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Delineamento em Blocos Casualizados EXPERIMENTAÇÃO ZOOTÉCNICA MESTRANDA ANA CAROLINA A. R. DE PAZ [email protected]

Delineamento em Blocos Casualizados - Unesp€¦ · O experimento em Blocos é utilizado para eliminar o efeito nas comparações estatísticas entre os tratamentos, de modo que a

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Delineamento em Blocos Casualizados EXPERIMENTAÇÃO ZOOTÉCNICA

MESTRANDA ANA CAROLINA A. R . DE PAZ

[email protected]

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Introdução

Em alguns casos podem existir fatores externos que interferem na

variável resposta, mas que não são de interesse de estudo.

◦ Esses fatores podem ser tanto desconhecidos como não controláveis.

◦ O experimento em Blocos é utilizado para eliminar o efeito nas

comparações estatísticas entre os tratamentos, de modo que a fonte

de variabilidade do fatos seja conhecida ou de inferência controlável.

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Introdução Esse delineamento é utilizado quando as unidades experimentais

possuem alguma heterogeneidade.

◦ O BLOCO é formado com as unidades similares. Sendo o sorteio feito dentro

de cada bloco.

◦ Deve-se subdividir os animais em blocos de tal forma que possa ser homogêneo

dentro de cada bloco (idade, raça, sexo, etc.)

◦ É importante que haja variabilidade entre os blocos e que sejam unidades

similares.

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Introdução

O delineamento em blocos casualizados (BDC) é o mais utilizado.

◦ Utiliza os princípios da repetição, da casualização e do controle local.

◦ Quando há dúvidas sobre a homogeneidade das condições

experimentais deve-se utilizar o princípio do controle local, para

que sejam formados os blocos com parcelas homogêneas.

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Exemplo Uma fazenda cria bezerras de leite das raças Holandesa, Jersey e

Girolando testou 5 marcas de sucedâneo, para que tivesse maior peso ao

desmame (7 meses).

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Exemplo Para o experimento foram separadas 15 bezerras, formaram-se blocos por raça

e os animais foram sorteados, para distribuir inteiramente ao acaso as 5 marcas

de sucedâneo (A, B, C, D e E).

Bloco 1

Bloco 2

Bloco 3

A C E B D

E B A C D

C D B E A

Experimento Completo em Blocos as acaso:

1. completo, porque cada bloco contém todos os

tratamentos; 2. ao acaso, porque os

tratamentos foram designados às parcelas

aleatoriamente.

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Características

1. Parcelas são divididas em blocos, a partir do princípio do controle local,

sendo o mais uniforme possível dentro de cada bloco;

2. Para ser caracterizado com blocos completos casualizados, o número de

parcelas por bloco deve ser igual ao número de tratamentos;

3. Os tratamentos são distribuídos às parcelas de forma casual dentro de

cada bloco.

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Vantagens 1. É mais eficiente que o delineamento inteiramente casualizados, pois

quando se formam os blocos isola-se as variações que causam a

heterogeneidade, o que diminui a variação ao acaso (aleatória ou erro

experimental);

2. Não tem restrições de uso, seja em relação ao número de tratamentos

ou a uniformidade das condições experimentais.

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Desvantagens

1. Quando não há a necessidade do controle local o delineamento não é

eficiente, sendo que o número de graus de liberdade do resíduo será

menor em relação ao delineamento inteiramente casualizados (DIC);

2. Por exigir que todos os tratamentos tenham o mesmo número de

repetições, quando ocorre perda de parcela a soma dos quadrados do

tratamento é aproximada.

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Modelo Matemático

O modelo matemático representa cada uma das observações obtidas

que devemos levar em consideração para atender algumas hipóteses

básicas.

O modelo é dado por:

𝑦𝑖𝑗 = 𝑚 + 𝑡𝑖 + 𝑏𝑗 + 𝑒𝑖𝑗

𝑦𝑖𝑗: valor observado na parcela do i-ésimo tratamento no j-ésimo bloco

𝑚 : média experimental

𝑡𝑖: efeito devido ao 𝑖-ésimo tratamento na parcela experimental

𝑏𝑗: efeito devido ao 𝑗-ésimo bloco na parcela experimental

𝑒𝑖𝑗: erro aleatório não controlado na parcela do 𝑖-ésimo tratamento no 𝑗-ésimo bloco

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Hipóteses Básicas 1. Aditividade: o efeito dos fatores que ocorreram no modelo devem ser aditivos;

2. Independência: os erros ou os desvios 𝑒𝑖𝑗 dos efeitos dos fatores não controlados

devem ser independentes;

3. Homogeneidade de Variâncias: os erros ou os desvios 𝑒𝑖𝑗 dos efeitos dos fatores não

controlados devem possuir uma variância comum 𝜎2;

4. Normalidade: os erros ou os desvios 𝑒𝑖𝑗 dos efeitos dos fatores não controlados

devem possuir distribuição normal de probabilidades.

