DECRETO Nº 5.876 de 19 de MARÇO de 1980 - Regulamenta Dispositivos Da Lei Nº 3.077

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    DECRETO N 5.876 DE 19 DE MARO DE 19801

    Regulamenta dispositivos da lei n 3.077, de 5 de dezembro de 1979,que estabelece normas de proteo contra incndio e pnico.

    O PREFEITO MUNICIPAL DE SALVADOR, CAPITAL DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suasatribuies e tendo em vista o disposto no artigo 19 da lei n 3.077, de 5 de dezembro de 1979.

    DECRETA:

    Art. 1- As normas de proteo contra incndio e pnico a que se refere lei n 3.077/79, soas constantes deste decreto e sero executadas e fiscalizadas na forma por esta estabelecida.

    CAPTULO IDos Projetos

    Art. 2- Todo projeto (interpreta-se Acima de 750m2) de edificao deve vir acompanhado deprojeto de instalaes de proteo contra incndio e pnico.

    Art. 3- O projeto de instalao de proteo contra incndio e pnico conter:

    I - Planta de localizao e situao, plantas baixas, cortes e fachadas destacando-se as

    instalaes nas edificaes;II - Memoriais descritivos, em trs vias;III - Assinatura do proprietrio da obra e do profissional responsvel, regularmente inscrito no

    Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA) e em rgo competenteda Prefeitura.

    1- As plantas devem ser desenhadas em escalas compatibilizadas com as exigidas para oprojeto de edificao, destacando-se as instalaes e equipamentos.

    2 - O memorial descritivo dever discriminar as instalaes, especificando os materiaisempregados e os equipamentos utilizados, bem assim a classificao da edificao.

    CAPTULO IIDa classificao das edificaes.

    Art. 4- As edificaes se classificam:

    I - Quanto ocupao:

    a) Residencial de natureza individual (pluridomiciliar e os de uso coletivo pensionatos,hotis, etc.);

    b) comercial;c) industrial;d) mista (residencial e comercial);e) pblica (quartis, consulados, etc.);f) de reunies (igrejas, teatros, auditrios, sindicatos e semelhantes);

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    CAPTULO IIIDos meios de Proteo contra Incndio e Pnico

    Art. 5- Constituem meios de proteo contra incndio e pnico:

    I - A manuteno de pessoal treinado ou especializado no uso das instalaes e equipamentoscontra incndio;

    II - O emprego de materiais e equipamentos que retardem a propagao do fogo;III - As instalaes de proteo contra incndio;IV - Os meios de alarme e sinalizao necessrios para cada tipo de risco;V - Qualquer meio de evacuao dos ocupantes da edificao;VI - manuteno das instalaes e equipamentos em perfeito estado de funcionamento.

    Seo IDa manuteno do pessoal

    Art. 6 - A SUOP fixar os requisitos para qualificao de pessoal especializado ou treinadopara o uso das instalaes e equipamentos contra incndio.

    Art. 7- A necessidade de pessoal treinado ou especializado se estender a toda e qualqueredificao ou estabelecimento em que forem exigidos equipamentos de proteo contra incndio.

    SEO IIDos materiais e equipamentos

    Art. 8 - Os materiais e equipamentos que retardem a propagao do fogo sero decomprovada resistncia e durabilidade e atendero s normas vigentes da Associao Brasileira deNormas Tcnicas (ABNT).

    Seo III

    Das instalaes contra incndio

    Art. 9- So instalaes de proteo contra incndio.

    I - Extintores;II - Instalaes hidrulicas;III - Instalaes preventivas, fixas, especiais.

    Art. 10- A instalao de extintores obedecer quanto ao tipo, classe do risco e do incndio

    tabela constante deste decreto.

    Pargrafo nico Alm das exigncias do artigo se atender ao seguinte:

    a) Os extintores devero ser distribudos de acordo com a tabela 01, integrante destedecreto;

    b) Para as edificaes classificadas no grau de risco D, sero utilizados agentes extintores

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    m)Cada extintor dever possuir uma ficha de identificao individual, presa ao seu bojo coma data em que foi carregado, data para recarga, nmero de identificao e data de ltimainspeo;

    n) Os extintores devem ser inspecionados no mnimo a cada 6 (seis) meses;o) S sero aceitos extintores que possuam os selos da marca de conformidade da ABNT;p)A cada 5 (cinco) anos os extintores devero ser re-testados de acordo com o previsto em

    normas da ABNT.

