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Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS Banco Crédit Agricole Brasil S.A. 31 de dezembro de 2010 com Relatório dos Auditores Independentes sobre as demonstrações financeiras consolidadas

Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS Banco … · Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS Banco Crédit Agricole Brasil S.A. 31 de dezembro de 2010 com Relatório

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Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS

Banco Crédit Agricole Brasil S.A.

31 de dezembro de 2010 com Relatório dos Auditores Independentes sobre as demonstrações financeiras consolidadas

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Banco Crédit Agricole Brasil S.A. Demonstrações financeiras consolidadas em IFRS 31 de dezembro de 2010 Índice Informações gerais ....................................................................................................... ..2 Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras ............... ..3 Demonstrações financeiras consolidadas auditadas Balanços patrimoniais consolidados ............................................................................. ..6 Demonstração consolidada do resultado ...................................................................... ..7 Demonstração consolidada do resultado abrangente ................................................... ..8 Demonstração consolidada das mutações do patrimônio líquido.................................. ..9 Demonstração consolidada dos fluxos de caixa............................................................10 Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas ...................................11

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Informações Gerais Diretores Bernard Mathieu Mignucci Diretor - Presidente Yannick Jean Luc Marie Hamonic Diretor Marco Antônio Carvalhosa de Oliveira Diretor Elise da Silva Romeu Diretor Gregorio Angelo Ghetti Diretor Wendel Maurício Espinal Rios Diretor Sede Alameda Itu 852, 12º andar – 01421-001 São Paulo – SP-Brasil Auditores Ernst & Young Terco Auditores Independentes S/S Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 1.830 Torre I - 8º Andar - Itaim Bibi 04543-900 - São Paulo, SP, Brasil

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Relatório dos auditores independentes sobre as demo nstrações financeiras consolidadas para propósito especial Aos administradores e Acionistas do Banco Crédit Agricole Brasil S.A. Examinamos as demonstrações financeiras consolidadas do Banco Crédit Agricole Brasil S.A. e sua controlada (“Instituição”), que compreendem o balanço patrimonial consolidado em 31 de dezembro de 2010 e as respectivas demonstrações consolidadas do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais políticas contábeis e as demais notas explicativas. Essas demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas de acordo com a opção I da Carta-Circular nº 3.435 do Banco Central do Brasil – BACEN, utilizando as políticas contábeis descritas na nota explicativa nº 3, considerando a adoção de 1 de janeiro de 2010 como sendo a data do balanço de abertura para fins da elaboração das primeiras demonstrações financeiras consolidadas de acordo com os pronunciamentos do International Accounting Standards Board – IASB e sendo consideradas para propósito especial, por não atenderem a todos os requerimentos constantes do IFRS 1. Responsabilidade da administração sobre as demonstr ações financeiras consolidadas A administração da Instituição é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as políticas contábeis descritas na nota explicativa nº 3 e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis consolidadas livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.

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Responsabilidade dos auditores independentes Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras consolidadas com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento das exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras consolidadas estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e das divulgações apresentados nas demonstrações financeiras consolidadas. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras consolidadas, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração das demonstrações financeiras consolidadas da Instituição para planejar procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para expressar uma opinião sobre a eficácia dos controles internos da Instituição. Uma auditoria inclui também a avaliação da adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras consolidadas tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Opinião Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas anteriormente referidas do Banco Crédit Agricole Brasil S.A. e sua controlada em 31 de dezembro de 2010 foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com as políticas contábeis descritas na nota explicativa nº 3 às demonstrações financeiras consolidadas.

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Ênfase sobre a base de elaboração das demonstrações financeiras consolidadas para propósito especial Sem modificar nossa opinião, chamamos a atenção para a nota explicativa nº 2 às demonstrações financeiras consolidadas, que descreve sua base de elaboração. As demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas pela administração da Instituição para cumprir os requisitos da Carta-Circular BACEN nº 3.435. Consequentemente, essas demonstrações financeiras consolidadas podem não ser adequadas para outro fim. Demonstrações Financeiras Individuais O Banco Crédit Agricole Brasil S.A. elaborou um conjunto completo de demonstrações financeiras individuais para o exercício findo em 31 de dezembro de 2010 de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil apresentadas separadamente, sobre as quais emitimos relatório de auditoria independente separado, não contendo nenhuma modificação, datado de 14 de março de 2011. São Paulo, 10 de junho de 2011 ERNST & YOUNG TERCO Auditores Independentes S.S. CRC-2SP015199/O-6 Eduardo Braga Perdigão Contador CRC-1CE013803/O-8-“S”-SP

Banco Crédit Agricole Brasil S.A. Balanço patrimonial consolidado 31 de dezembro de 2010 e 1 de janeiro de 2010 (Em milhares de reais)

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Nota 2010 01/01/2010 ATIVO Disponibilidade e Saldos em Bancos Centrais 4 6.293 185.134 Aplicações em Depósitos Interfinanceiros 5 3.035 2.016 Aplicações no Mercado Aberto 6 829.093 310.796 Ativos Financeiros Mantidos para Negociação 7 10.496 - Ativos Financeiros Disponíveis para Venda 7 64.788 116.613 Instrumentos Financeiros Derivativos 8 14.495 19.699 Empréstimos e Adiantamentos a Clientes 9 720.847 514.663 Outros Ativos Financeiros 10 3.310 3.959 Ativo Imobilizado 11 1.786 1.869 Ativo Intangível 55 161 Ativo Tributário Diferido 12 4.104 8.834 Outros Ativos 13 15.851 18.160 TOTAL DO ATIVO 1.674.153 1.181.904

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Depósitos 14 138.548 330.016 Captações no Mercado Aberto 14 152.859 45.006 Instrumentos Financeiros Derivativos 8 3.934 178 Recursos de Mercados Interbancários 15 553.551 337.785 Recursos de Mercados Institucionais 16 16.707 17.450 Outros Passivos Financeiros 17 6.284 3.748 Obrigações Fiscais 18 6.825 3.934 Dividendos a pagar - 10.478 Outros Passivos 13 22.157 55.494 Total do Passivo 900.865 804.089 Capital Social 19 684.495 319.356 Reservas 19 88.793 58.459 Total do Patrimônio Líquido 773.288 377.815 TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 1.674.153 1.181.904

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

Banco Crédit Agricole Brasil S.A. Demonstração consolidada do resultado Exercício findo em 31 de dezembro de 2010 (Em milhares de reais)

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Nota 2010 Receitas de Juros 20 528.666 Despesas de Juros 21 (406.303) Receita líquida de Juros 122.363 Resultado líquido de taxas e comissões 22 28.642 Receita líquida de instrumentos financeiros derivativos 8 (38.460) Outras receitas operacionais 23 4.570 RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 117.115 Despesa de pessoal 24 (30.120) Depreciação e amortização (537) Despesas tributárias 25 (8.644) Outras despesas operacionais 26 (11.125) Total das despesas operacionais (50.426) Resultado de participações em empresas não consolidadas (39) Resultado não operacional 328 LUCRO ANTES DOS IMPOSTOS E PARTICIPAÇÕES 66.978 Despesas com Imposto de Renda e Contribuição Social 27 (18.611) Participações dos empregados (7.135) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 41.232

Atribuível a participação controladora 41.232 Atribuível a participação não-controladora -

41.232

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

Banco Crédit Agricole Brasil S.A. Demonstração consolidada do resultado abrangente Exercício findo em 31 de dezembro de 2010 (Em milhares de reais)

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2010 Lucro líquido do exercício 41.232 Ativos financeiros disponíveis para venda Variação cambial - investimento no exterior 232 Variação de valor justo (8) Efeito fiscal 3 Total resultado abrangente 41.459

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

Banco Crédit Agricole Brasil S.A. Demonstração consolidada das mutações do patrimônio líquido Exercício findo em 31 de dezembro de 2010 (Em milhares de reais)

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Capital Social

Reserva de

Capital

Reserva de

Lucros

Ajuste de avaliação

patrimonial Lucros

acumulados TOTAL

Saldos em 01 de janeiro de 2010 319.356 397 58.073 (11) - 377.815

Aumento de capital 365.139 - - - - 365.139 Ganhos líquidos em ativos financeiros

disponíveis para venda - - - (5) - (5) Variação cambial - investimentos no exterior - - - - 232 232 Reversão de reservas - (397) 397 - - Lucro líquido do exercício - - - - 41.232 41.232 Destinações: Reserva de lucros - - 30.339 - (30.339) - Dividendos/Juros sobre o capital próprio - - - - (11.125) (11.125)

Saldos em 31 de dezembro de 2010 684.495 - 88.809 (16) - 773.288

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

Banco Crédit Agricole Brasil S.A. Demonstração consolidada dos fluxos de caixa 31 de dezembro de 2010 (Em milhares de reais)

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2010 Lucro líquido do exercício 41.232 Ajustes ao Lucro líquido Tributos diferidos 4.730 Depreciação e amortização 537 Ajuste ao valor de mercado – ativos e passivos financeiros ao valor justo no resultado (1.461) Variação dos ativos e passivos contingentes 95 Variação de ativos e obrigações (50.353)

Depósitos Compulsórios Banco Central (1.260) Aplicações em Depósitos Interfinanceiros (1.019) Ativos Financeiros Mantidos para Negociação (10.496) Ativos Financeiros Disponíveis para Venda 51.825 Instrumentos Financeiros Derivativos 10.339 Empréstimos e Adiantamentos a Clientes (206.102) Outros Ativos Financeiros 649 Outros Ativos 2.372 Depósitos (191.468) Captação no Mercado Aberto 107.852 Recursos de Mercados Interbancários 215.766 Recursos de Mercados Institucionais (743) Outros Passivos Financeiros 2.536 Obrigações Fiscais 2.733 Outros Passivos (33.337)

Caixa líquido proveniente (aplicado) nas atividades operacionais (5.220)

Variação imobilizado/intangível (348)

Caixa líquido proveniente (aplicado) nas atividades de investimento (348)

Aumento de capital 365.139 Ajustes de avaliação patrimonial (5) Variação cambial de investimentos no exterior 232 Pagamento de dividendos/juros sobre capital próprio (21.602)

Caixa líquido proveniente (aplicado) nas atividades de financiamento 343.764

Aumento (redução) líquido em caixa e equivalentes d e caixa 338.196

Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício (nota 3.4) 495.866 Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício (nota 3.4) 834.062

Aumento (redução) líquido em caixa e equivalente de caixa 338.196

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

Banco Crédit Agricole Brasil S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas 31 de dezembro de 2010 (Em milhares de reais)

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1. Contexto operacional

O Banco Crédit Agricole Brasil S.A, é um banco múltiplo, autorizado a operar nas carteiras comercial, de investimento, de crédito, financiamento e investimento e em operações de câmbio, controlado indiretamente pelo Crédit Agricole S.A., com sede na França.

As operações são conduzidas no contexto de um conjunto de instituições que atuam integradamente no mercado financeiro nacional e internacional. Certas operações têm a co-participação ou a intermediação de instituições ligadas ao Grupo Crédit Agricole. Os benefícios dos serviços prestados entre essas instituições e os custos da estrutura operacional e administrativa são absorvidos, segundo a praticabilidade e a razoabilidade de lhes serem atribuídos em conjunto ou individualmente.

O Banco Crédit Agricole Brasil S.A. é uma sociedade anônima constituída e domiciliada no Brasil. Sua matriz está localizada na Alameda Itu 852, 12º andar, São Paulo – SP – Brasil. As demonstrações financeiras consolidadas para o exercício findo em 31 de dezembro de 2010 foram autorizadas para emissão conforme resolução da diretoria, em 13 de junho de 2011.

2. Apresentação das demonstrações financeiras

Essas demonstrações contábeis consolidadas do Banco Crédit Agricole Brasil S.A. foram elaboradas em atendimento a Resolução 3.786 do Conselho Monetário Nacional (“CMN”) que, a partir de 31 de dezembro de 2010, requer a elaboração de demonstrações contábeis consolidadas, em acordo com o padrão contábil internacional (“IFRS”), conforme aprovado pelo “Internacional Accounting Standard Board” (“IASB”) (sujeito a uma provisão transitória que nos permite omitir o comparativo de 2009), traduzidos para a língua portuguesa por entidade brasileira credenciada pela “International Accounting Standards Committee Foundation” (“IASC”).

Conforme facultado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) por meio de carta-circular no. 3.435 emitida pelo Banco Central do Brasil (BACEN), o Banco elegeu a data de 1º de janeiro de 2010 como a data de transição entre as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Bacen (BRGAAP), e o IFRS para fins de demonstrações financeiras consolidadas (“data de adoção inicial”).

A reconciliação entre o patrimônio líquido em BRGAAP e IFRS na data da adoção inicial está apresentada na Nota 3.14 com divulgação das respectivas isenções e exceções adotadas na data de transição, conforme definido pelo IFRS 1. Esta reconciliação deve ser lida em conjunto com as demonstrações financeiras consolidadas.

Banco Crédit Agricole Brasil S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2010 (Em milhares de reais)

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2. Apresentação das demonstrações financeiras --Continuação

O IFRS 1 é aplicável a uma entidade que adota o IFRS na elaboração das demonstrações financeiras pela primeira vez, com uma declaração explicita e sem reservas de aplicação do IFRS. Em geral, o IFRS 1 requer que uma entidade siga as regras de cada uma das normas vigentes do IFRS na data da preparação da primeira demonstração financeira em IFRS. As isenções previstas pelo IFRS 1 são limitadas aos requerimentos da norma que envolvam custos na geração de informações que excedem os benefícios dos usuários das demonstrações financeiras. Adicionalmente, o IFRS 1 proíbe a aplicação retrospectiva de normas específicas do IFRS cuja aplicação retrospectiva pudesse requerer o julgamento da Administração sobre condições do passado e após o reconhecimento de transações já ocorridas.

2.1 Pronunciamentos, alterações e interpretações ef etivos em ou após 1º de janeiro de 2011

Os pronunciamentos a seguir entraram em vigor para períodos após a data destas demonstrações financeiras consolidadas e os que são aplicáveis as nossas operações não foram adotados pelo Banco antecipadamente:

a) Alteração do IFRIC 14 – “IAS 19 – The limit on a defined asset, minimum fundig requirements

and their interaction” – remove uma conseqüência não intencional do IFRIC 14 relacionada a pré-pagamentos voluntários de planos de pensão quando existe um requerimento mínimo de financiamento. O Banco não espera que esta alteração impacte significativamente suas demonstrações financeiras consolidadas.

b) IFRS 9 – “Financial instruments” – o pronunciamento é a primeira etapa no processo de

substituir o IAS 39 “ Financial Instruments: Recognition ans Measurement”. O IFRS 9 introduz novos requerimentos para classificar e mensurar ativos financeiros e é esperado que afete a contabilização de instrumentos financeiros do Banco. Não é efetivo até 1º de janeiro de 2013, e o IASB permite sua adoção antecipada. Porém, sua adoção antecipada não está disponível no Brasil já que o CMN, através da Resolução 3.853 estabeleceu que a adoção antecipada de pronunciamentos emitidos pelo IASB fica condicionada a aprovação específica do BACEN.

