DEFINIES E CONCEITOS DIREITO TRIBUTRIO
CSLLCSLL - Contribuio Social sobre o Lucro Lquido uma contribuio
criada pela Lei 7.689/1988 para que todas as Pessoas Jurdicas (PJ)
e as equiparadas pela legislao do Imposto de Renda (IR) possam
apoiar financeiramente a Seguridade Social.A Seguridade Social
compe-se de recursos provenientes dos poderes pblicos federais,
estaduais, municipais e de contribuies sociais das PJ, visando
proteger os cidados no que se refere aos seus direitos com sade,
aposentadoria e situaes de desemprego.A base de clculo da CSLL o
lucro lquido do perodo de apurao antes da Proviso do Imposto de
Renda. Tanto a base de clculo como as alquotas esto previstas no
artigo n 57 da Lei 8981/1995.As PJ que optarem pelo apuramento do
IR por lucro real, presumido, arbitrado ou por estimativa, devero
ter igual procedimento com a CSLL, ou seja, no podem, por exemplo,
optar pelo IRPJ por estimativa e pela CSLL por lucro real.O
pagamento da CSLL feito pela PJ mediante a utilizao do Documento de
Arrecadao de Receitas Federais (DARF) nas agncias bancrias que
integram a Receita Federal.
EMPRSTIMOS COMPULSRIOSTrata-se de um emprstimo decorrente do
poder do estado, de forma forada, isso acontece em situaes
excepcionais, de acordo com casos que so estabelecidas em lei.
Ricardo Alexandre define os emprstimos compulsrios como sendo
emprstimos forados, coativos, porm restituveis. Destaca-se uma
divergncia doutrinria quanto a natureza tributria deste, surgindo
at a j superada smula 418 STF que dizia que O emprstimo compulsrio
no tributo, e sua arrecadao no est sujeita a exigncia
constitucional da prvia autorizao oramentria, porm, esta j
invalidada pelo RE 146.733-9/SP:De feito, a par das trs modalidades
de tributos (os impostos, as taxas e as contribuies de melhoria) a
que se refere o artigo 145 para declarar que so competentes para
institu-los a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios,
os artigos 148 e 149 aludem a duas outras modalidades tributrias,
para cuja instituio s a Unio competente: o emprstimo compulsrio e
as contribuies sociais, inclusive as de interveno no domnio
econmico e de interesse das categorias profissionais ou
econmicas.(STF, RE 146.733-9/SP. Rel. Min. Moreira Alves, j.
29/06/1992, p. 20.110)Tambm de se ver que o emprstimo compulsrio se
enquadra no conceito de tributo previsto no Cdigo Tributrio
Nacional, pois entende-se no haver no referido artigo a previso que
tais valores devem voltar entrar em definitivo nos cofres pblicos,
logo, segundo a interpretao do referido artigo, no importa a
finalidade dos recursos para definio de tributo e sim o fato
gerado, assim temos nos Emprstimos Compulsrios as caractersticas do
tributo, vejamos,CTN, Art. 3 Tributo toda prestao pecuniria
compulsria, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que no
constitua sano de ato ilcito, instituda em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada.COMPETNCIA PARA
INSTITUIOPrimeiramente vale destacar que os emprstimos compulsrios
s podero ser institudos pela Unio, por mais urgente que seja vedado
ao DF, estados e municpio sua instituio, segundo Eduardo Sabbag
defeso a criao por estes, sob pena de usurpao da competncia
tributria, que privativamente foi concedida a Unio, no mbito deste
tributo. Ressalta este tributo criado apenas por Lei Federal e no
caso dos Emprstimos Compulsrios, Lei
Complementar.CARACTERSTICASPodemos observar diversas caractersticas
quanto ao referido tributo, delas se destacam o seu carter
EMERGENCIAL, pois s pode ser institudo pela Unio em casos de
urgncia, ele EVENTUAL, porque no continuar posteriormente. Tambm
poder ser caracterizado como RESTITUVEL, pois os valores sero
devolvidos, e quanto a isso, o STF j decidiu que a restituio ser
feita na mesma forma de como foi recolhido (RE 175.385/CE), neste
caso, ser em dinheiro. Observa-se que os valores no podero ser
usados para outras coisas a no ser para o que o gerou, isso a
chamada arrecadao vinculada: Art. 148. Pargrafo nico. A aplicao dos
recursos provenientes de emprstimo compulsrio ser vinculada despesa
que fundamentou sua instituio.HIPTESES PERMISSIVAS DOS EMPRSTIMOS
COMPULSRIOSTais emprstimos esto previstos em nossa Constituio
Federal no seu artigo 148:Art. 148. A Unio, mediante lei
complementar, poder instituir emprstimos compulsrios:I - para
atender a despesas extraordinrias, decorrentes de calamidade
pblica, de guerra externa ou sua iminncia;II - no caso de
investimento pblico de carter urgente e de relevante interesse
nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".Fazendo uma
interpretao do inciso I, teremos duas hipteses, a primeira so as
despesas extraordinrias que decorrem de calamidade pblica, aqui,
vale abordar que no qualquer chuva ou enchente, e sim situaes
anormais que provoque desastres, segundo Sacha Calmon Navarro
Colho4, tais despesas no so quaisquer, seno as que decorrerem da
pemente necessidade de acudir as vtimas das calamidades pblicas
srias, j para Paulo Barros de Carvalho5, a noo de calamidade pblica
abrange outros eventos, de carter socioeconmico, quem ponham em
perigo equilbrio do organismo social, considerado na sua
totalidade. Quanto a segunda parte do Inciso I, temos a hiptese de
despesa extraordinria decorrente de guerra, aqui podemos ressaltar
que a deflagrao deve ser iniciada por alguma outra nao estrangeira,
no inclui a guerra iniciada pelo Brasil, pois, nosso estado presa
pela defesa da paz (conforme art. 4 CRFB), alm disso, se houver
conflitos sociais internos tambm no caber a hiptese de Emprstimos
Compulsrios, que que nos afirma Eduardo Sabbag6 Quando ao inciso II
do artigo supracitado, trata-se de Investimento pblico de carter
urgente, e ainda, de relevante interesse nacional. Aqui pode, se
ocorrer extrema urgncia, conseguir uma antecipao de valores que
entrariam nos cofres pblicos somente em alguns anos, a chamada
antecipao de receita. Aqui se difere do inciso I porque precisa
naquele no prever a exigncia do princpio da anterioridade, para
este inciso II j necessrio a observncia desse princpio, disposto no
art. 150, III, b da CRFB:Art.150. Sem prejuzo de outras garantias
asseguradas ao contribuinte, vedado Unio, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municpios:()III- cobrar tributos:(...)b) no mesmo
exerccio financeiro em que haja sido publicada a lei que os
instituiu ou aumentou; CONCLUSO Os Emprstimos Compulsrios surgem
como alternativa para caso o governo precise atender a despesas
extraordinrias nos casos previstos no art.148 da CRFB, assim, no
evitaria uma maior onerosidade aos cofres pblicos, pois, como so
despesas quase que imprevisveis, e muitas vezes com valores
exorbitantes, poderia prejudicar o oramento anual do estado.
