nos processos que aos mesmos interessados disseremrespeito, e que se corresponderá diretamente com o Diretor Geral.

CAPÍTULO XII

Das atribuições comuns dos diretores e chefes

Artigo 195 - São atribuições comuns a todos os Diretores de Serviços:a) - dirigir e inspecionar os trabalhos da Diretoria;b) - sujeitar à decisão do Diretor Geral os conflitos de atribuições que sesuscitarem e as duvidas que ocorrerem, acerca da interpretação das leis eregulamentos;c) - executar as incumbências que lhes forem dadas pelo Presidente ou peloDiretor Geral, e ministrar as informações de que estes precisarem;

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d) - mandar passar as certidões requeridas, que serão também autenticadas peloChefe de Secção;e) - assinar as comunicações, informações ou esclarecimentos, para instrução edecisão dos processos;f) - abrir, rubricar e encerrar os livros de escrituração;g) - assinar editais, declarações e avisos da Diretoria, ou das repartiçõessubordinadas;h) - por o visto nos papéis que devam ser encaminhados ao Presidente ou aoDiretor Geral;i) - impor penas disciplinares aos funcionários;j) - atender às partes, dentro do horário conveniente:l) - cumprir e fazer cumprir as ordens e despachos do Presidente e do DiretorGeral;m) - expedir as instruções e circulares necessárias a regularidade do serviço;n) - sugerir as medidas convenientes à boa marcha dos trabalhos;o) - propor a promoção, remoção e demissão dos funcionários seus subordinados;p) - apresentar ao Diretor Geral os dados necessários à elaboração do relatórioanual do Instituto;q) - prorrogar ou antecipar as horas do expediente pelo tempo necessário;r) - convocar os funcionários para qualquer trabalho extraordinário, de caraterurgente, fora das horas de expediente, durante o dia ou à noite;s) - distribuir o pessoal pela Diretoria e fazer transferências, excetuadas as dechefe de secção, as quais, no entanto, poderá propôr;t) - conceder férias aos funcionários, com audiência dos chefes de secção;u) - informar e dar parecer nos processos que tenham de subir ao Presidente ouao Diretor Geral;v) - guiar, aconselhar e instruir os funcionários, nas dúvidas que lhe ocorram nocumprimento de seus deveres;x) - avocar, se convier, os trabalhos e funções dos subordinados, conforme a suanatureza ou importância; ez) - visar os mapas de frequência do pessoal.Artigo 196 - Das decisões dos diretores de Diretoria cabe recurso "ex-officio" ouvoluntário, com efeito suspensivo, para o Diretor Geral, interposto o voluntáriodentro do prazo de trinta dias, contados da publicação ou intimação do despacho.Artigo 197 - Aos chefes de secção e contadores, cada um de per si, compete:a) - executar os trabalhos de que for encarregado pelo diretor e prestar-lhe asinformações de que precisar;b) - manter a devida ordem nas salas de trabalho;c) - redigir os escritos de maior importância;d) - promover do melhor modo o andamento dos serviços da secção, indicando aodiretor as providências cabiveis;e) - dar cumprimento aos despachos e ordens do director;f) - dirigir, examinar, rever e corrigir os trabalnos incumbidos à Secção,respondendo pela sua regularidade;g) - vedar a funcionários estranhos ao serviço da secção, que nesta permaneçamalem do tempo necessário para tratar de assunto de que se ocupem;h) - representar ao diretor, por escrito, sobre a falta de cumprimento do dever de