2.2 Julgamentos e estimativas contábeis significati vos

No processo de elaboração das demonstrações financeiras do Banco, a Administração exerceu julgamento e utilizou estimativas para calcular certos valores reconhecidos nas demonstrações financeiras. Foram aplicados julgamento e utilização de estimativas nos seguintes aspectos:

Banco Crédit Agricole Brasil S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2010 (Em milhares de reais)

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2. Apresentação das demonstrações financeiras --Continuação

a) Continuidade

A Administração avaliou a habilidade do Banco em continuar operando normalmente e está convencida de que o Banco possui recursos para dar continuidade aos seus negócios no futuro. Adicionalmente, a Administração não tem conhecimento de nenhuma incerteza material que possa gerar dúvidas significantes sobre a sua capacidade de continuar operando. Portanto, as demonstrações financeiras foram preparadas com base nesse princípio.

b) Valor justo dos instrumentos financeiros

Quando o valor justo de ativos e passivos financeiros contabilizados no balanço patrimonial não pode ser derivado de um mercado ativo, ele é determinado utilizando uma variedade de técnicas de valorização que inclui a utilização de modelos matemáticos. As variáveis desses modelos são derivadas de dados observáveis do mercado sempre que possível, mas, quando dados do mercado não estão disponíveis, julgamento é necessário para estabelecer o valor justo. Os julgamentos incluem considerações de liquidez e modelos de variáveis como volatilidade de derivativos de longo prazo e taxas de desconto, taxas de pré-pagamento e pressupostos de inadimplência de títulos com ativos como garantia. A valorização dos instrumentos financeiros está apresentada em mais detalhes na Nota 30.

c) Perdas com redução ao valor recuperável de empré stimos e adiantamentos O Banco revisa seus empréstimos e adiantamentos significantes individualmente nas datas de balanço para avaliar se perdas com redução ao valor recuperável devem ser registradas na demonstração do resultado. O julgamento da Administração é requerido na estimativa do valor e período do fluxo de caixa futuro na determinação das perdas com redução ao valor recuperável. Na estimativa desses fluxos de caixa, o Banco faz julgamentos em relação à situação financeira do cliente e ao valor realizável líquido da garantia. Essas estimativas são baseadas em pressupostos de uma série de fatores e, por essa razão, os resultados reais podem variar, gerando futuras alterações à provisão. Empréstimos e adiantamentos que foram avaliados individualmente e não designados para redução ao valor recuperável e todos os empréstimos e adiantamentos que individualmente não foram considerados significativos são avaliados coletivamente, em grupos de ativos com características de risco semelhante, para determinar se uma provisão deve ser efetuada para eventos já ocorridos, cujos efeitos ainda não são conhecidos. A avaliação coletiva leva em consideração os dados da carteira de crédito (como a qualidade do crédito, níveis de inadimplência, utilização de crédito, proporção entre empréstimos e garantias etc.), concentrações de riscos e dados econômicos (incluindo níveis de desemprego, índices de preços imobiliários, Risco-País e a performance de grupos individuais).

Banco Crédit Agricole Brasil S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2010 (Em milhares de reais)

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d) Ativos tributários diferidos Os ativos tributários diferidos são reconhecidos sobre diferenças temporárias e prejuízos fiscais a compensar na medida em que se considera provável que o Banco irá gerar lucro tributável futuro em relação aos quais os ativos fiscais diferidos possam ser utilizados. Julgamento é requerido para determinar o montante de ativo futuro tributário diferido que deve ser reconhecido, com base no fluxo provável de lucro tributável futuro, e em conjunto com estratégias de planejamento tributário, se houverem. e) Passivos contingentes

A Instituição revisa periodicamente suas contingências. Essas contingências são avaliadas com base nas melhores estimativas da Administração, levando em consideração o parecer de assessores legais quando houver probabilidade que recursos financeiros sejam exigidos para liquidar as obrigações e que o montante das obrigações possa ser estimado com razoável segurança. Para as contingências classificadas como “Prováveis”, são constituídas provisões reconhecidas no Balanço Patrimonial na rubrica Provisões. Os valores das contingências são quantificados utilizando-se modelos e critérios que permitam a sua mensuração de forma adequada, apesar da incerteza inerente aos prazos e valores, conforme detalhado na Nota 28. O valor contábil destas contingências em 31 de dezembro de 2010 é de R$ 872. 3. Sumário das principais práticas contábeis

3.1 Moeda funcional e moeda de apresentação As demonstrações financeiras consolidadas são apresentadas em Reais, que é a moeda funcional e de apresentação do Banco. Cada entidade do grupo determina sua própria moeda funcional e os itens incluídos nas demonstrações financeiras de cada entidade são mensurados usando uma moeda funcional definida. 3.2 Transações em moeda estrangeira As transações em moeda estrangeira são inicialmente registradas à taxa de câmbio da moeda funcional em vigor na data da transação. Os ativos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são reconvertidos à taxa de câmbio da moeda funcional em vigor na data do balanço. Todas as diferenças geradas de atividades de banking são registradas em ‘outras receitas operacionais’ na demonstração do resultado.

Banco Crédit Agricole Brasil S.A. Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas--Continuação 31 de dezembro de 2010 (Em milhares de reais)

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Itens não monetários mensurados com base no custo histórico em moeda estrangeira são convertidos utilizando-se a taxa de câmbio em vigor nas datas das transações iniciais. Itens não monetários mensurados ao valor justo em moeda estrangeira são convertidos utilizando-se as taxas de câmbio em vigor na data em que o valor justo foi determinado. 3.3 Bases para consolidação As demonstrações financeiras consolidadas incluem as demonstrações financeiras do Banco Crédit Agricole do Brasil S.A. e Crédit Agricole Corporate Finance Brasil Consultoria Financeira Ltda., subsidiária direta no país com participação de 99,99%, para o exercício findo em 31 de dezembro de 2010. A consolidação das empresas será denominada de Banco. As demonstrações financeiras da subsidiária do Banco são preparadas utilizando práticas contábeis consistentes. Todos os saldos, transações, receitas e despesas entre as entidades do grupo são eliminados. As subsidiárias são consolidadas a partir da data em que o controle é transferido para o Banco. O controle é adquirido quando o Banco passa a deter o poder de decisão sobre as políticas financeiras e operacionais de uma entidade, de forma a obter os benefícios de suas atividades. O resultado das subsidiárias adquiridas ou alienadas durante o exercício é incluído nas demonstrações consolidadas do resultado, a partir da data da aquisição ou até a data da alienação. A tabela abaixo apresenta o resumos da Crédit Agricole Corporate Finance Brasil Consultoria Financeira Ltda.

2010 Total de ativos 16.658 Total de passivos 4.577 Total do patrimônio líquido 12.081

3.4 Caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa como referidos na demonstração consolidada dos fluxos de caixa incluem caixa disponível em mãos, contas correntes sem restrições com bancos e aplicações no mercado aberto. Em 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2010, o caixa e equivalentes de caixa estavam assim compostos:

31/12/2010 01/01/2010 Aplicações em Depósitos 4.969 185.070 Aplicações no Mercado Aberto 829.093 310.866 Total 834.062 495.866

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3.5 Instrumentos financeiros 3.5.1 Data de reconhecimento: Todos os ativos e passivos financeiros são inicialmente reconhecidos na data de negociação, isto é, a data em que o Banco se torna parte integrante na relação contratual do instrumento. Isso inclui (regular way trades): compras ou vendas de ativos financeiros que requerem a entrega do ativo em tempo determinado estabelecido por regulamento ou padrão do mercado. 3.5.2 Reconhecimento inicial de instrumentos financ eiros: A classificação dos instrumentos financeiros em seu reconhecimento inicial depende do propósito e da finalidade pelos quais os instrumentos financeiros foram adquiridos pela Administração e de suas características. Todos os instrumentos financeiros são mensurados inicialmente ao valor justo acrescido do custo da transação, exceto nos casos em que os ativos e passivos financeiros são registrados ao valor justo por meio do resultado.

a) Derivativos registrados a valor justo por meio d o resultado: O Banco utiliza derivativos, tais como swaps, futuros de moeda e contratos a termo. Os derivativos são registrados ao valor justo e mantidos como ativos quando o valor justo for positivo e como passivo quando o valor justo for negativo. As variações do valor justo dos derivativos são incluídas em ‘receita líquida de instrumentos financeiros derivativos’. b) Ativos e passivos financeiros mantidos para nego ciação: Ativos ou passivos financeiros mantidos para negociação são registrados no balanço patrimonial ao valor justo. As variações no valor justo são reconhecidas em ‘resultado de ativos financeiros’. Receita ou despesa de juros e dividendos é registrada em ‘resultado de ativos financeiros’ conforme os termos do contrato, ou quando o direito ao pagamento for estabelecido. Estão incluídos nessa classificação: - Títulos e valores mobiliários c) Ativos e passivos financeiros designados ao valo r justo por meio do resultado: Ativos e passivos financeiros classificados nessa categoria são aqueles designados como tais pela Administração durante o reconhecimento inicial. A Administração somente pode designar um instrumento financeiro ao valor justo por meio do resultado durante o reconhecimento inicial quando os seguintes critérios são observados, e a designação de cada instrumento é determinada individualmente:

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- a designação elimina ou reduz significativamente o tratamento inconsistente que ocorreria na mensuração dos ativos e passivos ou no reconhecimento dos ganhos e perdas correspondentes em formas diferentes; ou

- os ativos e passivos são parte de um grupo de ativos financeiros, passivos financeiros ou ambos, os quais são gerenciados e com seus desempenhos avaliados com base no valor justo, conforme uma estratégia documentada de gestão de risco ou de investimento; ou

- o instrumento financeiro possui um (ou mais) derivativo(s) embutido(s), que modifica significativamente o fluxo de caixa que seria requerido pelo contrato.

Ativos e passivos financeiros ao valor justo por meio do resultado são registrados no balanço patrimonial ao valor justo. Variações ao valor justo são registrados em ‘ganho/perda líquido(a) de ativos e passivos financeiros designados ao valor justo por meio do resultado’. Juros auferidos ou incorridos são apropriados em ‘receita de juros’ ou ‘despesa de juros’, respectivamente, utilizando a Taxa de Juros Efetiva (TJE), enquanto receita de dividendos é reconhecida como ‘outras receitas operacionais’ quando o direito ao pagamento é estabelecido.

d) Instrumentos financeiros – disponíveis para vend a Investimentos disponíveis para venda incluem ações e instrumentos de dívida. Ações classificadas como disponíveis para venda são aquelas que não são classificadas como mantidas para negociação ou designadas ao valor justo por meio do resultado. Instrumentos de dívida nessa categoria são aqueles a serem mantidos por um prazo indefinido e que podem ser vendidos em resposta à necessidade de liquidez ou em resposta a mudanças na condição do mercado. Depois da mensuração inicial, instrumentos financeiros disponíveis para venda são subsequentemente mensurados ao valor justo. Ganhos e perdas não realizados são reconhecidos diretamente no patrimônio líquido em reserva de ajuste a mercado de instrumentos financeiros disponíveis para venda. Quando o investimento é liquidado, o ganho ou perda acumulado previamente reconhecido no patrimônio líquido é reconhecido na demonstração de resultado em ‘outras receitas operacionais’. Quando o Banco mantém mais de um investimento do mesmo tipo, eles são considerados como se fossem baixados utilizando o conceito de “primeiro a entrar, primeiro a sair”. Juros auferidos enquanto mantido como um investimento financeiro disponível para venda são reconhecidos na demonstração do resultado como ‘receita de juros’ utilizando a TJE. Dividendos auferidos enquanto mantidos como um investimento financeiro disponível para venda são reconhecidos na demonstração do resultado como ‘outras receitas operacionais’ quando o direito ao recebimento for estabelecido. As perdas com redução ao valor recuperável desses instrumentos financeiros são reconhecidas na demonstração do resultado em ‘resultados de ativos financeiros’. Estão incluídos nessa classificação:

- Títulos e valores mobiliários

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e) Instrumentos financeiros – mantidos até o vencim ento Instrumentos financeiros mantidos até o vencimento são ativos financeiros não considerados derivativos que possuem pagamentos fixos ou determinados e com o vencimento fixo, para os quais o Banco tem a intenção e a capacidade de manter até o vencimento. Depois da mensuração inicial, os instrumentos financeiros mantidos até o vencimento são subsequentemente mensurados ao custo amortizado utilizando a TJE, líquido das perdas com redução ao valor recuperável. O custo amortizado é calculado levando em consideração qualquer desconto ou prêmio na aquisição e as tarifas que são uma parte integral da TJE. A amortização é incluída em ‘receita de juros’ na demonstração do resultado. As perdas decorrentes de redução ao valor recuperável de tais instrumentos são reconhecidas na demonstração do resultado em ‘perdas de crédito’. Se o Banco vender ou reclassificar uma porção maior do que considerada insignificante, os instrumentos classificados como mantidos até o vencimento, antes de seu vencimento (exceto certas circunstâncias), a categoria inteira seria comprometida e teria que ser reclassificada para disponíveis para venda. Adicionalmente, o Banco seria proibido de classificar qualquer ativo financeiro como mantido até vencimento por um período de dois anos. O Banco não designou nenhum instrumento financeiro nessa categoria. f) Empréstimos e adiantamentos a clientes: ‘Empréstimos e adiantamentos a clientes’ incluem ativos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis não cotados em um mercado ativo, com a exceção de:

- aqueles em que o Banco pretende vender imediatamente ou no curto prazo e aqueles que o Banco na mensuração inicial designou como ‘ao valor justo por meio do resultado’;

- aqueles em que o Banco, na mensuração inicial, designou como disponíveis para venda; ou

- aqueles em que o Banco, provavelmente, não irá substantivamente recuperar o valor total do seu investimento, exceto por motivo de deterioração de crédito.

Após a mensuração inicial, os montantes em ‘empréstimos e adiantamentos para clientes’ estão subsequentemente mensurados ao custo amortizado utilizando a TJE, líquido da provisão para perdas com redução ao valor recuperável. O custo amortizado é calculado considerando quaisquer descontos ou prêmio na aquisição e outras taxas e custos que são partes integrais da TJE. O custo amortizado é incluído em ‘receita de juros’ na demonstração do resultado. As perdas com redução ao valor recuperável são reconhecidas na demonstração do resultado em ‘perdas de crédito’. 3.5.3 Passivos financeiros ao custo amortizado: Instrumentos financeiros ou seus componentes emitidos pelo Banco, não designados ao valor justo por meio do resultado, são classificados como passivos. Isso ocorre quando a substância do acordo

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contratual resulta em o Banco assumir uma obrigação de entregar caixa (ou outro ativo financeiro) ao detentor, ou de satisfazer uma obrigação, que não a troca de um valor fixo de caixa ou outro ativo financeiro por uma quantidade fixa de ações patrimoniais. Após a mensuração inicial, a dívida emitida e outros fundos tomados são subsequentemente mensurados ao custo amortizado utilizando a TJE. O custo amortizado é calculado levando em consideração qualquer desconto ou prêmio na emissão e custos que constituem parte integral da TJE. Um instrumento financeiro híbrido que contém componentes de dívida e patrimônio é separado na data de emissão. Uma porção da renda líquida do instrumento é alocada para o componente de dívida, na data de emissão, baseada no seu valor justo (que geralmente é determinado com base no preço de mercado de dívidas semelhantes). O componente patrimonial é designado ao valor residual após deduzir do valor justo do instrumento como um todo o valor separado e determinado para o componente de dívida. O valor de qualquer característica de derivativo (como opções de compra) incluídos no ativo financeiro híbrido, exceto do componente patrimonial, é incluído no componente de dívida. Uma análise dos instrumentos de dívida emitidos pelo Banco está divulgada na Nota 16. 3.5.4 Reclassificação de ativos financeiros Efetivo a partir de 1º de julho de 2008, o Banco pode reclassificar, em certas circunstâncias, ativos financeiros não derivativos da categoria ‘mantidos para negociação’ para as categorias ‘disponíveis para venda’, ‘empréstimos e recebíveis’, ou ‘mantidos até o vencimento’. A partir dessa data, o Banco também pode reclassificar, em certas circunstâncias, instrumentos financeiros da categoria ‘disponível para venda’ para ‘empréstimos e recebíveis’. Reclassificações são registradas ao valor justo na data da reclassificação, tornando-se o novo custo amortizado. O Banco pode reclassificar um ativo de negociação não-derivativo da categoria ‘mantido para negociação’ para a categoria ‘empréstimos e recebíveis’, se ele satisfaz a definição de empréstimo e recebível, e se o Banco tem a intenção e habilidade a manter o ativo financeiro por um prazo futuro ou até seu vencimento. Se um ativo financeiro é reclassificado, e se o Banco subsequentemente aumenta sua estimativa de recebimento de fluxo de caixa futuro como resultado do aumento no nível de recuperação desses recebimentos de caixa, o efeito do aumento é reconhecido como um ajuste à TJE a partir da data da alteração da estimativa. Para um ativo financeiro reclassificado da categoria ‘disponível para venda’, qualquer ganho ou perda naquele ativo previamente reconhecido no patrimônio líquido é amortizado para o resultado ao longo da vida útil remanescente do investimento utilizando a TJE. Qualquer diferença entre o novo custo amortizado e o fluxo de caixa esperado também é amortizado ao longo da vida útil remanescente do ativo utilizando a TJE. Se o ativo subsequentemente é determinado como abaixo do valor recuperável, o montante registrado no patrimônio é ‘reciclado’ para a demonstração do resultado.