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Hipóteses Básicas

𝑒𝑖𝑗

iid ~ 𝑁 0, 𝜎2

Os erros ou os desvios 𝑒𝑖𝑗 são independentes e identicamente distribuídos de

acordo com uma distribuição normal com média zero e variância 𝜎2.

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Obtenção da Análise de Variância

Tratamentos Blocos

Total 1 2 ... 𝑗 ... 𝐽

1 𝑦11 𝑦12 ... 𝑦1𝑗 ... 𝑦1𝐽 𝐿1 = 𝑦1𝑗𝐽𝑗=1

2 𝑦21 𝑦22 ... 𝑦2𝑗 ... 𝑦2𝐽 𝐿2 = 𝑦2𝑗𝐽𝑗=2

⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮ ⋱ ⋮ ⋮

𝑖 𝑦𝑖1 𝑦𝑖2 ... 𝑦𝑖𝑗 ... 𝑦𝑖𝐽 𝐿𝑖 = 𝑦𝑖𝑗𝐽𝑗=𝑖

⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮ ⋱ ⋮ ⋮

𝐼 𝑦𝐼1 𝑦𝐼2 ... 𝑦𝐼𝑗 ... 𝑦𝐼𝐽 𝐿𝐼 = 𝑦𝐼𝑗𝐽𝑗=𝐼

Total 𝐶1 𝐶2 ... 𝐶𝑗 ... 𝐶𝐽 𝐺 = 𝐿𝑖𝐼𝑖=1

• Considere um experimento em Blocos com 𝐼 tratamentos e 𝐽 blocos.

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Fator de correção:

◦ Soma de Quadrados Total:

◦ Soma de Quadrados Tratamentos:

◦ Soma de Quadrados Blocos:

◦ Soma de Quadrados Resíduo: 𝑆𝑄𝑅𝑒𝑠 = 𝑆𝑄𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 − 𝑆𝑄𝑇𝑟𝑎𝑡 − 𝑆𝑄𝐵𝑙

Obtenção da Análise de Variância

𝑆𝑄𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑦𝑖𝑗2

𝐽

𝑗=1

𝐼

𝑖=1

− 𝐾

𝐾 =1

(𝐼 × 𝐽) 𝐿𝑖

𝐼

𝑖=1

2

𝑆𝑄𝑇𝑟𝑎𝑡 =1

𝐽 𝐿𝑖

2

𝐼

𝑖=1

− 𝐾

𝑆𝑄𝐵𝑙 =1

𝐼 𝐶𝑗

2

𝐽

𝑗=1

− 𝐾

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Obtenção da Análise de Variância Quadro de Análise de Variância para Delineamento em Blocos Casualizados

FV GL SQ QM F

Tratamentos 𝐼 − 1 𝑆𝑄𝑇𝑟𝑎𝑡 𝑆𝑄𝑇𝑟𝑎𝑡

𝐼 − 1

𝑄𝑀𝑇𝑟𝑎𝑡

𝑄𝑀𝑅𝑒𝑠

Blocos 𝐽 − 1 𝑆𝑄𝐵𝑙 𝑆𝑄𝐵𝑙

𝐽 − 1

𝑄𝑀𝐵𝐿

𝑄𝑀𝑅𝑒𝑠

Resíduo (𝐼 − 1)(𝐽 − 1) 𝑆𝑄𝑅𝑒𝑠 𝑆𝑄𝑅𝑒𝑠

𝐼 − 1 𝐽 − 1 -

Total (𝐼 × 𝐽) − 1 𝑆𝑄𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 - -

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Hipóteses Tratamentos:

◦ 𝐻0: 𝑡𝑖 = 0, 𝑖 = 1,2,… , 𝐼.

◦ 𝐻1: pelo menos um valor de 𝑡𝑘 ≠ 0, 𝑘 ∈ [1; 𝐼]

Blocos:

◦ 𝐻0: 𝑏𝑗 = 0, j = 1,2,… , 𝐽.