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funcionários;i) - evitar que os funcionários se retirem da secção durante o expediente, a nãoser em objeto de serviço ou por motivo de força maior, ouvido sempre, neste caso,o Diretor;j) - fazer entre os funcionários a distribuição equitativa do trabalho;l) - prorrogar o expediente da secção, quando houver necessidade;m) - requisitar do Diretor, com a usual antecedência, os livros, impressos e objetosde expediente;n) - autenticar, com a sua assinatura ou rubrica, as certidões passadas pelaSecção;o) - lançar seu "visto" ou informar e dar parecer em todos os papeis que devamser encaminhados ao diretor;p) - informar o Diretor sobre a oportunidade de licenças ou férias aos funcionáriosseus subordinados:q) - incumbir os funcionários da Secção de qualquer serviço, ainda que aosmesmos não expressamente cometido;r) - examinar e conferir os papéis, antes de apresentados ao Diretor, respondendopelas omissões.Parágrafo único - Os funcionários mais graduados, por indicação dos chefes eaprovação do Diretor, poderão ser encarregados:a) - de contra-assinar o expediente da secção;b) - de determinados serviços, sempre que o volume dos trabalhos não permitir adireta interferência dos seus chefes, mas sem prejuízo desta.

CAPÍTULO XIII

Dos trabalhos do pessoal do Instituto

SECÇÃO I

Do tempo e ordem dos trabalhos

Artigo 198 - Os trabalhos do Instituto começam às 11 e 30 horas e terminam as17 e 30, exceto aos sábados, em que terão inicio ás 9 e fim às 12 horas.§ 1.º - Sob proposta do Diretor Geral e segundo a natureza ou conveniência doserviço, poderá o Presidente determinar outro horário para qualquer dependênciado Instituto.§ 2.º - Os encarregados de serviços técnicos ou profissionais, não sujeitos aponto, comparecerão e permanecerão no Instituto conforme lhes determinar oDiretor Geral, de acordo com a natureza da função.Artigo 199 - Nenhum papel de que o Presidente deva tomar conhecimento lheserá presente sem:a) - o sinete do registo de entrada;b) - as informações, quando necessárias, da secção ou repartição competente,com referência às disposições reguladoras do assunto e as praxes estabelecidas,juntando-se-lhes sempre os documentos precisos ao esclarecimento ou soluçãoda materia; e

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c) - o "visto" dos diretores e do chefe de secção, que interporão o seu parecer,quando tenham de completar o que lhes tiver sido encaminhado.Artigo 200 - No processo de papéis, os funcionários farão um extrato ou resumodas matérias de maior extensão ou complexidades. Os pareceres concluirão pelaindicação clara e precisa do modo por que convenha resolver o assunto, segundoos precedentes, estilos e tradições.Artigo 201 - Quando, por interessar o assunto a mais de uma Diretoria, devamtodas ser ouvidas, cada uma se pronunciará apenas sobre a parte que lhecompetir.Artigo 202 - O expediente, salvo o de natureza urgente, será preparado dentro decinco dias, contados da data da entrega dos papéis, e só haverá adiamento doque constituir matéria de estudo, a juizo dos diretores.Parágrafo único - Os chefes de secção respondem pela observância do dispostoneste artigo, para o que será antecipado ou prorrogado o período de trabalhoquando necessário.Artigo 203 - As informações dos funcionários deverão ser claras, concisas erestritas ao objeto em estudo.Artigo 204 - Todos os papéis, embora assinados, serão considerados de caracterreservado, até a publicação do despacho no "Diário Oficial".

SECÇÃO II

Das substituições e vencimentos

Artigo 205 - As substituições, dão-se unicamente nos cargos isolados, ou defunção distinta. São cargos isolados:Presidente.Diretor Geral.Diretores.Chefes.Chefe de Avaliações.Tesoureiro.Caixas de 2.ª.Assistente Jurídico.Auditor da Caixa Beneficente.Contadores.Arquivista.Almoxarife.Procurador dos mutuários do Monte de Socorro.Fiscais.Perito.Porteiros.Parágrafo único - Entre escriturários, caixas, contínuos e serventes não haverásubstituição.Artigo 206 - As substituições dão direito a vencimentos de acordo com alegislação do Estado; em relação aos cargos serão assim:1.º - O Presidente pelo Diretor Geral, sem prejuízo das funções deste cargo,

