Demodiciose Em Caes - Mitos e Verdades - Samira Tsubouchi Da Silva

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DEMODICOSE EM CES: MITOS E VERDADES

SAMIRA TSUBOUCHI DA SILVA Aluna do curso de Ps-Graduao do Instituto Qualittas UCB

Foi analisado e aprovado com grau: ___________________

Curitiba, ______de _______________,__________

________________________________________ Membro ________________________________________ Membro ________________________________________ Professor Orientador/ PresidenteCuritiba, Nov. 2007

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AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer aos meus pais, pelo apoio e incentivo que sempre me deram, e que tambm tornaram possvel a realizao de mais uma etapa em minha vida. Agradeo muito a professora Neide Mariko Tanaka, por toda assistncia, dedicao e

pacincia como orientadora. Agradeo ao meu marido Marcos Aurlio Nogueira pela compreenso e ajuda, nesse perodo o qual dediquei-me ao curso de

especializao da carreira profissional.

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Pouco conhecimento faz com que as criaturas se sintam orgulhosas. Muito conhecimento, que se sintam humildes. assim que as espigas sem gros se erguem desdenhosamente para o cu, enquanto que as cheias abaixam para a terra, sua me. Leonardo Da Vinci

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SUMRIO LISTA DE ABREVIATURAS............................................................................ LISTA DE FIGURAS........................................................................................ RESUMO......................................................................................................... ABSTRACT..................................................................................................... 1 INTRODUO.............................................................................................. 2 SARNA DEMODCICA................................................................................ 2.1 MORFOLOGIA........................................................................................... 2.2 EPIDEMIOLOGIA...................................................................................... 2.3 BIOLOGIA E PATOGENIA........................................................................ 2.4 DIAGNSTICO.......................................................................................... 2.5 ETAPAS DO DIAGNSTICO DERMATOLGICO................................... 2.6 TRATAMENTO.......................................................................................... 2.7 TERAPIA DE SUPORTE NA DEMODICOSE E ESCABIOSE CANINA.... 3 DEMODICOSE EM CES: MITOS E VERDADES....................................... 3.1 O QUE DEMODICOSE?........................................................................ 3.2 COMO SE D O CONTGIO?.................................................................. 3.3 COMO O ANIMAL DESENVOLVE A SITUAO DE DOENA?............. 3.4 IMUNIDADE X DEMODICOSE.................................................................. 4 CONCLUSO............................................................................................... REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS................................................................ iv v

viii ix1 2 2 4 4 9 9 10 11 12 12 12 13 14 16 17

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LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SMBOLOS D. canis D. ovis D. folliculorum D. brevis D gatoi D. cati et al Hosp. Kg Mg m Demodex canis. Demodex ovis. Demodex folliculorum. Demodex brevis. Demodex gatoi. Demodex cati. do latim et alii, que tem por significado (e outros). Hospedeiro. kilograma. miligrama. micrmetro/micrometro.

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LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 Sarna demodcica na fase adulta................................... 17

FIGURA 2

Sarna demodcica na forma localizada..........................

17

FIGURA 3

Sarna demodcica na forma generalizada......................

18

FIGURA 4

Co

acometido

por

sarna

demodcica 18

generalizada....................................................................

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RESUMO Demodex gnero de ectoparasita da classe acarina, filo aracndea, grupo com mais de 15.000 espcies, sendo que cada uma delas apresenta afinidade com um determinado animal: o Demodex canis, com os candeos; o D. cati, com os feldeos; o D. criteri, com os Hamsters; o D. cunicul, com os coelhos e lebres. Estes agentes, que normalmente fazem parte da fauna da superfcie cutnea dos animais, no contaminam o ser humano. Medem em torno de 100 micra, tm 4 pares de patas e so mais ativos no vero. As suas particularidades o difere dos demais parasitas que ocasionam as demais sarnas. No h transmisso por contato de um animal a outro. A transmisso desses parasitas processa-se por contato tanto direto quanto indireto, bastando que um animal parasitado tenha contato com outro suscetvel. Este trabalho tem como objetivo fazer uma ampla abordagem sobre o assunto, destacando os melhores resultados nos diferentes tratamentos empregados. Palavras-chave: ectoparasita; Demodex; sarnas; transmisso; contato, tratamento.