◦ 𝐻1: pelo menos um valor de 𝑏𝑘 ≠ 0, 𝑘 ∈ [1; 𝐼]

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Critério do teste para os Tratamentos Se Logo Então

𝐹𝑡𝑟𝑎𝑡 ≥ 𝐹𝑡𝑎𝑏 O teste é significativo ao nível de

significância (𝛼) considerado.

Deve-se rejeitar 𝐻0 em favor de

𝐻1 e concluir que os efeitos dos

tratamentos diferem entre si ao

nível de significância (𝛼)

considerado.

𝐹𝑡𝑟𝑎𝑡 < 𝐹𝑡𝑎𝑏 O teste não é significativo ao nível

de significância (𝛼) considerado.

Não rejeitamos 𝐻0 e concluímos

que os efeitos dos tratamentos

não diferem entre si ao nível de

significância (𝛼) considerado.

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Critério do teste para os Blocos Se Logo Então

𝐹𝐵𝑙 ≥ 𝐹𝑡𝑎𝑏 O teste é significativo ao nível de

significância (𝛼) considerado.

Deve-se rejeitar 𝐻0 em favor de

𝐻1 e concluir que os efeitos dos

blocos diferem entre si ao nível

de significância (𝛼) considerado.

𝐹𝐵𝑙 < 𝐹𝑡𝑎𝑏 O teste não é significativo ao nível

de significância (𝛼) considerado.

Não rejeitamos 𝐻0 e concluímos

que os efeitos dos blocos não

diferem entre si ao nível de

significância (𝛼) considerado.

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Resumo do teste Se Logo Então Notação

𝐹𝑐𝑎𝑙𝑐 < 𝐹𝑡𝑎𝑏(5%)

O teste não é significativo ao nível de significância de

𝛼 = 0,05

Aceitamos 𝐻0 𝐹𝑐𝑎𝑙𝑐𝑁𝑆

𝐹𝑡𝑎𝑏(5%) < 𝐹𝑐𝑎𝑙𝑐 < 𝐹𝑡𝑎𝑏(1%)

O teste é significativo ao nível de significância de

𝛼 = 0,05

Rejeitamos 𝐻0 em favor de 𝐻1 com grau de confiança de 95%

𝐹𝑐𝑎𝑙𝑐∗

𝐹𝑡𝑎𝑏(1%) < 𝐹𝑐𝑎𝑙𝑐

O teste é significativo ao nível de significância de

𝛼 = 0,01

Rejeitamos 𝐻0 em favor de 𝐻1 com grau de confiança de 99%

𝐹𝑐𝑎𝑙𝑐∗∗

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Exemplo

Uma fazenda cria bezerras de leite das raças Holandesa, Jersey e Girolando testou 5

marcas de sucedâneo, para que tivesse maior peso ao desmame (7 meses). Formaram-

se blocos (raça) e os animais foram sorteados para distribuir as 5 marcas de sucedâneo.

Marcas

Raças

Holandesa Jersey Girolando Total

A 122 144 145

B 125 137 144

C 120 134 136

D 150 155 156

E 153 165 171

Total

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Exemplo

Marcas Raças

Holandesa Jersey Girolando Total

A 122 144 145 411

B 125 137 144 406

C 120 134 136 390

D 150 155 156 461

E 153 165 171 489

Total

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Exemplo

Marcas Raças

Holandesa Jersey Girolando Total

A 122 144 145 411

B 125 137 144 406

C 120 134 136 390

D 150 155 156 461

E 153 165 171 489

Total 670 735 752

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Exemplo

Marcas Raças

Holandesa Jersey Girolando Total

A 122 144 145 411

B 125 137 144 406

C 120 134 136 390

D 150 155 156 461

E 153 165 171 489

Total 670 735 752 2.157

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Exemplo Marcas

Raça

Holandesa Jersey Girolando Total

A 122 144 145 411

B 125 137 144 406

C 120 134 136 390

D 150 155 156 461

E 153 165 171 489

Total 670 735 752 2157

Fator de Correção

𝐾 =1

(𝐼 × 𝐽) 𝐿𝑖

𝐼

𝑖=1

2

𝐾 =(411 + 406 + 390 + 461 + 489)2

(5 × 3)=

21572

15= 310.176,6

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Exemplo Marcas

Raça

Holandesa Jersey Girolando Total

A 122 144 145 411

B 125 137 144 406

C 120 134 136 390

D 150 155 156 461

E 153 165 171 489

Total 670 735 752 2157

Soma de Quadrados Total

𝑆𝑄𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑦𝑖𝑗2

𝐽

𝑗=1

𝐼

𝑖=1

− 𝐾

𝑆𝑄𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 1222 + 1442 + ⋯+ 1712 − 310.176,6 𝑆𝑄𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 313.363 − 310.176,6 = 3.186,4

