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ORIENTAÇÕES E DELIBERAÇÕES DO 54 o CONGRESSO NACIONAL DOS ESTUDANTES DE AGRONOMIA – Belém/ PA 29/07/2011 Escolas Presentes: Regional 1 (Pelotas, Santa Maria, Frederico e Erechim); Regional 2 (Curitibanos, Florianópolis, Lajes e Curitiba); Regional 3 (Campos, Rural, Itapina, Montes Claros, Diamantina, Lavras, Viçosa, Bambuí, Uberlândia, Januária e Janaúba); Regional 4 (Cuiabá – UNIC e UFMT, Nova Xavantina, Rondonópolis, Dourados e Sinop); Regional 5 (Mossoró, Teresina, Fortaleza, Recife, Crato e Areia); Regional 6 (Belém, Marabá, Altamira, Capitão Poço, Castanhal, Parauabebas e Balsas); Regional 7 (Registro, Ilha Solteira, Boucatu, Jaboticabal e Piracicaba); Regional 8 (Aracaju, Cruz das Almas, Maceió, Ilhéus e Vitória da Conquista) OBJETIVO ESTRATÉGICO A FEAB tem como objetivo estratégico a construção do socialismo, entendendo-o como uma sociedade onde não haja a exploração do ser humano pelo ser humano e não exista a propriedade privada dos meios de produção. OBJETIVO TÁTICO A FEAB tem como objetivo tático a transformação da universidade, com vistas a atender as demandas da classe trabalhadora oprimida. Para isso é necessária a realização de lutas em conjunto com as demais organizações de estudantes, movimentos sociais populares, e demais organizações que possuam afinidades políticas com a FEAB. Atuando dessa forma, para fortalecer o ME através da realização de lutas sociais que concretizem uma coesão organizativa e reivindicatória e que construa uma política constante de formação em defesa da universidade publica financiada pelo Estado, de qualidade, socialmente referenciada, democratizada em seu acesso e popular. ANÁLISE DE CONJUNTURA Em nível internacional, do ponto de vista econômico existe uma polarização não mais entre os países capitalistas e os países socialistas como no fim dos anos 80, mas sim entre as grandes potências imperialistas (Estados Unidos, Japão e seus aliados europeus), e os países

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ORIENTAÇÕES E DELIBERAÇÕES DO 54o CONGRESSO NACIONAL DOS

ESTUDANTES DE AGRONOMIA – Belém/ PA

29/07/2011

Escolas Presentes: Regional 1 (Pelotas, Santa Maria, Frederico e Erechim); Regional 2

(Curitibanos, Florianópolis, Lajes e Curitiba); Regional 3 (Campos, Rural, Itapina, Montes

Claros, Diamantina, Lavras, Viçosa, Bambuí, Uberlândia, Januária e Janaúba); Regional 4

(Cuiabá – UNIC e UFMT, Nova Xavantina, Rondonópolis, Dourados e Sinop); Regional 5

(Mossoró, Teresina, Fortaleza, Recife, Crato e Areia); Regional 6 (Belém, Marabá, Altamira,

Capitão Poço, Castanhal, Parauabebas e Balsas); Regional 7 (Registro, Ilha Solteira, Boucatu,

Jaboticabal e Piracicaba); Regional 8 (Aracaju, Cruz das Almas, Maceió, Ilhéus e Vitória da

Conquista)

OBJETIVO ESTRATÉGICO

A FEAB tem como objetivo estratégico a construção do socialismo, entendendo-o como uma

sociedade onde não haja a exploração do ser humano pelo ser humano e não exista a

propriedade privada dos meios de produção.

OBJETIVO TÁTICO

A FEAB tem como objetivo tático a transformação da universidade, com vistas a atender as

demandas da classe trabalhadora oprimida. Para isso é necessária a realização de lutas em

conjunto com as demais organizações de estudantes, movimentos sociais populares, e demais

organizações que possuam afinidades políticas com a FEAB. Atuando dessa forma, para

fortalecer o ME através da realização de lutas sociais que concretizem uma coesão

organizativa e reivindicatória e que construa uma política constante de formação em defesa da

universidade publica financiada pelo Estado, de qualidade, socialmente referenciada,

democratizada em seu acesso e popular.