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ABSTRACT Demodex ectoparasita genera of the acarina class, group filo aracnidea, with more than 15.000 species, with every one of them representing a relationship with a determined animal: the Demodex canis, for the dogs, the Demodex cati, for the felines, the Demodex criteri, with the hamsters, the Demodex cunicul, for the rabbits and hares. These agents, which normally have a part of the surface skin of the animals, do not contaminate a human being. Normally about 100 micros, they have four pares of paws and are more active in the summer. It particularly differs the other parasites that cause other scabies. There is not transmitted by contact from one animal to another. The transmission of these parasites is by direct as well indirect contact, having that the animal infected had contact with another susceptible. The aim of this work is to describe an ample approach about the subject, distinguishing the best results in the different treatments used.

Key-words: ectoparasita; Demodex; scabies; transmission; contact; treatment.

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1 INTRODUOAtualmente bastante conhecido o impacto positivo que os animais de companhia desempenham na vida de seus parceiros humanos. O bem-estar e a qualidade de vida podem ser, conforme comprovado em pesquisa recente, consideravelmente melhorados quando as pessoas possuem animais de companhia. Desta forma aqueles que optam por possui animais de estimao preocupam-se quando o bem estar dos mesmos est sendo negativamente afetado. Isto ocorre principalmente quando o animal est enfermo. Esse trabalho tem como objetivo descrever sobre a Sarna Demodcica. Essa dermatopatia comum dos ces ocorre quando um grande nmero de caros Demodex canis habita os folculos pilosos, glndulas sebceas ou glndulas sudorparas apcrinas. Em pequeno nmero, esses caros fazem parte da flora normal cutnea dos ces e no causam nenhuma doena clnica. Os caros so transmitidos da me para os cezinhos durante o aleitamento. Os caros passam o seu ciclo vital inteiro no hospedeiro, e a doena no considerada como contagiosa. O emprego eficaz dos mtodos diagnsticos vem elucidar a etiopatogenia das sndromes patolgicas em detrimento do tratamento das doenas cutneas de forma sintomtica. Assim, mostra-se importante a realizao de estudos nos quais seja empregada abordagem sistemtica e procedimentos apropriados de diagnstico a fim de determinar aspectos epidemiolgicos e encontrar opes teraputicas eficientes e seguras.

2 SARNA DEMODCICATambm conhecida como demodicose canina, sarna negra, sarna folicular ou lepra canina, quando em estado avanado. Tipo de sarna que ocorre quando h a multiplicao descontrolada do caro Demodex canis, normalmente encontrado na raiz do plo de ces saudveis, e que se alimenta da secreo sebcea e das clulas epiteliais dos folculos pilosos (SCOTT et al. ,1996). A pele afetada de um co com demodicose muitas vezes sem plos, avermelhada, descamada e em algumas reas, secreta um material sanguinolento e com pus, que forma crostas. No incio no ocorre prurido (coceira), que surge quando a pele se apresentar inflamada em decorrncia do prprio parasitismo (SCOTT et al. ,1996).

Conforme o agente se multiplica, a coceira fica mais intensa, h a irritao da pele e ocorrem as infeces secundrias, por bactrias e fungos, predispondo formao de ndulos purulentos que exalam forte e repugnante odor. O animal perde o apetite e poder ir a bito, caso no seja socorrido. A doena transmitida da me para o filhote, no aleitamento, e relativamente rara em ces adultos -- quando isso acontece, devido a uma imunoincompetncia ou hipotireoidismo do animal (SCOTT et al. ,1996). Existem dois tipos de demodicose: 1- a escamoso ou crostosa, forma mais comum, localizada, que acomete filhotes e causa a queda plos, resultando em leses redondas com descamao, prurido leve ou inexistente (SCOTT et al. ,1996).

