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Demonstrativo Financeiro 2014

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Índice

Demonstrações financeiras

Balanço patrimonial ................................................................................................................................3Demonstração do resultado ....................................................................................................................4Demonstração do resultado abrangente .................................................................................................5Demonstração das mutações no patrimônio líquido .............................................................................6Demonstração dos fluxos de caixa...........................................................................................................7Demonstração do valor adicionado.........................................................................................................9

Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras

1 Considerações gerais..................................................................................................................... 101.1 Principais eventos ocorridos em 2014 ......................................................................................... 102 Apresentação das demonstrações financeiras e resumo das principais práticas contábeis ..... 102.1 Base de apresentação .................................................................................................................... 102.2 Conversão de moeda estrangeira .................................................................................................. 112.3 Caixa e equivalentes de caixa......................................................................................................... 112.4 Ativos financeiros........................................................................................................................... 112.4.1 Classificação ................................................................................................................................... 112.4.2 Reconhecimento e mensuração.....................................................................................................122.4.3 Compensação de instrumentos financeiros..................................................................................122.4.4 Impairment de ativos financeiros mensurados ao custo amortizado.........................................122.5 Contas a receber de clientes...........................................................................................................132.6 Estoques..........................................................................................................................................132.7 Imposto de renda e contribuição social correntes e diferidos .....................................................132.8 Depósitos judiciais .........................................................................................................................142.9 Imobilizado.....................................................................................................................................142.10 Ativos biológicos.............................................................................................................................142.11 Investimento...................................................................................................................................152.12 Impairment de ativos não financeiros..........................................................................................162.13 Contas a pagar aos fornecedores ...................................................................................................162.14 Empréstimos e financiamentos.....................................................................................................162.15 Provisões.........................................................................................................................................162.16 Benefícios a funcionários ...............................................................................................................172.17 Capital social...................................................................................................................................172.18 Reconhecimento da receita............................................................................................................172.19 Distribuição de dividendos ............................................................................................................182.20 Lucro por ação................................................................................................................................182.21 Demonstração do fluxo de caixa....................................................................................................182.22 Demonstração do valor adicionado...............................................................................................193 Mudanças nas práticas contábeis e divulgações...........................................................................194 Estimativas e julgamentos contábeis críticos ..............................................................................205 Gestão de risco sócio ambiental ....................................................................................................216 Gestão de risco financeiro............................................................................................................. 226.1 Fatores de risco financeiro............................................................................................................ 227 Instrumentos financeiros por categoria....................................................................................... 278 Qualidade dos créditos dos ativos financeiros............................................................................. 279 Caixa e equivalentes de caixa........................................................................................................ 2810 Aplicações financeiras .................................................................................................................. 2811 Contas a receber de clientes.......................................................................................................... 2912 Estoques......................................................................................................................................... 3013 Tributos a recuperar.......................................................................................................................3114 Partes relacionadas ....................................................................................................................... 3215 Outros ativos.................................................................................................................................. 3316 Investimentos ................................................................................................................................ 3417 Imobilizado.................................................................................................................................... 3718 Ativos biológicos............................................................................................................................ 3819 Empréstimos e financiamentos....................................................................................................4020 Imposto de renda e contribuição social correntes e diferidos .................................................... 44

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21 Outros passivos ............................................................................................................................. 4622 Regime Tributário de Transição (“RTT”) .................................................................................... 4623 Programa de Recuperação Fiscal (REFIS)................................................................................... 4624 Provisões........................................................................................................................................ 4725 Patrimônio líquido .........................................................................................................................5126 Receita líquida............................................................................................................................... 5227 Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas....................................................................... 5328 Resultado financeiro líquido ........................................................................................................ 5329 Abertura de resultado por natureza ............................................................................................. 5430 Despesa de benefícios aos empregados ....................................................................................... 5431 Plano de contribuição previdenciária definida............................................................................ 5432 Seguros........................................................................................................................................... 5433 Eventos subsequentes ................................................................................................................... 55

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Balanço patrimonial

Exercícios findos em 31 de dezembroEm milhares de reais

As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

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Nota 2014 2013 Nota 2014 2013

Ativo Passivo e patrimônio líquido

Circulante Circulante

9 14 34 Empréstimos e financiamentos 19 166.579 139.315

10 446.764 185.472 Fornecedores 176.703 217.324

Contas a receber de clientes 11 235.701 273.994 Salários e encargos sociais 53.798 50.560

Estoques 12 275.478 258.404 Imposto de renda e contribuição social - 1.093

Tributos a recuperar 13 57.216 66.002 Tributos a recolher 16.486 17.847

Dividendos a receber 14 25.423 - Dividendos a pagar 14 - 13.432

15 29.430 27.616 Adiantamento de clientes 3.133 2.465

Outros passivos 21 23.663 19.420

1.070.026 811.522

440.362 461.456

Não circulante Não circulante

Realizável a longo prazo Empréstimos e financiamentos 19 838.190 447.123

Tributos a recuperar 13 24.453 30.514 Partes relacionadas 14 11 77.134

Partes relacionadas 14 15.004 12.766 Imposto de renda e contribuição social diferidos 20 (b) 26.034 -

Imposto de renda e contribuição social diferidos 20 (b) - 4.444 Provisões 24 (a) 39.671 45.196

Depósitos judiciais 24 (b) 67.714 63.763 Outros passivos 21 177 739

Outros ativos 15 4.223 23.075

111.394 134.562 904.083 570.192

Total do passivo 1.344.445 1.031.648

Investimentos 16 569.909 549.229

Imobilizado 17 2.069.121 2.191.195 Patrimônio líquido 25

Ativos biológicos 18 127.989 102.850 Capital social 2.673.068 2.673.068

2.878.413 2.977.836 Reservas de lucros 89.474 203.957

Ajustes de avaliação patrimonial (158.548) (119.315)

Total do patrimônio líquido 2.603.994 2.757.710

Total do ativo 3.948.439 3.789.358 Total do passivo e patrimônio líquido 3.948.439 3.789.358

Caixa e equivalentes de caixa

Aplicações financeiras

Outros ativos

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Demonstração do resultadoExercícios findos em 31 de dezembroEm milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

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Nota 2014 2013

Operações continuadas

Receita líquida de produtos vendidos e serviços prestados 26 2.481.374 2.419.171

Custo dos produtos vendidos e dos serviços prestados 29 (1.987.696) (1.841.256)

Lucro bruto 493.678 577.915

Receitas (despesas) operacionais

Com vendas 29 (231.227) (239.083)

Gerais e administrativas 29 (180.682) (222.040)

Outras receitas(despesas) operacionais, líquidas 27 37.560 (17.669)

(374.349) (478.792)

119.329 99.123

Resultado de participações societárias

Equivalência patrimonial 16 107.252 111.800

Realização dos resultados abrangentes na alienação

de investimentos 1.420

107.252 113.220

Resultado financeiro líquido 28

Despesas financeiras (94.445) (50.062)

Receitas financeiras 45.312 28.944

Variações cambiais, líquidas (9.549) (17.698)

(58.682) (38.816)

167.899 173.527

Imposto de renda e contribuição social

Diferidos 20 (24.843) (32.133)

Lucro líquido do exercício 143.056 141.394

Quantidade média ponderada de ações 170.802 182.591

Lucro líquido básico e diluído por ação (em reais) 837,55 774,37

Lucro operacional antes das participações

societárias e do resultado financeiro

Lucro antes do imposto de renda e da

contribuição social

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Demonstração do resultado abrangenteExercícios findos em 31 de dezembroEm milhares de reais

As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

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Nota 2014 2013

Lucro líquido do exercício 143.056 141.394

Outros componentes do resultado abrangente líquido

de imposto de renda e contribuição social do exercício a

serem posteriormente reclassificados para o resultado

Variação cambial de investidas localizadas no exterior 16 (c) (36.344) (44.250)

Realização dos resultados abrangentes na alienação de investimentos (1.420)

Participação nos outros resultados abrangentes das investidas (2.889) (4)

(39.233) (45.674)

Total do resultado abrangente do exercício 103.823 95.720

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Demonstração das mutações no patrimônio líquidoExercícios findos em 31 de dezembroEm milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

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Reservas de lucros

Nota Capital social Legal Retenção

Patrimônio

líquido

Em 1º de janeiro de 2013 2.884.698 7.624 59.087 (73.641) 2.877.768

Total do resultado abrangente do exercício

Lucro líquido do exercício 141.394 141.394

Outros componentes do resultado abrangente líquido do exercício a serem

posteriormente reclassificados para o resultado (45.674) (45.674)

Total do resultado abrangente do exercício (líquido dos efeitos tributários) 141.394 (45.674) 95.720

Total de distribuições e contribuições aos acionistas

Redução de capital (211.630) (211.630)

Destinação do lucro

Constituição de reservas 7.070 130.176 (137.246)

Reversão de dividendos propostos 9.284 9.284

Dividendos propostos (R$ 0,07 por ação) 25 (b) (13.432) (13.432)

Total de distribuições e contribuições aos acionistas (211.630) 7.070 130.176 (141.394) (215.778)

Em 31 de dezembro de 2013 2.673.068 14.694 189.263 (119.315) 2.757.710

Total do resultado abrangente do exercício

Lucro líquido do exercício 143.056 143.056

Outros componentes do resultado abrangente líquido do exercício a serem

posteriormente reclassificados para o resultado (39.233) (39.233)

Total do resultado abrangente do exercício (líquido dos efeitos tributários) 143.056 (39.233) 103.823

Total de distribuições e contribuições aos acionistas

Destinação do lucro

Dividendos pagos de exercícios anteriores (R$ 1,11 por ação) (189.261) (189.261)

Constituição de reserva legal 7.153 (7.153)

Dividendos pagos referente ao exercício de 2014 (R$ 0,40 por ação) 25 (b) (68.278) (68.278)

Retenção de lucros 67.625 (67.625)

Total de distribuições e contribuições aos acionistas 7.153 (121.636) (143.056) (257.539)

Em 31 de dezembro de 2014 2.673.068 21.847 67.627 (158.548) 2.603.994

Lucros

acumulados

Ajustes de

avaliação

patrimonial

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Demonstração dos fluxos de caixaExercícios findos em 31 de dezembroEm milhares de reais

As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

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Nota 2014 2013

Fluxo de caixa das atividades operacionais

167.899 173.527

Juros e variações monetárias e cambiais 61.831 49.745

Equivalência patrimonial 16 (107.252) (111.800)

Depreciação e exaustão 17 e 18 141.270 118.713

Resultado na venda de investimento e imobilizado 27 (33.423) (8.943)

Alteração no valor justo do ativo biológico 18 (31.999) 32.512

Provisões 17.060 (17.545)

215.386 236.209

Decréscimo (acréscimo) em ativos

Aplicações financeiras (234.475) (65.962)

Contas a receber de clientes 35.959 (45.503)

Estoques (33.604) 50.505

Tributos a recuperar 6.061 32.985

Demais créditos e outros ativos 13.087 (18.924)

Acréscimo (decréscimo) em passivos

Fornecedores (40.621) 28.881

Salários e encargos sociais 3.238 4.418

Tributos a recolher 15.717 4.078

Demais obrigações e outros passivos (87) 6.857

Caixa proveniente das (aplicado nas) operações (19.339) 233.544

Juros pagos 19 (c) (60.529) (40.938)

Imposto de renda e contribuição social pagos (925) (2.370)

Caixa líquido proveniente das (aplicado nas) atividades operacionais (80.793) 190.236

Lucro antes do imposto de renda e da contribuição

social das operações continuadas

Ajustes de itens que não representam alteração de caixa e equivalentes

de caixa

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Demonstração dos fluxos de caixaExercícios findos em 31 de dezembroEm milhares de reais

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

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Nota 2014 2013

Fluxo de caixa das atividades de investimento

Aquisição de imobilizado 17 (95.892) (144.811)

Adição de ativo biológico 18 (34.212) (26.045)

Aumento de capital em investida 16 (c) (4.500)

Partes relacionadas (5.127) 2.271

Recebimento de vendas de ativos 151.191 18.284

Recebimento de dividendos 22.310

Cisão parcial de ativos com redução de capital (2)

Caixa líquido proveniente das (aplicado nas) atividades de investimento 38.270 (154.803)

Fluxo de caixa das atividades de financiamento

Captações de recursos 19 (c) 527.729 43.169

Liquidação de empréstimos e financiamentos 19 (c) (137.132) (134.048)

Partes relacionadas (77.123) 62.896

Dividendos pagos (270.971) (7.597)

42.503 (35.580)

Decréscimo em caixa e equivalentes de caixa (20) (147)

Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 34 181

Caixa e equivalentes de caixa no fim do exercício 14 34

Principais transações que não afetam o caixa

Transferência de crédito de PIS e COFINS do imobilizado para tributos a

recuperar 29.259

Cisão parcial de ativos com redução de capital 211.628

Captações de FINAME para aquisição de imobilizado 3.784

Pagamento de REFIS com tributo diferido sobre prejuízo fiscal e base negativa 5.635

Caixa líquido proveniente das (aplicado nas) atividades de

financiamentos

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Demonstração do valor adicionadoExercícios findos em 31 de dezembroEm milhares de reais

As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

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Nota 2014 2013

Receitas

Vendas de produtos e serviços 3.085.207 3.026.585

Outras receitas (despesas) operacionais 27 37.560 (17.669)

11 (c) (2.334) (3.162)

3.120.433 3.005.754

Insumos adquiridos de terceiros

Custos dos produtos vendidos e dos serviços prestados (1.848.285) (1.815.708)

Valor adicionado bruto 1.272.148 1.190.046

Depreciação e exaustão 17 e 18 (141.270) (118.713)

Valor adicionado líquido produzido 1.130.878 1.071.333

Valor adicionado recebido em transferência

Resultado de participações societárias 16 107.252 111.800

Receitas financeiras e variações cambiais ativas 73.890 35.865

181.142 147.665

Valor adicionado total a distribuir 1.312.020 1.218.998

Distribuição do valor adicionado

Pessoal e encargos 30

Remuneração direta 182.605 167.569

Encargos sociais 97.854 93.451

Benefícios 45.980 41.151

326.439 302.171

Impostos, taxas e contribuições

Federais 303.793 288.847

Estaduais 324.402 337.355

Municipais 1.251 1.118

Tributos diferidos 24.843 32.133

654.289 659.453

Remuneração de capitais de terceiros

Despesas financeiras e variações cambiais passivas 132.572 74.681

Aluguéis 55.664 41.299

188.236 115.980

Remuneração de capitais próprios

Dividendos 68.278 13.432

Lucros retidos 74.778 127.962

143.056 141.394

Valor adicionado distribuído 1.312.020 1.218.998

,

Provisão para créditos de liquidação duvidosa

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1 Considerações gerais

A Votorantim Siderurgia S.A. (“Companhia” ou “VS”) é uma sociedade anônima de capital fechado,dedicada principalmente à produção e à comercialização de aços longos, através de usinas localizadas noBrasil, bem como de participação societária em outras companhias.

A Companhia produz aços longos a partir de sucata e ferro-gusa, processo que contribuisignificativamente para a preservação de recursos naturais. Investindo constantemente em equipamentosde última geração, é uma das mais modernas indústrias do seu setor.

A distribuição de seus produtos é feita através de uma rede própria de centros de distribuição,estrategicamente posicionados e também por uma rede formada por distribuidores independentes, o quepermite um alcance nacional e um atendimento diferenciado para clientes em qualquer lugar do Brasil.

A Companhia é controlada diretamente pela Votorantim Industrial S.A. (“VID”), e a empresa controladorafinal é a Votorantim Participações S.A. (“VPAR”). A VPAR é uma empresa de capital privadointegralmente controlada pela família Ermírio de Moraes e que constitui a holding das empresasVotorantim (“Votorantim”), com sede na cidade de São Paulo, Brasil.

1.1 Principais eventos ocorridos em 2014

(a) Venda Usina Hidroelétrica Sobragi

Em novembro de 2014, a Companhia efetivou a venda do empreendimento de geração de energia elétrica,denominado Usina Hidroelétrica Sobragi, para a empresa ligada Companhia Brasileira de Alumínio(“CBA”). O total da venda foi de R$ 150.000, gerando ganho no montante de R$ 33.350, registrado como“Outras receitas (despesas) operacionais líquidas” (Nota 27).

(b) Emissão de debêntures

Em março de 2014, a Companhia efetuou sua primeira emissão pública de debêntures simples, nãoconversíveis em ações, em série única, da espécie quirografária, com garantia fidejussória da Companhia.As debêntures foram distribuídas com esforços restritos de colocação e com dispensa de registro naComissão de Valores Mobiliários (“CVM”), nos termos do artigo 6º da Instrução CVM nº 476, de 16 dejaneiro de 2009. A emissão no valor de R$ 450.000, com vencimento em março de 2017, temremuneração de 107% do CDI.

2 Apresentação das demonstrações financeiras e resumo das principais práticas contábeis

A Companhia não está apresentando demonstrações financeiras consolidadas, considerando que suacontroladora VID já disponibiliza ao público suas demonstrações financeiras consolidadas, de acordo comas práticas contábeis adotadas no Brasil.

2.1 Base de apresentação

(a) Resumo das principais práticas contábeis

As principais práticas contábeis aplicadas na preparação destas demonstrações financeiras estão definidasa seguir. Essas práticas foram aplicadas de modo consistente nos exercícios apresentados.

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Notas explicativas da administração às demonstraçõesfinanceiras em 31 de dezembro de 2014Em milhares de reais

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(b) Base de preparação

A preparação das demonstrações financeiras considerou o custo histórico como base de valor, e certosativos e passivos financeiros mensurados ao valor justo.

As demonstrações financeiras requerem o uso de certas estimativas contábeis críticas e também oexercício de julgamento por parte da Administração da Companhia no processo de aplicação de suaspráticas contábeis. As áreas que requerem maior nível de julgamento e apresentam maior complexidade,bem como as áreas nas quais premissas e estimativas são significativas para as demonstraçõesfinanceiras, estão divulgadas na Nota 4.

As demonstrações financeiras foram preparadas e estão sendo apresentadas conforme as práticascontábeis adotadas no Brasil vigentes em 31 de dezembro de 2014, o que inclui os pronunciamentosemitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPCs).

(c) Aprovação das demonstrações financeiras

A emissão destas demonstrações financeiras foi aprovada pela Administração em 31 de março de 2015.

2.2 Conversão de moeda estrangeira

(a) Moeda funcional e de apresentação das demonstrações financeiras

A Administração, após análise das operações e da concentração dos negócios no Brasil, concluiu que o real(“R$”) é a moeda funcional e de apresentação da Companhia localizada no Brasil, por ser a moeda doprincipal ambiente econômico que a Companhia atua.

(b) Transações e saldos

As operações em moedas estrangeiras são convertidas em Reais, na qual os itens são remensuradosutilizando as taxas de câmbio vigentes nas datas das transações ou da avaliação. Os ganhos e as perdascambiais resultantes da liquidação dessas transações e da conversão pelas taxas de câmbio do fim doexercício, referentes a ativos e passivos monetários em moedas estrangeiras, são reconhecidos nademonstração do resultado.

2.3 Caixa e equivalentes de caixa

Caixa e equivalentes de caixa incluem o caixa, os depósitos bancários e outros investimentos de curtoprazo de alta liquidez (investimentos com vencimento original menor que 90 dias), que são prontamenteconversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitos a insignificante risco de mudançade valor. As contas garantidas são demonstradas como "Empréstimos e financiamentos", no passivocirculante, quando aplicável.

2.4 Ativos financeiros

2.4.1 Classificação

A Companhia classifica seus ativos financeiros nas seguintes categorias: mensurado ao valor justo por

meio do resultado (“mantidos para negociação”) e empréstimos e recebíveis. A classificação depende da

finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos. A Administração determina a classificação

de seus ativos financeiros no reconhecimento inicial.

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Notas explicativas da administração às demonstraçõesfinanceiras em 31 de dezembro de 2014Em milhares de reais

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2.4.2 Reconhecimento e mensuração

As compras e as vendas de ativos financeiros são normalmente reconhecidas na data da negociação, datana qual a Companhia se compromete a comprar ou vender o ativo. Os investimentos são, inicialmente,reconhecidos pelo valor justo, acrescidos dos custos da transação, para todos os ativos financeiros nãoclassificados como ao valor justo por meio do resultado. Os ativos financeiros ao valor justo por meio deresultado, quando existentes, são inicialmente reconhecidos pelo valor justo, e os custos da transação sãodebitados à demonstração do resultado. Os ativos financeiros são baixados quando os direitos de receberfluxos de caixa dos investimentos vencem ou são transferidos, neste último caso, desde que a Companhiatenha transferido, significativamente, todos os riscos e os benefícios de propriedade. Os ativos financeirosdisponíveis para venda e os ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado são,quando existentes, subsequentemente contabilizados pelo valor justo. Os empréstimos e recebíveis sãocontabilizados pelo custo amortizado, usando o método da taxa efetiva de juros.

Os ganhos ou as perdas decorrentes de variações no valor justo de ativos financeiros mantidos paranegociação são apresentados na demonstração do resultado em "Resultado financeiro líquido” no períodoem que ocorrem.

As variações no valor justo de títulos monetários e não monetários, classificados como disponíveis paravenda, são reconhecidas no patrimônio.

Quando os títulos classificados como disponíveis para venda são vendidos ou sofrem perda (impairment),os ajustes acumulados do valor justo, reconhecidos no patrimônio, são incluídos na demonstração doresultado como "Resultado financeiro líquido".

Os juros de títulos disponíveis para venda, calculados pelo método da taxa efetiva de juros, sãoreconhecidos na demonstração do resultado como "Resultado financeiro líquido".

2.4.3 Compensação de instrumentos financeiros

Ativos e passivos financeiros somente são compensados e o valor líquido reportado no balançopatrimonial, quando há um direito legalmente aplicável de compensar os valores reconhecidos e háintenção de liquidá-los numa base líquida ou de realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente. Odireito legal não deve ser contingente em eventos futuros e deve ser aplicável no curso normal dosnegócios e no caso de inadimplência, insolvência ou falência da empresa ou da contraparte.

2.4.4 Impairment de ativos financeiros mensurados ao custo amortizado

A Companhia avalia, na data do balanço, se há evidência objetiva de que o ativo financeiro ou o grupo deativos financeiros está deteriorado. Um ativo ou grupo de ativos financeiros está deteriorado e osprejuízos de impairment são incorridos, somente se há evidência objetiva de impairment como resultadode um ou mais eventos ocorridos após o reconhecimento inicial dos ativos (um "evento de perda") e, seesse evento (ou eventos) de perda tem impacto nos fluxos de caixa futuros estimados do ativo financeiro,ou do grupo de ativos financeiros que pode ser estimado de maneira confiável.

O montante da perda por impairment é mensurado como a diferença entre o valor contábil dos ativos e ovalor presente dos fluxos de caixa futuros estimados (excluindo-se os prejuízos de crédito futuro que nãoforam incorridos) descontados à taxa de juros em vigor original dos ativos financeiros. O valor contábil doativo é reduzido e o valor do prejuízo é reconhecido na demonstração do resultado.

Se, em um período subsequente, o valor da perda por impairment sofrer redução e esta for relacionadaobjetivamente com um evento ocorrido após o reconhecimento do impairment (como uma melhoria na

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classificação de crédito do devedor), a reversão da perda por impairment reconhecida anteriormente seráreconhecida na demonstração do resultado.

2.5 Contas a receber de clientes

As contas a receber de clientes correspondem aos valores referentes à venda de mercadorias ou àprestação de serviços no curso normal das atividades da Companhia. Se o prazo de recebimento éequivalente a um ano ou menos, as contas a receber são classificadas no ativo circulante. Caso contrário,são apresentadas no ativo não circulante.

As contas a receber são inicialmente reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelocusto amortizado com o uso do método da taxa de juros efetiva menos a provisão de créditos de liquidaçãoduvidosa (“PCLD”). As contas a receber de clientes no mercado externo são atualizadas com base nastaxas de câmbio vigentes na data do balanço.

2.6 Estoques

Os estoques são apresentados pelo menor valor entre o custo e o valor realizável líquido. O custo édeterminado pelo método do custo médio ponderado. O custo dos produtos acabados e dos produtos emelaboração compreende matérias primas, mão de obra direta e outros custos diretos e indiretos deprodução. As matérias primas provenientes de ativos biológicos são mensuradas ao valor justo, menos asdespesas de vendas no ponto do colheita, quando são transferidas do ativo não circulante para o grupo deestoques. O valor realizável líquido dos estoques é o preço de venda estimado para o curso normal dosnegócios, deduzidos os custos de execução e as despesas de venda. As importações em andamento sãodemonstradas ao custo acumulado de cada importação.

2.7 Imposto de renda e contribuição social correntes e diferidos

As despesas de imposto de renda e contribuição social do exercício compreendem o imposto econtribuição correntes e diferidos. O imposto sobre a renda e a contribuição social são reconhecidos nademonstração do resultado, exceto na proporção em que estiverem relacionados com itens reconhecidosdiretamente no patrimônio líquido. Nesse caso, o imposto e a contribuição social também sãoreconhecidos no patrimônio líquido ou no resultado abrangente.