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Exemplo Marcas

Raça

Holandesa Jersey Girolando Total

A 122 144 145 411

B 125 137 144 406

C 120 134 136 390

D 150 155 156 461

E 153 165 171 489

Total 670 735 752 2157

Soma de Quadrados Tratamento

𝑆𝑄𝑇𝑟𝑎𝑡 =1

𝐽 𝐿𝑖

2

𝐼

𝑖=1

− 𝐾

𝑆𝑄𝑇𝑟𝑎𝑡 =1

3(4112 + 4062 + 3902 + 4612 + 4892) − 310.176,6

𝑆𝑄𝑇𝑟𝑎𝑡 =937.499

3− 310.176,6 = 2.323,0667

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Exemplo Marcas

Raça

Holandesa Jersey Girolando Total

A 122 144 145 411

B 125 137 144 406

C 120 134 136 390

D 150 155 156 461

E 153 165 171 489

Total 670 735 752 2157

Soma de Quadrados Bloco

𝑆𝑄𝐵𝑙 =1

𝐼 𝐶𝑖

2

𝐼

𝑖=1

− 𝐾

𝑆𝑄𝐵𝑙 =1

5(6702 + 7352 + 7522) − 310.176,6

𝑆𝑄𝐵𝑙 =1.554.629

5− 310.176,6 = 749,2

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Exemplo Soma de Quadrado Resíduo

𝑆𝑄𝑅𝑒𝑠 = 𝑆𝑄𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 − 𝑆𝑄𝑇𝑟𝑎𝑡 − 𝑆𝑄𝐵𝑙

𝑆𝑄𝑅𝑒𝑠 = 3.186,4 − 2.323,0667 − 749,2

𝑆𝑄𝑅𝑒𝑠 = 114,1333

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Exemplo Fontes de Variação GL SQ QM F

Tratamento

Bloco

Resíduo

Total

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Exemplo Fontes de Variação GL SQ QM F

Tratamento 4 2.323,0667 580,7667 40,7081∗∗

Bloco 2 749,2 374,6 26,2571∗∗

Resíduo 8 114,1333 14,2666 -

Total 14 3.186,4 - -

Valores de F da tabela para Tratamento: 𝐹𝐶𝑎𝑙𝑐 = 40,7081 > 7,01 = 𝐹𝑇𝑎𝑏(1%) a) 𝐹 4GLx8GL 5% = 3,84

b) 𝐹 4GLx8GL 1% = 7,01

Valores de F da tabela para Bloco: 𝐹𝐶𝑎𝑙𝑐 = 26,2571 > 8,65 = 𝐹𝑇𝑎𝑏(1%) a) 𝐹 2GLx8GL 5% = 4,46

b) 𝐹 2GLx8GL 1% = 8,65

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Exemplo Conclusão para Tratamento:

◦ O teste F foi significativo ao nível de significância de 1%, deve-se rejeitar 𝐻0em favor de 𝐻1 e

concluir que as marcas de sucedâneo possuem efeitos distintos em relação ao peso ao

desmame das bezerras.

Conclusão para Bloco:

◦ O teste F foi significativo ao nível de significância de 1%, deve-se rejeitar 𝐻0em favor de 𝐻1 e

concluir que as raças das bezerras possuem efeitos distintos em relação ao peso ao

desmame.

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Exemplo Para tirar as conclusões sobre o comportamento de cada tratamento, faz-se

então o teste de comparação de médias.

1. Cálculo das médias de cada tratamento 𝒎 𝒊 =𝑳𝒊

𝑱, 𝒊 = 𝑨,𝑩, 𝑪,𝑫, 𝑬.

