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    Demoscene: a linha do tempo dos avanos tecnolgicos e cientficos que possibilitaram

    uma subcultura

    Maria Raquel Alves da SilvaGraduada em Arte e Mdia pela Universidade Federal de Campina Grande

    Resumo: o presente artigo traa um apanhado histrico dos avanos tecnolgicos que

    possibilitaram a criao e desenvolvimento da demoscene, alm de suas caractersticas

    enquanto subcultura da arte computacional!

    Palavraschave:computao, demoscene, arte computacional, hacker

    Abstract: this article provides a historical overvie" o# technological advances that made

    possible the creation and development o# the demoscene, and its #eatures "hile subculture o#

    computer art!

    !e"#ords:computation, demoscene, computer art, hac$er

    $ntrodu%o

    %sse estudo parte da necessidade de se compreender o panor&mica histrico e

    tecnolgico que permitiu determinado grupo social a se reunir em torno de uma pr'tica em

    comum! A demoscene uma subcultura oriunda das in#lu(ncias da pirataria de programas de

    computador e da tica hackerde anonimato, compartilhamento e descentrali)ao de poder!

    *ara que pudesse emergir, entretanto, uma srie de avanos cient#icos #oram necess'rios

    aliados a uma viso de mercado de que o computador poderia vir a ser um utilit'rio para ousu'rio comum, no apenas uma m'quina de comple+as operaes numricas, de serventia

    apenas para determinados nichos!

    -endo em vista os ob.etivos anteriores, o artigo ir' dividir/se em duas partes0 na

    primeira, um apanhado histrico da evoluo do computador enquanto m'quina e plata#orma

    de criao! *osteriormente, seremos apresentados a demoscene, suas in#luencias e

    especi#icidades estticas!

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    &omo economia aliada a tecnologia ascenderam uma cultura

    1-his is not a .o$e or a tric$! 2t3s an e+periment! 4e don3t $no"!4e thin$ it3ll "or$! 4e hope it "ill "or$!5

    Charles Colling"ood, reprter da C67, sobre as previses do computador U829AC sobre as eleies de :; B> mil

    dlares, pesava E> toneladas movidas por mais de :< mil v'lvulas eletrnicas, uma

    tecnologia inst'vel, demandante de um grande investimento em manuteno Bestima/se que

    cerca de uma v'lvula era dani#icada num intervalo de minutos! Apesar dos incrveis

    resultados:obtidos nos ramos citados anteriormente, era preciso uma prova da e#ic'cia de

    uma m'quina de alto custo de uma maneira que in#luenciasse a opinio p?blica e, com isso, os

    investidores e o setor privado de uma #orma geral!

    ois dos primeiros cientistas que aliaram a viso mercadolgica no ramo dos

    computadores #oram a dupla ! *resper %c$ert e ohn MauchlHque pro.etaram o primeiro

    computador #abricado e comerciali)ado nos %stados Unidos, conhecido por U829AC 2!

    6eirando o valor de :,=>>,>>> dlares, o U829AC 2 vendeu algumas de)enas de unidades e,

    apesar de centena de ve)es mais velo) que o pioneiro %82AC, continuava ocupando um

    grande espao, necessitando de uma constante manuteno e de tcnicos especiali)ados

    monitorando/o constantemente=!%sses empecilhos e toda uma aura de mistrio que envolvia o

    #uncionamento desses dispositivos gerava uma grande descon#iana por parte dos leigos, quecontinuavam no entendendo a sua #inalidade!

    2sso mudaria em :;>> para E> segundos o tempo dos c'lculos de tra.etria balstica!

    m dos casos curiosos deu/se no 6rasil, onde o 26G% adquiriu um dos modelos do %9AC, que, apesar de ocupar um espaovalente a K salas, no #uncionou a contento e os dados do Censo continuaram a ser reali)ados a mo por empregados!

    https://pt.wikipedia.org/wiki/J._Presper_Eckerthttps://pt.wikipedia.org/wiki/John_Mauchlyhttps://pt.wikipedia.org/wiki/John_Mauchlyhttps://pt.wikipedia.org/wiki/J._Presper_Eckert
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    empate tcnico entre os candidatos, os c'lculos e#etuados pelo computador previam uma

    vitria de %isenho"er sob larga vantagem, e #oi isso que aconteceu, contrapondo/se a

    incredulidade de todos Binclusive da prpria C67!

