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Seminário sobre generalidades da degeneração testicular.
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“Consiste na redução da eficiência do órgão, diminuição ou aumento de
consistência dos testículos de acordo com a intensidade da fibrose, com distúrbio
total na espermatogênese .”
O QUE É DEGENERAÇÃO TESTICULAR ?
A DEGENERAÇÃO TESTICULAR PODE SER:
Leve Moderada Grave
Unilateral Bilateral
A DEGENERAÇÃO PODE AINDA SER:
Temporária
Permanente
Sendo que depende do tipo, severidade e duração da injuria.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO ÀS FASES DA SÍNDROME:
• Hidrópica (consistência macia , flácida)
• Atrófica (esclerose dos testículos)
• Calcificação testicular (consistência dura).
1 - INJÚRIA TÉRMICA
A DEGENERAÇÃO TESTICULAR é conseqüência do estresse provocado pelo CALOR.
Podendo causar também:
• Redução da qualidade e da quantidade de sêmen
• Azoospermia
• Anormalidades histológicas avançadas (decréscimo do numero de células germinativas nos túbulos seminíferos e do volume do parênquima testicular ocupado por tubos seminíferos).
• Injuria fria induzida, como ocorre com o congelamento escrotal em touros, também pode causar degeneração testicular
IMPORTÂNCIA DA TERMORREGULAÇÃO TESTICULAR NA QUALIDADE DO SÊMEN.
A elevação da temperatura normal dos testículos causa:
• Espermatogênese prejudicada.
• Degeneração testicular
• Subfertilidade e infertilidade em reprodutores.
O clima tropical, por apresentar altas temperaturas, facilita o aparecimento de alterações no epitélio seminífero, com conseqüentes
efeitos na qualidade do sêmen e nas características seminais do reprodutor, sendo que a qualidade do espermatozóide é importante para a
fertilização e para o desenvolvimento embrionário.
MECANISMO FISIOLÓGICOS RESPONSÁVEIS PELA TERMORREGULAÇÃO TESTICULAR NO BOVINO.
A manutenção térmica da pele escrotal é afetada por:
• Temperatura ambiental
• Umidade
• Temperatura corporal
• Quantidade de calor perdida por radiação do escroto
• Postura do animal
• Variação anatômica na forma (escroto com funículo espermático curto, escroto pequeno)
• Grau de obesidade do animal (excesso de gordura no subcutâneo escrotal e funículo espermático)
• Integridade do escroto (edemas e traumatismos).
Bos indicus X Bos taurus
Os touros zebuínos apresentam:
• Superfície de pele mais extensa.
• Maior número de glândulas sudoríparas.
• Menor produção de calor.
Características que permitem melhor termorregulação, tornando-os mais
resistentes ao estresse térmico.
Os touros taurinos apresentam:
• Superfície de pele menos extensa.
• Menor número de glândulas sudoríparas.
• Maior produção de calor.
Características que acarretam em pior termorregulação, tornando-os
menos resistentes ao estresse térmico.
OS EFEITOS DA TEMPERATURA NA ESPERMATOGÊNESE E NA ESTEROIDOGÊNESE
TESTICULAR
Degeneração testicular devido à hipertermia testicular pode causar:
• Aspermia• Aumento da taxa de mutações• Alteração da espermatogênese e formação do gameta, podendo levar a infertilidade e esterilidade do touro.
A primeira conseqüências do calor no bovino é a alteração da fertilidade.
Ao exame clínico externo observa-se:
• Mudanças anatômicas dos testículos (tamanho, peso e textura). • Aumento da temperatura (efeitos fisiológicos e metabólicos incluindo mudanças no fluxo sangüíneo e linfático).• Afetam também o estado endocrinológico (comprometendo a produção de testosterona e conseqüentemente a sua ação no trato reprodutivo).
OS EFEITOS DA TEMPERATURA NA ESPERMATOGÊNESE E NA ESTEROIDOGÊNESE
TESTICULAR
As patologias espermáticas características do ejaculado em uma DEGENERAÇÃO TESTICULAR são:
• Presença de células descamativas;• Espermátides;• Núcleos picnóticos ;• Formação de células gigantes;• Medusas;• Alta incidência de anomalias de cabeça;• Patologias de acrossomo;• Patologias de cauda; • Gota citoplasmática proximal e distal.
OS EFEITOS DA TEMPERATURA NA ESPERMATOGÊNESE E NA ESTEROIDOGÊNESE
TESTICULAR
As conseqüências da exposição dos testículos à altas temperaturas ambientais são:
• Redução da libido;
• Redução da qualidade seminal;
• Redução da fertilidade.
OS EFEITOS DA TEMPERATURA NA ESPERMATOGÊNESE E NA ESTEROIDOGÊNESE
TESTICULAR
A gravidade da DEGENERAÇÃO TESTICULAR depende do tempo e da temperatura de exposição.
Um aumento térmico de 1 ou 2 °C por 8 horas pode causar grandes alterações na espermatogênese.
A degeneração testicular pode ser:
• Temporária • Permanente
Sua dimensão depende do tipo, severidade e duração do insulto térmico
2 - INFECÇÃO OU TRAUMA
• Orquite infecciosa ou traumática pode progredir para atrofia testicular degenerativa permanente;
• Epidemia de bactérias, que pode ocorrer separadamente à inflamação do testículo, freqüentemente culmina em degeneração testicular;
• Estes ferimentos incluem trauma à pele escrotal e hematocele.