    Art. 11- As instalaes hidrulicas dividem-se em sob comando e automtica.

    Art. 12- As instalaes hidrulicas sob comando contero os seguintes equipamentos:

    a) reservatrio de gua;b) bombas;c) canalizao;d) vlvulas;e) hidrantes;f) mangueiras;g) esguichos.

    Art. 13- Os reservatrios das edificaes tero as reservas da tcnica de incndio prevista natabela 04 integrante deste decreto.

    Art. 14 - Se o abastecimento da rede prevista for feito por reservatrio subterrneo esteapresentar um conjunto de bombas, que dever atender s seguintes especificaes:

    a) as bombas sero de acionamento direto sem interposio de correias ou correntes.b) As bombas sero de acionamento independente a automtico, recalcando gua

    diretamente na canalizao de combate a incndio;c) As bombas devero ser instaladas em nvel inferior ao do fundo do reservatrio

    subterrneo, ou em caso contrrio, devero possuir dispositivo de escorva automtica;d) o conjunto moto-bomba pode ser de acionamento eltrico ou de combusto; e quando

    eltrico a ligao da alimentao do motor deve ser independente, de forma a permitir odesligamento dos demais circuitos eltricos da edificao, sem prejuzo do funcionamentodo conjunto moto-bomba;

    e) haver sempre 2 (dois) sistemas de alimentao: um eltrico e outro a exploso podendoeste ser substitudo por gerador prprio.

    Art. 15 - Os conjuntos moto-bombas devero ter os rendimentos previstos na tabela 05,integrante deste decreto.

    Art. 16 - As vlvulas, conexes e registros empregados nas canalizaes devem ser do tipoapropriado e possuir resistncia presso interna igual ou superior s exigidas para os tubos.

    Art. 17 - Considera-se hidrante o dispositivo de tomada de gua destinado a alimentar osequipamentos hidrulicos de combate a incndio.

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    Art. 35 - So meios de evacuao das edificaes as sadas de emergncia, que atenderoaos seguintes requisitos:

    I - para edificaes de at 11 (onze) metros de altura, alm do previsto na tabela 07 desteDecreto:a) largura mnima de 1,20m para edificaes de uso residencial;b) largura mnima de 1,50m para edificaes de uso coletivo, educacional e locais de

    reunies;c)as larguras mnimas citadas nas alneas anteriores sero acrescidas de uma unidade de

    largura quando atingir o nmero de pessoas indicadas na tabela 06;d) os lances das escadas sero retilneos, no se permitindo degraus dispostos em leque;e) o lance mnimo ser de 3 (trs) degraus contados pelo nmero de espelhos.

    II - As sadas de emergncias para edificaes de at 20m, contados entre a soleira de entrada eo piso do ltimo pavimento constaro de:a) condies mnimas que permitam fcil evacuao da edificao;b) porta de sada de emergncia das edificaes coletivas e de reunio com as

    especificaes da tabela 07 deste decreto;c) portas abrindo-se no sentido do trnsito de sada.

    III - As sadas de emergncia em edifcios de altura superior a 20m devero obedecer scondies mnimas previstas na NB 208 da ABNT e aos seguintes requisitos:a) as escadas consideradas como componentes de sada de emergncia para edifcios altos

    sero do tipo enclausurada prova de fumaa;b) ser exigido o nmero mnimo de duas escadas quando o nmero de unidades autnomas

    por andar for maior que 4 (quatro) e o nmero de pavimentos tipo for maior que 25 (vintee cinco);

    c) sero construdas de concreto armado com lances de escadas retilneos, no sepermitindo degraus em leque;

    d)os pisos dos degraus e patamares sero revestidos, total ou parcialmente, com materiaisanti-derrapantes;

    e) os degraus tero as seguintes dimenses:

    1 - a soma das medidas de 2 (duas) alturas e 1 (uma) largura dever estar compreendidaentre 62 e 64cm;2 - a altura poder variar entre 16 e 18cm.