    2magem

    :0

    previses do U829AC para as eleies de :;

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    comple+os comandos reali)ados por essas m'quinas, multiplicando, assim, a capacidade

    desses dispositivos em gerar novos e engenhosos resultados!

    8a imagem ao lado Bn?mero E vemos os .ovens 6ill Gates e *aul Allen Bsentado

    utili)ando a

    linguagem de

    programao 6asic,

    essa desenvolvida

    para democrati)ar o

    uso e ensino de

    computao! %sse

    acesso massivo iriain#luenciar

    posteriormente toda

    uma cultura de criao e modi#icao de programas Bdas grandes empresas de in#orm'tica

    passando pela cultura hackerque iremos ver posteriormente!

    Como citado no incio desse tpico, as dimenses dos computadores diminuram

    drasticamente, permitindo, com o advento dos microprocessadores, a produo de

    computadores pessoais! %sses em nada pareciam com seus enormes predecessores, como o%82AC e o %9AC, computadores pioneiros que ainda #uncionavam com v'lvulas! A

    nanotecnologia #oi crucial tanto na reduo do tamanho das m'quinas Bcom seus microchips

    que processavam uma quantidade imensa de in#ormaes em dimenses redu)idas quanto na

    queda dos preos, com seu bai+o custo, produo em massa e grande demanda!

    Com a integrao desses dispositivos a sociedade, no tardou para que em alguns pases

    como os %stados Unidos alguns .ovens estudantes demonstrassem interesse pela atividade de

    programar, surgindo, com o passar da dcada de :;K> uma comunidade pequena, pormascendente de hackers6, que com uma tica de compartilhamento e acesso livre a in#ormao

    marcariam a #orma de pensamento sobre as in#ormaes em rede, o ciberespao e as #ormas

    conhecida como parte no/palp'vel do computador, que apenas e+iste enquanto e+ecutada pelos setores respons'veis nodware! %+ecutam con.untos de instrues e so popularmente conhecidos como programas, mas que vo alm disso! Um resumoular e bem humarado de hardwareesoftwareos de#inem como 1hardware aquilo que voc( chuta esoftware aquilo que voc(ga5!

    ome designado aos interessados na criao e modi#icao de programas em todos os seus aspectos! 8a cultura popular #icaramciados aos cibercrimes, tendo seus de#ensores separado entre os que possuem intenes de tra)er bene#cios a comunidade como

    kerse seus antagonistas, os crackers! *ara autores como Manuel Castells, o cracker apenas o programador que utili)a seushecimentos de interveno em programas de #ormas no convencionais, como os ciberativistas que protestam hac$eando sites detuies ou que desbloqueiam travas de segurana de dispositivos, como os modi#icadores de consoles e da pirataria desoftwaresm modo geral!

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    artsticas computacionais! %m seu livroHacker: Heroes of Computer Revolution, 7teven evH

    aponta alguns dos princpios da tica hacker0

    A in#ormao deve ser livreN

    escon#ie das autoridades e promova descentrali)aoN

    ulgue as pessoas pelo que elas criam e no por suas credenciaisN

    @ acesso aos computadores deve ser ilimitadoN

    As pessoas podem criar arte e bele)a com os computadoresN

    @s computadores podem mudar a vida e o mundo para melhor! B%9O,:;KD

    A cultura hac$er teve in#lu(ncia preponderante no desenvolvimento das artes

    computacionais das PmargensP, aquelas criadas principalmente por .ovens artistas e

    programadores que estavam #ora do cen'rio mainstreamdas artes computacionais, muito

    atrelada as grandes ind?strias de entretenimento, como cinema e m?sica! %ntre esses estilos, a

    demoscene esta interligada a #orma de pensamento hac$er, sendo inicialmente um

    complemento desta at obter autonomia esttica e se tornar um estilo artstico prprio!