ANÁLISE DE CONJUNTURA

Em nível internacional, do ponto de vista econômico existe uma polarização não mais

entre os países capitalistas e os países socialistas como no fim dos anos 80, mas sim entre as

grandes potências imperialistas (Estados Unidos, Japão e seus aliados europeus), e os países

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periféricos em ascensão que constituem o BRICHS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul),

sendo que essa polarização se dá nos marcos do capitalismo. A esquerda encontra-se nesse

meandro com muitas dificuldades de colocar a pauta do socialismo na ordem do dia,

caracterizando a tarefa central da esquerda mundial que é de resistir e acumular forças para

Revolução. No entanto os movimentos sociais e populares, em parceria com os governos de

esquerda da América latina (Venezuela, Cuba, Bolívia e outros), vêm fortalecendo o projeto de

integração do ALBA - Alternativa Bolivariana das Américas, como uma proposta de

solidariedade, complementaridade, cooperação e respeito pela soberania dos países;

fortalecendo a integração econômica, a educação e a comunicação. O próximo mês de

novembro acontecerá a Assembléia Continental da ALBA dos povos em Porto Alegre RS que

convoca todos os movimentos sociais populares do continente americano com objetivo de

debater uma plataforma unificada dos movimentos sociais a nível continental.

No Brasil, a esquerda brasileira acumulou durante décadas sobre alguns instrumentos,

dentre eles o MST, a CUT e o PT. Em 2002 o PT assume uma parcela do poder do Estado

brasileiro, através do executivo com a eleição de Lula. Contudo a construção deste governo

não se dá sobre a pauta do socialismo, a luta ali se restringe a transformações inseridas dentro

do capital, sem perspectivas revolucionárias. Mesmo assim, a principal polarização no

conjunto de nosso país é entre o bloco do PT e o bloco da direita (PSDB e DEM). Nas eleições

esta polarização se dá em uma disputa de projetos, onde o PT capitaneia o bloco do

desenvolvimento conservador com inclusão social, o PSDB capitaneia o bloco do

desenvolvimento conservador privatista.

Hoje, os partidos da esquerda socialista estão inseridos em uma disputa ideológica da

sociedade para a acumulação de forças com o horizonte de transformar a correlação de forças

da sociedade atual para além das eleições, porém as dificuldades têm sido no sentido de

construir a unidade entre os diversos setores da esquerda e isso se expressa claramente nesse

momento de descenso das lutas de massas.

O governo do PT é de conciliação de classes, dando a este governo um caráter

contraditório. Desde seu inicio faz opções insuficientes à classe trabalhadora, mas que

consegue contemplar o desenvolvimento econômico do país, reduzindo o desemprego e a

miséria. Porém as melhorias das condições de vida da classe trabalhadora são pontuais, e o

governo também não se compromete com a mudança da estrutura de propriedade e não

altera a relação capital trabalho. Neste governo embora tenha melhorado as condições de vida

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da população, tivemos vários episódios onde a burguesia foi muito beneficiada, como é o caso

da consolidação das obras da transposição do Rio São Francisco, a investida a favor de Belo

Monte, a não realização da reforma agrária, a MP da grilagem e o fortalecimento do

agronegócio, além do não aumento do salário mínimo neste ano com base na real necessidade

da classe trabalhadora. Por outro lado existe na sociedade brasileira uma grande dificuldade

de organizar a luta e é tarefa da esquerda pressionar o poder para melhorar concretamente a

vida do povo e conseqüentemente acumular forças pra revolução.

