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Demonstrações Financeiras Força Eólica do Brasil 2 S.A. 31 de dezembro de 2016 com Relatório dos Auditores Independentes

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Demonstrações Financeiras

Força Eólica do Brasil 2 S.A.

31 de dezembro de 2016 com Relatório dos Auditores Independentes

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Força Eólica do Brasil 2 S.A. Demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2016 Índice Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras.. ................................................... .. 3 Relatório da administração ................................................................................................................................... . 7 Demonstrações financeiras auditadas Balanço patrimonial.. ............................................................................................................................................. .. 10 Demonstração do resultado do exercício ............................................................................................................. . 11 Demonstração do resultado abrangente ............................................................................................................... .. 12 Demonstração das mutações do patrimônio líquido........... .................................................................................. .. 13 Demonstração do fluxo de caixa.. ......................................................................................................................... .. 14 Notas explicativas às demonstrações financeiras ............................................................................................... . 15

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3

Centro Empresarial PB 370 Praia de Botafogo, 370 5º ao 8º andares - Botafogo 22250-040 - Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Tel: (5521) 3263-7000 Fax: (5521) 3263-7003 ey.com.br

Relatório do auditor independente sobre as demonstrações financeiras individuais e

consolidadas

Aos

Administradores e aos Acionistas da

Força Eólica do Brasil 2 S.A.

Rio de Janeiro - RJ

Opinião

Examinamos as demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Força Eólica do

Brasil 2 S.A. (Companhia), identificadas como controladora e consolidado, respectivamente,

que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2016 e as respectivas

demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e

dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas

explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis.

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras individuais e consolidadas acima referidas

apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e

financeira, individual e consolidada, da Força Eólica do Brasil 2 S.A. em 31 de dezembro de

2016, o desempenho individual e consolidado de suas operações e os seus respectivos fluxos

de caixa individuais e consolidados para o exercício findo nessa data, de acordo com as

práticas contábeis adotadas no Brasil.

Base para opinião

Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de

auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na

seção a seguir intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações

financeiras individuais e consolidadas”. Somos independentes em relação à Companhia e suas

controladas, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética

Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de

Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas

normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para

fundamentar nossa opinião.

Outras informações que acompanham as demonstrações financeiras individuais e

consolidadas e o relatório do auditor

A administração da Companhia é responsável por essas outras informações que compreendem

o Relatório da Administração.

Nossa opinião sobre as demonstrações financeiras individuais e consolidadas não abrange o

Relatório da Administração e não expressamos qualquer forma de conclusão de auditoria sobre

esse relatório.

Em conexão com a auditoria das demonstrações financeiras individuais e consolidadas, nossa

responsabilidade é a de ler o Relatório da Administração e, ao fazê-lo, considerar se esse

relatório está, de forma relevante, inconsistente com as demonstrações financeiras ou com

nosso conhecimento obtido na auditoria ou, de outra forma, aparenta estar distorcido de forma

relevante. Se, com base no trabalho realizado, concluirmos que há distorção relevante no

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Relatório da Administração, somos requeridos a comunicar esse fato. Não temos nada a relatar

a este respeito.

Responsabilidades da administração e da governança pelas demonstrações financeiras

individuais e consolidadas

A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações

financeiras individuais e consolidadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil

e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de

demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por

fraude ou erro.

Na elaboração das demonstrações financeiras individuais e consolidadas, a administração é

responsável pela avaliação da capacidade de a Companhia continuar operando, divulgando,

quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa

base contábil na elaboração das demonstrações financeiras, a não ser que a administração

pretenda liquidar a Companhia e suas controladas ou cessar suas operações, ou não tenha

nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações.

Os responsáveis pela governança da Companhia e suas controladas são aqueles com

responsabilidade pela supervisão do processo de elaboração das demonstrações financeiras.

Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras individuais

e consolidadas

Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras

individuais e consolidadas, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante,

independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo

nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de

que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria

sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser

decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em

conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos

usuários tomadas com base nas referidas demonstrações financeiras.

Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de

auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da

auditoria. Além disso:

Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais.

Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas, não, com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Companhia e suas controladas.

Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e respectivas divulgações feitas pela administração.

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Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras individuais

e consolidadas - Continuação

Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à capacidade de continuidade operacional da Companhia e suas controladas. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a Companhia e suas controladas a não mais se manterem em continuidade operacional.

Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financeiras, inclusive as divulgações e se as demonstrações financeiras individuais e consolidadas representam as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada.

Obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente referente às informações financeiras das entidades ou atividades de negócio do grupo para expressar uma opinião sobre as demonstrações financeiras consolidadas. Somos responsáveis pela direção, supervisão e desempenho da auditoria do grupo e, consequentemente, pela opinião de auditoria.

Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do

alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria,

inclusive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos

durante nossos trabalhos.

Rio de Janeiro (RJ), 22 de fevereiro de 2017 ERNST & YOUNG Auditores Independentes S.S. CRC-2SP015199/F-6

Shirley Nara S. Silva

Contadora CRC-1BA022650/O-0

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FORÇA EÓLICA DO BRASIL 2 S.A.

Relatório de Administração – 2016

MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Prezados Acionistas,

Ao apresentar os resultados de 2016, a Força Eólica do Brasil 2 S.A. reafirma seus princípios

de sustentabilidade corporativa, sempre na busca do equilíbrio entre prosperidade econômica,

responsabilidade ambiental e progresso social, com base em uma gestão eficiente, íntegra e

ética. Vamos em busca de novas conquistas em 2017, com a certeza de contribuir para o

desenvolvimento do Brasil.

1. BREVE HISTÓRICO DA COMPANHIA

Em maio de 2014, a Força Eólica do Brasil, uma joint venture entre a Neoenergia (50%) e a

Iberdrola (50%), foi parcialmente cindida, transferindo parte de seu capital para Força Eólica do

Brasil 1 S.A. e para Força Eólica do Brasil 2 S.A.. Após a mencionada reorganização societária

a Força Eólica do Brasil 1 S.A. passou a controlar diretamente os parques eólicos Calango 1,

Calango 4, Calango 5, Caetité 1 e Caetité 2; enquanto a Força Eólica do Brasil 2 S.A, passou a

controlar a FE Participações S.A., que, por sua vez, é controladora dos parques eólicos

Calango 2, Calango 3, Caetité 3, Arizona 1 e Mel 2.

2. DESEMPENHO DO NEGÓCIO

A Companhia atua no segmento de geração de energia eólica e é controladora direta da FE

Participações, uma Sociedade de Propósito Específico que controla mais cinco Parques

Eólicos (Calango 2, Calango 3, Caetité 3, Arizona 1 e Mel 2). Os cinco Parques Eólicos foram

adquiridos no segundo Leilão de Fontes Alternativas promovido em 26 de agosto de 2010 pela

Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel.

Os Parques Eólicos têm capacidade total instalada de 138MW, um total de 59,3 MW médios

comercializados e estão localizados na Região Nordeste, sendo Calango 2, Calango 3,

Arizona 1 e Mel 2, situados no Rio Grande do Norte e Caetité 3, na Bahia.

Em 2011, os cinco Parques assinaram seus contratos comerciais de venda de energia, por

meio de Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado (CCEAR) com 14

Distribuidoras de Energia Elétrica.

No ano de 2013, os Parques tiveram suas obras concluídas, e neste mesmo ano, os parques

eólicos Arizona 1 e Mel 2 entraram em operação comercial. Em 2014, o parque Caetité 3

entrou em operação comercial, enquanto os parques Calango 2 e Calango 3, estão “Aptos a

Operação Comercial”, aguardando disponibilização da transmissão.

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No final do ano de 2015 a subestação Lagoa Nova II, da CHESF teve suas obras encerradas e

então, no dia 31 de dezembro de 2015 foi emitido o despacho ANEEL de operação em teste

(nº 4.164) para as usinas de Calango 1, Calango 2, Calango 3, Calango 4 e Calango 5

condicionando a entrada em operação comercial destas em até 30 (trinta) dias após a sua

publicação. Em sequencia, em 30 de janeiro de 2016, os parques Calango 1, Calango 2,

Calango 3, Calango 4 e Calango 5 receberam os despachos de operação comercial.

3. DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO

Atendendo a Instrução CVM nº 527 demonstramos no quadro abaixo a conciliação do EBITDA

(sigla em inglês para Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização, LAJIDA) e,

complementamos que os cálculos apresentados estão alinhados com os critérios dessa

mesma instrução:

2016 2015 Variação (%)

Receita Operacional Bruta 97.548 93.289 4,57

Receita Operacional Líquida 93.836 89.889 4,39

EBITDA 71.484 71.655 -0,24

Resultado do Serviço - EBIT 47.131 46.567 1,21

Resultado Financeiro (22.333) (21.586) 3,46

Lucro Líquido 19.099 20.079 -4,88

Informações Patrimoniais (R$ mil) dez/16 dez/15 Variação (%)

Ativo Total 563.164 586.254 -3,94

Dívida Bruta 266.027 297.607 -10,61

Dívida Líquida¹ 249.249 281.611 -11,49

Patrimônio Líquido 262.102 247.539 5,88

2016 2015 Variação (%)

Margem EBITDA 76,18% 79,71% -4,43

Margem EBIT 50,23% 51,81% -3,05

Margem Líquida 20,35% 22,34% -8,88

Indicadores Financeiros de Dívida dez/16 dez/15 Variação (%)

Dívida Líquida/EBITDA² 3,49 3,93 -11,28

Índice de Endividamento³ 0,49 0,53 -8,41

¹Dívida líquida de disponibilidades, aplicações financeiras e títulos e valores mobiliários

²EBITDA 12 meses

³Índice de Endividamento Líquido = Dívida líquida/Dívida líquida + PL

p.p - Pontos Percentuais

Indicadores Financeiros de Margem (%)

Dados econômicos-financeiros (R$ mil)

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4. ENDIVIDAMENTO

A Companhia não possui compromissos de dívida com terceiros ou capital de giro a financiar.

5. AUDITORES INDEPENDENTES

Em conformidade com a Instrução CVM n◦ 381, de 14 de janeiro de 2003, a Companhia

declara que mantém contrato com a Ernst & Young Auditores Independentes S.S. (“EY”), com

vigência de 24 (vinte e quatro) meses, para prestação dos seguintes serviços de auditoria:

Além dos serviços acima citados, não foram contratados quaisquer outros serviços com a

E&Y.

A política de atuação do Grupo Neoenergia quanto à contratação de serviços de auditoria

externa se fundamenta nos princípios que preservam a independência do auditor e consistem

em: (a) o auditor não deve auditar seu próprio trabalho, (b) o auditor não deve exercer funções

gerenciais na Companhia e (c) o auditor não deve promover os interesses da Companhia.

6. AGRADECIMENTOS

Ao reconhecermos que o resultado alcançado é consequência da união e do esforço de

nossos colaboradores e do apoio, empenho, incentivo e profissionalismo recebidos dos

públicos com os quais nos relacionamos, queremos expressar nossos agradecimentos aos

nossos acionistas, aos nossos clientes, fornecedores, aos Governos Municipais, Estaduais e

Federal e demais autoridades, às Agências Reguladoras e aos Agentes do Setor.

2016 2015 Variação (R$) Variação (%)

19.099 20.079 (980) -4,88

5.699 4.902 797 16,26

24.353 25.088 (735) -2,93

(12.690) (10.724) (1.966) 18,33

35.023 32.310 2.713 8,40

71.484 71.655 (171) -0,24

Conciliação do LAJIDA (EBITDA) - R$ Mil

Receitas Financeiras

Despesas Financeiras

LAJIDA (EBITDA)

Imposto de Renda e CSLL - Corrente e diferido

Lucro Líquido

Amortização e Depreciação

Serviço Valor do Contrato R$ (milhares) % Em relação à Auditoria Prazo (Meses)

Serviços de auditoria 25,6 100,00% 24 meses

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Força Eólica do Brasil 2 S.A.

Balanços patrimoniais 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Em milhares de reais)

Controladora Consolidado

Notas

2016

2015

2016

2015

Ativo Circulante Caixa e equivalentes de caixa 3

1.248

9.383

16.582

15.880

Contas a receber de clientes e outros 4

-

-

16.556

12.259 Títulos e valores mobiliários 16 - 16 - Impostos e contribuições a recuperar 5

1.750

799

5.747

3.620

Estoques 30 - 30 - Outros ativos circulantes

-

-

1.305

701

Total do ativo circulante

3.044

10.182

40.236

32.460

Não circulante

Títulos e valores mobiliários

180

116

180

116 Impostos e contribuições a recuperar 5

-

-

184

109

Dividendos a receber 6

13.959

10.019

-

- Depósitos judiciais 12

-

-

49

45

Outros ativos não circulantes

3.532

1.843

994

- Investimentos 7

255.909

235.644

-

-

Imobilizado 8

-

-

521.516

553.519 Intangível

-

-

5

5

Total do ativo não circulante

273.580

247.622

522.928

553.794

Total do ativo

276.624

257.804

563.164

586.254

Passivo

Circulante

Fornecedores 9

338

12

6.840

23.474

Empréstimos e financiamentos 10

-

-

27.676

27.010 Impostos e contribuições a recolher 11

1.019

695

2.997

2.787

Dividendos a pagar 13

13.165

9.558

14.727

11.121 Provisões 12

-

-

4.100

-

Outros passivos circulantes

-

-

283

541

Total do passivo circulante

14.522

10.265

56.623

64.933

Não circulante

Empréstimos e financiamentos 10

-

-

238.351

270.597 Provisões 12

-

-

6.088

3.184

Outros passivos não circulantes

-

-

-

1

Total do passivo não circulante

-

-

244.439

273.782

Patrimônio líquido 13

Capital social

231.960

231.960

231.960

231.960 Reservas de lucros

30.142

15.579

30.142

15.579

Total do patrimônio Líquido

262.102

247.539

262.102

247.539

Total do passivo e patrimônio líquido

276.624

257.804

563.164

586.254

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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Força Eólica do Brasil 2 S.A.

Demonstrações dos resultados Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Em milhares de reais, exceto lucro por ação)

Notas

Controladora Consolidado

2016 2015 2016

2015

Receita Líquida 14 -

- 93.836

89.889

Custos dos serviços

-

- (45.725)

(41.707)

Custos com energia elétrica 15 -

- (7.026)

(4.656)

Custos de operação 16 -

- (38.699)

(37.051)

Lucro bruto

-

- 48.111

48.182

Despesas gerais e administrativas 16 (96)

(43) (980)

(1.615)

Resultado de equivalência patrimonial 7

19.263

19.824 -

-

Lucro operacional

19.167

19.781 47.131

46.567

Receitas financeiras 17

231

303 12.690

10.724

Despesas financeiras 17

(299)

(5) (35.023)

(32.310)

Lucro antes do imposto de renda e contribuição social

19.099

20.079 24.798

24.981

Imposto de renda e contribuição social

-

- (5.699)

(4.902)

Lucro líquido do exercício

19.099 20.079 19.099

20.079

Lucro por ação do capital – R$

0,08

0,09 -

-

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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Força Eólica do Brasil 2 S.A.

Demonstrações dos resultados abrangentes

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Em milhares de reais)

Controladora Consolidado

2016 2015 2016 2015

Lucro líquido do exercício 19.099 20.079 19.099 20.079 Resultado abrangente no patrimônio líquido - - - -

Total de resultados abrangentes do exercício 19.099 20.079 19.099 20.079

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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Força Eólica do Brasil 2 S.A.

Demonstrações das mutações do patrimônio líquido Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Em milhares de reais)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Controladora e Consolidado

Reservas de Lucros

Capital social

Reserva legal

Reserva de

retenção de lucros

Lucros acumulados

Proposta de distribuição de

dividendos adicionais

Total

Saldos em 31 de dezembro de 2014 209.666 269 - - 3.832 213.767

Aprovação da proposta de dividendos - - - - (3.832) (3.832) Aumento de capital 22.294 - - - - 22.294 Lucro líquido do exercício - - - 20.079 - 20.079 Destinações:

Reserva legal - 1.004 - (1.004) - - Juros sobre capital próprio - - - (4.259) - (4.259) Dividendos mínimos obrigatórios - - - (510) - (510) Reserva de retenção de lucros - - 14.306 (14.306) - -

Saldos em 31 de dezembro de 2015 231.960 1.273 14.306 - - 247.539

Lucro líquido do exercício - - - 19.099 - 19.099 Destinações:

Reserva legal - 955 - (955) - - Juros sobre capital próprio - - - (4.069) - (4.069) Dividendos mínimos obrigatórios - - - (467) - (467) Reserva de retenção de lucros - - 13.608 (13.608) - -

Saldos em 31 de dezembro de 2016 231.960 2.228 27.914 - - 262.102

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Força Eólica do Brasil 2 S.A.

