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Demonstrações Financeiras Globenet Cabos Submarinos S.A. 31 de dezembro de 2018 e 2017 com Relatório do Auditor Independente

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  • Demonstrações Financeiras

    Globenet Cabos Submarinos S.A.31 de dezembro de 2018 e 2017com Relatório do Auditor Independente

  • Globenet Cabos Submarinos S.A.

    Demonstrações financeiras

    31 de dezembro de 2018 e 2017

    Índice

    Relatório do auditor independente sobre as demonstrações financeiras .............................................. 1

    Demonstrações financeiras auditadas

    Balanços patrimoniais .......................................................................................................................... 4Demonstrações dos resultados ............................................................................................................ 6Demonstrações dos resultados abrangentes ....................................................................................... 7Demonstrações das mutações do patrimônio líquido ........................................................................... 8Demonstrações dos fluxos de caixa ..................................................................................................... 9Notas explicativas às demonstrações financeiras .............................................................................. 10

  • Centro Empresarial PB 370Praia de Botafogo, 3706º ao 10º andar - Botafogo22250-040 - Rio de Janeiro - RJ - BrasilTel: +55 21 3263-7000ey.com.br

    Uma empresa-membro da Ernst & Young Global Limited

    1

    Relatório do auditor independente sobre as demonstrações financeiras

    AosAdministradores e Diretores daGlobenet Cabos Submarinos S.A.Rio de Janeiro - RJ

    Opinião

    Examinamos as demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Globenet CabosSubmarinos S.A. (Companhia), identificadas como controladora e consolidado, que compreendem obalanço patrimonial em 31 de dezembro de 2018 e as respectivas demonstrações do resultado, doresultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findonessa data, bem como as correspondentes notas explicativas, incluindo o resumo das principaispolíticas contábeis.

    Em nossa opinião, as demonstrações financeiras individuais e consolidadas acima referidasapresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira daGlobenet Cabos Submarinos S.A. em 31 de dezembro de 2018, o desempenho individual econsolidado de suas operações e os seus fluxos de caixa individuais e consolidados para o exercíciofindo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

    Base para opinião

    Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria.Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguirintitulada “Responsabilidade do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras”. Somosindependentes em relação à Companhia, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos noCódigo de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federalde Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essasnormas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentarnossa opinião.

    Ênfase

    Chamamos à atenção para a Nota 1.2 às demonstrações financeiras, que descreve a incerteza sobrea recuperação dos ativos relacionados com cliente da Companhia que está em processo derecuperação judicial. Nossa opinião não contém ressalva relacionada a esse assunto.

  • 2

    Responsabilidade da Administração e da governança pelas demonstrações financeiras

    A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstraçõesfinanceiras individuais e consolidadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil epelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração dedemonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraudeou erro.

    Na elaboração das demonstrações financeiras individuais e consolidadas, a administração éresponsável pela avaliação da capacidade de a Companhia continuar operando, divulgando, quandoaplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábilna elaboração das demonstrações financeiras, a não ser que a administração pretenda liquidar aCompanhia e suas controladas ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realistapara evitar o encerramento das operações.

    Os responsáveis pela governança da Companhia e suas controladas são aqueles comresponsabilidade pela supervisão do processo de elaboração das demonstrações financeiras.

    Responsabilidade do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras

    Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras individuais econsolidadas, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente secausada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurançarazoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordocom as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorçõesrelevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradasrelevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectivarazoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstraçõesfinanceiras.

    Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria,exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Alémdisso:

    · Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financeirasindividuais e consolidadas, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos eexecutamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência deauditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção dedistorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude podeenvolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representaçõesfalsas intencionais.

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    · Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmosprocedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas, não, com o objetivo deexpressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Companhia.

    · Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativascontábeis e respectivas divulgações feitas pela administração.

    · Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidadeoperacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante emrelação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à capacidadede continuidade operacional da Companhia e suas controladas. Se concluirmos que existe incertezarelevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivasdivulgações nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas ou incluir modificação emnossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nasevidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuraspodem levar a Companhia e suas controladas a não mais se manterem em continuidadeoperacional.

    · Obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente referente às informações financeiras dasentidades ou atividades de negócio do grupo para expressar uma opinião sobre as demonstraçõescontábeis consolidadas. Somos responsáveis pela direção, supervisão e desempenho da auditoriado grupo e, consequentemente, pela opinião de auditoria.

    Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, doalcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive aseventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossostrabalhos.

    Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 2019.

    ERNST & YOUNGAuditores Independentes S.S.CRC-2SP015199/O-6

    Leonardo Amaral DonatoContador CRC-1RJ090794/O-0

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    Globenet Cabos Submarinos S.A.

    Balanços patrimoniais31 de dezembro de 2018 e 2017(Valores expressos em milhares de reais)

    Controladora ConsolidadoNota 2018 2017 2018 2017

    AtivoCirculante Caixa e equivalentes de caixa 4 1.659 3.008 9.721 56.799 Títulos e valores mobiliários 5 451.589 474.462 457.060 493.907

    Derivativos 6 12.549 4.019 12.549 4.019Contas a receber terceiros 7 150.451 290.188 199.940 344.245

    Partes Relacionadas 20 9.524 3.419 - - Impostos a recuperar 8.a 944 1.927 5.671 8.961 Outros ativos 17.019 16.651 54.649 43.452

    Total do ativo circulante 643.735 793.674 739.590 951.383

    Não circulante Contas a receber 7 39.357 43.720 39.357 66.837 Partes relacionadas 20 1.427 1.218 - - Depósitos judiciais 1.378 1.167 3.141 2.672 Investimentos 9 138.566 140.482 - -

    Imobilizado 10 130.150 113.843 366.552 307.500 Intangível 11 1.953.568 1.791.410 1.959.840 1.796.439 Outros ativos - - 34.852 36.123

    Total do ativo não circulante 2.264.446 2.091.840 2.403.742 2.209.571

    Total do ativo 2.908.181 2.885.514 3.143.332 3.160.954

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    Controladora ConsolidadoNota 2018 2017 2018 2017

    PassivoCirculante Fornecedores 15.715 11.577 43.924 24.146 Empréstimos e financiamentos 12 299.426 249.940 299.426 249.940

    Derivativos 6 59.120 34.568 59.120 34.568Obrigações sociais e trabalhistas 13 1.736 1.873 15.279 11.913

    Impostos a recolher 8.b 16.615 27.427 95.678 89.899 JCP e dividendos propostos 121.265 73.476 121.265 73.476 Receita diferida 14 - 26.286 96.714 95.233 Partes relacionadas 20 14.832 3.774 - - Outros passivos circulantes 17.435 10.661 37.438 22.917Total do passivo circulante 546.144 439.582 768.844 602.092

    Não circulante Emprestimos e financiamentos 12 1.123.058 1.236.104 1.123.058 1.236.104 Partes relacionadas 20 352.062 136.089 - - Derivativos 6 257.717 221.461 257.717 221.461

    Receita diferida 14 - 113.910 405.447 393.400 Impostos diferidos 8.d 188.301 138.520 147.367 108.049

    Total do passivo não circulante 1.921.138 1.846.084 1.933.589 1.959.014

    Patrimônio líquidoCapital social 15 186.441 186.441 186.441 186.441

    Reserva de capital 66.592 66.592 66.592 66.592 Reserva de lucros 220.074 390.317 220.074 390.317 Outros resultados abrangentes (32.208) (43.502) (32.208) (43.502)

    Total do patrimônio líquido 440.899 599.848 440.899 599.848

    Total do passivo e patrimônio líquido 2.908.181 2.885.514 3.143.332 3.160.954

    As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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    Globenet Cabos Submarinos S.A.

    Demonstrações dos resultadosExercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017(Valores expressos em milhares de reais)

    Controladora ConsolidadoNota 2018 2017 2018 2017

    Receita dos serviços prestados 16 907.458 727.528 1.094.818 903.855Custo dos serviços prestados 17 (44.170) (41.460) (149.102) (151.487)

    Lucro bruto 863.288 686.068 945.716 752.368

    Receitas (despesas) operacionais Resultado de equivalência patrimonial 9 (26.007) (30.094) - - Despesas gerais e administrativas 17 (41.930) (21.559) (138.297) (84.273) Outras despesas operacionais 17 (85.838) (85.321) (86.610) (85.167)Lucro antes do resultado financeiro 709.513 549.094 720.809 582.928

    Receitas financeiras 18 317.659 52.374 324.534 53.258Despesas financeiras 19 (421.974) (165.066) (438.937) (165.537)

    Lucro antes dos tributos sobre o lucro 605.198 436.402 606.406 470.649

    Imposto de renda e contribuição social -correntes 8.c (85.654) (51.396) (91.785) (59.950)

    Imposto de renda e contribuição social -diferidos 8.c/8.d (34.482) (91.104) (29.559) (116.797)

    Lucro líquido do exercício 485.062 293.902 485.062 293.902

    As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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    Globenet Cabos Submarinos S.A.

    Demonstrações dos resultados abrangentesExercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017(Valores expressos em milhares de reais)

    Controladora Consolidado2018 2017 2018 2017

    Lucro líquido do exercício 485.062 293.902 485.062 293.902

    Outros resultados abrangentesAjustes de conversão do exercício (17.112) (27.667) (17.112) (27.667)Impacto de impostos 5.818 9.407 5.818 9.407

    Resultado abrangente total 473.768 275.642 473.768 275.642

    As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

  • 8

    Globenet Cabos Submarinos S.A.