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quando convier;2.º - O Diretor Geral pelo Diretor de Serviço mais antigo no cargo, ou pelo que fôrdesignado pelo Presidente:3.º - os Diretores de Serviços pelos contadores ou chefes de secção mais antigosno cargo, conforme o caso, ou por quem o Diretor Geral designar, na hipótese deser chefe de secção o substituto.4.º - os contadores pelos sub-contadores, ou chefes de secção mais antigos nocargo;5.º - os chefes de secção e sub-contadores pelos primeiros escriturários de suadependência, ou pelos que o Diretor designar, havendo mais de um;6.º - o tesoureiro nas faltas eventuais, férias e licenças, pelo caixa que indicar;7.º - os caixas de segunda por quem o Diretor designar;8.º - o arquivista por funcionário designado;9.º - o Assistente Jurídico pelo Auditor da Caixa Beneficente e do Montepio dosMagistrados e este pelo 2.º escriturário auxiliar, si formado em direito, ou porquem o Presidente designar;10 - os fiscais de seguros pelos escriturários designados;11 - o Procurador dos mutuários do Monte de Socorro pelo escriturário designado;12 - o almoxarife pelo escriturário designado;13 - o perito pelo auxiliar designado; e14 - os porteiros pelos contínuos designados.Artigo 207 - Os subsídios do Presidente e os vencimentos dos funcionários sãoos da tabela "D", anexa.

CAPÍTULO XIV

Das Fianças

Artigo 208 - Os cargos de tesoureiro e caixas não poderão ser exercidos semprestação de fiança das importâncias seguintes:a) dez contos de réis para tesoureiro;b) cinco contos de réis para os caixas de 1.ª;c) três contos de réis para os de 2.ª.Artigo 209 - O Diretor Geral poderá exigir que outros funcionários comresponsabilidade de valores tambem prestem fiança e nesse caso arbitrará aimportância.Artigo 210 - As fianças serão em dinheiro ou em apólices da dívida pública, daUnião ou do Estado, pelo seu valor nominal.Artigo 211 - De toda prestação de fiança lavrar-se-á termo na Diretoria deContabilidade do Instituto, depois de despachado o pedido pelo Diretor Geral, efeito o depósito da importância.Artigo 212 - As fianças em dinheiro serão as únicas a vencerem juros, que serãopagos á taxa de seis por cento (6 %) ao ano.Artigo 213 - Si a fiança for em títulos da divída publica, o interessado provará pordocumento da repartição onde estiverem inscritos os titulos, serem os mesmos desua propriedade e livres de quaisquer onus.

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Parágrafo único - A certidão poderá ser dispensada, si os títulos estivereminscritos na Secretaria da Fazenda, bastando a informação prestada pela Diretoriada Divida Publica do Estado.Artigo 214 - Ultimado o processo da fiança em titulos, o fiador providenciará sobreos termos de caução que devam ser lavrados na Delegacia Fiscal do TesouroNacional ou na Secretaria da Fazenda.Artigo 215 - A substituição de fiança só se efetuará com autorização do DiretorGeral.Artigo 216 - As fianças, quando desfalcadas por qualquer motivo, serãocompletadas dentro do prazo de sessenta (60) dias, sob pena de perda de cargo.Parágrafo único - Si determinado o reforço da fiança por modificação do"quantum", a diferença, a criterio do Diretor Geral, poderá ser depositada, emprestações mensais.