    Demoscene e a est'tica do cdigo

    A emoscene cria da cultura hac$er e da pirataria desoftware, pr'tica di#undida desde

    os anos :;Q>, quando os primeiros programadores amadores, por motivaes individuais Be

    pelo prprio car'ter de desa#io passaram a quebrar os cdigos/#onte dos programas a #im demodi#ic'/los e tambm distribu/los em eventos de troca que se tornariam populares entre os

    estudantes dos anos :;K>! -odos esses atos apareciam como uma demonstrao de rebeldia

    contra ostatus quo, numa poca em que a lgica das ind?strias e do mercado passava a operar

    no mundo dos computadores, ou apenas uma #orma de obter seu .ogo pre#erido de #orma

    gratuita, o que no dei+a de ser um atentado contra as rgidas pr'ticas de patentes e direitos

    autorais que reinariam no universo da in#orm'tica posteriormente!

    %ntretanto invadir um programa criptogra#ado no era su#iciente, era preciso dei+ar amarca da autoria, uma #orma de 1pi+ao5 de uma propriedade privada no/palp'vel, onde os

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    grupos de hackersque estavam #ora do lance comercial se evidenciavam e proclamavam sua

    e+ist(ncia! Assim surgiram as primeiras demos, imagens demonstrativas que remodelavam as

    telas de abertura dos programas e .ogos! 8essas demos eram contidas geralmente imagens que

    poderiam ter alguma relao ou no com o

    conte?do e te+tos in#ormando sobre a equipe

    ou indivduo que e#etuou a modi#icao,

    piadas, te+tos codi#icados, charadas!

    2magem D e

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    2n the :;K>Ss, something changed the "orld #orever! Computer technologH,mostlH due to the appearance o# a##ordable Commodore TDSs, enteredhouseholds "orld"ide, providing the opportunitH #or everHone to createdigital art! 6ut e+isting art #orms "erenSt the onlH ones to be re/implementedon these computersN brand ne" #orms o# art also appeared, ones thought tobe impossible up to that point! Computers provided an opportunitH #or thecreator to produce visuals and sound e##ects and combine them to create theultimate audiovisual e+perience, bH using onlH the language o# mathematicsand "riting program code, "ithout phHsical interaction! BMA-U72R, =>:=

    *ara ele, a demoscene no apenas uma e+tenso digital de artes .' e+istentes, como a

    animao, a pintura e #otogra#ia digital e o cinema, que, atravs de programas com inter#aces

    inteligentes pro.etadas especialmente para que os artistas apenas se preocupassem com a

    manipulao dos materiais, mas sim uma nova maneira de lidar com a arte, mesclando a

    criao autoral com as linguagens de programao! Um designer gr'#ico, por e+emplo, no

    atua diretamente no cdigo dos programas, a #erramenta .' est' pronta, apenas esperando sua

    interveno criativa! @ demoscener, #a)endo uso da linguagem espec#ica da plata#orma por

    ele designada, reali)a suas obras agindo diretamente no cdigo! aqui preciso atentar para

    algumas especi#icidades tcnicas que iro a#etar essa cultura de #orma esttica!

    *rimeiramente, demos no so vdeos nem m?sicas em si, so programas escritos nas mais

    diversas linguagens de programao, na maioria das ve)es pro.etados para rodarem num tipo

    espec#ico de computador! %sse um importante detalhe, pois alguns dispositivos iro possuir

    limitaes tcnicas Bque no #im das contas iro se tornar mais um convite do que um

    demrito e iro demandar conhecimentos de linguagens simblicas prprias! @s primeiros

    computadores pessoais, por e+emplo, no possuam placas de som ou quando tinham, eram

    e+tremamente rudimentares, e+ibindo uma quantidade limitada de timbres e variaesN algo

