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1 A partir de segunda-feira (03), doses que sobra- rem, vão ser disponibilizadas para a população em geral. >>PÁGINA 08 Comerciantes têm prazo de seis meses para se adequarem à lei. >>PÁGINA 03 Ele pegou a droga em Corumbá e levaria para São Paulo. Menino de seis anos estava com o avô. >> PÁGINA 06 Jessica Barbosa Moreira, divide o tempo do trabalho com a preparação para o concurso que deve acontecer em >>PÁGINA 08 Prioridade de público alvo em vacinação contra a gripe, termina hoje Câmara promulga lei que proíbe canudos e copos plásticos Motorista que viajava com neto é preso com 94 kg de cocaína Homem que viveu quase 10 anos nas ruas de Corumbá, voltou para casa e luta para superar o vício INFLUENZA CORUMBÁ TRÁFICO DE DROGAS LUTA CONTRA AS DROGAS Sol com algumas nuvens. Não chove. Fonte: CLIMATEMPO máx.34º mín.22º EDIÇÃO IMPRESSA Nível do rio Paraguai (Ladário) ÚLTIMOS 3 DIAS SEXTA-FEIRA Edição: 2571| Ano: XII Preço: R$ 1,00 Corumbá, 31 de maio de 2019 30/05 29/05 28/05 3,52 m 3,50 m 3,50 m Anderson Gallo Reprodução Delegado preso por homicídio, planejava atentados contra investigadores de crime Anderson Gallo O delegado Fernando Araújo e o investigador Emmanuel Contis Leite, tentavam atrapalhar as investigações sobre o assassinato do boliviano Alfredo Rangel Weber. Con- versas pelo WhatsApp indicam que os dois planejavam ataques a bomba para intimidar a família da vítima e a equipe da Polícia Civil que os investigava. >> PÁGINA 05 >>PÁGINA 09

Delegado preso - Diarionline...Nível do rio Paraguai (Ladário) ÚLTIMOS 3 DIAS SEXTA-FEIRA Edição: 2571| Ano: XII Preço: R$ 1,00 Corumbá, 31 de maio de 2019 28/05 29/05 30/05

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Page 1: Delegado preso - Diarionline...Nível do rio Paraguai (Ladário) ÚLTIMOS 3 DIAS SEXTA-FEIRA Edição: 2571| Ano: XII Preço: R$ 1,00 Corumbá, 31 de maio de 2019 28/05 29/05 30/05

Diário Corumbaense - Corumbá - MS31 de maio a 06 de junho de 2019 - ANO: XII - Edição: 2571

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A partir de segunda-feira (03), doses que sobra-rem, vão ser disponibilizadas para a população em geral. >>PÁGINA 08

Comerciantes têm prazo de seis meses para se adequarem à lei. >>PÁGINA 03

Ele pegou a droga em Corumbá e levaria para São Paulo. Menino de seis anos estava com o avô. >>PÁGINA 06

Jessica Barbosa Moreira, divide o tempo do trabalho com a preparação para o concurso que deve acontecer em >>PÁGINA 08

Prioridade de público alvo em vacinação contra a gripe, termina hoje

Câmara promulga lei que proíbe canudos e copos plásticos

Motorista que viajava com neto é preso com 94 kg de cocaína

Homem que viveu quase 10 anos nas ruas de Corumbá, voltou para casa e luta para superar o vício

INFLUENZA

CORUMBÁTRÁFICO DE DROGAS

LUTA CONTRA AS DROGAS

Sol com algumas nuvens. Não chove.

Fonte: CLIMATEMPOmáx.34ºmín.22º

EDIÇÃO IMPRESSA

Nível do rio Paraguai(Ladário)ÚLTIMOS 3 DIAS

SEXTA-FEIRA Edição: 2571| Ano: XIIPreço: R$ 1,00

Corumbá, 31 de maio de 201930/0529/0528/053,52 m3,50 m3,50 m

Anderson Gallo

Reprodução

Delegado preso por homicídio, planejava atentados contra investigadores de crime

Ande

rson

Gal

lo

O delegado Fernando Araújo e o investigador Emmanuel Contis Leite, tentavam atrapalhar as investigações sobre o assassinato do boliviano Alfredo Rangel Weber. Con-versas pelo WhatsApp indicam que os dois planejavam ataques a bomba para intimidar a família da vítima e a equipe da Polícia Civil que os investigava. >>PÁGINA 05

>>PÁGINA 09

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Expediente

Jornal Diário CorumbaenseRua Cabral, nº 1.283 - CentroFones: 3232-4690 / 3232-4691 Corumbá-MS

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A redação não se responsabiliza por artigos assinados ou de origem definida, portanto, os mesmos podem não representar, necessariamente, a opinião deste jornal.

Diagramação, Criação e Design

Repórter FotográficoAnderson Gallo - DRT-MS 1271

Ricardo Albertoni MirandaJoão Victor Nunes

RedaçãoDireção Geral:Rosana Nunes - MTB-064/[email protected]

Ricardo Albertoni - DRT 1765/[email protected]

/diarionline /diarionline Leonardo [email protected]

Dinheiro, fama e poder: você quer?

Não sabote a sua entrevista de emprego

ARTIGOS

(*) Leonardo Torres é doutorando em Co-municação e Cultura Midiática e pós-gradu-ando em Psicologia Junguiana.

(*) Monica R. Wanderley é psicóloga, espe-cialista em RH, coach e professora dos cursos de Psicologia e Administração da Uniderp.

Por Leandro Torres (*)

Por Professora Monica R. Wanderley (*)

Uma frase de Jim Carrey ressoa na men-te: “eu acho que todo mundo deveria ficar rico, famoso e fazer tudo o que sempre sonhou, para que possa ver que essa não

é a resposta". No fundo, essa frase nos faz pensar sobre uma das coisas que muitos, se não todos, gostariam de ter: o sucesso. Basta entrar no Goo-gle e digitar “sucesso” que você encontrará pro-messas de chegar até lá, fórmulas e vários passo a passos para chegar mais rápido. O sucesso é concebido como prêmio. Parece, no entanto, um prêmio que quando você o recebe e o segura, já não tem valor.

O sucesso hoje é muito ligado ao dinheiro, ao poder e à fama, ou, como muitos gostam de eu-femizar, ao reconhecimento. Vivemos para isso. Vivemos para nos tornar alguém. Escutei muitas

O processo seletivo é composto por várias eta-pas, que vão desde o recrutamento até a contra-tação. A entrevista costuma causar ansiedade e nervosismo. Se o entrevistado não tiver controle emocional, pode colocar tudo a perder no intuito de se destacar.

Por isso, é importante estar atento para não cometer erros e sabotar a si mesmo na fase ini-cial do processo seletivo.

A entrevista seletiva é o primeiro contato do candidato com a empresa. É uma oportunida-de única para o candidato expor seus valores, seu comportamento, apresentação e habilida-des, além do nível de conhecimento técnico e, por fim, avaliar se tudo isso está alinhado com a filosofia da empresa.

Confira algumas dicas para se dar bem na avaliação:

Não se atrase

Como todo comportamento será avaliado, é fundamental ter cuidado com o horário agenda-do e, para evitar atrasos, caso não conheça o endereço, certificar um dia antes sobre a locali-zação exata. Atraso causa impressão de desor-ganização e falta de comprometimento.

Seja discreto

Falar mal do gestor ou do emprego anterior

vezes “eu sou médico”; “eu sou engenheiro”; “eu sou doutor advogado”; mas, conto em uma mão quando escutei “eu sou feliz”. No processo de vida do indivíduo, conquistar, ser reconhecido, etc., é importante, mas devemos ter cuidado, pois a bus-ca por dinheiro, poder e fama em excesso corrom-pem o indivíduo. Maquiavel estava certo quando mencionava que, para se conhecer um individuo, basta dar a ele algum poder.

