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2 edioAmpliada e Revisada
Captulo 11 Demonstrao dos
Fluxos de Caixa
Tpicos do Estudo
Demonstrao dos Fluxos de Caixa.
Demonstraes Financeiras para montagem daDemonstrao do Fluxo de Caixa - DFC.
Notas Explicativas para montagem do Fluxo de Caixa DFC
Modelo Direto
Explicao sobre os dados obtidos da contabilidade:
Explicao sobre a Demonstrao dos Fluxos de Caixa(Modelo Indireto)
Explicao da montagem da Demonstrao do Fluxode Caixa - Indireto
Planejamento financeiro2
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Demonstrao dos Fluxos de Caixa
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Nos ltimos quinhentos anos, a contabilidade tem sido ogrande instrumento de gesto empresarial e definanceira. No entanto, com a crescente complexidadedos processos empresariais, a contabilidade comea aapresentar suas vulnerabilidades, o que dificulta aoadministrador uma viso precisa da situao financeira epatrimonial de seu negcio.
Isto faz com que o administrador busque novosinstrumentos que o auxiliem a interpretar a realidade deseu negcio. E a que entra o fluxo de caixa. No entantoo fluxo de caixa tem sido usado, quase queexclusivamente, como instrumento de avaliao deinvestimentos. Muito pouco tem sido escrito acerca ofluxo de caixa como o poderosssimo instrumento degesto financeira que ele . Da as empresas, de um modogeral, fazerem um uso to limitado de suas possibilidades.
Demonstrao dos Fluxos de Caixa
E, no entanto, o fluxo de caixa pode ser usado para obterinformaes tais como:
Qual a capacidade da empresa de gerar recursos parafinanciar suas operaes?
Se a empresa geradora de caixa, por que o dinheirono aparece?
Se a empresa no geradora de caixa, o que que temviabilizado suas operaes?
Quais as necessidades de capital de giro da empresa? Qual a relao tima entre o capital de giro prprio e o
de terceiros na empresa ?
Qual o saldo de caixa mnimo que a empresa devemanter para fazer face a suas obrigaes financeiras ?
Qual a capacidade da empresa imobilizar ou distribuirdividendos sem fragilizar a estrutura de capital de giro?
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Demonstrao dos Fluxos de Caixa A capacidade de gerao de caixa da empresa compatvel
com suas polticas de reposio de estoques e definanciamento de seus clientes?
Apesar de ser um instrumento importantssimo de gestoempresarial e financeira, o fluxo de caixa quasecompletamente desconhecido pelas empresas e desprezadopelo meio acadmico. Os livros que tratam do assunto sopoucos e, quase sempre, ruins. Sem que o meio acadmicodisponibilize estas informaes o meio empresarial faz um usomuito limitado deste instrumento. O que ns vemos, quasesempre, que as empresas olham para o fluxo realizadoapenas para verem se o saldo no perodo foi positivo ou no.Quanto ao fluxo projetado, este tem sido usado, quase queexclusivamente, para verificar se a empresa ter recursossuficientes para pagar suas contas.
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Apresentamos neste captulo por ser uma demonstraoainda no obrigatria no Brasil. Todavia dispomos de umanteprojeto de Lei n 3741 das Sociedades Annimas que,quando aprovado, tornar esta demonstrao obrigatria.
O anteprojeto diz que a demonstrao dos Fluxos de Caixaindicar, no mnimo, as alteraes ocorridas no Exercciono saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregadas emfluxos das operaes, dos financiamentos e dosinvestimentos.
O anteprojeto prope a substituio da Demonstrao dasOrigens e Aplicaes de Recursos (DOAR) pelaDemonstrao dos Fluxos de Caixa (DFC). A nova propostano estabelece um modelo para a DFC, nem estabelece seesta demonstrao ser obtida de forma direta (a partir damovimentao do caixa e equivalentes de caixa) ou deforma indireta (a partir do lucro/prejuzo do exerccio).
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Requer apenas o anteprojeto que, em linha com asprticas internacionais, essa demonstrao sejasegregada em trs tipos de Fluxos de Caixa: os fluxos dasatividades operacionais, das atividades de financiamentoe das atividades de investimentos. Dessa forma, pormeio de normatizao especfica, os rgos reguladorespodero estabelecer o modelo de DFC que julgaremmelhor atender as necessidades de informaes dosseus usurios.
Demonstrao dos Fluxos de CaixaA estrutura da Demonstrao dos Fluxos de Caixa (DCF),utilizaremos o modelo norte-americano, conhecidocomo FAS n 95 (Financial Accounting Standard), que esttornando padro mundial, e o modelo Normas eProcedimentos de Contabilidade do IBRACON NPC 20,compe-se de trs grandes grupos, que so:
Atividades operacionais.
Atividades de Investimentos.
Atividades de financiamentos.
Essa estrutura de fcil entendimento, pode ser utilizadopara qualquer tipo de empresa: pequenas, mdias ougrandes, sendo comrcio, prestao de servios einstituies financeiras. Que analisaremos o contedo decada um desses grupos.