3 – INJÚRIAS VASCULARES
Injúrias vasculares dos testículos podem principiar degeneração testicular.
Casos de torção no cordão espermático e inflamação das artérias testiculares induzidas pela larva Strongylus ou vírus da arterite eqüina.
O grau da torção determina a extensão da obstrução da artéria testicular, a qual pode produzir isquemia dos testículos e do plexo pampiniforme, que pode causar um infarto hemorrágico dos testículos.
4 – BLOQUEIO DO FLUXO DO ESPERMATOZÓIDE
• Obstrução da cabeça dos epidídimos• Malformação dos ductos eferentes
Causam uma alta de pressão dentro dos túbulos seminíferos e resultam em degeneração testicular.
O aumento da pressão inicialmente resulta em testículos aumentados e túrgidos que mais tarde atrofiam.Aplasia segmentar do epidídimo também obstrui a saída do espermatozóide culminando em degeneração testicular.
Granulomas no esperma resultando de epididimite ou ductos eferentes ocluídos
congênitos são comuns em cabritos e cervos mais velhos; resultam em degeneração testicular por impedir o movimento do
espermatozóide nos testículos.
5 – ATROFIA SENIL DOS TESTÍCULOS
Atrofia senil dos testículos tipicamente ocorre em touros e garanhões relativamente jovens.
TOUROSDe 7 a 13 anos de idade - produção de esperma reduzida. Degeneração testicular é esperada após os 8 a 10 anos de idade.Poucos touros com mais de 15 anos são capazes de produzir sêmen de boa qualidade.
GARANHÕESEmbora a qualidade do sêmen possa começar a deteriorar em alguns garanhões de meia idade, muitos cavalos permanecem férteis até 25 ou 30 anos de idade.
6 – OUTRAS CAUSAS
• Má nutrição• Ingestão de plantas tóxicas
• Tumor testicular• Produção de anticorpos antiesperma
• Hemorragia intratesticular • Exposição a vários produtos químicos
• Metais pesados
• Administração de hormônios esteróides anabolizantes (por inibir a produção de gonadotrofinas)
• A implantação do acelerador de crescimento Zeranol em touros em crescimento tem sido associado com pequenos testículos e uma
predisposição à degeneração testicular.
EVIDÊNCIAS HISTOLÓGICAS
• Vacuolização citoplasmática
• Descamação da célula germinal
• Afinamento do epitélio seminífero
• Tamanho diminuído do tubo
• Picnose do núcleo espermatocítico
• Formação gigante de células intratubular
• Espermiostase
• Mineralizaçào dos elementos tubulares espessados
• Fibrose e hiperplasia da célula intersticial aparente.
A membrana hialina definhada pode “afivelar” ou aparecer ondulada por causa do colapso dos tubos seminíferos.
IDENTIFICAÇÃO DA DEGENERAÇÃO
Exame físico e do sêmen.
É IMPORTANTE possuir o histórico do tamanho, textura e função normal do testículo algum tempo antes da atrofia, para que seja possível
diferenciar a degeneração da hipoplasia. Se uma causa identificadora é notada ou se há evidência de injúria
escrotal, tal como adesão das túnicas testiculares, e degeneração pode presumidamente ter sido adquirida.
No espermograma é observado:
• volume normal do ejaculado, com nº de espermatozóides vivos reduzido; • vigor diminuído;• concentração normal (até um pouco diminuído).
IDENTIFICAÇÃO DA DEGENERAÇÃO
Testículos com tamanhos normais e alteração no ejaculado SUGESTIVO de DEGENERAÇÃO TESTICULAR.
Técnica elaborada pela Universidade da Pensylvania para prever a saída de espermatozóides em garanhões através da estimativa do volume
testicular “in situ” usando a fórmula de um elipsóide. (As medidas usadas são: o maior comprimento, largura e altura de cada testículo em
centímetro). A fórmula para predizer a saída diária de espermatozóide (DSO) é a seguinte:
DSO = 0,024 X – 1,26
Onde X = [( 0,5236 x altura do testículo esquerdo x largura do testículo esquerdo x comprimento do testículo esquerdo) + (0,5236 x altura do
testículo direito x largura do testículo direito x comprimento do testículo direito)].
TRATAMENTO DA DEGENERAÇÃO
Uma vez ocorrida a degeneração testicular, o tratamento não é normalmente benéfico.
Corrigir qualquer fator que possa contribuir para a degeneração testicular.
Condições febris (como enfermidades sistêmicas) - Antipiréticos, como aspirina ou fenilbutazona, podem ser benéfico.
Para injurias que resultem em retração e edema escrotal - terapia antiflogística imediata (aplicações de compressas frias de 15 a 20 minutos) e terapia antiinflamatória( fenilbutazona ou flunexim-meglumine) devem rapidamente aliviar a retração e a inflamação.
TRATAMENTO DA DEGENERAÇÃO
Se um testículo é permanentemente danificado, resultando em atrofia e fibrose, ou se a testículo é cirurgicamente retirado, o testículo injuriado ou remanescente pode hipertrofiar a produzir mais espermatozóides.
O número de espermatozóides por ejaculado normalmente alcança um patamar pouco abaixo do número produzido quando o animal tinha dois testículos normais.
Ainda permanece discutível quando um testículo permanentemente injuriado, deve ser removido cirurgicamente.
O apoio para remoção de um testículo baseia-se na possibilidade de que a produção de anticorpos contra ele deva eventualmente interferir no funcionamento do testículo remanescente.