Quem avança demais sem escutar a voz de dentro (a vocação), da alma, da ética da totalidade do indivíduo, corrompe-se e, por fim, perde o sen-tido de viver. Este sucesso é do “eu”, do “ego”, ele é uma ilusão narcisista, e está em todos os luga-res: a famosa imagem do indivíduo escalando até o alto da montanha sozinho, todo próspero. Su-cesso não é nada disso. Sucesso é coletivo e é um

é sinal de falta de ética. A ação pode causar uma impressão negativa ou ser mal interpre-tada. Procure ser reservado também sobre sua vida pessoal. Lembre-se que essa rela-ção não é de amizade, o foco é a carreira e as competências. Somente se o entrevistador perguntar sobre o assunto, deve ser respondi-do de forma objetiva.

Mantenha-se desconectado

A atitude de atender o celular no momen-to da entrevista demonstra descaso e falta de foco. Nenhuma mensagem ou ligação deve ser mais importante do que aquele momento para sua carreira profissional. Melhor mantê-lo desligado.

Busque o equilíbrio

O excesso de "autoestima", no afã de fa-zer um bom marketing pessoal, pode gerar a falsa impressão de arrogância ou soberba. Ter confiança no potencial é excelente, porém quando ultrapassa o limite, demonstra neces-sidade de autoafirmação, insegurança e falta de adequação.

Procure ser mais formal

Nossa língua mátria é língua mátria em

movimento eterno de ir para dentro de si e para fora de si, para baixo (erros) e para cima (acertos).

Sucesso é um caminho feito de fracassos que, assim como uma harpa, vão afinando nosso cami-nho de vida. Sucesso deve estar ligado à palavra sucessão, no sentido de: “como deixarei o mundo, a sociedade, para a próxima geração?”. Ou seja, não mais ligado ao “eu”, mas ligado ao “nós”, ao todo. Se entendermos isso, não precisaremos mais buscar com euforia (ou seja, o eu somente fora) o dinheiro, a fama e o poder. Como diz Gandhi: “quem não vive para servir, não serve para viver”.

qualquer lugar do país. Usar gírias, não pro-nunciar as palavras corretamente, não fazer as concordâncias e utilizar um tom de voz muito elevado ou muito baixo, dificulta o pro-cesso de comunicação e ameaça o entendi-mento.

Controle a ansiedade

Numa entrevista seletiva, o recrutador es-pera encontrar um profissional dedicado que acredita que pode construir uma boa parceria com a empresa. Ficar preocupado com quanto vai ganhar antes da entrevista terminar de-monstra que o interesse é apenas financeiro e não de desenvolvimento de carreira.

Posicione-se

Atitude passiva durante a entrevista pode significar que não está demonstrando interes-se pela vaga. Em alguns momentos o entre-vistador dá a palavra ao candidato, quando isso acontece é a grande oportunidade de se tornar o protagonista da entrevista, demons-trando interesse.

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ROSANA [email protected]

CIDADE

LEONARDO [email protected]

OAB busca apoio para evitar desativação do Juizado Especial Cível e Criminal de Corumbá

Divulgação/Câmara de Corumbá

Presidente da OAB Corumbá, Roberto Lins, falou sobre a desativação no plenário da Câmara

O presidente da Subseção da Ordem dos Advogados do

Brasil de Corumbá, Roberto Ajala Lins, foi à Câmara Municipal esta semana, para pe-dir apoio à mobilização que busca evitar que o Juizado Especial Cível e Criminal da Comar-ca de Corumbá seja desinstalado e trans-formado em juizado adjunto. "Com isso perderíamos uma vara e consequentemen-te toda a estrutura do juizado. A alegação é a baixa distribuição dos últimos 24 meses no juizado em comparação com outras comarcas, além da necessidade de fazer 'economia' e reestruturar o Poder Judiciário", explica Ro-berto Lins.

"A ideia do tribunal é agregar os proces-sos do juizado (cada ano para um juiz da comarca), que recebe-ria pela substituição e além dos seus proces-sos passaria também a decidir os processos do

juizado. Isso certamen-te acarretará prejuízos aos jurisdicionados e aos 279 advogados, pois a celeridade pro-cessual ficará ainda mais comprometida", continuou o presidente da OAB.

Para Lins, o Tribu-nal não está levando em conta a demanda represada nas Delega-cias de Polícia que con-tam com mais de mil inquéritos aguardando chegar ao juizado cri-minal, além de não ter buscado informações mais detalhadas para entender os reais mo-tivos da pouca procu-ra. "Não levou em con-ta, por exemplo, o fato de que apenas recen-temente passamos a contar com um núme-ro completo de delega-dos e a tendência é que os inquéritos repre-sados nas delegacias sejam relatados com mais celeridade. Não é possível que nossa comarca, que sentiu pouco avanço ou van-tagem com a elevação para comarca de en-trância especial seja novamente achatada com uma atitude dessa

natureza, exatamente quando temos como Presidente do Tribu-nal, um conterrâneo. Precisamos mais que nunca de união, para que juntos possamos encontrar meios para que tal situação não ocorra", frisou.

Roberto Lins infor-mou ainda que a notí-cia da desativação veio logo após recomen-dação da necessidade de se instalar em Co-rumbá, uma Vara do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, dian-

te da alta incidência na região. Além disso, explicou que a luta é pela criação da 3ª Vara Criminal, além de uma Vara de Infância e Ju-ventude.

O presidente da Câmara de Corumbá, vereador Roberto Fa-çanha, colocou-se à disposição, junto aos demais parlamentares, para integrar a mobili-zação junto ao TJMS, para alterar o quadro. “Logo que tomei co-nhecimento da notícia, entrei em contato com o deputado estadual

Evander (Vendramini) que, de imediato, in-formou que vai marcar uma reunião com o pre-sidente do TJMS, para tratar da questão”, in-formou o presidente à assessoria de imprensa do Legislativo.

Enxugamento

Procurada pelo Di-ário Corumbaense, a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, informou que a desa-tivação ainda está em estudo não só em Co-

rumbá, mas também em outras comarcas. Confira a íntegra da nota.

"Desde o início da gestão para o biênio 2019/2020, a ad-ministração tem se debruçado sobre as finanças do Poder Ju-diciário de Mato Gros-so do Sul, em busca de um enxugamento e de soluções eficientes para promover a mis-são de uma prestação jurisdicional efetiva e transparente. Diversas medidas já foram ado-tadas e outras estão em andamento, consi-derando principalmen-te os gargalos que não possuem quantitativo processual, mas ge-ram custos aos cofres da instituição.

Nesse sentido o Tri-bunal de Justiça está fazendo estudos em diversas unidades ju-risdicionais do Estado, dentre eles o Juizado Especial de Corumbá--MS, buscando melhor alocar a força de tra-balho em benefício da população, sem com-prometer a agilidade e a eficiência da presta-ção jurisdicional."

Canudos e copos plásticos estão proibidos em Corumbá e descumprimento gera multa

Os comerciantes devem se atentar. Se-guindo os mesmos passos que o Rio de Janeiro, primeira ci-dade a adotar a medi-da, em Corumbá, está proibida a comercia-lização de canudos e copos plásticos. A lei n° 2.674/2019, publi-cada no Diário Oficial de Corumbá, de segun-da-feira, 27 de maio, prevê multa de até R$ 1.000,00.

Conforme a Lei, promulgada pela Câ-mara de Vereadores, “torna-se obrigatória a substituição de todos

os canudos e copos plásticos disponíveis ao consumidor, por mate-riais biodegradáveis, no prazo de até seis meses da publicação desta lei”.

Multa

O descumprimento sujeitará os infratores à pena de multa no va-lor de R$ 500,00. Na reincidência, a multa dobra, chegando a R$ 1.000,00. A lei entra em vigor a partir da data de publicação.