    f) a altura mxima do piso, entre patamares consecutivos ser de 2,70m;g)o comprimento mnimo dos patamares ser de 1,50m, medido no sentido do transito para

    os situados em posies intermedirias num lance reto de escadas;h) o lance mnimo da escada ser de 3 (trs) degraus, contando-se estes pelo nmero de

    espelhos;i) a largura da escada ser determinado em funo da natureza da ocupao do edifcio

    conforme a NB 208 da ABNT e ser proporcional ao nmero de pessoas calculados emtransito, por andar;j) o andar com maior lotao determinar a largura mnima da escada para os demais

    andares considerando-se o sentido de sada;l) as escadas tero o mnimo de 2,5 unidades de largura (1,5m) para as escolas e

    edificaes em locais de reunio e de 2,0 unidades de largura (1,20m) para os demaistipos de prdios.

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    t) exigir-se- a instalao de grupo gerador ou acumulador que permita a iluminao daescada enclausurada;

    Pargrafo nico Fica excluda do clculo de coeficiente de utilizao rea de 30m2 (trinta

    metros quadrados) por pavimento tipo, reservado para implantao de escada enclausurada ouprotegida, trio, corredor e antecmara.

    Seo VIDa manuteno dos equipamentos e instalaes

    Art. 36 - A manuteno dos equipamentos e instalaes ser efetuada de acordo com asnormas tcnicas da ABNT e organismos especializados.

    1- A SUOP, atravs do DUEL, efetuar vistorias nas edificaes visando dar cumprimentos exigncias estabelecidas neste decreto.

    2 - Para atender a finalidade prevista no pargrafo anterior a SUOP manter permanenteentendimento com rgos, entidades e empresas tcnicas especializadas no combate a incndio.

    CAPTULO IVDas normas especiais

    Art. 37- Os estabelecimentos de comercializao ou de industrializao e as edificaes queutilizem servio de garagem, depsitos de inflamveis, de gases txicos, de combustveis ou deexplosivos, que possuam centrais de GLP ou desenvolvam atividades de transporte ouarmazenamento de produtos essenciais que envolvam perigo iminente de propagao de fogo ourisco de danos, atendero s exigncias prevista neste capitulo.

    Seo IDos depsitos de lquidos inflamveis, gases txicos, combustveis e explosivos

    Art. 38- Os depsitos de lquidos inflamveis, gases txicos, combustveis ou explosivos ficamsujeitos as normas do Conselho Nacional de Petrleo, ABNT, Instituto de Resseguros do Brasil eespecialmente as Normas Regulamentadoras do Ministrio do Trabalho.

    Art. 39 - Os parques e tanques projetados nas proximidades de estabelecimentos militaresdependero, para a liberao de sua construo, de autorizao dos ministrios interessados.

    Art. 40 - Os parque e tanques situados nos aeroportos devem ser construdos em reasreservadas pelo Ministrio da Aeronutica e nas condies impostas por este.

    Art. 41 - Os parques situados em instalaes porturias, martimas, fluviais ou lacustres,sempre que possvel, ficaro em rea afastada do movimento principal do porto.

    Art. 42- As instalaes de gs GLP obedecero s exigncias da NB 64 da ABNT.

    Art. 43 - As instalaes para utilizao de gases liquefeitos de petrleo estaro sujeitos as

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    c) as centrais de GLP podero ser subdivididas de forma a reduzir suas capacidades deparedes corta fogo;

    d)os medidores de vazo de GLP devero situar-se em reas de uso comum, em cubculosou armrios incombustveis prprios, ventilados direta ou indiretamente para o exterior;

    e)obrigatria sinalizao proibindo uso de fsforo, fumar, usar chama aberta ou outra fontede ignio nas proximidades das centrais de GLP (raio mnimo de segurana de 5 metros);

    f) as instalaes eltricas situadas a menos de 5 metros das centrais de GLP sero do tipoa prova de exploso.

    Seo IIDos estabelecimentos de fogos de artifcio

    Art. 46 - Os projetos de construo ou instalaes de fabricas de fogos, seu comercio e sua

    queima, devero obedecer s normas decorrentes do poder de polcia.

    Art. 47- As barracas de vendas de fogos a varejo no podero ter rea superior 12m e spodero funcionar no perodo estipulado na respectiva licena.