Os encargos de imposto de renda e contribuição social correntes e diferidos são calculados com base nasleis tributárias promulgadas, ou substancialmente promulgadas, na data do balanço dos países em que asentidades atuam e geram lucro tributável. A Administração avalia, periodicamente, as posições assumidasnas apurações de impostos sobre a renda e contribuição com relação às situações em que aregulamentação fiscal aplicável dá margem a interpretações. Estabelece provisões, quando apropriado,com base nos valores estimados de pagamento às autoridades fiscais.

O imposto de renda e a contribuição social corrente são apresentados líquidos no passivo quando houvermontantes a pagar, ou no ativo quando os montantes antecipadamente pagos excedem o total devido nadata do relatório.

O imposto de renda e a contribuição social diferidos ativo são reconhecidos somente na proporção daprobabilidade de que lucro tributável futuro esteja disponível e contra o qual as diferenças temporáriaspossam ser usadas.

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2.8 Depósitos judiciais

Os depósitos judiciais são atualizados monetariamente e, quando possuírem provisão correspondente, sãoapresentados de forma líquida em “provisões”. Os depósitos que não possuem provisão correspondentesão apresentados no ativo não circulante.

2.9 Imobilizado

O imobilizado é demonstrado pelo custo histórico de aquisição ou de construção deduzido da depreciação.O custo histórico também inclui custos de financiamento relacionados com a aquisição ou a construção deativos qualificados.

Os custos subsequentes são incluídos no valor contábil do ativo ou reconhecidos como um ativo separado,conforme apropriado, somente quando há probabilidade de benefícios econômicos futuros associados aoitem e quando o custo do item pode ser mensurado com segurança. O valor contábil de itens ou peçassubstituídas é baixado.

Reparos e manutenção são apropriados ao resultado durante o período em que são incorridos. O custo dasprincipais reformas é acrescido ao valor contábil do ativo quando os benefícios econômicos futurosultrapassam o padrão de desempenho inicialmente estimado para o ativo em questão. As reformas sãodepreciadas ao longo da vida útil econômica restante do ativo relacionado.

A depreciação dos ativos é calculada pelo método linear, considerados os custos e os valores residuaisdurante a vida útil estimada, como segue:

- Edificações 56 anos- Máquinas e equipamentos 24 anos- Móveis e utensílios 10 anos- Veículos 5 - 14 anos

Os valores residuais e a vida útil dos ativos são revisados e ajustados, se apropriado, ao fim de cadaexercício. Com base no laudo de avaliação, emitido por empresa especializada, em 1º de janeiro de 2013, aCompanhia efetuou a revisão da vida útil do ativo imobilizado das classes máquinas, equipamentos einstalações e edifícios e construções, alterando de forma prospectiva as taxas de depreciação utilizadas.

O valor contábil de um ativo é imediatamente baixado para seu valor recuperável quando o valor contábilé maior do que o valor recuperável estimado, de acordo com os critérios que a Companhia adota paradeterminar o valor recuperável.

Os ganhos e as perdas de alienações são determinados pela comparação do valor da venda com o valorcontábil e são reconhecidos em "Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas" na demonstração doresultado.

2.10 Ativos biológicos

Os ativos biológicos da Companhia estão representados pelas florestas de eucalipto em formação, as quaisse encontram localizadas na região de Minas Gerais, com uma área total de 22.801 hectares, utilizadas noprocesso produtivo da Companhia, principalmente como combustível da transformação de ferro-gusa,matéria prima para produção de aços longos.Os ativos biológicos são mensurados ao valor justo, deduzidos dos custos estimados de venda nomomento do corte. Sua exaustão é calculada com base nos ciclos de corte das florestas.

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2.11 Investimento

Os investimentos em sociedades controladas e coligadas são registrados e avaliados pelo método deequivalência patrimonial. As variações no valor do investimento decorrentes exclusivamente de variaçãocambial são registradas na conta "Ajuste de avaliação patrimonial", no patrimônio líquido da Companhia.Elas são registradas no resultado do exercício somente quando o investimento é alienado ou consideradocomo perda.

Para efeitos de cálculo de equivalência patrimonial, os resultados não realizados são eliminados naproporção da participação societária.

Quando necessário, as práticas contábeis das controladas e coligadas são alteradas para garantirconsistência nas práticas adotadas pela Companhia.

(a) Controladas e controladas em conjunto

As controladas são todas as entidades (inclusive as de propósito específico) cujas políticas financeiras eoperacionais são conduzidas pela Companhia e nas quais normalmente há uma participação acionária demais da metade dos direitos de voto. A existência e o efeito de potenciais direitos de voto atualmenteexercíveis ou conversíveis são levados em consideração para avaliar se a Companhia controla outraentidade.

As controladas em conjunto são empresas nas quais a Companhia mantém o compartilhamento docontrole (por acordo contratual) sobre a atividade econômica e que existem somente quando as decisõesestratégicas, financeiras e operacionais relativas à atividade exigem o consentimento unânime das partesque compartilham o controle.

(b) Coligadas

Coligadas são todas as entidades sobre as quais a Companhia tem influência significativa, mas não ocontrole, geralmente com uma participação acionária de 20% a 50% dos direitos de voto. Osinvestimentos em coligadas são contabilizados pelo método de equivalência patrimonial e são,inicialmente, reconhecidos pelo seu valor de aquisição. O investimento da Companhia em coligadas incluio ágio identificado na aquisição, líquido de qualquer perda por impairment acumulada.

A participação da Companhia nos lucros ou prejuízos de suas coligadas é reconhecida na demonstração doresultado e sua participação na movimentação nas contas de patrimônio líquido dessas coligadas éreconhecida de forma reflexa em seu patrimônio líquido. Quando a participação da Companhia nasperdas de uma coligada for igual ou superior a sua participação na coligada, incluindo quaisquer outrosrecebíveis, a Companhia não reconhece perdas adicionais, a menos que tenha incorrido em obrigações ouefetuado pagamentos em nome da coligada.

Caso a participação acionária na coligada for reduzida, mas for retida influência significativa, somenteuma parte proporcional dos valores anteriormente reconhecidos em ajuste de avaliação patrimonial seráreclassificada no resultado, quando apropriado.

Os ganhos e as perdas de diluição, ocorridos em participações em coligadas, são reconhecidos nademonstração do resultado.

(c) Ágio

O ágio resulta da aquisição de controladas e representa o excesso da (i) contraprestação transferida, (ii)do valor da participação de não controladores na adquirida e (iii) do valor justo na data da aquisição de

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qualquer participação patrimonial anterior na adquirida em relação ao valor justo dos ativos líquidosidentificáveis adquiridos. Caso o total da contraprestação transferida, a participação dos nãocontroladores reconhecida e a participação mantida anteriormente medida pelo valor justo seja menor doque o valor justo dos ativos líquidos da controlada adquirida, no caso de uma compra vantajosa, adiferença é reconhecida diretamente na demonstração do resultado.

2.12 Impairment de ativos não financeiros

Os ativos que têm uma vida útil indefinida, como o ágio, não estão sujeitos à amortização e são testadosanualmente para identificar a necessidade de redução ao valor recuperável (impairment). As revisões deimpairment do ágio são realizadas anualmente ou com maior frequência se eventos ou alterações nascircunstâncias indicarem um possível impairment. Os ativos que estão sujeitos à amortização sãorevisados para verificar a necessidade de impairment sempre que eventos ou mudanças nascircunstâncias indiquem que o valor contábil talvez não seja recuperável. Uma perda por impairment éreconhecida pelo montante excedente entre o valor contábil do ativo e seu valor recuperável. Este último,é o maior valor entre o valor justo de um ativo menos os custos de venda e o seu valor em uso. Para fins deavaliação do impairment, os ativos são agrupados nos níveis mais baixos para os quais existem fluxos decaixa identificáveis separadamente (UGC). Os ativos não financeiros, exceto o ágio, que tenham sidoajustados por impairment, serão revisados subsequentemente para a análise de uma possível reversão doimpairment, na data do balanço.

2.13 Contas a pagar aos fornecedores

As contas a pagar aos fornecedores são obrigações a pagar por bens ou serviços que foram adquiridos nocurso normal dos negócios, sendo classificadas como passivo circulante quando o pagamento é devido noperíodo de até um ano. Caso contrário, as contas a pagar são apresentadas como passivo não circulante.

2.14 Empréstimos e financiamentos

Os empréstimos e financiamentos são reconhecidos inicialmente pelo valor justo, líquido dos custos datransação incorridos e, subsequentemente, são demonstrados pelo custo amortizado. Qualquer diferençaentre os valores captados (líquidos dos custos da transação) e o valor total a pagar é reconhecida nademonstração do resultado durante o período em que os empréstimos e financiamentos estejam emaberto, utilizando-se o método da taxa de juros efetiva.

Os empréstimos e financiamentos são classificados como passivo circulante, a menos que se tenha umdireito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data do balanço.

Os custos de empréstimos que são diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de umativo qualificável, que é um ativo que, necessariamente, demanda um período de tempo substancial paraficar pronto para seu uso ou venda pretendidos, são capitalizados como parte do custo do ativo quando forprovável que eles irão resultar em benefícios econômicos futuros para a entidade e que tais custos possamser mensurados com confiança. Demais custos de empréstimos são reconhecidos como despesa noperíodo em que são incorridos.

2.15 Provisões

As provisões de natureza tributária, cível, trabalhistas e ambiental são reconhecidas quando: (i) há umaobrigação presente ou não formalizada como resultado de eventos passados; (ii) é provável uma saída derecursos para liquidar a obrigação; (iii) o valor pode ser estimado com segurança. Não são reconhecidasprovisões em relação às perdas operacionais futuras.

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Quando houver uma série de obrigações similares, a probabilidade de a Companhia liquidá-las serádeterminada levando-se em consideração a classe de obrigações como um todo. Uma provisão éreconhecida mesmo que seja pequena a probabilidade de liquidação relacionada com qualquer itemindividual incluído na mesma classe de obrigações.

As provisões são mensuradas pelo valor presente dos gastos que devem ser necessários para liquidar aobrigação, as quais refletem as avaliações atuais do mercado do valor temporal do dinheiro e dos riscosespecíficos da obrigação. O aumento da obrigação em decorrência da passagem do tempo é reconhecidocomo despesa financeira.

2.16 Benefícios a funcionários

(a) Obrigações de aposentadoria

A Companhia participa de planos de pensão, administrados por entidade fechada de previdência privada,que provêm a seus empregados benefícios pós-emprego.

A Companhia é patrocinadora de planos de benefício na modalidade contribuição definida.Um plano de contribuição definida é um plano de pensão segundo o qual a Companhia paga contribuiçõesfixas para uma entidade separada. A Companhia não tem nenhuma obrigação legal ou construtiva parapagar contribuições adicionais se o fundo não detiver ativos suficientes para pagar a todos osfuncionários, os benefícios relativos aos seus serviços, no período corrente ou anterior.

Para os planos de contribuição definida, a Companhia paga contribuições para os administradores dosplanos de pensão em bases compulsórias, contratuais ou voluntárias. O grupo não tem mais obrigações depagamento, uma vez que as contribuições tiverem sido pagas. As contribuições são reconhecidas comodespesa de benefícios a funcionários, quando são devidas. Contribuições pagas antecipadamente sãoreconhecidas como um ativo na proporção em que um reembolso em dinheiro ou uma redução dospagamentos futuros estiver disponível.

(b) Participação dos empregados nos resultados

São registradas provisões para reconhecer a despesa referente à participação dos empregados nosresultados. Essas provisões são calculadas com base em metas qualitativas e quantitativas definidas pelaAdministração e contabilizadas no resultado como “Benefícios a empregados”.

2.17 Capital social

É representado exclusivamente por ações ordinárias que são classificadas no patrimônio líquido.

2.18 Reconhecimento da receita

A receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pela comercialização deprodutos e serviços no curso normal das atividades da Companhia. A receita é apresentada líquida dosimpostos, das devoluções, dos abatimentos e dos descontos.

A Companhia reconhece a receita quando: (i) o valor da receita pode ser mensurado com segurança; (ii)seja provável que benefícios econômicos futuros fluirão para a entidade; e (iii) critérios específicostenham sido atendidos, conforme descrição a seguir. O valor da receita não será considerado mensurávelcom segurança até que todas as condições relacionadas com a venda tenham sido resolvidas. ACompanhia baseia suas estimativas em resultados históricos, levando em consideração o tipo de cliente, otipo de transação e as especificações de cada venda.

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O reconhecimento da receita baseia-se nos princípios a seguir:

(a) Venda de produtos

O reconhecimento da receita de vendas tanto no mercado interno como no mercado externo, é efetivado,em geral, quando os produtos são entregues e os riscos e benefícios são transferidos para o cliente.