Benefício

Conforme especia-listas, o material é pre-

judicial à vida marinha e pode ficar centenas de anos na natureza.

Um relatório de 2017 mostrou que os canu-dos descartáveis estão entre os dez produtos de plástico mais cole-tados nas costas mari-nhas. Nos EUA, os ca-nudos são proibidos em Malibu, Seattle e Miami Beach. A substituição desses itens fica por ou-tras fontes biodegradá-veis, uma inovação no qual as empresas estão passando ou até mesmo adotam são os canudos comestíveis.

No Brasil, o municí-pio do Rio de Janeiro se tornou a primeira cida-de brasileira a proibir o

uso. Quem for flagrado usando o canudo erra-do, é intimado a substi-

tuir o produto no prazo de 60 dias. Na capital fluminense, quem des-

cumprir a lei, pode pa-gar multa de até R$ 6 mil.

Anderson Gallo

Copos e canudos plásticos levam mais tempo para se decompor na natureza

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CIDADE

Prefeitura avança na ligação das partes alta e baixaClóvis Neto/PMC

Obra tem a finalidade de proporcionar melhor mobilidade

ASSESSORIA DECOMUNICAÇÃO DA PMCwww.corumba.ms.gov.br/

As obras do Fu-nicular/Plano Inclinado estão em pleno anda-

mento pela Prefeitura de Corumbá. O prefei-to Marcelo Iunes este-ve no local e constatou que a intervenção, de-pois de concluída, vai promover a mobilida-de, urbanização, me-lhoria das condições socioambientais, turís-ticas e a acessibilidade facilitando o acesso da população – e visitan-tes - ao Porto Geral e à orla fluvial no Porto Geral e ao Complexo do Geopark na Cacim-ba da Saúde.

De acordo com a Se-cretaria Municipal de Infraestrutura e Ser-viços Públicos, a obra trata da montagem de um equipamento que tem duas plataformas de entrada: a superior, que se encontra na avenida General Ron-

don, próximo ao Antigo Hotel Galileo no início da rua Frei Mariano; e a inferior, em uma pequena praça que dá acesso ao Porto Geral através da Travessa Mercúrio.

O transporte do passageiro é feito atra-vés do acesso a uma destas plataformas. O passageiro entra na cabine do elevador com capacidade para 06 pessoas. A cabine – popularmente conhe-cida como Funicular/Plano Inclinado – per-corre um trilho incli-nado, num trajeto de 45 metros, vencendo um desnível (altura) de 19 metros entre a plataforma superior e a inferior. A obra de intervenção contem-pla duas plataformas de embarque e desem-barque, para abrigar a recepção, casa de má-quina, sanitário para funcionário e controle de entrada-saída ao equipamento de cabine

do Plano Inclinado.O prefeito Marce-

lo Iunes destacou que a intervenção tem a finalidade de propor-cionar melhor mobili-dade, favorecendo os pedestres (moradores, turistas, pessoas com deficiência ou mobili-dade reduzida) no fácil acesso às áreas his-tóricas, de visitação e contemplação, já que se trata de um cenário considerado como um dos cartões postais de Corumbá.

Ainda segundo a Se-cretaria de Infraestru-tura, a obra tinha sido paralisada em razão da necessidade da cons-trução do equipamento Funicular/Plano Incli-nado. Agora, está em pleno andamento, com 84% dos serviços con-cluídos. Esta Requali-ficação Urbanística na ligação da parte alta com a parte baixa da cidade – Implantação Plano Inclinado faz par-te do pacote do PAC Ci-

dades Históricas para Corumbá. Tem valor de R$ 1.479.627,35.

Acessibilidade

Atualmente a aces-sibilidade entre a par-te alta e a parte baixa (orla do rio Paraguai) da cidade de Corumbá é feita através de várias

ladeiras e a histórica Escadinha da XV. As ladeiras da cidade tra-zem a memória de boa parte da história e tra-dições culturais do mu-nicípio, como a festa do Banho de São João na Ladeira Cunha e Cruz e acontecimentos his-tóricos como a batalha da Guerra do Paraguai.

Porém devido as grandes inclinações das ladeiras, dentre outros fatores, é difi-cultosa a mobilidade de ônibus de transpor-te público e pedestres a pé, desta forma não promove a facilidade de acesso ao Porto por parte da população lo-cal e dos turistas.

Pré-matrícula de nova creche começa na 2ª feira e será feita online no portal da Prefeitura

Gisele Ribeiro/PMC

Prédio tem 10 salas de aulas; refeitório, anfiteatro, playground e vagas para 250 crianças

Começa às 08 ho-ras de segunda-feira, 03 de junho, a pré--matrícula de alunos para o Centro Mu-nicipal de Educa-ção Infantil (CEMEI) Professora Miriam Mendes, localizado no bairro Guató, par-te alta de Corumbá. Para facilitar o acesso

à população e evitar a formação de filas, a Secretaria Municipal de Educação realizará todo o processo pela internet.

O interessado deve acessar o site oficial da Prefeitura (www.corumba.ms.gov.br) e clicar no link da REME, localizado na

área de “Serviços ao Cidadão”. Em desta-que, o banner especí-fico para Consulta de vagas na REME estará disponível a partir das 08 horas da segunda--feira. Todo o proces-so leva apenas alguns minutos para ser con-cluído, e ao final será gerado um protoco-

lo para Matrícula ou para Lista de Espera, e para isso é necessá-rio o uso de um e-mail pessoal para onde uma cópia do protoco-lo é encaminhada.

A Secretaria Mu-nicipal de Educação reforça que serão dis-ponibilizadas vagas nos períodos matuti-no e vespertino para crianças de 4 meses a 5 anos de idade. Serão ofertadas vagas para o Nível I, Nível II, Nível III, Pré I e Pré II.

O Centro Municipal de Educação Infan-til Professora Miriam Mendes foi concluí-do recentemente pela Prefeitura de Corum-bá. O prédio possui 10 salas de aulas; refei-tório, anfiteatro, play-ground e vagas para 250 crianças. A nova unidade escolar vai fa-cilitar o cotidiano das famílias, pois estará

mais próxima das re-sidências dos alunos.

O prédio é um pro-jeto padrão do Gover-no Federal e integra o Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipa-mentos para a Rede

Escolar Pública de Educação Infantil (ProInfância) e será inaugurado nos próxi-mos dias pelo prefeito Marcelo Iunes. Com informações da asses-soria de comunicação da PMC.

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CAMPO GRANDE NEWSwww.campograndenews.com.br

POLÍCIA

Delegado planejava atentados para atrapalhar inquérito de homicídio

Anderson Gallo

Operação conjunta prendeu delegado e investigador no dia 29 de março

O delegado Fer-nando Araú-jo e o in-v e s t i g a d o r

Emmanuel Nicolas Contis Leite foram pre-sos preventivamente por atrapalharem as investigações sobre o assassinato do boli-viano Alfredo Rangel Weber, 48 anos. Con-versas pelo WhatsApp indicam que os dois planejavam ataques a bomba para intimidar a família da vítima e a equipe da Polícia Ci-vil que os investigava, além de espalharem “fake news” sobre a morte.

A Justiça decidiu manter delegado e o investigador presos por tempo indetermi-nado. Fernando já es-tava encarcerado por força de prisão tem-porária e Emmanuel havia sido colocado em liberdade depois de ser pego no fim de março deste ano, mas voltou para a cadeia na segunda-feira (27), dia em que foi publicada

no Diário Oficial do Estado a revogação da portaria que o afastou do cargo compulso-riamente. A defesa do investigador informou que "vai continuar tra-balhando para provar a inocência dele".

Com autorização judicial, a Polícia Civil interceptou conver-sas entre Fernando e Emmanuel. Num dos diálogos, o investiga-dor diz ao delegado que tem um contato na Bolívia que estaria disposto a colocar gra-nadas na frente das casas de parentes do

boliviano assassinado e de testemunhas do crime. Essa pessoa, identificada pelo agen-te apenas como Mike, também venderia ex-plosivos para que a du-pla fizesse o mesmo no lado brasileiro.