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A reclassificação é opção da Administração, e deve ser determinada caso a caso. O Banco não reclassificou nenhum instrumento financeiro ao valor justo por meio do resultado após sua mensuração inicial.

3.5.5. Baixa de ativos financeiros e passivos finan ceiros a) Ativos financeiros Um ativo financeiro (ou parte aplicável de um ativo financeiro ou um grupo de ativos semelhantes) é baixado quando:

- o direito de receber o fluxo de caixa do ativo estiver vencido; ou - o Banco transferir o direito de receber o fluxo de caixa do ativo ou tenha assumido a

obrigação de pagar o fluxo de caixa recebido, no montante total, sem demora material, a um terceiro devido a um contrato de repasse e se:

• o Banco transferiu substancialmente todos os riscos e benefícios do ativo; ou • o Banco não transferiu substancialmente ou reteve substancialmente todos os riscos e

benefícios do ativo, mas tenha transferido o controle sobre o ativo. Quando o Banco transfere o direto de receber fluxo de caixa de um ativo ou tenha entrado em um contrato de repasse, e não tenha transferido ou retido substancialmente todos os riscos e benefícios do ativo, ou também não tenha transferido o controle sobre o ativo, é reconhecido na medida do envolvimento contínuo do Banco no ativo. Nesse caso, o Banco também reconhece um passivo relacionado. O ativo transferido e o passivo relacionado são mensurados com base a refletir os direitos e obrigações retidas pelo Banco. O contínuo envolvimento que toma a forma de uma garantia sobre o ativo transferido é mensurado ao valor menor entre o valor contabilizado original do ativo e o valor máximo de compensação que o Banco possa ser requerido a pagar. b) Passivos financeiros Um passivo financeiro é baixado quando a obrigação com relação ao mesmo é eliminada, cancelada ou vencida. Quando um passivo financeiro existente é substituído por um outro do mesmo credor em termos substancialmente diferentes, ou os termos do passivo existente são substancialmente modificados, a troca ou modificação é tratada como uma baixa do passivo original e o reconhecimento de um novo passivo, e a diferença no valor contábil é reconhecida no resultado.

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3.5.6 Instrumentos financeiros – Apresentação líqui da Ativos e passivos financeiros são apresentados líquidos no balanço patrimonial se, e somente se, houver um direito legal corrente e executável de compensar os montantes reconhecidos e se houver a intenção de compensação, ou de realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente. Esse não é geralmente o caso em contratos master de netting, para os quais os ativos e passivos relacionados são apresentados segregados no balanço patrimonial. 3.5.7 Operações compromissadas Títulos vendidos com contrato de recompra em uma data futura específica não são baixados do balanço patrimonial, já que o Banco retém substancialmente todos os riscos e benefícios de posse. O correspondente caixa recebido é reconhecido no balanço patrimonial como um ativo com a obrigação de retorno, incluindo os juros apropriados como um passivo em ‘captações no mercado aberto’, refletindo a substância econômica da transação como uma dívida do Banco. A diferença entre o preço de venda e recompra é tratada como despesa de juros e é apropriada sobre a duração do contrato utilizando a TJE. Quando a contrapartida tem o direito de vender ou de oferecer novamente os títulos como garantia, o Banco reclassifica esses títulos no seu balanço patrimonial como ‘captações no mercado aberto’ ou para ‘ativos financeiros disponíveis para venda dados em garantia’, quando apropriados. Inversamente, títulos adquiridos com acordo de revenda em uma data futura específica não são reconhecidos no balanço patrimonial. O montante pago, incluindo juros apropriados, é registrado no balanço patrimonial em garantia em caixa de títulos emprestados e operações compromissadas, refletindo a substância econômica da transação como um empréstimo do Banco. A diferença entre o preço de compra e revenda é registrada em ‘receita de juros’ e é apropriada durante o prazo do contrato utilizando a TJE. 3.5.8 Determinação do valor justo O valor justo de instrumentos financeiros negociados em mercados ativos na data base do balanço é baseado no preço de mercado cotado ou na cotação do preço de balcão (preço de venda para posições compradas e preço de compra para posições vendidas), sem nenhuma dedução de custo de transação. Para todos os outros instrumentos financeiros não negociados no mercado ativo, o valor justo é determinado utilizando métodos de valorização apropriados. Métodos de valorização incluem: o método de fluxo de caixa descontado, comparação a instrumentos semelhantes para os quais existe um mercado com preços observáveis, modelos de valorização de opções, modelos de crédito e outros modelos de valorização conhecidos. Certos instrumentos financeiros são registrados ao valor justo utilizando métodos de valorização nos quais transações do mercado atual ou dados observáveis do mercado não estão disponíveis. O valor justo é determinado utilizando um método de valorização que foi testado contra preços ou

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dados de transações do mercado atual e usando as melhores estimativas do modelo mais apropriado do Banco. Modelos são ajustados para refletir a variação dos preços de compra e venda, para refletir custo de liquidação da posição, para servir como contrapartida das variações de crédito e liquidez e das limitações dos modelos. Uma análise do valor justo de instrumentos financeiros e mais detalhes sobre como eles foram mensurados estão disponíveis na Nota 30. 3.5.9 Redução ao valor recuperável de ativos financ eiros O Banco avalia nas datas do balanço se há alguma evidência objetiva que determine se o valor do ativo financeiro ou o grupo de ativos financeiros está abaixo do valor recuperável. Um ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros é considerado abaixo do valor recuperável se, e somente se, houver evidência objetiva de redução ao valor recuperável como resultado de um ou mais eventos que tenham acontecido depois do reconhecimento inicial do ativo (‘um evento de perda’ incorrido). O evento de perda deve impactar o fluxo de caixa futuro estimado do ativo financeiro ou do grupo de ativos financeiros. Evidência de redução ao valor recuperável pode incluir indicadores de que as partes tomadoras do empréstimo estão passando por um momento de dificuldade financeira relevante. A probabilidade que o mesmo irá entrar em falência ou outro tipo de reorganização financeira, default ou atraso de pagamento de juros ou principal e quando dados observáveis indicam que há uma queda mensurável do fluxo de caixa futuro estimado, como mudanças em vencimento ou condição econômica que possam ser razoavelmente estimados. a) Ativos financeiros contabilizados ao custo amort izado Para ativos financeiros contabilizados ao custo amortizado (como montantes de valores a receber de bancos, empréstimos e adiantamentos a clientes e também investimentos mantidos até o vencimento), o Banco primeiramente avalia individualmente se existe evidência objetiva de redução ao valor recuperável para ativos financeiros que são individualmente significativos, ou coletivamente para ativos financeiros que não são individualmente significativos. Se o Banco determinar que essa evidência não existe para um ativo financeiro individualmente avaliado, o ativo é incluído em um grupo de ativos financeiros com característica de risco de crédito semelhantes e coletivamente avalia o grupo por redução ao valor recuperável. Ativos que são individualmente avaliados por redução ao valor recuperável e para os quais a perda com redução ao valor recuperável é, e continua sendo reconhecida, não são incluídos em uma avaliação coletiva de redução ao valor recuperável. Se há evidência objetiva de que uma perda com redução ao valor recuperável foi incorrida, o montante da perda é mensurado como a diferença entre o valor contabilizado do ativo e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados (exceto perdas futuras esperadas com crédito que ainda não foram incorridas).

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O valor contabilizado do ativo é reduzido através do uso de uma conta de provisão e o montante de perda é reconhecido no resultado. Receita de juros continua a ser apropriada sobre o valor contábil líquido da provisão e é calculada com base na taxa de juros utilizada para descontar o fluxo de caixa futuro usado para mensurar a perda com redução ao valor recuperável. A receita de juros é registrada como parte de ‘receita de juros’. Empréstimos e as correspondentes provisões são baixados quando não há probabilidade de recuperação e toda a garantia foi realizada ou transferida para o Banco. Se, em um ano subsequente, o montante estimado de perda com redução ao valor recuperável aumenta ou diminui devido a um evento que ocorreu depois que a redução ao valor recuperável foi reconhecida, o montante de perdas com redução ao valor recuperável previamente reconhecido é aumentado ou diminuído pelo ajuste na conta de provisão. Se uma baixa futura é posteriormente recuperada, o montante é creditado a ‘perdas de crédito’. O valor presente do fluxo de caixa futuro estimado é descontado pela taxa efetiva de juros original do ativo financeiro. Se um empréstimo tem uma taxa de juros variável, a taxa de desconto para mensurar qualquer perda com redução ao valor recuperável é a TJE atual. Se o Banco reclassificou seus ativos negociáveis para empréstimos e adiantamentos, a taxa de desconto utilizada para mensuração de qualquer perda de redução ao valor recuperável se torna a nova taxa efetiva (vide Nota 3.5.4 acima) determinada na data da reclassificação. O cálculo do valor presente do fluxo de caixa estimado do ativo financeiro dado como garantia reflete o fluxo de caixa que pode resultar da liquidação menos os custos de obter e vender a garantia, mesmo se a liquidação não for provável. Com a finalidade de avaliação coletiva de redução ao valor recuperável, ativos financeiros são agrupados com base no sistema interno de avaliação de crédito do Banco, que considera características de risco de crédito como: tipo de ativo, indústria, local geográfico, tipo de garantia, status de atraso e outros fatores relevantes.

O fluxo de caixa futuro em um grupo de ativos financeiros que são coletivamente mensurados por redução ao valor recuperável é estimado com base na experiência de perda histórica de ativos com características de risco de crédito semelhantes às do grupo. A experiência de perda histórica é ajustada com base em dados atualmente observáveis para refletir os efeitos das condições atuais nas quais a experiência de perda histórica é baseada e para remover os efeitos das condições do período histórico que não existem atualmente. Estimativas de fluxo de caixa futuro refletem, e são direcionalmente consistentes com mudanças nos dados observáveis de ano a ano (como mudanças em desemprego, preço de imóveis, cotação de commodities, status de pagamentos ou outros fatores que servem como indicativos de perdas incorridas no grupo ou sua magnitude). Os termos e pressupostos utilizados na estimativa de fluxo de caixa futuro são revisados regularmente para reduzir qualquer diferença entre as perdas estimada e real. b) Investimentos financeiros disponíveis para venda

Para investimentos financeiros disponíveis para venda, o Banco avalia se, em cada data do balanço, há evidência objetiva de que o valor do investimento está abaixo do valor recuperável.

No caso de instrumentos de dívida classificados como disponíveis para venda, o Banco avalia individualmente se há evidência objetiva de redução ao valor recuperável baseada no mesmo

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critério dos ativos financeiros contabilizados ao custo amortizado. Porém, o montante registrado para redução ao valor recuperável é a perda cumulativa mensurada como a diferença entre o custo amortizado e o valor justo atual, menos qualquer perda com redução ao valor recuperável naquele investimento previamente reconhecida no resultado. Receita de juros futura é baseada no valor contabilizado reduzido e é apropriada utilizando a taxa de juros usada para descontar o fluxo de caixa futuro usado para mensurar a perda com redução ao valor recuperável. Se, em um período subsequente, o valor justo do instrumento de dívida aumenta e o aumento pode ser objetivamente relacionado com um evento de crédito que ocorreu depois que a perda com redução ao valor recuperável foi reconhecida no resultado, a perda com redução ao valor recuperável é revertida através do próprio resultado. 3.5.10 Hedge Accounting O Banco utiliza instrumentos derivativos para administrar exposição a riscos de taxa de juros, variação cambial e crédito, inclusive exposição gerada de transações futuras e compromissos firmes. Para administrar um risco específico, o Banco aplica hedge accounting para transações que se enquadram nos critérios específicos

No início do relacionamento de hedge, o Banco formaliza o processo através de documentação do relacionamento entre o item objeto de hedge e o instrumento de hedge, incluindo a natureza do risco, o objetivo e estratégia de designar o hedge e o método que será utilizado para avaliar a efetividade do relacionamento de hedge. Também no início do relacionamento de hedge, uma avaliação formal é efetuada para garantir que o instrumento de hedge é altamente efetivo em anular o risco designado na relação de hedge. Hedges são formalmente avaliados todos os semestres. Um hedge é esperado a ser altamente efetivo se a variação no valor justo ou fluxo de caixa atribuído ao risco que está sendo “hedgeado” durante o período na relação de hedge anular de 80% a 125% da variação do risco. Em situações em que o item objeto de hedge é uma transação futura, o Banco avalia se a transação é altamente provável e apresenta uma exposição a variações de fluxo de caixa que possa por fim afetar a demonstração do resultado. a) Hedge de valor justo Para os hedges de valor justo designados e qualificados, a variação no valor justo de um derivativo designado para hedge é reconhecido na demonstração do resultado em ‘receita líquida de negociação’. Entretanto, a variação do valor justo do item objeto de hedge atribuído ao risco que é “hedgeado” é registrada como parte do seu valor contábil e é também reconhecida na demonstração do resultado em ‘resultado de ativos financeiros’.

Se o instrumento de hedge vence ou é vendido, cancelado ou exercido, ou quando a posição de hedge não se enquadra nas condições de hedge accounting, a relação de hedge é terminada. Para os itens objeto de hedge registrados ao custo amortizado, a diferença entre o valor contábil do item objeto de hedge ao término e o valor nocional é amortizado ao longo do prazo remanescente do

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hedge original utilizando a taxa efetiva. Se o item objeto de hedge é vendido, o ajuste ao valor justo não amortizado é reconhecido imediatamente na demonstração do resultado. b) Hedge de fluxo de caixa Para os hedges de fluxo de caixa designados e qualificados, a parte efetiva do ganho ou de perda no instrumento de hedge é inicialmente reconhecida diretamente no patrimônio. A parte não efetiva do ganho ou perda do instrumento de hedge é reconhecida imediatamente na demonstração do resultado.