2.1 MORFOLOGIA

So caros muito pequenos, de aspecto vermiforme, medindo de 100 a 400 m de comprimento, fracamente coloridos, com opistossoma anulado (pseudo-segmentao). As pernas, em nmero de oito, com cinco segmentos, esto localizadas na parte anterior do corpo, pois o opistossoma longo em forma de charuto (GUIMARES et al, 2001). O gnatossoma, parecendo a cabea, com rostro grande e saliente, formado pelas quelceras em estilete e aderidas aos palpos formados por trs artculos (FORTES, 1997). Quelceras em forma de estiletes; palpos tri-segmentados, com 4 a 5 bacilides; segundo artculo do palpo mais longo, possuindo no dorso um espinho de importncia taxonmica. Captulo, ou epistoma, cobrindo os palpos e as quelceras (GUIMARES et al, 2001). Tarsos com duas garras denteadas. Abdmen, distinto do podossoma, finamente estriado no sentido transversal. Orifcio genital feminino ventral em fenda longitudinal, situado ao nvel da coxa IV. Orifcio genital masculino dorsal, localizado entre as coxas I e II, emergindo dele o pnis. O par de espirculos nico est na face ventral, na base do gnatossoma (FORTES, 1997). Esta famlia conta com um nico gnero, Demodex. Esse grupo inclui alguns dos caros mais espalhados mundialmente, em termos de distribuio geogrfica, parasitando praticamente todas as espcies de animais de sangue quente, incluindo o homem (GUIMARES et al, 2001). So ectoparasitos dos folculos pilosos, glndulas sudorparas e sebceas, e secundariamente, dos ndulos linfticos e sistema circulatrio dos mamferos. Existem dois aspectos gerais na morfologia dos demodecdeos, que os tornam bem adaptados a viverem confinados em seu hbitat: 1 reduo de tamanho: o comprimento total da maioria dos demodecdeos varia aproximadamente de 40 a 100 m; 2 reduo drstica dos apndices externos: quando comparados com a maioria dos outros gneros de prostigmatdeos, existe neste grupo, uma reduo no comprimento dos palpos, pernas, nmero de cerdas (GUIMARES et al, 2001). Das 65 espcies descritas neste gnero, doze espcies so de importncia mdico-veterinria, sendo duas parasitas do homem. As espcies so: 1 Demodex folliculorum Hospedeiro. - Homo sapiens; 2 Demodex brevis Hospedeiro. - Homo sapiens; 3- Demodex equi Hospedeiro. - Equus caballus;

4 Demodex bovis Hospedeiro - Bos taurus; 5 Demodex ovis Hospedeiro - Ovis aries; 6 Demodex caprae Hospedeiro - Capra hircus; 7 Demodex canis Hospedeiro - Canis familiaris; 8 Demodex cati Hospedeiro - Felis catus; 9 Demodex phylloides Hospedeiro - Sus scrofa; 10 Demodex caballi (= Demodex folliculorum var. equi) Hospedeiro - Equus caballus; 11 Demodex gatoi Hospedeiro - gato domstico; 12 Demodex tauri Hospedeiro - bovino (Bos taurus).

2.2 EPIDEMIOLOGIA

Provavelmente pela sua localizao profunda na derme, quase impossvel a transmisso de Demodex entre animais, a menos que haja contato prolongado (URQUHART et al, 1998). Na natureza, tal contato ocorre apenas durante o aleitamento, e se supe que a maioria das infeces seja adquirida nas primeiras semanas de vida, sendo a populao comensal da pele da cadela transferida para as reas em contato do cozinho. Certamente, nessas reas, focinho, face, regio periorbital e membros anteriores, que principalmente aparecem as leses (URQUHART et al, 1998).

2.3 BIOLOGIA E PATOGENIA

O ciclo biolgico se processa todo no hospedeiro e compreende: ovo, larva, protoninfa, ninfa e adulto, macho e fmea. A fmea deposita cerca de 20 a 24 ovos no folculo piloso. Larvas e ninfas (protoninfa e deutoninfa) so carreadas pelo fluxo de sebo para a boca do folculo, onde atingem a maturidade. O ciclo se completa em 18 a 24 dias (Fig. 1). D. canis, do co, chega a invadir glnglios linfticos e rgos viscerais (GUIMARES et al, 2001). No incio da infeco, h discreta queda de plos da face e dos membros anteriores, seguida por espessamento da pele, e a sarna pode no avanar alm das reas em contato; muitas dessas discretas leses desaparecem espontaneamente sem tratamento. Por outro lado, as leses podem disseminar-se por todo o corpo, e esta demodicose pode assumir uma de duas formas: escamosa ou pustular (URQUHART et al, 1998). a) Forma localizada (escamosa): ocorre em pequenas reas, com formao de pequenas pstulas avermelhadas com alopcia. A pele fica quente e espessada nos locais atacados. As regies mais afetadas so a cabea e as patas dianteiras, mas podem ser detectadas feridas no tronco e nas patas traseiras (Fig. 2). Esta forma geralmente benigna e o animal recupera-se espontaneamente. Sua recorrncia rara (GUIMARES et al, 2001). b) Forma generalizada (pustular): ocorre em reas mais generalizadas, com prurido intenso, eritema e alopcia. Ataca ao redor do focinho, olhos e pernas anteriores, podendo se espalhar para todo o corpo do animal (Fig. 3 e Fig. 4). A ao do caro est, sobretudo, na dilatao dos canais foliculares e