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Atividades Operacionais
Recebimentos Operacionais de: Conta a receber clientes vista. Contas a receber clientes a prazo. Contas a receber adiantamentos. Rendimentos de aplicaes financeiras. Juros de emprstimos concedidos. Dividendos recebidos. Outros recebimentos.
Pagamentos Operacionais de: Fornecedores de matrias-prima. Fornecedores de mercadorias. Adiantamentos a fornecedores. Salrios e encargos. Impostos. Outros pagamentos.
Demonstrao dos Fluxos de Caixa
O conceito de operacional basicamente todos osrecebimentos e pagamentos das operaes da empresa.
Atividades de Investimentos Aplicaes financeiras (com prazo superior a trs
meses).
Emprstimos concedidos.
Participaes em coligadas/controladas.
Participaes em outras empresas.
Imobilizado.
Diferido.
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Atividades de Financiamentos Emprstimos bancrios.
Financiamentos/leasing.
Recursos prprios.
(-) dividendos pagos.
Conceito de Financiamentos inclui os recursos deterceiros e os prprios recursos recebidos.
Esta demonstrao poder ser num Modelo Direto ouIndireto. Apresentamos os dois modelos. Para melhorentendermos esta demonstrao, partiremos de suamontagem com os dados da Cia. Jundia S.A.
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Demonstraes Financeiras para montagem da Demonstrao do Fluxo de Caixa - DFC
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BALANO PATRIMONIAL
Companhia Jundia S.AATIVO PASSIVO
20X1 20X2 20X1 20X2CIRCULANTE: 376.000 505.000CIRCULANTE: 245.000 437.000Disponvel: 251.000 352.000 - Fornecedores 75.000 150.000- Caixa 1.000 2.000 - Emprstimos bancrios 100.000 200.000
- Aplicaes financeiras 250.000 350.000- Salrios e encargos sociais
12.000 24.000
Direitos realizveis a curto prazo
125.000 153.000- Proviso de imposto de renda
5.000 7.000
- Contas a receber Clientes 100.000 120.000- Proviso de contribuio social
3.000 6.000
- Baixas de crditos(5.000)
(7.000)- Honorrios da diretoria a pagar
5.000 10.000
- Impostos a compensar 20.000 25.000 - Outras provises 15.000 35.000Estoques 10.000 15.000 - Demais contas a pagar 30.000 5.000
REALIZVEL A LONGO PRAZO 165.000 220.000EXIGVEL A LONGO PRAZO 500.000 915.000
- Contas a receber clientes 15.000 35.000- Emprstimos e financiamentos
350.000 700.000
- Ttulos e valores mobilirios
150.000 185.000 - Provises de contingncias
100.000 150.000
- Demais contas a pagar 50.000 65.000
Demonstraes Financeiras para montagem da Demonstrao do Fluxo de Caixa - DFC
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PERMANENTE 669.000 1.300.000
Investimento: 220.000 385.000PATRIMNIO LQUIDO 465.000 673.000
- Participaes em outras
sociedades 150.000 300.000
- Outros investimentos 70.000 85.000 - Capital social 350.000 450.000
Imobilizado: 425.000 885.000 - Reserva de capital 10.000 15.000
- Imveis 400.000 800.000 - Reserva de lucros 105.000 208.000
- Mveis e utenslios 10.000 25.000
- Equipamentos de
informtica 15.000 50.000
- Veculos 25.000 70.000
Depreciao acumulada (25.000) (60.000)
Diferido 24.000 30.000
- Despesas pr-operacionais 30.000 45.000
Amortizao acumulada (6.000) (15.000)
TOTAL DO ATIVO 1.210.000 2.025.000TOTAL PASSIVO + PL 1.210.000 2.025.000
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DEMONSTRAO DO RESULTADO DO EXERCCIOCompanhia Jundia S.A - CNPJ 43.771.517/0001-80
20X1 20X2
Receitas operacionais bruta
Vendas de mercadorias, produtos e servios. 2.000.000 3.000.000
Dedues e abatimentos
Vendas anuladas. (10.000) (15.000)
Descontos incondicionais concedidos. (45.000) (70.000)
ICMS sobre vendas. (220.000) (330.000)
PIS sobre o faturamento (alquota 1,65% - Lei 10.637) (13.200) (19.800)
COFINS (60.000) (90.000)
Receita operacional lquida 1.651.800 2.475.200
Custo das vendas e dos servios prestados (991.000) (1.485.000)
Lucro Bruto 660.800 990.200
Despesas operacionais
Despesas com vendas (250.000) (150.000)
Despesas administrativas (226.709) (443.048)
Despesas financeiras, lquidas (27.000) (83.000)
Lucro (prejuzo) Operacional 157.091 314.152
(Despesas) receitas no operacionais
Perda na venda de imobilizado (5.000) (1.000)
Outras 7.000 2.000
2.000 1.000
Lucro (prejuzo) antes do imposto de renda e contribuio social 159.091 156.066
Imposto de Renda e Contribuio Social - (Alquota 34%) (54.091) (53.066)
Lucro lquido 105.000 103.000
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