Quando o hedge de fluxo de caixa afeta a demonstração do resultado, o ganho ou a perda no instrumento de hedge é registrado na linha de receita ou despesa correspondente na demonstração do resultado. Quando um instrumento de hedge vence, ou é vendido, cancelado, exercido, ou quando o hedge não se enquadra nas condições de hedge accounting, qualquer ganho ou perda cumulativa existente no patrimônio liquido, naquele momento, continua no patrimônio liquido e é reconhecido quando a transação futura “hedgeada” é reconhecida na demonstração do resultado. Quando uma transação futura não é mais esperada a ocorrer, o ganho ou perda cumulativa que foi registrado no patrimônio líquido é imediatamente transferido para o resultado. Em 31 de dezembro de 2010, o Banco não possui estruturas enquadradas nesta classificação. c) Hedge de investimento líquido Hedges de investimentos líquidos em operações no exterior, inclusive hedge de item monetário que são contabilizados como parte do investimento líquido, são contabilizados de forma similar ao hedge de fluxo de caixa. Ganhos ou perdas no instrumento de hedge relacionado à parte efetiva do hedge são reconhecidos diretamente no patrimônio liquido, enquanto quaisquer ganhos ou perdas relacionados à parte não efetiva são reconhecidos no resultado. Na alienação da operação no exterior, o valor cumulativo dos ganhos ou perdas reconhecido diretamente no patrimônio líquido é transferido para o resultado. Em 31 de dezembro de 2010, o Banco não possui estruturas enquadradas nesta classificação. 3.5.11 Reconhecimento de receita e despesa Receita é reconhecida na medida em que é provável que o benefício econômico seja transferido para o Banco e que a receita possa ser mensurada de forma confiável. Os critérios específicos para reconhecimento a seguir devem ser cumpridos antes que a receita seja reconhecida: a) Receita e despesa de juros Para todos os instrumentos financeiros mensurados ao custo amortizado, ativos financeiros que arrecadam juros classificados como disponíveis para venda e instrumentos financeiros designados ao valor justo por meio do resultado, e receita ou despesa de juros são registrados utilizando a TJE, que é a taxa que exatamente desconta os recebimentos ou pagamentos futuros estimados pela vida

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estimada do instrumento financeiro, ou quando apropriado, um período mais curto, ao valor contábil líquido do ativo ou passivo financeiro. O cálculo leva em consideração todos os termos contratuais do instrumento financeiro (por exemplo, a opção de pré-pagamento) e inclui qualquer taxa ou custo incremental que são diretamente atribuíveis ao instrumento e são partes integrais da taxa efetiva, mas não das perdas futuras de crédito. O valor contábil do ativo ou passivo financeiro é ajustado se o Banco revisa suas estimativas de pagamento e recebimento. O valor contábil ajustado é calculado com base na taxa de juros original e o ajuste no valor contábil é registrado como ‘Outras receitas operacionais’. Porém, para um ativo financeiro reclassificado (vide Nota 3.5.4) para o qual o Banco subsequentemente aumenta a sua estimativa de recebimento de caixa futuro como resultado do aumento da probabilidade de recuperação dos recebimentos de caixa futuro, o efeito do aumento é reconhecido como um ajuste na taxa efetiva desde a data da alteração da estimativa. Uma vez que o valor registrado de um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros semelhantes são baixados devido à perda com redução ao valor recuperável, a receita de juros continua a ser reconhecida utilizando a taxa de juros usada para descontar o fluxo de caixa futuro usado para mensurar a perda com redução ao valor recuperável. b) Receita de taxas e comissões O Banco aufere receita de taxas e comissões por meio de diversos tipos de serviços que fornece aos seus clientes. Receitas provenientes de taxas podem ser segregadas nas seguintes categorias: Receita com taxas auferidas de serviços prestados e m um determinado período Taxas auferidas com a prestação de serviços ao longo do período são apropriadas ao longo do mesmo período. Essas taxas incluem receita de comissão e gerenciamento de ativos, custódia e outras taxas de gerenciamento e assessoria. Receitas com taxas de compromissos de empréstimos em que o crédito provavelmente será usado – e outras taxas relacionadas ao crédito – são diferidas (junto com qualquer custo incremental) e reconhecidas como um ajuste à taxa efetiva do empréstimo. Quando o uso do crédito de um compromisso de empréstimo não é provável, a receita com taxas de compromissos de empréstimos é reconhecida ao longo do prazo do compromisso utilizando o método linear.

Receita com taxas de serviços de transação prestado s

Taxas decorrentes de negociações ou da participação em negociações com terceiros, como, por exemplo, contrato de aquisição de ações ou outros títulos ou a aquisição ou venda de um negócio, são reconhecidas ao término da transação que gerou a taxa. Taxas ou componentes de taxas que são provavelmente relacionadas com performance específica são reconhecidas depois de cumprir o critério específico.

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Receita líquida de negociação

Resultados que surgem de atividade de negociação incluem todos os ganhos e perdas das variações no valor justo e a receita ou despesa de juros e dividendos de ativos e passivos financeiros ‘mantidos para negociação’. Isso também inclui qualquer ineficiência registrada em transações de hedge. 3.6 Imobilizado O imobilizado é contabilizado a custo excluindo os gastos com manutenção, menos depreciação acumulada e redução ao valor recuperável. Alterações na vida útil estimada são contabilizadas como alterações no método ou no período de amortização, e apropriadamente tratadas como alterações de estimativas contábeis. A depreciação é calculada usando o método linear para baixar o custo do imobilizado ao seu valor residual ao longo da sua vida útil estimada. Terrenos não são depreciados. As vidas úteis estimadas de imobilizados são as seguintes:

- Veículos e sistemas de processamento de software: 5 anos - Demais itens: 10 anos

O imobilizado é baixado na alienação ou quando benefícios econômicos futuros não são mais esperados do seu uso. Qualquer ganho ou perda gerada na alienação do ativo (calculado como a diferença entre a renda líquida da alienação e o valor contábil do ativo) é reconhecido em ‘outras receitas operacionais’ na demonstração do resultado do ano em que o ativo foi alienado. 3.7 Ativos intangíveis Ativos intangíveis do Banco incluem custos e despesas de aquisição e desenvolvimento de logiciais utilizados em processamento de dados e gastos com benfeitorias em imóveis alugados de terceiros incorridos até 30 de setembro de 2008. Um ativo intangível é reconhecido somente quando seu custo possa ser mensurado de forma confiável e é provável que os benefícios econômicos futuros esperados que são a ele atribuídos serão transferidos para o Banco. Ativos intangíveis adquiridos independentemente são inicialmente mensurados ao custo. O custo dos ativos intangíveis adquiridos em uma combinação de negócios é o seu valor justo na data de aquisição. Depois do reconhecimento inicial, ativos intangíveis são contabilizados ao custo menos qualquer amortização acumulada e qualquer perda com redução ao valor recuperável. A vida útil de ativos intangíveis é considerada definida ou indefinida. Ativos intangíveis com a vida útil definida são amortizados ao longo da sua vida econômica útil. O período e método de amortização de um ativo intangível com a vida útil definida são revisados no mínimo anualmente. Alterações na vida útil esperada ou proporção de uso esperado dos benefícios futuros incorporados no ativo são reconhecidas via alteração do período ou método de amortização, quando apropriado, e tratados como alterações em estimativas contábeis. O Banco não possui ativos intangíveis de vida útil indefinida.

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A despesa de amortização de ativos intangíveis com vida útil definida é reconhecida na demonstração do resultado na categoria de despesa consistente com a função do ativo intangível, calculada usando o método linear para baixar o custo dos ativos intangíveis aos seus valores residuais ao longo das suas vidas úteis como segue:

- Software de computador: 5 anos - Benfeitorias em imóveis de terceiros: prazo contratual

3.8 Redução ao valor recuperável de ativos não fina nceiros O Banco avalia em cada data do balanço se há alguma indicação de que o valor de um ativo possa estar abaixo do valor recuperável. Se qualquer indicação existe, ou quando o teste de redução ao valor recuperável anual é requerido, o Banco estima o valor recuperável do ativo. O valor recuperável do ativo é o maior entre o valor justo do ativo ou unidade geradora de caixa (UGC) menos os custos para vendê-lo e o seu valor corrente em uso. Quando o valor contábil do ativo ou UGC excede o valor recuperável, o ativo é considerado impaired e é baixado ao seu valor recuperável. Na avaliação do valor corrente em uso, os fluxos de caixa estimados são descontados ao valor presente utilizando a taxa de desconto, pré-impostos, que reflete a avaliação corrente do mercado do valor presente e riscos específicos do ativo. Para determinar o valor justo menos o preço de venda, um modelo de valorização apropriado é usado. Esses cálculos são efetuados utilizando múltiplos de valorização, preços de ações cotados de subsidiárias com capital aberto e outros indicadores de valor justo que estão disponíveis. Para ativos, exceto ágio, uma avaliação é efetuada a cada data do balanço para avaliar se existe alguma indicação de que perdas com redução ao valor recuperável previamente reconhecidas possam deixar de existir ou possam ter diminuído. Se tais indicações existem, o Banco estima o valor recuperável dos ativos ou UGCs. Perdas com redução ao valor recuperável previamente reconhecidas são revertidas somente se houver uma alteração nos pressupostos usados para determinar o valor recuperável do ativo desde a última vez em que as perdas com redução ao valor recuperável foram reconhecidas. A reversão é limitada para que o valor contábil do ativo não exceda seu valor recuperável, e também não exceda o valor contábil que seria determinado, líquido de depreciação, se perdas com redução ao valor recuperável não tivessem sido reconhecidas no ativo em anos anteriores. Esse tipo de reversão é reconhecida na demonstração do resultado. Perdas com redução ao valor recuperável relacionadas com ágio não podem ser revertidas em períodos futuros. Em 31 de dezembro de 2010 não foram identificados ativos registrados com indicação de perda por Impairment.

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3.9 Garantias financeiras No curso ordinário dos negócios, o Banco concede garantias financeiras, por meio de cartas de crédito, garantias e letras de câmbio a prazo. Garantias financeiras são inicialmente reconhecidas nas demonstrações financeiras (em ‘outros passivos’) ao valor justo, quando o prêmio é recebido. Subsequentemente ao reconhecimento inicial, o passivo do Banco de cada garantia é mensurado pelo maior valor entre o montante reconhecido inicialmente menos, quando apropriado, o valor da amortização acumulada reconhecida no resultado, e a melhor estimativa dos custos necessários para liquidar qualquer obrigação financeira gerada por essa garantia. Qualquer aumento em passivo associado com garantias financeiras é registrado no resultado em ‘perdas de crédito’. O prêmio recebido é reconhecido no resultado em ‘receita líquida de taxas e comissões’ utilizando o método linear com base no termo de duração da garantia. 3.10 Plano de pensão a) Plano de pensão de contribuição definida O Banco também opera um plano de aposentadoria do tipo Contribuição Definida. A contribuição a pagar a esse plano é determinada em proporção aos serviços prestados ao Banco pelos funcionários e é registrada como uma despesa em ‘despesas de pessoal’. Contribuições não pagas são registradas como um passivo. 3.11 Provisões Provisões são reconhecidas quando o Banco tem uma obrigação corrente (legal ou construtiva) como o resultado de um evento passado, e é provável que um desembolso de recursos que incorpora benefícios econômicos será requerido para liquidar a obrigação e uma estimativa confiável possa ser feita do montante da obrigação. A despesa relacionada a qualquer provisão é apresentada na demonstração do resultado líquida de qualquer reembolso. 3.12 Impostos a) Imposto corrente Ativos e passivos tributários correntes do último período e de anos anteriores são mensurados ao valor recuperável esperado ou pago para o órgão tributário. As alíquotas de imposto e as leis tributárias usadas para calcular o montante são aqueles que estão em vigor ou substancialmente em vigor na data do balanço conforme apresentada na tabela abaixo:

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2010

Instituições financeiras

Demais empresas

Imposto de renda 15% 15%

Adicional de imposto de renda 10% 10%

Contribuição social 15% 9%

b) Imposto diferido Imposto diferido é gerado por diferenças temporárias na data do balanço entre as bases tributárias de ativos e passivos e seus valores contábeis para fins de divulgação financeira.

Ativos tributários diferidos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias dedutíveis, créditos e perdas tributários não utilizados, na extensão em que é provável que lucro tributável esteja disponível para que as diferenças temporárias dedutíveis possam ser realizadas, e créditos e perdas tributários não utilizados possam ser utilizados exceto:

- onde o ativo tributário diferido relacionado com a diferença temporária dedutível é gerado no

reconhecimento inicial do ativo ou passivo em uma transação que não é considerado uma combinação e negócios e, na data da transação, não afeta o lucro contábil ou o lucro ou prejuízo tributário; e

- a respeito das diferenças temporárias dedutíveis associadas com investimentos em

subsidiárias, ativos tributários diferidos são reconhecidos somente na extensão em que é provável que as diferenças temporárias sejam revertidas no futuro próximo e o lucro tributável estará disponível para que as diferenças temporárias possam ser utilizadas.

O valor contábil dos ativos tributários diferidos é revisado em cada data do balanço e baixado na extensão em que não é mais provável que lucros tributáveis estarão disponíveis para permitir que toda ou parte do ativo tributário diferido venha a ser utilizado. Ativos tributários diferidos baixados são reavaliados a cada data do balanço e são reconhecidos na extensão em que se tornam prováveis que lucros tributáveis futuros permitirão que os ativos tributários diferidos sejam recuperados.

Ativos e passivos tributários diferidos são mensurados à taxa de imposto que são esperadas a serem aplicáveis no ano em que o ativo é realizado ou o passivo é liquidado, baseado nas taxas de imposto (e lei tributária) que foram promulgadas na data do balanço. Imposto corrente e imposto diferido relacionados a itens reconhecidos diretamente no patrimônio líquido também são reconhecidos no patrimônio líquido e não na demonstração do resultado. Ativos e passivos tributários diferidos são apresentados líquidos se existe um direito legal ou contratual para compensar o ativo tributário corrente contra o passivo tributário corrente e os

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impostos diferidos são relacionados à mesma entidade tributada e sujeita à mesma autoridade tributária. 3.13 Ativos fiduciários O Banco oferece serviços fiduciários que resultam em custódia ou investimento de ativos em nome dos seus clientes. Ativos mantidos em capacidade fiduciária não são reportados nas demonstrações financeiras, já que estes não são ativos que pertencem ao Banco. 3.14 Transição para o IFRS

Conforme detalhado na Nota 2, a transição para o IFRS foi registrada de acordo com o IFRS 1 e a data de transição escolhida foi 1º de janeiro de 2010. Como resultado as políticas contábeis do Banco nestas demonstrações financeiras consolidadas foram modificadas em 1º de janeiro de 2010 com o objetivo de atender o IFRS em respeito às políticas contábeis aplicadas para fins de BRGAAP.

As mudanças nas políticas contábeis decorrentes da transição para o IFRS e a reconciliação dos efeitos dessa transição estão apresentadas abaixo. O Banco elaborou seu balanço patrimonial inicial em 1º de janeiro de 2010 por meio da aplicação das normas e políticas contábeis, das bases de mensuração descritas na nota 3, e adotou as seguintes isenções e utilizou todas as exceções previstas no IFRS 1.

Diferença cumulativas na conversão de balanço de su bsidiárias e investimentos em empresas não consolidadas no exterior

O Banco adotou a isenção, na qual foram presumidos como zero, todos os ganhos e perdas de conversão de subsidiárias e investimento em empresas não consolidadas no exterior acumulados na data da transição para o balanço de abertura em 01/01/2010. A subsidiária no exterior teve suas atividades encerradas no inicio de 2010.

Instrumentos financeiros compostos

O IAS 32 – “Financial instruments: presentation” requer que passivos financeiros compostos, conforme definido pela IAS 32, tenham seus componentes separados e classificados como instrumento de dívida e instrumentos de patrimônio. Esta classificação é feita com base nas circunstância econômica e termos específicos destes instrumentos na data de sua emissão. O IFRS 1 permite não separar esses dois componentes, caso o componente de dívida já não esteja em aberto na data de transição. Essa isenção não gerou impactos para o Banco.