    Art. 48- Nas reas de fabricao e depsitos, as instalaes e equipamentos eltricos deveroser blindados e prova de exploso.

    Art. 49- No ser permitida a instalao de fbrica, depsito ou barraca de venda de fogos a

    uma distncia inferior a 500m em relao a edificaes habitadas.

    Art. 50 - O sistema de combate a incndio nas edificaes ou reas destinadas comercializao de fogos de artifcio ser determinado pelo Corpo de Bombeiros, depois de estudar aextenso do estabelecimento e as condies locais.

    Seo IIIDos vasos e equipamentos sob presso

    Art. 51 - Os vasos ou equipamentos sob presso ficaro sujeitos ao comprimento do quedispem as normas brasileiras pertinentes.

    Seo IVDos depsitos e da movimentao de produtos especiais.

    Art. 52 - O armazenamento de produtos especiais, seu transporte e o estacionamento deveculos com carga deste tipo, dentro do permetro urbano da cidade, obedecero as exignciasespeciais fixadas pela SUOP.

    Seo VDa instalao de pra-raios

    Art. 53- A instalao de pra-raios far-se- mediante observao e comprimento da NB 165da ABNT.

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    II - Instalao de escada protegida ou enclausurada e observncia das normas sobre instalaode central de gs se for o caso;

    III - Implantao de instalaes hidrulicas sob comando e automtica.

    Art. 56- Havendo impossibilidade tcnica de construo de escada protegida ou enclausuradacomo exigido, a juzo do DUEL, podero ser adotadas as seguintes alternativas:

    a) dispensa de exigncias relativas s dimenses, disposio e nmero de degraus;b) isolamento da escada e corredores de acesso pela colocao de portas resistentes ao

    fogo nos elevadores e nos acessos das economias retirando-se, tambm, tubos de lixo eisolando-se outros riscos;

    c) construo de passagens entre prdios dotados de porta corta-fogo e de abertura rpido efcil;

    d) construo de passarelas entre prdios, de concreto, ferro protegido contra corroso ououtro material resistente ao fogo.

    Art. 57- Na impossibilidade tcnica, a juzo do DUEL, de se adaptar as instalaes hidrulicasautomticas, ser obrigatria a colocao de detetores e alarmes automticos de incndio.

    Art. 58 - Na impossibilidade tcnica de se atender s curvas mnimas nas instalaeshidrulicas sob comando, sero admitidas curvas que permitam a localizao dos hidrantes fora dasreas caracterizadas como sadas de emergncia.

    Seo IIDa vistoria

    Art. 59- A SUOP atravs do DUEL, inspecionar os prdios existentes e emitir um Laudo deVistoria, que ser assinado pelo responsvel, sindico ou proprietrio do imvel a quem caber aresponsabilidade de executar as recomendaes e providncias determinadas.

    1 - Aps a inspeo e emisso do Laudo de Vistoria se fixar prazo, no superior a 240

    (duzentos e quarenta) dias, para cumprimento das recomendaes, ou medidas julgadas necessrias adaptao.

    2 - Decorrido o prazo previsto neste artigo, sero adotada as providncias fiscais insertasneste Decreto.

    Art. 60 - O DUEL em sua atividade fiscalizadora, ter competncia de vistoriar prdios,expedindo notificaes e avisos, autuando, embargando e interditando edificaes que nopreencham os requisitos de segurana exigidos na preveno de incndio e pnico.

    Art. 61 - O no comprimento das exigncias regulamentares e das normas tcnicasestabelecidas para a proteo contra incndio e pnico, importar na aplicao das seguintespenalidades variveis:

    I - Multa de 1 (um) a 5 (cinco) UFP aos responsveis pelos estabelecimentos ou edificaes quedeixarem de cumprir as exigncias constantes do laudo de vistoria;

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    3- So competentes para julgar, em primeira e segunda instncia, o processo fiscal relativo aplicao de penalidades, pecunirias ou no, o diretor do DUEL e o Secretario da SUOP,respectivamente.

    CAPTULO VIDas disposies finais

    Art. 62 - Os projetos de instalao contra incndio e pnico sero examinados por umaComisso Permanente e, a seguir, encaminhados deciso administrativa.