CAPITULO XV

DIPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 217 - Os serviços do Instituto são considerados estaduais para todos osefeitos, como isenção de impostos e cobrança por processo executivo fiscal dequalquer contribuição ou quantia. Neste caso servirá de titulo para instruir oprocesso a certidão autentica da divida, averbada no livro competente do proprioInstituto.Artigo 218 - As licenças e as férias ao Presidente do Instituto serão concedidaspelo Secretario da Fazenda; aos dos membros do Conselho pelo Secretario daFazenda e as dos funcionarios dentro da legislação da Estado.Artigo 219 - Só terão entrada no Instituto requerimentos, oficios e papeisredigidos em têrmos convenientes e devidamente assinados.Artigo 220 - Nenhum papel ou livro pertencente ao Instituto poderá dele sair, semordem do Diretor Geral.Artigo 221 - Além das atribuições constantes deste Regulamento, os funcionariosexercerão outras, que lhes foram determinadas por seus superiores hierárquicos.Artigo 222 - É vedado o comissionamento de funcionarios do Instituto em outrasdependencias da administração do Estado, salvo para exercer cargo de confiançaou função técnica, e vice-versa.Artigo 223 - Os funcionarios a quem couber proferir despachos finais, poderãodeles recorrer para seus superiores imediatos.Artigo 224 - Os funcionarios darão os despachos de sua competencia, ainda queos pedidos sejam dirigidos a autoridades hierarquicamente superiores.Artigo 225 - As contas correntes entre o Instituto, o Monte Socorro e a CaixaBeneficente dos Funcionarios Publicos vencerão juros reciprocos, contado à taxade sete por cento (7 %) ao ano. Quanto ao Monte Socorro só para efeito dediscriminação de receita.Artigo 226 - Aplica-se aos funcionarios do Instituto, todos de nomeação doInterventor, o Estatuto dos Funcionarios Publicos Civis do Estado (Decreto 12.273,de 28 de outubro de 1941).Artigo 227 - Das decisões do Presidente ou do Conselho, caberá recurso ao

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Secretario da Fazenda dentro de 30 dias da data da publicação.Artigo 228 - Serão dispensados do ponto, além do Diretor Geral, os funcionariosque exercerem cargos técnicos determinados em portaria daquele.Artigo 229 - Este Regulamento entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

Palácio do Governo do Estado de São Paulo, aos 18 de junho de 1942.

FERNANDO COSTA.Coriolano de Góes

RETIFICAÇÃO

Publicam-se novamente os artigos seguintes, por terem saído comincorreções:

Artigo 4.º, j) - os donativos filantrópicos; eArtigo 8.º - Os exames de saude dos interessados, cujas aposentadorias oureformas correrem por conta do instituto, far-se-ão também por seus médicosoficiais.Artigo 9.º - Serão obrigatoriamente inscritos no Instituto todos os nomeados, dedezoito até cinquenta anos de idade, para o exercício permanente de cargo civil,criado por lei, com direito a receber dos cofres estaduais estipêndios de qualquernatureza, como vencimentos, salários ou percentagem, excetuados apenas osja filiados à Caixa Beneficente dos Funcionários Públicos e ao Montepio dosMagistrados.Artigo 10 - Para o computo da remuneração dos funcionários que percebemvencimentos numa parte fixa e outra em porcentagens ou quotas, soma-se aprimeira parte a média da segunda, no último exercício; para os que percebem sópercentagens ou quotas tomar-se-á a média do último exercício; e, em se tratandode cargo novo, a média de cargos semelhantes.Artigo 11, § 1.o - Para os contribuintes a que se refere a letra "e" o máximo dacontribuição terá calculado sobre a diferença entre cem contos de réis e omontante do pecúlio já constituído.Artigo 13, a) - declaração dos nomes dos beneficiários, comunicadas quaisqueralterações que posteriormente ocorrerem. Essa declaração deverá ser também