    Demonstrações das mutações do patrimônio líquidoExercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017(Valores expressos em milhares de reais)

    NotaCapitalsocial

    Reservade capital

    Reservalegal

    Reservade retençãode lucros

    Lucrosacumulados

    Outrosresultados

    abrangentes Total

    Saldos em 31 de dezembro de 2016 186.441 66.592 37.288 172.846 - (25.242) 437.925

    Dividendos pagos em 18 de janeiro - - - (40.243) - - (40.243)Juros sobre capital próprio 15 - - - - (27.584) - (27.584)Lucro líquido do exercício 15 - - - - 293.902 - 293.902Dividendo mínimo obrigatório 15 - - - - (45.892) - (45.892)Destinação das reservas de lucros 15 - - - 220.426 (220.426) - -Ajustes de conversão líquido de impostos - - - - - (18.260) (18.260)

    Saldos em 31 de dezembro de 2017 186.441 66.592 37.288 353.029 - (43.502) 599.848

    Dividendos pagos em 18 e 19 de janeiro 15 - - - (249.765) - - (249.765)Dividendos pagos em 18 e 20 de julho 15 - - - (103.264) (181.011) - (284.275)Juros sobre capital próprio 15 - - - - (22.572) - (22.572)Lucro líquido do exercício 15 - - - - 485.062 - 485.062Dividendo mínimo obrigatório 15 - - - - (98.693) - (98.693)Destinação das reservas de lucros 15 - - - 182.786 (182.786) - -Ajustes de conversão líquido de impostos - - - - - 11.294 11.294

    Saldos em 31 de dezembro de 2018 186.441 66.592 37.288 182.786 - (32.208) 440.899

    As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

  • 9

    Globenet Cabos Submarinos S.A.

    Demonstrações dos fluxos de caixaExercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017(Valores expressos em milhares de reais)

    Controladora Consolidado2018 2017 2018 2017

    Fluxo de caixa das atividades operacionaisLucro líquido antes da provisão para imposto de renda econtribuição social 605.198 436.402 606.406 470.649

    Ajustes para conciliar o resultado às disponibilidades geradaspelas atividades operacionaisDepreciação e amortização 108.107 98.323 135.705 147.137Provisão para crédito com liquidação duvidosa 5.177 (2.638) 28.939 (9.181)Equivalência patrimonial 26.007 30.094 - -Instrumentos financeiros 52.278 (12.826) 52.278 (12.826)Resultado apropriação receita diferida (4.563) (28.906) (100.330) (77.225)Juros sobre empréstimos e debêntures 106.205 117.297 97.374 111.947Efeito de variação cambial liquido (329.144) 6.019 (274.190) (3.470)

    (Aumento) redução de ativos e passivosContas a receber de clientes 144.251 (164.572) 171.785 (166.055)Impostos a recuperar 983 (1.652) 3.291 3.724Fornecedores 4.138 1.243 28.664 13.410Partes relacionadas 71.691 1.894 - -Receitas diferidas - - 13.529 36.028Salários, encargos sociais e benefícios (138) (195) 3.366 (1.004)Impostos a recolher 33.186 (96) 49.776 (5.338)Impostos diferidos 49.781 (9.408) 39.317 (9.970)Outras contas ativas e passivas 150.345 32.959 151.173 35.133Imposto de renda e contribuição social pagos (79.392) (35.611) (76.442) (36.659)

    Caixa gerado pelas atividades operacionais 944.110 468.327 930.641 496.300

    Atividades de investimentosAquisição de imobilizado (28.282) (2.429) (73.196) (8.053)Aquisição de intangível (484) (18.953) (1.804) (23.982)Aplicações (resgates) de títulos e valores mobiliários 22.873 (58.668) 36.847 (49.688)

    Caixa gerado pelas (aplicado nas) atividades Investimentos (5.893) (80.050) (38.153) (81.723)

    Atividades de financiamentosPagamento de dividendos e juros sobre capital próprio (607.515) (80.085) (607.515) (80.085)Pagamento de empréstimos e debêntures (312.947) (292.670) (312.947) (292.670)

    Ganho ou perda realizada com derivativos (19.104) (21.078) (19.104) (21.078)Caixa utilizado pelas atividades de financiamentos (939.566) (393.833) (939.566) (393.833)

    Variação de caixa do período (1.349) (5.556) (47.078) 20.744

    Caixa no início do período 3.008 8.564 56.799 36.055Caixa no final do período 1.659 3.008 9.721 56.799Variação de caixa (1.349) (5.556) (47.078) 20.744

    As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

  • Globenet Cabos Submarinos S.A.

    Notas explicativas às demonstrações financeiras31 de dezembro de 2018 e 2017(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

    10

    1. Informações gerais

    1.1. Contexto operacional

    A Globenet Cabos Submarinos S.A. (a “Companhia” ou a “Globenet”), e suas controladas(conjuntamente o “Grupo”) operam um sistema de cabos submarinos de fibra ótica, compontos de conexão no Brasil, na Colômbia, nos Estados Unidos da América, nas IlhasBermudas e na Venezuela, que permite o tráfego de dados através de pacotes de serviçosintegrados, oferecidos a clientes nacionais e internacionais.

    A Companhia é uma sociedade anônima de capital fechado, com sede no município de SãoPaulo situada na Alameda Santos 1767 e 1773, Cerqueira Cesar, e tem como objeto sociala prestação de serviços telecomunicações e correlatos, incluindo, mas não se limitando, aprestação de serviço de internet, a implantação, operação e locação de meios e sistemaspara telecomunicações e atividades correlatas, a compra, a venda, a importação e aexportação de equipamentos e o fornecimento de capacidade, meio e infraestrutura aempresas que detenham autorização, permissão ou concessão para exploração deserviços de telecomunicações.

    A Companhia é autorizatária do SCM (Serviço de Comunicação Multimídia) e do STFC(Serviço Telefônico Fixo Comutado) nos termos das licenças outorgadas pela ANATEL -Agência Nacional de Telecomunicações - órgão regulador do setor brasileiro detelecomunicações com vigência indeterminada.

    1.2. Contrato de longo prazo e recebíveis com empresas em recuperação judicial

    A Companhia possui contrato de longo prazo (“Contrato”) com certas empresas do GrupoOi, as quais se encontram em recuperação judicial, que representa R$120.819 (50%) dascontas a receber em 31 de dezembro de 2018 (R$273.434 ou 67% em 31 de dezembro de2017) e representou R$869.650 (79%) das receitas do exercício findo naquela data(R$681.048 em 31 e dezembro de 2017 ou 75%). O contrato com o referido cliente é demodalidade “Take or pay” sendo irrevogável, irretratável e vigente pelo prazo de 13 anos.

    Certos termos do referido contrato vêm sendo objeto de questionamento por parte doGrupo Oi, inicialmente na esfera judicial. Em março de 2017, foi proferida decisão judicialque reconheceu a necessidade da análise do caso por tribunal arbitral, e não pelo poderjudiciário, e ainda, até que a questão seja definitivamente analisada na arbitragem,determinou que o Grupo Oi continue depositando integralmente os valores devidoscontratualmente. Em janeiro de 2018, por meio de decisão judicial, a Companhia recebeu omontante de R$167.495. Os serviços prestados estão sendo pagos tempestivamente peloGrupo Oi por seu valor integral.

  • Globenet Cabos Submarinos S.A.

    Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação31 de dezembro de 2018 e 2017(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

    11

    1. Informações gerais--Continuação

    1.2. Contrato de longo prazo e recebíveis com empresas em recuperação judicial--Continuação

    A Administração da Companhia, baseada na opinião dos seus assessores legais, possuiexpectativa de êxito provável em relação a disputa no tribunal arbitral comentada acima, e,consequentemente, entende não ser requerida provisão para perdas em relação a essadiscussão.

    Adicionalmente, o valor de R$70.798 (R$66.837 em 31 de dezembro de 2017)correspondente a serviços prestados foi incluído no processo de recuperação judicialapresentado pelo Grupo Oi. A Companhia apresentou uma notificação ao juízo darecuperação judicial, por entender que a classificação dos seus créditos no rol de credoresquirografários é inadequada pois acredita-se que a Companhia se enquadra como credorfornecedor parceiro. O assunto permanece em discussão junto ao juízo da recuperaçãojudicial, tendo em vista que há recurso pendente de julgamento sobre a classificação docrédito detido pela Companhia. A Administração da Companhia registrou a baixa contábilde R$4.363 correspondentes ao desconto previsto no plano de recuperação judicial sobreos valores a receber de fornecedores parceiros do plano de recuperação judicial. Domontante total mencionado acima, R$27.078 não foram incluídos na lista de credores eencontram-se provisionados. A Administração encontra-se avaliando as providênciascabíveis para assegurar o seu recebimento, tendo em vista que referem-se a serviçosefetivamente prestados pelas controladas da Companhia.