(b) Venda de serviços

A Companhia presta serviços de comercialização de produtos da empresa controlada em conjunto Sitrel –Siderúrgica Três Lagoas Ltda, como agente de vendas, utilizando a marca VOTORAÇO, que garante àSitrel vendas mínimas definidas em contrato.

(c) Receita financeira

A receita financeira decorrente de ativos financeiros mensurados ao custo amortizado é reconhecidaconforme o prazo decorrido das operações, usando-se o método da taxa de juros efetiva.

2.19 Distribuição de dividendos

A distribuição de dividendos para os acionistas é reconhecida como um passivo nas demonstraçõesfinanceiras ao fim do exercício, com base no estatuto social. Qualquer valor acima do mínimo obrigatório,10% do lucro do exercício, somente é provisionado na data de aprovação pelos acionistas, em AssembleiaGeral (Nota 25 (b)).

2.20 Lucro por ação

O lucro por ação é calculado dividindo o lucro líquido atribuído aos acionistas controladores pelaquantidade média ponderada de ações ordinárias em circulação para cada período. A média ponderada deações é calculada com base nos períodos nos quais as ações estavam em circulação.

A Companhia não possui instrumentos conversíveis, opções ou bônus de subscrição, potenciais deconversão que pudessem influenciar ao cálculo do lucro diluído.

2.21 Demonstração do fluxo de caixa

A demonstração dos fluxos de caixa apresenta as mudanças de caixa e equivalentes de caixa durante oexercício nas atividades operacionais, investimento e financiamento. Caixa e equivalentes de caixaincluem investimentos altamente líquidos financeiros.

Os fluxos de caixa das atividades operacionais são apresentados pelo método indireto. O lucro líquido éajustado pelos efeitos de transações que não envolvem caixa, pelos efeitos de quaisquer diferimentos ouapropriações por competência sobre recebimentos de caixa ou pagamentos em caixa operacionaispassados ou futuros, e pelos efeitos de itens de receita ou despesa associados com fluxos de caixa dasatividades de investimento ou de financiamento.

Todas as receitas e despesas decorrentes de operações não monetárias, atribuíveis aos fluxos de caixa deinvestimento e de financiamento, são eliminados. Juros recebidos ou pagos são classificados como fluxosde caixa operacionais.

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2.22 Demonstração do valor adicionado

A apresentação da Demonstração do Valor Adicionado (DVA) é requerida pela legislação societáriabrasileira e pelas práticas contábeis adotadas no Brasil somente para as companhias abertas. As IFRS nãorequerem a apresentação dessa demonstração. Como consequência, essa demonstração está apresentadacomo informação suplementar, sem prejuízo ao conjunto das demonstrações financeiras.

A DVA foi preparada com base em informações obtidas dos registros contábeis que servem de base depreparação das demonstrações financeiras. Em sua primeira parte apresenta a riqueza criada pelaCompanhia, representada pelas receitas (receita bruta das vendas, incluindo os tributos incidentes sobre amesma, as outras receitas e os efeitos da provisão para créditos de liquidação duvidosa), pelos insumosadquiridos de terceiros (custo das vendas e aquisições de materiais, energia e serviços de terceiros,incluindo os tributos incluídos no momento da aquisição, os efeitos das perdas e recuperação de valoresativos e a depreciação e amortização) e o valor adicionado recebido de terceiros (resultado da equivalênciapatrimonial, receitas financeiras e outras receitas). A segunda parte da DVA apresenta a distribuição dariqueza entre pessoal, impostos, taxas e contribuições, remuneração de capitais de terceiros eremuneração de capitais próprios.

3 Mudanças nas práticas contábeis e divulgações

(a) Adoção de novas normas, alterações e interpretações emitidas pelo CPC

As principais alterações nas práticas contábeis aplicadas na elaboração das informações contábeisintermediárias e demonstrações financeiras, a partir das novas normas, alterações e interpretações denormas emitidas pelo CPC, aplicáveis à Companhia, com vigência a partir do exercício iniciado em 1º dejaneiro de 2014, foram as seguintes:

IFRIC 21 - "Tributos” - (Levies)

Em maio de 2013, o IASB emitiu uma nova interpretação que trata do reconhecimento de obrigaçõesimpostas por agentes governamentais, relacionada ao reconhecimento de um passivo de impostos quandoesse tiver origem em requerimento do IAS 37 – Provisões, passivos e ativos contingentes. A adoção dessainterpretação foi requerida a partir de 1º de janeiro de 2014. A Companhia analisou possíveis impactosreferentes a esta atualização e concluiu que não existem efeitos relevantes de sua adoção em suasdemonstrações financeiras.

IAS 36 - Redução ao valor recuperável de ativos

Esta alteração remove certas divulgações do valor recuperável da Unidade Geradora de Caixa UGC quehavia sido incluída no IAS 36 pela emissão do IFRS 13. A alteração é obrigatória para a Companhia apartir de 1º de janeiro de 2014. A adoção desta norma não impactou a divulgação das demonstraçõesfinanceiras.

(b) Novas normas e interpretações ainda não adotadas

Algumas novas normas e interpretações são aplicadas para períodos anuais iniciados após 1º de janeiro de2015, e não foram aplicadas na preparação destas demonstrações financeiras.

IFRS 9 - "Instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração"

Essa nova norma aborda a classificação, mensuração e reconhecimento de ativos e passivos financeiros. OIFRS 9 tem o objetivo, em última instância, de substituir a IAS 39 – Instrumentos financeiros:

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Reconhecimento e Mensuração. Essa norma entra em vigor a partir de 2018, mas vem sendo revisadadesde a sua emissão. A administração ainda não concluiu a avaliação dos impactos de sua adoção.

IAS 41 – “Agricultura”

IAS 41 – Agricultura (equivalente ao CPC 29 – Ativo Biológico e Produto Agrícola) – Essa normaatualmente requer que ativos biológicos relacionados com atividades agrícolas sejam mensurados ao valorjusto menos o custo para venda. Ao revisar a norma, o IASB decidiu que as chamadas plantas de produçãodevem ser contabilizadas tal como um ativo imobilizado (IAS 16/CPC 27), ou seja, ao custo menosdepreciação ou impairment. Plantas de produção são definidas como aquelas usadas para produzir frutospor vários anos, mas a planta em si, depois de madura, não sofre transformações relevantes. O seu únicobenefício econômico futuro vem da produção agrícola que ela gera. Como exemplo, temos os pés de maçã,laranja e as videiras. No caso de plantas onde as raízes são mantidas no solo para uma segunda colheitaou corte e no final a raiz em si não é vendida, a sua raiz atende a definição de plantas de produção, o quese aplica, portanto, a florestas que têm previsão de mais de um corte em sua gestão. As florestas daCompanhia têm previsão de mais de um corte em sua gestão. Portanto, a administração está avaliando osimpactos de sua adoção. Essa revisão entra em vigor a partir de 1º de janeiro de 2016.

IFRS 15 – “Receita de contratos com clientes”

Essa nova norma traz os princípios que uma entidade aplicará para determinar a mensuração da receita equando ela é reconhecida. Ela entra em vigor em 2017 e substitui a IAS 11 – Contratos de construção, IAS18 – Receitas e correspondentes interpretações. A administração está avaliando os impactos de suaadoção. Cabe ressaltar que essas revisões e novas normas ainda não foram objeto de emissão pelo CPCdas equivalentes normas novas ou revisadas nas práticas contábeis adotadas no Brasil, incluindo oprocesso de homologação pelos reguladores competentes. Portanto, não estão contempladas nessasdemonstrações financeiras da Companhia.

4 Estimativas e julgamentos contábeis críticos

Com base em premissas, a Companhia faz estimativas com relação ao futuro. Por definição, as estimativase julgamentos contábeis são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência histórica e em outrosfatores, incluindo expectativas de eventos futuros, consideradas razoáveis para as circunstâncias.

As estimativas contábeis raramente serão iguais aos respectivos resultados reais. As estimativas epremissas que apresentam um risco significativo, com probabilidade de causar um ajuste relevante nosvalores contábeis de ativos e passivos para o próximo exercício social, estão contempladas a seguir:

(a) Imposto de renda e contribuição social diferidos

A Companhia está sujeita ao imposto de renda e contribuição social com base nas alíquotas vigentes. ACompanhia também reconhece provisões por conta de situações em que é provável que valores adicionaisde impostos sejam devidos. Quando o resultado final dessa avaliação é diferente dos valores inicialmenteestimados e registrados, essas diferenças afetam os ativos e passivos fiscais atuais e diferidos no períodoem que o valor definitivo é determinado (Nota 20).

(b) Ativos não circulantes e revisão da vida útil do imobilizado e intangível

A capacidade de recuperação dos ativos que são utilizados nas atividades da Companhia é avaliadasempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor contábil de um ativo ou grupode ativos pode não ser recuperável com base em fluxos de caixa futuros. Se o valor contábil destes ativosfor superior ao seu valor recuperável, o valor líquido é ajustado e sua vida útil readequada para novospatamares.

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(c) Provisões

A Companhia é parte envolvida em processos tributários, cíveis, trabalhistas e ambientais que seencontram em instâncias diversas. As provisões constituídas para fazer face a potenciais perdasdecorrentes dos processos em curso são estabelecidas e atualizadas com base na avaliação daadministração, fundamentada na opinião de seus assessores legais e requerem elevado grau dejulgamento sobre as matérias envolvidas.

(d) Perda (impairment) de ágios e investimentos

A Companhia possui o total de R$ 148.997 reconhecido como ágio em seu balanço patrimonial em 31 dedezembro de 2014 (2013 – R$ 148.997).

Anualmente, a Companhia testa eventuais perdas (impairment) no ágio, de acordo com a política contábilapresentada na Nota 2.12. Os valores recuperáveis de (UGCs) foram determinados com base em cálculosdo valor em uso ou valor justo, efetuados com base em estimativas.

Para a apuração dos valores recuperáveis dos investimentos, a Companhia utiliza critérios similares aosutilizados para teste de impairment sobre goodwill.

Em 2014, a Companhia não registrou perda com impairment sobre o investimento e perda comimpairment sobre o ágio (Nota 16 (e)).

(e) Reconhecimento de provisão para “créditos de liquidação duvidosa”

A provisão para crédito de liquidação duvidosa é constituída em montante considerado suficiente paracobrir as prováveis perdas em sua realização. A política contábil para estabelecer a provisão requer aanálise individual das faturas de clientes inadimplentes em relação às medidas de cobrança adotadas pordepartamento responsável e, de acordo com o estágio da cobrança, é estimado um montante de provisão aser constituída.

(f) Ativos biológicos

O cálculo do valor justo dos ativos biológicos leva em consideração diversas premissas com alto grau dejulgamento, tais como preço estimado de venda, quantidade cúbica de madeira e incremento médio anualpor região. Quaisquer mudanças nessas premissas utilizadas podem implicar na alteração do resultado dofluxo de caixa descontado e, consequentemente, na valorização ou desvalorização desses ativos. (Nota 18)

Segue abaixo as principais premissas utilizadas pela Administração no cálculo do valor justo dos ativosbiológicos, e correlação entre as mudanças nessas premissas e no valor justo dos ativos biológicos:

Premissas utilizadas Impacto no valor justo dos ativos biológicosÁrea de efetivo plantio (hectare) Aumenta a premissa, aumenta o valor justoIncremento médio anual (IMA) - m3/hectare Aumenta a premissa, aumenta o valor justoPreço líquido médio de venda - reais/m3 Aumenta a premissa, aumenta o valor justoRemuneração dos ativos próprios que contribuem - % Aumenta a premissa, diminui o valor justoTaxa de desconto - % Aumenta a premissa, diminui o valor justo

5 Gestão de risco sócio ambiental

A Companhia atua no segmento de siderurgia e, dessa forma, suas atividades estão sujeitas a inúmerasleis ambientais nacionais e internacionais, regulamentos, tratados e convenções, incluindo aqueles queregulam a descarga de materiais para o ambiente, que obrigam a remoção e limpeza de contaminação do

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ambiente, ou relativas à proteção ambiental. As violações à regulamentação ambiental existente expõemos infratores a multas e sanções pecuniárias substanciais e poderão exigir medidas técnicas ouinvestimentos de forma a assegurar o cumprimento dos limites obrigatórios de emissão.

A Companhia realiza periodicamente levantamentos com o objetivo de identificar áreas potencialmenteimpactadas, e registra com base na melhor estimativa do custo os valores estimados para investigação,tratamento e limpeza das localidades potencialmente impactadas.

A Companhia entende estar de acordo com todas as normas ambientais aplicáveis nos países nos quaisconduz operações.