pilosos, acarretando o transporte das bactrias para a profundidade dos poros, com o aparecimento de pstulas liberando um forte odor desagradvel (GUMARES et al, 2001). Em geral, o acarino est associado com a bactria Staphylococus aureus, que pode ser a causa real da sarna, sendo que os caros apenas criam as condies necessrias para o desenvolvimento da bactria. Foram registrados casos da presena de Demodex em rgos internos do co, tais como pulmo, fgado, rim, bexiga, parede intestinal, bao e principalmente, ndulos linfticos. Provavelmente os caros atingem os rgos internos pela circulao linftica e sangnea (GUIMARES et al, 2001). A populao de Demodex na pele dos ces parece estar sob o controle imunolgico. A maioria dos ces pode assumir um pequeno nmero de D. canis em seus folculos pilosos, sem entretanto apresentarem sinais da doena. Animais velhos, mal-nutridos, ou com baixa imunidade devido a doenas, ou tratamento com medicamentos imunossupressores, so candidatos sarna demodcica. O diagnstico feito pelo exame a fresco do pus das leses, entre lmina e lamnula, onde os parasitos so relativamente abundantes. Os casos generalizados de sarna demodcica eram antigamente de prognstico fatal, porm atualmente existem tratamentos que podem salvar o animal (GUIMARES et al, 2001). Os hbitats ou locais de infestao foram descritos para 7 espcies. Dada a dificuldade em se estabelecer uma identificao positiva em preparaes histolgicas, torna-se difcil determinar o hbitat preciso para algumas espcies. Por exemplo, D. ovis tem sido registrado nas glndulas de Meibomian, no folculo piloso e glndulas sebceas e ainda no tecido epitelial dos plos sensoriais. Em todos estes registros, foi assumida a ocorrncia de uma nica espcie de demodecdeo, parasitando a ovelha. No entanto, pode-se estar lidando com infestaes de duas ou mesmo trs espcies distintas de demodecdeos (GUIMARES et al, 2001). A mesma suposio da ocorrncia de uma nica espcie foi feita para os demodecdeos do homem, onde hoje se admite a existncia de duas espcies: D. folliculorum e D. brevis (GUIMARES et al, 2001). Destacam-se as seguintes espcies: Demodex folliculorum: espcie cosmopolita, parasita do homem, encontrada nos folculos pilosos e glndulas sebceas da face, sobretudo ao redor do naris e plpebras; possivelmente toma parte na gnese dos cravos (GUIMARES et al 2001). Ordinariamente esta espcie inofensiva, no apresentado importncia mdica ao homem. J foi observada no cerume auricular. Muito se tem discutido sobre a participao do Demodex folliculorum na acne e outros processos cutneos; entretanto, o parasito tem sido encontrado com mais freqncia em indivduos aparentemente sos (GUIMARES et al, 2001). Esta espcie, em algumas ocasies, pode estar associada a uma srie de dermatoses faciais, tais como roscea, dermatite perioral, pstula facial, blefarite e outras. Foi encontrado placas micticas com numerosos Demodex, contendo dentro de seu corpo esporos de Microsporum canis. Acredita-se que D. folliculorum possa desempenhar um papel patognico na transmisso de vrios microorganismos, introduzindo-os em outras reas da pele ou em outros hospedeiros. No Brasil, de 100 indivduos investigados, 72% foram positivos. Entre os casos positivos, 51% tratava-se de parasitismo por D. folliculorum 2%, por D. brevis (GUIMARES et al, 2001).