𝑚 𝐴 =411

3= 137; 𝑚 𝐵 =

406

3= 135,3333; 𝑚 𝐶 =

390

3= 130;

𝑚 𝐷 =461

3= 153,6667; 𝑚 𝐸 =

489

3= 163

2. Cálculo do erro padrão da média 𝒔 𝒎 =𝒔

𝑱, 𝒔𝟐 = 𝑸𝑴𝑹𝒆𝒔

𝑠 𝑚 =𝑠

𝐽=

𝑄𝑀𝑅𝑒𝑠

𝐽=

14,2666

3= 2,1807

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Exemplo 3. Teste de Tukey para comparação de médias:

a) Amplitude total estudentizada (𝛼 = 5%):

𝑞 5x8GL 5% = 4,89

b) DMS: ∆= 𝑞 5x8GL 5% ∙ 𝑠 𝑚

∆= 4,89 ∙ 2,1807 = 10,6636

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Exemplo c) Cálculo das estimativas dos contrastes entre duas médias.

𝑚 𝐸 = 163 𝑚 𝐷 = 153,33 𝑚 𝐴 = 137 𝑚 𝐵 = 135,33 𝑚 𝐶 = 130

𝑚 𝐸 𝑚 𝐷 𝑚 𝐴 𝑚 𝐵 𝑚 𝐶

𝑚 𝐸 -

𝑚 𝐷 - -

𝑚 𝐴 - - -

𝑚 𝐵 - - - -

𝑚 𝐶 - - - - -

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Exemplo c) Cálculo das estimativas dos contrastes entre duas médias.

𝑚 𝐸 = 163 𝑚 𝐷 = 153,33 𝑚 𝐴 = 137 𝑚 𝐵 = 135,33 𝑚 𝐶 = 130

𝑚 𝐸 𝑚 𝐷 𝑚 𝐴 𝑚 𝐵 𝑚 𝐶

𝑚 𝐸 - 9,67𝑁𝑆 26∗ 27,67∗ 33∗

𝑚 𝐷 - - 16,33∗ 18∗ 23,33∗

𝑚 𝐴 - - - 1,67𝑁𝑆 7𝑁𝑆

𝑚 𝐵 - - - - 5,33𝑁𝑆

𝑚 𝐶 - - - - -

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Exemplo d) Conclusão (Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de

significância de 5%.)

𝑚 𝐸 𝑎

𝑚 𝐷 𝑎

𝑚 𝐴 𝑏

𝑚 𝐵 𝑏

𝑚 𝐶 𝑏

4. Cálculo do coeficiente de variação do experimento 𝐶𝑉 =100∙𝑠

𝑚

𝐶𝑉 =100 ∙ 𝑠

𝑚 =

100 ∙ 3,7771

143,8= 2,63

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Delineamento em Blocos Casualizados com parcela perdida

Quando há a perda de parcelas no DBC ocorre um

desbalanceamento dos blocos que possuem todos os tratamentos,

consequentemente ocorre alterações no método da análise de

variância.

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Estimativa da Parcela Perdida Considere um experimento em DBC com I tratamentos e J blocos.

Parcela Perdida

Tratamentos

Blocos

Total

1 2 ... 𝑗 ... 𝐽

1 𝑦11 𝑦12 ... 𝑦1𝑗 ... 𝑦1𝐽 𝐿1 = 𝑦1𝑗𝐽𝑗=1

2 𝑦21 𝑦22 ... 𝑦2𝑗 ... 𝑦2𝐽 𝐿2 = 𝑦2𝑗𝐽𝑗=2

⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮ ⋱ ⋮ ⋮

𝑖 𝑦𝑖1 𝑦𝑖2 ... 𝑦𝑖𝑗 ... 𝑦𝑖𝐽 𝐿𝑖 = 𝑦𝑖𝑗𝐽𝑗=𝑖

⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮ ⋱ ⋮ ⋮

𝐼 𝑦𝐼1 𝑦𝐼2 ... 𝑦𝐼𝑗 ... 𝑦𝐼𝐽 𝐿𝐼 = 𝑦𝐼𝑗𝐽𝑗=𝐼

Total 𝐶1 𝐶2 ... 𝐶𝑗 ... 𝐶𝐽 𝐺 = 𝐿𝑖𝐼𝑖=1

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Estimativa da parcela perdida A estimativa deve ser feita de modo que minimize a soma de quadrados do resíduo, sendo

essa:

𝑦𝑖𝑗 =𝐼 × 𝐿𝑖 + 𝐽 × 𝐶𝑗 − 𝐺′

(𝐼 − 1)(𝐽 − 1),

sendo:

◦ 𝐿𝑖: a soma das parcelas existentes no tratamento que perdeu a parcela

◦ 𝐶𝑗: a soma das parcelas existentes no bloco que perdeu a parcela

◦ 𝐺′: a soma das parcelas existentes no experimento

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Depois de obter a estimativa da parcela perdida, substituímos o valor na tabela de dados e calcula-se

normalmente a soma de quadrados.