6 Gestão de risco financeiro

6.1 Fatores de risco financeiro

As atividades da Companhia a expõem a diversos riscos financeiros, a saber: (a) risco de mercado (moedae taxa de juros); (b) risco de crédito; e (c) risco de liquidez.Os produtos vendidos pela companhia são predominantemente denominados em reais. Por outro lado,alguns custos e investimentos em ativos de capital são denominados em moeda estrangeira.Adicionalmente, a Companhia possui dívidas atreladas a indexadores e moedas distintos, que podemafetar seu fluxo de caixa.

Para atenuar os efeitos diversos de cada fator de risco de mercado, a Companhia segue a Política deGestão de Riscos de Mercado, aprovada pelo Comitê de Finanças, com o objetivo de estabelecer agovernança e macro diretrizes no processo de gestão de riscos, assim como indicadores de mensuração eacompanhamento.

Essa política é complementada por outras, que estabelecem diretrizes e normas para: (i) gestão deexposição cambial; (ii) gestão de exposição a taxa de juros; (iii) gestão de riscos de emissores econtrapartes; e (iv) gestão de liquidez e endividamento financeiro. As propostas feitas para atender a cadauma das políticas são discutidas e aprovadas pelo Comitê de Finanças, conforme a estrutura degovernança descrita na Política de Gestão de Riscos de Mercado.

(a) Risco de mercado

O processo de gestão de riscos de mercado tem por objetivo a proteção do fluxo de caixa da Companhiacontra eventos adversos, tais como oscilações de taxas de câmbio e taxas de juros. A governança e asmacro diretrizes desse processo estão definidas na Política de Gestão de Riscos de Mercado.

(i) Risco cambial

A Política de Gestão de Exposição Cambial destaca que as operações de derivativos têm como objetivosdiminuir a volatilidade no fluxo de caixa, proteger a exposição cambial e evitar o descasamento entremoedas da Companhia.

A Companhia tem certos investimentos em operações no exterior, cujos ativos líquidos estão expostos aorisco cambial. Apresentamos a seguir os saldos contábeis de ativos e passivos indexados à moedaestrangeira (Dólar Norte Americano) na data de encerramento dos balanços patrimoniais:

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(ii) Risco do fluxo de caixa ou valor justo associado com taxa de juros

O risco de taxa de juros da Companhia decorre de empréstimos e financiamentos de longo prazo. Osempréstimos e financiamentos emitidos a taxas variáveis expõem a Companhia ao risco de taxa de jurosde fluxo de caixa. Os empréstimos e financiamentos emitidos a taxas fixas expõem a Companhia ao riscode valor justo associado à taxa de juros.

A Política de Gestão de Exposição a Taxas de Juros estabelece diretrizes e normas para a proteção contraoscilações de taxas de juros que afetam o fluxo de caixa da Companhia e de suas Unidades. Com base nasexposições projetadas para cada indexador de taxa de juros (principalmente CDI, LIBOR e TJLP), oComitê de Finanças aprova propostas para contratação de hedge.

(b) Risco de crédito

Os instrumentos financeiros derivativos, timedeposits, CDBs e operações compromissadas com lastro emdebêntures e títulos públicos federais criam exposição a risco de crédito de contrapartes e emissores. ACompanhia tem como política trabalhar com emissores que possuam, no mínimo, avaliação de duas dasseguintes agências de rating: Fitch, Moody’s ou Standard & Poor’s. O rating mínimo exigido para ascontrapartes é “A+” (em escala local) ou “BBB-” (em escala global), ou equivalente. Para ativos financeiroscujos emissores não atendem às classificações de risco de crédito mínimas anteriormente descritas, sãoaplicados, como alternativa, critérios aprovados pelo Comitê de Finanças.A qualidade de crédito dos ativos financeiros está descrita na Nota 8. Os ratings divulgados nesta notasempre são os mais conservadores das agências mencionadas.

No caso do risco de crédito decorrente de exposições a clientes, a Companhia avalia a qualidade do créditodo cliente levando em consideração, principalmente, o histórico de relacionamento e indicadoresfinanceiros. Com isso, definem-se limites individuais, os quais são regularmente monitorados. ACompanhia reconhece provisão para perda sempre que necessário.

A provisão é registrada em quantia considerada suficiente para cobrir todas as perdas prováveis nomomento da execução das contas a receber e é incluída nas despesas de vendas.

São realizadas análises de crédito iniciais dos clientes e, quando necessário, são obtidas cauções ou cartas

de crédito para proteger os interesses da Companhia.

Nota 2014 2013

Ativos em moeda estrangeira

Contas a receber de clientes 11 (b) 5.762 13.546

Investimento Acergroup S.A. 16 (a) 200.502 208.792

Investimento Acerholding S.A. 16 (a) 103.534 103.674

309.798 326.012

Passivos em moeda estrangeira

Empréstimos e financiamentos 19 (d) 115.705 121.350

Fornecedores 1.288 3.762

116.993 125.112

Exposição líquida 192.805 200.900

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(c) Risco de liquidez

O risco de liquidez é gerenciado de acordo com a Política de Gestão de Liquidez e Endividamento, visandogarantir recursos líquidos suficientes para honrar os compromissos financeiros da Companhia no prazo esem custo adicional. O principal instrumento de medição e monitoramento da liquidez é a projeção defluxo de caixa, observando-se um prazo mínimo de 12 meses de projeção, a partir da data de referência.

A gestão de liquidez e endividamento adota métricas comparáveis fornecidas por agências classificadorasde riscos de abrangência global, para riscos de crédito BBB estável ou equivalente.

A tabela a seguir apresenta os passivos financeiros não derivativos da Companhia, por faixas devencimento (período remanescente no balanço patrimonial até a data contratual do vencimento). Osvalores divulgados na tabela são os fluxos de caixa futuros, que incluem os juros a incorrer, motivo peloqual esses valores não podem ser conciliados com os valores divulgados no balanço patrimonial paraempréstimos e financiamentos.

6.1.1 Derivativos contratados

A Companhia não possui derivativos contratados para os exercícios de 2014 e 2013, nem operou comquaisquer instrumentos derivativos durante o exercício.

6.1.2 Estimativa do valor justo

Os principais instrumentos financeiros ativos e passivos são descritos a seguir, bem como as premissaspara sua valorização:

Caixa e equivalentes de caixa, aplicações financeiras, contas a receber e outros ativos circulantes –considerando-se a natureza e os prazos, os valores contabilizados aproximam-se dos valores de realização.

Em relação ao valor justo relacionado ao ativo biológico, este é classificado no nível III da hierarquia dovalor justo (Nota 18).

Passivos financeiros – estão sujeitos a juros com taxas usuais de mercado. O valor de mercado foiutilizado tendo por base o valor presente do desembolso futuro de caixa, de acordo com as taxas de jurosatualmente disponíveis para emissão de débitos com vencimentos e termos similares.

Até 1 ano

Entre 1 e 3

anos

Entre 3 e 5

anos

Acima de 5

anos Total

Em 31 de dezembro de 2014

Empréstimos e financiamentos - principal 150.537 705.079 131.652 1.459 988.727

Empréstimos e financiamentos - juros 85.193 115.023 5.890 58 206.164

Fornecedores 176.703 176.703

Partes relacionadas 11 11

412.433 820.113 137.542 1.517 1.371.605

Em 31 de dezembro de 2013

Empréstimos e financiamentos - principal 137.524 260.614 171.285 15.224 584.647

Empréstimos e financiamentos - juros 34.153 41.398 12.393 473 88.417

Fornecedores 217.324 217.324

Partes relacionadas 77.134 77.134

Dividendos a pagar 13.432 13.432

402.433 379.146 183.678 15.697 980.954

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Hierarquia do valor justo

A Companhia aplica o CPC 40/IFRS 7 para instrumentos financeiros mensurados no balanço patrimonialpelo valor justo, o que requer a divulgação das mensurações do valor justo de acordo com a seguintehierarquia de níveis:

Preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos e passivos idênticos (nível I).

Informações, além dos preços cotados, incluídas no nível I que são adotadas pelo mercado para oativo ou passivo, seja diretamente (como preços) ou indiretamente (derivados dos preços) (nível II).

Inserções para os ativos ou passivos que não se baseiam nos dados adotados pelo mercado (inserçõesnão observáveis) (nível III).

Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, os ativos financeiros mensurados ao valor justo foramclassificados nos níveis I e II de hierarquia do valor justo.

6.1.3 Demonstrativo da análise de sensibilidade

A seguir é apresentada a análise de sensibilidade para os principais fatores de risco que impactam aprecificação dos instrumentos financeiros em aberto de caixa e equivalentes de caixa, aplicaçõesfinanceiras e empréstimos e financiamentos. Os principais fatores de risco são a exposição à flutuação doDólar e das taxas de juros CDI. Os cenários para estes fatores são elaborados utilizando fontes de mercadoe fontes especializadas, seguindo a governança da Companhia.

Os cenários em 31 de dezembro de 2014 estão descritos abaixo:

. Cenário I: Considera choque nas curvas e cotações de mercado de 31 de dezembro de 2014, conformecenário base definido pela Administração para 31 de março de 2015.

2014

Preços cotados em

mercado ativo

Técnica de valoração

suportada por preços

Nota (Nível I) (Nível II)

Ativos

Caixa e equivalentes de caixa 9 14 14

Aplicações financeiras 10 303.944 142.820 446.764

303.958 142.820 446.778

Passivos

Empréstimos e financiamentos 19 (i) 920.454 920.454

Total dos passivos 920.454 920.454

2013

Preços cotados em

mercado ativo

Técnica de valoração

suportada por preços

(Nível I) (Nível II)

Ativos

Caixa e equivalentes de caixa 9 34 34

Aplicações financeiras 10 7.155 178.317 185.472

7.189 178.317 185.506

Passivos

Empréstimos e financiamentos 553.222 553.222

Total dos passivos 553.222 553.222

Valor justo medido com base em:

Valor justo contabilizado

Valor justo medido com base em:

Valor justo contabilizado

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. Cenário II: considera choque de + ou - 25% nas curvas de mercado de 31 de dezembro de 2014;

. Cenário III: considera choque de + ou - 50% nas curvas de mercado de 31 de dezembro de 2014.

6.1.4 Gestão de capital

Para manter ou ajustar a estrutura de capital, a Companhia pode propor para aprovação do Conselho deAdministração, a revisão do valor dos dividendos a serem pagos, a devolução do capital aos acionistas, aemissão de novas ações ou a venda de ativos.

Fatores de Risco Ativo Passivo Unidade

Choque nas

curvas de 2014

Resultados do

cenário I -25% -50% +25% +50%

Câmbio

USD 115.705 USD 2% (2.701) 29.601 59.203 (29.601) (59.203)

Taxas de Juros

BRL - CDI 446.764 462.699 BRL +47 bps (15) 97 195 (97) (195)

Saldos patrimoniais Impactos no resultado

Cenários I Cenários II & III

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7 Instrumentos financeiros por categoria

8 Qualidade dos créditos dos ativos financeiros

A tabela a seguir reflete a qualidade de crédito dos emissores e contrapartes em operações de caixa eequivalentes de caixa e aplicações financeiras:

2014

Empréstimos

Nota e recebíveis

Caixa e equivalentes de caixa 9 14 14

Aplicações financeiras 10 446.764 446.764

Contas a receber de clientes 11 235.701 235.701

Dividendos a receber 14 25.423 25.423

Partes relacionadas 14 15.004 15.004

276.142 446.764 722.906

2014

Passivos, conforme o balanço patrimonial NotaOutros passivos

financeiros

Empréstimos e financiamentos 19 1.004.769

Fornecedores 176.703

Partes relacionadas 14 11

1.181.483

2013

Empréstimos

Ativos, conforme o balanço patrimonial e recebíveis

Caixa e equivalentes de caixa 9 34 34

Aplicações financeiras 10 185.472 185.472

Contas a receber de clientes 11 273.994 273.994

Partes relacionadas 14 12.766 12.766

286.794 185.472 472.266

2013

Passivos, conforme o balanço patrimonial Nota

Outros passivos

financeiros

Empréstimos e financiamentos 19 586.438

Fornecedores 217.324

Dividendos a pagar 14 13.432

Partes relacionadas 14 77.134

894.328

Ativos, conforme o balanço patrimonial

Ativos mantidos

para negociação Total

Ativos mantidos

para negociação TotalNota

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Os ratings decorrentes de classificação interna e externa foram extraídos de agências de rating(Standard&Poor’s, Moody’s, Fitch). Para apresentação foi considerada o padrão de nomenclatura daStandard&Poor’s e Fitch.

Ratings Local: Os ratings nas escalas nacionais são ratings de propósito específico que se aplicamsomente a créditos em um determinado país ou região. São avaliações da qualidade de crédito relativa aorating do “melhor” risco de crédito dentro de um país ou região. O “melhor” risco será geralmente,embora nem sempre, atribuído para todos os compromissos financeiros emitidos ou garantidos peloestado soberano.

