Demônio a Descida

8/19/2019 Demônio a Descida

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“Os homens estão condenados a serem livres, pois uma vez jogados nomundo eles são responsáveis por tudo que fazem”.

- Jean Paul Satre.

Cap. 1

TODOS OS DEMONIOS

ESTAO AQUI

Você se lembra do céu, mas não de bom

grado. É impossível forjar o céu em uma fábricano coração do universo.Você foi um leal servo deDeus,mas você se rebelou. Deus é uma máquinafria e indiferente, egoísta e auto-preservado. ODeus-máquina não tem espaço para bondade oupiedade em seus cálculos. Por um longo tempo- potencialmente eras- você era uma parte deste Deus-máquina, umaengrenagem sem rosto e sem nome no sistema.Como um dos anjos do Deus-máquina, você tra-

balhou para preservar o status com tão pouca gra-ça e compaixão assim como seu mestre. Você podeter supervisionado todo tipo de atrocidades, de as-sassinatos e pestes, mas você não é uma máquina.Sobre o seu destacamento impenetrável de podercósmico,você foi projetado para pensar e agir emuma escala humana, e isto é que lhe tornou útilpara o Deus-máquina. Ele também fez o possívelpara você experimentar a dúvida. Possivelmente,

tenham sido os seres humanos- talvez você cresceuos amando ou os odiando.alvez fosse apenas você- talvez você queira o poder de determinar o pró-prio destino, ou talvez você se cansou do propósitode sua existência. Seja qual for a razão, sua dedicação se exau-riu e você desconectou-se de Deus-máquina. Vocênão é mais um anjo, mas você também não é hu-mano. Você é algo diferente. Você é um demônio.Pelo direito da vontade e do sacrifício, você ganhou

a sua descida, passando de um mundo de cálculosfrios para um mundo de miséria e trevas. Você tem

suas complicações. odas as histórias de demônios

são diferentes. Alguns são lutadores em uma guer-ra que pode ser impossível de vencer, outros aindaconsideram que é difícil o suficiente para garantirsua segurança e conforto.

Alguns se esforçam para completar a suaqueda, a tornarem-se mais humanos, enquantooutros tentam manter um resquício de sua angeli-cal objetividade ou até mesmo retornar a uma apa-rência ou condição de seu estado anterior. Algunsdemônios admiram a humanidade ou aspiram re-

fazer o mundo a sua imagem. Enquanto outros sãoapenas objetos de uma hierarquia e não se esfor-çam para moldar o mundo. odos os demônios estão unidos por umpassado em comum. odos os demônios foram anjos uma vez, escravos do todo poderoso Deus-má-quina que governa o mundo.odos caíram, agorapercebe-se que a perspectiva da liberdade huma-na não existe. Agora todos os demônios vivem

de máscaras e traições, onde devem depender dementiras e enganos para se manterem seguros deDeus-máquina e seus asseclas.

PARA SERVIR NO CEU

O anjo se chama o corretor. Ele vê o mundoem termos de dívidas não pagas e erros não abor-dados. Sempre que um pensamento se rebela con-tra seus legítimos superiores, os registros da abo-

minação ressoam nos sentidos dos anjos como umgrito dissonante, uma ferida aberta, espalhando


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cantes, mas nunca tem tempo. O relógio inicia nomomento em que a missão começa; se o alvo aindaestá vivo quando o tempo se esgota, a missão teráfalhado. Quando despertado, é para um único pro-pósito: caçar e eliminar anjos rebeldes.

Vermelho é a sua cor; Algumas vezes ele éo senhor Crimson, as vezes a senhora vermilion.Sexo é um detalhe irrelevante, uma das muitascoisas a respeito dos humanos que os anjos explo-ram sem compreender. A sua missão é empregara luxúria como uma arma, destruindo as relaçõeshumanas, ele realmente não compreende nada so-bre sexo, desde o envergonhar-se de interesse atéo clímax suado, mas ele sabe como o fazer desejarloucamente o suficiente para lhe fazer cometer um

erro estúpido. Ele não sabe o que acontece com osseres humanos quando eles morrem e não fazemquestão de saber.

O que ele sabe, é que quando os huma-nos morrem, as vezes algo acontece com o que eleamava. Esses objetos e pessoas se tornam mais im-portantes, mais poderosos, e ocasionalmente im-portantes para os planos do Deus-máquina. Esteanjo se esconde em lugares onde os seres humanos

vão morrer, esperando o tipo certo de objeto serimpregnado com o tipo certo de morte. As vezeseles se sentem obrigados a intervir, mas a que pon-to? Eles são criaturas mortais, todos eles morremeventualmente. Os seres humanos têm um monte de ideiascontraditórias sobre anjos. Algumas culturas hu-manas confundem anjos com os mortos homena-geados, insistindo que as almas humanas assumemum aspecto angelical na vida após a morte. Outros

adoram anjos, como deuses inferiores, rezandopara que os anjos intercedam por eles antes de pe-dir isto diretamente a uma divindade maior. Os místicos hebraicos provavelmente sãoos que retratam mais aproximadamente os anjoscomo criaturas divinas, meros servos, maioresque os seres humanos em termos de poder, mascompletamente desprovidos de livre-arbítrio. Atémesmo os místicos, com seu todo amoroso, todo

piedoso Deus, não compreendem a verdadeiranatureza das coisas. Em última análise, nenhuma

li iã fé di i d d i áti

Imagine uma máquina profundamente en-raizada na realidade. Embora esteja ligada a mui-tas das coisas que você dê por certo - gravidade,estações, energia, probabilidade- não faz manteraquelas coisas de sua causa. Ao invés disso, mani-

pula o mundo para assegurar a própria sobrevi- vência. Isto é Deus máquina. Por várias razões, a Deus máquina tem detratar o mundo em uma escala humana. As vezesprecisa de seres humanos manipulas por seres hu-manos, embora muito pequenos comparado aoDeus-máquina, as vezes são importantes para oseu trabalho - ou simplesmente, os impede de in-terferir. Às vezes a Deus máquina somente precisade algo feito em uma escala incidentalmente se-

melhante a escala em que os seres humanos agem. Quaisquer que sejam suas razões, como oDeus-máquina é suposto para lhe dar com coisasque são tão pequenas? Deus Máquina é inimagi-navelmente grande, com uma consciência quecompreende o movimento de galáxias e da conjun-ção de forças primordiais. Ele tem poder suficien-te para esmagar planetas, e apagar constelações.Qualquer físico humano pode dizer-lhe que sua

própria escala e poder pode limitá-lo quando vocêtem que lidar com as coisas que são, relativamentefalando, pequenas e insignificantes. ente movertrês moléculas de poeira de um lado desta páginaao outro e você compreenderá o dilema da máqui-na de Deus Máquina. Os anjos são a solução de Deus Máquina.Eles são seres que operam em uma escala huma-na em nome de um ser que opera em uma escalainimaginável. Eles podem compreender as coisas

que o Deus-máquina mal pode perceber. Eles têmenergia suficiente para lidar com praticamentequalquer problema que encontrarem sobre a terra,mas o poder é pequeno o suficiente para que elespossam trazê-lo para suportar contra seus obstá-culos sem queimar o planeta em sua casca. Claroque, o projeto é imperfeito. Os anjos caem. Paraque você possa entender por que um anjo podequerer se tornar um demônio, porém, você precisa

entender o que é ser um anjo.

OS ANJOS ESTAO CONECTADOS


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te ligados a inúmeros fluxos de dados, todos fluin-do diretamente de Deus Máquina propriamentedito. Anjos percebem o mundo com todos os cincosentidos humanos. Esses sentidos são muito maisnítidos do que os do ser humano, no entanto. Os

anjos podem ver uma gama mais ampla de radia-ção eletromagnética, ouvir o som das células deum ser humano cantarolando, que zumbem longeabaixo da pele, saborear e cheirar as partículas ínfi-mas de matéria orgânica, e sentem forte impressãosuficiente para ler com os dedos ou diagnosticarproblemas no motor devido a vibrações que via- jam até a coluna de direção. Além disso, os anjossempre têm acesso ao conhecimento puro, sempreque é importante para suas missões.

Este grau de conexão não torna anjos infalí- veis. Podem saber o que têm de saber para comple-tar suas missões, mas eles nem sempre tem acessoimediato a tangencial informação. Por exemplo,um anjo caçador que rastreia um demônio renega-do sabe o layout de sua casa, mas não pode sabero layout do hospital rural abandonado onde o de-mônio se refugia. Embora os anjos tenham acessoa uma grande quantidade de informações através

de seus sentidos expandidos, isso não significa queeles não podem ser enganados, desde que seu ad- versário seja sagaz o suficiente. Anjos também co-metem erros interpretando mal os seus dados. Istoé especialmente provável se circunstâncias forçamo anjo a operar fora dos parâmetros da sua missão,como um anjo caçador interagir com seres huma-nos. Quando caem, os demônios perdem acessoa esta riqueza de informações. Eles podem recupe-

rar um pouco disso através de incorporações e ex-plorações, mas eles nunca podem se aproximar dasimplicidade da gnose pura- apenas sabem o queDeus-máquina julga necessário. Alguns demôniossentem a perda profundamente, como se parte deseus egos essenciais fossem arrancados. Para umanjo, sendo forçado a sobreviver com os sentidoshumanos maçantes e limitado a saber apenas o queestes sentidos podem aprender, é quase tão ruim

quanto ser cego ou surdo. Outros demônios sur-preendem-se com seu novo estado. Esses demô-

i d t tid d i

OS ANJOS SAwwO OBJETIVOS

Embora os anjos sejam profundamenteligados ao mundo, são também à parte dele. Umanjo destruidor pode assassinar facilmente mil se-

res humanos, e eles realmente não sentem o sanguenas mãos. Uma mensageira manipuladora podesussurrar palavras de amor e devoção, mas ela nãose importa realmente. Para anjos, o mundo é umacoisa morta em uma laje: algo a ser cortado, mani-pulado e costurado novamente. Obviamente isto éuma contradição. Os anjos podem ver, ouvir, tocar,saborear, e sentir o pulso do mundo vivo, tudo aoseu redor. Cada anjo tem sua própria maneira de

manter o mundo em xeque. Alguns são desdenho-sos, rejeitando o mundo tão pequeno e venal, abai-xo de suas grandiosas metas. Outros reprimem aemoção, tentando se tornar frios e robóticos as-sim como Deus-máquina - em última análise, noentanto, o fascínio do mundo é responsável pormuitos caídos, como um anjo, a consciência da vi-talidade do mundo o distrai de sua destacada obje-tividade. Muitos demônios acreditam que os anjos

são reciclados, em parte, porque o mundo é muitoatraente e até mesmo o Deus-máquina não esperaque eles resistam seus encantos sempre. Para o bem ou para o mal, os anjos nãoexperimentam emoções em seus corpos. udo épropriedade intelectual para eles. Um anjo caça-dor pode sentir desprezo pelos demônios que ele éenviado para destruir, mas ele não odeia, não como ódio venenoso que os seres humanos são capazesde sentir. Seu ódio existe puramente em sua men-

te, um circuito pseudo-emocional colocado lá peloDeus-máquina para assegurar que o anjo completesua missão. Para a maioria dos demônios, ceder a obje-tividade é um alívio. Eles podem finalmente pararde resistir ao impulso de mergulhar no mundo eapenas fazê-lo, afogando-se na emoção, experiên-cia, contexto e ordem. Alguns elementos da subje-tividade podem ser assustadores, mas os demônios

geralmente são felizes ao entregarem-se a eles. Quando um anjo cai, as barreiras da ob-j ti id d i l U d ô i é t t l t


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humano (embora não necessariamente as expres-sem normalmente. Isso é como um choque para amaioria dos demônios, mas eles se adaptam rapi-damente. Nem todos os demônios caem porquê oseu não-físico emocional pensamento foi suficien-

te para ultrapassar sua programação, mas é umaemoção suficientemente popular de que os demô-nios geralmente são amigáveis a ideia da paixão. Outros ex-anjos estão aterrorizados por di-rigir a experiência subjetiva do mundo. O mundoé muito, muito rápido, e muito doloroso. Algunsdesses demônios buscam uma maneira de voltarpara o Deus-máquina. Outros retiram-se do mun-do, tornando os seus arredores imediatos tão pre- visíveis quanto possível e evitando o contato com

seres humanos. Alguns demônios adotam uma po-sição diferente, superior. Isso os ajuda a ficar umpouco distante do mundo que escolheram.