Fator de correção:

◦ Soma de Quadrados Total:

◦ Soma de Quadrados Tratamentos:

◦ Soma de Quadrados Blocos:

◦ Soma de Quadrados Resíduo: 𝑆𝑄𝑅𝑒𝑠 = 𝑆𝑄𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 − 𝑆𝑄𝑇𝑟𝑎𝑡 − 𝑆𝑄𝐵𝑙

Obtenção da Análise de Variância

𝑆𝑄𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑦𝑖𝑗

𝐽

𝑗=1

𝐼

𝑖=1

− 𝐾

𝐾 =1

(𝐼 × 𝐽) 𝐿𝑖

𝐼

𝑖=1

2

𝑆𝑄𝑇𝑟𝑎𝑡 =1

𝐽 𝐿𝑖

2

𝐼

𝑖=1

− 𝐾

𝑆𝑄𝐵𝑙 =1

𝐼 𝐶𝑗

2

𝐽

𝑗=1

− 𝐾

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Análise de Variância O método dos mínimos quadrados torna mínima a soma de quadrados do resíduo, que fica

corretamente estimada, mas causa uma superestimação na soma de quadrados de tratamentos

e blocos, que devem ser corrigidas.

Fator de correção tratamento

𝑈𝑇𝑟𝑎𝑡 =𝐼 − 1

𝐼𝑦𝑖𝑗 −

𝐶𝑗

𝐼 − 1

2

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Análise de Variância FV GL SQ QM F

Tratamento (𝐼 − 1) (𝑆𝑄𝑇𝑟𝑎𝑡 − 𝑈𝑇𝑟𝑎𝑡) (𝑆𝑄𝑇𝑟𝑎𝑡 − 𝑈𝑇𝑟𝑎𝑡)

(𝐼 − 1)

𝑄𝑀𝑇𝑟𝑎𝑡

𝑄𝑀𝑅𝑒𝑠

Bloco (𝐽 − 1) (𝑆𝑄𝐵𝑙) (𝑆𝑄𝐵𝑙)

(𝐽 − 1)

𝑄𝑀𝐵𝑙

𝑄𝑀𝑅𝑒𝑠

Resíduo [(𝐼 − 1) (𝐽 − 1)] − 1 𝑆𝑄𝑅𝑒𝑠 𝑆𝑄𝑅𝑒𝑠

𝐼 − 1 𝐽 − 1 − 1 -

Total 𝐼 × 𝐽 − 1 − 1 𝑆𝑄𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 - -

* Há uma perda de um grau de liberdade para o total e para o resíduo.

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Conclusões Específicas 1. Cálculo das médias dos tratamentos:

𝑚 𝑘 =𝐿𝑘

𝐽, para os tratamentos que não perderam parcelas

𝑚 𝑖 =𝐿𝑖+𝑦𝑖𝑗

𝐽, para os tratamentos que perderam parcelas

2. Cálculo dos erros padrões das médias dos tratamentos

𝑠 𝑚 𝑘 =𝑠

𝐽, para as médias dos tratamentos que não perderam parcelas

𝑠 𝑚 𝑖 = 𝑉 (𝑚𝑖 ) =1

𝐽+

𝐼

𝐽(𝐽−1)(𝐼−1)𝑠2, para os tratamentos que perderam parcelas

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Conclusões Específicas 3. Aplicação do teste de Tukey

Existem duas situações:

a) Comparação entre as médias dos tratamentos sem

parcela perdida

𝑌 = 𝑚 𝑘 − 𝑚 𝑖

𝑉 𝑌 =2

𝐽𝑠2

Temos então:

∆= 𝑞 𝐼∗ 𝐼−1 𝐽−1 −1 5% ∙𝑠

𝐽

b) Comparação entre as médias dos tratamentos sem parcela

perdida (𝑘) com média do tratamento que perdeu a parcela (𝑖)

𝑌 = 𝑚 𝑘 − 𝑚 𝑖

𝑉 𝑌 =2

𝐽+

𝐼

𝐽(𝐼 − 1)(𝐽 − 1)𝑠2

Temos então:

∆= [𝑞 𝐼∗ 𝐼−1 𝐽−1 −1 (5%)]1

2𝑉 (𝑌 )

4. Cálculo do coeficiente de variação: 𝑪𝑽 =𝟏𝟎𝟎∙𝒔

𝒎