9 Caixa e equivalentes de caixa

10 Aplicações financeiras

Incluem ativos financeiros classificados como mantidos para negociação, conforme discriminação aseguir:

2014 2013

Rating local Rating local

Caixa e equivalentes de caixa

AAA 3 15

AA+ 9 8

A- 2 1

Sem rating 10

14 34

Aplicações financeiras

AAA 434.924 185.413

A- 130 59

Sem rating 11.710

446.764 185.472

446.778 185.506

2014 2013

Moeda nacional

Caixa e bancos 14 34

2014 2013

Mantidos para negociação

Quotas de Fundos de Investimento (i) 419.500 171.258

Letras Financeiras do Tesouro - LFT's 14.059 -

Certificados de Depósito Bancário - CDB's - 1.447

Fundos de Investimento de Direitos Creditórios - FIDC 8.572 8.025

Outros 4.633 4.742

446.764 185.472

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(i) As quotas de fundo de investimento pertencem a um fundo exclusivo da Votorantim. As operações sãocompostas substancialmente por certificados de depósitos bancários, operações compromissadas e títulospúblicos.

As aplicações financeiras possuem, em sua maioria, liquidez imediata. O rendimento médio da carteira noexercício findo em 31 de dezembro de 2014 foi de 100,42% do CDI (2013 - 100,13% do CDI).

Demonstramos a seguir a composição da carteira do fundo proporcional à participação da Companhia:

11 Contas a receber de clientes

(a) Composição

(b) Composição por moeda

(c) Movimentação da provisão para crédito de liquidação duvidosa

2014 2013

Operações compromissadas 299.156 130.971

Certificados de Depósito Bancário - CDB's 115.425 33.074

Letras Financeiras do Tesouro - LFT's 4.789 7.155

Fundos de Investimento de Direitos Creditórios - FDIC 130 59

Total 419.500 171.258

Nota 2014 2013

Clientes nacionais 211.779 245.218

Clientes estrangeiros 2.591

Partes relacionadas 14 27.329 30.178

Provisão para créditos de liquidação duvidosa (3.407) (3.993)

235.701 273.994

2014 2013

Reais 229.939 260.448

Dólar Norte Americano 5.762 13.546

235.701 273.994

2014 2013

Saldo no início do exercício (3.993) (2.605)

Adições líquidas (2.334) (3.162)

Contas a receber de clientes baixadas durante o exercício como incobráveis 2.920 1.774

Saldo no final do exercício (3.407) (3.993)

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(d) Vencimentos de contas a receber

12 Estoques

(a) Composição

(i) A provisão para perdas em estoque refere-se substancialmente a materiais obsoletos e de baixo giro.

Não há estoques dados como garantia de passivos.

(b) Movimentação da provisão para perdas de estoques

2014 2013

À vencer 219.317 264.725Vencidos até 3 meses 13.028 8.778

Vencidos de 3 a 6 meses 1.918 990

Vencidos há mais de 6 meses 4.845 3.494

239.108 277.987

Provisão para créditos de liquidação duvidosa (3.407) (3.993)

235.701 273.994

2014 2013

Produtos acabados 108.368 75.528

Produtos semi acabados 86.147 61.967

Matérias-primas 38.196 66.638

Materiais auxiliares 59.105 54.065

Importações em andamento 524 706

Outros 168 -

Provisão para perdas (i) (17.030) (500)

275.478 258.404

2014 2013

Saldo no início do exercicio (500)

Adição (16.530) (500)

Saldo no final do exercicio (17.030) (500)

Materiais auxiliares

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13 Tributos a recuperar

(i) Os créditos de IRPJ (IRRF sobre Aplicações financeiras) referem-se a antecipações que poderão sercompensados com qualquer tributo administrado pela Receita Federal do Brasil, incidentes sobre osresultados futuros num prazo estimado de até cinco anos.

(ii) O volume de crédito de ICMS acumulado é devido a aquisições no mercado interno e externo de insumos,máquinas, equipamentos, peças, partes e acessórios com diferimento do ICMS destinados ao processoindustrial, bem como de operações fiscais amparadas por incentivos fiscais. Esses créditos poderão sertransferidos para terceiros ou para outro estabelecimento da Companhia localizado dentro do Estado doRio de Janeiro.

(iii) Conforme os dispositivos das Leis nº 11.774/08 (alterada pela Lei 12.546/11) e 11.488/07, a Companhiaoptou pelo desconto de PIS e da COFINS nos prazos de 1 e 24 meses respectivamente, calculados sobre asaquisições de máquinas, equipamentos e edificações, adquiridas ou construídas e destinadas à produção.

2014 2013

Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - IRPJ e CSLL (i) 5.510 3.098

Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS sobre ativo imobilizado (ii) 3.050 12.623

Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS (ii) 43.619 47.210

Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI 5.341 6.000

Programa de Integração Social - PIS (iii) 4.173 4.658

Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS (iii) 18.989 21.192

Imposto de Renda Retido na Fonte - IRRF 170 196

Imposto sobre serviço - ISS 186 653

Outros 631 886

81.669 96.516

Circulante (57.216) (66.002)

Não circulante 24.453 30.514

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14 Partes relacionadas

(i) A companhia firmou contrato de associação com a Sitrel – Siderúrgica Três Lagoas Ltda., comprometendo-se a fornecer tarugos em quantidades e nas

especificações necessárias para a produção e comercialização de aço. As vendas de produtos da Sitrel serão exclusivamente por meio da VS, como agente de

vendas, que garante à Sitrel vendas mínimas definidas em contrato, utilizando a marca VOTORAÇO.

(ii) Refere-se às vendas de vergalhão e fio-máquina.

(iii) Adiantamento de R$ 75.000 recebido referente à venda da Usina Hidrelétrica de Sobragi. Em 16 de Agosto de 2013 a Companhia celebrou um contrato de

compra e venda da usina com a Companhia Brasileira de Alumínio, por R$ 150.000. Em novembro de 2014, a Companhia efetivou a venda, gerando ganho

no montante de R$ 33.350, registrado como “Outras recitas (despesas) operacionais líquidas”, (nota 26).

(iv) Operações de compra e venda de energia da Votener – Votorantim Comercializadora de Energia Ltda.

2014 2013 2014 2014 2013 2014 2013 2013 2014 2013 2014 2013 2014 2013 2014 2013

Sociedade controladora

Votorantim Industrial S.A. 2.835 1.628 13.432 (463) 7.581 21.607

Sociedades controladas ou controladas em conjunto

Acergroup S.A. 10.806 7.942 1.682

Acerholding S.A. 14.617 441

Sitrel - Siderúrgica Três Lagoas Ltda. (i) 19.387 18.712 22.376 18.213 226.472 203.929 292.475 252.417

Sociedade coligada

Acerbrag S.A. (ii) 5.762 10.955 12.184 14.009 16.578

Sociedades ligadas

Cia. de Cimento Itambé 12.121 1.027

Companhia Brasileira de Alumínio (iii) 327 3 363 411 75.000 3.419 1.708 132

Industria Com. Metalúrgica Atlas Ltda. 7.119 162

Votener-Votorantim Comérico de Energia Ltda. (iv) 152.755 114.645 56.550 10.450

Votorantim Cimentos S.A. 132 119 6.086 130 121 546 6 1.042

Votorantim Cimentos N/NE S.A. 1.011 258 2.957

Votorantim Metais S.A. 2.666 6.942 64 66 91

Votorantim Metais Zinco S.A. 321 169 11 11 412 54

Votorantim Metais Participações Ltda. 18

Outros 710 131 976 582 16 7 59

27.329 30.178 25.423 15.004 12.766 28.707 27.509 13.432 11 77.134 546 (463) 397.822 342.177 379.213 280.695

Circulante (27.329) (30.178) (25.423) (28.707) (27.509) (13.432)

Não circulante - - 15.004 12.766 - - - 11 77.134

Dividendos

a pagar

Passivo não

circulante

Receita (despesa)

financeira Compras Vendas

Dividendos a

receber Ativo não circulante

Contas a receber de

clientes Fornecedores

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15 Outros ativos

2014 2013

Adiantamentos a fornecedores 15.455 13.596

Despesas pagas antecipadamente 6.229 10.689

Créditos fiscais 3.934 10.000

Créditos previdenciários 3.245 5.013

Adiantamentos a funcionários 2.679 2.696

Crédito com venda de participações societária 650

Crédito na venda de ativo imobilizado 5.540

Outros créditos 2.111 2.507

33.653 50.691

Circulante (29.430) (27.616)

Não circulante 4.223 23.075

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16 Investimentos

(a) Composição

(i) Em outubro de 2013, a Companhia alienou o total da sua participação de 85% na Inmobiliaria del Río Magdalena S.A.S. por R$ 12.000. O ganho apurado naalienação, no montante de R$ 1.651 foi registrado na rubrica “Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas”.

(ii) O ágio demonstrado acima se refere à compra da participação da Acergroup S.A., holding que possui participação de 52,9% na empresa Acerbrag S.A.,produtora de aços longos transformados em vergalhões, barras, arames, telas e fio-máquina.

2014 2013 2014 2013

Investimentos avaliados por equivalência patrimonial

Controladas

Acergroup S.A. 201.295 48.771 99,606 48.579 55.062 200.502 208.792

Acerholding S.A. 129.417 36.954 80,00 29.563 33.431 103.534 103.674

Inmobiliaria Del Rio Magdalena S.A.S. (i) (116)

Joint venture

Sitrel - Siderúrgica Três Lagoas Ltda. 233.751 58.220 50,00 29.110 23.423 116.876 87.766

420.912 400.232

Ágio

Acergroup S.A. (ii) 148.997 148.997

Total dos investimentos e ágios 107.252 111.800 569.909 549.229

Patrimônio

líquido

Resultado do

exercício

Percentual de

participação (%)

Informações das investidas em 2014

Resultado de equivalência

patrimonial Saldo

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(b) Informações sobre as empresas investidas

Apresentamos a seguir, um resumo das informações financeiras de nossas controladas diretas e indiretas, em 31 de dezembro:

(i) O patrimônio líquido contempla o saldo do resultado abrangente apresentado.

2014

%Participação

total e votante

Ativo

circulante

Ativo não

circulante

Passivo

circulante

Passivo não

circulante

Resultado

abrangente

Patrimônio

líquido (i)

Receita

líquida

Resultado

operacional

Resultado

financeiro

Lucro líquido do

exercício

Investidas diretas

Acergroup S.A. 99,61 20.438 204.272 10.852 12.562 48.771 201.295 (210) (242) 48.771

Sitrel - Siderúrgica Três Lagoas Ltda. 50,00 164.489 273.497 51.981 152.253 58.220 233.751 363.299 88.658 14.061 58.220

Acerholding S.A. 80,00 25.400 129.113 21.476 3.620 36.954 129.417 (138) (159) 36.954

2013

%Participação

total e votante

Ativo

circulante

Ativo não

circulante

Passivo

circulante

Passivo não

circulante

Resultado

abrangente

Patrimônio

líquido (i)

Receita

líquida

Resultado

operacional

Resultado

financeiro

Lucro líquido do

exercício

Investidas diretas

Acergroup S.A. 99,61 99 210.573 8 1.046 55.280 209.618 (19) (8) 55.280

Sitrel - Siderúrgica Três Lagoas Ltda.

(resultado ajustado) 50,00 104.327 279.293 47.406 160.683 46.846 175.532 312.661 52.014 (13.437) 46.846

Acerholding S.A. 80,00 47 130.062 3 514 41.789 129.592 (16) (4) 41.789

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(c) Movimentação dos investimentos

(i) Baixa relacionada à venda da investida Inmobiliaria Del Rio Magdalena S.A.S.

(d) Restrições

Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, a Companhia não mantinha investimentos dados como garantia

de passivos.

(e) Teste do ágio para verificação de impairment

Ao fim do exercício de 2014, a Companhia avaliou a recuperação do valor contábil dos ágios, com baseem seu valor em uso, utilizando o modelo de fluxo de caixa descontado. O processo de avaliação dovalor em uso envolve a utilização de premissas, julgamentos e projeções sobre os fluxos de caixafuturos e representa a melhor estimativa da Administração.

Os cálculos do valor em uso têm como premissas as projeções de fluxo de caixa, antes do cálculo doimposto de renda e da contribuição social, e como base os orçamentos financeiros aprovados pelaadministração para o período projetado para os próximos cinco anos. Os valores referentes aos fluxosde caixa, para o período excedente aos cinco anos, foram extrapolados com base nas taxas decrescimento estimadas que apresentamos a seguir. A taxa de crescimento não ultrapassa a média delongo prazo para o setor de atuação.