O poder político da burguesia em nosso país é extremamente forte, sendo a grande

mídia uma importante ferramenta sustentadora dessa hegemonia, que criminaliza as lutas dos

movimentos sociais, propagandeia o agronegócio e aliena a juventude brasileira. É desafio da

esquerda, sendo esta constituída dos partidos políticos, movimentos sociais, movimento

estudantil, colocar o povo na rua pra denunciar o capital, o agronegócio e propor um projeto

unitário que abranja as massas populares, em contraponto ao nosso inimigo central e em favor

da classe trabalhadora por um projeto de bases socialistas.

MOVIMENTO ESTUDANTIL GERAL

A principal tarefa que se coloca pra FEAB em relação ao ME Geral é a construção do

trabalho real dentro da universidade. O contato com os estudantes e suas pautas específicas

de assistência estudantil, que melhorem imediatamente a condição estudantil deve estar

sempre no horizonte de qualquer militante que se dispõe a organizar os estudantes. Nesse

sentido, os militantes da FEAB devem ter em mente e quando possível colocar em prática uma

atuação concreta dentro dos DCE´s e C.A´s pelo Brasil afora.

Faz se necessário que estejamos acompanhando de perto o debate que se apresenta

nacionalmente. Hoje a principal entidade construída historicamente no imaginário de toda a

sociedade brasileira é a UNE. Essa entidade, em essência, se caracteriza como um espaço

importante de disputa. Porém, na conjuntura atual, esse espaço é hegemonizado por forças

atreladas ao governo, o que reduz seu nível de autonomia e luta. Priorizamos outros desafios

colocados em relação ao movimento estudantil que nos permitam acumular mais força em

torno de construções concretas.

Nossa prática deve ser de unificar as lutas em torno da educação e universidade de

forma que possamos massificá-las entre todos os setores da esquerda brasileira e combater o

sectarismo presente entre a juventude do movimento estudantil.

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O espaço do FENEX atualmente tem tido dificuldades de construir lutas reais, sendo

sua principal atribuição a campanha do boicote ao ENADE, atividade anual que tem contribuído

muito pouco com a luta dos estudantes. Entretanto, esse espaço se configura como um espaço

de articulação importante entre os estudantes que constroem o movimento estudantil de área,

sendo necessário o acompanhamento da coordenação nacional da FEAB, junto dos grupos

locais que sediam o fórum.

O ME das agrárias é uma construção estratégica para a FEAB visto que tem a

capacidade de focar claramente no nosso principal inimigo, o capitalismo, que no campo

brasileiro se estrutura como agronegócio com respaldo do Estado.

Na conjuntura que vivemos hoje, os desafios centrais pro ME que se colocam não se

descolam dos desafios da esquerda brasileira. Acumular força em torno do projeto de

educação e universidade popular, formação política pra nossa militância e a construção de

lutas massivas que explore as contradições reais dos estudantes, e possibilite vitórias, avanços

políticos e organização de cada vez mais jovens no movimento estudantil.

1) A FEAB deve ter a iniciativa de articular as semanas nacionais de mobilização junto às

executivas de cursos via FENEX e outras entidades do ME geral, assim como a Via Campesina,

com objetivo de construir lutas unificadas;

2) Deve ser prioridade do NTP de Educação debater o PNE e propor o debate pra FEAB, a fim

de que possamos construir lutas concretas, priorizando ações unificadas entre os setores da

esquerda em torno dos 10% do PIB pra educação;

MOVIMENTO ESTUDANTIL DE AGRONOMIA

3) Devemos pautar a continuidade das campanhas contra as alterações do código florestal e

contra os agrotóxicos e pela vida.

4) Compreendemos a importância da luta pela disciplina de agroecologia dentro dos currículos.

Porém, isto não nos contempla mais. A FEAB deve encampar a luta pela reformulação dos

PPP`s, orientados nos princípios da Ciência Agroecológica, seguindo essa orientação de forma

transversal para contemplar nosso projeto de desenvolvimento para o campo.

5) A FEAB deve acumular sobre a discussão da construção do PPP da agronomia. A formulação

deve ocorrer nas escolas, para considerar a realidade e as demandas locais e o NTP deve

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articular tais formulações, contemplando a formação do profissional submetido ao nosso

projeto de desenvolvimento para o campo.