Mensuração de valor justo e passivos financeiros da data de transição

O IFRS 1 determina que uma entidade deva aplicar requerimentos específicos do IAS 39 para mensuração de valor justo de ativos e passivos financeiros na data de transição para IFRS. O IAS 39 requer que técnicas de avaliação de ativos e passivos financeiros avaliados a valor justo

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incorporem todos os fatores que um participante de mercado consideraria na determinação de preço quando utilizam-se metodologias consistentes e aceitas economicamente para a precificação de tais instrumentos. Adicionalmente, o IAS 39 estabelece as regras para situações nas quais uma entidade pode vir a reconhecer um ganho ou perda inicial na contratação de um ativo ou passivo financeiro (“day one profits”). Como consequência deste requerimento, o IAS 39 requer que um ganho ou perda gerado na contratação inicial ou mudanças subsequentes do valor justo de um instrumento financeiro, somente fossem reconhecidos caso a metodologia de cálculo de valor justo incluísse dados e cotações observáveis diretamente no mercado na data de avaliação do valor justo. O IFRS 1 requer que estes critérios sejam obrigatoriamente aplicados prospectivamente para transações com instrumentos financeiros ativos ou passivos iniciadas após 25 de outubro de 2002 ou prospectivamente para transações iniciadas após 1º de janeiro de 2004.

Custo de empréstimos

O IFRS permite à entidade que o aplica pela primeira vez, adotar o IAS 23 aos custos de empréstimos relacionados aos ativos qualificáveis para quais a data de início da capitalização é a mesma ou posterior à data de transição (01/01/2010), ou designar uma data anterior à data de transição ou posterior à data de transição e aplicar o IAS 23 aos custo de empréstimos relacionados aos ativos qualificáveis para os quais a data de início da capitalização seja a mesma ou posterior àquela data. O CAB-CIB Brasil não adotou esta isenção.

“Desreconhecimento” de ativos e passivos financeiro s O IFRS 1 requer que uma entidade que aplica o IFRS pela primeira vez aplique as regras de “desreconhecimento” (“asset derecognition” como definido pelo IAS 39) de ativos e passivos financeiros prospectivamente para transações ocorridas após 1º de janeiro de 2004. Conseqüentemente, caso o CAB-CIB Brasil tivesse “desconhecido”, de acordo com o BRGAAP, um ativo ou passivo financeiro não derivativo como resultado de uma transação ocorrida antes de 1º de janeiro de 2004, não poderia voltar a reconhecer esse ativo ou passivo na transição para o IFRS. Adicionalmente, o IFRS 1 permite a aplicação das normas de “desreconhecimento” de ativos e passivos financeiros retrospectivamente, em uma data escolhida pela entidade, desde que as informações necessárias para aplicar tais normas tivessem sido obtidas na data de registro da transação que deu origem ao “desreconhecimento”. Essa isenção não gerou impactos para o CAB-CIB Brasil, pois nenhum ativo ou passivo foi “desreconhecido” no BRGAAP.

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Reconciliação entre BRGAAP e IFRS aplicáveis ao Pat rimônio Líquido em 1º de janeiro de 2010 e ao Patrimônio líquido e Lucro Líquido em 31 de dezembro de 2010.

01/01/2010 31/12/2010 2010

Patrimônio

líquido Patrimônio

líquido Resultado

Patrimônio líquido BRGAAP 370.705 729.972 48.438

Ajustes entre BRGAAP e IFRS 7.110 43.316 (7.206)

Provisão para crédito de liquidação duvidosa a 12.118 489 (11.629)

Provisão para dividendos a pagar não declarados b - 43.182 -

Variação cambial de investimento no exterior - - (232)

Outros ajustes c (269) (265) 5

Imposto de renda e contribuição social sobre os ajustes IFRS d (4.739) (90) 4.650

De acordo com IFRS atribuível aos acionistas contro ladores 377.815 773.288 41.232 De acordo com IFRS atribuível aos acionistas contro ladores e não controladores 377.815 773.288 41.232

a) Provisão para créditos de liquidação duvidosa

No BRGAAP, a provisão para créditos de liquidação duvidosa é mensurada considerando-se uma análise dos riscos de realização dos créditos, em montante considerados suficiente para cobertura de eventuais perdas seguindo as normas estabelecidas pelo BACEN. De acordo com essas normas, as provisões são constituídas a partir da concessão do crédito, baseadas na classificação de risco de crédito, em função da análise periódica da qualidade de clientes e dos setores de atividade e não apenas quando da ocorrência de inadimplência. No BRGAAP, a provisão não pode ser inferior ao mínimo estabelecido pelas normas do regulador, mas uma provisão adicional pode ser reconhecida quando a provisão mínima é considerada insuficiente.

O IAS 39 determina que a entidade deve avaliar a cada data-base se existe evidência objetiva que a operação de crédito ou grupo de operações de crédito está em situação de perda por redução do seu valor recuperável. Uma operação de crédito ou grupo de operações de crédito está em situação de perda de seu valor recuperável se existir evidência objetiva de redução ao valor recuperável como conseqüência de um ou mais eventos que ocorreram após o reconhecimento inicial da operação de crédito ( evento de perda) e este evento ou eventos tem impacto em seu fluxo de caixa futuro estimado e possa ser estimado de forma confiável.

A perda é mensurada como a diferença entre o valor contábil e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados (excluindo-se perdas futuras de crédito que não ocorreram) descontados a taxa efetiva de juros original da operação de crédito. Deve-se primeiramente avaliar individualmente se uma evidência objetiva de redução ao valor recuperável existe para as operações que são significativas individualmente e individualmente ou coletivamente para as operações que não são

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significativas individualmente. Se não existir evidência objetiva para uma operação avaliada individualmente, significativa ou não, deve-se incluí-la em grupo de operações com características similares e avaliá-las coletivamente. Aquelas operações que são avaliadas individualmente e que para as quais uma perda é registrada não devem ser incluídas na avaliação coletiva.

A análise de crédito efetuada pelo Banco, gerou reversão de 100% provisão constituída conforme determinado pelo regulador, uma vez que pela análise do Banco não existe evidências de perdas em sua carteira de crédito. b) Provisão para dividendos ainda não declarados De acordo com o BRGAAP, as demonstrações contábeis do exercício devem reconhecer uma provisão para dividendos propostos pela Administração, mas ainda não aprovados pelos acionistas mesmo se os dividendos propostos excederem o dividendo mínimo obrigatório estabelecido no estatuto da empresa.

De acordo com o IAS 10 - “Events After The Balance Sheet Date”, se uma entidade declarar dividendos para pagamento de seus acionistas após a data-base, a mesma não pode contabilizar o valor desses dividendos como um passivo nas demonstrações financeiras do exercício.

Nestas demonstrações financeiras, o CAB-CIB Brasil reverteu a provisão constituída no passivo de acordo com o BRGAAP, que excedeu os dividendos mínimos obrigatórios que não tinham sido declarados.

c) Outros ajustes Outras diferenças refere-se a alteração das taxas divulgadas pelo Banco Central para as taxas de câmbio Spots.

d) Imposto de Renda e Contribuição Social sobre Aju stes IFRS O IAS 12 requer a contabilização de imposto de renda e contribuição social diferidos para todas as diferenças temporárias tributáveis ou dedutíveis, exceto para impostos diferidos originados de reconhecimento inicial de ágios, reconhecimento inicial de um passivo ou ativo em uma transação que não se qualifica como uma combinação de negócios e que na data da transação, não afeta o lucro contábil e nem o lucro (ou perda) fiscal para fins fiscais. Os ajustes de Imposto de Renda e Contribuição Social diferidos foram calculados sobre os ajustes de IFRS, quando aplicável.

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4. Disponibilidade e saldos em Banco Central

2010 Aplicações em Depósitos 4.969 Depósitos Compulsórios no Banco Central 1.324 Total 6.293

5. Aplicações em depósitos interfinanceiros

2010

Vencimento até 360 dias Aplicações em depósitos interfinanceiros Vinculado a crédito rural

3.035

No exercício findo em 31 de dezembro de 2010, o resultado com aplicações em depósitos interfinanceiros de liquidez foi de R$ 143.

6. Aplicações no mercado aberto

Aplicações no mercado aberto - Operações compromissadas

2010

Posição bancada - vencimento até 30 dias Letras Financeiras do Tesouro – LFT 80.483 Letras do Tesouro Nacional – LTN 608.425 Notas do Tesouro Nacional – NTN 40.145 729.053

Posição financiada - vencimento até 30 dias Letras do Tesouro Nacional – LTN 100.040

Total 829.093

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7. Ativos financeiros mantidos para negociação e di sponíveis para venda

a) Títulos e valores mobiliários

a.1) Composição por classificação

2010 Custo (i) Mercado Carteira própria 26.639 26.639 Títulos para negociação 10.496 10.496 Letras do Tesouro Nacional – LTN 10.496 10.496 Títulos disponíveis para venda 16.143 16.143 Letras do Tesouro Nacional – LTN 16.143 16.143 Vinculados à prestação de garantias 48.672 48.645 Títulos disponíveis para venda 48.672 48.645

Letras do Tesouro Nacional – LTN 48.672 48.645 Total 75.311 75.284

(i) Inclui rendimentos O ajuste de marcação a mercado dos títulos disponíveis para venda está registrado em conta adequada do Patrimônio Líquido e no exercício findo em 31 de dezembro de 2010 o resultado de marcação a mercado foi de R$ (27), R$ (16) líquido dos efeitos tributários.

a.2) Composição por prazo de vencimento

2010 Até 3 meses 26.589 De 3 a 12 meses 48.695 Total 75.284

a.3) Composição por emissor

2010 Títulos de Renda Fixa Títulos públicos Tesouro Nacional 75.284 Total 75.284

No exercício findo em 31 de dezembro de 2010, o resultado de operações com títulos e valores mobiliários foi de R$ 23.493.

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O valor de mercado dos títulos públicos é apurado segundo divulgações nos boletins diários informados pela ANBIMA - Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais. 8. Instrumentos financeiros derivativos

Em 31 de dezembro de 2010, o Banco mantém posições nos seguintes tipos de derivativos: Contratos a termo e futuros: Contratos a termo e futuros são acordos contratuais envolvendo a compra ou venda de um instrumento financeiro específico a um preço específico e em determinada data futura. Os contratos a termo são contratos personalizados negociados no mercado de balcão. Os contratos futuros são negociados a valores padrão em bolsas regulamentadas, estando sujeitos a exigências relacionadas com margem de caixa diária. Swaps: Swaps são acordos contratuais entre duas partes visando à troca de taxas de juros ou câmbio e índices de ações e (no caso de swaps de crédito) efetuar pagamentos com respeito a eventos de crédito definidos baseados em um período especificado. Instrumentos financeiros derivativos mantidos ou em itidos para negociação: A maior parte das atividades de negociação de derivativos realizadas pelo Banco se relaciona com acordos feitos com clientes, que são normalmente colocados com contrapartes. O Banco também pode tomar posições com a expectativa de lucratividade considerando a movimentação favorável de preços, taxas e índices. Também estão incluídos nessa rubrica quaisquer derivativos que não se enquadrem nas exigências de hedge estabelecidas na Norma Internacional de Contabilidade IAS 39. Instrumentos financeiros derivativos mantidos ou em itidos para fins de hedge: Como parte de sua administração de ativos e passivos, o Banco usa derivativos para fins de hedge visando a reduzir sua exposição a riscos de crédito e de mercado. Isso é obtido com o estabelecimento de hedge sobre instrumentos financeiros específicos, portfólio de instrumentos financeiros a taxas fixas e transações previstas, bem como hedge estratégico contra exposições do balanço patrimonial como um todo. O tratamento contábil descrito na Nota 'Hedge Accounting' varia de acordo com a natureza do item objeto de hedge e a conformidade com os critérios de hedge. Transações realizadas pelo Banco que fornecem proteção econômica, mas não se enquadram nos critérios de contabilização de hedge são tratados como 'Derivativos mantidos ou emitidos para negociação'. Hedge de valor justo: Hedges de valor justo são usados pelo Banco visando à proteção contra variações no valor justo de ativos e passivos financeiros devido às flutuações nas taxas de juros. Os instrumentos financeiros objeto de hedge contra risco de taxa de juros incluem empréstimos e clientes. O Banco usa

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contratos swap de taxa de juros como instrumento de hedge. Hedge contábil A política de utilização de hedge é alinhada aos limites de exposição à riscos do Grupo Crédit Agricole, e é sempre que operações gerarem exposições que poderão resultar em flutuações relevantes no resultado contábil da instituição, o que poderia comprometer os limites operacionais. A cobertura do risco é efetuada por instrumentos financeiros derivativos, observadas as regras estabelecidas para a qualificação de hedge contábil, de acordo com a Norma Internacional de Contabilidade IAS 39.

Para proteger o risco de mercado contra a exposição à taxa de juros pré-fixada, em 10/03/2009 o Banco negociou contratos de swap a vencer entre 2011 e 2013 com valor nominal dos contratos no total de R$ 20.456 que gerou ajuste a valor de mercado registrado no resultado no valor de R$ 154. O item objeto de hedge representado por uma operação de crédito no montante de R$ 19.444 (nota 9) também possui vencimentos entre 2011 e 2013, garantindo a efetividade desejada da cobertura do risco.

O monitoramento da efetividade do hedge, que mensura a neutralização pelos instrumentos derivativos dos efeitos das flutuações de mercado sobre os itens protegidos, é efetuado mensalmente. A efetividade apurada para cada unidade de hedge está dentro do intervalo estabelecido pela Norma Internacional de Contabilidade IAS 39.

O diferencial a liquidar das operações de swap contratadas no montante de R$ 154, está registrado no passivo pelo valor de mercado. Ganhos e perdas no objeto e instrumento de hedge em 2010 As operações com instrumentos financeiros derivativos em aberto, em 31 de dezembro de 2010, estavam assim distribuídas:

2010

Valor nominal dos

contratos

Custo valor a receber/

(pagar)

Valor contábil a receber/

(pagar) Contratos de swap designados como Hedge de risco de mercado (Pré vs CDI) 20.456 (621) (467) Total Contratos de swap a receber/ (pagar) 20.456 (621) (467) Contratos a termo Compra a termo de moeda – NDF 90.539 (3.352) (3.467) Venda a termo de moeda – NDF 207.804 13.218 14.495

298.343 9.866 11.028 318.799 9.245 10.561

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(i) Os ajustes diários, de contratos futuros, a receber no valor de R$ 379 e a pagar no valor de R$ 3.368, encontram-se registrados nas rubricas ‘Outros ativos e passivos financeiros’.

As operações são custodiadas na BM&FBOVESPA S.A. - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros ou na CETIP S.A. - Balcão Organizado de Ativos e Derivativos.

A determinação dos valores de mercado de tais instrumentos financeiros derivativos é baseada nas cotações divulgadas pelas bolsas especializadas, e em alguns casos, quando da inexistência de liquidez ou mesmo de cotações, são utilizadas estimativas de valores presentes e outras técnicas de precificação. Foram adotadas as seguintes bases para determinação dos preços de mercado:

- Futuros e termos: cotações de mercado divulgadas pelas Bolsas; - Swaps: o fluxo de caixa de cada uma de suas partes foi descontado a valor presente,

conforme as correspondentes curvas de juros, obtidas com base nas taxas de juros da BM&FBOVESPA.