A Companhia determinou a margem bruta orçada com base no desempenho passado e em suasexpectativas para o crescimento. As taxas de crescimento médias ponderadas utilizadas sãoconsistentes com as previsões incluídas nos relatórios da Companhia. As taxas de desconto utilizadascorrespondem às taxas antes dos impostos e refletem riscos específicos em relação aos segmentosoperacionais relevantes.

O resultado dos testes apresentaram valores recuperáveis dos ágios superiores aos registradoscontabilmente.

2014 2013

Saldo no início do exercício 549.229 487.528

Equivalência patrimonial 107.252 111.800

Aumento de capital na Sitrel 4.500

Baixa de investimento (i) (10.349)

Variação cambial de investimentos no exterior (36.344) (44.250)

Dividendos (50.228)

Saldo no final do exercício 569.909 549.229

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17 Imobilizado

(a) Composição e movimentação

A Companhia não tem ativos de longo prazo que espera abandonar ou alienar e que exigiriam a constituição de provisão para obrigações por descontinuação de ativos.

O montante relativo aos ativos dados em garantia de empréstimos está descrito na Nota 19 (f).

2014 2013

Terras,

terrenos e

benfeitorias

Edificios e

construções

Máquinas,

equipamentos e

instalações Veículos

Móveis e

utensílios

Obras em

andamento

Benfeitorias em

propriedade de

terceiros Outros Total Total

Saldo inicial

Custo 25.295 664.630 1.904.423 18.745 12.895 196.164 25.343 15.574 2.863.069 2.959.923

Depreciação acumulada (349) (83.563) (549.349) (6.822) (7.125) (9.700) (14.966) (671.874) (590.546)

Saldo líquido no início do exercício 24.946 581.067 1.355.074 11.923 5.770 196.164 15.643 608 2.191.195 2.369.377

Adições 9.372 86.520 95.892 148.595

Baixas (225) (27.113) (89.757) (202) (150) (321) (117.768) (417)

Depreciação (116) (11.636) (83.319) (2.789) (1.093) (1.155) (113) (100.221) (85.473)

Cisão (211.628)

Transferências para tributos a recuperar (29.259)

Transferências 38.250 138.613 470 1.058 (184.210) 5.842 23

Saldo no final do exercício 24.605 580.568 1.329.983 9.402 5.585 98.474 20.009 495 2.069.121 2.191.195

Custo 25.070 668.472 1.917.631 18.625 13.364 98.474 30.649 15.574 2.787.859 2.863.069

Depreciação acumulada (465) (87.904) (587.648) (9.223) (7.779) (10.640) (15.079) (718.738) (671.874)

Saldo líquido no final do exercício 24.605 580.568 1.329.983 9.402 5.585 98.474 20.009 495 2.069.121 2.191.195

Taxas médias anuais de depreciação - % 3 2 5 18 10 4 20

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(b) Obras em andamento

O saldo de imobilizado em andamento é composto principalmente de projetos de expansão das unidadesindustriais da Companhia, conforme descrito a seguir:

18 Ativos biológicos

Os ativos biológicos da Companhia estão representados pelas florestas de eucalipto em formação, as quaisse encontram localizadas na região de Minas Gerais, com uma área total de 22.801 hectares, utilizadas noprocesso produtivo da Companhia, principalmente como combustível da transformação de ferro-gusa,matéria prima para produção de aços longos.

A conciliação dos saldos contábeis no início e no final do exercício é a seguinte:

(i) Na determinação do valor justo dos ativos biológicos, as projeções estão baseadas em um único cenárioprojetivo, com produtividade e área de plantio.

As principais premissas utilizadas nos cálculos do valor em uso em 31 de dezembro de 2014 são as queseguem:

O período dos fluxos de caixa foi projetado de acordo com o ciclo de produtividade das áreas objeto deavaliação.

O volume de produção de “madeira em pé” de eucalipto a ser cortada foi estimado considerando aprodutividade média por m3 de madeira de cada plantação por hectare na idade de corte. A produtividademédia varia em função do material genético, condições edafo-climáticas (clima e solo) e dos tratamentossilviculturais.

O preço líquido médio de venda foi projetado com base no preço estimado para eucalipto no mercadolocal, preço praticado em contratos, ajustado para refletir o preço da “madeira em pé” por região.

Considerando que o modelo de precificação contempla os fluxos de caixa líquidos, após a dedução dostributos sobre o lucro, a taxa de desconto utilizada também considera os benefícios tributários.

O custo padrão médio estimado contempla gastos com as atividades de roçada, controle químico de matocompetição, combate e formigas e outras pragas, adubamento, manutenção de estradas, insumos e

2014 2013

Projeto expansão Barra Mansa 17.829 41.486

Projeto expansão Resende 19.802 78.874

Projeto expansão Guararapes 2.504 4.033

Projeto expansão florestal 2.281 9.226

Projeto expansão comercial 585 3.487

2014 2013

Saldo no início do exercício 102.850 142.557

Adições 34.212 26.045

Exaustão (41.049) (33.240)

Transferências de imobilizado (23)

Alteração no valor justo (i) 31.999 (32.512)

Saldo no final do exercício 127.989 102.850

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serviços de mão de obra. Foram também considerados os efeitos tributários com base nas alíquotasvigentes, bem como os ativos que contribuem, tais como o ativo imobilizado e terras próprias,considerando uma taxa média de remuneração de 4,2% a.a. (taxa média de depreciação de 4,2%). Parataxa de desconto foi utilizada 10,10% (2013 – 9,40%).

Na tabela a seguir apresentamos as principais premissas utilizadas no cálculo do valor justo dos ativosbiológicos:

2014 2013

Área plantada (hectare) 22.801 26.957

Incremento médio anual (IMA) - m3/hectare 34,3 36,14

Preço líquido médio de venda - reais/m3 42,22 43,15

Remuneração dos ativos próprios que contribuem - % 4,2 4,2

Taxa de desconto - % 10,1 9,4

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19 Empréstimos e financiamentos

(a) Composição

(i) Os encargos anuais médios são apresentados de acordo com a representatividade dos contratos sobre o montante total da dívida.

BNDES – Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e SocialBRL – Moeda nacional (Real)CDI – Certificado de Depósito InterbancárioFINAME – Fundo de Financiamento para Aquisição de Máquinas e Equipamentos IndustriaisSELIC - Sistema Especial de Liquidação e de CustódiaTJLP – Taxa de Juros de Longo Prazo, fixada pelo Conselho Monetário Nacional. É o custo básico de financiamentos do BNDESUMBNDES – Unidade monetária do BNDES. É uma cesta de moedas que representa a composição das obrigações em moeda estrangeira do BNDES. Em 31 de dezembro de 2014, o

Dólar Norte Americano representou 99,14% dessa composição.

Modalidade 2014 2013 2014 2013 2014 2013

Moeda nacional

BNDES 3,81% Pré BRL / TJLP + 2,12% / SELIC + 2,40% 118.243 110.873 304.318 350.248 422.561 461.121

FINAME 2,50% Pré BRL 454 20 3.350 3.784 3.804 3.804

Debêntures 107% CDI 13.373 449.326 462.699

Outros Empréstimos - 163 - - 163

132.070 111.056 756.994 354.032 889.064 465.088

Moeda estrangeira

BNDES UMBNDES + 2,01% 34.509 28.259 81.196 93.091 115.705 121.350

34.509 28.259 81.196 93.091 115.705 121.350

166.579 139.315 838.190 447.123 1.004.769 586.438

Juros sobre empréstimos e financiamentos 16.042 1.791

Parcela circulante dos empréstimos e financiamentos

captados a longo prazo 150.537 137.524

166.579 139.315

Circulante Não circulante Total

Encargos anuais médios (i)

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(b) Vencimento

O perfil dos vencimentos das parcelas de empréstimos e financiamentos em 31 de dezembro de 2014 é demonstrado a seguir:

(i) Os custos de captação são apropriados ao longo do período de vigência do contrato.

2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 Total

Moeda nacional

BNDES 118.243 108.857 87.429 83.205 24.827 422.561

FINAME 454 473 473 473 473 473 473 473 39 3.804

Debêntures (i) 13.373 (540) 449.866 462.699

132.070 108.790 537.768 83.678 25.300 473 473 473 39 889.064

% 14,85 12,24 60,50 9,41 2,85 0,05 0,05 0,05

Moeda estrangeira

BNDES 34.509 33.358 25.164 20.538 2.136 - - - - 115.705

34.509 33.358 25.164 20.538 2.136 - - - - 115.705

% 29,82 28,83 21,75 17,75 1,85 - - - -

166.579 142.148 562.932 104.216 27.436 473 473 473 39 1.004.769

% 16,58 14,15 56,02 10,37 2,73 0,05 0,05 0,05

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(c) Movimentação

(d) Composição por moeda

(e) Composição por indexador

(f) Garantias

Em 31 de dezembro de 2014, R$ 1.002.178 (2013 – R$ 582.471) de saldo dos empréstimos efinanciamentos estavam garantidos por avais, enquanto R$ 3.804 (2013 – R$ 3.804) estavam garantidospor bens do ativo imobilizado em função de alienação fiduciária.

2014 2013

Saldo no início do exercício 586.438 658.475

Captações 527.729 46.953

Juros 74.734 40.570

Variação cambial 13.529 15.426

Pagamentos - principal (137.132) (134.048)

Pagamentos - juros (60.529) (40.938)

Saldo no final do exercício 1.004.769 586.438

2014 2013 2014 2013 2014 2013

Real 132.070 111.056 756.994 354.032 889.064 465.088

Dólar Norte Americano 2.571 96 15.422 7.369 17.993 7.465

Cestas de moedas 31.938 28.163 65.774 85.722 97.712 113.885

166.579 139.315 838.190 447.123 1.004.769 586.438

Circulante Não circulante Total

2014 2013 2014 2013 2014 2013

Moeda local

CDI 13.373 449.326 462.699

TJLP 112.667 107.510 281.052 333.276 393.719 440.786

Taxa pré-fixada 5.986 3.546 24.824 20.756 30.810 24.302

SELIC 44 1.792 1.836

132.070 111.056 756.994 354.032 889.064 465.088

Moeda estrangeira

UMBNDES 34.509 28.259 81.196 93.091 115.705 121.350

166.579 139.315 838.190 447.123 1.004.769 586.438

Circulante Não circulante Total

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(g) Obrigações contratuais / Índices financeiros

Determinados contratos de empréstimos e financiamentos estão sujeitos ao cumprimento de certosíndices financeiros (“covenants”) pelos garantidores Votorantim Industrial S.A. e VotorantimParticipações S.A., como (i) Índice de Alavancagem Financeira (Dívida Líquida/ Lucro Antes de Juros,Impostos, Depreciação e Amortização - “EBITDA Ajustado”); (ii) Índice de Capitalização (Dívida Total /(Dívida Total + Patrimônio Líquido) ou Patrimônio Líquido/ Ativo Total); (iii) Índice de Cobertura deJuros ((Caixa + EBITDA Ajustado) / (Juros + Dívida de Curto Prazo)). Quando aplicáveis, tais obrigaçõessão padronizadas para todos os contratos de empréstimos e financiamentos.

A Companhia atendeu a todas as condições estabelecidas nas cláusulas contratuais de empréstimos efinanciamentos, quando aplicáveis.

(h) Captações

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2014, a Companhia contratou operações com o BNDESR$ 79.348 (ano de 2013 – R$ 46.953) para financiar seus projetos de expansão e modernização, incluindocompra de máquinas e equipamentos ao custo médio de TJLP + 2,58% a.a. (2013 – TJLP + 2,80% a.a.).

Em março de 2014, a Companhia efetuou sua primeira emissão pública de debêntures simples, nãoconversíveis em ações, em série única, da espécie quirografária, com garantia fidejussória da Companhia.As debêntures foram distribuídas com esforços restritos de colocação e com dispensa de registro naComissão de Valores Mobiliários (“CVM”), nos termos do artigo 6º da Instrução CVM nº 476, de 16 dejaneiro de 2009. A emissão no valor de R$ 450.000, com vencimento em março de 2017, temremuneração de 107% do CDI.

(i) Valor justo dos empréstimos e financiamentos

Os valores a seguir foram calculados de acordo com os critérios da Nota 6.1.2.

A diferença entre o valor justo e o valor contábil dos empréstimos e financiamentos é de R$ 84.315,

estando o valor contábil maior que o valor justo. Os valores justos desses passivos são classificados no

nível II da hierarquia do valor justo.