    Conforme divulgado na Nota 7, a Companhia possui R$59.486 (R$52.396 em 31 dedezembro de 2017) classificados como outros valores a receber, relativos a pedido dereembolso por despesas incorridas antes da sua venda, junto ao acionista controladoranterior (Grupo Oi) e consoante os mecanismos de indenização do contrato que formalizoua transação. Os referidos valores a receber encontram-se em processo de discussão com oGrupo Oi. A administração da Companhia acredita que os referidos valores serãorealizados e não ser requerida provisão para perdas sobre os mesmos.

    Em 31 de dezembro de 2018, a Companhia possui ativo intangível de vida útil definidagerado a partir do contrato de longo prazo com o Grupo Oi, no valor total de R$1.127.865que representa 36% do ativo total consolidado da Companhia (R$1.083.243 ou 34% em 31de dezembro de 2017). A Administração da Companhia, com base na opinião dos seusassessores legais e os fatos e circunstâncias conhecidos até a data de emissão dessasdemonstrações financeiras, acredita que o valor do ativo intangível será integralmenterecuperado pela Companhia mediante a manutenção do contrato com o Grupo Oi até o seuvencimento e nos termos originalmente acordados.

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    1. Informações gerais--Continuação

    1.2. Contrato de longo prazo e recebíveis com empresas em recuperação judicial--Continuação

    Em 19 de dezembro de 2017, o plano de recuperação judicial do Grupo Oi foi aprovadopela Assembleia Geral de Credores, tendo sido homologado pelo juízo em 8 de fevereiro de2018. Os passos seguintes à homologação vêm sendo cumpridos, de acordo com o planode recuperação judicial e não há indícios de que o mesmo não será cumprido na suaintegralidade.

    A Companhia monitora o desenvolvimento da recuperação judicial, de modo a considerarnovos fatos que possam modificar as estimativas e o julgamento de sua Administraçãoacerca dos ativos relacionados ao Grupo Oi.

    A realização dos ativos relacionados com o Grupo Oi, incluindo o ativo intangívelrelacionado ao contrato de longo prazo, está diretamente vinculada ao sucesso naexecução do plano de recuperação aprovado e ao êxito na disputa do contrato de longoprazo conforme descrito acima. As incertezas relacionadas com esses eventos futurospodem impactar quando e por quais valores os ativos serão realizados.

    Com base nos fatos e circunstâncias conhecidos até o momento, assim como naexpectativa de êxito nas discussões acima, emanada de seus consultores legais, aAdministração da Companhia acredita que possuirá recursos necessários para manutençãodas operações por período superior a 12 meses a partir da data de aprovação dessasdemonstrações financeiras.

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    2. Elaboração e apresentação das demonstrações financeiras

    2.1. Base de preparação

    As demonstrações financeiras foram elaboradas com apoio em diversas bases deavaliação utilizadas nas estimativas contábeis. As estimativas contábeis envolvidas napreparação das demonstrações financeiras foram apoiadas em fatores objetivos esubjetivos, com base no julgamento da administração para determinação do valoradequado a ser registrado nas demonstrações financeiras. Itens significativos sujeitos aessas estimativas e premissas incluem a seleção de vidas úteis do ativo imobilizado e desua recuperabilidade nas operações, avaliação dos ativos financeiros pelo valor justo e pelométodo de ajuste a valor presente, estimativas do valor das propriedades parainvestimento, estimativas do valor em uso dos terrenos e edificações, análise do risco decrédito para determinação da provisão para crédito de liquidação duvidosa, assim como aanálise dos demais riscos para determinação de outras provisões. Os valores contábeis deativos e passivos reconhecidos que representam itens objeto de hedge a valor justo que,alternativamente, seriam contabilizados ao custo amortizado, são ajustados parademonstrar as variações nos valores justos atribuíveis aos riscos que estão sendo objetode hedge. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar emvalores significativamente divergentes dos registrados nas demonstrações financeirasdevido ao tratamento probabilístico inerente ao processo de estimativa. A companhia revisasuas estimativas pelo menos anualmente.

    As demonstrações financeiras foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordocom as práticas contábeis adotadas no Brasil e com os pronunciamentos do Comitê dePronunciamentos Contábeis (CPC), que estão em conformidade com as normas eprocedimentos do International Financial Reporting Standards (“IFRS”), emitidos peloInternational Accounting Standards Board (“IASB”).

    Adicionalmente, a Companhia considerou as orientações emanadas da Orientação TécnicaOCPC 07, emitida pelo CPC em novembro de 2014, na preparação das suasdemonstrações financeiras. Desta forma, as informações relevantes próprias dasdemonstrações financeiras estão sendo evidenciadas, e correspondem às utilizadas pelaAdministração na sua gestão. As demonstrações financeiras individuais e consolidadasapresentam informações comparativas em relação ao exercício anterior.

    A emissão dessas demonstrações financeiras foi autorizada pela administração daCompanhia em 28 de fevereiro de 2019.

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    2. Elaboração e apresentação das demonstrações financeiras--Continuação

    2.2. Mudanças nas políticas contábeis e divulgações

    a) Pronunciamentos novos ou revisados aplicados pela primeira vez em 2018

    Determinadas normas e alterações passaram a vigorar para períodos anuais iniciadosem 1º de janeiro de 2018 ou após essa data.

    A natureza e o impacto de cada uma das novas normas e alterações foram avaliadaspela Administração da Companhia estão listadas a seguir:

    (i) IFRS 15 - Receitas de contratos com clientes (CPC 47 - Receita de Contrato comCliente)

    (ii) IFRS 9 - Instrumentos financeiros (CPC 48 - Instrumentos Financeiros)

    (iii) Interpretação ICPC 21 - Transação em Moeda Estrangeira e Adiantamento

    (iv) Alterações ao CPC 28, sobre transferências de propriedade para investimento

    (v) Alterações ao CPC 10 (R1), sobre a classificação e mensuração de transações depagamento baseado em ações

    (vi) Alterações ao CPC 18 (R2) para esclarecimento de que a mensuração deempresas investidas ao valor justo por meio do resultado é uma opção que éefetuada por investimento

    O IFRS 15/CPC 47 - Receitas de contratos com clientes foi emitido em 2014 comvigência a partir de 1º. de janeiro de 2018 com objetivo de estabelecer os princípiosque devem ser aplicados para demonstração da natureza, valor, competência eincertezas no reconhecimento de receitas e fluxo de caixa provenientes de contratoscom clientes.

    A Companhia efetuou análise dos contratos vigentes de prestação de serviçosofertados, avaliando os critérios abaixo para reconhecimento de receita oriundos donovo pronunciamento:

    (i) Identificação dos contratos - a Companhia identificou e revisou os contratosexistentes para seus cliente e tipo de serviço prestado com objetivo de distinguiras principais cláusulas contratuais e demais elementos presentes nos contratosque pudessem ser relevantes na adoção do novo pronunciamento.

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    2. Elaboração e apresentação das demonstrações financeiras--Continuação

    2.2. Mudanças nas políticas contábeis e divulgações--Continuação

    a) Pronunciamentos novos ou revisados aplicados pela primeira vez em 2018--Continuação

    (ii) Identificação das obrigações de desempenho - os serviços prestados pelaCompanhia são distintos e bem definidos no instrumento contratural, o que inclui ototal da capacidade fornecida por período e descrição de quaisquer outros serviçosconsiderados. Ordens de serviço são utilizadas para cada contrato executadoonde os produtos vendidos são individualmente identificados e precificados, dandoorigem a diferentes obrigações de desempenho.

    (iii) Satisfação das obrigações de desempenho - a Companhia reconhecerá asreceitas quando, ou à medida que satisfizer à obrigação de desempenho aotransferir os benefícios dos serviços acordados junto ao cliente, o que basicamenteocorre quando da disponibilização da capacidade contratada.

    (iv) Determinação e alocação do preço da transação - o preço ou tabela de preços édefinida e incluída nos contratos e ordem de serviços executados. Os mesmos sãoalocados ao total da capacidade ou produto adquirido durante o respectivo períodocontratado. A receita é reconhecida mensalmente no período da prestação doserviço.

    (v) Custo para obtenção do contrato - não foram identificados custos materiais deobtenção de contrato.

    Com base na revisão efetuada e detalhada acima, não foram identificados impactossignificativos às demonstrações financeiras entre as novas regras e os critérios jáobedecidos pela Companhia para o reconhecimento da receita.

    O IFRS 9/CPC 48 - Instrumentos financeiros, aplicável para os ativos e passivosfinanceiros, abrange questões de classificação, mensuração, redução ao valorrecuperável (impairment), desreconhecimento de ativos e passivos financeiros, bemcomo trata sobre critérios de qualificação e contabilização de hedge. Em relação aclassificação, a norma requer que as entidades classifiquem seus ativos financeiroscomo mensurados ao custo amortizado, ao valor justo por meio de outros resultadosabrangentes ou ao valor justo por meio do resultado, com base na avaliação dasseguintes premissas:

    (i) Modelo de negócios da entidade para a gestão dos ativos financeiros; e

    (ii) Nas características de fluxo de caixa contratual do ativo financeiro.

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    2. Elaboração e apresentação das demonstrações financeiras--Continuação

    2.2. Mudanças nas políticas contábeis e divulgações--Continuação

    a) Pronunciamentos novos ou revisados aplicados pela primeira vez em 2018--Continuação

    Em relação a classificação dos passivos financeiros, a norma mantémsubstancialmente as exigências estabelecidas pelo IAS 39/CPC 39, sendo que asentidades devem classificar a maioria dos passivos financeiros como mensuradossubsequentemente ao custo amortizado, exceto pelos instrumentos financeirosderivativos, contratos de garantia financeira, compromissos de conceder empréstimoscom taxa de juros abaixo do mercado, dentre outros.