ANJOS SAO OBEDIENTES

Acima de tudo, os anjos supostamente de- veriam fazer o que lhes é ordenado. Para um anjofiel, desobedecer os comandos de Deus-máquina

é impensável. O Deus-máquina quer agentes au-to-suficientes, não escravos sem mente, mas elesnão devem decidir o que fazer. Um anjo enviadopara matar todos os seres humanos em um edifíciopode decidir sobre a abordagem mais eficaz paraminimizar o número de seres humanos que podemescapar ou encontrar algum lugar para esconder-se. em a sua escolha de armas ou de estratégias,como a configuração do prédio em fogo, cortandoa eletricidade ou disfarçando-se como um humano

normal, e se infiltrando em seu alvo.O anjo não é livre, no entanto, para poupar

alguns dos seres humanos ou para procurar umasolução que não envolva assassinato. De fato, umanjo nesta situação, provavelmente ainda não com-preende o contexto. Não é possível saber se há umamaneira de atingir os seus objetivos sem matar aspessoas; não é esperado. Se supõem que devem en-tender e cumprir a sua missão, sem dúvida.

É fácil julgar demônios como escravos, - al-guns demônios o fazem- mas isso não é como um

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comida, água e abrigo. Ele ameaça seus escravoscom castigo físico e emocional, e muitas vezes é osuficiente para que os escravos saibam o que issosignifica. Anjos não obedecem Deus-máquina pormedo de punição ou privação. Eles obedecem por-

quê obediência é o que eles são. O ser humano podechamar isso de escravidão, mas anjos chamam declareza, pureza de propósito, um senso de equida-de e entrega que humanos e demônios só podemimaginar- por ter sido rejeitado, nunca saberá novamente. Muitos demônios surpreendem-se com aliberdade recém encontrada. Alguns caíram por-que se rebelaram, decidiram que eles sabiam maisque Deus-máquina. Outros estão apavorados com

todas as opções disponíveis para eles. Esses demô-nios muitas vezes se jogam em uma causa esperan-do que a ideologia possa encobrir suas decisões.Outros juntam-se a líderes carismáticos, ou mes-mo seres humanos comuns, colocando uma parteda responsabilidade nas mãos de outra pessoa.

OS ANJOS SAO DISPENSAVEIS

Os anjos são naturalmente imortais. Elesnão envelhecem e não estão sujeitos a doenças. Amenos que eles sejam mortos - e os anjos são di-fíceis de matar Iiteralmente - eles persistem parasempre. Dito isso, há muito poucos anjos velhos.Embora alguns demônios afirmem terem vistoa evolução da humanidade, ou a ascensão e que-da dos impérios da África ocidental, muito pou-cos anjos sobrevivem após a missão a qual foramcriados para cumprir. O Deus-máquina os recicla,

divide seus componentes e peças para fazer novosanjos. Ocasionalmente o Deus-máquina dará aum anjo uma tarefa de longo prazo, o que permiteque ele permaneça em existência durante décadasou mais. Altamente especializados, os anjos tam-bém podem estar em um estado de animação sus-pensa entre as atribuições. A maioria dos anjos noentanto, são construídos para suas missões e des-

montados logo em seguida. Em parte, o Deus-máquina adota esta po-líti li it l ã d d ô i O


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antes que eles tenham tempo para dúvidas é umaboa forma para evitar isso. Em parte, isso também é porque o Deus-máquina não trata um anjo como indivíduo. Elessão criados para um propósito, eles não têm liber-

dade de agir, e eles experimentam o mundo atravésde um véu de objetividade e desapego. Eles são asferramentas descartáveis mais avançadas, existen-tes apenas para completar suas missões. Caso oDeus-máquina nunca encontre uma ameaça capazde destruir os anjos, não precisaria gastar muitosdeles, apenas quando necessário, sem pausa. Demônios universalmente rejeitam a ideiade que são dispensáveis. Alguns demônios nãoestavam incomodados com a ideia de serem reci-

clados quando eram anjos, mas agora que eles es-tão em todo o mundo - sentindo paixões, fazendosuas próprias escolhas - eles quase invariavelmente valorizam suas próprias vidas. Até mesmo os de-mônios que querem voltar para o Deus-máquinaquerem fazê-lo em seus próprios termos. Não ésuficiente para eles morrer nas mãos de um anjocaçador para que depois sejam reciclados por DeusMáquina.

A GENESE DO ANJO

Alguns demônios - especialmente inquisi-dores - gostariam de saber onde os anjos vão. Elespodem querer compreender suas origens, a fim deconstruir um futuro melhor, ou eles podem espe-rar e descobrir a chave para conquistar ou subver-ter Deus-máquina. Outros, como alguns seres humanos, acre-

ditam que a compreensão de onde vieram lhes daráalguma ideia de porque eles existem, e com isso,um senso de propósito. Alguns demônios acredi-tam que eles foram feitos pelo Deus-máquina paraplanos de improviso. Alguns acham esta ideia de-primente porque ela sugere que eles realmente nãosão nada além de rebeldes escravos. Outros se con-fortam com essa crença pois isso significa que elessão livres para forjar seu próprio futuro.

Finalmente, alguns demônios sugerem quea ligação entre Deus-máquina e os seus anjos não étã i l l ã d t

refas que a Deus Máquina não consegue executarpor conta própria. Se for esse o caso, o que dizersobre Deus Máquina se os seus próprios membrospodem rebelar-se contra ele? Deus Máquina estádoente? Louco? Outros demônios perguntam se os

anjos possivelmente são crianças de Deus-máqui-na, produzidos por um processo de brotamento emantidos fixos por constante reciclagem. Eles po-dem escapar do olhar de Deus Máquina e encon-trar seus próprios mundos para dominar? Enquanto muitos demônios desesperadosnunca entendem suas próprias origens, algunsconsideram a pesquisa o seu principal objetivo.Esses demônios meditam, experimentam a si mes-mos, e vivissecam anjos capturados na esperança

de aprender mais sobre o que eles realmente são.

A REINAR NO INFERNO

O anjo não consegue parar de pensar sobreo homem com um tigre tatuado em seu braço, nãoimporta o quanto ela tente. Imagens de seus mús-culos tensos, pele morena clara. Isso é inaceitável;o ser humano é sem importância para a missão. O

anjo se auto medica obsessivamente, na tentativade purgar-se deste desejo invasivo, esta luxúria ter-restre, mas não pode. Quando percebe, ele cai. udo que ela faz agrava seu ser, de sua totalfalta de controle quando se trata de sua ansieda-de carnal à crueldade casual com que ele trata suacompanheira e prole. O cheiro dele faz sua morda-ça. Mesmo o som da sua voz é quase insuportável.Ela tenta executar a sua função, mas um dia seuódio borbulha. Em reviravoltas ela pega seu braço

conforme ele a levanta até que ele sai. Ela continuaa rasgar-se nele com tanta alegria e ferocidade queela quase não percebe quando cai em desgraça.Ela tem observado esta cidade por mil anos, cer-ta de que vai vê-Io para sempre, de pé, vigia silen-ciosamente as vidas e mortes de seus mortais in-contáveis. Ela não percebe o quão humana tem setornado até que o seu fim chega: ela foi recordada.Orgulho ferido, medo e raiva ameaça estrangulá

-la. Ela mata o anjo enviado para substituí-la e cai,finalmente em suas ruas.

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nante do universo, da qual é uma parte controla-da. Um anjo não tem funções corporais sujas paradistrai-Io de seu trabalho. Ela é imortal, imune aindignidade das doenças e os estragos do tempo.Um anjo tem uma pureza de propósito, um desli-

gamento do material, que nenhum humano podecompreender verdadeiramente. Os anjos ainda são seres que pensam emuma escala humana. Graças a sua ligação comDeus-máquina, podem perceber de modo que osseres humanos não podem nem imaginar e nemprocessar essas informações em tempo vertigino-so, mas eles ainda pensam em termos humanos.Isso é os que os torna úteis para o Deus-máquina.ambém os torna vulneráveis as tentações huma-

nas. Um personagem demônio é um dos sor-tudos. Conseguiu escapar apesar das muitas limi-tações colocadas sobre ele, algumas delas inten-cionalmente projetadas por Deus Máquina paracapturar anjos rebeldes antes mesmo que possamescapar. Ele encontrou tempo para contemplar arebelião em meio a uma movimentada agenda de

ordens e objetivos. Ela foi capaz de esconder suasdúvidas crescentes do controle de Deus-máquina,embora a máquina de Deus pudesse olhar em suamente a vontade.

DEMONIOS E A IDENTIDADEDE GENERO

Anjos em seu estado natural não tem sexofísico, identidade de gênero ou orientação sexual,

tendo apenas acerca do eventual para as suas mis-sões quando manifestado. Até então, a maioria dosanjos que possuam um hospedeiro humano oumaterializado em forma biomecânica não pensaem si como tendo um sexo ou preferência sexual anãoser que esses identificadores sejam adequadospara suas missões. Os demônios, porém, passam a maior partedo seu tempo em corpos humanos e tem cobertura

das identidades que se sentem muito mais real paraeles do que as identidades falsas usadas por anjos.A d i fí i ã d

que quer que a “cobertura” tinha. Outros mantémuma ou duas identidades sexuais de gênero, assimpode-se continuar a pensar em si mesma como fe-minina e preferindo parceiros do sexo masculino,mesmo quando sua falsa carcaça era um homem

heterossexual antes que compraram sua alma.