Demonstrações dos fluxos de caixa

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Em milhares de reais)

Controladora Consolidado

2016 2015 2016 2015

Fluxos de caixa das atividades operacionais

Lucro antes dos impostos 19.099 20.079 24.798 24.981

Ajustes para conciliar o lucro ao caixa oriundo das atividades

operacionais

Depreciação - - 24.353 25.089

Equivalência patrimonial (19.263) (19.824) -

Encargos de dívidas e atualizações monetárias - - 34.053 31.699

Provisão para ressarcimento - - 4.100 -

(164) 255 87.304 81.769

Redução (aumento) dos ativos operacionais

Contas a receber de clientes e outros - - (4.297) (3.422)

IR e CSLL a recuperar (819) 275 (3.692) (767)

Impostos e contribuições a recuperar, exceto IR e CSLL 503 - 933 16

Recebimento de dividendos e Juros sobre o capital próprio - 3.781 - -

Estoques (30) - (30) -

Depósitos em garantias - empréstimos - - (15.402) (13.315)

Depósitos judiciais - - (4) -

Outros ativos (1.689) - (996) 320

(2.035) 4.056 (23.488) (17.168)

Aumento (redução) dos passivos operacionais

Fornecedores 326 (36) (842) (45.974)

Encargos de dívidas pagos - - (28.555) (29.525)

Custos de transação - - (42) -

Imposto de renda (IR) e Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) pagos (328) (104) (4.825) (4.491)

Impostos e contribuições a recolher, exceto IR e CSLL (277) 4 (1.037) 1.339

Outros passivos - - (259) 83

(279) (136) (35.560) (78.568)

Caixa oriundo (utilizado nas) das atividades operacionais (2.478) 4.175 28.256 (13.967)

Atividades de investimento

Aumento de capital em controladas (5.577) (16.970) - -

Aquisição de imobilizado - - (6.360) (4.699)

Aplicação em títulos e valores mobiliários (819) (130) (819) (130)

Resgate de títulos e valores mobiliários 739 14 739 14

Utilização de caixa em atividades de investimento (5.657) (17.086) (6.440) (4.815)

Atividades de financiamento

Aumento de capital - 22.294 - 22.294

Captação de empréstimos e financiamentos - - 4.895 351

Amortização do principal de empréstimos e financiamentos - - (26.009) (25.651)

Geração (utilização) do caixa em atividades de financiamento - 22.294 (21.114) (3.006)

Aumento (redução) no caixa e equivalentes de caixa (8.135) 9.383 702 (21.788)

Caixa e equivalentes no início do exercício 9.383 - 15.880 37.668

Caixa e equivalentes no final do exercício 1.248 9.383 16.582 15.880

Variação líquida de caixa (8.135) 9.383 702 (21.788)

Transações que não envolvem caixa:

Reversão de provisão de ativo imobilizado - - 15.792 -

Provisão para desmantelamento - - 2.384 6.605

Indenizações de seguros a receber - - 602 -

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Em milhares de reais)

15

1. Contexto operacional

A Força Eólica do Brasil 2 S.A. (“FEB 2” ou “Companhia”), com sede na Cidade do Rio de Janeiro,

estado do Rio de Janeiro é uma sociedade anônima de capital fechado, controlada pela Iberdrola

Renováveis S.A., constituída em 02 de janeiro de 2014. A Companhia tem por objeto social a

participação em outras sociedades civis ou comerciais, como sócia, acionista ou quotista,

podendo representar sociedades nacionais ou estrangeiras.

Em 11 de junho de 2014 foi aprovada a cisão parcial da Força Eólica do Brasil S.A., onde a FEB 2

recebeu o investimento na FE Participações S.A..

As participações diretas e indiretas são as seguintes: % Participação

2016

Empresas controladas Consolidação Direta Indireta

FE Participações S.A. (Holding) Integral 100 - Calango 2 Energia Renovável S.A. Integral na FE Participações - 100 Calango 3 Energia Renovável S.A. Integral na FE Participações - 100 Mel 2 Energia Renovável S.A. Integral na FE Participações - 100 Arizona 1 Energia Renovável S.A. Integral na FE Participações - 100 Caetité 3 Energia Renovável S.A. Integral na FE Participações - 100

As informações sobre os empreendimentos da Companhia são as seguintes:

Parque Eólico

Localidade

Capacidade

Instalada (MW)

Energia Assegurada (MWmed)

Data da Concessão Autorização

Data de

Vencimento

Calango 2 Bodó,Santana do Matos, Lagoa Nova – RN 30,0 11,9

06/05/11 06/05/46 Calango 3 Bodó,Santana do Matos, Lagoa Nova – RN 30,0 13,9 26/05/11 26/05/46 Mel 2 Areia Branca - RN 20,0 9,8 24/02/11 24/02/46 Arizona 1 Rio do Fogo - RN 28,0 12,9 03/03/11 03/03/46 Caetité 3 Caetité - BA 30,0 11,2

23/02/11 23/02/46

Em 29 de janeiro de 2016 de acordo com o Despacho nº 255, da ANEEL, as controladas indiretas

Calango 2 e Calango 3 obtiveram liberação para início da operação comercial em 30 de janeiro de

2016, quando a energia produzida por estas unidades geradoras ficaram disponível no SIN

(Sistema Interligado Nacional). As demais controladas da Companhia já estão em fase

operacional desde outubro de 2014. A Administração da Companhia autorizou a conclusão da elaboração destas demonstrações financeiras em 22 de fevereiro de 2017, as quais estão expressas em milhares de reais, arredondadas ao milhar mais próximo, exceto quando indicado.

2. Resumo das principais políticas contábeis

2.1 Declaração de conformidade

As demonstrações financeiras foram preparadas em conformidade às práticas contábeis adotadas

no Brasil. As práticas contábeis adotadas no Brasil compreendem aquelas incluídas na legislação

societária brasileira e os pronunciamentos técnicos, as orientações e as interpretações técnicas

emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC e aprovados pela Comissão de

Valores Mobiliários - CVM.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras - continuação 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Em milhares de reais)

16

A Companhia também se utiliza das orientações contidas no Manual de Contabilidade do Setor

Elétrico Brasileiro e das normas definidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (“ANEEL”),

quando estas não são conflitantes com as práticas contábeis adotadas no Brasil e/ou com as

práticas contábeis internacionais.

A Administração considerou as orientações emanadas da Orientação OCPC 07, emitida pelo CPC

em novembro de 2014, na preparação das suas demonstrações financeiras e afirma que todas as

informações relevantes próprias das demonstrações contábeis, e somente elas, estão divulgadas

e correspondem ao que é utilizado na gestão da Companhia.

2.2 Base de apresentação

As demonstrações financeiras da Companhia compreendem:

a) Demonstrações financeiras consolidadas

As demonstrações financeiras consolidadas da Companhia foram elaboradas tomando como base

os padrões internacionais de contabilidade (“IFRS”), emitidos pelo International Accounting

Standards Board (IASB) e interpretações emitidas pelo International Financial Reporting

Interpretations Committee (“IFRIC”), implantados no Brasil através do Comitê de Pronunciamentos

Contábeis (“CPC”) e suas interpretações técnicas (“ICPC”) e Orientações (“OCPC”).

b) Demonstrações financeiras individuais da controladora

As demonstrações financeiras foram preparadas utilizando como base no custo histórico, exceto

por determinados instrumentos financeiros mensurados pelos seus valores justos quando

requeridos nas notas.

A preparação de demonstrações financeiras requer o uso de certas estimativas contábeis críticas

e também o exercício de julgamento por parte da administração da Companhia no processo de

aplicação das políticas contábeis do Grupo Neoenergia.

Itens significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem: a análise do risco de crédito

para determinação da provisão para créditos de liquidação duvidosa, mensuração pelo valor justo

de ativos financeiros que não possuem mercado ativo, assim como a análise dos demais riscos

para determinação de provisões, inclusive contingências.

As políticas contábeis significativas adotadas pela Companhia estão descritas nas notas

explicativas específicas, relacionadas aos itens apresentados, aquelas aplicáveis, de modo geral,

em diferentes aspectos das demonstrações financeiras, estão descritas a seguir.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras - continuação 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Em milhares de reais)

17

2.3 Base de consolidação

Controladas são todas as entidades nas quais a Companhia detém o controle. As controladas são

totalmente consolidadas a partir da data em que o controle é transferido para a Companhia. A

consolidação é interrompida a partir da data em que a Companhia deixa de ter o controle.

As demonstrações financeiras consolidadas incluem as demonstrações financeiras da Companhia

e das suas controladas, observando os percentuais de participação vigentes, conforme

demonstrado na Nota 7.

2.4 Moeda de apresentação

As demonstrações financeiras estão apresentadas em milhares de reais, que é a moeda funcional

da Companhia e de suas controladas.

2.5 Instrumentos financeiros

A Companhia e suas controladas classificam os instrumentos financeiros de acordo com a

finalidade para qual foram adquiridos, e determinam a classificação no reconhecimento inicial,

conforme as seguintes categorias:

a) Ativos financeiros

Os ativos financeiros incluem caixa e equivalentes de caixa, contas a receber de clientes, além de outros créditos realizáveis por caixa.

Ativos financeiros a valor justo por meio do resultado: são apresentados no balanço patrimonial a

valor justo, com os correspondentes ganhos ou perdas reconhecidas na demonstração do

resultado.

Empréstimos e recebíveis: são ativos financeiros não derivativos, com pagamentos fixos ou

determináveis, não cotados em um mercado ativo. Após a mensuração inicial, esses ativos

financeiros são contabilizados ao custo amortizado, utilizando o método de juros efetivos, menos

perda por redução ao valor recuperável.

b) Passivos financeiros

Os passivos financeiros da Companhia incluem contas a pagar a fornecedores, empréstimos e

financiamentos e outras contas a pagar.