Demodex brevis: baseando-se em um critrio taxonmico limitado, h existncia de duas subespcies D. folliculorum longus e D. folliculorum brevis. H evidncias de que as duas subespcies eram de fato espcies distintas, apresentando nichos discretos. Embora D. folliculorum e D. brevis sejam encontradas no complexo pilo-sebceo, estudos em cortes histolgicos revelaram que tais espcies ocupam nichos distintos na pele. D. folliculorum habita os folculos do cabelo, acima do nvel das glndulas sebceas, enquanto D. brevis encontrado na glndula sebcea (GUIMARES et al, 2001). Demodex canis: a espcie que parasita o co. Ao contrrio da espcie anterior, decididamente patognica, provocando a dermatite denominada sarna demodcica ou lepra dos ces. O parasita pode estar presente, porm assintomtico na maioria dos ces. Os filhotes adquirem o caro da me nos primeiros dias de vida. A sarna demodcica encontrada geralmente em animais com 3 a 9 meses de idade. A disseminao parece ser por contato direto. A sarna demodcica canina ocorre freqentemente quando o animal apresenta uma deficincia no sistema imunolgico, em conseqncia de uma imunossupresso primria ou secundria. A imunossupresso primria provavelmente hereditria, como uma deficincia na produo de linfcitos T; a imunossupresso secundria resultante do uso de corticosterides ou terapia citosttica, neoplasia maligna ou hepatopatias (GUIMARES et al, 2001). Demodex cati: causa nos gatos uma sarna semelhante dos ces. Parasito raro, cujo ataque geralmente confinado s plpebras e regio periocular da face. Foi encontrado em grande nmero no canal auditivo do gato, produzindo uma secreo excessiva de cera, porm sem sinais de inflamao. Os sinais clnicos incluem: alopecia, descamamento, eritema e hiperpigmentao na regio facial. Todos os estgios deste caro foram redescritos e comparados com os de D. canis. Acreditava-se que esta demodicose tambm estivesse associada imunossupresso (GUIMARES et al, 2001). Demodex gatoi: esta espcie foi descrita recentemente, em todos os seus estgios, em gato domstico nos Estados Unidos. O hospedeiro apresentava uma sndrome de imunodeficincia e estava fortemente parasitado por D. gatoi e D. cati. Esta espcie difere de D. cati por no parasitar o folculo piloso, sendo encontrada na superfcie epidrmica (GUIMARES et al, 2001). Demodex phylloides: a espcie parasita do porco. O parasita penetra no folculo piloso e glndulas sebceas da pele, onde completa seu ciclo biolgico. Quando presente em pequeno nmero, no causa danos aparentes. Ocasionalmente, a populao aumenta rapidamente causando leses bem definidas na pele dos animais. Ocorrem dermatites pustulosas, localizadas sobretudo no peito, flancos e face interna das coxas, onde a pele de textura mais delicada (GUIMARES et al, 2001). As pstulas variam de tamanho, algumas chegam ao tamanho de uma noz. Podem se tornar confluentes ou romperem, causando o aparecimento de lceras. Na ausncia de leses, somente o estudo de cortes histolgicos seriados, em diversas reas do corpo, onde a pele menos espessa (dobra da orelha, pescoo, regio interna das coxas), revelar a presena do caro. A ocorrncia desta espcie relativamente rara no Brasil, provavelmente pela dificuldade em se estabelecer um diagnstico correto (GUIMARES et al, 2001). Demodex equi: ocorre no cavalo. Normalmente no patognico. Pode produzir prurido, descamao epitelial e alopecia. Surge geralmente no pescoo ou cernelha, espelhando-se para a cabea, membros anteriores e dorso (GUIMARES et al, 2001).

Demodex bovis: ocorrem duas espcies nos bovinos: Demodex bovis, considerada a espcie mais patognica, enquanto se suspeita da patogenicidade de D. tauris (GUIMARES et al, 2001). Demodex bovis causa um tipo de sarna nodular pruriginosa, com pstulas ou ndulos que podem variar desde o tamanho da cabea de alfinete ou de uma ervilha, at ao de um ovo de galinha, ao redor das orelhas, omoplata, e rea intercrural, contendo uma substncia caseosa (GUIMARES et al, 2001). A sade do animal no muito afetada por esta parasitose; o maior dano causado indstria do couro, produzindo orifcios e reduzindo o seu valor industrial. D. bovis habita as glndulas sebceas, que vo se dilatando pelo ataque do parasita, perdendo sua forma caracterstica e degenerando, formando ndulos esbranquiados muito numerosos. Seu contedo formado de uma substncia amorfa caseosa, onde os caros so encontrados, em todos os estgios de seu ciclo biolgico (GUIMARES et al, 2001). Demodex caprae: provoca igualmente na cabra uma sarna nodular pruriginosa, cujos ndulos variam do tamanho de uma ervilha ao de uma noz. geralmente encontrado na superfcie interna da pele, no sendo visvel externamente at o animal ser sacrificado. No Brasil, a sarna demodcica em caprinos foi observada, pela primeira vez em Pernambuco (GUIMARES et al, 2001).