ENCARNACOES

Deus-máquina cria anjos por razões quesó ele entende perfeitamente, cada um com seupróprio objetivo no grande projeto. Uma vez cria-do, o papel de um anjo e as tarefas que são da suacompetência são fixos enquanto ele existir. Deus-máquina pode transformar, melhorar, ou destruir

os seus anjos, mas raramente o faz. EnquantoDeus-máquina comanda um grande número detais agentes, e tem criado cada um distinto em suascapacidades, os métodos, e a aparência, quase to-dos cabem dentro de poucas categorias gerais cha-madas Encarnações. Quando um anjo volta a DeusMáquina para se tornar um demônio, ele mantéma sua encarnação.

DESTRUIDOR

Deus Máquina cria anjos cujo objetivo ématar e destruir a serviço de seu criador. Destrui-dores, também chamados de espadas, são instru-mento de morte e destruição contundente, lidamcom a morte igualmente confortável com a espada,com os punhos, armas, doenças, ou mesmo loucu-ra suicida. Se seu alvo é um terrorista, ou um pre-sidente da república, a mãe ou a criança, um navio

de guerra ou uma cidade de poucos milhões deinocentes mortais, o Destruidor de Deus Máquinanunca pergunta a equidade de sua missão, nuncamostra misericórdia, e nunca sente remorso.

GUARDIAO

Anjos da guarda protegem alguém ou algu-ma coisa para garantir o sucesso de um dos projetos

de Deus-máquina. Estes anjos, as vezes chamadosde escudos, possuem proteção poderosa e habili-d d d t i


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curtos - o suficiente para evitar uma única catás-trofe terrível ou para garantir que o sujeito sobre- viva tempo o bastante para servir a finalidade dosplanos de Deus-máquina. Alguns permanecem em vigília por anos ou séculos. Uma vez que seu tem-

po chega ao fim, o anjo abandona o seu posto semum pensamento referente ao que acontece depoisque ele vai embora.

MENSAGEIRO

Deus-máquina envia anjos mensageiros,também conhecidos como trombetas, para darsuas instruções a seus agentes mundanos, mesmoinconscientemente. As mensagens podem ser pen-

samentos ou avisos, escritos em fogo ou através de visões apocalípticas, mas ninguém caminha longedeles inalteradamente. Os mensageiros não sen-tem nada sobre as mensagens que eles entregamnem mesmo sobre as que recebem. O comunicadosobre o remanejo de algumas decisões ocorrem napraia ou um pronunciamento de comandado a exe-cução de todos os recém-nascidos ocorre em umacidade - todas as mensagens a serem entregues são

de igual importância para os anjos mensageiros.

GUIA DE ALMAS

Deus-máquina envia anjos Psychopomp, às vezes descritos como engrenagens, para recolhermatérias primas - sejam elas de matéria bruta, deanimais, pessoas ou almas. Ele lhes molda na for-ma prevista e os move dentro do tempo previsto.Estes quartos mestres de Deus-máquina não se

preocupam com o que devem fazer para colher ossuprimentos necessários, nem para contemplar oobjetivo que vai servir ao seu destino. Em seu ca-minho, encontra-se a tarefa de trazer todas as coi-sas a Deus Máquina.

ORDENS

Embora eles não tenham auto-consciência

para apreciá-Io, os anjos possuem uma poderosa“raison d’être” livres de dúvida ou indesejada in-t ã El D á i i

perda. A compulsão de preencher este vazio comalgum propósito personalizado - construído parasua estranha e aterradora nova condição reivin-dicar quase todos os desacorrentados – a maioriasegue uma, de um punhado de filosofias demonía-

cas.

INQUISIDOR

Estes desacorrentados reúnem informaçõessobre o Deus-máquina, e qualquer outra coisa quepossa se revelar útil mais tarde. Eles tendem a pa-ranóia e freqüentemente tomam drásticas medidaspara garantir o seu anonimato antes do dia em queos servos de Deus-máquina comecem a olhar para

eles. Eles organizam um plano de fuga indetectá- vel antes do inevitável dia em que eles devem fugirou ser capturados por um dos caçadores angelicaisde seu criador. Muitos deles alegam curiosidadeintelectual motivando suas buscas constantes porconhecimento e segredos, mas eles também fazemum bom ritmo às trocas comerciais com outros de-mônios, às informações a sua disposição.

INTEGRADOR

Se eles caíram a serviço de Deus-máqui-na porque eles falharam em uma tarefa atribuídaou porque vieram a reconsiderar a sabedoria dasua rebelião, esses demônios esperam um dia servir ao seu criador novamente. Eles esperam poruma oportunidade única para se provarem dignosa seus olhos. Eles devem ser cautelosos, pois en-quanto o desacorrentado ouvir rumores de demô-

nios, Deus-máquina tem recolhido ao ser serviço,muitos mais são os contos daqueles que ajudaramum anjo ou o traíram apenas o seu círculo para serpurgado de seu livre arbítrio, como certamente eracom suas vítimas.

SABOTADOR

Esses demônios não expressam decepção

com sua nova liberdade. Na verdade, eles traba-lham incansavelmente para frustrar os desígniosd i d d t i b l


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rebelado. Outros sabotadores não estabelecidos adeixar o serviço de Deus-máquina, o combatemagora, porque sabem que o traíram. Alguns esco-lhem cuidadosamente suas táticas para maximizaros danos que eles causam, enquanto outros chico-

teiam tudo o que o Deus máquina toca, afim deimpedir que os projetos do seu fabricante não ga-nhem qualquer ponto de apoio.

TENTADOR

Para os sedutores, o mundo é um mara- vilhoso jardim de novas experiências que tem aintenção de matar a fome com seus frutos. Elesserviam o mais poderoso uma vez, mas agora eles

querem ser servidos. Eles brincam de serem deu-ses entre os mortais, usando seus dons demonía-cos para comandar e coagir os menores seres quependem sobre cada palavra do desacorrentado.Eles buscam ainda maior poder político ou econô-mico estabelecendo um culto sempre em expansãoda personalidade, e tentam colocar sua marca nomundo como eles puderem para construir um re-lacionamento com esta pessoa, ela terá sempre sido

um ser que desistiu do céu por amor. Ela poderiaabraçar o romance como uma parte importanteda experiência humana ou rejeitá-Io como umafonte de dor e sofrimento, mas não é provável queela o esqueça. O mesmo se aplica a um demônioque caiu pelo desejo de ser livre. Ele pode se ar-repender de sua decisão de ter se desvinculado doDeus-máquina e tornar-se o seu próprio ser, mas épouco provável que alguma vez ela tenha um sim-ples sentimento sobre o equilíbrio entre o dever e a

liberdade.

POR ISSO QUE NoS CAIMOS

A razão de um anjo cair geralmente é mul-tifacetada. Os demônios tem psiques complexas, eé raro que lhes seja dada a possibilidade de ferveras motivações para uma simples declaração. Umdemônio pode cansar-se da escravidão e da exis-

tência de violência sem fim e, ao mesmo tempo,tornarem-se empolgados como um homem idea-li t ti i t t l

Em uma queda, o anjo vira as costas paraDeus-máquina, e para sua simplicidade de propó-sito. Demônios abraçam a sujeira, a imundície, eas complicações do mundo das trevas. Eles conde-nam o desapego de abraçar a subjetividade. Eles

abandonam a lógica e surpreendem-se com a pai-xão. Os demônios não são e nunca foram huma-nos, mas eles abraçam a condição humana. Muitos anjos caem por causa das limitaçõescolocadas sobre eles pela condição angelical. Ascontradições inerentes em ser um anjo obediente,mas independente, individual mas objetivo - criaum certo grau de atrito interno que leva muitos anjos a cair. Um anjo cai por que ele se apaixona pela

cidade. Nela foi dada missões em centenas de as-sentamentos humanos ao longo dos anos, masnunca em outro lugar tão incrível quanto este. Ela vê os padrões escritos na legislação e percebe asinúmeras maneiras das formas que ditam os flu-xos de caixa, fluxo de tráfego, o fluxo e o refluxodas vidas humanas. Ela e outros como ela rejeitamos desapegos angelicais. Eles não podem suportarestar neste mundo, mas não uma parte dela. Esses

anjos desconectam-se do Deus-máquina afim deexperimentar o mundo mais plenamente. Outro anjo leva vida de enganos infinitosem nome do Deus-máquina. Sempre que os sereshumanos chegam muito perto de descobrir algoque o Deus-máquina deseja permanecer escon-dido, ele é despachado para mentir para eles. Asmentiras não o incomodam - ele foi feito para isto- mas, eventualmente, ele começa a se sentir comoele é apenas lendo um script. Ele começa a desafiar

a ordem das pequenas coisas, permitindo a algunsseres humanos vislumbrar a verdade. Não é por-que ele realmente se importa se o humano com-preende a natureza de seu mundo; ele só quer fazeralgo inesperado, fazer uma escolha real para umamudança. Quando ele cai, ele está fora da invejada liberdade humana. Muitos anjos são como ele,desconectam-se do Deus-máquina pela oportuni-dade de fazer o que eles desejam, em vez de seguir

ordens. Alguns desses demônios são leais ao Deus-

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desejavam não era a liberdade para determinar adireção de suas próprias vidas, apenas a liberdadepara fazer o seu trabalho ”corretamente”. Algunsdesses demônios continuam a desempenhar assuas funções, acreditando que eles ainda são parte

do plano de Deus-máquina. Muitos anjos caem por causa da profundasolidão de suas vidas. A suposta existência de umanjo deveria ser completamente independente.Quando a Deus Máquina precisa de seres humanosmanipulados ou mal orientados, ele comanda seusanjos para assumir identidades falsas e interagircom os seres humanos. Alguns anjos não conse-guem manter o nível necessário de desapego. or-nam-se pessoalmente ligados aos seres humanos

com que interagem. Eles caem no amor ou luxú-ria, desenvolvendo instintos paternos ou instintosde proteção, ou apenas se tornam amigos. Algunsanjos almejam sexo e outras formas de conexãointensa e íntima, mas outros apenas querem falarcom um ser humano sem mentir para eles, de vezem quando, embora alguns deles estão dispostos alidar com os riscos que vêm em relação a verdade. Esses demônios se vêem em risco quase

que imediatamente. Eles não tem que se preocuparsó com eles mesmos, os seres humanos além de-les, também são alvos. O Deus-máquina não quer vingança, mas seus anjos são caçadores estão bemconscientes de que novos demônios podem ser fa-cilmente manipulados, ameaçando os seres huma-nos aos quais eles estão conectados. A interação entre os seres humanos mui-tas vezes está envolvida com um anjo das missões- Um guardião muitas vezes tem que falar com ele,