Emmanuel dá ain-da ideia para o dele-gado fazer ameaças às equipes da DEH (De-legacia Especializada de Repressão aos Cri-mes de Homicídio), do Garras (Delegacia Es-pecializada de Repres-são a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) e da Corregedoria da

Polícia Civil que traba-lham na investigação contra Fernando. “Va-mos metralhar”, disse o policial, se referindo ao hotel onde os inves-tigadores estão hospe-dados em Corumbá.

Outra estratégia utilizada pela dupla, conforme consta na de-cisão judicial, foi espa-lhar “fake news” sobre o assassinato. O dele-gado enviou a Emma-nuel montagens com fotos de várias pessoas e os dizeres “Os assas-sinos de Ganso”, apeli-do da vítima, e o agente ficou responsável por

“viralizar” os “memes”.Também nas con-

versas há indícios de que a caminhonete usada pelo delegado no dia do crime foi refor-mada antes de ser es-condida por Fernando. O delegado conta ao ajudante que rebaixou o veículo, tirou a tinta da roda (deixou prata) e repôs o lacre da pla-ca. “Acha que é muita mudança?”, pergunta o suspeito de assassi-nato a Emmanuel, que responde: “para ca-ramba”.

Segundo a inves-tigação, uma mulher também estava sendo usada para atrapalhar o trabalho da Correge-doria. A mando de Fer-nando Araújo, ela teria feito contato com in-vestigadores da equipe para induzi-los a erro e perguntar detalhes da apuração.

O crime

Segundo as inves-tigações, o delegado esfaqueou e matou a tiros Alfredo Rangel no dia 23 de fevereiro. A desavença entre os

dois começou durante as eleições para pre-sidente da associação de agropecuaristas na Bolívia. O sogro de Fernando, Asis Aguile-ra Petzold (o atual pre-feito da cidade de El Carmen), concorria ao cargo.

Durante uma bri-ga, o delegado teria dado três facadas no boliviano, que embora tivesse envolvimento com o narcotráfico, era pecuarista conhecido na região. Alfredo foi socorrido e era trans-ferido para hospital de Corumbá, quando já em território sul-mato--grossense, a ambulân-cia foi fechada por uma caminhonete preta.

O motorista desse veículo desceu, abriu a porta da viatura de resgate e atirou quatro vezes. Três tiros atin-giram a cabeça da víti-ma, um deles o tórax. Sem ter o que fazer, o motorista voltou com o corpo para o país vizinho. O autor dos disparos é o delegado Fernando, segundo in-vestigações da Corre-gedoria da Polícia Civil.

Motorista foi coagido e mentiu sobre "sequestro"Com ajuda da mu-

lher e de um coronel da polícia boliviana, o delegado Fernando Araújo Júnior, preso por esfaquear e matar a tiros Alfredo Rangel Weber, 48 anos, dentro de uma ambulância, coagiu e obrigou uma das principais testemu-nhas do crime a mudar seu depoimento e ainda denunciar um falso se-questro contra a polícia federal brasileira.

Conversas encon-tradas no celular do delegado comprovaram que ele obrigou o mo-torista da ambulância em que o crime acon-teceu, Silvio Monteiro, a mudar o depoimento dado à polícia e ainda fazer uma falsa de-núncia de sequestro

contra a polícia federal brasileira, apenas para “tumultuar” as investi-gações do assassinato de Alfredo, conhecido como “Ganso”.

O motorista, uma das principais testemu-nhas do crime, foi ou-vido pelos policiais da Corregedoria e da DEH (Delegacia Especiali-zada de Repressão aos Crimes de Homicídio) em março e no mesmo dia voltou à delegacia pedindo para mudar o depoimento. Sem con-seguir alterar o texto, foi à polícia boliviana dar a “nova versão” em uma tentativa de des-qualificar o que havia dito no Brasil.

Para isso ganhou a companhia de Silvia Aguilera, a esposa de

Fernando. Pelo What-sApp, o delegado pas-sou as instruções para a mulher sobre o que o motorista deveria falar à polícia: que viu uma ca-minhonete grande, com várias pessoas dentro, mas apenas um desceu – um homem de esta-tura mediana e cabelos castanhos – e que não viu o modelo do veículo porque estava nervoso.

Fernando ainda es-creveu cada palavra so-bre a falsa denúncia de sequestro sofrida pela testemunha. No texto ele manda o motoris-ta falar que foi “trazido para o Brasil contra sua vontade”, que os poli-ciais fizeram “diversas perguntas, em muitas delas sugerindo as res-postas” e eram ríspidos

sempre que ele negava alguma informação, por isso assinou o depoi-mento e foi embora.

Em conversa com um advogado, o delega-do avisa sobre a denún-cia e no dia seguinte repercute as matérias divulgadas na imprensa sobre o caso, alegando que a intenção é fazer com que o Ministério das Relações Exteriores cobre explicação da po-lícia, tudo para “desviar o foco” da investigação.

Na Bolívia

O falso depoimento na Bolívia, segundo as investigações, era de to-tal conhecimento do co-mandante departamen-tal de Santa Cruz de La Sierra, responsável por

toda a polícia da região, Gonçalo Felipe Medina Sanchez. Por mensa-gem Fernando pediu “autorização” ao coro-nel para que a mulher acompanhasse o depoi-mento do motorista.

Segundo as investi-gações, coronel Medina agiu de forma intensa para ajudar Fernando a esconder a autoria do assassinato. Foi ele o responsável por divul-gar à imprensa bolivia-na sobre a denúncia do falso sequestro do mo-torista da ambulância, feita na defensoria pú-blica de Puerto Suárez.

Ele ainda detalhou a Fernando os passos da polícia brasileira na Bo-lívia, mandando inclu-sive fotos das carteiras funcionais dos policiais

da DEH e da Correge-doria que procuraram informações sobre o crime na divisão que investigava o esfaque-amento de “Ganso”, a Fuerza Especial de Lu-cha Contra el Crimen.

Dias depois da pri-são de Fernando, o co-ronel também acabou preso por envolvimento com o narcotraficante Pedro Montenegro Paz, procurado pela Interpol e com ordem de extradi-ção para o Brasil desde 2015. Além de acober-tar o foragido no país, o comandante departa-mental teria levado cer-ca de 40 quilos de co-caína para o Panamá a pedido do traficante. De lá, a droga seria envia-do aos Estados Unidos. (CG News)

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POLÍCIA

Motorista acompanhado do neto de seis anos é preso com 94 quilos de cocaína

Divulgação/PRF

Droga estava escondida no tanque de combustível da carreta

LEONARDO [email protected]

H omem de 58 anos, acom-p a n h a d o do neto de

seis anos, foi preso por tráfico de drogas, nesta quinta-feira, 30 de maio, na Uni-dade Operacional da PRF em Anastácio.

A apreensão acon-teceu durante fiscali-zação na BR-262. Os policiais abordaram

um Iveco/Stralihd 740S com placas de Suzano/SP, tracio-nando dois semirre-boques com placas de São Paulo/SP. Eles desconfiaram do motorista, que de-monstrou nervosis-mo, e ao realizarem revista minuciosa na carreta, encontra-ram a droga.

94 quilos de co-caína estavam es-condidos dentro dos tanques de combus-

tíveis do veículo, di-vididos em vários ta-bletes de cocaína. O motorista contou que pegou o entorpecen-te em Corumbá e le-varia até São Paulo, onde receberia 5.000 mil reais pelo trans-porte.

O preso e a coca-ína foram encami-nhados à Polícia Ci-vil local e o Conselho Tutelar foi chamado para se responsabili-zar pela criança.