    Não houve impacto relevante em relação a classificação dos ativos e passivosfinanceiros da Companhia em decorrência da adoção da nova norma.

    Quanto a redução ao valor recuperável, o IFRS 9 traz o conceito do reconhecimento daprovisão para perda de crédito esperada, no qual as entidades devem reconhecer umaprovisão para perdas esperadas em ativo financeiro mensurado ao custo amortizado.O impacto da adoção do novo modelo de cálculo para redução ao valor recuperáveldos ativos financeiros não resultou em impacto significativo nas provisões para créditosde liquidação duvidosa

    b) Pronunciamentos emitidos mas que não estavam em vigor em 31 de dezembro de2018

    As normas e interpretações aplicáveis a Globenet emitidas mas ainda não adotadasaté a data de emissão destas demonstrações financeiras são apresentadas abaixo:

    (i) IFRS 16 Operações de arrendamento mercantil (CPC 06 (R2) - Operações dearrendamento mercantil).

    (ii) CPC 48: Recursos de pagamento antecipado com compensação negativa.

    (ii) Alterações ao CPC 33 (R1): Alterações, reduções ou liquidação de planos

    (iii) Alterações no CPC 18 (R2): Investimento em coligada, em controlada e emempreendimento controlado em conjunto

    (iv) Interpretação IFRIC 23 - Incerteza sobre o tratamento do imposto de renda

    (v) Alterações na IFRS 10 e na IAS 28: Venda ou contribuição de ativos entre uminvestidor e uma coligada ou empreendimento controlado em conjunto

    (vi) Melhorias anuais - Ciclo 2015-2017

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    2. Elaboração e apresentação das demonstrações financeiras--Continuação

    2.2. Mudanças nas políticas contábeis e divulgações--Continuação

    b) Pronunciamentos emitidos mas que não estavam em vigor em 31 de dezembro de2018

    (vii) CPC 32 - Tributos sobre o lucro

    (viii) CPC 20 (R1) Custos de empréstimos

    Essas alterações devem ser aplicadas comparativa aos períodos anuais iniciados apartir de 1º de janeiro de 2019, sendo permitida a adoção antecipada. Em relação aoitem (i) “IFRS 16/CPC 06 (R2) -Operações de Arrendamento Mercantil”, aadministração da Companhia efetuou análise detalhada dos contratos dearrendamento mercantil operacional vigentes e não identificou impactos significativosnas demonstrações financeiras. Quanto as demais normas e interpretações, o Gruponão identificacou quaisquer efeitos relevantes que requeressem divulgação adicional.

    2.3. Conversão de moeda estrangeira

    a) Moeda funcional e de apresentação

    A moeda funcional do Grupo é o dólar americano em função desta ser a moeda quemais influencia os preços de venda de bens e serviços e que mais influencia fatorescomo mão de obra, matéria-prima e outros custos para o fornecimento de bens ouserviços.

    A moeda de apresentação das demonstrações financeiras é o Real.

    b) Transações e saldos

    As operações em moedas diferentes da moeda funcional são convertidas para amoeda funcional, utilizando-se as taxas de câmbio vigentes nas datas das transaçõesou nas datas da avaliação, quando os itens são remensurados. Os ganhos e as perdascambiais resultantes da liquidação dessas transações e da conversão pelas taxas decâmbio do final do exercício, referentes a ativos e passivos monetários em moedasestrangeiras, são reconhecidos na demonstração do resultado.

    Os ganhos e as perdas cambiais relacionados as operações em moedas diferentes damoeda funcional são apresentados na demonstração do resultado no resultadofinanceiro.

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    2. Elaboração e apresentação das demonstrações financeiras--Continuação

    2.3. Conversão de moeda estrangeira--Continuação

    c) Conversão das demonstrações financeiras

    Ativos e passivos, sejam eles monetários ou não monetários, são convertidos damoeda funcional para a moeda de apresentação pela taxa de câmbio do final doexercício, enquanto que as contas do patrimônio líquido são convertidas pela taxahistórica da sua ocorrência. Despesas ou receitas componentes da demonstração doresultado são convertidos pela taxa histórica da sua ocorrência ou pela taxa média. Asdiferenças decorrentes do processo de conversão são registradas em OutrosResultados Abrangentes no patrimônio líquido.

    2.4. Classificação circulante versus não circulante

    Os ativos e passivos são apresentados no balanço patrimonial com base na classificaçãocirculante/não circulante. Um ativo é classificado no circulante quando:

    · Se espera realizá-lo ou se pretende vendê-lo ou consumi-lo no ciclo operacional normal.

    · For mantido principalmente para negociação.

    · Se espera realizá-lo dentro de 12 meses após o período de divulgação.

    · Caixa ou equivalentes de caixa, a menos que haja restrições quando à sua troca ou sejautilizado para liquidar um passivo por, pelo menos, 12 meses após o período dedivulgação.

    Todos os demais ativos são classificados como não circulantes. Um passivo é classificadono circulante quando:

    · Se espera liquidá-lo no ciclo operacional normal.

    · For mantido principalmente para negociação.

    · Se espera realizá-lo dentro de 12 meses após o período de divulgação.

    · Não há direito incondicional para diferir a liquidação do passivo por, pelo menos,12 meses após o período de divulgação.

    Os demais passivos são classificados no não circulante.

    Os ativos e passivos fiscais diferidos são classificados no ativo e passivo não circulante.

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    3. Resumo das principais práticas contábeis

    3.1. Base de consolidação

    As demonstrações financeiras consolidadas compreendem as demonstrações financeirasda Companhia e suas controladas. O controle é obtido quando a Companhia estiverexposta ou tiver direito a retornos variáveis com base em seu envolvimento com a investidae tiver a capacidade de afetar esses retornos por meio do poder exercido em relação àinvestida.

    Especificamente, a Companhia controla uma investida se, e apenas se, tiver:

    · Poder em relação à investida (ou seja, direitos existentes que lhe garantem a atualcapacidade de dirigir as atividades pertinentes da investida).

    · Exposição ou direito a retornos variáveis com base em seu envolvimento com a investida.

    · A capacidade de usar seu poder em relação à investida para afetar os resultados.

    Geralmente, há presunção de que uma maioria de direitos de voto resulta em controle.Para dar suporte a essa presunção e quando a Companhia tiver menos da maioria dosdireitos de voto ou semelhantes de uma investida, a Companhia considera todos os fatos ecircunstâncias pertinentes ao avaliar se tem poder em relação a uma investida, inclusive:

    · O acordo contratual com outros detentores de voto da investida.

    · Direitos originados de acordos contratuais.

    · Os direitos de voto e os potenciais direitos de voto da Companhia.

    A Companhia avalia se exerce controle ou não de uma investida se fatos e circunstânciasindicarem que há mudanças em um ou mais dos três elementos de controle. Aconsolidação de uma controlada tem início quando a Companhia obtiver controle emrelação à controlada e finaliza quando a Companhia deixar de exercer o mencionadocontrole. Ativo, passivo e resultado de uma controlada adquirida ou alienada durante oexercício são incluídos nas demonstrações financeiras consolidadas a partir da data emque a Companhia obtiver controle até a data em que a companhia deixar de exercer ocontrole sobre a controlada.

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    3. Resumo das principais práticas contábeis--Continuação

    3.1. Base de consolidação--Continuação

    O resultado e cada componente de outros resultados abrangentes são atribuídos aosacionistas controladores e aos não controladores da companhia, mesmo se isso resultarem prejuízo aos acionistas não controladores. Quando necessário, são efetuados ajustesnas demonstrações financeiras das controladas para alinhar suas políticas contábeis comas políticas contábeis da Companhia. Todos os ativos e passivos, resultados, receitas,despesas e fluxos de caixa da mesma Companhia, relacionados com transações entremembros da Companhia, são totalmente eliminados na consolidação.

    A variação na participação societária da controlada, sem perda de exercício de controle, écontabilizada como transação patrimonial.

    Se a Companhia perder o controle exercido sobre uma controlada, é dada baixa noscorrespondentes ativos (inclusive ágio), passivos, participação de não controladores edemais componentes patrimoniais, ao passo que qualquer ganho ou perda resultante écontabilizado no resultado. Qualquer investimento retido é reconhecido a valor justo.

    As demonstrações financeiras da Companhia incluem as empresas relacionadas a seguir,cujas principais atividades são as mesmas desenvolvidas pela Globenet.

    % de participação31 de dezembro

    Nome País 2018 2017

    Participação direta da GlobenetGlobenet Cabos Submarinos Bermuda Ltd. Bermuda 100,0 100,0

    Participação indireta da Globenet via Globenet CabosSubmarinos Bermuda Ltd.Globenet Cabos Submarinos Colômbia SAS Colômbia 100,0 100,0Globenet Cabos Submarinos América Inc. EUA 100,0 100,0Globenet Cabos Submarinos VZLA S.A. Venezuela 100,0 100,0

    3.2. Combinação de negócios

    Combinações de negócios são contabilizadas utilizando o método de aquisição. O custo deuma aquisição é mensurado pela soma da contraprestação transferida, avaliada com baseno valor justo na data de aquisição, e o valor de qualquer participação de não controladoresna adquirida. Para cada combinação de negócio, a adquirente deve mensurar aparticipação de não controladores na adquirida pelo valor justo ou com base na suaparticipação nos ativos líquidos identificados na adquirida. Custos diretamente atribuíveis àaquisição devem ser contabilizados como despesa quando incorridos.