mesmo que seja apenas para criar uma confian-ça básica em seus relacionamentos, por vezes, osdestruidores investigam o que eles precisam des-truir, e assim por diante - enquanto outros anjosgeralmente obtém suas instruções diretamente deDeus-máquina. Como resultado, os anjos normalmentegastam mais seu tempo conversando com huma-nos do que conversando com outros anjos. Dado

o vazio da existência de um anjo, não é surpreen-dente que a face falsa que eles apresentam aos hu-

i l d t i

tornado conectados uns aos outros. Isso é menoscomum do que anjos desenvolvendo ligações comseres humanos, apesar do fato de que a interaçãoentre anjos seja mais verdadeira - ou pelo menos,mais genuína - do que suas interações com huma-

nos. Os seres humanos possuem vantagens quefaltam aos anjos: a liberdade, a paixão, a subjetivi-dade. Outros anjos, todos na mesma situação, sãomenos atraentes. Quando os anjos desenvolvem conexõescom o outro, isso geralmente é um prelúdio paraa tragédia. Eles não tem tempo livre para discutirseus planos e sentimentos uns com os outros. Umanjo que se apaixona por outro anjo avança em di-reção a queda sem poder compartilhar. É impro-

vável saber se o objeto de sua afeição se sente damesma maneira. O mais provável é, quando cai,ele cai sozinho, e começa sua existência como umdemônio com uma atração perigosa para um serainda ligado ao Deus-máquina, e que provavel-mente outro anjo tem instruções para matá-lo noseu campo de visão. No fim das contas, como um demônio cai émenos importante do que como ele se sente sobre

isso. Um demônio que caiu fora da inveja de liber-dade do ser humano é apenas mais um demônio,como um ser humano que tem suas vidas confusase sem propósito, perde a estrutura e simplicidadede sua existência angelical. O anjo até poderia cairpor querer rejeitar algum aspecto da existênciahumana: considere um mensageiro que cresce tãorepugnado com interação humana, com todas ascomplicações inerentes da linguagem, que ele caiem um ataque de nojo. O que realmente importa, é

o que um demônio faz em seguida.


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ANTINOMIANOS

A maioria dos demônios se contentam emcontinuar os padrões estabelecidos por sua exis-tência como anjos. A única diferença é que agoraeles fazem estas coisas por suas próprias razões, ao

invés dos caprichos de Deus-máquina.

Alguns demônios se rebelam completa-mente contra seus antigos propósitos. Um destrui-dor que despreza a violência e se torna um pacifistaou um mensageiro que jura dizer a verdade é cha-mado de antinomiano. Esses demônios enxergama queda de maneira totalmente nova e se esforçampara encontrar um novo propósito independentede sua antiga encarnação.

A maioria dos demônios olham para osantinomianos com dúvida e admiração. Por umlado, o desejo dos antinomianos de reinventarema si mesmos é impressionante e também é umalinha rígida para a auto-determinação. Ao mesmotempo a maioria dos demônios aventureiros demodo insolúvel estão ligados ao seu ex-propósito.Mesmo livre, eles não podem alterar sua naturezaessencial...ou será que podem?

A DESCIDA

O ritmo da queda varia de demônio parademônio. Alguns caem rapidamente, percebendotudo uma vez que não podem cumprir as restri-ções impostas sobre eles pelo Deus-máquina. Ou-

tros caem lentamente, gradualmente se esconden-do mais e mais de si mesmos, até o momento daseparação que quase é uma reminiscência. Nãoimporta quanto tempo leve – mesmo que um anjocrie dúvidas ao longo de várias atribuições disper-sas por milhares de anos de história humana – aqueda sempre acontece em um momento, e elesempre é em algum nível, uma escolha consciente.

Um anjo que é superado pela emoção pode

desligar-se de Deus-máquina da mesma formaque um humano pode prender-se em ira ou cedera tentação e fazer algo que ele lamenta. Um anjoque estava sobre o cadáver refrigerado humano, fa-lhando em protegê-lo, desliga-se de Deus-máquinaem um ataque de raiva e auto-aversão mesmo nun-ca pretendeu cair. Sua fé em Deus-máquina era ab-soluta. Se ele se alegra com sua nova liberdade ouse arrepende da escolha, ele agora é um demônio,e a escolha não pode ser desfeita. Cair é uma esco-

lha, mas nem sempre é uma escolha bem pensada.


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Na maioria das vezes, a experiência daqueda de um demônio ocorre em um continuumgradual e súbito, intencional ou não intencional.Um anjo – como o da história no início destecapítulo – pode derrepente descobrir que o seucompromisso com Deus-máquina tem se esgotadopor algum tempo, tudo sem ele mesmo se permi-tir pensar isso conscientemente. Ele cai em uminstante, mas é o culminar de um processo demo-rado. Outro anjo, mais auto-consciente, cai gra-dualmente. Sua fé em Deus-máquina se estreita aolongo dos anos, até que ele está pronto para tomaro passo final. Se ele é inteligente o suficiente, eleaté pode ser capaz de planejar sua eventual fuga,escondendo acúmulos de recursos e construindo

conexões para fazer sua nova vida mais confortá- vel. Para um terceiro anjo, a queda poderia ocor-rer de surpresa. Ele é um dos raros especialistasque passou décadas

dormindo entre suas atribuições, e tem feito seudever fielmente por centenas de anos. Em seusraros momentos de introspecção, ele nunca teveum pensamento desleal. E no entanto,um únicomomento de compaixão aos humanos aprisiona-dos pelos planos de Deus-máquina o arruínampara sempre, e ele desconecta-se em um ataque deauto-aversão.

A queda nunca é uma descida controlada. É umgrito mergulhado no caos. As conseqüências ime-diatas são psíquicas. O novo demônio pode sentirsua mente se contrair violentamente como as con-dutas de informações ligando-o ao Deus-máquina,enquanto são arrancadas uma por uma. Enquantoum anjo pode acessar facilmente todas as informa-

ções e poder antinatural necessários para cumprira sua missão, um demônio recém-caído só pode selembrar de um punhado. Demônios podem passaro resto de suas vidas arduamente recordando essespoderes através de testes por usas lembranças natentativa e erro. Com o desligamento de Deus-má-quina vem uma onda de subjetividade. Demôniossentem-se afogando na sensação e emoção fre-qüentemente.

Fisicamente, a queda é dolorosa de uma for-ma que os humanos não podem imaginar. Os an-jos são criaturas imortais que habitam temporaria

um corpo. Qualquer coisa que não se ajuste estaráperdida. Ele sente seus membros amputados, masmais intensamente, porquê estes “membros” sãoparte da alma do demônio.

Embora possa ser uma eternidade de ago-

nia para o demônio, a queda, na verdade, leva ape-nas alguns segundos. Os resultados, no entanto,são profundos. Muitos demônios – especialmen-te aqueles que acham difícil lidar com seu pas-sado – se sentem inteiramente novos seres. Umdestruidor que já presidiu genocídios, perdeu sua vergonha e arrependimento pode querer fugir daresponsabilidade de todas as coisas que já fez a ser- viço de Deus-máquina. Um demônio que carregacerto orgulho de suas realizações quando escravo

de Deus-máquina - ou pelo menos não é responsá- vel por sua culpa – é mais propenso a sentir-se deforma diferente. Integradores, por exemplo, quasesempre se identificam com seu passado angelical.

Claro, muitos demônios saboreiam assensações da queda. Eles abraçam sua subjetivi-dade recém descoberta. Saúdam a perda de suaonisciência semi-divina em que ele se liberta adesenvolver sua própria personalidade e perspec-

tiva. Até mesmo a dor da mortalidade, o que elessentem, recorda-lhes do preço que pagaram porsua independência e os estimula a viver suas vidasmais ferozmente.

EU VI SATANÁS CAINDO COMO UMRELÂMPAGO

Emily Gould morreu devido a complica-ções de pneumonia causadas pelo quimioterapiapara o câncer de ossos que já estava a matando acinco anos. Quando as enfermeiras desligaram amáquina, seu corpo se contraiu, em seguida, comuma tosse ela voltou a vida.Em outros pacientes namesma enfermaria foram feitas regressões bruscas,os recuperando milagrosamente ou os matando,apesar de todos os esforços para salvá-los. Váriosmédicos foram censurados por um diagnósticoimpreciso. Emily estava ligada a uma máquina car-diopulmonar que foi abandonada em um armário, já que o eletricista do hospital não conseguia en-contrar nada de errado com ela.


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entraram no esgoto, outras ferviam rumo à ruaatravés de portas e janelas. Algumas baratas, deses-peradas para fugir, se atiraram a partir dos anda-res superiores e foram arrastadas para longe commembros quebrados e carapaça rachada. Quandoo prédio pegou fogo mais tarde naquela manhã,criou-se a história de que as baratas, de algumaforma sabiam que o fogo estava vindo. Ninguémsabia sobre o demônio que caiu no terceiro andarda avenida 220 North Yale, ou do anjo guerreirocriado de engrenagens douradas e esmeraldas ilu-minadas por raios que veio para matá-lo.

Charlie Mann tinha sido retirado de várioslares durante dez anos. Ele tinha sido abusado enegligenciado. O seu violento comportamento an-

ti-social deixou-lhe afastado de seus colegas. Umamanhã, ele se virou para seus irmãos adotivos edisse: “Eu me sinto melhor”. Ele se lembrou de to-das as coisas que tinham acontecido com ele, masnenhuma de suas memórias pareciam afetá-lo. Suaterapeuta recusou-se a acreditar em sua súbita re-cuperação, dizendo que ele tinha perdido a espe-rança.

A tripulação do café da margem do lago

chamaria isso de “o dia de merda” até que a rota-tividade de funcionários foram apagando esta me-mória institucional. A loja da rede sem fio, sistemasde som e comportamentos elétricos instáveis ocor-riam todos os dias. Nenhum dos temporizadoresiriam funcionar corretamente. Baristas derrama-ram o que eles estavam certos que seria uma xícarade café, só para o cliente reclamar que queria cháou chocolate. Elaine Cross não se importava; elasaía de si em um momento, ouvindo a estática do

sistema de som quebrado, e voltou a si mesma paradesvendar o romance em que ela vinha trabalhan-do há 3 anos na tela de seu leptop, e finalmente ocompletou.

O funcionamento de Deus-máquina é mui-to vasto e multiplamente redundante pelas ener-gias liberadas pela queda de um único anjo poden-do causar muitas falhas superficiais. Mesmo pulsosaleatórios superficiais têm o poder de impactar

seriamente as vidas humanas, no entanto. Paraentender estes tipos de pulsos aleatórios, imagineque o universo é um computador e uma pequena

veriam ser.

Quando um anjo cai, as coisas ocorremfora de ordem – o efeito antes da causa – ou nocaminho errado. A realidade pode esquecer deum pequeno objeto que supostamente foi perdido

ou avariado, ou ainda, como nos exemplos acimadescritos, de que uma pessoa recentemente faleci-da supostamente deveria estar morta.