    1 - A comisso que trata este artigo ser constituda por 5 (cinco) servidores municipais,sendo 2 (dois) engenheiros, 2 (dois) tcnicos em preveno de sinistros do quadro de pessoal doCorpo de Bombeiros da Cidade do Salvador e 1 (um) arquiteto, de livre escolha do Prefeito.

    2 - Aps a aprovao do projeto ser emitido certificado de aprovao documentoindispensvel concesso do habite-se.

    Art. 63 - A SUOP baixar instrues normativas indispensveis atualizao das normastcnicas deste decreto.

    Art. 64- Integram este decreto as tabelas de nmero 01 e 07, anexos 01 a 10 e um glossriode definies.

    Art. 65- A SUOP constituir um Grupo Especial de Peritos visando inspecionar edificaes eestabelecimentos que venham ou possam vir a se constituir em reas de grave risco ou perigo para apopulao.

    Pargrafo nico Efetuada a inspeo, o Grupo Especial de Peritos (GEP) emitir parecersugerindo as providncias a se adotar para a soluo dos problemas existentes.

    Art. 66- Os tipos de hidrantes de recalque e de escadas a que se refere este Decreto so os

    constantes dos anexos de nmeros 04 a 09.

    Art. 67- Este Decreto entrar em vigor na data de sua publicao, revogadas as disposiesem contrrio.

    GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DO SALVADOR, em 19 de maro de 1980.

    MRIO KERTESZPrefeito

    IVAN ALVES BARBOSASecretrio de Urbanismo e Obras Pblicas

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    GLOSSRIO

    Abrigo - Compartimento destinado ao acondicionamento de hidrante e de equipamentos decombate a incndio.

    Acesso -Caminho a ser percorrido pelos usurios do pavimento para alcanar a caixa de escada.Os acessos podem ser constitudos de passagens, corredores, vestbulos, balces e terraos.

    Alarme -Dispositivo utilizado para definir situao de emergncia (incndio, etc...), mediante somaudvel e de fcil identificao, podendo conjulgar-se com dispositivo que emita sinais luminososou que ative equipamento de combate a incndio (chuveiros ou instalaes fixas especiais). Osalarmes so classificados em automticos (detetores automticos) e manuais (apitos, sirenes,etc...).

    Altura -Distncia vertical tomada e medida do nvel da soleira do pavimento de acesso ao nveldo piso do pavimento habitual mais elevado.

    Antecmara - Recinto que antecede a caixa de escada enclausurada prova de fumaa,podendo ser vestbulo, terrao ou balco, comunicando-se com o acesso e a escada por meio deportas corta-fogo.

    rea de Refgio -Pavimentos divididos por paredes resistentes ao fogo e abertura protegidas

    por porta corta-fogo.

    Balco -Parte da edificao em balano com relao parede perimetral da mesma, tendo, pelomenos uma face para o exterior.

    Beiral -Laje em balano em 80cm, situada ao nvel do teto do ltimo pavimento habitual.

    Botijo - Recipiente de formato especial equipado com vlvula de fechamento automtico eutilizado na prtica comercial com peso lquido de 1kg, 1,5kg, 5kg, 11kg e, no mximo, de 13kg,

    de gs liquefeito de petrleo (GLP).

    Canalizao -Tubos destinados a conduzir gua para alimentar os equipamentos de combate aincndio.

    Carreta -Dispositivo sobre o qual montado o extintor no porttil.

    Depsito -Todo e qualquer local, aberto ou fechado, destinado armazenagem.

    Descarga - a parte da edificao que fica entre a escada enclausurada prova de fumaa e avia pblica ou rea externa em comunicao com esta.

    Duto de Ventilao - Duto no interior da edificao que permite sada de gases e fumaa deantecmara para parte superior acima da edificao.

    Edificao - Construo destinada a abrigar qualquer atividade humana, materiais ou

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    Edificao Residencial Unifamiliar - Aquela que abriga apenas uma unidade residencial.

    Edifcio Pblico - Edificao na qual se exercem atividades de governo , administrao,prestao de servio pblico.

    Escada Enclausurada Prova de Fumaa - a escada cuja caixa envolvida por paredesresistentes ao fogo e precedida de antecmara, de modo a evitar, em caso de incndio,penetrao de fogo e fumaa.