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    3. Resumo das principais práticas contábeis--Continuação

    3.2. Combinação de negócios--Continuação

    Ao adquirir um negócio, a Companhia avalia os ativos e passivos financeiros assumidoscom o objetivo de classificá-los e alocá-los de acordo com os termos contratuais, ascircunstâncias econômicas e as condições pertinentes na data de aquisição, o que inclui asegregação, por parte da adquirida, de derivativos embutidos existentes em contratoshospedeiros na adquirida.

    Se a combinação de negócios for realizada em estágios, o valor justo na data de aquisiçãoda participação societária previamente detida no capital da adquirida é reavaliado a valorjusto na data de aquisição, sendo os impactos reconhecidos na demonstração do resultado.

    Qualquer contraprestação contingente a ser transferida pela adquirente será reconhecida avalor justo na data de aquisição. Alterações subsequentes no valor justo dacontraprestação contingente considerada como um ativo ou como um passivo deverão serreconhecidas de acordo com o CPC 38 na demonstração do resultado ou em outrosresultados abrangentes. Se a contraprestação contingente for classificada como patrimônio,não deverá ser reavaliada até que seja finalmente liquidada no patrimônio.

    Inicialmente, o ágio é mensurado como sendo o excedente da contraprestação transferidaem relação aos ativos líquidos adquiridos (ativos identificáveis adquiridos, líquidos e ospassivos assumidos). Se a contraprestação for menor do que o valor justo dos ativoslíquidos adquiridos, a diferença deverá ser reconhecida como ganho na demonstração doresultado.

    Após o reconhecimento inicial, o ágio é mensurado pelo custo, deduzido de quaisquerperdas acumuladas do valor recuperável. Para fins de teste do valor recuperável, o ágioadquirido em uma combinação de negócios é, a partir da data de aquisição, alocado a cadauma das unidades geradoras de caixa da Companhia que se espera sejam beneficiadaspelas sinergias da combinação, independentemente de outros ativos ou passivos daadquirida serem atribuídos a essas unidades.

    Quando um ágio fizer parte de uma unidade geradora de caixa e uma parcela dessaunidade for alienada, o ágio associado à parcela alienada deve ser incluído no custo daoperação ao apurar-se o ganho ou a perda na alienação. O ágio alienado nessascircunstâncias é apurado com base nos valores proporcionais da parcela alienada emrelação à unidade geradora de caixa mantida.

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    3. Resumo das principais práticas contábeis--Continuação

    3.3. Mensuração do valor justo

    A Companhia mensura instrumentos financeiros, como, por exemplo, derivativos, a valorjusto em cada data de fechamento do balanço patrimonial.

    Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou pago pela transferênciade um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data demensuração. A mensuração do valor justo é baseada na presunção de que a transaçãopara vender o ativo ou transferir o passivo ocorrerá:

    · No mercado principal para o ativo ou passivo.

    · Na ausência de um mercado principal, no mercado mais vantajoso para o ativo ou opassivo.

    O mercado principal ou mais vantajoso deve ser acessível pela Companhia.

    O valor justo de um ativo ou passivo é mensurado com base nas premissas que osparticipantes do mercado utilizariam ao definir o preço de um ativo ou passivo, presumindoque os participantes do mercado atuam em seu melhor interesse econômico.

    A Companhia utiliza técnicas de avaliação adequadas nas circunstâncias e para as quaishaja dados suficientes para mensuração do valor justo, maximizando o uso de informaçõesdisponíveis pertinentes e minimizando o uso de informações não disponíveis.

    Todos os ativos e passivos para os quais o valor justo seja mensurado ou divulgado nasdemonstrações financeiras são categorizados dentro da hierarquia de valor justo descritaabaixo, com base na informação de nível mais baixo que seja significativa à mensuração dovalor justo como um todo:

    · Nível 1 - Preços de mercado cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos oupassivos idênticos.

    · Nível 2 - Técnicas de avaliação para as quais as informações de nível mais baixo esignificativa para mensuração do valor justo sejam direta ou indiretamente observáveis.

    · Nível 3 - Técnicas de avaliação para as quais a informação de nível mais baixo esignificativa para mensuração do valor justo não esteja disponível.

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    3. Resumo das principais práticas contábeis--Continuação

    3.3. Mensuração do valor justo--Continuação

    Para ativos e passivos reconhecidos nas demonstrações financeiras de forma recorrente, aCompanhia determina se ocorreram transferências entre níveis da hierarquia, reavaliando acategorização (com base na informação de nível mais baixo e significativa paramensuração do valor justo como um todo) ao final de cada período de divulgação.

    Quando o valor justo de ativos e passivos financeiros apresentados no balanço patrimonialnão puder ser obtido de mercados ativos, é determinado utilizando técnicas de avaliação,incluindo o método de fluxo de caixa descontado. Os dados para esses métodos sebaseiam naqueles praticados no mercado, quando possível; contudo, quando isso não forviável, um determinado nível de julgamento é requerido para estabelecer o valor justo. Ojulgamento inclui considerações sobre os dados utilizados, como, por exemplo, risco deliquidez, risco de crédito e volatilidade. Mudanças nas premissas sobre esses fatorespoderiam afetar o valor justo apresentado dos instrumentos financeiros e instrumentosfinanceiros derivativos.

    3.4. Instrumentos financeiros

    Instrumentos financeiros incluem caixa e equivalentes de caixa, aplicações financeiras,contas a receber, outros ativos, fornecedores, empréstimos e financiamentos e outrospassivos.

    a) Ativos financeiros - reconhecimento inicial e mensuração

    Ativos financeiros são classificados como ativos financeiros a valor justo por meio doresultado, empréstimos e recebíveis, investimentos mantidos até o vencimento ouinvestimentos financeiros disponíveis para venda.

    Todos os ativos financeiros são reconhecidos inicialmente a valor justo, acrescido, nocaso de ativos financeiros não contabilizados a valor justo por meio do resultado, doscustos de transação que são atribuíveis à aquisição do ativo financeiro.

    Os ativos financeiros disponíveis para a venda e os ativos financeiros mensurados aovalor justo por meio do resultado são, subsequentemente, contabilizados pelo valorjusto. Os empréstimos e recebíveis são contabilizados pelo custo amortizado, usando ométodo da taxa efetiva de juros.

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    3. Resumo das principais práticas contábeis--Continuação

    3.4. Instrumentos financeiros--Continuação

    a) Ativos financeiros - reconhecimento inicial e mensuração--Continuação

    Os derivativos também são classificados como mensurados ao valor justo por meio doresultado, a menos que tenham sido designados como instrumentos de hedge.

    Os ativos financeiros são apresentados como ativo circulante, exceto aqueles comprazo de vencimento superior a 12 meses após a data do balanço.

    Em 31 de dezembro de 2018 e de 2017, a Companhia não detém instrumentosfinanceiros classificados como disponíveis para a venda ou mantidos até o vencimento.

    b) Ativos financeiros - redução do valor recuperável

    A Companhia avalia nas datas do balanço se há alguma evidência objetiva quedetermine se o ativo financeiro, ou grupo de ativos financeiros, não é recuperável. Umaperda só existe se, e somente se, houver evidência objetiva de ausência derecuperabilidade como resultado de um ou mais eventos que tenham acontecidodepois do reconhecimento inicial do ativo e tenham impacto no fluxo de caixa futuroestimado do ativo financeiro, ou grupo de ativos financeiros, que possa serrazoavelmente estimado.

    Perdas decorrentes de redução do valor recuperável são registradas na demonstraçãodo resultado e não são revertidas.

    Os dividendos de ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado ede instrumentos de patrimônio líquido disponíveis para a venda, como exemplo asações, são reconhecidos na demonstração do resultado como parte de outras receitas,quando estabelecido o direito da Companhia de receber dividendos.

    c) Passivos financeiros - reconhecimento inicial e mensuração

    Passivos financeiros são classificados, como reconhecimento inicial, como passivosfinanceiros a valor justo por meio do resultado, empréstimos e financiamentos, contasa pagar, ou como derivativos classificados como instrumento de hedge, conforme ocaso.

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    3. Resumo das principais práticas contábeis--Continuação

    3.4. Instrumentos financeiros--Continuação

    c) Passivos financeiros - reconhecimento inicial e mensuração--Continuação

    Passivos financeiros são inicialmente reconhecidos a valor justo e, no caso deempréstimos e financiamentos e contas a pagar, são acrescidos do custo da transaçãodiretamente relacionado.