2.4 DIAGNSTICO

A escabiose canina consiste em dermatopatia no sazonal, extremamente pruriginosa e contagiosa causada pela infestao pelo caro Sarcoptes scabiei (CURTIS, 2003). SCOTT et al.(1996) acrescentaram o acometimento de outros animais como os gatos, alm dos seres humanos. As reaes em humanos ocorrem dentro de 24 horas aps breve exposio direta e caracterizamse por ppulas pruriginosas no tronco e nos braos. Segundo MEDLEAU & HNILICA (2003), os animais atingidos geralmente apresentam

histrico de permanncia em abrigos, contato com ces de rua ou visitas a exposies. As leses incluem ppulas, alopecia, eritema, crostas e escoriaes. Inicialmente a pele com menos plos acometida: jarretes, cotovelo, extremidade do pavilho auricular e regio ventral do abdome e trax. Nos casos crnicos as leses podem se espalhar pelo corpo, apresentando intensa descamao e crostas, alm de linfadenomegalia perifrica (SCOTT et al.,1996). Para confirmar o diagnstico, so necessrios raspados profundos para atingir os caros no fundo dos folculos e glndulas, e a melhor maneira para se conseguir isto pegar uma prega cutnea, aplicar uma gota de parafina lquida e raspar at aparecer sangue capilar. Mesmo em ces normais, podem ser encontrados alguns caros comensais no material, mas a presena de uma alta proporo de larvas e ninfas indicar uma populao rapidamente crescente e, portanto, infeco ativa. A biopsia de pele, para detectar caros nos folculos, usada nos ces gravemente afetados, mas raramente necessria (MEYER, 2003). No controle da endemicidade da demodicose, deve-se observar que, como certas cadelas so mais propensas que outras a ter filhotes susceptveis, pode ser aconselhvel descart-las como reprodutoras (URQUHART et al, 1998).

2.5 ETAPAS DO DIAGNSTICO DERMATOLGICO

SCOTT et al. (1996), afirmaram que a abordagem sistemtica aumenta grandemente a probabilidade de determinar o diagnstico correto de forma mais barata, visto que na prtica, muitos clientes se mostram relutantes em gastar com testes, particularmente na ocorrncia inicial de um problema. WHITE & KWOCHKA (2003), acrescentaram que histrias clnicas completas fornecem

aproximadamente 70% da informao necessria para fazer o diagnstico. Aspectos relevantes tidos como predisponentes para determinadas dermatopatias devem ser elucidados durante a resenha e anamnese, com destaque a raa, sexo, idade do animal ao incio do problema, dieta, padro de distribuio das leses e se houve mudana com o tempo, desenvolvimento do prurido, ambiente, tratamentos empregados e resposta aos mesmos, acometimento de outros animais ou pessoas, problemas anteriores e histria reprodutiva (SCOTT et al., 1996; WHITE & KWOCHKA, 2003). Soma-se obteno da histria clnica, o exame dermatolgico detalhado, com registro da morfologia e padro de distribuio das leses de pele como pontos fundamentais do diagnstico. Dentre os mtodos laboratoriais o raspado de pele o teste mais empregado e recomendado toda vez que o diagnstico diferencial incluir doenas por ectoparasitas microscpicos (RAMADINHA, 2000). REPPAS & CANDIELD (2004) afirmaram que outro recurso diagnstico valioso o exame citolgico de leses cutneas, por se tratar de exame pouco dispendioso, pouco invasivo e que pode levar a resultados conclusivos, em particular na identificao de microrganismos e tumores de clulas redondas.

2.6 TRATAMENTO

Em amplo artigo de reviso sobre tratamento da demodicose (MUELLER, 2004) evidenciou a resposta a alguns tratamentos. Dentre eles endectocidas sistmicos administrados diariamente por via oral, como ivermectina (0,3 mg /kg) e moxidectina (0,4 mg / kg), revelaram-se eficientes e seguros e, portanto, podem ser empregados no protocolo teraputico. DELAYTE (2002) utilizou ivermectina (0,6 mg / kg por via oral, diariamente), com eficcia em 89,6% dos casos. Ao empregar a moxidectina (0,5 mg / kg por via oral, a cada 72 horas) recuperou 93,5% dos ces tratados, contudo foram verificados mais efeitos colaterais quando comparado ivermectina. SOUSA et al (2004) utilizaram apenas a moxidectina e verificaram 5,8% de efeitos colaterais, que se mostraram transitrios e desapareceram aps descontinuar a medicao. SCOTT et al (1996) afirmaram que estes endectocidas sistmicos consistem em parasiticidas desenvolvidos a partir de lactonas macroldicas e agem potencializando a liberao e os efeitos do neurotransmissor perifrico cido gama-aminobutrico (GABA). Tais medicamentos so contra-indicados em filhotes com menos de trs meses e em ces das raas Collie, Sheepdog ou seus cruzamentos. Nos demais, o GABA est restrito ao sistema nervoso central e tais drogas no atravessam a barreira hematoenceflica.