    Gases Liquefeitos de Petrleo - Produtos constitudos, predominantemente, pelos seguinteshidrocarbonetos: propano, propeno, butano e buteno.

    Hidrante - Ponto de tomada de gua provido de registro de manobra e unio tipo engate rpido.

    Hidrante de Passeio (hidrante de recalque) -Dispositivo instalado na canalizao preventiva,destinado a utilizao pelas viaturas do Corpo de Bombeiros.

    Hidrante de Recalque - aquele constitudo de tomada d`gua, com dispositivo de manobra,localizado no interior da edificao, excetuando as reas componentes das sadas deemergncias.

    Hidrante Externo - aquele constitudo de tomada de gua, com dispositivo de manobra,

    localizado no passeio pblico da edificao..Hidrante Interno - aquele constitudo de tomada dgua, com dispositivo de manobra,localizado no interior da edificao, executando-se reas componentes das sadas deemergncias.

    Hidrantes Urbanos - Aparelhos instalados na rede de distribuio de gua da cidade.

    Hotel - Edificao de uso residencial multifamiliar transitria, cujo acesso controlado por

    servios da portaria.

    Instalao Centralizada - Instalao destinada a atender a vrios consumidores em conjunto,utilizando central de armazenamento e tubulao para distribuio.Instalao Eltrica a Prova de Exploso -Instalaes definidas pelo P-NB-158.

    Instalao Fixa de Espuma - Instalaes fixas envolvendo um ou mais dos agentes extintoresabaixo:

    Espuma Mecnica CO2 (Dixido de Carbono) Hallon 1301 P Qumico Seco

    Quando previsto o uso de espuma mecnica o dispositivo gerador da mistura gua estratoser alimentado com mnimo de 5kg/cm2- (gua)

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    Paredes Resistentes ao Fogo - Paredes em que o lado no submetido ao fogo no alcancetemperatura superior a 120C no tempo mnimo determinado, evitando a passagem do fogo deuma rea para outra. Para fins de amplitude na conceituao observar o disposto pela ResoluoFUNENSEG n 3, circular Normativa n 12/IRB.

    Pavimento de Acesso -Pavimento ao nvel RN (Referncia de Nvel) que determina o gabaritopara edificao.

    Pavimento de Uso Comum (Pilotis) - Pavimento aberto, destinado dependncia de usocomum, situado ao nvel do meio-fio ou sobre a parte da edificao de uso comercial. Pode serdestinado a estacionamento.

    Piso -Superfcie interior e inferior dos compartimentos de uma edificao.

    Porta Corta-Fogo - Portas de funcionamento automtico ou manual, resistentes ao fogo,definidas pela Norma EB-132.

    Produtos Especiais - Produtos classificados como inflamveis, radioativos, txicos ou comgrande poder de reatividade e especialmente os classificados pelo Instituto Brasileiro de Petrleo.

    Registro de Bloqueio - Registro colocado na rede de alimentao dos hidrantes, parafechamento no caso de reparo.

    Registro de Manobra -Registro destinado a abrir e fechar o hidrante.

    Requinte - Pequena pea de metal, de forma cnica, tendo fios de rosca na parte interna dabase, pelos quais so atarrachados na ponta do esguincho. o aparelho graduador eaperfeioador do jato.

    Reserva Tcnica de Incndio -Volume de gua do reservatrio, previsto para uso exclusivo emcombate a incndio.

    Reservatrio -Compartimento destinado ao armazenamento de gua.

    Rede de Chuveiros Automticos do Tipo Sprinkler - Instalao hidrulica de combate aincndio, constituda de reservatrio, canalizaes, vlvulas, acessrios diversos e Sprinkler.

    Sada - Caminho contnuo, de qualquer ponto da edificao rea livre, fora do edifcio, emconexo com logradouro.

    Sada de Emergncia -Entende-se como sada de emerg6encia conjunto de instalao como:

    Acesso (corredores, bales, terraos, vestbulos, etc.). reas de refgio. Escada protegida ou enclausurada prova de fumaa. Descarga (rea em pilotis, corredores ou trio enclausurado) que permitem evacuao segura

    dos usurios das edificaes.