    similar acontecia a ta+a de e+ibio de cores em tela, onde a paleta de cores tambm no

    poderia se estender! -udo isso porque as con#iguraes Bquantidade de memria, tipo domicroprocessador, se possua placa de som ou no dos computadores iriam in#luenciar em

    seu uso, em suas affordances, em como ele pode ser visto e entendido a partir das #ormas

    pelas quais ele #oi pro.etado para uso! 7obre isso e como os artistas da demoscene trataram

    essas limitaes0

    Ademais, a demoscene no apenas um espao para e+ibio do potencialcriativo de seus membros a partir do que era o#erecido pelas affordances

    dos microcomputadores da poca, concentradas em usos mais ou menospro#issionais e de entretenimento, em especial no que tange aos .ogoseletrnicos, mas tambm uma #orma de 1subverso5 destas mesmas

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    affordances, ao passo de descobrirem novos potenciais de uso criativo paratais computadores, herana direta de sua cultura hac$er! BI%U8A8%8 e729A7-, apud UAI-% e F%II%2IA, =>>;

    Assim emergia enquanto uma das primeiras subculturas oriundas da arte computacional,

    a demoscene0 #ormada por artistas gr'#icos, cientistas da computao, programadores e

    entusiastas, era uma cena que 1borrava5 as t(nues linhas entre o artista e o cientista, mas que

    e+igia de ambos um vasto conhecimento dos dispositivos aos quais esses se dispunham a usar

    como suas plata#ormas de criao! @ #ato que, nesse quesito, a demoscene uma arte de

    car'ter quase auto#'gico0 muito do material artstico produ)ido consumido pelos prprios

    artistas, especialistas e curiosos da 'rea, necess'rio um conhecimento, mesmo que mnimo,para se compreender algumas obras, no pelo seu conte?do em siQ,mas pela di#iculdade do

    p?blico contempor&neo de entender qual seria a real comple+idade dessas obras que em

    muitas ve)es se parecem toscas e mal acabadas se compararmos com a in#inidade de trabalhos

    re#inados e hiperrealistas que um computador atual pode #a)er! 8o obstante e+istam v'rias

    obras disponveis em #ormato de vdeo e que podem ser consumidas em sites como Youtubee

    Vimeo, entretanto muitas outras usam e+tenses no utili)adas mais em computadores atuais e

    que precisam de emuladores e outros tipos de tradutores de cdigos espec#icos para que

    se.am vistos no computador, tudo isso sempre suscetvel a erros e e+ecuo incorreta das

    demos! -odos esses #atores, alm da prpria in#lu(ncia que essa subcultura ainda possui da

    tica hackerdo anonimato #a)em da demoscene um grupo muito restrito de entusiastas e

    consumidores!

    Avano tecnolgico( retrocesso t'cnico)

    A primeira gerao dos computadores pessoais caiu como uma luva para os .ovens

    programadores que viriam a encabear a 1cena das demos50 simples, baratos e com poucos

    recursos de som e imagem, obrigavam o usu'rio a ir at o limite da m'quina e convidava/o a

    ultrapassa/lo tambm! @s primeiros computadores a serem utili)ados de #orma massiva na

    criao de demos #oram o V 7pectrum e Commodore TD!

    Muitos dos temas abordados pelos demoscenersmuitas ve)es beiravam o banal da mimeti)ao em #orma de bits de outrasesentaes artsticas, principalmente a pintura, alm do grande teor pornogra#ico de alguns programas criados!

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    2magens T e Q22magens Q e K0 acima vemos os firestartersda demoscene e que at ho.e so duas das plata#ormasmais populares entre os artistas de demos0 a esquerda temos o V 7pectrum BT e a direita o Commodore TD BQ,dois sucessos de vendas e que #oram a #erramenta base para muitos estudantes de programao do incio dosanos :;K>!