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assinada por duas testemunhas idôneas e virá com o reconhecimento de todas asfirmas;Artigo 15, - Parágrafo único - O auxílio para funeral e luto será reduzido à metade,se o contribuinte falecer antes de dois anos de sua inscrição.Artigo 19, - Parágrafo único - Com alegação e prova de miserabilidade, aocontribuinte sem função e permitida a redução do pecúlio a uma importância igualao valor de resgate do mesmo, contanto que já tenha decorrido o período decarência, cessando então o pagamento dos prêmios.Artigo 38, - Parágrafo único - O contribuinte facultativo, que o preferir, poderáisentar-se do exame medico, sujeitando-se, nesse caso, a um período de carênciaabsoluta de dois anos, dentro dos quais, se ocorrer o falecimento, será paga,como compensação, metade do auxílio para funeral e luto, calculada de acordocom a tabela "A". Vencido o período de carência absoluta, seguem-se dois anosde carência relativa, para se completarem os quatro.Artigo 42 - Parágrafo único - As alterações; que ocorrerem na família docontribuinte deverão ser comunicadas ao Instituto, que as arquivará junto àsprimitivas declarações, mantendo umas e outras, regularmente, registadas eguardadas em pastas próprias.Artigo 47, - § 3.º - Esgotado aquele prazo sem que o beneficiário tenha feito aopção, passará a quota parte a ser paga na forma de pensão mensal vitalícia, deacordo com a tabela P.M.V..§ 4.o - Ao cônjuge sobrevivente, no requerer a sua habilitação, fica ressalvado odireito de optar, quanto â sua parte, por pensão mensal vitalícia, de acordo com atabela P.M.V..Artigo 58 - É obrigatório o arquivamento, na Secretaria da Fazenda ou em outrarepartição pagadora, da folha de consignações e de uma cópia de contrato doempréstimo concedido, com as indicações relativas à sua importância, ao seuprazo e à consignação fixada.Artigo 77 - Desde que os títulos dados em penhor sofram baixa maior de dez porcento (10 o|o) do preço fixado no momento do contrato, o Monte de Socorropoderá exigir o reembolso da importância correspondente a redução, ou umreforço de garantia, dentro de cinco dias da data da notificação, que nesse casofará ao mutuário.Artigo 81 - O contrato e a cautela, que se expedir ao mutuário, revestirão formulaanáloga à dos instrumentos do empréstimo sob penhor.Artigo 83 - Nos empréstimos garantidos por títulos nominativos, a entrega daquantia emprestada só se fará depois de exibida a certidão do termo de cauçãodos títulos, lavrado na repartição incubida do seu registo.Artigo 87 - O Instituto facultará aos seus contribuintes por intermédio da CarteiraPredial e dentro das disposições deste capítulo, meios para a aquisição,construção ou reconstrução de casas residenciais, ou liberação das hipotecas queas gravarem.Artigo 88 - a) na compra em nome do Instituto, de imoveis indicados pelospretendentes, para a venda a estes em prestações, mediante escritura decompromisso, enquanto penderem as obrigações aceitas;Artigo 91 - Para exercer suas atividades, a Carteira Predial será dotada dosseguintes recursos:

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Artigo 98 - Aos contemplados em sorteio será marcado o prazo de noventa (90)dias para requerer a avaliação do imovel que pretendam adquirir ou liberar deoutra hipoteca; casa e respectivo terreno, ou terreno só.Artigo 100 - c) - planta da situação do prédio em relação ao terreno e aoquarteirão, com indicação da artéria mais próxima, por onde circulem onibus oubondes;Artigo 108 - O registo dos concorrentes, à taxa de duzentos mil réis (200$000)cada um, será feito em livro próprio e revisto anualmente, para inclusão de novasfirmas ou exclusão das já existentes, a juizo da direção do Instituto.Artigo 114 - Ocorrendo o falecimento do contribuinte antes do vencimento doprazo ajustado, os seus beneficiarios terão plena quitação da dívida, se ofalecimento se verificar depois do terceiro ano civil de vigência do contrato; eficarão subrogados nos respectivos onus, se o falecimento se verificar antes dedecorrido aquele período de carência. Nesta hipotese, poderão os beneficiários,se o preferirem, transferir o contrato a outro contribuinte que iniciará novo períodode carência.Artigo 115 - As mensalidades de que trata o artigo 111, bem como outrasobrigações vencidas do mesmo gênero serão descontadas até quarenta por cento(40 o|o) dos vencimentos do contribuinte, de acordo com os artigos 2.º e 4.º dodecreto n. 7.292, de 1935, mediante consignação em folha, ou pagas diretamentena sede do Instituto, até o décimo dia útil do mês seguinte ao vencido;rescindindo-se o contrato,- se convier, independente de qualquer notificação,sempre que os descontos forem deficientes ou suspensos ou faltar o pagamentodireto em época própria.Artigo 118 - Ainda por meio de instruções será regulado o fornecimento degêneros, com descontos em folha, até trinta por cento (30 o|o) dos vencimentos defuncionários contribuintes da Carteira Predial, e até quarenta por cento (40 o|o)fora desse caso, tudo dentro do limite máximo de consignações de setenta e cincopor cento (75 o|o), estabelecido pelo decreto n. 7.292, artigo 4.º.Artigo 125 - Os contribuintes da Caixa Beneficente dos Funcionários Públicos edo Montepio dos Magistrados são mantidos em todos os seus atuais direitos,sendo-lhes aplicáveis as disposições do parág. 3.º do artigo 34, do art. 35 e seusparágrafos, dos parágrafos 4º e 5º do art. 47 e dos artigos 53, 117 e 118.Artigo 127 - Parágrafo único - Poderão os que incorrerem em exclusão por atrazono pagamento de contribuições, reinscrever-se, requerendo-o até três mesesdepois da data da exclusão, e sujeitando-se a prévio exame de saúde.Artigo 130 - § 1.º - c) - os emolumentos devidos por certidões, registo de firmasconstrutoras, exames médicos de candidatos a empréstimos no Monte de Socorro,avaliações de jóias, etc ;Artigo 133 - Os títulos e bens de propriedade do Instituto só poderão seralienados ou caucionados em casos de necessidade ou utilidade evidente, ouvidoo Conselho Fiscal e mediante autorização do Secretário da Fazenda.Artigo 135 - Parágrafo único - O funcionário ou empregado para-estatal que fordesignado para exercer em comissão qualquer daqueles cargos, terá o direito deopção em matéria de vencimentos, do mesmo modo que o aposentado nos termosdo artigo 87, n. 12, da Constituição Estadual.Artigo 146 - d) - distribuir o pessoal pelas diversas Diretorias do Instituto,