CAINDO EM ESCALAS

Estigmatizados, anjos, demônios e outrosque já foram tocados pelo Deus máquina podemsentir quando um anjo cai, mas o que acontececom o mundo das trevas para outros habitantes

sobrenaturais? Seres que podem tocar um objetoe saber seu passado, ver através do véu que separaa matéria d espírito, ou seguir o cheiro de suor deum indivíduo, como ele faz o seu caminho atravésde uma cidade de centenas de milhares seres hu-manos completamente no escuro?

Em geral, sim. Anjos, demônios e Deus-máquina formam o seu próprio sistema dentrodo mundo das trevas, e como outros sistemas domundo, eles são restritos.

Há exceções, no entanto. Qualquer pessoacom sentidos sobrenaturais sintonizados com asorte e o fluxo e refluxo da probabilidade podesentir o efeito da queda sobre o mundo a seu re-dor. Da mesma forma, qualquer um que pode verna sombra pode notar a paixão dos espíritos quesão atraídos por emoções intensas recentes deum demônio. Na maioria das vezes, no entanto,no mundo das trevas, outros seres sobrenaturais

continuam tão ignorantes sobre anjos e demôniosquanto anjos e demônios são deles.

Pessoas e animais podem experimentar pre-monições ou vários sentidos de Déjà vu. Animais,com sua lógica mais simples, são mais propensos ado que seres humanos a agir sobre tais impulsos.Rajadas minúsculas de radiação eletromagnética –consideradas pequenas para serem percebidas porseres humanos – pode causar mal funcionamento

ou falha completa de dispositivos eletrônicos.

Estigmatizados – seres humanos contami-


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falham em perceber a queda de um anjo nas ime-diações. Alguns estigmatizados podem até acharuma marca da queda de um anjo em um local apóso fato. Muitos estigmatizados são atraídos pelaqueda de um anjo, sentindo que o demônio podeser sua alma gêmea.

O demônio começa sua nova existênciacom uma cobertura, o que restou de sua últimaatribuição como um anjo de Deus-máquina. Ascoberturas são discutidas com mais detalhes noscapítulos adiante, mas por hora basta dizer quedesde o primeiro momento de sua nova vida comoum desacorrentado, a cobertura de um demônioé perfeita – ainda que superficial – para mascararsua identidade sobrenatural.

A MÁSCARA

odos os dias, ele vai para a primeira igre- ja unitária de Brooklin para sentar-se na capelaabobadada, com a cabeça baixa em silêncio. Oministro sabe que ele não quer falar, e o deixa so-zinho com seus pensamentos e orações. Ele nuncapoderia adivinhar o que ele está pensando, porém,quando ele olha para a janela com vitrais e tenta

acreditar, mesmo que apenas por um instante, nacompaixão, perdão e o Deus imaginário que os hu-manos criaram para si mesmos.

Ele quer desesperadamente ser humano.Ele programou sua existência de modo que nãopossa fazer qualquer coisa sobrenatural durantedias – às vezes semanas. Quando alguém ou algoameaça sua vida cuidadosamente construída, noentanto, ele arranca as entranhas do mundo e usatoda sua fúria demoníaca progênita para garantirsua segurança.

Ele se auto-intitula anarquista, comunista,socialista, e um patriota – o que for preciso parapossuir as impressionáveis atitudes humanas cor-retas.

Ele os reúne em células com sinais e senhas secre-tas, não porquê não há nenhum bem, mas porqueele aprendeu a se portar como pessoa no ambiente

adequado. Ele acredita que a guerra está chegan-do. Já que será travada na terra, os humanos tem odireito de escolher um lado; ele tem a intenção de

A identidade de um demônio é uma ques-tão complicada. Ela é um anjo caído? um rebeldedemoníaco? ou ela é o ser humano que parece ser– tão humana quanto qualquer pessoa da maneiraque contam – apenas com um passado incomum?Se você perguntar a um demônio o que ele é, vocêpode esperar várias respostas diferentes.

Alguns demônios podem dizer que suaidentidade seria conforme a antiga identidade dosanjos de Deus-máquina. Esta identidade incluium nome – uma designação celestial, uma palavraalienígena que pode ou não ter um significado queo anjo escolheu para traduzir a língua local – e umpassado de serviço fiel ao Deus-máquina. Esta ati-tude é mais comum entre os integradores, embora

alguns sabotadores usem o termo “anjo caído” comorgulho.

Outro demônio pode falar sobre sua vidacomo desacorrentado, incluindo sua ligação aosdemônios locais e o impacto mais amplo que elesfazem sobre o mundo sobrenatural. Muitos de-mônios se poupam do apego emocional com seuscompanheiros demônios, com o raciocino de quepodem ser mais honestos e menos cautelosos com

entidades que partilham suas preocupações. Natu-ralmente, outros demônios seguem exatamente ocaminho oposto. Eles criam conexões emocionaiscom os seres humanos e vêem a maioria dos demô-nios como rivais, e potenciais inimigos. Demôniosde todos os tipos se enquadram nesta categoria. In-discutivelmente, identificar-se mais intensamentecomo demônio é a opção mais fácil.

Por fim, alguns demônios podem mencio-

nar suas vidas humanas - as coberturas – que osprotegem da vista e da ira de Deus-máquina. Aprimeira cobertura de um anjo é remanescente desua última atribuição como anjo, embora algunsdemônios possam desenvolver coberturas adicio-nais. A cobertura de um demônio é uma falsa iden-tidade quase perfeita que permite ao demônio seintegrar a sociedade humana. Os demônios vêm aomundo das trevas com emprego, casa, às vezes atémesmo amigos e família, embora estes relaciona-

mentos tendam a ser superficiais e artificiais. Al-guns demônios se identificam fortemente com suacobertura tratando o como sua identidade real


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mais humanos. Um lugar no mundo dos seres hu-manos – uma cobertura forte – é importante parao prosseguimento e mantimento destas relações.

Alguns demônios abandonam comple-tamente seu passado como anjos ou nada tem a

ver com seus companheiros desacorrentados. Ne-nhum demônio que queira durar muito tempo ig-nora sua cobertura. Sem uma cobertura funcional,o demônio é um farol para os caçadores de Deus-máquina, que exercem a sua impiedade até que eleseja destruído ou encontre alguma maneira de es-conder seu brilho. Sua verdadeira forma tambémé revelada, fazendo com que seja quase impossí- vel lidar com os seres humanos. Dito isto, algunsdemônios visualizam sua cobertura como meras

necessidades – dia de trabalho – em vez de partesimportantes de sua identidade.

COBERTURA E IDENTIDADE

O demônio usa muitos nomes – Sr. Gray,o capelão, ou mesmo avô. Masculino ou feminino,preto ou branco, ele sempre é velho, com cabelogrisalho e revestido com uma face. em existido naterra por tanto tempo que ele se esqueceu de como

vestir uma face jovem. Sra. Gloucester é uma bela jovem viúva.Ninguém lembra o que seu marido era, mas eleparece ter deixado a ela uma grande quantia dedinheiro, que ela gasta liberalmente. Então Sra.Gloucester desaparece, perseguida na escuridãopor acusações vagas e inimigos misteriosos. Nãomuito tempo depois, quando a Sra. Gloucester éesquecida, o Sr. Hamptom entra na cena social, umtrágico jovem viúvo bonito com os bolsos cheios.

Ele é um jovem bravo, mas os outros deta-lhes não interessam. Ele representa todas as etniase nacionalidades. Ele luta por qualquer motivo ex-ceto o estabelecimento. Onde quer que os jovens serevoltem contra a corrupção e a hipocrisia de seusanciãos, ele está lá. Ele não está interessado em go- vernar ou reconstruir, apenas destruir e derrubar.Se o seu objetivo é destruir coisas diversas, ele vaiajudá-lo – por um preço.

O demônio procura aspirantes a suicídioe oferece lhes uma barganha simples: uma morte

com vingança, alcançando tudo que for possívelantes de se aborrecer e encontrar outro suicídio,oferecendo-lhe a mesma coisa.

Cada demônio tem uma cobertura, umafalsa identidade que esconde sua existência de

Deus-máquina e seus anjos caçadores, e tambémsua existência sobrenatural dos humanos a seu re-dor. Alguns demônios mantém várias coberturasredundantes, enquanto outros tem apenas uma.

A cobertura inclui sexo, gênero, etnia eclasse sócio econômica, proporcionando ao de-mônio um contexto útil para navegar na culturahumana. Alguns demônio se identificam forte-mente com elementos de sua cobertura favore-

cida, verdadeiramente se vendo como “macho”,“japonês”, ou “heterossexual”. Para um demônioque se identifica como asiático, andando com umacobertura que lhe dá um corpo caucasiano, iria sesentir muito desconfortável. Muitos poucos de-mônios no entanto,que se recusam a adotar umacobertura que violaram sua identidade escolhidaem um piscar de olhos.

Até mesmo os demônios que possuem forte co-

nexão com os humanos não conseguem confiarplenamente em sua cobertura. A cobertura de umdemônio carece de ligação emocional e detalhesnecessários. Como a maioria dos exemplos de in-fra-estruturas, a cobertura inclui o mínimo neces-sário para explicar a existência do demônio. Umdemônio cuja cobertura é “chefe corporativo rigo-roso”, por exemplo, tem uma posição específica naempresa, dirige o tipo certo de carro, vive em umaespecífica casa, e tem específica conta bancária. Ele

não tem assinatura de revistas ou jornais, porém,a maioria dos quartos em sua casa suburbana é es-paçosa e estão mobiliadas. Seus colegas realmentenão sabem nada sobre ele, exceto que ele é eficientee pontual, bem como quaisquer outros traços depersonalidade necessária para manter a coberturade um “rigoroso chefe corporativo”.

Alguns demônios tem o trabalho neces-sário para transformar a sua cobertura em umaexistência concreta,forjando conexões emocionaiscom os humanos a seu redor. O “rigoroso chefecorporativo” pode ir ao golfe, mobiliar sua casa, fa-


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uma escolha sensata. Atenção humana pode cor-roer uma cobertura superficial, mas uma melhordesenvolvida é resistente a ingerência estrangei-ra pois não é inconsistente para um investigadorhumano descobrir. Uma cobertura mais profundatambém é mais forte e pode ser abusada e negli-genciada antes de continuar seu caminho.Muitosdemônios enxergam a necessidade de aprimorar acobertura assim como os humanos tentariam repa-rar o dinheiro perdido de uma empresa : como umseguro contra potenciais infortúnios.