6) Tendo como horizonte o trabalho de base, para além dos espaços nacionais, devemos

acumular sobre a construção de cursos de formação política regionalizados.

7) Todas as escolas da FEAB devem avaliar e acumular sobre a função e intencionalidade das

ferramentas e instâncias que fazem parte de nossa organicidade, sendo que na PS definiremos

um espaço nacional e prazo para o debate e socialização do acúmulo.

8) Devemos dar continuidade na construção dos seminários regionais para potencializar o

trabalho de base a partir das demandas reais das regiões.

9) Que a FEAB se insira na campanha “veta Dilma” contra o novo código florestal.

UNIVERSIDADE

10) A FEAB deve retomar o debate sobre universidade popular e participar ativamente do

Seminário Nacional de Universidade Popular tanto na construção como na participação dos

militantes. O SENUP ocorrerá em Porto Alegre nos dias 2, 3 e 4 de setembro.

11) A FEAB necessita se posicionar de maneira mais clara, no sentido de orientar sua militância

em torno dos debates: política de egressos, PNE, Debate das cotas, cabendo ao NTP de

Educação acumular no próximo período.

12) No CNF devemos debater sobre a reestruturação do mundo do trabalho na universidade.

13) Devemos debater e acumular sobre a construção do possível Encontro de Egressos da FEAB

para o 55º CONEA.

14) O REUNI é um projeto do Governo Federal que visa a expansão da universidade. Porém,

não garante a qualidade de expansão da mesma. Com o aumento do número de alunos nas

IFES`s, o governo tenta aprovar a MP 525 que aumenta a quantidade de contratações de

professores temporários, acabando com a lógica dos professores com dedicação exclusiva,

prejudicando ainda mais a produção de ciência na universidade. Com base no acima exposto, a

FEAB tem o posicionamento contrário à aprovação da medida provisória MP 525.

15) Os grupos da FEAB deverão atuar no sentido de incentivar a participação das/dos

estudantes dos Institutos Federais de Educação Superior (IFETS`s) nos espaços da FEAB.

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FORMAÇÃO PROFISSIONAL

16) As semanas acadêmicas são importantes ferramentas de aproximação com os estudantes

de agronomia. Nesse sentido o debate de formação profissional referenciado nas demandas

do povo brasileiro e na transformação da sociedade cumpre um papel de despertar de

consciência crítica dos/das estudantes.

17) Devemos potencializar a construção dos espaços dentro das universidades (por exemplo,

SQUA – seminários de questão agrária, palestras, seminários, debates, etc.) que dialoguem e

garantam a presença dos MSP`s das mesmas, e que acumulem no sentido da construção de

uma universidade popular.

18) Devemos realizar seminários nas universidades de apresentação e socialização de

experiências sobre os EIV´s.

19) É nossa tarefa estabelecer diálogo com as entidades de categoria (CREA, CONFEA e etc)

considerando que temos a demanda de analisarmos onde o(a) Engenheiro(a) Agrônomo(a)

formados politicamente na FEAB estão atuando.

20) Precisamos refletir sobre o papel que cumpre as Empresas Júnior`s dentro das

Universidades, como se constituem, as relações que estabelecem com os estudantes, e que

papel cumpre na formação profissional desses.

AGROECOLOGIA

21) O Encontro Nacional dos Grupos de Agroecologia é uma ferramenta autônoma a FEAB e

devemos incentivar que nossos militantes participem desse espaço a fim de politizar o debate

de Agroecologia e ampliar nosso trabalho de base nesse sentido. O próximo ENGA irá ocorrer

em Fortaleza, sendo assim, é papel do grupo de Fortaleza, junto do NTP de Agroecologia e a

Coordenação Nacional contribuírem com o acompanhamento dessa ferramenta e trazer

informações pra dentro dos espaços e lista da FEAB.