Os instrumentos financeiros derivativos referentes às operações de swaps, termos e futuros por vencimento têm a seguinte composição com base no valor nominal dos contratos:

2010

Até 3

meses De 3 a 12

Meses De 1 a 3

anos De 3 a 5

anos Total Compensação

Contratos de swap 3.920 4.505 12.031 - 20.456 Contratos de termo 52.925 221.364 24.054 - 298.343 Contratos de futuros 570.545 255.912 69.700 1.020 897.177

Total 627.390 481.781 105.785 1.020 1.215.976 Patrimonial – mercado

Contratos de swap - Diferencial a pagar (70) (90) (307) - (467) Contratos de termo - Diferencial a receber 416 11.645 2.434 - 14.495 - Diferencial a pagar (1.764) (1.703) - - (3.467)

Total (1.418) 9.852 2.127 - 10.561

2010 Valor nominal

dos contratos Valor contábil Contratos de futuros (i) Ajuste diários - posição comprada 654.191 (3.316) DI1 309.722 7 Dólar 4.602 (39) DDI 339.867 (3.284) Ajuste diários - posição vendida 242.986 327 DI1 192.167 (45) Dólar 50.819 372

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No exercício findo em 31 de dezembro de 2010, o resultado líquido de operações com instrumentos financeiro derivativos foi:

2010 Futuros (88.810) Swap 6.383 Termo 43.967 Total (38.460)

9. Empréstimos e adiantamentos a clientes Em 31 de dezembro de 2010, as operações de empréstimos e adiantamentos a clientes estão compostas como segue:

2010

Empréstimos 169.900 Empréstimos - objeto de Hedge (nota 8) 19.444 Cédulas de crédito bancário 88.378 Notas de crédito de exportação 58.019 Rendas a receber sobre adiantamentos concedidos 2.989 Adiantamentos sobre contratos de câmbio 382.271 721.001 Marcação a mercado do objeto de hedge (154) Total 720.847 Circulante 605.338 Realizável a longo prazo 115.509

a) Composição da carteira por nível de risco

2010 Nível (*) Vencida A vencer Total

AA - 624.771 624.771 A - 94.447 94.447 B - 1.629 1.629 Total - 720.847 720.847 (*) Classificação baseada na resolução 2.682 do Banco Central do Brasil

b) Por setor de atividade

2010

Setor privado Indústria 237.096 Comércio 294.736 Serviços 188.641 Pessoas físicas 374

Total 720.847

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c) Por faixa de vencimento

2010 A vencer

Até 3 meses 338.207 De 3 meses a 1 ano 264.539 De 1 ano a 3 anos 118.101

Total 720.847

d) Por concentração

2010 Principal devedor 125.735 10 maiores devedores 615.754 20 maiores devedores 717.821 50 maiores devedores 720.847

10. Outros ativos financeiros

O saldo referente a outros ativos financeiros está representado por valores pendentes de liquidação conforme abaixo:

2010 Liquidação no mercado local 379 Liquidação no mercado local com instituições 472 Liquidação no mercado externo 2.459 Total 3.310

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11. Ativo imobilizado

Sistema de processamento

de dados Mobiliários Outros Total Custo Saldo em 01 de janeiro de 2010 1.514 1.140 2.125 4. 779 Adições 236 34 661 930 Baixas (216) (2) (869) (1.086) Saldo em 31 de dezembro de 2010 1.534 1.172 1.917 4 .623 Depreciação Saldo em 01 de janeiro de 2010 (1.129) (674) (1.107 ) (2.910) Baixas 165 2 443 610 Despesa de depreciação (201) (116) (220) (537)

Saldo em 31 de dezembro de 2010 (1.165) (788) (884) (2.837) Saldo líquido Saldo em 01 de janeiro de 2010 385 466 1.018 1.869 Saldo em 31 de dezembro de 2010 369 384 1.033 1.786

12. Ativo tributário diferido

O saldo de R$ 4.104 é composto por R$ 2.565 de imposto de renda diferido e R$ 1.539 de contribuição social diferida constituída sobre diferença temporariamente indedutiveis. Vide composição e movimentação na nota 27b.

13. Outros ativos e passivos

a) Outros ativos

2010

Despesas antecipadas 971

Rendas a receber 4.465

Impostos a compensar 3.176

Depósitos judiciais 5.800

Direitos sobre venda de câmbio 1.439

Total 15.851

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b) Outros passivos

2010

Rendas de comissões antecipadas 724

Fornecedores diversos 3.150

Provisões trabalhistas 2.486

Provisões tributárias 3.141

Impostos e contribuições a pagar 5.522

Participação nos lucros e resultados 7.134

Total 22.157

14. Depósitos e captações no mercado aberto As tabelas abaixo apresentam as composição dos depósitos e das captações no mercado aberto:

Depósitos

À vista e outros

Ordens no

exterior

A prazo

Captações no mercado

aberto Sem vencimento 15.838 - - - Até 3 meses - 1.092 7.020 118.611 De 3 a 12 meses - - 24.642 34.248 De 1 a 3 anos - - 86.424 - De 3 a 5 anos - - 3.532 - Total 15.838 1.092 121.618 152.859

15. Recursos de mercados interbancários

2010 Até 3 meses 367.020 De 3 a 12 meses 186.531 Total 553.551

As obrigações por empréstimos no exterior R$ 550.593, referem-se à captação de linhas para financiamento às exportações junto ao Grupo Crédit Agricole, remuneradas por taxas e condições de mercado e R$ 2.958 referente a depósitos interfinanceiros.

Captações no mercado aberto 2010

Letras do Tesouro Nacional 100.041

Letras de Crédito Agrícola 52.818

Total 152.859

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16. Recursos de mercados institucionais Dívida subordinada A dívida subordinada no valor de R$ 16.707, firmada com Crédit Agricole Corporate and Investment Bank – France em 25 de maio de 2005, cujo vencimento é maio de 2015, está sujeita a encargos financeiros de taxa Libor mais juros, que são pagos trimestralmente. 17. Outros passivos financeiros

O saldo referente a outros ativos financeiros está representado por valores pendentes de liquidação conforme abaixo:

2010 Liquidação no mercado local 3.841 Liquidação no mercado externo 2.443 Total 6.284

18. Obrigações fiscais

O montante de R$ 6.825 refere-se a imposto de renda e contribuição social corrente a recolher. 19. Capital social e reservas

a) Capital social Em 31 de dezembro de 2010 capital social do Banco esta representado por 9.238.140.142 ações sem valor nominal, sendo 8.667.807.956 ações ordinárias e 570.332.186 ações preferenciais, sem direito a voto. O Banco por meio da Assembléia Geral Extraordinária do dia 11 de março de 2010, aprovou o aumento de capital social, em moeda corrente, no valor de R$ 365.139, passando o capital social para R$ 684.495 mediante a emissão de 4.584.133.715 novas ações ordinárias. Este aumento de capital social foi aprovado pelo Banco Central do Brasil em 17 de março de 2010.

b) Destinação de resultados Conforme definido no Estatuto do Banco são assegurados aos acionistas dividendos mínimos de 10% sobre o lucro líquido ou o valor correspondente ao Juros sobre Capital Próprio (JCP) de cada exercício. Em 2010 foram pagos dividendos no montante de R$ 7.892.

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c) Reservas

A conta de reserva de lucros do Banco é composta por reserva legal, reserva estatutária e reserva especial de lucros. O saldo da reserva de lucros não poderá ultrapassar o capital social do Banco sendo que, qualquer valor excedente deve ser capitalizado e/ou distribuído como dividendo.

d) Ajuste de avaliação patrimonial A reserva de ajuste de avaliação patrimonial representa o ajuste a valor de mercado dos títulos e valores mobiliários contabilizado na categoria instrumentos financeiros disponíveis para venda.

20. Receitas de juros

2010 Empréstimos e adiantamentos a clientes 27.603 Resultado de operações de câmbio 405.452 Resultado de ativos financeiros 95.611 Total 528.666

21. Despesas de juros

2010 Operações de captações no mercado aberto (21.554) Obrigações por empréstimos no exterior (384.749) Total (406.303)

22. Resultado líquido de taxas e comissões

2010 Prestação de serviços - ligadas 12.889 Taxa de administração 4.616 Serviços de Consultoria 8.341 Outros serviços 2.796 Total 28.642

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23. Outras receitas operacionais

2010 Recuperação de encargos e despesas 13 Variações monetárias 3.259 Outras rendas operacionais 1.298 Total 4.570

24. Despesas de pessoal

2010 Honorários (4.758) Proventos (14.098) Encargos (6.890) Benefícios (3.407) Outras (967) Total (30.120)

25. Despesas tributárias

2010 ISS (881) COFINS (5.206) PIS (741) Outras despesas tributárias (1.816) Total (8.644)

26. Outras despesas operacionais

2010 Prestação de serviços – ligadas (3.966) Reembolso por despesas administrativas - ligadas 6.369 Despesas de processamento de dados (1.935) Aluguéis (1.177) Despesas de serviços técnicos (4.903) Despesas de serviços do sistema financeiro (3.084) Variações monetárias serviços (1.045) Outras despesas operacionais (1.384) Total (11.125)

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27. Imposto de renda e contribuição social O Banco e sua subsidiária apresentam, em cada exercício, declarações de imposto de renda de pessoa jurídica separas. No Brasil, o imposto de renda abrange o imposto de renda federal e contribuição social sobre o lucro tributável. As alíquotas aplicáveis são as descritas na nota 3.12, considerando que a subsidiária não é uma instituição financeira a reconciliação do imposto de renda e da contribuição social é apresentada de forma separada. a) Composição das despesas com impostos e contribui ções

a.1) Demonstrativo de imposto de renda e contribuição social

Banco Subsidiária Despesa de imposto de renda – corrente (8.417) (497) Despesa de contribuição social – corrente (4.780) (187) Ativo fiscal diferido de imposto de renda (2.957) - Ativo fiscal diferido de contribuição social (1.773) - (17.927) (684)

a.2) Reconciliação do imposto de renda e contribuição social

(i) Aplica-se a alíquota adicional de 10% sobre o lucro excedente a R$ 240 no exercício. b) Créditos tributários

Os créditos tributários de impostos e contribuições foram constituídos sobre prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social acumuladas e diferenças temporariamente indedutíveis. Em atendimento ao requerido pela Resolução nº 3.059 de 20 de dezembro de 2002, alterada pela Resolução nº 3.355 de 31 de março de 2006, ambas do Banco Central do Brasil, o incremento, reversão ou a manutenção dos créditos tributários deverá ser avaliada periodicamente, tendo como

Banco Subsid iária Resultado antes da tributação sobre o lucro e participações 66.978 4.701 Imposto de Renda – Alíquotas de 15% e 10% (i) (16.721) (1.151) Contribuição Social – Alíquota de 9% - (423) Contribuição Social – Alíquota de 15% (10.047) - Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: 8.841 890 Provisão Juros Sobre Capital Próprio 8.614 196 Marcação a mercado TVM e derivativos 295 - Compensação de prejuízo fiscal (IR) e base negativa (CS) (1.864) - Participação nos lucros 30 318 Equivalência patrimonial 1.216 - Outras adições 550 376 Imposto de Renda e Contribuição Social do Exercício (17.927) (684)

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parâmetro a apuração de lucro tributável para fins de imposto de renda e contribuição social em montante que justifique os valores registrados. Os créditos tributários apresentaram a seguinte movimentação.

Saldo Saldo

Descrição 01/01/2010 Constituições Realizações 31/12/2010 Imposto de renda Prejuízo Fiscal Acumulado 1.105 - (1.105) - Diferenças temporárias Marcação a mercado TVM e Derivativos - 184 - 184 Provisão para pagamento a ligadas 2.040 - (2.040) - Participações no lucro 1.531 1.549 (1.531) 1.549 Outras adições e exclusões 785 431 (384) 832 Total de diferenças temporárias 4.356 2.164 (3.955) 2.565 Total 5.461 2.164 (5.060) 2.565 Contribuição Social Base Negativa acumulada 759 - (759) - Diferenças temporárias Marcação a mercado TVM e Derivativos - 111 - 111 Provisão para pagamento a ligadas 1.224 - (1.224) - Participações no Lucro 918 930 (918) 930 Outras adições e exclusões 472 257 (231) 498 Total de diferenças temporárias 2.614 1.298 (2.373) 1.539 Total 3.373 1.298 (3.132) 1.539

Uma vez que o Banco atende todas as premissas estabelecidas pelas Resoluções nº 3.059 e 3.355 do Bacen e considerando as expectativas de resultados futuros determinados com base em premissas que incorporam, entre outros fatores, a manutenção do nível de operações, o atual cenário econômico e as expectativas futuras de taxas de juros, a Administração optou por efetuar o registro dos créditos tributários.

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A realização dos créditos tributários está estimada da seguinte forma:

2011 2012 Total Imposto de renda Diferenças temporárias 2.363 202 2.565 Total 2.363 202 2.565 Valor presente 2.106 160 2.266 Contribuição social Diferenças temporárias 1.417 122 1.539 Total 1.417 122 1.539 Valor presente 1.264 96 1.360 Total Diferenças temporárias 3.780 324 4.104 Total 3.780 324 4.104 Valor presente 3.370 256 3.626

A Administração, com base nas suas projeções de resultados, entende que irá auferir resultados tributáveis em até dois anos para absorver os créditos tributários registrados nas demonstrações financeiras. Essa estimativa é periodicamente revisada, de modo que eventuais alterações na perspectiva de recuperação desses créditos sejam tempestivamente consideradas nas demonstrações financeiras. O valor presente do crédito tributário é estimado em R$ 3.626 utilizando a taxa média de custo de captação estipulada para os respectivos períodos. 28. Provisão para contingências

2010 Fiscal

Saldo em 1º de janeiro de 2010 728 Constituídas durante o exercício 144 Utilizadas - Saldos em 31 de dezembro de 2010 872 Parcela classificada no circulante (menos de um ano) - Parcela classificada no não circulante (mais de um ano) 872

Não há passivos contingentes classificados como perdas possíveis em 31 de dezembro de 2010.

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29. Plano de pensão Plano de contribuição definida: O Banco concede como benefício aos seus funcionários dois planos de previdência privada administrados por uma Entidade Aberta de Previdência Complementar e são classificados como de Contribuição Definida. Ambos os planos são custeados 100% pelo Banco e os níveis de contribuição são fixados anualmente por atuário independente. Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2010, as contribuições do Banco montaram a R$ 817, que foram reconhecidas diretamente no resultado do exercício 30. Valor justo de Instrumentos Financeiros Determinação do valor justo e hierarquia do valor j usto O Banco utiliza a seguinte hierarquia para determinar e divulgar o valor justo de instrumentos financeiros: Nivel 1: preços cotados em mercado ativo para o mesmo instrumento. Nível 2: preços cotados em mercado ativo para ativos ou passivos similares ou baseados em outro método de valorização nos quais todos os parâmetros significativos são baseados em dados observáveis do mercado; e Nível 3: técnicas de valorização nas quais os parâmetros significativos não são baseados em dados observáveis do mercado.

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A tabela a seguir apresenta uma análise dos instrumentos financeiros registrados ao valor justo por nível de hierarquia do valor justo.

Nível 1 Nível 2 Nível 3 TOTAL

Aplicações em Depósitos Interfinanceiros - 2.997 - 2.997

Aplicações no Mercado Aberto - 829.093 - 829.093

Ativos Financeiros Mantidos para Negociação 10.496 - - 10.496

Ativos Financeiros Disponíveis para Venda 64.788 - - 64.788

Instrumentos Financeiros Derivativos - 14.495 - 14.495

Empréstimos e Adiantamentos a Clientes - 720.175 - 720.175

TOTAL DOS ATIVOS FINANCEIROS 75.284 1.566.760 - 1.6 42.044

Depósitos à prazo - 121.617 - 121.617

Captação no Mercado Aberto - 152.724 - 152.724

Instrumentos Financeiros Derivativos - 3.934 - 3.934

Recursos de Mercados Interbancários - 551.535 - 551.535

Recursos de Mercados Institucionais - 16,707 - 16.707

TOTAL DOS PASSIVOS FINANCEIROS - 846.517 - 846.517

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Análise do vencimento de ativos e passivos O quadro a seguir apresenta uma análise de ativos e passivos considerando sua expectativa de recuperação ou liquidação. Vide Nota ''Risco de liquidez e gestão de captação' relacionada com obrigações contratuais de pagamento.