    M@8F@I- % 6@G@7- alertam para o que a escolha de determinado computador

    implica nos usos e resultados das obras artsticas0

    Wualquer obra desenvolvida para uma plata#orma determinada e restritapelo que a plata#orma escolhida pode #a)er! Xs ve)es a in#lu(ncia bviaB!!!! Alm de permitir determinados desenvolvimentos e inibir outros,plata#ormas tambm #uncionam de maneiras mais sutis ao encora.ar oudesencora.ar di#erentes #ormas de e+presso computacional BapudUAI-% e F%II%2IA, =>:D

    9e.a abai+o algumas peas visuais #eitas com o V 7pectrum e com o Commodore TD,

    respectivamente, que ilustram a tentativa dos artistas em chegarem ao m'+imo que esses

    sistemas poderiam o#erecer, e atentem para as di#erenas de resultados possibilitadas pelo uso

    de sistemas di#erentes0

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    V 7*%C-IUM Bimagens K, ; e :> so de autoria desconhecida0

    C@MM@@I% TD Bimagens ::, := e :E so obras de autoria desconhecida

    Como .' e+planado anteriormente, os temas eram predominantemente #igurativos e,

    quando abstratos, com e+perimentos tridimensionaisN h' uma grande in#lu(ncia das #ices

    cient#icas, histrias de terror e da cultura nerdem geral! A programao voltada a criao de

    peas pornogr'#icas tambm #oi muito utili)ada nesse perodo!

    -odavia, como a histria costuma se repetir, os avanos tecnolgicos #oram limando os

    computadores, trans#ormando/os em verdadeiras m'quinas multimdia! @ primeiro a

    despontar nesse estilo #oi o modelo Amiga :>>> em :;K

    o#erecendo uma quantidade de cores .amais vista num computador pessoal, o Amiga :>>> #oi

    abraado por usu'rios das mais diversas 'reas e #oi um e+emplo bem acabado de um

    equipamento ecltico e multi#uncional! Com essa quantidade de recursos e componentes que

    poderiam ser otimi)ados, qual seria agora o desa#io para os demoscenersY 8um computador

    de possibilidades 1in#initas5 as chances de alcanar o m'+imo de sua capacidade so bastante

    redu)idas! A soluo encontrada #oi delimitar tamanhos m'+imos para os arquivos, dividindo/

    os em categorias0 =>Rb, TDRb, KRb, chegando a valores mnimos, como D bHtes!

    *ara se ter noo, em alguns sistemas operacionais D bHtes so su#icientes para ocupar apenas

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    D caracteres num te+to, ou se.a, perceptvel que uma ta+a bastante limitada e que

    demandar' do programador um conhecimento re#inado de criao e compactao de cdigos,

    na inteno de criar obras de alta qualidade com um cdigo en+uto!

    &onclus%o

    estarte a pouca divulgao e bai+o alcance dessa mani#estao artstica no 6rasil, a

    demoscene possui uma respeit'vel tradio em regies da %uropa e %stados Unidos que, com

    o advento da internet e das redes sociais possibilitaram a pro+imidade entre os artistas e o

    p?blico, como o site pouet!net, um dos maiores inde+adores de demos, tendo inclusive no

    6rasil divulgadores dessa arte em grupos de discusso como o 1Ietrocomputaria *lus5 e em

    #runs de in#orm'tica! @ senso de nostalgia de trabalhar com antigas linguagens de

    programao aliado ao desa#io de programar dentro de limitaes arti#iciais #uncionam como

    #ora motri) para a evoluo e continuidade do estilo!

    Alm disso a criao de demos saiu do universo dos computadores convencionais e

    aportou para novos dispositivos, como celulares e videogames, demonstrando a versatilidade

    da 1cena5! 2nclusive tambm passou a operar #ora do mundo virtual, com a criao das

    primeiras demoparties, #estas destinadas a reunir apreciadores, pesquisadores e artistas, com

    e+ibies e competies entre demos, sho"s de m?sica eletrnica inspiradas no estilo

    Bchiptunes, debates, troca de in#ormaes e divulgao de equipes de hackers!

    Referencial *ibliografico

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