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    DECRETO N 5.876/80TABELA 01 DOS EXTINTORES

    TIPO DE EXTINTOR CAPACIDADE

    N de extintores que

    constituem umaunidade extintoragua 10 litros 1Espuma 10 litros 1Dixido de Carbono 4 quilos 2(CO2) 6 quilos 1P qumico seco 4 quilos 1

    6 quilos 1

    CLASSE DE RISCO rea que protege uma unidadeextintora Distncia mxima entreunidade extintoraGRAU DERisco A 500m 20mGRAU DERisco B 250m 15mGRAU DERisco C 150m 10m

    CLASSE DE INCNDIO TIPO DE EXTINTOR

    Classe A gua

    Classe B Espuma, P qumico e CO2

    Classe C CO2 e P qumico

    TABELA 02 CARACTERSTICAS DO HIDRANTE

    LOCAL TIPO DIMETRO

    INTERNO

    ALTURADIST NCIA

    DA

    EDIFICAO(PAREDE)

    N MERODE

    TOMADAS

    DIMENS ESDO

    ABRIGO

    Externo Coluna 2 1m De 1,5 a 15m 21,00 x 0,90mpor 0,40m deprofundidade

    Interno Coluna ous tomada

    2 1m Embutido naParede

    1 -

    RecalqueRetangular ouColuna 2

    Nvel do PasseioOu 1m - 1

    0,40 x 0,30mpor 0,40m deprofundidade

    TABELA 03 VAZES E EQUIPAMENTOS QUE DEVEM EXISTIR EM CADA HIDRANTE

    RISCO DEINCNDIO

    VASOMANGUEIRAS

    REQUINTEDE

    ESGUICHO

    PRESSOMNIMA NOHIDRANTEComprimento Dimetro

  • 7/25/2019 DECRETO N 5.876 de 19 de MARO de 1980 - Regulamenta Dispositivos Da Lei N 3.077

    14/16

    Volume do Reservatrio = Consumo + RTI

    Sendo:

    Reservatrio Inferior = 3/5 Volume TotalReservatrio Superior = 2/5 Volume Total

    DECRETO N 5.876 DE 19 DE MARO DE 19802

    TABELA 04 RESERVA DGUA PARA INCNDIO (Litros)

    RISCO

    RESERVAS PARA EDIFICAESDE AT 4 HIDRANTES

    ACRSCIMO DASRESERVAS DGUA

    POR CADAHIDRANTE

    EXCEDENTE DE 4

    ALTURA MNIMAEM

    METROS DO FUNDODO RESERVATRIOSUPERIOR SADA

    DE TOMADA DOHIDRANTE MAISPRXIMO

    ALIMENTAO

    GRAVIDADE

    RESERVATRIOSUPERIOR

    BOMBAS

    RESERVATRIOINFERIOR

    RISCO A -RESIDENCIAL

    10.000 15.000 700 4

    RISCO B -COMERCIAL

    15.000 25.000 1.000 10

    RISCO C USOESPECFICO

    25.000 35.000 1.500 14

    TABELA 05 ALCANCE DO JATO COMPOSTO

    DI METRODO

    REQUINTEEM MM

    13 16 19

    ALCANCEDO JATO

    EM METROS VERTICAL HORIZONTAL VERTICAL HORIZONTAL VERTICAL HORIZONTALPRESS OEM Kg/cm

    1 00 7 00 8 00 7 00 8 00 7 50 8 00

  • 7/25/2019 DECRETO N 5.876 de 19 de MARO de 1980 - Regulamenta Dispositivos Da Lei N 3.077

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    TABELA 06 SADAS DE EMERGNCIA DE EDIFCIOS ALTOS

    LOCAIS(TIPOS DE OCUPAO)