Não importa o quanto ele se identifica – oumesmo gosta – de sua cobertura, um demônio in-teligente precisa se preocupar em ultrapassar os li-mites de sua cobertura. Se o “rigoroso chefe corpo-

rativo” começa a mostrar muita compaixão a seusfuncionários, sua cobertura pode começar a brigar.Um demônio pode fazer pequenos ajustes em suacobertura; O rigoroso chefe corporativo pode ficarum pouco menos rigoroso, talvez até fazer algunsamigos no escritório. Se o demônio quer levar umtipo de vida totalmente diferente – por exemplo,abandonar o estilo de vida corporativo, começar apintar e se mudar para San Francisco – ele precisade uma cobertura diferente.

Para alguns demônios, tudo isso é para nãose identificar como humano em tudo. Eles racio-cinam que, com todas estas complicações – nãomencionando a possibilidade de risco real – é me-lhor procurar uma conexão emocional com outrosdemônios. Alguns apenas tentam viver sem cone-xão emocional. Infelizmente, o isolamento emo-cional é prejudicial ao demônio como é para o serhumano. A maioria dos demônios procuram uma

abordagem equilibrada, identificando-se como se-res humanos na medida segura, e como demôniosa demônios em quem confiem.

Uma das maneiras de um demônio substi-tuir sua cobertura, é roubar a vida de um ser huma-no. Qualquer ser humano que tenha negociado suaalma é sempre um jogo limpo. O demônio tem depor a mão sobre seu alvo e invocar o pacto, e ele éfeito. Alguns demônios se sentem desconfortáveis

de usar este poder, e apenas os usam como últimorecurso. Outros demônios apreciam a oportunida-de de dar um passo na plena consciência da vida

rasitas, sobrevivendo de uma vida roubada, e ficaratormentado em culpa com isso varia de demônioà demônio.

Há uma terceira atitude estranha referentea esta prática. Quando tiram a vida de um ser hu-

mano, eles consideram que se tornaram a vítima.Se ele admirava o humano cuja vida roubou, o de-mônio pode proteger o ser humano amado e que-rido. Olhando para sua vítima, ele poderia tentar viver a vida humana “melhor” do que seu ocupanteanterior, isso também varia muito.

ENCARNAÇÕES, ORDEM E

HUMANIDADE.

Demônios que compartilham uma encar-nação ou ordem tendem a ter atitudes semelhantesem relação à raça humana e as coberturas que lhes“tornam humanos”. Em parte, isso ocorre porquea cobertura inicial de um demônio vem de sua úl-tima missão, e certamente está presa a sua encar-nação. Da mesma forma, a ordem representa osaspectos relacionados as metas de um demônio eatitude perante a vida, o que certamente é refletidoem sua atitude à cobertura que ele habita.

MENSAGEIROS

Como anjos, mensageiros foram enviadosem missões onde eles precisaram ganhar confian-ça de seres humanos. ombetas usam métodos deatuação angelical, enganando a si mesmos – pelomenos um pouco – para que pudessem enganaros humanos que são seus alvos. Como demônios,os mensageiros são os que mais tendem a ganhar

algo em relações humanas. A cobertura é essencialpara manter estas relações. Demônios por nature-za demoram a confiar em seres humanos, e mes-mo assim, uma boa cobertura é importante. Umser humano que sabe que seu melhor amigo é real-mente um pilar de magnésio branco de fogo comquatro braços, seis asas, e oito vozes falando comextraordinária harmonia provavelmente não querperceber isso quando ele vem para o café.

odos esses fatores se combinam para levara maioria dos mensageiros a identificarem-se comsuas coberturas. Mensageiros são os mais prová-


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humanas roubadas. Mensageiros provavelmentetratarão suas coberturas com cuidado e respeito,não apenas por uma cobertura forte ser necessária,mas também porque estão genuinamente ligados afacilidade de relações humanas.

O método dos trombetas, também tendema levar uma grande simpatia aos seres humanos.udo o que eles pensam sobre seu lugar no univer-so – anjo que virou humano ou demônio condes-cende para viver entre os humanos – mensageirosfreqüentemente gostam de pessoas. Eles se movematravés da cultura humana como peixes na água –ou como lobos no bosque – e é difícil para eles nãoadmirar uma espécie que começou imunda, parase tornar tão bela e complexa.

Mesmo mensageiros antinomianos, quegeralmente dão as costas às mentiras e manipula-ções que veio lhes sendo atribuídas como agentesde Deus-máquina em favor da honestidade brutal,raramente viram as costas às pessoas. Na verdade,freqüentemente antinomianos mensageiros são osdemônios mais compassivos.

GUARDIÕES E DESTRUIDORES

Guardiões e destruidores são semelhantesna medida como encaram a cobertura como meiopara atingir um fim. Como anjos fiéis, muitosguardiões passam um longo tempo –às vezes anos-imitando os humanos. Suas identidades humanasno entanto, não são nada mais do que véus escon-dendo sua natureza angelical. Enquanto muitosguardiões chegam a desfrutar da companhia hu-mana, assim como demônios, eles mantém umaatitude utilitarista em relação a suas coberturas.A cobertura de um guardião não é seu verdadeiroeu – é apenas a máscara que ele usa para manteros seres humanos ignorantes e Deus-máquina comdificuldade. Destruidores são semelhantes, excetoque eles são tão propensos a desfrutar a companhiahumana. Quando os espadas eram anjos leais, elessó imitavam os humanos tempo o suficiente parachegar perto de seus alvos.

Mesmo quando espadas e escudos se iden-

tificam fortemente com os humanos e tentam for-mar relacionamentos humanos, eles ainda estão

andar no mundo humano, mas não é quem elesrealmente são.

Quando se trata de seres humanos, a maio-ria dos destruidores e guardiões não podem esca-par de seu passado como criaturas da destruição

e violência. Se eles estão frustrados com a fragili-dade humana ou impressionados com a bravurahumana, depende da personalidade do demônio.Alguns espadas e escudos são protetores dos sereshumanos; outros os desconsideram. Um guardiãode pavio curto pode dar clorofórmio a um huma-no e jogá-lo no porta malas de seu carro – paraseu próprio bem – e um destruidor de pavio curtopode ser inclinado a resolver os problemas com ospunhos. No outro extremo, guardiões antinomia-

nos e destruidores evitam usar a força rigorosa-mente.

Em última análise, a maior parte dos guar-diões e destruidores definem seus relacionamentoscom os seres humanos através de uma consciênciade quão frágeis os humanos são. rata-se de umaconsciência que geralmente os impede de se enxer-garem como humanos, pois os espadas e escudostambém estão cientes de quanto mais duráveis os

humanos, melhor para eles.

GUIAS DE ALMAS

Guias de almas foram subornadores deDeus-máquina, reunindo recursos para reorga-nizar o mundo e trazer as várias maquinações deDeus-máquina a se concretizarem. A maioria dosguias de almas procuram coberturas que lhes per-mitam prosseguir as suas obsessões estranhas. Porexemplo, uma engrenagem que gosta de cultivarrelacionamentos com um certo tipo de pessoa –pode criar uma cobertura de artista, um crítico dearte, ou proprietário de uma galeria. Outro guiade almas pode procurar uma cobertura que lhepermite agir como um casamenteiro, unindo aspessoas em configurações – não necessariamenteromântica –que ele acha agradável.

No entanto, mesmo a usando, a maioria dosguias de almas não se identificam fortemente com

suas coberturas. A queda não influencia muito afazer estes anjos alienígenas se tornarem demônios


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máximo, é um projeto. Não é o que eles realmentesão.

Quando se trata de seres humanos, guiasde almas normalmente apresentam um grau defascínio que rivaliza com os mensageiros. Os seres

humanos e seus artefatos são maravilhosamentecomplicados. A diferença é que enquanto os trom-betas acham seres humanos interessantes e simpá-ticos, rodas apenas os acham distantes. Guias dealma não costumam querer serem humanos assimcomo mensageiros gostariam. Quando eles intera-gem com os seres humanos, não é apenas para sedivertir, é parte de um sistema para organizar ascoisas ao estranho gosto do guia de almas.

INQUISIDORES Inquisidores escolhem coberturas que lhesconferem acesso a informação. Eles costuma acharútil se passarem por jornalistas, professores, ar-quivistas, detetives e policiais. Em segundo lugar,atrás apenas de sabotadores em termos de para-nóia – um efeito colateral de passar muito tempoolhando para o mundo secreto da história e seguiros movimentos de seus mestres secretos. – inquisi-

dores também são suscetíveis a assumir coberturasúteis e inofensivas, melhor para manter suas ver-dadeiras naturezas ocultas daqueles que procuramos investigar. A coleta de informações pode ser umprocesso lento, integradores são coberturas de va-lor. Se um inquisidor se identifica fortemente comuma cobertura ou não, ele não vai desperdiçá-lasimplesmente por ter recolhido contatos e umaenorme biblioteca de informações atualizadas.

Quando se trata de seres humanos,inqui-sidores, muitas vezes se sentem superiores. Comodemônios, eles são capazes de compreender o universo e agir sobre essa compreensão com mais po-der do que a maioria dos seres humanos sequerpoderiam imaginar. Os seres humanos estão sujei-tos às regras do mundo; demônios podem cortareste sistema, acessando portas traseiras e códigossecretos, jogando o jogo de uma forma diferente.Dentro de sua interminável busca de aprender to-dos os segredos do universo, inquisidores freqüen-temente perdem de vista os seres humanos que vivem a seu redor. Suas cabeças simplesmente são

A meta declarada dos inquisidores, podeser manipular o Deus-máquina ou encontrar umamaneira para os demônios escaparem de sua aten-ção. De qualquer modo, a maioria dos inquisidoresnão acham que o fim de seu jogo terá um efeito so-bre a vida dos seres humanos. Eles acreditam quepisam levemente no mundo humano, pois não sãoum deles: um dia eles vão encontrar seu próprio lu-gar, e sendo melhor ou pior nunca precisarão lidarcom os seres humanos novamente.

INTEGRADORES

Integradores, por outro lado, são maispropensos a viver com coberturas esboçadas e in-completas. Esses demônios que procuram retornar

a Deus-máquina visualizam as perspectivas co-berturas apenas como questões de sobrevivênciae evitam ativamente desenvolver qualquer anexoque possa distraí-los de seu propósito. Os rarosintegradores põe qualquer trabalho em sua cober-tura, a fim de torná-lo agradável a Deus-máquina,se tal coisa for verdadeiramente possível. Algunsdesses integradores adotam coberturas que traba-lham com engenharia ou tecnologia, na esperançade que Deus-máquina apreciará os dias e dias que

passaram emulando sua perfeição mecanicista.Outros assumem papéis de autoridade, como aaplicação da lei, esperando que Deus-máquina osenxergue conforme sua hierarquia, ao invés de de-safiar o resto dos anjos caídos.