Os passivos financeiros são inicialmente reconhecidos a valor justo e, no caso de empréstimos e

financiamentos, são mensurados subsequentemente pelo custo amortizado, utilizando o método

da taxa efetiva de juros e os ajustes decorrentes da aplicação do método são reconhecidos no

resultado como despesas financeiras.

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18

2.6 Operações de compra e venda de Energia Elétrica na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE

Os registros das operações de compra e venda de energia na CCEE estão reconhecidos pelo

regime de competência de acordo com informações divulgadas por aquela entidade ou por

estimativa da administração da Companhia, quando essas informações não estão disponíveis

tempestivamente.

2.7 Imposto de renda e contribuição social

As despesas de imposto de renda e contribuição social são calculadas e registradas conforme

legislação vigente. Os impostos sobre a renda são reconhecidos na demonstração do resultado,

exceto para os casos em que estiverem diretamente relacionados a itens registrados diretamente

no patrimônio líquido. Nesse caso, o imposto também é reconhecido no patrimônio líquido.

As alíquotas aplicáveis do imposto de renda e da contribuição social (“IR e CS”) são de 25% e

9%, respectivamente.

O imposto de renda e a contribuição social corrente são apresentados líquidos, por entidade

contribuinte, no passivo quando houver montantes a pagar, ou no ativo quando os montantes

antecipadamente pagos excedem o total devido na data do relatório.

2.8 Provisões para desmobilização de ativos

Considerando que os parques eólicos possuem contratos de arrendamento do terreno e

assumiram obrigações de retirada de ativos no final do prazo do contrato, a Companhia efetuou o

registro de provisão para desmantelamento de Ativos. A provisão foi inicialmente mensurada ao

seu valor justo e, posteriormente, é ajustada a valor presente de acordo com as mudanças no

valor ou na tempestividade dos fluxos de caixa estimados. Os custos de desmobilização do ativo

são capitalizados como parte do valor contábil do ativo relacionado e serão depreciados ao longo

da vida útil remanescente do ativo.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras - continuação 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Em milhares de reais)

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2.9 Novos pronunciamentos e alterações e interpretações de pronunciamentos existentes

a) Pronunciamentos contábeis aplicáveis para o exercício findo em 31 de dezembro de

2016

Pronunciamento Objetivo

IFRS 7 Instrumentos financeiros: Divulgações (Vigência a partir de 01/01/2016)

Contratos de serviços geralmente atende a definição de envolvimento contínuo em ativo financeiro transferido para fins de divulgação. A confirmação de envolvimento contínuo em ativo financeiro transferido deve ser feita se suas características atenderem as definições descritas na norma (parágrafos B30 e 42C).

Alteração da IAS 1 – Apresentação de Demonstrações Financeiras (Iniciativa de divulgação). (Vigência a partir de 01/01/2016)

As alterações tem o objetivo de incentivar as empresas a identificar quais informações são suficientemente relevantes para serem divulgadas nas demonstrações financeiras. Também é esclarecido que a materialidade se aplica ao conjunto completo de demonstrações financeiras, incluindo suas notas explicativas e que é aplicável a todo e qualquer requerimento de divulgação das normas IFRS.

Itens de linhas específicas nas demonstrações do resultado e de outros resultados abrangentes e no balanço patrimonial podem ser desagregados; flexibilidade quanto à ordem em que apresentam as notas às demonstrações financeiras.

Alteração IAS 16 e IAS 38 Esclarecimentos de Métodos aceitáveis de depreciação e amortização (Vigência a partir de 01/01/2016.)

Alteração IAS 16 e IAS 38 Esclarecimentos de Métodos aceitáveis de depreciação e amortização (Vigência a partir de 01/01/2016.)

Não foram identificados impactos relevantes dessas alterações para as Demonstrações

Financeiras encerradas em 31 de dezembro de 2016.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras - continuação 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Em milhares de reais)

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b) Pronunciamentos contábeis emitidos recentemente e aplicáveis em períodos futuros

Os pronunciamentos a seguir entrarão em vigor para períodos após a data destas Demonstrações

Financeiras e não foram adotados antecipadamente:

IFRS 9 Instrumentos Financeiros (Vigência a partir de 01/01/2018)

Tem o objetivo, em última instância, de substituir a IAS 39. As principais mudanças previstas são: (i) todos os ativos financeiros devem ser, inicialmente, reconhecidos pelo seu valor justo; (ii) a norma divide todos os ativos financeiros em: custo amortizado e valor justo; e (iii) o conceito de derivativos embutidos foi extinto.

IFRS 15 Receitas de contratos com clientes (Vigência a partir de 01/01/2018)

A nova norma para receitas substituirá todas as atuais exigências para reconhecimento de receitas segundo as IFRS. Adoção retrospectiva integral ou adoção retrospectiva modificada é exigida para períodos anuais iniciados a partir de 1 de janeiro 2018, sendo permitida adoção antecipada. O objetivo é fornecer princípios claros para o reconhecimento da receita e simplificar o processo de elaboração das demonstrações financeiras.

IFRS 16 Arrendamento (Vigência a partir de 01/01/2019)

A nova norma estabelece os princípios, tanto para o cliente (o locatário) e o fornecedor (locador), sobre o fornecimento de informações relevantes acerca das locações de maneira que seja demonstrado nas demonstrações financeiras, de forma clara, as operações de arrendamento mercantil. Para atingir esse objetivo, o locatário é obrigado a reconhecer os ativos e passivos resultantes de um contrato de arrendamento.

IAS 7 Demonstração de fluxos de caixa – Alterações à IAS 7 (Vigência a partir de 01/01/2017)

As alterações exigem que uma entidade forneça divulgações que permitam aos usuários das demonstrações financeiras avaliarem as mudanças nos passivos decorrentes de atividades de financiamento, incluindo tanto as mudanças provenientes de fluxos de caixa como mudanças que não afetam o caixa. Na adoção inicial da alteração, as entidades não são obrigadas a fornecer informações comparativas relativamente a períodos anteriores.

IAS 12 Tributos sobre o lucro - Alterações à IAS 12 (Vigência a partir de 01/01/2017)

As alterações esclarecem que uma entidade deve considerar se a legislação fiscal restringe as fontes de lucros tributáveis contra as quais ela poderá fazer deduções sobre a reversão dessa diferença temporária dedutível. Além disso, as alterações fornecem orientações sobre a forma como uma entidade deve determinar lucros tributáveis futuros e explicam as circunstâncias em que o lucro tributável pode incluir a recuperação de alguns ativos por valores maiores do que seu valor contábil.

Os possíveis impactos decorrentes da adoção destas normas estão sendo avaliados e serão

concluídos até a data de entrada em vigor, se aplicável.

Outras normas emitidas não terão impacto na Companhia e em função disso, não estão

destacadas acima.

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Força Eólica do Brasil 2 S.A.

Notas explicativas às demonstrações financeiras - continuação 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Em milhares de reais)

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3. Caixa e equivalentes de caixa

Controladora Consolidado

2016

2015

2016

2015

Caixa e depósitos bancários à vista 39

54

8.658

6.391

Aplicações financeiras de liquidez imediata:

Fundos de investimento 1.209

9.329

7.924

9.489

1.248

9.383

16.582

15.880

Caixa e equivalentes de caixa incluem caixa, depósitos bancários à vista e aplicações financeiras

de curto prazo. São operações de alta liquidez, sem restrição de uso, prontamente conversíveis

em um montante conhecido de caixa e estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de

valor.

A carteira de aplicações financeiras é constituída, principalmente, por Fundos de Investimentos

restritos, (participação somente das empresas do grupo Neoenergia).

4. Contas a receber de clientes e demais contas a receber

As contas a receber de clientes e outros estão apresentadas líquidas da provisão para créditos de

liquidação duvidosa “PCLD”, quando aplicável, e reconhecida em valor considerado suficiente

pela administração para cobrir as prováveis perdas na realização das contas a receber de clientes

e títulos a receber cuja recuperação é considerada improvável.

Consolidado

Ref.

2016

2015

Títulos a receber

13.818

10.897

Terceiros (a)

13.212

9.643 Partes relacionadas (nota 18) (b)

606

709

Comercialização de energia na CCEE

2.738

1.362

Total

16.556

12.259

(a) Referem-se aos contratos de fornecimento de energia, de suas controladas com clientes

terceiros, com vigência até 2033.

(b) Referem-se substancialmente aos contratos de fornecimento de energia, de suas controladas com a Celpe e Coelba, com vigência até 2033.