    CLCULO DEPOPULAO

    CAPACIDADEN DE PESSOAS POR UNIDADE

    DE PASSAGEM (*)DISTNCIAMXIMA P/ALCANAR

    A SADA

    REA DE REFGIO NMERO DE SADAS

    ACESSOS SADAS PORTAS ACIMA DEPAVIMENTOS

    ACIMADE M

    N O RESIDENCIALE ESCRITRIOS

    ACIMA DE 20PAVIMENTOS

    RESIDENCIAL COM4 UNIDADES

    ACIMADE 25

    PAVIMENTOS

    Escritrios em geral econsultrios

    1 pessoa 9,00m de reabruta

    100 60 100 35 20 1.000 2 -

    Apartamentos 2 pessoas/Dormitriossociais e de servio

    60 45 100 10 (**) - - - 2

    Hotis 1,5 pessoas/Dormitrio 60 45 100 35 20 1.000 2 -

    Hospitais 1,5 pessoas/Leito 30 22 30 35 20 1.000 2 -

    Restaurantes 1 pessoa/m de rea bruta 100 75 100 35 - - 2 -

    Locais de reunio 1 pessoa/m c/ assentosindividuais

    1 pessoa/0,5m semassento s individuais

    100 75 100 35 - - 2 -

    Salas de aula 1 aluno/m 100 60 100 35 - - - -

    Lojas e centros decompras

    1 pessoa/5,0m de reabruta

    60 60 100 35 - - - -

    (*) Uma unidade de passagem equivale a 0,60m(**) 10m da porta de sada

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    TABELA 07 INDICAO PARA PROTEO CONTRA INCNDIO E PNICO

    OBS: Para verificao do tipo de escada consultar o CDIGO DE OBRASEDIFICAO TIPO DE PROTEO

    OCUPAO

    FUNO DA ALTURA

    REACONSTRUDASUPERIOR A:

    E H S FE A AT SE EP EE PR GG

    OBS.

    DISTNCIAEM METROS

    DASOLEIRAAO LTIMOPAVIMENTO

    SUPERIOR A:

    N DEPAVIMENTOS

    TIPOSSUPERIOR

    A:

    EXTIN-

    TORESINSTALAES

    HIDRULICAS

    HIDRANTES

    CHUVEI-ROS

    AUTO-

    M TICOS

    INSTA-

    LAESFIXASESPE-CIAIS

    ALARME

    ALARME

    AUTOM-

    TICO

    SADADE

    EMER-GNCIA

    ESCADA

    PROTE-

    GIDA

    ESCADACLAU-

    SURADA

    PRA-RAIOS

    GRUPO

    GERA-

    DOR

    RESIDENCIALINDIVIDUAL

    (Multiresidencial)

    E

    (1)> =11 E H EP PR> =20 E H A SE EE PR

    15 E H A SE EE PR GG20 E H S A SE EE PR GG

    RESIDENCIAL

    COLETIVA(Hotis,penses, etc.)

    E

    > =11 OU > =750 E H A SE EP> =20 OU > =5.000 E H S AT SE EE PR GG

    COMERCIALE

    > =11 OU > =750 E H AT SE EP> =20 OU > =5.000 E H S AT SE EE PR

    MISTAE

    (*)> =11 OU > =750 E H A SE EP PR> =20 OU > =5.000 E H S A SE EE PR

    INDUSTRIALE A SE

    (2)> =1.500 E H A SE PR> =5.000 E H S A SE PR

    PBLICASE

    > =11 OU > =750 E H A SE EP PR> =20 OU > =5.000 E H S AT SE EE PR

    REUNIESE

    > =11 OU > =750 E H A SE EP PR> =20 OU > =1.500 E H S AT SE EE PR

    EDUCACIONALE

    > =750 E SE> =11 E H A SE EP PR> =20 OU > =3.500 E H A SE EE PR

    SADEE

    (3)> =11 OU > =750 E H AT SE EE PR GG> =20 OU > =5.000 E H S AT SE EE PR GG

    GARAGEME

    (4)> =750 E H A SE4 > =1.500 E H A SE EP PR

    10 > =5.000 E H S AT SE EE PRESTAESRDIO E TV

    E> =11 OU > =750 E H FE AT SE EP PR> =20 OU > =5.000 E H S FE AT SE EE PR

    USOSESPECIAIS

    E(5)> =11 OU > =750 E H AT SE EP PR

    > =20 OU > =1.500 E H S AT SE EE PR(*) Exigido nas reas comerciais maiores que 2.500m;(1) Exceo: Unidomiciliar;(2) Podero ser acrescidas em funo dos riscos;(3) rea de refgio para pavimentos com mais de 1.000m;(4) Exceo: Garagens residenciais exigidos apenas extintores;(5) Podero ser acrescidas de outras em funo dos riscos inerentes a: edificao, contedo e atividade.