22) Os Encontros Regionais de Agroecologia cumprem o papel de aproximar os estudantes de

nossa luta. Neste sentido, funcionam como um importante espaço de trabalho de base e

formação entre os cursos, com destaque para o ME das agrárias unido aos Movimentos Sociais

Populares.

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23) A CN deve encaminhar a constituição do GT em Agroecologia por 1 (um) representante de

cada escola da FEAB que queira contribuir no debate. Este grupo deve subsidiar a construção

do CBA (Congresso Brasileiro de Agroecologia), ENGA (Encontro Nacional de Grupos de

Agroecologia) e espaços semelhantes, passando seus encaminhamentos pelas instâncias

deliberativas da FEAB.

24) O Curso de Formação em Agroecologia (CFA) tem se tornado uma ferramenta importante

pra FEAB. É preciso manter essa construção sempre avaliando a real demanda e o caráter

conjuntural que deve cumprir esse curso, portanto é necessário garantir avaliações sobre o

curso pelos participantes e no GT de formação. É importante colocar que o debate e

aprofundamento da agroecologia deve se dar também regionalmente através de várias

ferramentas (cursos de formação política, encontros regionais, reuniões, etc), considerando as

peculiaridades e necessidades locais.

25) Cada escola da Federação que tem relação com os grupos de agroecologia deve formular

um material que seja capaz de socializar os processos construídos no nível técnico, político e

organizativo, encaminhando esse material para o GT de Agroecologia, através do militante

indicado pela escola.

26) A Coordenação Nacional e o NTP de Agroecologia devem continuar acompanhando a

Articulação Nacional de Agroecologia na cadeira que temos dentro da articulação. Porém, a

FEAB deve articular politicamente com os representantes da ANA para ocuparmos duas

cadeiras para FEAB.

MOVIMENTOS SOCIAIS POPULARES

27) Os EIV´s são uma de nossas mais importantes ferramentas de formação política. É preciso

potencializar as construções dos EIV´s por todo o Brasil, fortalecendo as relações com os

MSP´s.

28) A FEAB deve potencializar a construção da Via Campesina estadualmente e se inserir nas

jornadas de lutas articuladas pelos movimentos sociais.

29) Devemos buscar explorar melhor a relação com os movimentos populares urbanos

construídos pelo Brasil hoje.

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30) A FEAB deve apoiar o PRONERA explorando as contradições para influenciar em sua

melhoria em prol da classe trabalhadora. É importante que os NTP´s de Educação e de

Movimentos Sociais acumulem sobre os cursos para o conjunto da federação.

31) O NTP de Juventude deve acumular em torno do fortalecimento do debate sobre a

legalização da maconha.

32) Considerando que a divisão do Estado do Pará contempla apenas os setores do

agronegócio, mineração e outros em prol do capital, entendemos que é importante que a

FEAB acumule sobre esse debate.

33) A FEAB deve se posicionar contra a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte e lutar

junto aos movimentos sociais.

34) Não aos ataques ao funcionalismo público! Total apoio às greves dos servidores!

35) A FEAB deve se inserir nas campanhas de combate ao trabalho escravo no campo.

CIÊNCIA E TECNOLOGIA

36) Todas as escolas devem participar, construir e fortalecer os comitês permanentes da

campanha “contra o uso dos agrotóxicos e pela vida!”.

37) O NTP de Ciência e Tecnologia deve acumular e socializar o debate sobre as tecnologias

sociais e experiências de transição agroecológica.

38) A FEAB deve continuar realizando campanhas que contrapõem o modelo hegemônico da

revolução verde, relacionando-as entre si.

39) O NTP de C&T deve acumular em torno do debate de matriz tecnológica do capital,

norteado pelo debate de agroecologia e assim deve desenvolver um material de acúmulo que

sirva de subsídio de debate pra toda Federação.

40) O NTP de C&T deve acumular em torno de Lei de Inovação Tecnológica e patentes e

socializar o acúmulo com toda a Federação.