Com documento falso, homem tenta entrar na Bolívia com

caminhão e acaba presoDivulgação/PC Ladário

Leandro foi preso no Posto Esdras ao tentar entrar na Bolívia com caminhão da marca Volvo

Leandro dos Santos Silva foi preso na quar-ta-feira, 29 de maio, após tentar atravessar para a Bolívia, uma carreta da marca Vol-vo, com documentação falsa.

Um agente da Recei-ta Federal, que atua no posto de fiscalização, na fronteira, desconfiou da atitude do motorista e acionou a Polícia Ci-vil de Ladário, que ve-rificar a documentação que estava em poder de Leandro, consultou a ANTT (Agência Na-cional de Transportes Terrestres) e confirmou que não era verdadeira e o caminhão não tinha autorização para entrar na Bolívia e realizar

carregamento inter-nacional. Além disso, o condutor entrou em contradição e nem sa-bia direito onde carre-garia a suposta carga.

Depois, ele revelou que o documento fal-so teria sido entregue por homem identifica-do como Gilberto, que supostamente atua em transportadora na re-gião. Leandro também afirmou que essa não era a primeira vez que entrava na Bolívia com um caminhão e que, na última vez, deixou uma carreta no país vi-zinho.

Levado para a de-legacia ladarense, o condutor da carre-ta contou que estava

prestando serviço a um homem chamado Eduardo e que ele ha-via sublocado a carreta de um homem identifi-cado como Romário.

Ao entrarem em contato com o verda-deiro dono da carreta, os policiais souberam que ele teria locado a carreta para Romário e que este, sem sua autorização, havia su-blocado o veículo ao patrão do condutor preso (Eduardo) e que de fato, cláusula de locação do caminhão, não autoriza viagens internacionais. Lean-dro dos Santos Silva foi preso até que os fatos sejam esclareci-dos. (LC)

PM flagra homem vendendo maconha para adolescentes

Homem de 34 anos, morador da rua João B. Motta, localizada em uma região conhe-cida como Guaicurus, parte alta de Corumbá, foi preso por tráfico de drogas. Ele foi flagrado por um policial militar de folga comercializan-do entorpecente a me-nores de idade, de 14 e 16 anos.

Conforme as infor-mações relatadas no boletim de ocorrência

2080/2019, registrado na Delegacia de Polícia Civil, o policial abordou os menores infratores e, no bolso do garoto de 14 anos, o militar en-controu uma trouxinha de maconha. Pergunta-do sobre o entorpecen-te, ele contou que havia comprado a droga na casa do indivíduo pre-so pelo valor de cinco reais e que iria fazer o uso da droga junto com o outro adolescente.

O policial, então, acionou equipe de Trân-sito da Polícia Militar e da Força Tática, para dar apoio ao flagrante. O homem que vendeu a droga, tentou resistir à prisão, sendo necessá-rio o uso da força poli-cial para contê-lo.

O homem e os me-nores infratores foram levados para a Delega-cia da Infância Juven-tude e do Idoso (Daiji). (LC)

Evadido do sistema prisional é capturado depois de arrancar corrente do pescoço de idosa

Indivíduo de 20 anos, que usa tornozeleira ele-trônica, foi preso após ter roubado uma corren-te de ouro de uma idosa de 73 anos, na rua Dia-mantino, parte alta de Corumbá. Policial militar de folga, com apoio da equipe da Força Tática, conseguiu prender o au-tor, que é conhecido na região por cometer esse tipo de crime.

O acusado só foi pre-so depois que o policial de folga entrou em contato com a idosa, que estava sendo atendida no pron-to-socorro, pois durante a ação do criminoso, ela

acabou caindo e baten-do a cabeça. Segundo a vítima, ela seguia pela via quando o autor pas-sou e até a cumprimen-tou. Porém, sem que ela percebesse, o indivíduo retornou e arrancou de forma violenta a corrente do pescoço da idosa, mo-mento em que ela sofreu a queda.

Populares, ao per-ceberem o que havia acontecido, socorreram a vítima e a ajudaram a chegar em casa, sendo levada em seguida pela filha à unidade de saúde. Foi então, que o policial militar, que mora naque-

la região, ficou sabendo do caso e a identificação do ladrão.

O policial pediu apoio à guarnição da Força Tá-tica e foi até a rua Fer-nando de Barros, onde o suspeito foi localizado. Ele estava em uma bici-cleta, na companhia de um outro indivíduo.

Depois de abordado, ele confessou ter rouba-do a corrente da idosa, mas já teria "descartado" a joia. Também foi feita checagem e confirmado que o autor estava evadi-do do sistema prisional. Ele foi levado para a Dele-gacia de Polícia Civil. (LC)

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Maio amarelo: Câmara reforça que ações conjuntas devem ser permanentes

Divulgação/Câmara de Corumbá

Presidente da Câmara ressaltou a importância das parcerias nas ações de conscientização

DA REDAÇÃ[email protected]

Corumbá não re-gistra aciden-te de trânsito com vítima fatal

há mais de 100 dias. No entanto, isso não é motivo para comemo-ração. Somente nos dois primeiros meses do ano, cinco pessoas perderam suas vidas: duas por atropelamen-to, duas envolvidas em acidentes com motos, e uma devido a aciden-te de carro. Fevereiro, com quatro casos, foi o mês mais violento.

Os números foram destacados na noite de quarta-feira, 29, no Plenário da Câmara Municipal de Corum-bá, durante a Sessão Solene que marcou as ações do Movimen-to Maio Amarelo “No Trânsito, o Sentido é a Vida”, proposta pelo ve-reador Manoel e apro-vada pelos demais pa-res da Casa de Leis.

Na oportunidade, o vereador e presiden-te da Câmara, Rober-to Façanha, comentou sobre os números e em relação às ações que estão ocorrendo em todo o País, especial-mente em Corumbá. Elogiou todos os par-ceiros responsáveis por esse trabalho, mas dei-

xou evidente que “não deve ficar restrito so-mente no mês de maio, mas durante todo o ano. Nós todos, juntos, é que faremos um trân-sito melhor em Corum-bá, contribuindo para redução dos índices de acidentes de trânsito em nossa cidade e no país”.

Mas, para atingir o desejado, além de ações durante todo o ano, Façanha ressal-tou que é preciso cons-cientização de todos, crianças e adolescentes (os futuros motoristas), bem como dos jovens e adultos. Citou as cam-panhas desenvolvidas nesse sentido por parte dos segmentos envolvi-dos no Movimento Maio Amarelo, especialmen-te nas escolas, direcio-nadas às crianças.

O vereador elogiou o médico legista Riad Ali Ramie que proferiu uma palestra sobre o tema; lembrou os cinco pilares da ONU, pro-postos para a Década de Ação para Seguran-ça Viária que, desde 2011, busca alertar os países quanto à impor-tância de novas medi-das para a diminuição de vidas perdidas em acidentes: gestão de segurança no Trânsito, infraestrutura viária adequada, segurança

veicular, usuários mais seguros e resposta pós--acidentes.

“Esse último pilar serve como base para que os países melhorem os índices de acidentes e mortes no trânsito. É a questão da assistên-cia às emergências de-correntes das tragédias no Trânsito”, lembrou para, em seguida, citar que, conforme a Segu-radora Líder, respon-sável pelo pagamento do Seguro de Danos Pessoais causados por Veículos Automoto-res de Vias Terrestres (DPVAT), “somente em 2017, foram pagas 383.993 indenizações relativas a acidentes, sendo que mais de 41 mil pessoas morreram em decorrência de aci-dentes de trânsito”.

O vereador não es-queceu os números registrados em Co-rumbá durante o ano de 2018. Foram 1.870 acidentes, uma média de cinco acidentes por dia. Desse total, 1.175 envolveram motos; 392 bicicletas; 208 carros, entre outros. Foram 52 atropelamentos. No ano, foram registrados 16 óbitos, 11 na área urbana.