Até 1 mês Entre 1 e 3 meses

Entre 3 e 6 meses

Entre 6 meses e

1 ano

Entre 1 e 2 anos

Acima de 2 anos

TOTAL

Disponibilidade e Saldos em Bancos Centrais 4.969 - 1.324 - - - 6.293

Aplicações em Depósitos Interfinanceiros - 3.035 - - - - 3.035

Aplicações no Mercado Aberto 829.093 - - - - - 829.093

Ativos Financeiros Mantidos para Negociação 10.496 - - - - - 10.496

Ativos Financeiros Disponíveis para Venda 64.788 - - - - - 64.788

Instrumentos Financeiros Derivativos 416 840 7.773 3.032 2.434 - 14.495

Empréstimos e Adiantamentos a Clientes 24.160 314.046 109.191 155.349 23.731 94.370 720.847

Outros Ativos Financeiros 3.310 - - - - - 3.310

Ativo Imobilizado - 1.786 - - - - 1.786

Ativo Intangível - 55 - - - - 55

Ativo Tributário Diferido - - - - - 4.104 4.104

Outros Ativos 3.556 - 3.060 381 3.373 5.481 15.851 TOTAL DO ATIVO 940.788 319.762 121.348 158.762 29.5 38 103.955 1.674.153 Depósitos 117.552 19.586 252 1.158 - - 138.548

Captação no Mercado Aberto 117.102 1.509 34.248 - - - 152.859

Instrumentos Financeiros Derivativos 225 1.609 447 1.346 133 174 3.934

Recursos de Mercados Interbancários 2.971 364.049 73.750 112.781 - - 553.551

Recursos de Mercados Institucionais - 53 - - - 16.654 16.707

Outros Passivos Financeiros 6.284 - - - - - 6.284

Obrigações Fiscais 6.825 - - - - - 6.825

Dividendos a pagar - - - - - - -

Outros Passivos 14.035 8.122 - - - - 22.157 TOTAL DO PASSIVO 264.994 394.928 108.697 115.285 133 16.828 900.865 POSIÇÃO LÍQUIDA 675.794 (75.166) 12.651 43.477 29.405 87.127 773.288 POSIÇÃO LÍQUIDA ACUMULADA 675.794 600.628 613.279 656.756 686.161 773.288

31. Garantias prestadas e compromissos Visando a atender às necessidades financeiras de seus clientes, o Banco presta garantias e compromissos irrevogáveis. Embora essas obrigações possam não ser reconhecidas no balanço patrimonial, elas incluem risco de crédito sendo, por essa razão, consideradas no risco geral ao qual o Banco está exposto.

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As garantias prestadas e os compromissos assumidos em aberto estão apresentados abaixo:

2010 Garantias Garantias financeiras 270.424 Compromissos Compromissos de conceder empréstimos não utilizados 113.169

Garantias financeiras: Cartas de crédito e garantias (inclusive cartas de comprometimento de crédito) constituem compromissos assumidos pelo Banco de efetuar pagamentos em nome de clientes no caso de um ato específico, geralmente relacionado com importação ou exportação de mercadorias. As garantias e as cartas de comprometimento de crédito carregam o mesmo risco de crédito que os empréstimos. Compromissos de conceder empréstimos não utilizados: Os compromissos para estender créditos representam compromissos contratuais de efetuar empréstimos e abertura de crédito rotativo. Esses compromissos geralmente estabelecem datas de vencimento fixas ou outras cláusulas de encerramento. Visto que esses compromissos podem expirar sem ter sido utilizados, os valores totais dos contratos não representam necessariamente exigências futuras de caixa. Contudo, a perda potencial com créditos é menor do que o total de compromissos não utilizados, visto que muitos compromissos para estender créditos dependem da manutenção por parte dos clientes de padrões específicos. O Banco acompanha o prazo de vencimento desses compromissos de crédito pelo fato de os compromissos de longo prazo geralmente possuir um nível de risco de crédito maior do que os compromissos de curto prazo. 32. Informações sobre partes relacionadas Remuneração de pessoal administrativo chave do Banc o: A remuneração total do pessoal chave da administração para o exercício findo em 31 de dezembro de 2010 foi de R$ 8.580, a qual é considerada benefício de curto prazo.

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Transações com outras partes relacionadas Empresas ligadas

Em 31 de dezembro de 2010, os saldos das transações entre partes relacionadas são os seguintes.

2010

Ativo/ (Passivo)

Receitas/ (Despesas) (*)

Disponibilidades 1.116 - Valores a receber sociedades ligadas 2.492 18.359 Outros créditos 74.476 (686) Depósitos a vista (162) - Depósitos interfinanceiros (2.735) (231) Operações compromissadas (100.040) (8.537) Valores a pagar sociedades ligadas - (2.881) Dívida subordinada (16.707) 189 Empréstimos no exterior (550.593) (385.013) Outras obrigações (72.794) -

(*) O resultado das operações realizadas em moeda estrangeira inclui a variação cambial do exercício.

As transações entre partes relacionadas foram realizadas de acordo com os prazos e condições usuais de mercado, considerando a redução de risco nas mesmas. Termos e condições das transações com partes relaci onadas Os saldos em aberto discriminados acima foram originados no curso normal dos negócios. Os juros cobrados das e pelas partes relacionadas observam taxas normais adotadas no mercado. Saldos em aberto no final do exercício não possuem garantia. Não foram fornecidas ou recebidas garantias de quaisquer partes relacionadas com respeito a valores a pagar e a receber envolvidos nessas transações. No exercício findo em 31 de dezembro de 2010 o Banco não registrou nenhuma provisão para créditos de liquidação duvidosa relacionada com os valores devidos por partes relacionadas. Entidades consolidadas As demonstrações financeiras consolidadas incluem as demonstrações financeiras do Banco e das controladas, conforme demonstrado na tabela abaixo:

Nome da empresa controlada País de constituição

% de participação 2010

Crédit Agricole Corporate Finance Brasil Consultoria Financeira Ltda. Brasil 99,99

Calyon Overseas Bank Ltd. Grand Cayman 100,00

A controlada Calyon Overseas Bank Ltd. teve suas atividades encerradas no inicio de 2010.

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33. Gestão de risco Introdução O risco é um aspecto inerente às atividades do Banco, sendo administrado por meio de um processo de identificação, mensuração e monitoramento contínuo, sujeito a limites de risco e outros controles. O Banco está exposto a risco de crédito, risco de liquidez e risco de mercado, sendo esse subdividido em riscos relacionados com títulos mantidos para negociação e títulos não mantidos para negociação e a riscos operacionais. O processo independente de controle de risco não inclui riscos de negócio como mudanças no ambiente, tecnologia e segmento. São monitorados por meio do processo de planejamento estratégico do Banco. 33.1 Risco de mercado As perdas potenciais advindas de variações em preços de ativos financeiros, taxas de juros, moedas e índices são monitoradas diariamente em relação aos limites operacionais atribuídos para a sensibilidade aos fatores de risco, Valor em Risco e testes de estresse. Em adição, são realizadas simulações e projeções de fluxos futuros para avaliação da mudança relativa a exposição ao risco. Além das ferramentas tradicionais de risco de mercado, o Banco usa o instrumental de ALM (gerenciamento de ativos e passivos). Essa ferramenta possibilita ter-se uma visão do impacto de variações de taxas de juros no balanço do Banco e avaliar as interdependências entre as variações de taxa de juros e o volume dos ativos/passivos do Banco. Os limites aprovados pelo comitê de risco de mercado são revisados, no mínimo, anualmente. A política com a descrição da estrutura de gerenciamento de risco de mercado encontra-se disponível no site www.ca-cib.com.br. Fatores de risco de mercado Os principais fatores de risco de mercado presentes no balanço são: taxa de juros prefixada, taxa de juros vinculada aos índices TR, SELIC, DI e exposição a variação cambial de moedas. O cálculo do valor de mercado segue critérios estritos de independência da área de Market Risk com relação à coleta de preços referenciais de mercado e construção da estrutura a termo das diversas taxas de juros. De modo genérico, o valor de mercado é a melhor estimativa do valor presente de um fluxo de caixa. Uma vez possuindo os fluxos de caixa de toda a Instituição e os vários preços/estruturas de taxa de juros, efetua-se o cálculo do valor de mercado.

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a) Objetivos e limitações da Metodologia VaR O Banco usa modelos de simulação para avaliar possíveis mudanças no valor de mercado da carteira de títulos para negociação com base em dados históricos dos últimos cinco anos. Os modelos de VaR são destinados à mensuração do risco de mercado em um ambiente normal de mercado. Os modelos assumem que quaisquer mudanças ocorridas nos fatores de risco que afetem o ambiente normal de mercado acompanharão uma distribuição normal. A distribuição é calculada com o uso de dados históricos ponderados exponencialmente. O uso do VaR tem limitações pelo fato de ser baseado em correlações históricas e volatilidades nos preços de mercado e assumir que variações futuras nos preços acompanharão uma distribuição estatística. Devido ao fato de que o VaR se apóia basicamente em dados históricos para fornecer informações e pode não prever claramente as mudanças e alterações futuras dos fatores de risco, a probabilidade de grandes mudanças no mercado pode ser subestimada caso as alterações em fatores de risco deixem de se alinhar com a premissa de distribuição normal. O VaR pode também ser subestimado ou superestimado devido a premissas colocadas em fatores de risco e ao relacionamento entre esses fatores em instrumentos específicos. Mesmo que as posições venham a mudar durante o dia, o VaR só representa o risco das carteiras ao final do dia útil, e não leva em consideração quaisquer mudanças que possam ocorrer além do nível de confiança de 99%. Na prática, os resultados efetivos relacionados com os títulos mantidos para negociação devem diferir do cálculo do VaR e, particularmente, o cálculo não fornece uma indicação significativa de lucros e perdas em condições de estresse de mercado. Para determinar a confiabilidade dos modelos de VaR, resultados reais são monitorados regularmente para testar a validade das premissas e dos parâmetros usados no cálculo do VaR. As posições de risco de mercado estão também sujeitas a testes regulares de estresse de forma a assegurar que o Banco resistiria a um evento de mercado extremo. b) Premissas do VaR (Value at Risk) A metodologia adotada para o cálculo do Valor em Risco utiliza simulação histórica considerando 252 dias de dados de retornos dos fatores de risco e grau de confiança de 99%, com um dia de holding period. O teste de estresse é efetuado levando-se em consideração as variações severas de mercado. Adicionalmente, são também efetuados testes de aderência (back-testing) do modelo de Valor em Risco em comparação aos resultados efetivamente auferidos.

VaRTotal

2010 – 31 de dezembro (297) 2010 – Diária média (626) 2010 – Maior (1.684) 2010 – Menor (132)

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c) Teste de Aderência (Back-testing) Ao longo de 2010, não houve nenhuma perda diária que excedesse o VaR previsto pelo modelo.

Teste de Aderência

(1.400.000)

(1.200.000)

(1.000.000)

(800.000)

(600.000)

(400.000)

(200.000)

0

200.000

400.000

31-D

ec-0

9

15-J

an-1

0

30-J

an-1

0

14-F

eb-1

0

1-M

ar-1

0

16-M

ar-1

0

31-M

ar-1

0

15-A

pr-1

0

30-A

pr-1

0

15-M

ay-1

0

30-M

ay-1

0

14-J

un-1

0

29-J

un-1

0

14-J

ul-1

0

29-J

ul-1

0

13-A

ug-1

0

28-A

ug-1

0

12-S

ep-1

0

27-S

ep-1

0

12-O

ct-1

0

27-O

ct-1

0

11-N

ov-1

0

26-N

ov-1

0

11-D

ec-1

0

26-D

ec-1

0

Resultado Teórico VaR 99%

d) Risco de taxa de juros O risco da taxa de juros decorre da possibilidade de que variações nas taxas de juro possam afetar fluxos de caixa futuros ou os valores justos de instrumentos financeiros. As posições são monitoradas diariamente, sendo que estratégias de hedge são usadas para assegurar que as posições sejam mantidas dentro de limites estabelecidos. O quadro a seguir apresenta o impacto de uma possível variação na taxa de juros, com todas as outras variáveis contidas constantes, no resultado. O impacto no resultado é calculado por meio da revalorização de ativos financeiros da carteira de negociação e instrumentos financeiros derivativos com taxas fixas, em 31 de dezembro para os efeitos de oscilações paralelas nas taxa de juros conforme os cenários a seguir.

Variação da taxa de juros

em pontos base Impacto no resultado Cenário 1 Cenário 2 Cenário 1 Cenário 2

Taxa Pré em Reais 100 -50 (322) 161 Cupom Cambial - USD 25 -10 (55) 22 Total (377) 183

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A tabela a seguir apresenta uma análise da exposição a risco de taxa de juros em ativos e passivos financeiros do Banco. Os ativos e passivos estão apresentados ao valor contábil e categorizados por renovação contratual ou data de vencimento, o que ocorrer primeiro.

e) Risco de moeda O risco de moeda consiste no risco de que o valor de um instrumento financeiro venha a sofrer flutuação devido a variações nas taxas de câmbio. As posições são monitoradas diariamente, sendo que estratégias de hedge são usadas para assegurar que as posições sejam mantidas dentro de limites estabelecidos. O quadro abaixo indica as moedas às quais o Banco tinha exposição significativa em 31 de dezembro de 2010 com respeito a seus ativos e passivos monetários não mantidos para negociação e seus fluxos de caixa estimados. A análise calcula o efeito de uma alteração razoável possível na taxa da moeda contra o real, mantendo-se constantes todas as outras variáveis da demonstração do resultado (devido ao valor justo dos ativos e passivos monetários não mantidos para negociação sensíveis à moeda) e do patrimônio líquido (devido à variação no valor justo dos

A vista Entre 1

e 30 dias

Entre 1 e 3

meses

Entre 3 e 6

meses

Entre 6 meses e

1 ano

Entre 1 e 2

anos

Acima de 2 anos

TOTAL

Disponibilidade e Saldos em Bancos Centrais 4.969 - - 1.324 - - - 6.293

Aplicações em Depósitos Interfinanceiros - - 3.035 - - - - 3.035

Aplicações no Mercado Aberto 829.093 - - - - - - 829.093

Ativos Financeiros Mantidos para Negociação 10.496 - - - - - - 10.496

Ativos Financeiros Disponíveis para Venda 64.788 - - - - - - 64.788

Instrumentos Financeiros Derivativos - 416 840 7.773 3.032 2.434 - 14.495

Empréstimos e Adiantamentos a Clientes 5.675 18.485 314.046 109.191 155.349 23.731 94.370 720.847

Outros Ativos Financeiros 2.838 472 - - - - - 3.310

TOTAL DO ATIVO 917.859 19.373 317.921 118.288 158.3 81 26.165 94.370 1.652.357

Depósitos 112.530 5.022 19.586 252 1.158 - - 138.548

Captação no Mercado Aberto 100.040 17.062 1.509 34.248 - - - 152.859

Instrumentos Financeiros Derivativos 93 132 1.609 447 1.346 133 174 3.934

Recursos de Mercados Interbancários 13 2.958 364.049 73.750 112.781 - - 553.551

Recursos de Mercados Institucionais - 53 - - - 16.654 16.707

Outros Passivos Financeiros 6.284 - - - - - - 6.284

TOTAL DO PASSIVO 218.960 25.174 386.806 108.697 115 .285 133 16.828 871.883

POSIÇÃO LÍQUIDA 698.899 (5.801) (68.885) 9.591 43.0 96 26.032 77.542 780.474

POSIÇÃO LÍQUIDA ACUMULADA 698.899 693.098 624.213 6 33.804 676.900 702.932 780.474

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swaps de moeda e dos contratos de câmbio a termo usados como Hedge de fluxo de caixa). Um valor negativo no quadro reflete uma redução potencial líquida na demonstração do resultado ou patrimônio líquido, enquanto que um valor positivo reflete um aumento potencial líquido.