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transferindo ou removendo, segundo a conveniência do serviço, e designarfuncionários para diligências fora da Capital;g) - assinar, juntamente com o Atuário, as apólices emitidas.Artigo 152. - e) - fornecimento, pelo Almoxarifado, de impressos, livros e objetosde expediente às diversas diretorias.

CAPITULO V

Artigo 155 - A proposta de orçamento, de acordo com o padrão previamenteaprovado pela Secretaria da Fazenda, deverá estar ultimada até 31 de outubro decada ano, referindo-se ao exercício seguinte.Artigo 159, - c) - expedir, assinando-os, os ofícios e cartas relacionadas com osassuntos de contabilidade.Artigo 161, - f) - a publicidade das diversas formas de seguro praticadas peloInstituto;Artigo 165, - f) - examinar as relações mensais de aposentados e reformados,vindas das repartições estaduais, municipais ou de institutos autônomos;Artigo 166, - c) - das vistorias de próprios estaduais ou municipais e de prédios deinstitutos autonomos ou de contribuintes, a serem segurados;Artigo 178 - O Chefe da Secção assinará, juntamente com o Tesoureiro ou umdos caixas, para isso designado, as cautelas dos empréstimos sob caução detitulos ou sob penhor de jóias e pedras preciosas.Artigo 181, - b) - rever os serviços a cargo das outras secções;Artigo 194 - As atribuições acima competirão especialmente a um AssistenteJurídico, junto a este funcionará um Auditor dos contribuintes e beneficiários daCaixa Beneficente dos Funcionários Públicos e do Montepio dos Magistrados,autorizado a opinar nos processos que aos mesmos interessados disseremrespeito, e que se corresponderá diretamente com o Diretor Geral.Artigo 212 - As fianças em dinheiro serão as únicas a vencerem juros, que serãopagos à taxa de seis por cento (6 o/o) ao ano.Artigo 216 - Parágrafo único - Se determinado o reforço da fiança pormodificação do quantum. a diferença, a critério do diretor geral, "poderá serdepositado em prestações mensais.

RETIFICAÇÕES

No CAPITULO XV, leia-seDISPOSIÇÕES GERAIS e não como saíu publicado,

Na TABELA P. F., leia-se .Prêmios e não Pensões.