A composição dos vencimentos dos títulos a receber é como segue:

Saldos

Vencidos

Total

vincendos

Até 90 dias

2016

2015

Setor privado

8.762

5.056

13.818

10.897

CCEE 2.738 - 2.738 1.362

Total

11.500

5.056

16.556

12.259

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Notas explicativas às demonstrações financeiras - continuação 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Em milhares de reais)

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5. Impostos e contribuições a recuperar

6. Dividendos a receber A movimentação do saldo é como segue:

Controladora

Saldo em 31 de dezembro de 2014 9.692

Dividendos: Declarados 4.108

Recebidos (3.781)

Saldo em 31 de dezembro de 2015 10.019

Dividendos: Declarados 3.940

Saldo em 31 de dezembro de 2016 13.959

7. Investimento

A Força Eólica do Brasil 2 S.A. possui investimentos de 100% na FE Participações S.A. que sua vez possui 100% das controladas indiretas descritas a seguir:

Percentual de

participação

Data-base Ativo

Passivo

Patrimoniais Resultado

Circulante

Não circulante

Circulante

Patrimônio líquido

Lucro líquido do exercício

FE PARTICIPAÇÕES

31/12/2016

100 % 4.534 282.051 30.676 255.909 19.263

31/12/2015

100 %

1.574

279.779

45.709

235.644

19.825

Controladora Consolidado

2016

2015 2016

2015

Circulante

Imposto de Renda - IR 1.560

757 4.170

2.056 Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido- CSLL 58

42 808

422

Imposto sobre Circulação de Mercadorias - ICMS 132

- 515

385 Programa de Integração Social - PIS -

- 16

43

Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS -

- 131

444 Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS -

- -

18

Imposto sobre Serviços - ISS

- 107

252

1.750

799 5.747

3.620

Não Circulante

Imposto sobre circulação de mercadorias – ICMS - - 75 -

Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS -

- 109

109

-

-

184

109

Total 1.750

799

5.931

3.729

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Força Eólica do Brasil 2 S.A.

Notas explicativas às demonstrações financeiras - continuação 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Em milhares de reais)

23

Data-base

Percentual de participação

Ativo

Passivo

Patrimônio líquido

Lucro líquido (prejuízo) do

exercício

Controladas indiretas

Balanços patrimoniais e

Resultados

Circulante

Não circulante

Circulante

Não circulante

CALANGO 2

31/12/2016

100 % 5.240 112.427 8.763 66.692 42.212 3.201

31/12/2015

100 %

4.039

116.236

10.395

72.808

37.072

2.053

CALANGO 3

31/12/2016 100 % 11.009 116.600 9.547 69.472 48.590 6.009

31/12/2015

100 %

3.809

130.498

17.757

74.897

41.653

4.164

MEL 2

31/12/2016 100 % 4.008 81.694 10.435 47.073 28.194 (3.138)

31/12/2015

100 %

3.428

90.410

12.789

50.217

30.832

1.661

ARIZONA 1

31/12/2016 100 % 6.722 112.101 10.622 60.786 47.415 3.198

31/12/2015

100 %

4.930

130.933

24.925

66.431

44.507

3.906

CAETITÉ 3

31/12/2016 100 % 5.679 113.420 6.936 40.811 71.352 5.354

31/12/2015

100 %

4.500

119.098

10.894

46.675

66.029

4.036

Segue abaixo a mutação do investimento:

Saldo em 31 de

dezembro de 2014 Aumento de

capital Equivalência

patrimonial Dividendos e

JSCP Saldo em 31 de

dezembro de 2015

FE PARTICIPAÇÕES 203.558

16.970

19.824

(4.708)

235.644

Saldo em 31 de

dezembro de 2015 Aumento de

capital Equivalência

patrimonial Dividendos e

JSCP Saldo em 31 de

dezembro de 2016

FE PARTICIPAÇÕES 235.644

5.577 19.263 (4.575) 255.909

8. Imobilizado

O valor dos ativos imobilizados está composto da seguinte forma:

Consolidado

2016 2015

Taxas anuais

médias ponderadas

Depreciação

Valor

Valor

de depreciação

Custo

acumulada

líquido

líquido

Em serviço

Edificações, obras civis e benfeitorias 4% 178.462 (30.235) 148.227 162.168 Máquinas e equipamentos 4% 432.567 (59.714) 372.853 386.615 Veículos 20% 160 (52) 108 141

611.189 (90.001) 521.188 548.924 Em curso

Edificações, obras civis e benfeitorias - - 3.836 Máquinas e equipamentos 327 327 758 Outros 1 1 1

328 328 4.595

Total 611.517 (90.001) 521.516 553.519

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Notas explicativas às demonstrações financeiras - continuação 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Em milhares de reais)

24

A movimentação do imobilizado consolidado está apresentada a seguir:

(a) Refere-se à reversão de provisão de ativo imobilizado não realizada (R$ 15.180).

9. Fornecedores

A composição do saldo é como segue: Controladora

Consolidado

Fornecedores 2016 2015

2016 2015

Energia elétrica - -

230 142

Terceiros - -

39 - Partes relacionadas - -

191 142

Encargos de uso da rede -

-

544

348 Materiais e serviços 338 12

6.066 22.984

Total 338

12

6.840

23.474

10. Empréstimos, financiamentos e encargos Consolidado

2016 2015

Moeda Nacional 350.257

366.435

BNDES 350.346 366.435 Custos de transação (89)

-

Depósitos em Garantia (84.230)

(68.828)

Total empréstimos e financiamentos 266.027

297.607

Circulante 27.676

27.010 Não Circulante 238.351

270.597

Em serviço Em curso

Depreciação Valor Custo acumulada líquido Custo Total

Saldos em 01 de janeiro de 2014 616.818

(40.652)

576.166

4.348

580.514

Adições 4.451

-

4.451

247

4.698

Reversão provisão para desmantelamento (6.605)

-

(6.605)

-

(6.605) Depreciação -

(25.088)

(25.088)

-

(25.088)

Saldos em 31 de dezembro de 2015 614.664

(65.740)

548.924

4.595

553.519 Adições - - - 4.004 4.004 Provisão para desmantelamento - - - 2.428 2.428 Provisão - - - 1.700 1.700 Baixas (a) (15.874) 92 (15.782) - (15.782) Depreciação - (24.353) (24.353) - (24.353) Transferências 12.399 - 12.399 (12.399) -

Saldos em 31 de dezembro de 2016 611.189 (90.001) 521.188 328 521.516

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25

Condições contratuais dos empréstimos das controladas em 31 de dezembro de 2016.

Empresa Credor Moeda Objetivo Encargos financeiros anuais Vencimento Garantias Valor de Principal Saldo em

31/12/2016

Calango 2 BNDES Real Investimentos TJLP a TJLP + 2,18% a.a. 2030 Aval da Neoenergia / Conta Reserva 82.750 71.022 Calango 3 BNDES Real Investimentos TJLP a TJLP + 2,18% a.a. 2030 Aval da Neoenergia / Conta Reserva 82.750 74.319 Mel 2 BNDES Real Investimentos TJLP a TJLP + 2,18% a.a. 2029 Aval da Neoenergia / Conta Reserva 82.750 50.383 Arizona 1 BNDES Real Investimentos TJLP a TJLP + 2,18% a.a. 2029 Aval da Neoenergia / Conta Reserva 165.500 65.270 Caetité 3 BNDES Real Investimentos TJLP a TJLP + 2,18% a.a. 2029 Aval Neoenergia 82.750 43.583

Total 496.500 304.577

A mutação dos empréstimos e financiamentos é a seguinte:

Consolidado

Passivo Não

circulante circulante Total

Saldos em 31 de dezembro de 2014 26.818 307.995 334.813 Ingressos 24 327 351 Encargos 29.693 1.241 30.934 Transferências 25.651 (25.651) - Amortizações e pagamentos de juros (55.176) - (55.176) Mov. depósitos em garantias - (13.315) (13.315)

Saldos em 31 de dezembro de 2015 27.010 270.597 297.607 Ingressos 363 4.532 4.895 Encargos 28.450 - 28.450

Variação monetária 363 4.720 5.083 Transferências 26.054 (26.054) - Amortizações e pagamentos de juros (54.564) - (54.564) Mov. depósitos em garantias - (15.402) (15.402)

Custos de transação - (42) (42)

Saldos em 31 de dezembro de 2016 27.676 238.351 266.027

Os vencimentos das parcelas do não circulante são os seguintes:

2016 2015

Dívida Custos

Transação

Total líquido

Dívida

2017 - - - 25.735 2018 26.652 (6) 26.646 25.735 2019 26.652 (6) 26.646 25.735 2020 26.652 (6) 26.646 25.735 2021 26.652 (7) 26.645 25.735 2022 26.652 (7) 26.645 25.735 Após 2022 189.397 (44) 189.353 185.015

Total obrigações 322.657 (76) 322.581 339.425

(-) Depósitos em Garantias (84.230) (68.828)

Total 238.351 270.597

Condições restritivas financeiras (covenants)

Os contratos possuem cláusulas restritivas que requerem a manutenção de índices financeiros

com parâmetros preestabelecidos apurados com base nas demonstrações financeiras das

controladas.

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015, as controladas atingiram todos os

índices requeridos contratualmente.