41) Considerando que os grupos de agroecologia tem um papel importante na formação

profissional de nossos militantes, e que tem potencial para as pesquisas e desenvolvimento de

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novas tecnologias. Nossos militantes devem buscar se aproximar desse espaço visto que temos

tido uma abertura maior para pesquisas na agroecologia.

JUVENTUDE, CULTURA, VALORES, GÊNERO, SEXUALIDADE, RAÇA E ETNIA

42) O NTP de juventude, cultura, valores, raça e etnia, gênero e sexualidade deve ser dividido

em: NTP de juventude, cultura, valores, raça e etnia e NTP de gênero e sexualidade, a partir do

próximo CONEA para facilitar o aprofundamento em torno de todos esses temas.

43) A FEAB manifesta seu apoio à proposta de lei que Descriminaliza e Legaliza o aborto, por

acreditar que esse é um problema de saúde pública que afeta as mulheres, sendo

especialmente fatal para as mulheres da classe trabalhadora. Nosso posicionamento se

contrapõe aos setores mais conservadores da sociedade que criminalizam e culpam as

mulheres pela prática do aborto.

44) O espaço de autorganização das mulheres no CONEA tem o caráter de sensibilização e

identificação das mulheres com a pauta feminista; é um espaço fundamental para o

empoderamento das mulheres, contribuindo para intervenção destas nos espaços da FEAB e

na sociedade, já que é fato a desigualdade da participação entre homens e mulheres.

Paralelamente a este espaço, deve ocorrer a Plenária de Gênero (aberto a homens e mulheres)

para a compreensão dos papéis socialmente construídos pelo capitalismo. Ainda assim, é

necessário espaços de formação política sobre o Patriarcado para a FEAB avançar como um

todo na compreensão da necessidade da luta feminista e autorganização. É importante que

esse espaço ocorra o quanto antes na grade do congresso, para interferir nas posturas de

homens e mulheres ao logo do mesmo.

45) O NTP de juventude, cultura, valores, raça, etnia, gênero e sexualidade deve acumular

sobre o debate da aplicação da lei Maria da penha e possa fomentar as discussões dentro da

FEAB.

46) Que o NTP acumule sobre a importância da criação de um curso nacional de formação

sobre gênero e feminismo.

47) Devemos buscar a equidade na participação de mulheres e homens nos espaços de

formação propostos pela Federação, ficando a cargo da CN e CR's garantirem esse processo.

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48) O NTP de Gênero deve criar um material de acúmulo de agitação e propaganda sobre a

bandeira do feminismo.

49) O NTP de juventude, cultura, valores, raça e etnia, gênero e sexualidade deve acumular

sobre o resgate dos valores socialistas, a fim de contribuir com o debate de juventude.

50) Devemos construir na PNEB um espaço para a discussão acerca do projeto de lei a favor da

criminalização da homofobia e que o NTP acumule sobre o tema para um possível espaço para

a discussão sobre o PL no próximo CONEA.

51) A próxima CN deve acumular no diálogo com executivas de curso de diversas áreas do

conhecimento sobre a pauta do feminismo e da legalização do aborto.

52) A FEAB deve organizar espaços de discussão sobre a legalização, descriminalização das

drogas na próxima PS, a fim de que possa inserir este debate no 55º CONEA.

53) No próximo CONEA deve haver um espaço para discussão sobre identidades de gênero e

sexualidade.

54) A FEAB deve participar do encontro da juventude da ALBA que acontecerá em Novembro

deste ano na cidade de Porto Alegre.

55) O NTP de Juventude, cultura, valores, raça, etnia, gênero e Sexualidade, deve aprofundar

no debate em torno da nomenclatura do NTP, tendo em vista que o termo “raça” é uma

nomenclatura ultrapassada e que não contempla o movimento negro.

56) A FEAB deve garantir um Painel Paralelo com eixo de descriminalização das drogas para o

próximo CONEA, a escolha do tema específico: extermínio da juventude, legalização da

maconha, saúde pública entre outros.