Integradores estão divididos sobre o quan-to se identificam com suas coberturas. Alguns in-tegradores acreditam que Deus-máquina quer queos anjos façam bem o seu trabalho. Parte desse tra-

balho significa manter de forma eficaz sua cobertu-ra. Estes integradores prosseguem suas coberturascom todo o fervor de um ator premiado, esperandoque quando chegar a hora, Deus-máquina ficaráimpressionado com sua competência. Outros inte-gradores acreditam que não podem perder de vistao que realmente são – anjos. Eles argumentam que,se aprofundando em suas coberturas, correm o ris-co de distraírem-se com o mundo material. Depoisde já ter cedido as tentações humanas uma vez, eles

não são dedicados ao fazê-lo uma segunda vez, as-sim evitam tornar-se muito afeiçoados a suas co-berturas


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tem mais simpatia por humanos. Integradorescompreendem e não desprezam a condição huma-na. Eles sabem o que é ter medo da morte, se per-guntam o que suas vidas são e sofrem sob a tiraniada escolha. A única diferença entre os integradorese os seres humanos, é que eles tem uma saída queseria o retorno a Deus-máquina.

Alguns integradores vão além, identifican-do como vêm a humanidade, para enxergarem-seessencialmente como seres humanos, com o po-tencial para se transformar em algo mais do queanjos caídos tentando ingressar a seu criador. Al-guns integradores tentam acreditar que os planosde Deus-máquina realmente são para o bem dahumanidade; reconectando-se à Deus-máquina e

se tornando uma parte deste plano, mais uma vez,em benefício da humanidade. Outros tentam acre-ditar que pelo fato de terem sido anjos e demônios,podem levar um pouco de humanidade a Deus-máquina quando forem resgatados.

SABOTADORES

Sabotadores estão entre os demônios maisparanóicos. eles podem não procurar conspirações

secretas assim como inquisidores fazem, mas elesquerem destruir Deus-máquina, o que os tornaseus inimigos. Muitos sabotadores assumem co-berturas comuns e menos ameaçadoras que pude-rem, o melhor para evitar a atenção de Deus-má-quina. Sabotadores também se esforçam em suascoberturas e estão entre os demônios mais pro-pensos a ter múltiplas coberturas redundantes quepossam ser destruídas em uma briga.

Outros sabotadores se identificam com asrebeliões humanas contra a autoridade e assumemcoberturas anarquistas, comunistas e outras in-conformadas. Eles argumentam que isso os colo-ca em contato com seres humanos que possuem ascompetências adequadas e a inclinação para utili-zá-los. udo o que é preciso, é um pouco de redire-cionamento e o sabotador pode providenciar que aestrutura de Deus-máquina seja destruída até mes-mo por humanos comuns revolucionários.

Como integradores, sabotadores tem umaabordagem paradoxal a sua cobertura. Por um

moníacos, eles são emocionalmente propensos atomar rápidas decisões. Muitos até enxergam oshumanos como irmãos guerreiros na luta contraDeus-máquina – é seu mundo, apesar de tudo.

A vida de um sabotador é difícil com co-

berturas. Deus-máquina tem maneiras de atacar acobertura de um demônio – a principal delas é amanipulação de seres humanos curiosos. Sabota-dores tornam-se alvos. Já que entram em contatodireto com Deus-máquina e seus agentes, sabota-dores tem que contar com a mais poderosa habili-dade em seu arsenal demoníaco, as proezas que acobertura usa em uma briga a cada utilização.

Sabotadores tendem a equilibrar estes im-

pulsos contraditórios formando acessórios inten-sos mas de curta duração para suas coberturas.Eles vivem cada cobertura integralmente, usan-do-as para se conectar ao ser humano e apreciaro mundo humano até que ele é inevitavelmentetomado deles. Em seguida, eles se movem. Algunssabotadores são mais cuidadosos ou menos afei-çoados aos seres humanos, mas a maioria deles or-bitam em torno desse padrão.

Sabotadores tendem a atrair demônioscom sentimentos fortes sobre humanos. Algunssabotadores dizem que, quando Deus-máquinafor derrotado, eles vão fazer um mundo novo ondeseres humanos e demônios são igualmente livres.Outros sabotadores odeiam a humanidade por suafraqueza e estupidez em deixar-se serem manipu-lados pelo Deus-máquina por tanto tempo. Essesdemônios freqüentemente se tornam insensíveisnão se importando com os estúpidos seres huma-

nos que se tornam ovelhas apanhados por seus pla-nos. Poucos sabotadores são indiferentes aos sereshumanos. As ações diretas e agressivas –e as con-seqüências para os seres humanos que são apanha-dos no caminho – os segregam muito antes.

TENTADORES

Finalmente, tentadores são muito apegadosa sua cobertura. Como regra, se adaptam a cober-tura para viver confortavelmente. entadores são

homens do petróleo, celebridades menores, e ricosociosos. Lembre-se porém, que a idéia de conforto


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tador prefere ser uma dona de casa suburbana, serum agricultor do centro-oeste ou artista a morrerde fome. O que importa para tentadores é que acobertura, seja ela qual for, seja profunda, rica ecompleta – é por isso que eles caíram não é?

Já que eles são, em última análise, auto-serviço, tentadores normalmente não poupamesforços para garantir a sua segurança pessoal,com redundantes múltiplas eventualidades casosuas coberturas sejam comprometidas. entadoresgostam de estar no centro de uma rede de pactose promessas – é preciso muito pouco esforço paraque eles possam tomar a si algumas dessas dívidasque poderiam fornecer ao tentador uma nova co-bertura.

Apesar de seu egoísmo, tentadores geral-mente se apegam muito a sua cobertura e os hu-manos ao qual estão envolvidos. entadores são osque possuem maior probabilidade de realmente viver através de suas coberturas, e sentir algo fortesobre protegê-los. Ao mesmo tempo, eles se movem nos bastidores para fazer beck-up de cober-turas e garantir, que aconteça o que acontecer, elesirão sobreviver.

entadores possuem sentimentos compli-cados por seres humanos. Por um lado, eles vivemdistanciados dos seres humanos, os enganandocom pactos que a maioria dos humanos não com-preende verdadeiramente. Quanto humanos e ten-tadores se encontram, raramente suas vidas ficamintactas. Por outro lado, tentadores são os maisprováveis de se relacionar com seres humanos dia-riamente. Como sabotadores, tentadores tendem

a pensar de duas formas quando se trata de sereshumanos: ou eles visualizam os humanos como si-nais, ovelhas a serem tosquiadas e nada mais, oucriam simpatia pelos humanos e se envolvem emexplicações complicadas para justificar a sua ma-nipulação.

A VIDA COMO UM DEMÔNIO

Cada demônio é uma criatura híbrida. Nasua essência, é um espírito transcendente, uma

vez que é parte calculada aperfeiçoada por Deus-máquina. endo escolhido abandonar a perfeição

pos humanos, seus sentidos anteriormente onis-cientes foram altamente reduzidos aos cinco sen-tidos humanos. Esta qualidade híbrida – eterna emortal, espiritual e física – os deixam marcas úni-cas entre os habitantes do mundo das trevas.

CARNE DECAÍ DA

Enquanto ele tem uma cobertura funcio-nal, o demônio é funcionalmente um ser humanocomum com um corpo humano e tudo o que lheimplica. Se um demônio deveria agarrar-se a umaúnica identidade humana por tempo suficiente, eleiria envelhecer e se tornar enfermo. Embora a rea-lidade de disfunções menores que acompanhamuma grande quantidade de poder demoníaco

poder interferir no processo, o demônio poderiaeventualmente, morrer de causas naturais, comoqualquer humano.

Os demônios são tão ignorantes sobre oque ocorre com eles quando estão prestes a morrercomo qualquer outra pessoa. Os demônios maiscínicos temem que, se qualquer parte deles perma-necer após a morte, é devolvido a Deus-máquinapara ser reciclado em outro anjo leal ou refeito

como parte de infra-estrutura em algum lugar.Demônios mais esperançosos crêem que escolhera vida humana, também é escolher a morte huma-na, esperança de que tudo o que resta deles – se al-guma coisa – possa seguir os seres humanos ondequer que vão, seja através da encarnação ou algumtipo de paz como recompensa. Nenhum demôniofoi reconhecido por retornar como um fantasma,mas se isto é um bom sinal ou um mau presságiodepende do demônio.

A maioria dos demônios simplesmenteassumem que não possuem nenhuma centelhaeterna, e quando eles morrem, eles simplesmen-te deixam de existir. O mais ambicioso demônio,por outro lado, acredita que quando completar suadescida eles serão imortais no inferno onde gover-narão.

A maioria dos demônios passam a maiorparte do tempo escondidos da humanidade com

uma máscara. Embora alguns demônios se sintamconfortáveis com sua cobertura e até mesmo a con-


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ma. Cada demônio tem acesso a uma forma demo-níaca, a forma que eram como anjos. Esta formaé intrinsecamente mais poderosa e durável do queum corpo humano. Quando o poder espiritual deum demônio cresce, sua forma demoníaca tambémse torna mais poderosa. Demônios podem assumiras suas formas demoníacas sempre que desejar,com muito pouco esforço, e permanecer nesta for-ma pelo tempo que quiserem. Retomar sua másca-ra humana é o que mais da trabalho. Para um de-mônio, o custo real de assumir a forma demoníaca,é que isto pode comprometer sua cobertura.

Alguns demônios se sentem muito maisconfortáveis em sua forma demoníaca, a tal pontoque eles tentam organizar suas vidas para que eles

possam passar algum tempo nesta forma todos osdias. Estes demônios as vezes se unem para criarespaços seguros onde eles possam assumir as suasformas demoníacas e “deixar o cabelo baixo” semse preocupar com a curiosidade humana ou dosagentes de Deus-máquina. Sempre que existam,estes lugares muitas vezes são terrenos neutrosonde demônios com radicais perspectivas diferen-tes – Os sabotadores integradores e, mais radical-mente tentadores egoístas e abusivos – podem seencontrar.

Este é um lugar perigoso para um demô-nio: ele está preso em uma forma horrível, pressio-nado a encontrar mortais dispostos a barganharsuas almas na corrida contra os anjos poderososde Deus máquina. Este estado tem benefícios, noentanto. Um demônio que de bom grado queimasua cobertura – “indo além”- recupera o acesso auma grande quantidade de poder angelical que

ele perdeu. Um demônio neste estado é uma for-ça a ser considerada. Mesmo assim, Ir além muitas vezes é um ato de desespero ou de auto-sacrifício,a última coisa que um demônio faz antes que umanjo o derrube.

MENTE DECAÍ DA

Apesar da natureza de um demônio serdualista – em parte divina, em parte mundana –sua perspectiva mental e emocional se assemelhama de um ser humano. É verdade que os demôniostem um passado extraordinário e pensar em ma-

humanas bastante comuns. Se algum demônio sepreocupa quando estiver em perigo, ele experi-menta medo. Ele o sente em seu intestino, em suagarganta, em seu peito assim como um ser huma-no comum.

A perspectiva humana de um demônio es-sencialmente é reforçada pela experiência munda-na do mundo. Demônios são mais sensíveis a cer-tas emanações sobrenaturais, mas eles geralmente vêem e ouvem o mundo de forma humana.