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26

11. Impostos e contribuições a recolher

Controladora Consolidado

2016

2015 2016

2015

Circulante

Imposto de Renda - IR - - 1.073 933 Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido- CSLL - - 281 297 Imposto sobre Circulação de Mercadorias - ICMS - - 9 - Programa de Integração Social - PIS 70 66 103 106 Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS 323 309 477 518 Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS 14 - 307 214 Imposto sobre Serviços - ISS - - 15 218 Impostos e contribuições retidos na fonte 612 320 729 499 Outros

- - 3 2

Total

1.019 695 2.997 2.787

12. Provisões e depósitos judiciais

A composição do saldo de provisões é como segue:

Consolidado

2016 2015

Processos Cíveis 80 68 Ressarcimento 4.100 - Desmantelamento 6.008 3.116

Total 10.188 3.184

Circulante 4.100 - Não Circulante 6.088 3.184

a) Processos judiciais

Cíveis As provisões de contingências judiciais estão constituídas conforme abaixo:

Consolidado

Contingências Cíveis

Saldos em 31 de dezembro de 2014 56 Reversão - Atualização 12

Saldos em 31 de dezembro de 2015 68 Constituição - Atualização 12

Saldos em 31 de dezembro de 2016 80

A controlada indireta Mel 2 é parte em processo judicial de natureza cível decorrente do curso

normal de suas atividades, referente a constituição de servidão administrativa com tutela

antecipada de emissão na posse, para implantação da linha de transmissão de Mel 2.

Na constituição das provisões a Companhia e suas controladas consideram a opinião dos

assessores jurídicos, a natureza das ações, a similaridade com processos anteriores, a

complexidade e o posicionamento dos tribunais sempre que a perda for avaliada como provável. A

Administração da Companhia e suas controladas fundamentada na opinião de seus consultores

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27

legais quanto à possibilidade de êxito nas diversas demandas judiciais, entende que as provisões

constituídas registradas no balanço são suficientes para cobrir prováveis perdas com tais causas.

O passivo em discussão judicial é mantido até o desfecho da ação, representado por decisões

judiciais, sobre as quais não caibam mais recursos, ou a sua prescrição.

Fiscal

As controladas da Companhia possuem um total estimado de R$ 6.783 em ações tributárias de

naturezas diversas com expectativa de perda possível, referente a ações tributárias de autos de

infração fiscal referente a ISS sobre contratos de fornecimento de matérias e serviços para a

construção dos parques eólicos, para as quais nenhuma provisão foi constituída.

Ambiental

As controladas da Companhia possuem um total estimado de R$ 142 em ações ambientais com

expectativa de perda possível, referente a ações civis de autos de infração referente a supressão

de vegetação e descumprimento de licença ambiental, para as quais nenhuma provisão foi

constituída.

b) Depósitos judiciais

Correlacionados às provisões e passivos contingentes, as controladas são exigidas por lei a

realizar depósitos judiciais para garantir potenciais pagamentos de contingência. Os depósitos

judiciais são atualizados monetariamente e registrados no ativo não circulante até que aconteça a

decisão judicial de resgate destes depósitos por uma das partes envolvidas.

Consolidado

2016

2015

Cíveis 49

45

c) Provisões

Ressarcimento

Em 2016 encerrou-se o 1º quadriênio de operação da controlada indireta Mel 2, e conforme

previsto no Contrato de Comercialização de Energia Elétrica no Ambiente Regulado, a Mel 2

deverá, ao término de 4 anos, ressarcir aos seus clientes o valor da receita fixa correspondente à

energia elétrica não suprida, caso a energia gerada no período seja inferior ao montante da

energia contratada. A estimativa apurada gerou uma provisão de R$ 4.100 que será amortizado

em 12 parcelas no exercício subsequente.

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28

Desmantelamento

As provisões de contingências judiciais estão constituídas conforme abaixo:

Consolidado

Provisão desmantelamento

Saldos em 31 de dezembro de 2014 8.968 Reversão (6.605) Atualização 753

Saldos em 31 de dezembro de 2015 3.116 Constituição 2.384 Atualização 508

Saldos em 31 de dezembro de 2016 6.008

Os cálculos foram efetuados com base em estimativa do custo total de desmontagem dos parques

eólicos, conforme estudo do mercado de energia eólica, levando em consideração a quantidade

de MW total implantada no empreendimento. Essa estimativa é reavaliada anualmente de acordo

com os fluxos de caixa estimados necessários para liquidar as obrigações.

A provisão para desmantelamento das controladas está registrada em contrapartida ao

Imobilizado (Nota 8). O prazo previsto para realização desta provisão é o término dos contratos de

arrendamento dos parques eólicos.

13. Patrimônio líquido

Capital social

O capital social integralizado da Companhia em 31 de dezembro de 2016 é de R$ 231.960 (2015

– R$ 231.960) divididos em 236.960.127 ações ordinárias (2015 – 231.960.127), todas

nominativas, escriturais e sem valor nominal.

A composição do capital social por classe de ações e acionistas é a seguinte:

Lote de mil ações

Ações ordinárias

Acionistas Única %

Neoenergia S.A. 118.480 50,00%

Iberdrola Energia S.A. 118.480 50,00%

Total 236.960 100,00%

Reserva legal

A reserva legal é calculada com base em 5% do lucro líquido conforme previsto na legislação em

vigor, limitada a 20% do capital social.

Dividendos e juros sobre capital próprio

De acordo com o previsto no Estatuto Social da Companhia, o dividendo mínimo obrigatório é de

25% do lucro líquido, ajustado nos termos da legislação societária.

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29

A formação dos saldos em 31 de dezembro de 2016 é como segue:

Controladora

2016 2015

Lucro líquido do exercício 19.099 20.079

Constituição da reserva legal (5%) (955) (1.004)

Base de cálculo do dividendo 18.144 19.075

25% 25%

JSCP e dividendos mínimos obrigatórios 4.536 4.769

Reserva de retenção de lucros 13.608 14.306

Total 18.144 19.075

A movimentação dos dividendos a pagar da controladora é como segue:

Controladora Consolidado

2016 2015 2016 2015

Saldo inicial 9.558 1.277 11.121 2.840 Declarados - 3.832 - 3.832 Juros sobre capital próprio 3.140 3.939 3.140 3.939 Dividendos mínimos obrigatórios 467 510 466 510

Saldo final 13.165 9.558 14.727 11.121

14. Receita líquida

Consolidado

Ref.

2016

2015

Fornecimento de energia elétrica

94.635

90.119 Câmara de Comercialização de Energia - CCEE

2.913

3.170

Total receita bruta

97.548

93.289

(-) Deduções da receita bruta (a)

(3.712)

(3.400)

Total

93.836 89.889

(a) Deduções da receita bruta

Consolidado

2016 2015

Impostos: (Reapresentado) PIS (661) (607) COFINS (3.051) (2.793)

Total (3.712)

(3.400)

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30

15. Custos com energia elétrica Consolidado

2016 2015

Energia comprada para revenda Energia adquirida no ambiente livre - ACL (936)

(667)

Energia curto prazo - PLD (62)

(20) Estorno de créditos de PIS e COFINS (164)

-

Taxa CCEE (63)

(68)

(1.225) (755)

Encargos de uso dos sistema de transmissão e distribuição

Encargos de rede básica (5.269) (3.901) Encargos de conexão (532) -

(5.801) (3.901)

Total (7.026) (4.656)

16. Custos e despesas operacionais

Consolidado

2016 2015

Custo / Despesas

Custos dos

serviços

Despesas

gerais e

administrativas Total

Total

Pessoal

(1.582) - (1.582)

(1.007)

Entidade de previdência privada

(36) - (36)

(16)

Material

(158) - (158)

(179)

Serviços de terceiros

(9.830) (712) (10.542)

(9.925)

Taxa de fiscalização serviço energia elétrica–TFSEE

(336) - (336)

(324)

Depreciação

(24.353) - (24.353)

(25.089)

Arrendamentos e aluguéis

(1.823) - (1.823)

(1.524)

Tributos

(46) (268) (314)

(158)

Outros

(535) - (535) (444)

Total custos / despesas

(38.699) (980) (39.679) (38.666)

17. Receitas e despesas financeiras

Consolidado

Receita Financeira 2016 2015

Renda de aplicações financeiras 10.690 10.526

Juros e encargos sobre fornecimento de energia em atraso 2.431 -

Outras receitas financeiras 235 598

(-) Pis e Cofins s/ receita financeira (666) (400)

Total 12.690

10.724

Despesa Financeira Encargos de dívida (28.450) (30.934)

Variações monetárias de dívida (5.083) -

Atualização provisão para contingências e desmantelamento (520) (765)

Outras despesas financeiras (970) (611)

Total (35.023) (32.310)

Resultado financeiro líquido (22.333) (21.586)

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31

18. Saldos e transações com partes relacionadas

Controladora

Ativo

Passivo

Resultado

Empresas

2016

2015

2016

2015

2016

2015

FE PARTICIPAÇÕES S/A (a)

13.959

10.019

-

-

-

- CALANGO 1 ENERGIA RENOVÁVEL S/A

335

-

-

-

-

-

CALANGO 2 ENERGIA RENOVÁVEL S/A

730

389

-

-

-

- CALANGO 3 ENERGIA RENOVÁVEL S/A

737

383

-

-

-

-

CALANGO 4 ENERGIA RENOVÁVEL S/A

355

-

-

-

-

- CALANGO 5 ENERGIA RENOVÁVEL S/A

304

-

-

-

-

-

MEL 2 ENERGIA RENOVÁVEL S/A

289

289

-

-

-

- ARIZONA 1 ENERGIA RENOVÁVEL S/A

411

411

-

-

-

-

CAETITÉ 3 ENERGIA RENOVÁVEL S/A

372

372

-

-

-

-

17.492

11.862

-

-

-

-

Controladores

-

-

-

-

-

-

NEOENERGIA S.A - - 6.583 4.779 - - IBERDROLA ENERGIA S/A

-

-

6.583

4.779

-

-

BB - BANCO INVESTIMENTOS S/A (b) 3 53 - - - -

3

53

13.166

9.558

-

-

TOTAL

17.495

11.915

13.166

9.558

-

-

CIRCULANTE

3

53

13.166

9.558

-

- NÃO CIRCULANTE

17.492

11.915

-

-

-

-

Consolidado

Ativo

Passivo

Resultado

Empresas

2016

2015

2016

2015

2016

2015

COELBA (c)

506

458

-

-

5.705

5.207 CELPE (c)

100

251

-

-

939

868

COSERN

-

-

-

-

(1.315)

(508) NC ENERGIA S.A.