“O trabalho que está sendo desenvolvido na cidade, é importante para reduzir esses nú-

meros. Vamos continu-ar efetivamente a dis-cutir o tema, engajar-se em ações e propagar o conhecimento, abor-dando toda a ampli-tude que a questão do trânsito exige, nas mais diferentes esferas”, co-mentou.

Façanha enalteceu o trabalho desenvolvido pelas pessoas dos mais diferentes segmentos e lembrou que a Sessão Solene proposta pelo vereador Manoel, e que contou com as presen-ças dos vereadores Ta-deu Vieira, João Mário, Paulo Bertini e Cristó-vão Contador, foi uma forma de agradecer e homenagear “pessoas que trabalham e conti-nuarão trabalhando em ações diretas e também de conscientização de crianças, jovens e adul-tos, sejam do Poder Pú-

blico ou da sociedade civil, por um trânsito mais seguro para to-dos”.

Homenageados

A Sessão contou com as presenças do diretor da Agência Mu-nicipal de Trânsito e Transportes (Agetrat), Alexandre do Carmo Taques Vasconcellos, que representou o pre-feito Marcelo Iunes; o chefe Delegacia da Polícia Rodoviária Fe-deral, Wesley Seron; a gerente regional do Detran, Laura Helena Ribeiro Cavassa, além de outras autoridades, representantes de seg-mentos da sociedade, alunos da Escola CAIC Padre Ernesto Sassida, e os homenageados da noite.

Foram homenage-

ados Ricardo Cardoso de Oliveira, empresário do ramo de transportes; João Norberto Cavalhei-ro, motorista concursa-do da Prefeitura; Ale-xandre Vasconcellos, diretor da Agetrat; Mar-celo da Silva Rey, agen-te de trânsito; Leonildo Ferreira, motorista; Na-talino Rodrigues da Sil-va, motorista da família do dr. Cássio Leite de Barros (foi motorista do ex-governador do MT por 33 anos). Homena-geados também o capi-tão Márcio Felipe Ribas Junior, comandante da Polícia Rodoviária Estadual (foi repre-sentado pelo sargento Lucas Kelmo Vilalva da Silva; Laura Helena Ribeiro Cassava, geren-te regional do Detran; Esley Seron, chefe da delegacia da PRF em Corumbá; Adalberto de Morais Gomblan, chefe de trânsito da Policia Militar (foi represen-tado pela soldado Kê-nia Betânia de Moura Oliveira); Cláudio Reis Rodrigues, presidente do Sindicato dos Ta-xistas; Luciano Maga-lhães Roas, presidente do Sindicato dos Mo-totaxistas, e o perito médico legista Riad Ali Hamie. As informações são da assessoria de imprensa da Câmara de Corumbá.

Para médico, é preciso criar ferramentas eficazes para reduzir acidentes

Médico também lembrou durante palestra de alta incidência de invalidez

“Os acidentes de trânsito custam R$ 52 bilhões por ano ao Bra-sil. É muito dinheiro. Isso daria para cons-truir hospitais, escolas, casas populares. Mas, infelizmente são gastos

com acidentes que são preveníveis”. É o que afirma o médico legista Riad Ali Hamie que, na noite de quarta-feira, 29, proferiu uma pa-lestra sobre o assunto no Plenário da Câmara

Municipal de Corumbá, durante Sessão Solene alusiva ao Movimento Maio Amarelo.

A palestra chamou atenção de todos da pla-teia que lotou o Plenário da Casa de Leis, espe-cialmente de crianças e adolescentes, alunos da Escola Municipal CAIC Padre Ernesto Sassida. Além da apresentação de um filme, com ce-nas fortes de acidentes fatais, Riad apresentou gráficos dando conta que os jovens, motoris-tas do sexo masculino, são os maiores causado-res de acidentes no país,

inclusive em relação a vítimas fatais: motoris-tas do sexo masculino.

Lembrou também a alta incidência de inva-lidez que acabam cus-tando um alto preço ao Brasil, e que é preciso a participação de todos, um esforço concentra-do para reduzir os altos índices de trânsito, se-guindo o exemplo da Su-écia que lançou o “Visão Zero”, programa para a redução de acidentes de trânsito que tem gerado resultados positivos.

O médico observou que, nos últimos dez anos, foram mais de 4

milhões de indenizações pagas, em decorrência de acidentes de trânsito, por morte, invalidez per-manente e reembolso de despesas médicas.

Conforme ele, o qua-dro pode ser reverti-do com o “Visão Zero” criado em 1999, com a premissa de que não é aceitável perder vidas no trânsito, com uma mudança do paradig-ma da segurança viária, aceitando que huma-nos cometem erros, são frágeis e que o sistema de trânsito deve ser construído justamente para protegê-los, com

rede de mobilidade se-gura, no sentido de re-duzir as chances de um acidente grave ou fatal acontecer.

Riad deixou eviden-te ainda que a solução passa pela vontade po-lítica, criar ferramentas eficazes para reduzir a alta incidência no país. Nesse sentido ele elo-giou a Câmara de Ve-readores por abrir es-paços para discutir um tema de importância re-levante. “Cada um tem que fazer a sua parte para chegarmos a ter um país, uma cidade mais pacífica”, cobrou.

Divulgação/Câmara de Corumbá

TRÂNSITO

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SAÚDE

Público alvo tem até hoje prioridade para se vacinar contra a gripe

Divulgação

Mais de 80% do público alvo já foram vacinados em Corumbá

DA REDAÇÃO COM AGÊNCIA BRASIL

Termina nesta sexta-feira (31) a Campanha Nacional de Va-

cinação contra a Gripe, destinada a vacinar ex-clusivamente o público

prioritário, entre eles, idosos, crianças, ges-tantes, profissionais de saúde e professo-res. De acordo com o Ministério da Saúde, a partir de segunda-feira (03), as doses restantes da campanha ficarão disponíveis para a po-

pulação em geral. Até esta quarta-feira, 44,6 milhões de pessoas que buscaram os postos de vacinação, o que repre-senta 75% da popula-ção-alvo.

“Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis, que inclui pessoas com deficiências específi-cas, devem apresentar prescrição médica no ato da vacinação. Pa-cientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do SUS deverão se di-rigir aos postos em que estão registrados para receber a vacina, sem a necessidade de prescri-ção médica.

A meta do ministério é vacinar 90% do pú-blico-alvo, formado por

59,4 milhões de pesso-as. Dois estados já ba-teram a meta de 90%: Amazonas (94,4%) e Amapá (94,7%). Os es-tados com menor co-bertura vacinal são Rio de Janeiro (57,6%), Acre (64,9%) e São Paulo (65,4%). Segun-do a pasta, a campa-nha mantém, em todo o país, uma estrutura com mais de 41,8 mil postos de vacinação e a participação de aproxi-madamente 196,5 mil pessoas.

Os dados divulga-dos pelo ministério indicam que, entre a população prioritária, os funcionários do sis-tema prisional regis-tram a maior cobertura vacinal, com 94,2%, seguido pelas puérpe-ras (91%), indígenas (86,7%), idosos (85,3%) e professores (82,8%). Os grupos que menos se vacinaram foram os profissionais das forças de segurança e

salvamento (32,2%), população privada de liberdade (50,4%), pessoas com comorbi-dades (66,6%), crian-ças (69,9%), gestantes (70,8%) e trabalhado-res de saúde (72,9%).

No Brasil, a escolha do público prioritário obedece recomendação da Organização Mun-dial da Saúde (OMS). “Essa definição tam-bém é respaldada por estudos epidemiológi-cos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como princi-pal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetí-veis ao agravamento de doenças respiratórias”, diz a pasta da Saúde.