    Os passivos financeiros da companhia incluem contas a pagar a fornecedores e outrascontas a pagar, empréstimos e financiamentos e instrumentos financeiros derivativos.Após reconhecimento inicial, empréstimos e financiamentos sujeitos a juros sãomensurados subsequentemente pelo custo amortizado, utilizando o método da taxa dejuros efetivos. Ganhos e perdas são reconhecidos na demonstração do resultado nomomento da baixa dos passivos, bem como durante o processo de amortização pelométodo da taxa de juros efetivos.

    d) Passivos financeiros - desreconhecimento

    Um passivo financeiro é baixado quando a obrigação for revogada, cancelada ouexpirar. Quando um passivo financeiro existente for substituído por outro do mesmomutuante com termos substancialmente diferentes, ou os termos de um passivoexistente forem significativamente alterados, essa substituição ou alteração é tratadacomo baixa do passivo original e reconhecimento de um novo passivo, sendo adiferença nos correspondentes valores contábeis reconhecida na demonstração doresultado.

    e) Compensação de instrumentos financeiros

    Ativos e passivos financeiros são compensados e o valor líquido é apresentado nobalanço patrimonial quando há um direito legal de compensar os valores reconhecidose há a intenção de liquidá-los em uma base líquida, ou realizar o ativo e liquidar opassivo simultaneamente. O direito legal não deve ser contingente em eventos futurose deve ser aplicável no curso normal dos negócios e no caso de inadimplência,insolvência ou falência da empresa ou contraparte.

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    3. Resumo das principais práticas contábeis--Continuação

    3.5. Instrumentos financeiros derivativos e atividades de hedge (proteção)

    A Companhia utiliza instrumentos financeiros derivativos, como contratos a termos demoeda, swaps de moeda e de taxa de juros, para fornecer proteção contra os riscos devariações nas taxas de câmbio e nas taxas de juros.

    Os instrumentos financeiros derivativos são reconhecidos pelo valor justo na data decelebração do contrato e são, subsequentemente, remensurados ao seu valor justo.

    A forma de registro do ganho ou da perda resultante dessa, subsequente remensuração,depende de o derivativo ter sido designado ou não como um instrumento de hedge noscasos de adoção da contabilidade de hedge (hedge accounting).

    A Companhia não adota a política de hedge accounting, apesar de fazer uso de derivativoscom o objetivo de proteção, e, sendo assim, as variações no valor justo de qualquer um dosinstrumentos financeiros derivativos são reconhecidas imediatamente na demonstração doresultado, em “Receitas (despesas) financeiras”. Derivativos são apresentados como ativosfinanceiros quando o valor justo do instrumento for positivo e como passivos financeirosquando o valor for negativo.

    3.6. Caixa e equivalentes de caixa

    Os equivalentes de caixa são mantidos com a finalidade de atender a compromissos decaixa de curto prazo, e não para investimento ou outros fins. A Companhia consideraequivalentes de caixa uma aplicação financeira de conversibilidade imediata em ummontante conhecido de caixa e estando sujeita a um insignificante risco de mudança devalor. Por conseguinte, um investimento, normalmente, se qualifica como equivalente decaixa quando tem vencimento de curto prazo; por exemplo, três meses ou menos, a contarda data da contratação.

    3.7. Aplicações financeiras

    São ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado. Possuem liquidezsuperior a 90 dias, porém apresentam risco insignificante de mudança de valor.

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    3.8. Contas a receber

    As contas a receber decorrentes de serviços prestados de telecomunicações estãoavaliadas pelo valor das tarifas ou do serviço na data da prestação do serviço e nãodiferem de seus valores justos. Essas contas a receber também incluem os serviçosprestados a clientes não faturados até a data de encerramento dos exercícios.

    Uma provisão para crédito de liquidação duvidosa é constituída quando existe umaevidência objetiva de que a Companhia não será capaz de cobrar todos os valores devidospor seus clientes, como em casos de dificuldades financeiras significativas do devedor,probabilidade de o devedor entrar com pedido de falência e falta de pagamento ouinadimplência. O valor da provisão é a diferença entre o valor contábil e o valorrecuperável. O valor contábil do ativo é reduzido pelo uso de uma conta de provisão, e ovalor da perda é reconhecido na demonstração do resultado na rubrica de despesascomerciais. Quando uma conta a receber de clientes é incobrável, esta é baixada contra aprovisão.

    3.9. Investimentos em controladas

    Nas demonstrações financeiras da controladora, os investimentos em sociedadescontroladas são avaliados pelo método da equivalência patrimonial com base nasdemonstrações financeiras das empresas investidas. As demonstrações financeiras dosinvestimentos mantidos no exterior foram elaboradas adotando-se as práticas contábeisobservadas pela Companhia, sendo que todas as investidas possuem a mesma moedafuncional da controladora, o dólar americano (US$). A participação da Companhia nosresultados das sociedades controladas é reconhecida no resultado do exercício comoreceita ou despesa operacional.

    3.10. Imobilizado

    O imobilizado está demostrado pelo custo de aquisição ou construção, deduzido dedepreciação acumulada. Os custos históricos incluem gastos que são diretamenteatribuíveis à aquisição dos ativos. Incluem ainda determinados gastos com instalações,quando é provável que futuros benefícios econômicos associados a esses gastos fluirãopara a Companhia.

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    3. Resumo das principais práticas contábeis--Continuação

    3.10. Imobilizado--Continuação

    Os custos subsequentes são incluídos no valor contábil conforme apropriado, somentequando esses ativos geram benefícios econômicos futuros e possam ser medidos de formaconfiável. O saldo residual do ativo substituído é baixado. Os gastos com manutenção ereparo são registrados ao resultado durante o período em que ocorrem, entretanto sãocapitalizados somente quando representam claramente aumento da capacidade instaladaou da vida útil econômica.

    A depreciação é calculada pelo método linear, de acordo com a expectativa de vida útileconômica dos bens, conforme apresentado a seguir:

    Vida útil

    Equipamento de transmissão de dados e bens de uso geral 10 - 25 anosInstalações 10 anosInfraestrutura 5 anos

    3.11. Intangível

    Ativos intangíveis adquiridos separadamente são mensurados ao custo no momento do seureconhecimento inicial. O custo de ativos intangíveis adquiridos em uma combinação denegócios corresponde ao valor justo na data da aquisição. Após o reconhecimento inicial,os ativos intangíveis são apresentados ao custo, menos amortização acumulada e perdasacumuladas de valor recuperável. Ativos intangíveis gerados internamente, excluindocustos de desenvolvimento capitalizados, não são capitalizados, e o gasto é refletido nademonstração do resultado no exercício em que for incorrido. A vida útil de ativo intangívelé avaliada como definida ou indefinida.

    Ativos intangíveis com vida definida são amortizados ao longo da vida útil econômica eavaliados em relação à perda por redução ao valor recuperável sempre que houverindicação de perda de valor econômico do ativo. O período e o método de amortizaçãopara um ativo intangível com vida definida são revisados no mínimo ao final de cadaexercício social. Mudanças na vida útil estimada ou no consumo esperado dos benefícioseconômicos futuros desses ativos são contabilizadas por meio de mudanças no período oumétodo de amortização, conforme o caso, sendo tratadas como mudanças de estimativascontábeis. A amortização de ativos intangíveis com vida definida é reconhecida nademonstração do resultado na categoria de despesa consistente com a utilização do ativointangível.

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    3. Resumo das principais práticas contábeis--Continuação

    3.11. Intangível--Continuação

    Ativos intangíveis com vida útil indefinida não são amortizados, mas são testadosanualmente em relação à perdas por redução ao valor recuperável, individualmente ou nonível da unidade geradora de caixa. A avaliação de vida útil indefinida é revisadaanualmente para determinar se essa avaliação continua a ser justificável. Caso contrário, amudança na vida útil de indefinida para definida é feita de forma prospectiva.

    Ganhos e perdas resultantes da baixa de um ativo intangível são mensurados como adiferença entre o valor líquido obtido da venda e o valor contábil do ativo, sendoreconhecidos na demonstração do resultado no momento da baixa do ativo.

    3.12. Perda por redução do valor recuperável de ativos de longa duração

    A administração revisa anualmente o valor contábil líquido dos ativos com o objetivo deavaliar eventos ou mudanças nas circunstâncias econômicas, operacionais ou tecnológicasque possam indicar deterioração ou perda de seu valor recuperável. Sendo tais evidênciasidentificadas e tendo o valor contábil líquido excedido o valor recuperável, é constituídaprovisão para desvalorização ajustando o valor contábil líquido ao valor recuperável. Ovalor recuperável de um ativo ou de determinada unidade geradora de caixa é definidocomo sendo o maior entre o valor em uso e o valor líquido de venda.

    Na estimativa do valor em uso do ativo, os fluxos de caixa futuros estimados sãodescontados ao seu valor presente, utilizando uma taxa de desconto antes dos impostosque reflita o custo médio ponderado de capital para a indústria em que opera a unidadegeradora de caixa. O valor líquido de venda é determinado, sempre que possível, com baseem contrato de venda firme em uma transação em bases comutativas, entre partesconhecedoras e interessadas, ajustado por despesas atribuíveis à venda do ativo, ou,quando não há contrato de venda firme, com base no preço de mercado de um mercadoativo, ou no preço da transação mais recente com ativos semelhantes.

    O seguinte critério é também aplicado para avaliar perda por redução ao valor recuperávelde ativos específicos:

    · Ágio pago por expectativa de rentabilidade futura - Teste de perda por redução ao valorrecuperável de ágio é feito anualmente (em 31 de dezembro) ou quando ascircunstâncias indicarem perda por desvalorização do valor contábil.