-

-

191

142

(1.080)

(718)

AFLUENTE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA S.A.

-

-

-

-

(7)

(4) FORÇA EÓLICA DO BRASIL S/A (d)

-

-

1.656

1.931

-

-

CALANGO 1 ENERGIA RENOVÁVEL S/A

335

-

-

-

-

- CALANGO 4 ENERGIA RENOVÁVEL S/A

355

-

-

-

-

-

CALANGO 5 ENERGIA RENOVÁVEL S/A

304

-

-

-

-

-

1.600

709

1.847

2.073

4.242

4.845

Controladores

-

-

-

-

-

-

NEOENERGIA S.A - - 6.583 4.779 - - IBERDROLA ENERGIA S/A

-

-

6.583

4.779

-

-

BB - BANCO INVESTIMENTOS S/A (b) 203 421 - - - -

203

421

13.166

9.558

-

-

TOTAL

1.803

1.130

15.013

11.631

4.242

4.845

CIRCULANTE

809

709

15.013

11.631

-

- NÃO CIRCULANTE

994

421

-

-

-

-

(a) Para atendimento ao contrato de financiamento junto ao BNDES, a controladora FE

Participações S.A. possui contrato de cessão com a controladas Mel 2, Arizona 1, Calango 2,

Calango 3 e Caetité 3. Esse contrato de cessão prevê que a controladora deverá manter

como garantia, até a liquidação total do empréstimo, uma conta reserva especial destinada a

receber os recursos advindos das controladas. O saldo do passivo refere-se a dividendos a

pagar.

(b) Coelba e Celpe – contrato bilateral de compra e venda de energia elétrica, vigente até 2033,

com reajuste anual com base na variação do IGP-M.

(c) Aplicação Financeira Fundo de Investimento Restrito (BB Polo 28).

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Notas explicativas às demonstrações financeiras - continuação 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Em milhares de reais)

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(d) Refere-se ao Contrato de Compartilhamento de Infraestrutura, que tem como objeto o

compartilhamento de mão de obra necessária para a operação “in loco” dos parques eólicos,

iniciado em 01 de abril de 2015 e com prazo de vigência de 48 meses, podendo ser renovado

mediante manifestação prévia.

A administração da Companhia entende que as operações comerciais realizadas com partes relacionadas estão em condições usuais de mercado compatíveis com tais operações. Aplicações em fundo de investimento BB Polo 28

A Companhia e suas controladas aplicam parte de seus recursos financeiros no Fundo BB Polo 28, fundo este restrito as empresas do Grupo Neoenergia, que tem como objetivo investir em ativos financeiros e/ou modalidades operacionais de renda fixa que busquem acompanhar as variações das taxas de juros praticadas no mercado de depósitos interbancários – CDI, ativos estes que estão adequados à política de aplicações de recursos do Grupo. Em 31 de dezembro de 2016, parte dos ativos do fundo BB Polo 28 são representados por debêntures emitidas por empresas do Grupo Neoenergia.

Em 31 de dezembro de 2016 e 2015 não houve remuneração dos administradores.

19. Gestão de riscos financeiros

a) Considerações gerais e políticas

A gestão dos riscos financeiros da Companhia segue o proposto em sua Política Financeira,

aprovada pelo Conselho de Administração, e demais normativos.

Dentre as diretrizes previstas na Política e nos demais normativos estão: buscar o financiamento

dos investimentos junto a bancos de fomento, alongamento de prazos, evitar concentração de

vencimentos e diversificar tanto instrumentos financeiros quanto contrapartes.

O monitoramento dos riscos é feito através de uma gestão de controles que tem como objetivo o

acompanhamento contínuo das operações contratadas e do cumprimento dos limites de risco

aprovados.

b) Gestão de capital

A Companhia administra seu capital com o objetivo de salvaguardar a continuidade de seus

negócios no longo prazo, oferecendo retorno aos acionistas e benefícios às outras partes

interessadas e buscando manter uma estrutura ótima de capital que reduza seu custo de capital.

Sempre que necessário para adequar sua estrutura de capital, a Administração pode propor a

revisão da política de pagamento de dividendos, a devolução de capital aos acionistas, a emissão

de novas ações ou ainda a venda de ativos, dentre outras ações de adequação de estrutura de

capital.

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c) Gestão de risco de mercado

Risco de taxas de juros e índice de preços

Este risco é oriundo da possibilidade da Companhia vir a incorrer em perdas por conta de

flutuações nas taxas de juros, que afetam as despesas financeiras relativas a empréstimos e

financiamentos captados no mercado ou suas aplicações financeiras. A Companhia monitora

continuamente as taxas de juros de mercado com o objetivo de avaliar a eventual necessidade de

contratação de proteção contra o risco de volatilidade dessas taxas.

d) Gestão de risco de liquidez

O risco de liquidez é caracterizado pela possibilidade da Companhia não honrar com seus

compromissos no vencimento. A política financeira adotada pelo Grupo busca constantemente a

mitigação do risco de liquidez e tendo como principais pontos o alongamento de prazos dos

empréstimos e financiamentos e a desconcentração de vencimentos. O permanente

monitoramento do fluxo de caixa permite a identificação de eventuais necessidades de captação

de recursos, com a antecedência necessária para a estruturação e escolha das melhores fontes.

Havendo sobras de caixa são realizadas aplicações financeiras para os recursos excedentes com

base na política de crédito do Grupo Neoenergia, com o objetivo de preservar a liquidez e mitigar

o risco de crédito (atribuído ao rating das instituições financeiras). As aplicações são concentradas

em fundos restritos para as empresas do Grupo e têm como diretriz alocar ao máximo os recursos

em ativos com liquidez diária.

Em 31 de dezembro 2016, a Controladora e suas controladas mantinham um total de aplicações

de R$ 92.350 em fundos restritos.

A tabela abaixo demonstra o valor total dos fluxos de obrigações monetizáveis das controladas do

Grupo, por faixa de vencimento, correspondente ao período remanescente contratual.

Consolidado

Valor

contábil

Fluxo de caixa

contratual

2017

2018

2019

2020

2021

Acima de

5 anos

Passivos financeiros não derivativos: Empréstimos e financiamentos 266.027 580.398 53.639 52.387 50.747 49.332 47.793 326.500 Fornecedores 6.840 6.840 6.840 - - - - -

e) Gestão de risco de crédito

O risco de crédito surge da possibilidade da Companhia e suas controladas incorrerem em perdas

devido ao não cumprimento de obrigações e compromissos pelas contrapartes.

Risco de crédito junto a contrapartes comerciais

A principal exposição de risco de crédito da Companhia é oriunda da possibilidade de vir a

incorrer em perdas resultantes da dificuldade de recebimento de valores faturados. Para reduzir

esse tipo de risco e auxiliar no gerenciamento do risco de inadimplência, a Companhia monitora

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as contas a receber realizando diversas ações de cobrança. Além disso, os clientes têm firmado

um Contrato de Constituição de Garantia de Pagamento e Fiel Cumprimento das Obrigações.

Risco de crédito junto a instituições financeiras

Para as operações envolvendo caixa e equivalentes de caixa, a Companhia e suas controladas

seguem as disposições da política de crédito do Grupo que tem como objetivo a mitigação do

risco através da diversificação junto às instituições financeiras e a utilização de instituições

financeiras com boa qualidade de crédito. É realizado ainda o acompanhamento periódico da

exposição com cada contraparte e de sua qualidade de crédito.

A seguir demonstramos a exposição total de crédito detida em ativos financeiros pela Companhia.

Os montantes estão demonstrados em sua integralidade sem considerar nenhum saldo de

provisão de redução para recuperabilidade do ativo.