Para MUELLER (2004), os efeitos colaterais, em geral, so raros e incluem letargia, angioedema, ataxia e midrase. Tambm podem ser verificados inapetncia e vmitos, devendo-se descontinuar a medicao. Aps emprego de seis doses de 0,2 mg / kg de moxidectina ou ivermectina por via subcutnea, com intervalos semanais para tratamento de demodicose, (SUSHMA et al, 2000) verificaram aumento dos nveis de fosfatase alcalina, indicando dano heptico brando.

2.7 TERAPIA DE SUPORTE NA DEMODICOSE E ESCABIOSE CANINA

SCOTT et al (1996) relataram grande ocorrncia de piodermatite e seborria em ces infestados por caros. Assim, tais problemas devem ser considerados ao determinar protocolo teraputico, pois ignor-los pode comprometer todo o tratamento. A seleo de antibiticos bactericidas em um curso de seis a oito semanas no rara. WILLENSE (2002) recomendou a utilizao de antibiticos de espectro limitado, selecionados com base em testes de sensibilidade, porm quando no for possvel, as cefalosporinas, em especial a cefalexina (30 mg /kg a cada 12 horas) esto indicadas. Tal antibitico tambm foi indicado por MEDLEAU & HNILICA (2003) e SCOTT et al. (1996) no tratamento de afeces dermatolgicas bacterianas. Para SCOTT et al. (1996) os fatores mais importantes que influenciam a eficincia dos antibiticos so a sensibilidade das bactrias e a distribuio na pele em nveis eficientes. Apesar da epiderme ser avascular, estudos sobre infeces cutneas demonstraram que a via sistmica de tratamento mais eficaz que a tpica. Tendo em vista a concluso insofismvel de que a pele um dos tecidos mais difceis para obter altos ndices de antibiticos, os mesmos devem ser administrados na dose mxima por um perodo mnimo de 14 a 21 dias. Dentre os xampus anti-seborricos destaca-se o perxido de benzola (2,5 a 5%) (AMARAL et al, 2004). Este agente tem propriedades ceratolticas, antibacterianas, desengordurantes, antipruriginosas e realiza lavagem folicular (SCOTT et al., 1996).

3 DEMODICOSE EM CES: MITOS E VERDADES

Considero hoje que a ocorrncia da doena causada pelo caro do gnero Demodex, conhecida como Demodicose em plantis de criao de ces merea uma especial ateno, visto que sua ocorrncia totalmente indesejvel em qualquer plantel, a cobrana por parte do comprador em relao a no ocorrncia deste problema em seu futuro co de estimao grande (RAMADINHA,2000). A melhor maneira de prevenir e na medida do possvel erradicar tal doena iniciar uma campanha de esclarecimento junto aos criadores, uma vez conhecendo o bsico da fisiopatologia da doena e promovendo um trabalhando em conjunto com o Mdico Veterinrio responsvel pelos canis o criador tem a possibilidade de timos resultados obtidos em relao a extino deste mal em seu plantel (RAMADINHA,2000).

3.1 O QUE DEMODICOSE?

Demodicose uma dermatopatia mais comum na prtica veterinria causada pelo caro do gnero Demodex (MULLER, 2004).

3.2 COMO SE D O CONTGIO?

Todo animal possui em sua flora normal de pele o caro Demodex em pequena quantidade, sendo totalmente assintomtico, visto que seu organismo capaz de manter e controlar o mesmo em populao normal (SCOTT et al. ,1996). No momento em que os filhotes entram em contato com a me para mamar, entram em contato com o caro, pois mesmo a me sendo assintomtica possui em sua flora normal de pele o caro. Isto fisiolgico em todos os ces. Se analisarmos um filhote no momento imediato que sai do tero materno ele no apresenta o caro (SCOTT et al,1996). Uma vez no corpo do animal o caro se aloja e se localiza em glndulas sebceas de folculos pilosos, se alimentando da secreo sebcea. A sarna demodcica no apresenta potencial zoontico, ou seja no transmitida do animal ao homem (SCOTT et al,1996).