Variação na

taxa da moeda

Efeito no lucro antes dos impostos

Moeda EUR -10% 7.408 USD -10% (8.207) 33.2 Risco de liquidez Risco de liquidez é relacionado ao descasamento da estrutura de ativos e passivos com relação aos fluxos efetivos de pagamento destes. O controle de risco de liquidez é efetuado por meio da análise estática da estrutura de descasamentos do Banco, especialmente no curto prazo. São efetuadas simulações desta estrutura com estimativas de renovação de carteiras. Em paralelo são analisados mensalmente indicadores de liquidez oriundos dos saldos de contas do balanço. Por último são também efetuadas análises de cenário de estresse voltado especificamente para liquidez. O Banco mantém uma carteira de ativos altamente comercializáveis e variados, que podem ser facilmente liquidados no caso de uma interrupção inesperada de fluxos de caixa. O Banco também comprometeu linhas de crédito que pode acessar para atender a necessidades de liquidez. A posição de liquidez é avaliada e administrada considerando diversos cenários, dando a consideração devida a fatores de estresse relacionados com o mercado em geral e com o Banco em especial. O mais importante é manter limites sobre a taxa de aplicações financeiras de liquidez imediata para as obrigações dos clientes estabelecidas de forma a refletir as condições do mercado. As aplicações financeiras de liquidez imediata consistem em caixa, depósitos de curto prazo e títulos de dívida com liquidez disponíveis para venda imediata, líquidos de depósitos de bancos e outros empréstimos e títulos emitidos a vencer no mês seguinte, sendo estas aplicações em grande maioria indexadas em taxa diária (Selic). a) Risco de pagamento antecipado O risco de pagamento antecipado consiste no risco de que o Banco venha a incorrer em uma perda financeira devido ao fato de seus clientes e contrapartes efetuarem ou pedirem pagamento antecipado ou postecipado em relação ao esperado, como em empréstimos a taxas fixas quando as taxas de juros sofrem queda. O Banco não esta exposto ao risco de pagamento antecipado uma vez que os contratos em taxas fixas contém clausula de liquidação pelo valor ajustado à mercado

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b) Análise de passivos financeiros pelo período rem anescente de vencimentos contratuais: O quadro abaixo apresenta de forma resumida o perfil de vencimento dos passivos financeiros do Banco em 31 de dezembro de 2010 com base nas obrigações contratuais de pagamento sem desconto. A Nota de 'Análise do vencimento de ativos e passivos' apresenta os vencimentos esperados dessas obrigações de pagamento sem desconto. A Nota de 'Análise do vencimento de ativos e passivos' apresenta os vencimentos esperados dessas obrigações. Os pagamentos sujeitos a notificação são tratados como se a notificação devesse ser dada imediatamente.

Até 30 dias

De 1 a 3 meses

De 3 a 12 meses

De 1 a 5 anos

Total

Depósitos 117.552 19.586 1.410 - 138.548 Captação no Mercado Aberto 117.102 1.509 34.248 - 152.859 Instrumentos Financeiros Derivativos 225 1.609 1.793 307 3.934 Recursos de Mercados Interbancários 2.971 364.049 186.531 - 553.551 Recursos de Mercados Institucionais - 53 - 16.654 16.707 Outros Passivos Financeiros 6.284 - - - 6.284 Total de passivos financeiros não descontados 244.134 386.806 223.982 16.961 871.883

O quadro abaixo demonstra os prazos contratuais por vencimento do passivo contingente e dos compromissos do Banco.

Até 30 dias

De 1 a 3 meses

De 3 a 12 meses

De 1 a 5 anos

Mais de 5 anos Total

Passivo contingente 32.504 118.820 43.491 58.955 16.654 270.424 Compromissos 2.108 1.133 109.928 - - 113.169

Total 34.612 119.953 153.419 58.955 16.654 383.593

O Banco espera que não seja utilizado o valor total correspondente ao passivo contingente e aos compromissos antes da expiração dos compromissos. 33.3 Risco operacional

Definido pela Resolução 3.380 do Banco Central do Brasil de 29 de junho de 2006, como o risco de perda resultante de falha ou inadequação de processos internos, sistemas, comportamento humano, ou ainda, proveniente de eventos externos, que podem ocorrer em qualquer etapa de um processo operacional de uma instituição financeira. A área de Controles Permanentes e Risco Operacional do Banco Crédit Agricole Brasil S.A. integra a Diretoria de Risco e Controles Permanentes, sendo responsável pelas atividades de mapeamento dos processos operacionais, identificação, avaliação e mitigação dos riscos identificados, além de exercer controles permanentes sobre as demais áreas.

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Através de reuniões frequentes e regulares, a alta administração do Banco Crédit Agricole Brasil S.A. discute os diagnósticos e as consequentes ações a serem implementadas, quando necessário. A política com a descrição detalhada da estrutura de gerenciamento do risco operacional encontra-se disponível no site www.ca-cib.com.br.

33.4 Riscos de crédito Risco de Crédito está relacionado com o risco da contraparte de um empréstimo ou operação financeira não ter capacidade de cumprir suas obrigações contratuais, em especial pagamento de principal e juros nos prazos predeterminados, ou ainda as garantias prestadas por esta contraparte não forem suficientes para cumprir tais obrigações, gerando, assim, alguma perda para o Banco. O Banco possui políticas de avaliação e gerenciamento de risco de crédito que estão em conformidade com as normas do grupo Crédit Agricole e com a regulamentação vigente do Banco Central do Brasil. Estas políticas observam riscos relativos à contraparte individualmente e como parte integrante de grupo econômico, concentração setorial, limitações de prazo, entre outros, de forma a manter a qualidade esperada da carteira, a qual é periodicamente avaliada pela alta administração do grupo. O processo decisório é fundamentado através de Comitês de Crédito, sendo que a estrutura de Análise e Gerenciamento de Risco de Crédito é composta por Diretoria específica.

Exposição

máxima 2010 Disponibilidade e Saldos em Bancos Centrais 6.293 Aplicações em Depósitos Interfinanceiros 3.035 Aplicações no Mercado Aberto 829.093 Ativos Financeiros Mantidos para Negociação - Outros Ativos 10.496 Ativos Financeiros Disponíveis para Venda - Outros Ativos 64.788 Instrumentos Financeiros Derivativos 14.495 Empréstimos e Adiantamentos a Clientes 720.847 Outros Ativos Financeiros 3.310 1.652.357

Garantias financeiras 270.424 Compromissos 113.169 383.593

Total da exposição a risco de crédito 2.035.950 Nos casos em que os instrumentos financeiros são registrados a valor justo os valores demonstrados acima representam a exposição a risco de crédito corrente, mas não a exposição máxima a risco que poderia resultar no futuro em decorrência da variação dos valores.

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a) Concentrações de risco da exposição máxima a ris co de crédito A exposição máxima a risco de crédito de qualquer cliente ou contraparte em 31 de dezembro de 2010 era de R$ 125.735, sem considerar garantias. Apresentamos a seguir uma análise por setor industrial dos ativos financeiros do Banco, antes e depois de considerar garantias mantidas ou outras melhorias de crédito:

Valor bruto Valor líquido exposição máxima exposição máxima Instituições financeiras 839.899 3.034 Commodities 294.736 294.736 Açúcar e álcool 139.799 138.170 Serviços 100.263 100.263 Energia 88.378 88.378 Tesouro Nacional 75.284 75.284 Metalurgia 47.151 47.151 Autopeças 21.600 100 Alimentos 10.374 10.374 Infra-estrutura 10.061 10.061 Eletrônica 8.078 8.078 Química 7.442 7.442 Farmacêutica 3.842 3.842 Pessoa Física 374 24 Outros 5.076 3.904

Total 1.652.357 790.841 b) Garantias e outras melhorias de crédito O valor e o tipo de garantia exigida dependem de uma avaliação do risco de crédito da contraparte. São implantadas orientações relacionadas com aceitabilidade dos tipos de garantia e parâmetros de avaliação. Os principais tipos de garantia obtidos estão discriminados abaixo:

- Para empréstimos de títulos e transações de recompra reversa: caixa ou títulos. - Para financiamento comercial encargos sobre bens imóveis, estoques e contas a receber. - Para empréstimos no varejo: hipotecas sobre propriedades residenciais.

O Banco também obtém garantias de controladoras para empréstimos a suas controladas. A Administração monitora o valor de mercado de garantias e solicita garantia adicional de acordo com o contrato correspondente, e monitora o valor de mercado de garantias obtidas durante sua revisão da adequação da provisão para perda do valor recuperável. Caso necessário, o Banco poderá alienar bens dados em garantia que tenham sido reintegrados na ordem respectiva. O produto da venda é usado para reduzir ou efetuar o pagamento

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correspondente integralmente. De forma geral, o Banco não utiliza as propriedades reintegradas para uso comercial. c) Qualidade de crédito por classe de ativo finance iro A qualidade do crédito dos ativos financeiros é administrada pelo Banco com base em um sistema de classificação de crédito. O quadro abaixo demonstra a qualidade do crédito por classe de ativo para as linhas relacionadas como empréstimo, com base no sistema de classificação de crédito adotado pelo Banco.

Empréstimos e adiantamentos vencidos incluem aqueles que estão vencidos a apenas alguns dias. A maioria dos empréstimos vencidos não é considerada deteriorada.

Nível alto Nível padrão

Vencido ou individualmente

deteriorado Total

Disponibilidade e Saldos em Bancos Centrais 6.293 - - 6.293 Aplicações em Depósitos Interfinanceiros 3.035 - - 3.035 Aplicações no Mercado Aberto 829.093 - - 829.093 Ativos Financeiros Mantidos para Negociação - Outros Ativos 10.496 - - 10.496 Ativos Financeiros Disponíveis para Venda - Outros Ativos 64.788 - - 64.788 Instrumentos Financeiros Derivativos 4.434 10.061 - 14.495 Empréstimos e adiantamentos a clientes Empréstimos e Títulos Descontados Pessoa Física 374 - - 374 Empréstimos e Títulos Descontados Pessoa Jurídica 86.923 101.892 - 188.815 Financiamento à exportação 347.694 37.568 - 385.262 Financiamento de Infra-estrutura - 88.378 - 88.378 Outros empréstimos e adiantamentos 58.018 - - 58.018 Outros ativos financeiros 3.310 - - 3.310 Total 1.414.458 237.899 - 1.652.357

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d) Empréstimos e adiantamentos a clientes para cada classificação de risco interno

Moodys

transações equivalentes

Total 2010

Nível alto A Aa1 / Aa2 24 C+ Baa1 125.735 C Baa2 169.507 C- Baa3 197.742 Nível padrão D+ Ba1 32.140 D Ba2 93.807 D- Ba3 101.892 Total 720.847

É política do Banco manter classificações de risco precisas e consistentes na carteira de crédito. Isso facilita com que a Administração mantenha seu foco nos riscos aplicáveis e faz com que seja feita uma comparação das exposições a risco de crédito por todas as linhas de negócio, regiões geográficas e produtos. O sistema de classificação é suportado por uma série de analíticos financeiros, combinados com informações processadas sobre o mercado visando a fornecer as principais informações para mensuração do risco relacionado com a contraparte. Todas as classificações internas de risco são personalizadas considerando as várias categorias e são derivadas de acordo com a política de classificação do Banco. As classificações de risco atribuíveis são avaliadas e atualizadas regularmente. As classificações equivalentes estabelecidas pela agência Moody's são adequadas apenas para certos tipos de exposição em cada classe da classificação de risco. f) Análise por idade de empréstimos vencidos mas nã o deteriorados por classe de ativo

financeiro

Em 31 de dezembro não há operações de empréstimos vencidas. g) Provisões avaliadas individualmente O Banco determina a provisão apropriada para os empréstimos ou adiantamentos individualmente significativos de forma individual. Os itens considerados na determinação da provisão incluem a sustentabilidade do plano de negócios da contraparte, sua capacidade para melhorar o desempenho considerando o surgimento de uma dificuldade financeira, recebimentos projetados e o pagamento de dividendos esperado no caso de falência, a disponibilidade de outro apoio financeiro e o valor de realização da garantia, bem como a periodicidade dos fluxos de caixa esperados. As perdas de valores recuperáveis são avaliadas nas datas base, a menos que circunstâncias inesperadas exijam maior atenção.

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h) Provisões avaliadas coletivamente As provisões são avaliadas coletivamente com respeito a perdas em empréstimos e adiantamentos que não sejam individualmente significativos (inclusive cartões de crédito, hipotecas residenciais e empréstimos não garantidos ao consumidor) e com relação a empréstimos e adiantamentos individualmente significativos, com respeito aos quais ainda não haja evidência objetiva de deterioração individual. As provisões são avaliadas em cada data base, sendo que cada carteira recebe uma revisão específica. A avaliação coletiva leva em consideração a deterioração que é provável que exista na carteira mesmo que ainda não haja evidência objetiva de deterioração em uma avaliação individual. As perdas de valor recuperável são estimadas levando em consideração as seguintes informações: histórico de perdas da carteira, condições econômicas, defasagem aproximada entre o período em que é provável que tenha ocorrido uma perda e o período em que será identificado que a perda exige uma avaliação individual da provisão de deterioração, bem como os recebimentos e recuperação esperados após a eventual deterioração. A administração local é responsável pela determinação do tempo envolvido nesse período, que pode se estender até um ano. A provisão para deterioração é então revisada pela administração de crédito visando a assegurar alinhamento com a política geral estabelecida pelo Banco. As garantias financeiras e as cartas de crédito são avaliadas e as provisões constituídas de forma similar aos empréstimos. 34. Capital O Banco está sujeito a regulamentação do Banco Central do Brasil que determina a exigência de capital mínimo de acordo com a regulamentação baseada no Acordo de Basiléia sobre adequação de capital. O Acordo de Basiléia exige que os bancos apresentem um relação entre capital regulamentar e exposição ao risco de no mínimo 8%. Entretanto, o Acordo de Basiléia permite que a autoridade reguladoras de cada País determinem parâmetros próprios de composição do capital regulamentar e de apuração das parcelas de exposição a risco. Desta forma, a principal diferença decorrente da adoção de parâmetros próprios pela legislação brasileira é a exigência da relação entre capital regulamentar e ativos ponderados pelo risco de no mínimo 11%. Além disso, de acordo com as normas do Banco Central do Brasil, os bancos devem calcular o cumprimento da exigência mínima, tanto com base na consolidação de todas as subsidiárias financeiras regulamentadas pelo Banco Central, e com base na consolidação completa, considerando todas as empresas, independente de serem ou não regulamentadas pelo Banco Central.

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O Capital regulamentar é basicamente composto por dois níveis. Nível I: de modo geral, capital social, certas reservas e lucros retidos, menos alguns intangíveis. Nível II, inclui, dentro outros e sujeito a certas limitações, reservas para reavalição de ativos e divídas subordinadas, e está limitado ao valor do Capital Nível I. A Administração gerencia o capital com a finalidade de atender aos requerimentos mínimos de capital requeridos pelo Banco Central. Durante o período o Banco cumpriu os requerimentos mínimos de capital aos quais estamos sujeitos.

2010 Patrimônio de Referencia Nível I 749.769 Patrimônio de Referencia Nível II 13.317 Patrimônio de Referencia Total 763.086 Patrimônio de Referencia Exigido 216.187