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

57) Devemos fortalecer a participação de internacionalistas no EIV, contando com a mediação

da CONCLAEA para as indicações de militantes para contribuir nestes espaços.

58) O NTP de RI junto com a CN deve fomentar o debate sobre a construção dos encontros

regionais da CONCLAEA e levar uma proposta concreta para o XXI CLACEEA na Argentina.

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59) A FEAB, como sede da secretaria de comunicações da CONCLAEA, através do NTP de

História e Comunicação, deve dar dinâmica ao blog e a rede de distribuição de notícias da

CONCLAEA, até o próximo CLACEEA.

60) A secretaria de comunicações da CONCLAEA deve realizar um boletim periódico virtual

cujo conteúdo poderia englobar o trabalho histórico e atual da CONCLAEA, suas bandeiras de

luta, suas campanhas, pronunciamentos e demais temas discutidos e consensuados no

congresso. Este deve ser enviado pela rede virtual da CONCLAEA e de cada uma das

federações, as quais terão a responsabilidade de difundi-lo.

61) Na PNEB devemos definir uma escola ou universidade para assumir a responsabilidade de

ser a Coordenação Brasil da CONCLAEA, dentro desta coordenação a escola delegará a uma

pessoa a tarefa da secretaria de comunicação. O encaminhamento dessa tarefa fica a cargo do

NTP de RI.

62) Os militantes da FEAB que participaram do XX CLACEEA (Piracicaba, Dourados, Matinhos)

junto com NTP de RI encaminham a tarefa assumida de fazer a gira no Paraguai antes de

janeiro de 2012, data do XXI CLACEEA na Argentina.

63) A CN e o NTP de RI devem procurar coletivamente a melhor estratégia (caravana/ônibus)

para garantir uma boa participação no XXI CLACEEA na Argentina.

64) Tendo em vista a aproximação do XXI CLACEEA em janeiro, se faz necessário a garantia de

um espaço de formação na PS.

65) O NTP de Relações Internacionais deve acumular e socializar o debate sobre a ALBA.

COMUNICAÇÃO E FINANÇAS

66) A FEAB deve difundir a política de utilização de listas regionais de caráter propositivo e

encaminhativo, a fim de otimizar os trabalhos nas regionais de organização da FEAB.

67) O NTP de História e comunicação deve aprofundar sobre o tema da universalização dos

meios de comunicação.

68) Os eventos devem contribuir com a Coordenação Nacional da FEAB, sem que os cada

Encontro Regional deve garantir R$3,00 de cada inscrição para CN e o Congresso deve reservar

R$5,00 de cada inscrição pra CN também.

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69) O blog da FEAB deve ser gerido pela Coordenação Nacional e/ou escolas indicadas por ela.

SUCESSÃO DAS INSTÂNCIAS DA FEAB

NTP Educação: Viçosa

NTP Agroecologia: Castanhal

NTP Movimentos Sociais Populares: Crato

NTP Ciência e Tecnologia: Lages

NTP Juventude, Cultura, Valores, Raça, Etnia, Gênero e Sexualidade: Cuiabá

NTP Biomas: Teresina

NTP Relações Internacionais: Pelotas

NTP História e Comunicação: Campos

Coordenação Regional 1: Erechim

Coordenação Regional 2: Curitiba

Coordenação Regional 3: Rural do Rio de Janeiro

Coordenação Regional 4: Rondonópolis

Coordenação Regional 5: Fortaleza

Coordenação Regional 6: Belém

Coordenação Regional 7: Ilha Solteira

Coordenação Regional 8: Maceió

C.O ERA Sul: Frederico

C.O ERA Sudeste: Montes Claros

C.O ERA Centro Oeste: Dourados

C.O ERA Nordeste: Aracaju

C.O EREA Norte: Marabá

PNEB de Páscoa: Cuiabá

C.O. CONEA: Cruz das Almas

Coordenação Nacional: Santa Maria e Frederico

Juventude que ousa lutar,

constrói o Poder Popular!

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