    · Outros ativos intangíveis - Ativos intangíveis com vida útil indefinida são testados emrelação à perda por redução ao valor recuperável anualmente em 31 de dezembro,individualmente ou no nível da unidade geradora de caixa, conforme o caso ou quando ascircunstâncias indicarem perda por desvalorização do valor contábil.

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    3. Resumo das principais práticas contábeis--Continuação

    3.13. Fornecedores

    As contas a pagar aos fornecedores são obrigações a pagar por bens ou serviços queforam adquiridos no curso normal dos negócios, sendo classificados como passivoscirculantes se o pagamento for devido no período de até um ano. Caso contrário, as contasa pagar são apresentadas como passivo não circulante.

    3.14. Empréstimos e financiamentos

    Os empréstimos e financiamentos são reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, líquidodos custos incorridos na transação e são, subsequentemente, demonstrados pelo custoamortizado. Qualquer diferença entre os valores captados (líquidos dos custos detransação) e o valor total de liquidação é reconhecida na demonstração do resultadodurante o período em que os empréstimos estejam em aberto, utilizando-se o método dataxa efetiva de juros.

    Os empréstimos e financiamentos são classificados como passivo circulante, a menos quea Companhia tenha um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelomenos, 12 meses após a data do balanço.

    3.15. Receita diferida

    As receitas diferidas referem-se substancialmente ao recebimento antecipado de contratosassinados com clientes de direito de uso do sistema de cabos submarinos de fibra ótica,cujos valores são apropriados linearmente ao resultado pelo prazo dos contratos.

    3.16. Provisões

    a) Geral

    Provisões são reconhecidas quando a Companhia tem uma obrigação presente (legalou não formalizada) em consequência de um evento passado, é provável quebenefícios econômicos sejam requeridos para liquidar a obrigação e uma estimativaconfiável do valor da obrigação possa ser feita. Quando a Companhia espera que ovalor de uma provisão seja reembolsado, no todo ou em parte, por exemplo, por forçade um contrato de seguro, o reembolso é reconhecido como um ativo separado, masapenas quando o reembolso for praticamente certo. A despesa relativa a qualquerprovisão é apresentada na demonstração do resultado, líquida de qualquer reembolso.

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    3. Resumo das principais práticas contábeis--Continuação

    3.16. Provisões--Continuação

    a) Geral--Continuação

    Se o efeito do valor temporal do dinheiro for significativo, as provisões sãodescontadas utilizando uma taxa corrente antes dos impostos que reflete, quandoadequado, os riscos específicos ao passivo. Quando for adotado desconto, o aumentona provisão devido à passagem do tempo é reconhecido como custo de financiamento.

    b) Provisões para riscos tributários, cíveis e trabalhistas

    A Companhia e suas controladas são parte de diversos processos judiciais eadministrativos. Provisões são constituídas para todas as contingências referentes aprocessos judiciais para os quais é provável que uma saída de recursos seja feita paraliquidar a contingência/obrigação e uma estimativa razoável possa ser feita. Aavaliação da probabilidade de perda inclui a avaliação das evidências disponíveis, ahierarquia das leis, as jurisprudências disponíveis, as decisões mais recentes nostribunais e sua relevância no ordenamento jurídico, bem como a avaliação dosadvogados externos. As provisões são revisadas e ajustadas para levar em contaalterações nas circunstâncias, tais como prazo de prescrição aplicável, conclusões deinspeções fiscais ou exposições adicionais identificadas com base em novos assuntosou decisões de tribunais. Em 31 de dezembro de 2018 e de 2017 não há provisãoconstituía desta natureza tanto para a controladora quanto para suas controladas.

    3.17. Outros ativos e passivos (circulantes e não circulantes)

    Um ativo é reconhecido no balanço patrimonial quando for provável que seus benefícioseconômicos futuros serão gerados em favor da Companhia e seu custo ou valor puder sermensurado com segurança. Um passivo é reconhecido no balanço patrimonial quando aCompanhia possui uma obrigação legal ou constituída como resultado de um eventopassado, sendo provável que um recurso econômico seja requerido paraliquidá-lo. São acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e dasvariações monetárias ou cambiais incorridas. As provisões são registradas tendo comobase as melhores estimativas do risco envolvido.

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    3. Resumo das principais práticas contábeis--Continuação

    3.18. Ajuste a Valor Presente (AVP) de ativos e passivos

    Os ativos e passivos monetários de longo prazo são atualizados monetariamente e,portanto, estão ajustados pelo seu valor presente. O ajuste a valor presente de ativos epassivos monetários de curto prazo é calculado, e somente registrado, se consideradorelevante em relação às demonstrações contábeis tomadas em conjunto. Para fins deregistro e determinação de relevância, o ajuste a valor presente é calculado levando emconsideração os fluxos de caixa contratuais e a taxa de juros explícita, e em certos casosimplícita, dos respectivos ativos e passivos. Com base nas análises efetuadas e na melhorestimativa da administração, a Companhia concluiu que o ajuste a valor presente de ativose passivos monetários é irrelevante em relação às demonstrações financeiras tomadas emconjunto e, dessa forma, não registrou nenhum ajuste.

    3.19. Apuração do resultado

    a) Reconhecimento de receitas de prestação de serviços

    As receitas correspondem substancialmente ao valor das contraprestações recebidasou recebíveis para venda de serviços no curso regular das atividades da Companhia ede suas controladas.

    A receita é reconhecida quando o valor da mesma pode ser mensurado de maneiraconfiável, é provável que benefícios econômicos futuros serão transferidos para aCompanhia, os custos incorridos na transação possam ser mensurados, os riscos ebenefícios foram substancialmente transferidos para ao comprador e quando critériosforem satisfeitos para cada uma das atividades da Companhia.

    Uma receita não é reconhecida se há uma incerteza significativa na sua realização.

    b) Impostos sobre as vendas

    As receitas de vendas e serviços estão sujeitas aos seguintes impostos econtribuições, pelas seguintes alíquotas básicas:

    · Imposto Sobre Serviços (ISS): incidente sobre as receitas com prestação de serviço,com alíquota de 5%.

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    3. Resumo das principais práticas contábeis--Continuação

    3.19. Apuração do resultado--Continuação

    b) Impostos sobre as vendas--Continuação

    · Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS): incidente sobreas receitas com prestação de serviço com alíquotas de 3% e 7,6%.

    · Programa de Integração Social (PIS): incidente sobre as receitas com prestação deserviço com alíquotas de 0,65% e 1,65%.

    · Imposto sobre Circularização de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS):incidente sobre as receitas com prestação de serviços de telecomunicação, comalíquota variando entre 25% e 32%.

    · Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicação (FUST): incidente sobreas receitas com prestação de serviços de telecomunicação, com alíquota de 1%.

    · Fundo para Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (FUNTTEL):incidente sobre as receitas com prestação de serviços de telecomunicação, comalíquota de 0.5%

    c) Receitas financeiras e despesas financeiras

    As receitas financeiras abrangem receitas de juros sobre aplicações financeiras evariações no valor justo de ativos financeiros mensurados pelo valor justo por meio doresultado.

    As despesas financeiras abrangem despesas com juros sobre empréstimos efinanciamentos, e variações no valor justo de ativos financeiros mensurados pelo valorjusto por meio do resultado.

    A receita e a despesa de juros são reconhecidas no resultado, por meio do método dosjuros efetivos. Os ganhos e as perdas cambiais são reportados em uma base líquida.

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    3. Resumo das principais práticas contábeis--Continuação

    3.20. Impostos sobre o lucro

    a) Imposto de renda e contribuição social correntes

    O Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social Sobre o LucroLíquido (CSLL) são calculados com base nas alíquotas vigentes (25% para o IRPJ,10% para o adicional de IRPJ sobre o lucro excedente a R$240 por ano e 9% deCSLL) e consideram a compensação de prejuízos fiscais e base negativa decontribuição social, para fins de determinação de exigibilidade, quando aplicável.Portanto, as inclusões ao lucro contábil de despesas, temporariamente não dedutíveis,ou exclusões de receitas, temporariamente não tributáveis, consideradas paraapuração do lucro tributável corrente geram créditos ou débitos tributários diferidos.

    b) Imposto de renda e contribuição social diferidos

    Imposto diferido é gerado por diferenças temporárias na data do balanço entre basesfiscais de ativos e passivos e seus valores contábeis.

    Impostos diferidos ativos são reconhecidos para todas as diferenças temporáriasdedutíveis, créditos e perdas tributárias não utilizadas, na extensão em que sejaprovável que lucro tributável esteja disponível para que as diferenças temporáriasdedutíveis possam ser realizadas, e créditos e perdas tributárias não utilizados possamser utilizados.

    O valor contábil dos impostos diferidos ativos é revisado em cada data do balanço ebaixado na extensão em que não é mais provável que lucros tributáveis estarãodisponíveis para permitir que todo ou parte do ativo tributário diferido venha a serutilizado.

    Impostos diferidos ativos são mensurados à taxa de imposto que é esperada de seraplicável no ano em que o ativo será realizado, com base nas taxas de imposto (e leitributária) que foram promulgadas até a data do balanço.

    Impostos diferidos passivos são reconhecidos para todas as diferenças temporáriastributáveis.