A transmissão dos vírus influenza aconte-ce por meio do contato com secreções das vias respiratórias, elimina-das pela pessoa conta-minada ao falar, tossir ou espirrar. Também

ocorre por meio das mãos e objetos conta-minados, quando en-tram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz). À população em geral, o Ministério da Saúde orienta a ado-ção de cuidados sim-ples como medida de prevenção para evitar a doença, como: lavar as mãos várias vezes ao dia; cobrir o nariz e a boca com lenço des-cartável ao tossir ou espirrar; não compar-tilhar objetos de uso pessoal; além de evitar locais com aglomeração de pessoas.

Corumbá

Em Corumbá, já fo-ram vacinados mais de 80% do público-alvo, até esta quinta-feira (30). Ao todo, a meta do município é imunizar cerca de 30 mil pessoas do público-alvo, confor-me a Secretaria Muni-cipal de Saúde.

Confira os postos que funcionam na cidade para a vacinação:

Mais três mortes por dengue e gripe são confirmadas em MS

CAMPO GRANDE NEWSwww.campograndenews.com.br

Na última semana de maio, três mortes por gripe e dengue fo-ram confirmadas em Mato Grosso do Sul, segundo dados da SES (Secretaria Estadual de Saúde) divulgados nesta quinta-feira (30). Das três mortes con-firmadas, duas foram por gripe e uma por dengue. As mortes por gripe cresceram 25% na última semana, passando de 6 para 8 casos no Estado. As úl-timas mortes confirma-das foram de um idoso, de 80 anos, no dia 25 de maio, em Três La-goas, e um homem, de 52 anos, no dia 27 de maio, em Inocência.

Com as confirma-ções, Três Lagoas lide-ra o registro de mortes

por gripe no Estado, com cinco mortes con-firmadas. As outras três mortes foram re-gistradas em Corumbá, Aquidauana e Inocên-cia, com uma morte por município. Ainda se-gundo os dados da Se-cretaria, das oito mor-tes registradas, uma foi causada pela influenza H3N2 e as outras sete foram causadas pela influenza H1N1.

Dengue

Na última semana, mais uma morte por dengue foi confirma-da em Mato Grosso do Sul. É o que aponta o levantamento divulga-do pela SES. A última morte confirmada, se-gundo o boletim, foi de um idoso, de 80 anos, no dia 07 de maio, em Dourados. Neste ano,

entre 1° de janeiro e 29 de maio, 22 pessoas morreram.

Com as confirma-ções, Campo Grande li-dera o número de mor-tes confirmadas por dengue. Nos primeiros cinco meses do ano, oito pessoas morrem pela doença. Dourados aparece em segundo lugar com seis mortes confirmadas, seguida por Três Lagoas, que registraram três mor-tes. Em Maracajú, Pon-ta Porã, Corumbá, Cos-ta Rica e Coxim, foram registradas uma morte por município.

O boletim completo com as notificações e confirmação de casos de gripe e dengue ainda não foram divulgados pela Secretaria devido a problemas técnicos do sistema do Ministé-rio da Saúde.

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LEONARDO [email protected]

PERSONAGEM

Ex-morador de rua em Corumbá faz tratamento contra drogas e tira lição de “experiência sofrida”

Arquivo Pessoal

Reprodução/Facebook

Jhone, na época em que morava nas ruas e usava drogas e hoje, depois de aceitar o tratamento contra o vício

Quinze anos vi-vendo como " a n d a r i l h o " pelo Brasil, dos

quais quase dez anos sobrevivendo nas ruas de Corumbá. “Uma ex-periência sofrida”, afir-mou Jhone Gonçalves, de 37 anos, ao se referir a um dos períodos mais difíceis de sua vida.

Nas redes sociais, ao saberem de sua re-cuperação e, que hoje, ele vive novamente com a família, inter-nautas compartilha-ram imagens de Jho-ne, com comparações de antes e depois. Foi uma alegria para mui-tos ao verem que o ex--morador de rua, mais conhecido como “Rip”, venceu a fase nebulosa

de sua vida.Em entrevista ao

Diário Corumbaense, Jhone, que mora no município de Balneário Camboriú, Santa Ca-tarina, disse que esses quase dez anos em Co-rumbá, foram bastan-te difíceis e quase foi corroído de vez pelas drogas.

“Eu trabalhava como caminhoneiro e desde a minha ado-lescência usava dro-gas. Abandonei tudo e desde então andei por muitas cidades como Cuiabá, Rondonópolis entre outras até chegar em Campo Grande. O que de fato me chamou a atenção para ir até Corumbá foi que ou-via muitas pessoas di-zendo que a droga era barata e de fácil con-sumo. Isso me chamou

a atenção”, lembrou Jhone, que veio para a cidade em 2009, com uma mochila, que con-tinha peças de roupas e documentos apenas.

“Em Campo Grande, eu menti para a assis-tente social que tinha família aqui e que pre-cisava chegar até eles. Quando recebi a pas-sagem, desembarquei em Corumbá e logo co-mecei a me virar pelas ruas, cuidando de car-ros, catando latinhas e no terceiro dia, minha mochila foi roubada”, falou Jhone, que teve de se virar para se manter e “sustentar” o vício.

Nesse tempo em Co-rumbá, ele contou que fez amizades e teve aju-da de muitas pessoas, destacando as atitu-des dos corumbaenses pela forma de tratá-lo

e também pela maneira de recebê-lo em alguns ambientes.

“Como em qualquer lugar existem pessoas boas e aquelas que te olham com desprezo pelo modo que você se veste ou vive. Isso não pode acontecer, quem vive na rua não está porque quer, mas sim, é por causa da droga que te corrói de ma-neira implacável. Mas, tenho certeza que nes-ses anos em Corum-bá, foram muito mais pessoas boas do que ruins que estiveram do meu lado e me en-tenderam sem mesmo conhecer a minha his-tória”, mencionou o

ex-morador de rua.

Mais do que amigos, companheiros

Durante alguns anos, a rua foi o lar de Jhone e sua compa-nhia foram quatro ca-chorros que ele adotou e que viviam pra cima e pra baixo com ele. Por onde Jhone andava, lá estavam os amigos fi-éis dele: “Boca preta”; “Pititotinho”; “Magrice-la” e “Guri”. “Eles eram grudados comigo, sem-pre andávamos juntos. Eu cuidava deles e eles cuidavam de mim. Na madrugada, quando estava dormindo, eles ficavam como 'cães de

guarda'. Éramos ami-gos e eles foram por anos meus companhei-ros”, disse com voz de tristeza, já que os qua-tro cachorros acaba-ram morrendo devido a velhice e algumas doen-ças.

Entre as pesso-as que ajudavam o ex -morador de rua, esta-va Valéria Curvo, inte-grante da ACLAA (Asso-ciação Corumbaense e Ladarense de Apoio aos Animais). Ela se aproxi-mou de Jhone e ofere-ceu ajuda.

“Via ele sempre na rua, na companhia dos cachorros. Um dia re-solvi me aproximar e ofereci ajuda. Pergun-tei a ele se gostaria de receber ajuda para cui-dar dos cães e ele disse que sim. A partir disso, sempre pedia ração ao grupo e repassávamos a ele, para que os ca-chorros fossem alimen-tados e ele também re-cebia comida da gente. Quando os animais fi-cavam doentes, ele tam-bém pedia nossa ajuda. E hoje vê-lo novamente com a família é uma sa-tisfação enorme, pois todos nós merecemos uma segunda chance. Quando vi as posta-gens, me emocionei e fiquei muito feliz. Espe-ro que ele construa um futuro daqui pra frente, melhor ainda, que ele possa recomeçar”, de-sejou Valéria.

A volta para casaNesses quase dez

anos nas ruas da cida-de, o vício tomou conta de Jhone. E para sus-tentar isso, ele roubou e furtou. “Fui preso por cinco vezes em Corum-bá, por furtos e rou-bos leves. Às vezes, no mesmo dia era liberado ou passava uma noite detido. Isso acontecia para que eu pudesse sustentar o vicio que já tinha tomado tudo de mim”, justificou Jhone.