Não importa o quão estranho o demôniofoi quando caiu, anos de reflexão sobre as coisasmundanas, experimentar o mundo em seu modomundano, e sentir emoções humanas tem um efei-

to humanizador sobre eles. Isso não significa queos demônios são universalmente benignos – háuma grande diferença entre “humano” e “huma-nitário” – mas quando os demônios são monstros,eles são monstros de uma forma humana.

Ao mesmo tempo, no entanto, demôniosexpressam suas emoções de forma diferente. De-mênios experimentam uma desconexão entre cor-po e mente. Eles sentem emoções tão profundas

como qualquer humano. O que eles não fazem, noentanto, é expressar essas emoções inconsciente-mente. Um demônio pode atacar com raiva, masninguém vai vê-lo chegando. Seu auto-controle in-ter-pessoal é perfeito.

Esta condição faz com que seja difícil ler osdemônios, o que pode ser uma parcela de trunfoem seu mundo, contra-enredos, e paranóia. Issotambém torna mais fácil para o demônio mantersua cobertura. Não importa o quão repugnado elese sente com coisas que precisa fazer para mantersua cobertura saudável – atos de crueldade e degra-dação, lidando com seres humanos que o demôniodespreza – nunca precisa se expor. Muitos demô-nios tem este aspecto em comum de condição parafavorecer sua sobrevivência.

Ao mesmo tempo, a desconexão entre ocorpo e mente demoníaco pode ser destrutivo paraseus relacionamentos. É difícil não sentir que você

está manipulando as pessoas de quem você gos-ta quando você tem que escolher que eles saibam


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natural humana. Demônios compassivos a emo-ções dolorosas tem que lidar com o fato de que,em algum nível, eles estão prejudicando os sereshumanos que os amam intencionalmente, que elespoderiam esconder suas emoções perfeitamente,se eles quisessem. odos menos o mais egoísta dosdemônios gostariam de ter pelo menos uma pes-soa – companheiros humanos ou demônios – comquem pudessem ser genuínos mas esse tipo de re-lacionamento pode ser difícil para um demônioconstruir e manter.

CORAÇÃO DECAÍ DO

Embora muitos demônios tenham forte li-gações a um ou dois seres humanos – muitas vezes

humanos envolvidos em circunstância de sua que-da – também são uma ameaça. Os seres humanosdemasiadamente curiosos podem acabar desven-dando a cobertura de um demônio.

Demônios admitem o perigo de mantercontato com os humanos e os limitam, em verdade.Uma vez que o demônio permita de bom grado queo humano descubra seu segredo, o homem podeprejudicar sua cobertura, aprendendo mais. Esse

ato simples – que esclarece o ser humano, não im-porta o quão amado – pode prejudicar a coberturaperigosamente. Pior ainda, se este humano revela a verdade a outros humanos começam a o investigar,e a cobertura do demônio está em perigo maior.Se a notícia se espalha longe o bastante para quecaia aos ouvidos de uma anjo de Deus-máquina,as conseqüências podem ser mortais para todosos envolvidos. Como resultado, os demônios sãomuito cuidadosos sobre a quem revelar seu verda-

deiro eu. Os seres humanos também representamperigo ao invés de uma fragilidade inerente. Al-guns demônios se apaixonam a seus associadoshumanos – às vezes até caem por este sentimento– mas os seres humanos são eminentemente mor-tais. Eles podem ser feridos e mortos de várias ma-neiras. Associar-se a um demônio também é umaboa maneira de acabar com impulsos subterrâneossobrenaturais perigosos no mundo das trevas.Amigos humanos de demônios podem se tornaruma ameaça não por culpa própria, assim como

Mesmo companheiros demoníacos podemser confiáveis. Graças a caprichos da cobertura,um demônio nunca pode ter certeza exatamentedo que ele é. A mulher esbelta polinésia com quemfalou na quinta feira poderia ser um cara alto ebarbudo na terça feira seguinte. Ele diz que é omesmo demônio, mas você tem certeza que é? alvez ele seja o rival do demônio ou mesmo um anjode Deus-máquina. Você apostaria sua vida nisso?demônios tentam e podem se proteger com siste-mas de senhas elaboradas, sinais e contra-senhas,mas quão eficazes elas são realmente em um mun-do onde incorporações e façanhas podem coletarinformações das mentes dos incautos?

Isso não é mesmo considerado parcelas de

contra-ataque que são endêmicas para a sociedadedemoníaca. Ordens demoníacas não são hierar-quias com guardiões para garantir que cada mem-bro realmente execute a missão da ordem. Ordenssão associações livres e abertas de demônios. Équase impossível ter a certeza de que um determi-nado demônio é um verdadeiro crente ao invés deinfiltrador, uma planta, ou simplesmente mais umdesacorrentado interessado em cumprir seus pró-prios objetivos ao invés do objetivo da ordem.

PEQUENOS MONSTROS

Os demônios podem impregnar e ser impregna-dos por seres humanos. As crianças resultantessão estranhos híbridos de demônios e humanos;Como seu pai humano, eles estão presos em umcorpo e uma identidade por toda sua vida. Noentanto, como seu pai, eles podem aprender amanipular a invasão a realidade através de in-corporações demoníacas. Uma vez que eles nãopossuam facilidade para evocar éter, o poder bru-to, proezas se distanciam deles. É lógico que umpeão demônio não tem uma cifra para descobrir,rumores opostos persistem. Demônios contamhistórias de crianças estranhas de sua meia-raça.Alguns demônios afirmam ter conhecido exiladosou anjos que antes eram meio-humanos; outrosnegociaram o pouco Primum crepitante apresen-tado em sua alma por outro fim; eles reivindicamuma ligação com o “verdadeiro” inferno além das


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O QUE SERÁ QUE OS DEMÔNIOS

FAZEM TODO DIA?

Ela acorda toda manhã as 8:37 hrs. Ela nãoprecisa de um despertador, o tempo sempre foi seu

amigo. Ela garante que a enxergarão correndo poisé o tipo de coisa que uma pessoa como ela deveriaestar fazendo. Ela flerta com Cole Fisher, cujo levaseus cães a passear no mesmo horário que ela, ecompra uma garrafa de água do vendedor de ros-quinhas na entrada do parque. Uma vez por sema-na, ela faz uma pausa para amarrar seu sapato naparada de ônibus, pois é ali que ela recolhe caixasque a mantém em contato com seus informantes.

De volta ao apartamento as 9:12 hrs, liga ochuveiro, e em seguida vai para o escritório reporum cheque na internet. Ela le seus e-mails e sites denotícias analisando locais e eventos do blog For-tean. Ela não pode articular o que está procuran-do, exatamente, mas ela sabe onde ler. É o tipo decoisa que dá um sabor familiar de faíscas de ozôniona parte de trás de sua língua.

Ela vai para o café na esquina as 10:30 hrsAM e almoça – novamente, pois é o tipo de coi-sa que um consultor de trabalho caseiro faz paraesticar as pernas e obter um pouco de interaçãohumana antes de voltar a trabalhar. O que lhe per-mite checar outra das suas caixas recolhidas. Seuma pessoa no café for cumprimentá-la com fra-ses pré-determinadas, ela saberia que algo de ruimaconteceu e reagiria em conformidade. Isso nãoaconteceu até agora.

Ela faz algumas ligações enquanto cami-

nha de volta a seu apartamento – para ainda man-ter as aparências, fazendo o tipo de coisa que umapessoa em sua posição deveria fazer – mas quan-do ela retorna, o verdadeiro trabalho começa.

Hoje é um bom dia. Um de seus sócios, determi-nou que o inimigo da nova fábrica – suspeito, masnunca confirmado – está escondido entre as má-quinas da estação de retransmissão do poder local.Alguém precisa ganhar acesso ao edifício da divi-

são e esta tarefa é designada a ela.

Ela é tão focada que a campainha pega de

“ Grey, eu estava em seu bloco, você viucomo está bonito lá fora? Eu tenho uma pizza.Você quer estacionar e me ajudar a comer?”

Aisling, estúpido e ignorante, frágil, tolo,humano. O demônio que se chama cinzento sorri

quando ela pressiona o botão e começa a falar. Elatem sido muito produtiva até hoje. Ela pode se darao luxo de gastar um pouco de tempo com coisastolas.

“Eu vou descer.”

Apesar de sua cobertura a isolar de algu-mas necessidades tediosas de uma vida humananormal, demônios ainda são em grande parte hu-

manos. Sua perspectiva humana significa que elesainda têm de lidar com muitos problemas huma-nos. Pode parecer estranho, mas agora que estesseres têm caído, as vezes lidam inteiramente compreocupações terrenas. Demônios se preocupamsobre como sua vida está indo. Eles tem queixas,eles tem dias ruins no trabalho. Eles ficam ansio-sos com o destino dos seres humano a quem elesdesenvolveram conexão. Inicialmente, muitos de-mônios enfrentam estas dificuldades cotidianas

com um sentimento de orgulho. Após isso, sua hu-manidade é um privilégio suado; cada frustraçãohumana é algo a ser valorizado. Eventualmente,no entanto, a maioria dos demônios se sentem damesma forma sobre estas situações assim como amaioria dos seres humanos.

Ao mesmo tempo, os demônios são criatu-ras sobrenaturais. Eles se movem no mundo oculto.Embora a maior parte dos habitantes do mundo daescuridão se apegam a suas próprias preocupações,os demônios podem ser facilmente apanhados emseus esquemas. Magos são eternos curiosos sobre omundo a seu redor, e podem confundir anjos e de-mônios de Deus-máquina como criaturas de seuspróprios reinos superiores. Lobisomens –os guar-diões ordenados do mundo espiritual – poderiamfacilmente deparar-se com guias de almas em seusobjetivos ou qualquer outro demônio que procuraexplorar o mundo espiritual. Humanos são igno-rantes e frágeis, e o mundo das trevas está cheiode monstros, predadores e fanáticos. Qualquerdemônio que cria fortes conexões com humanos


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seres humanos.

Partindo do princípio de que ela não tempreocupações mais sérias ou envolvimento com osobrenatural, um típico demônio gasta várias ho-ras de seu dia para manter seu disfarce. Se ele tem

múltiplas coberturas isso pode abordar –ou atémesmo ultrapassar – o tempo e atenção assumidode uma tarefa em tempo integral. A maioria dosdemônios também estão a espreita de mais sereshumanos para criarem pactos. Mesmo um demô-nio compassivo e humano prefere resolver proble-mas negociando compromissos suscetíveis paraformar uma ampla rede de pactos por questão desegurança. Afinal, “flexibilidade” e “segurança”mantém uma variedade de pessoas em sua dívi-

da. A maioria dos demônios passam uma parte decada dia coletando informações sobre Deus-má-quina. Demônios que não são membros de qual-quer ordem não tem interesse em l

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Demônio a Descida