3.3 COMO O ANIMAL DESENVOLVE A SITUAO DE DOENA?

O desenvolvimento da situao patolgica da Demodicose est ligada diretamente a fatores e situaes predisponentes e, ao que hoje representa o maior problema so os animais imunoincompetentes e imunossuprimidos, que desenvolvem a doena com caracterstica de origem gentica e que podem se tranformar em fontes de transmisso da imunoincompetncia quando utilizados na procriao (MEDLEAU & HNILICA, 2003). Algumas situaes como seborria, stress alimentar e fsico, doenas debilitantes crnicas, patologias endcrinas e uso prolongado de corticides podem predispor o animal ao desenvolvimento da doena, devido a capacidade das mesmas alterarem o equilbrio do sistema imunolgico do animal (MEDLEAU & HNILICA, 2003). Sessenta e cinco porcento dos animais afetados se encontram na faixa etria entre 2 a 12 meses de idade, caracterizando a maior ocorrncia em animais pr pberes e pberes. Via de regra a demodicose pode se apresentar de duas formas, demodicose localizada, onde o animal apresenta leses alopcicas circunscritas em poucas e pequenas regies do corpo, normalmente relacionada ao perodo de idade correspondente a puberdade do animal, sendo a regio da face e membros como reas de maior ocorrncia do problema (MEDLEAU & HNILICA, 2003). Tais leses normalmente possuem curso benigno, evoluindo para cura, via de regra espontnea. Estima-se que 10% dos animais com leses localizadas evoluem para quadros de demodicose generalizada.

A demodicose generalizada pode ser uma forma evolutiva de um quadro de demodicose localizada com um curso evolutivo negativo, ao invs da auto cura ou do correto tratamento o surto localizado evoluiu para a ocorrncia generalizada. Este quadro de demodicose generalizada com herana provvel no quadro inicial do surto localizado juvenil est relacionado a animais clinicamente afetados que se encontram em uma faixa etria entre 1 e 3 anos de idade, aps esta idade o surto generalizado progressivamente passa a ter estreita relao com doenas imunosssupressoras como neoplasias e endocrinopatias (MEDLEAU & HNILICA, 2003).

3.4 IMUNIDADE X DEMODICOSE

Imunidade Inespecfica: a imunidade no especfica na demodicose canina foi estudada nos sistemas neutroflico e complemento. Nenhuma deficincia absoluta de neutrfilos ou anormalidades nas caractersticas morfolgicas dos neutrfilos foi observada (RAMADINHA, 2000). Alm disso, os ces com disfuno neutroflica provocada no desenvolveram a demodicose. Estudos limitados sobre o complemento no demonstraram nenhuma associao de deficincia de complemento com a demodicose (RAMADINHA, 2000). Imunidade Humoral: os ces com demodicose generalizada tipicamente apresentam nmeros normais a elevados de plasmcitos na pele, medula ssea, linfonodos e bao. O nmero de mastcitos portando IgE na pele de ces com demodicose idntico quele encontrado em ces livres de patgenos especficos. A imunodeficincia humoral no causa da demodicose e muitos destes ces possuem respostas celulares B hiper-ativas, esta hiper-reatividade pode ser o resultado da hipo-reatividade da clulaT (RAMADINHA, 2000). Imunidade Celular: os ces com demodicose generalizada apresentam funo diminuda das clulas T, obtida pelo teste da blastognese linfocitria in vitro. Estes animais raramente so linfopnicos e no apresentam hipocelularidade de clulas T nos linfonodos e bao, a deficincia parece ser mais da funo do que da quantidade de clulas. Os linfcitos T apresentam uma incapacidade funcional de combater a proliferao exacerbada dos caros, incapacidade esta de origem gentica (RAMADINHA, 2000). muito importante frisar que o animal em curso da doena apresenta alteraes da contagem de linfcitos, esta supresso de clulas tida como secundria a doena, visto que erradicado o caro o fator srico imunossupressor desaparece tambm (RAMADINHA, 2000).

4 CONCLUSOConcluiu-se que aps reviso bibliogrfica e tendo em vista a casustica elevada de distrbios dermatolgicos na prtica clnica, verifica-se a importncia da elucidao do real impacto e das manifestaes clnicas das dermatopatias em animais de companhia. Vale ressaltar a necessidade de mais estudos a fim de que possam ser confirmados ou refutados os riscos e benefcios de medicaes que vm sendo empregadas, para que se possam otimizar os conhecimentos acerca das opes teraputicas disponveis.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Sarna Demodcica na fase adulta (GUIMARES et al, 2001).

Figura 2 Sarna Demodcica na forma localizada (http://www.micologia.com.br/demodex.shtm).

Figura 3 Sarna Demodcica na forma (http://www.micologia.com.br/demodex.shtm).

generalizada

Figura 4 Co Bull Terrier acometido por sarna generalizada (http://www.ufrgs.br/parasite/Imagensatlas/Athropoda/Demodex%20foliculorum.htm).

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