    Imposto diferido relacionado a itens reconhecidos diretamente no patrimônio líquidotambém é reconhecido no patrimônio líquido, e não na demonstração do resultado.

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    3. Resumo das principais práticas contábeis--Continuação

    3.20. Impostos sobre o lucro--Continuação

    b) Imposto de renda e contribuição social diferidos--Continuação

    Itens de imposto diferido são reconhecidos de acordo com a transação que originou oimposto diferido, no resultado abrangente ou diretamente no patrimônio líquido.

    Impostos diferidos ativos e passivos são apresentados líquidos se existe um direitolegal ou contratual para compensar o ativo fiscal contra o passivo fiscal, e os impostosdiferidos são relacionados à mesma entidade tributada e sujeitos à mesma autoridadetributária.

    3.21. Estimativas e julgamentos contábeis críticos

    A preparação das demonstrações financeiras requer o uso de estimativas contábeis críticase também o exercício de julgamento por parte da Administração da Companhia noprocesso de aplicação das políticas contábeis.

    As estimativas e os julgamentos contábeis são continuamente avaliados e baseiam-se naexperiência histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros,consideradas razoáveis para as circunstâncias.

    Com base em premissas, a Companhia faz estimativas com relação ao futuro. Pordefinição, as estimativas contábeis resultantes raramente serão iguais aos respectivosresultados reais. Essas estimativas são baseadas no melhor conhecimento existente emcada exercício. Alterações nos fatos e circunstâncias podem conduzir a revisão dasestimativas, pelo que os resultados reais futuros poderão divergir dos estimados.

    As estimativas e premissas que apresentam um risco significativo com probabilidade decausar um ajuste relevante nos valores contábeis de ativos e passivos para o próximoexercício social, estão contempladas abaixo.

    i) Provisão para créditos de liquidação duvidosa

    A provisão para créditos de liquidação duvidosa está apresentada como redução dascontas a receber e é constituída com base no perfil da carteira de clientes, idade dascontas vencidas, conjuntura econômica e riscos envolvidos em cada caso, emmontante considerado suficiente para fazer face a eventuais perdas na realização detais créditos.

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    3. Resumo das principais práticas contábeis--Continuação

    3.21. Estimativas e julgamentos contábeis críticos--Continuação

    ii) Depreciação de ativos com vida útil econômica definida

    Os ativos de vida útil definida do imobilizado são depreciados usando o método linearno decorrer da vida útil dos respectivos itens. As estimativas de vida útil são revisadasanualmente.

    iii) Amortização de ativos intangíveis com vida útil econômica definida

    Os ativos de vida útil definida do ativo intangível são amortizados usando o métodolinear no decorrer da vida útil dos respectivos itens. As estimativas de vida útil e padrãode consumo pela Companhia dos benefícios econômicos futuros são revisadosanualmente.

    iv) Redução ao valor recuperável de ativos de longa duração (impairment)

    Uma perda por redução ao valor recuperável dos ativos tangíveis e intangíveis existequando o valor contábil de um ativo excede o seu valor recuperável. A Companhiaavalia anualmente para os ativos com vida útil definida, a existência de indicadores deimpairment, e em havendo indicadores a recuperabilidade de seus ativos tangíveis eintangíveis é testada. Usualmente é utilizado o critério do fluxo de caixa descontadoque depende de diversas estimativas, que são influenciadas pelas condições demercados vigentes no momento em que essa recuperabilidade é testada.

    v) Provisão para contingências

    As contingências são analisadas pela Administração da Companhia em conjunto comseus assessores jurídicos. A Companhia considera em suas análises fatores comohierarquia das leis, jurisprudências disponíveis, decisões mais recentes nos tribunais esua relevância no ordenamento jurídico. Essas avaliações envolvem julgamentos daAdministração. O registro das provisões ocorre quando o valor da perda puder serrazoavelmente estimado.

    vi) Impostos sobre o lucro

    Os impostos sobre o lucro (correntes e diferidos) são calculados de acordo cominterpretações prudentes da legislação em vigor. Este processo normalmente envolveestimativas complexas para determinar o lucro tributável e as diferenças temporáriasdedutíveis ou tributáveis. A mensuração da recuperabilidade do imposto de rendadiferido sobre diferenças temporárias leva em consideração a estimativa de lucrotributável futuro e é baseado em premissas fiscais conservadoras.

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    4. Caixa e equivalentes de caixa

    Os montantes classificados em caixa ou equivalentes de caixa estão representadosexclusivamente por depósitos à vista, com liquidez imediata, em instituições financeiras deprimeira linha nacionais e internacionais.

    Controladora Consolidado2018 2017 2018 2017

    Caixa e contas bancárias 1.659 3.008 9.721 56.799

    Caixa e equivalentes de caixa 1.659 3.008 9.721 56.799

    5. Títulos e valores mobiliários

    Os títulos e valores mobiliários correspondem, principalmente, a operações de renda fixa comlastro em títulos públicos federais do Brasil (operações compromissadas), fundos de investimentocom remuneração referenciada à variação do Certificado de Depósito Interbancário (CDI),depósitos a prazo remunerados em moeda estrangeira e certificados de depósito bancário.

    Controladora Consolidado2018 2017 2018 2017

    Títulos de renda fixa 180.247 230.022 185.151 239.816Cotas de fundos de investimento 210.752 189.499 210.752 189.499Depósitos a prazo 60.590 54.941 61.157 64.592

    Total 451.589 474.462 457.060 493.907

    Títulos de renda fixa correspondem principalmente a certificados de depósito bancário (CDB)indexados ao CDI.

    As cotas de fundos de investimento são em reais e foram depositados em bancos de primeiralinha. A companhia possui em 31 de dezembro de 2018 o montante de R$210.752 (R$189.499em 2017) no Banco Itaú S.A., na qualidade de onshore accounts agent, como conta reserva paraserviço da dívida (DSRA) e como conta reserva para apropriação da dívida (DSAA) para garantiro pagamento das debêntures.

    Os depósitos a prazo são em dólares americanos e foram depositados no Sumitomo MitsuiBanking Corporation, na qualidade de offshore accounts bank, como conta reserva collateralagent, para serviço da dívida (DSRA) para garantir o pagamento semestral de juros deempréstimo da Companhia.

  • Globenet Cabos Submarinos S.A.

    Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação31 de dezembro de 2018 e 2017(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

    38

    6. Derivativos

    A Companhia contratou instrumentos financeiros derivativos, entre eles swaps e NDF (non-deliverable-forward), não especulativos para proteção de sua exposição em taxas de juros, pré-fixadas e pós-fixadas, além de sua exposição à variação cambial do real, e tem como únicoobjetivo sua proteção patrimonial minimizando os efeitos das mudanças nas taxas de juros etaxas de câmbio do real. Os contratos de derivativos de taxa de juros e de câmbio foramrealizados com contra partes representadas pelos bancos Banco BTG Pactual S.A., SumitomoMitsui Banking Corporation (“SMBC”), Banco Bilbao Vizcaya Argentaria. S.A. (“BBVA”), MizuhoBank, LTD. (“MIZUHO”), The Bank of Tokyo-Mitsubishi UFJ, LTD. (“BTMU”) e Caixa Geral deDepósitos, S.A. (“CGD”).

    Diferenciais a receber (controladora e consolidado)

    2018Indexador USD BRL

    Contrato Ativo Passivo Vencimento Nocional Valor justo

    NDF Taxa Pré Dólar 17/01/2019 17.000 2.416NDF Taxa Pré Dólar 17/01/2019 70.500 9.951NDF Taxa Pré Dólar 17/01/2019 19.000 182

    12.549

    Circulante 12.549

    2017Indexador USD BRL

    Contrato Ativo Passivo Vencimento Nocional Valor justo

    NDF Taxa Pré Dólar 17/01/2018 18.500 1.370NDF Taxa Pré Dólar 17/01/2018 17.500 1.252NDF Taxa Pré Dólar 17/01/2018 13.500 838NDF Taxa Pré Dólar 17/01/2018 19.000 559

    4.019

    Circulante 4.019

  • Globenet Cabos Submarinos S.A.

    Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação31 de dezembro de 2018 e 2017(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

    39

    6. Derivativos--Continuação

    Diferenciais a pagar (controladora e consolidado)

    2018Indexador USD BRL

    Contrato Ativo Passivo Vencimento Nocional Valor justo

    NDF Taxa Pré Dólar 17/01/2019 15.500 292Swap Libor Dólar 16/01/2024 356.850 (1.765)Swap CDI Dólar 16/01/2024 289.793 318.310

    316.837

    Circulante 59.120Não Circulante 257.717

    2017Indexador USD BRL

    Contrato Ativo Passivo Vencimento Nocional Valor justo

    NDF Taxa Pré Dólar 17/01/2018 20.000 20NDF Taxa Pré Dólar 17/01/2018 13.000 41NDF Taxa Pré Dólar 17/01/2018 46.730 126NDF Taxa Pré Dólar 17/01/2018 46.730 359Swap Libor Dólar 16/01/2024 356.850 13.764Swap CDI Dólar 16/01/2024 289.793 241.719

    256.029

    Circulante 34.568Não Circulante 221.461

    A Companhia avaliou seus instrumentos financeiros derivativos em relação ao valor justo, pormeio de informações disponíveis no mercado ativo e metodologi