Na última vez que foi preso, quando pas-sou sete meses no Pre-

sídio Masculino por ter furtado baterias de carros em frente à Polí-cia Federal, ele diz que percebeu, de fato, que havia chegado ao fun-do do poço.

“Na última vez que fui preso, foi pela Po-lícia Federal, que aca-bou me flagrando fur-tando baterias e passei esse tempo lá (no pre-sídio). Foi o suficiente para pensar e colocar a mão na consciência e ver que realmente ti-nha tomado o caminho errado em minha vida.

Então, resolvi ligar para a minha família e pedir ajuda. Minha mãe e minha irmã vie-ram, começaram a tra-mitar os documentos e fui liberado pela Jus-tiça para que pudesse começar uma nova fase em minha vida”, con-tou Jhone se referindo ao início do tratamento contra o vício de dro-gas.

Jhone não caminha sozinho. Orgulhosa da “injeção” de ânimo que o irmão tomou, Djulia-na Gonçalves, disse es-

tar muito feliz. “Minha mãe sofria muito. Nós sofríamos bastante, mas ele nunca deixou de manter contato e nisso destaco que sem-pre ao falar com a mi-nha mãe, ela nunca o cobrava. Acredito que é isso que falta em mui-tas famílias que en-frentam essa situação. O importante é que ele quis iniciar o tratamen-to e a pessoa que tem o vício nas drogas tam-bém tem que querer ser ajudado. A principio, ficávamos muito apre-

ensivos, pelo tempo que ele passou fora de casa. Sempre tivemos esperança que aceitas-se um tratamento, mas ele não queria. Até que ele, finalmente, tomou a decisão”, contou Dju-liana Gonçalves a este Diário destacando que é o irmão quem tem que tomar decisões para uma mudança de vez. “Ele nunca foi tra-tado como ex-usuário. A responsabilidade é e vem dele sempre”, completou.

Já para Jhone, que

segue firme no trata-mento contra as dro-gas, a única palavra que ele gosta de ouvir é recomeçar. “Agradeço muito todo o apoio que tive e apenas quero re-começar, construir um futuro, constituir mi-nha família. Estou ten-do a chance de renas-cer e espero que essa experiência sofrida que tive ao longo des-ses anos, possa ajudar muitas pessoas a refle-tirem naquilo que es-tão fazendo de errado”, finalizou. (LC)

Os companheiros inseparáveis da fase difícil de sua vida: os cães

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Só a vitória interessa ao Corumbaense no jogo contra Sinop amanhã

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No domingo passado, time pantaneiro saiu derrotado por 3 a1 na casa do adversário

E stá compli-cada a situ-ação do Co-r u m b a e n s e

no Brasileiro da Sé-rie D depois de nova derrota para o Iporá de Goiás, no domin-go passado. O time pantaneiro já havia perdido em casa por 2 a 0 e, depois, na casa do adversário, saiu derrotado pelo placar de 3 a 1, no estádio Francisco José Ferreira.

O Corumbaense até começou bem o jogo. Juninho Aguiar chutou fora da área em uma bela jogada e balançou a rede aos sete minutos do primeiro tempo. Mas o Iporá não se aba-lou e Renato Xavier,

Danilo Ribeiro e Ne-verton Dionízio vira-ram o placar.

No outro jogo do Grupo A10, Sinop de Mato Grosso e Palmas, do Tocan-tins, jogaram no sá-bado (25) e ficaram no empate de 1 a 1. Na quarta roda-da, o Iporá assumiu a liderança com 7 pontos, seguido do Sinop, com 6; Co-rumbaense com 4 pontos e Palmas, na última colocação, com 3 pontos.

Ainda restam duas rodadas para a definição dos dois classificados. O Co-rumbaense, apesar das duas derrotas seguidas, tem chan-ces de passar para a próxima fase e pega o Sinop em casa, no Arthur Marinho,

ROSANA [email protected]

neste sábado (1º de junho), às 17h (ho-rário de MS, segun-do a tabela). No mes-mo dia, jogam Iporá e Palmas.

O outro represen-tante de Mato Gros-so do Sul na Série D, o Operário de Cam-po Grande, também está em situação difícil. É o lanterna do grupo A11 com quatro pontos. Pa-trocinense de Minas Gerais lidera com 7 pontos, seguido do União/MT com seis e Anapolina, com 5 pontos.

A competição

O torneio conta com 68 clubes divi-didos em 17 chaves com 4 participantes, cada. Todos os me-lhores colocados de cada grupo passam de fase, enquanto os dois piores segundos colocados ficam de fora da fase seguin-te, quando começa o mata-mata com 32 participantes. A pri-meira fase da Série D vai até o dia 09 de junho.

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ENTRETENIMENTOCOLUNA

Rosangela Villa é professora Associada da UFMS, com Doutorado em sociolin-guística, e atua no Mestrado em Estudos de Linguagens/Campo Grande e no curso de Letras do CPAN.Contato para sugestões: [email protected].

LEITURA EM CRISE NA ESCOLACaros leitores, o lugar da leitura como decodificação da escrita e de

interpretação de texto data de décadas. Nesse contexto, uma investiga-ção bibliográfica traz à tona várias concepções de língua, texto, leitura e aprendizagem decorrentes de posições teórico-metodológicas distintas, que se estendem desde uma ideia mecanicista até proposições mais recen-tes (construtivista, psicolinguística, interacionista, sociopsicolinguística, textual, discursiva), conforme constatado por Braggio (1992) e Giasson (1993). A leitura já foi concebida como um processo de aquisição de habi-lidades para ler em voz alta (dominar pronúncia, entonação, pausas, jun-turas) para quem não soubesse ou não fosse capaz de ler (BAJARD, 2001). Assim, na opinião tradicional, a leitura é vista como um conjunto de ha-bilidades específicas e sucessivas, que se iniciam com o processo de deco-dificação da escrita e se estendem até a identificação das ideias principais do texto. Em meados de 1950, entretanto, quando o comportamentalismo começava a ser contestado, a psicologia cognitiva assume papel de desta-que nos estudos sobre os processos de aprendizagem, postulando que isso resultaria da interação entre o ambiente e algumas estruturas cognitivas pré-existentes no indivíduo. Já nos anos 1960, as relações entre socio-linguistas e psicólogos se ampliam, dando origem a um primeiro modelo interacionista de leitura/escrita. E, em 1970, a construção do significado no texto forma-se como “produto da interação leitor-texto”, resultando num modelo sociopsicolinguístico segundo o qual o ponto de partida e de chegada é o contexto da linguagem, ao qual o leitor aplica seus esquemas mentais e suas estratégias cognitivas, passando a agir na construção do significado (GOMES et al., 2010). Entretanto, para que essa habilidade seja criada, é fundamental que sejam estabelecidos os objetivos da leitura, que poderão ser: ler por prazer, ler para compreender, ler para resumir, ler para interpretar ou criticar, ler para produzir outro texto. Dessa forma, a leitura deve partir de uma necessidade específica para se chegar a um objetivo. Do contrário, será como muitas que ocorrem na escola, uma lei-tura sem motivação que não conduz à aprendizagem, quando o professor manda ler sem explicar a razão, tornando o ato puramente mecânico, dis-tante de significado e de sentido. A leitura deve ser analítica, crítica e fun-cional, ou continuará naufragando na escola. Por outro lado, o professor que lida com literatura, leitura e expressão escrita não deve apenas cobrar competência dos alunos, antes, é preciso ensiná-los a se interessarem pelo ato de ler, motivá-los e sugerir leituras apropriadas a todas as faixas etárias e séries, no âmbito da sala de aula e do espaço escolar, mostrando--lhes os múltiplos objetivos a que a leitura poderá levá-los, principalmente despertando neles o prazer de ler! Bom fim de semana.

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