Consolidado

2016 2015

Mensurados pelo valor justo por meio do resultado Caixa e equivalentes de caixa 16.582 15.880 Títulos e valores mobiliários 196 1 116 Empréstimos e recebíveis Contas a receber de clientes e outros 16.556 12.259

f) Análise de sensibilidade

A análise a seguir estima o valor potencial dos instrumentos financeiros em cenários hipotéticos

de stress dos principais fatores de risco de mercado que impactam cada uma das posições,

mantendo-se todas as outras variáveis constantes.

- Cenário Provável: Foram projetados os encargos e os rendimentos para o período seguinte,

considerando os saldos e taxas de juros vigentes ao final do período.

- Cenário II: Esta projeção foi majorada em 25% em relação ao cenário provável.

- Cenário III: Esta projeção foi majorada em 50% em relação ao cenário provável.

Para os rendimentos das aplicações financeiras, os cenários II e III consideram uma redução de

25% e 50%, respectivamente, em relação ao cenário provável.

A tabela abaixo demonstra a perda (ganho) devido a variação das taxas de juros que poderá ser

reconhecida no resultado da Companhia e suas controladas no exercício seguinte, caso ocorra

um dos cenários apresentados abaixo:

Consolidado

Operação Indexador Risco Taxa no período

Saldo Cenário Provável

Cenário (II) Cenário

(III)

ATIVOS FINANCEIROS

Aplicações financeiras em CDI CDI Queda do CDI 13,63% 92.350 3.071 2.331 1.573

PASSIVOS FINANCEIROS

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Empréstimos e financiamentos

Dívida em TJLP TJLP Alta TJLP 7,5% 350.346 8.463 10.105 11.747

g) Estimativa a valor justo

O quadro a seguir apresenta os valores contábeis e justos dos instrumentos financeiros da

Companhia em 31 de dezembro de 2016 e 2015:

Consolidado

2016 2015

Contábil

Valor Justo

Contábil

Valor Justo

Ativo financeiros (Circulante / Não circulante) Empréstimos e recebíveis 16.556

16.556

12.259

12.259

Contas a receber de clientes e outros 16.556

16.556

12.259

12.259

Mensurados pelo valor justo por meio do resultado 16.778

16.778

15.996

15.996

Caixa e equivalentes de caixa 16.582

16.582

15.880

15.880

Títulos e valores mobiliários 196 196 116 116

Passivos financeiros (Circulante / Não circulante) Mensurado pelo custo amortizado 272.867

272.867

321.081

321.081

Fornecedores 6.840

6.840

23.474

23.474

Empréstimos e financiamentos 266.027 266.027 297.607 297.607

A Administração da Companhia entende que valor justo de contas a receber e fornecedores, por

os vencimentos no curto prazo, já esta refletido em seu valor contábil.

Para os passivos financeiros classificados e mensurados ao custo amortizado a metodologia

utilizada é a de taxas de juros efetiva. Essas operações são bilaterais e não possuem mercado

ativo nem outra fonte similar com condições comparáveis as já apresentadas que possam ser

parâmetro a determinação de seus valores justos. Dessa forma, a Companhia entende que os

valores contábeis refletem o valor justo da operação.

Os ativos financeiros classificados como mensurados a valor justo estão, em sua maioria,

aplicados em fundos restritos, dessa forma o valor justo está refletido no valor da cota do fundo.

Hierarquia de valor justo

A tabela a seguir apresenta os instrumentos financeiros classificados como mensurados a valor

justo por meio do resultado, de acordo com o nível de mensuração de cada um, considerando a

seguinte classificação:

Nível 1 - Preços negociados (sem ajustes) em mercados ativos para ativos idênticos ou

passivos.

Nível 2 - Inputs diferentes dos preços negociados em mercados ativos incluídos no Nível 1

que são observáveis para o ativo ou passivo, diretamente (como preços) ou indiretamente

(derivados dos preços).

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Nível 3 - Inputs para o ativo ou passivo que não são baseados em variáveis observáveis

de mercado (inputs não observáveis).

Consolidado

2016

Nível 1

Nível 2

Total

Ativos Mantidos para negociação Caixa e equivalentes de caixa

8.658

7.924

16.582

Títulos e valores mobiliários - 196 196

20. Compromissos

As controladas da Companhia possuem contratos para execução de obras civis e para a

fabricação, testes, envio, transporte, entrega em obra, descarga, montagem e funcionamento dos

aerogeradores em regime de empreitada integral junto ao fornecedor Gamesa Eólica do Brasil

Ltda.

As controladas possuem também contratos com diversos arrendantes para entrega de área

determinada com o objetivo de implantação de geradores eólicos.

Os compromissos relacionados a contratos de longo prazo são como segue (*):

Vigência 2017 2018 2019 2020 2021 Após

2021 Total

Arizona 1 Arrendamentos 2017 a 2032 623 658 692 727 763 11.381 14.844

Caetité 3 Arrendamentos 2017 a 2032 319 336 353 370 389 5.801 7.568

Calango 2 GAMESA 2017 99 - - - - - 99 Arrendamentos 2017 a 2032 344 365 384 403 423 6.315 8.234

Calango 3 GAMESA 2017 99 - - - - - 99 Arrendamentos 2017 a 2032 402 423 444 465 485 7.025 9.244

Mel 2 Arrendamentos 2017 a 2032 252 267 281 295 310 4.623 6.028

(*) Não auditado.

21. Cobertura de Seguros

A especificação por modalidade de risco e data de vigência dos principais seguros, de acordo com

os corretores de seguros contratados pela Companhia e suas controladas está demonstrado a

seguir:

Consolidado

Riscos Data da vigência Importância Segurada Prêmio

Riscos Operacionais - Subestações e Usinas 02/12/2016 a 02/12/2017 658.765 620 Responsabilidade Civil Geral - Operações 02/12/2016 a 02/12/2017 216.000 15 Veículos 08/10/2016 a 08/10/2017 100% Tabela FIPE 3

Os seguros da Companhia são contratados conforme as respectivas políticas de gerenciamento

de riscos e seguros vigentes.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras - continuação 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Em milhares de reais)

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Em julho de 2016, houve um incidente num “bay” (instalação que liga a linha de transmissão dos

parques eólicos à subestação da Chesf) em Lagoa Nova – RN que provocou o desligamento de

dois transformadores de 230 kV da Chesf deixando indisponíveis a operação de 5 parques

eólicos, incluindo a Calango 2 e a Calango 3.

A equipe de O&M da FEB juntamente com a Chesf fizeram as inspeções necessárias dos danos

visíveis nas instalações e elaborou um plano de ação para recuperação das instalações que

possibilitou a retomada das operações de forma plena no parque eólico em setembro de 2016.

A controladas possuem seguro de riscos operacionais conforme descrito acima, que inclui as

coberturas de quebra de máquinas, danos elétricos, lucros cessante (exclusivamente a perda de

receita), entre outros, que resguarda a perda de ativos no caso deste tipo de incidente cujo

montante do prêmio do seguro foi estimado em R$ 123.055 e R$ 137.404 para Calango 2 e

Calango 3 respectivamente.

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16

MANIFESTAÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

O Conselho de Administração da FORÇA EÓLICA DO BRASIL 2 S.A. tendo

examinado, em reunião nesta data, as Demonstrações Financeiras relativas ao

Exercício Social de 2016, compreendendo o relatório da administração, o balanço

patrimonial, as demonstrações do resultado, de mutações do patrimônio líquido e dos

fluxos de caixa, complementadas por notas explicativas, bem como a proposta de

destinação de lucro, ante os esclarecimentos prestados pela Diretoria e pelo contador

da Companhia e considerando, ainda, o relatório dos auditores independentes EY,

aprovou os referidos documentos e propõe sua aprovação pela Assembleia Geral

Ordinária da Companhia.

Rio de Janeiro, 22 de fevereiro de 2017.

Maria De Los Angeles Santamaria Martín

Solange Maria Pinto Ribeiro

Ruben Bronte

Sergio Hernandez de Deza

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Força Eólica do Brasil 2 S.A.

16

CNPJ/MF 12.523.923/0001-07

NIRE 33.300.295.062

DECLARAÇÃO DOS DIRETORES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Os Diretores da Companhia Força Eólica do Brasil 2 S.A. (“FEB 2”), sociedade por ações, de capital fechado, com sede à Praia do Flamengo, 78, sala 101 (parte) – Flamengo - CEP: 22210-030, na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 12.227.426/0001-61, declaram que:

(I) reviram, discutiram e concordam com as opiniões expressas no relatório da EY relativamente às demonstrações financeiras da FEB 2 alusivas ao exercício social findo em 31.12.2016; e

(II) reviram, discutiram e concordam com as demonstrações financeiras da FEB 2 relativas ao exercício social findo em 31.12.2016.

Rio de Janeiro, 15 de fevereiro de 2017.

Laura Porto

Diretora de Operações

Eduardo Capelastegui

Diretor de Controle

Mario José Ruiz-Tagle Larrain

Diretor Financeiro

José Eduardo Tanure

Diretor de Desenvolvimento