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Demonstrar amor aos filhos é mais simples do que pensamos

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A nossa sociedade mudou muito e a forma como concebemos e lidamos com as crianças também. Se percorrermos a história, existem partes que gostaríamos mesmo que não tivessem existido.

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A nossa sociedade mudou muito e a forma como concebemos e lidamos com as crianças também. Se percorrermos a história, existem partes que gostaríamos mesmo que não tivessem existido. As crianças eram vistas como pequenos adultos. Nada era feito de propósito para elas, nem mesmo as roupas, que eram adequadas apenas ao seu tamanho.

Muita mãe levavam seus filhos para fábricas, ou deixavam com pessoas totalmente despreparadas, em depósitos de crianças que nem conseguiam garantir a integridade física das mesmas. Quando leio essa parte da história, devo confessar que sinto um certo aperto no peito. A forma como as crianças eram tratadas e a pouca importância que tinham as resumiam a nada na sociedade e muitas vezes também nas famílias.

Nos dias de hoje, podemos observar que houve uma grande mudança na forma como entendemos a criança. Muitos estudos foram realizados, a ciência trouxe-nos a luz e conseguimos entender que a infância é um período de suma importância para o desenvolvimento humano. Conhecendo melhor, também aprendemos a oferecer os estímulos adequados, a respeitar o processo, a perceber o que é realmente importante para o desenvolvimento infantil. Em outras palavras, passamos a perceber que uma criança não é uma miniatura de adulto, e sim, um ser em desenvolvimento e com necessidades próprias.

Assim aprendemos a ama-las de tal forma, que elas não só são as mais importantes na sociedade, como também nas nossas famílias. Isso acalenta-nos a alma e só sinto pelo facto dessa realidade não abranger a todas as crianças, pois sabemos que existem realidades e realidades.

Para fazermos um paralelo entre o passado e o presente, até podemos usar um exemplo simples, que muitos de vocês já vivenciaram ou já ouviram seus pais dizer. Para quem era a melhor parte do frango no passado? Com certeza não era para a criancinha, era para o pai, o chefe da família! Hoje sabemos que não é bem assim. Em primeiro lugar estão os nossos filhos e depois dividimos o que sobrar. Tudo é pensado para o bem estar da criança. As melhores escolas, as melhores roupas, os melhores brinquedos. Tudo o que é essencial para os nossos filhos, acredito eu, que não deve faltar. Como pais, devemos garantir o seu crescimento saudável, quer física , cognitiva ou emocional.

Então nos deparamos com um novo dilema, a culpa. A culpa de deixarmos os nossos filhos para trabalharmos e de não podermos dar mais do nosso tempo, da nossa presença e da nossa atenção. É nesse momento que muitos pais começam a compensar os seus filhos com coisas materiais totalmente dispensáveis e desnecessárias. É como se assim, amenizassem a sua culpa e de certa forma tentassem comprar o amor dos filhos, que deveria ser conquistado no dia a dia. As crianças passam a ter a necessidade de ganhar coisas, não pelas coisas em si, mas pelo simples ato de ganhar, de ter. Mesmo que só utilizem o objeto ganhado

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no momento da oferta e que depois os joguem para o canto. Assim, começamos a formar uma bola de neve. Crianças insatisfeitas, que já se habituaram a substituir a presença dos pais por presentes. Pais, que se vêem grudados em uma teia da qual já não conseguem se libertar.

Mas será que é isso que os nossos filhos esperam de nós? É de coisas e presentes que necessitam? Infelizmente muitas crianças, presas a bola de neve nem estão tendo noção da troca que estão fazendo. Simplesmente aprenderam a receber presentes, para compensar algo que nunca tiveram ou que deixaram de ter. Mas que nessa altura do campeonato, já faz parte da vida da criança, como um vício que deve ser alimentado, sobre a pena de atitudes pouco amistosas da parte dos nossos pequeninos.

É difícil solucionar essa questão, mesmo porque cada pai deve refletir sobre a sua problemática. Mas há algum tempo atrás, uma conhecida me fez pensar. Não só pensar, na verdade acho que fiquei emocionada com um exemplo tão simples, tão verdadeiro e tão profundo. Ela estava contando que a sua empregada muitas vezes levava o seu netinho para ficar com ela no trabalho. Aquela criança, de origem humilde, ficava deslumbrada com todas as coisas que os filhos dos patrões tinham. Era uma realidade para a qual ele tinha que conviver. O que ele via, o que ele queria, mas o que ele, devido a sua condição, não poderia ter. Então muitas vezes ele se virava para a avó e dizia: Vovó, você me compra esse brinquedo? E a avó, com a voz mais terna e doce do mundo, respondia: Meu querido, eu te amo, claro que compro, quando a vovó puder a vovó compra. A criança colocava um sorriso satisfeito no rosto e ia brincar. A patroa ao observar tal cena, perguntou para a empregada se não lhe custava prometer uma coisa, que não poderia cumprir. Foi então que a sábia senhora respondeu, que o que o seu neto queria, era saber se ela o amava. Se ela o amava a tal ponto de que se tivesse possibilidades lhe compraria aquele brinquedo. E ela não mentiu, se tivesse possibilidades realmente o compraria. Aquela criança não estava assim tão interessada no presente, pois se assim fosse, com certeza teria feito uma bela birra e não haveria voz doce que o acalmaria. Ele precisava saber se é amado, querido e que mesmo pobre, se houvesse possibilidades, ele teria tantas coisas quanto aquelas crianças ricas possuíam, só não tinha pela falta de dinheiro, porque se dependesse do amor da vovó teria. Ele precisava ter a certeza de que aquelas crianças possuíam mais coisas, não porque eram mais amadas do que ele, e sim porque tinham mais dinheiro.

Será que estamos conseguindo demonstrar para os nosso filhos, sem necessitarmos de coisas materiais, o quanto os amamos?

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Como trabalho a partir de casa, tenho disponibilidade para estar com os meus filhos, para mostrar-lhes que a vida não é somente feita de bens materiais. Brincar como bichinhos, contar as estrelas, cair exausto na cama, fazem parte de uma “rotina” diária em que, é valorizado, o tempo que passamos juntos afinal, é disso que os meus filhos se recordaram quando crescerem e não de uma boneca, que no próprio dia ficou sem a cabeça.

E tu, demonstras verdadeiramente aos teus filhos o quanto os ama?

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