Valor contábil Valor justo

Moeda nacional

BNDES 422.561 358.645

FINAME 3.804 2.554

Debêntures 462.699 438.182

889.064 799.381

Moeda estrangeira

BNDES 115.705 121.073

1.004.769 920.454

2014

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20 Imposto de renda e contribuição social correntes e diferidos

A Companhia utiliza a sistemática do lucro real e calculou e registrou o imposto de renda e a contribuiçãosocial com base nas alíquotas efetivas vigentes na data de elaboração das demonstrações financeiras. Oscréditos tributários diferidos de imposto de renda e contribuição social são decorrentes de prejuízosfiscais, bases negativas e de diferenças temporárias referentes: (a) a provisões não dedutíveis até omomento da sua efetiva realização; (b) a diferenças temporárias surgidas na aplicação dos CPCs.

(a) Reconciliação da despesa de imposto de renda e da contribuição social

Os valores correntes são calculados com base nas alíquotas em vigor sobre o lucro tributado, acrescido oudiminuído das respectivas adições e exclusões.

Os valores de imposto de renda e contribuição social demonstrados no resultado dos exercícios findos em31 de dezembro apresentam a seguinte reconciliação com base na alíquota nominal brasileira:

A Companhia apurou imposto de renda e contribuição social diferidos, decorrentes de prejuízo fiscal ebase negativa e sobre as diferenças temporárias.

2014 2013

Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 167.899 173.527

Alíquotas nominais 34% 34%

IRPJ e CSLL calculados às alíquotas nominais (57.086) (58.999)

Ajustes para apuração do IRPJ e da CSLL efetivos

Equivalência patrimonial 36.466 38.012

Prejuízo fiscal sem constituição do diferido (7.159)

Base negativa sem constituição do diferido (3.076)

Realização de outros resultados abrangentes na alienação de

investimentos 483

Tributos diferidos de exercícios anteriores (378)

Outras adições permanentes líquidas (4.223) (1.016)

IRPJ e CSLL apurados (24.843) (32.133)

Diferidos (24.843) (32.133)

IRPJ e CSLL no resultado (24.843) (32.133)

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(b) Composição dos saldos de impostos diferidos

A origem do imposto de renda e da contribuição social diferidos é apresentada a seguir:

A Companhia decidiu reclassificar a apresentação das demonstrações financeiras, apresentando o

imposto de renda e a contribuição social diferidos de mesma entidade jurídica, líquidos entre o saldo ativo

e passivo no balanço patrimonial, quando compensáveis entre si. A coluna comparativa de 2013 foi

reclassificada conforme abaixo:

(c) Efeito do imposto de renda e da contribuição social do resultado do exercício e noresultado abrangente

2014 2013

Ativo (Passivo)

142.286 135.927

Créditos tributários sobre diferenças temporárias

CPC 29 - Ativo biológico 43.109 53.989

Provisão de participação no resultado - PPR 10.416 8.487

Provisões fiscais, tributárias, trabalhistas e cíveis 10.119 11.997

Benefício fiscal sobre ágio 4.175 4.175

Provisão para créditos de liquidação duvidosa 1.158 1.251

Outros 10.278 4.815

Débitos tributários sobre diferenças temporárias

Ajuste vida útil imobilizado (depreciação) (201.031) (168.201)

CPC 20 - Juros capitalizados (36.769) (38.576)

Amortização de ágio (7.450) (7.450)

CPC 12 - Ajuste a valor presente (1.912) (1.970)

Custo de captação de empréstimos (413)

Líquido ativo (passivo) (26.034) 4.444

Créditos tributários sobre prejuízo fiscal e base negativa

2013

Reclassificado Original

Ativo 4.444 220.641

Passivo (216.197)

2014 2013

Saldo no início do exercício 4.444 35.485

Efeitos no resultado (24.843) (32.133)

(5.635)

Outros 1.092

Saldo no final do exercício (26.034) 4.444

Pagamento de REFIS com tributo diferido sobre prejuízo fiscal

e base negativa

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(d) Realização do imposto de renda e da contribuição social diferidos

A expectativa de realização dos créditos relativos ao prejuízo fiscal e à base negativa da contribuição socialocorrerá de acordo com o cronograma a seguir:

21 Outros passivos

22 Regime Tributário de Transição (“RTT”)

Em 13 de maio de 2014, a Medida Provisória nº 627 foi convertida na Lei nº 12.973/14, confirmando arevogação do Regime Tributário de Transição (RTT) a partir de 2015, com opção de antecipar seus efeitospara 2014.

A Companhia decidiu optar pela antecipação dos efeitos da revogação do Regime Tributário deTransição (RTT) para o ano calendário de 2014, conforme previsto na Lei nº 12.973/14. Tal opção seriaobrigatória para o ano calendário de 2015. A companhia analisou possíveis impactos referentes a estaadoção e concluiu que não existem efeitos relevantes em suas demonstrações financeiras.

23 Programa de Recuperação Fiscal (REFIS)

Em 10 de outubro de 2013, foi publicada a Lei nº 12.865/2013 (conversão da MP 615/2013), comalterações da MP 627/2013, que dentre outras disposições, instituiu programa de pagamento incentivadode débitos fiscais federais com redução de percentual da multa e juros devidos.

A Companhia aderiu em 22 de agosto de 2014 ao parcelamento de débitos na modalidade “Parcelamentode Demais Débitos – RFB” de que trata a Lei nº 12.996/2014.

Foi aderido à modalidade de pagamento parcelado em 30 meses, com redução de 90% das multas demora, de ofício e das multas isoladas, e 40% dos juros de mora, totalizando o montante de R$ 9.295, cujo

2014 Percentual

Em 2015 5.521 4

Em 2016 2.160 2

Em 2017 13.458 9

Em 2018 39.751 28

Após 2018 81.396 57

142.286 100

2014 2013

Provisões operacionais 13.022 12.698

Provisão para serviços 6.398 3.872

Provisão para fretes 1.768 1.796

Provisão para seguros 2.142 157

Obrigações ambientais 176 740

Outras exigibilidades 334 896

23.840 20.159

Circulante (23.663) (19.420)

Não circulante 177 739

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efeito foi registrado no resultado do exercício de 2014. Deste montante, a Companhia compensou R$5.635, com créditos de prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social, para pagamento de 30% dovalor principal e 100% da multa e juros devidos após as reduções permitidas pelo REFIS, conformeprevisão do parágrafo 7º do artigo 40 da Lei nº 12.865/13, trazendo o desembolso efetivo de caixa de R$3.844.

Programa Especial de Parcelamento – ICMS (PEP/SP e PPD/RJ)

Em 07 e 13 de maio de 2014, foram publicados os Decretos Estaduais nº 60.444/2014 (conforme dispostono Convênio ICMS – 24/2014 – PEP/SP); e nº 44.780/2014 (Convênio ICMS – 128/2013- PPD/RJ) queinstituíram programas especiais de parcelamento, que dispensam o recolhimento nos percentuais dosvalores dos juros e das multas punitivas e moratórias na liquidação de débitos fiscais relacionados aoICMS.

A Companhia aderiu em 25 de agosto e 30 de setembro de 2014, respectivamente, aos parcelamentos dedébitos, em parcelas únicas, com redução de 75% das multas punitiva e moratória atualizadas, e 60% dosjuros incidente sobre o imposto e sobre a multa punitiva, totalizando os montantes de R$ 3.237 e R$5.294, cujos efeitos foram registrados no resultado do exercício de 2014.

24 Provisões

A movimentação nas provisões de processos judiciais é conforme segue:

(a) Provisões tributárias, cíveis, trabalhistas e ambientais

A Companhia é parte envolvida em processos tributários, trabalhistas, cíveis e ambientais em andamento,e está discutindo essas questões nas esferas administrativa e judicial, as quais, quando aplicáveis, sãoamparadas por garantias judiciais (depósitos, fianças, seguro garantia e penhoras).

As provisões para as perdas decorrentes de passivos contingentes classificadas como prováveis sãoreconhecidas contabilmente; as perdas classificadas como perdas possíveis não são reconhecidascontabilmente, sendo divulgadas nas notas explicativas. As provisões cujas perdas são classificadas comoremotas não são provisionadas nem divulgadas, exceto quando, em virtude da visibilidade do processo, aCompanhia considere sua divulgação justificada.

Tributárias Trabalhistas Ambientais Cíveis Total

Saldo no início do exercício 28.964 14.370 264 1.598 45.196

Adições 1.620 5.734 762 8.116

Reversões (7.007) (1.978) (128) (543) (9.656)

Liquidações (431) (4.521) (120) (5.072)

Atualização monetária 499 423 22 143 1.087

Saldo no final do exercício 23.645 14.028 158 1.840 39.671

Tributárias Trabalhistas Ambientais Cíveis Total

Saldo no início do exercício 45.367 16.294 76 1.004 62.741

Adições 14.473 3.355 170 991 18.989

Reversões (34.095) (3.097) (66) (37.258)

Liquidações (71) (2.568) (432) (3.071)

Atualização monetária 3.290 386 18 101 3.795

Saldo no final do exercício 28.964 14.370 264 1.598 45.196

2014

2013

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Os montantes envolvidos nas contingências são estimados e atualizados periodicamente. A classificaçãodas perdas entre possíveis, prováveis e remotas baseia-se na avaliação da Administração, fundamentadana opinião de seus consultores jurídicos.

As provisões não possuem depósitos judiciais correspondentes e são apresentados a seguir:

(b) Depósitos judiciais remanescentes

A Companhia possui em 31 de dezembro de 2014 depositados judicialmente em processos classificadospela Administração seguindo as indicações dos consultores jurídicos da Companhia como de perdaremota ou possível, portanto, sem respectiva provisão, o montante demonstrado a seguir:

(c) Comentários sobre as provisões com probabilidade de perda provável

(i) Provisões tributárias

Os processos tributários com probabilidade de perda provável estão representados por discussõesrelacionadas a tributos federais, estaduais e municipais. No que se refere aos processos judiciais decontestação de legalidade ou constitucionalidade de obrigação tributária, eles têm seus montantesreconhecidos integralmente nas demonstrações financeiras, independentemente da probabilidade desucesso dos processos judiciais em andamento.

(ii) Provisões trabalhistas

A Companhia tem um total de 729 processos trabalhistas, movidos por ex-empregados, terceiros esindicatos, cujos pleitos consistem, em sua maioria, em pagamento de verbas rescisórias, adicionais deinsalubridade e periculosidade, horas extras, horas in itinere, bem como pedidos de indenização de ex-empregados ou terceiros por supostas doenças ocupacionais, acidentes de trabalho, danos materiais emorais, derivados da Justiça Comum por força da Emenda Constitucional nº 45 e cumprimento decláusulas normativas.

2014 2013

Tributárias 23.645 28.964

Trabalhistas 14.028 14.370

Cíveis 1.840 1.598

Ambientais 158 264

39.671 45.196

2014 2013

Tributárias 62.543 58.801

Trabalhistas e previdenciárias 3.767 3.653

Cíveis 1.140 1.045

Ambientais 14 14

Outros 250 250

67.714 63.763

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(iii) Provisões cíveis

A Companhia é parte em processos cíveis de natureza administrativa e jurisdicional. As referidascontingências são originárias de processos com distintas naturezas jurídicas, ressaltando-se ações deindenização por dano material e dano moral, ações de cobranças, execuções e pedidos administrativos.

(iv) Provisões ambientais

A Companhia está sujeita a leis e regulamentos nos diversos países em que opera. A Companhiaestabeleceu políticas e procedimentos ambientais voltados ao cumprimento de leis ambientais e outras. AAdministração conduz análises regulares para identificar riscos ambientais e para garantir que ossistemas em funcionamento sejam adequados para gerenciar esses riscos.

O contencioso ambiental administrativo e judicial da Companhia refere-se, basicamente, a apuração de

supostas infrações em desconformidade com legislação específica, seja através de inquérito civil,

procedimento ministerial ou autos de infração e seus desdobramentos.

(d) Processos com probabilidade de perdas consideradas possíveis

A composição por natureza dos processos com probabilidade de perda avaliada como possível nos quais aCompanhia está envolvida, para os quais não há qualquer provisão contabilizada é demonstrada a seguir:

(d.1) Comentários sobre passivos contingentes tributários com probabilidade de perda possível

A seguir são comentados os passivos contingentes relacionados aos processos tributários em andamentocom probabilidade de perda possível, para os quais não há qualquer provisão contabilizada. No quadroabaixo apresentamos uma análise da relevância desses processos:

(i) IRPJ / CSLL – Correção monetária do balanço - Lei nº 8.200 - IPC X BTN

A Companhia possui ação judicial discutindo o aproveitamento integral da diferença do IPC X BTN nacorreção monetária do balanço (1992). Processo no Superior Tribunal Federal (STF) aguardando ojulgamento do leading case. Em 31 de dezembro de 2014, a discussão alcançava o montante de R$ 21.199(2013 - R$ 20.185). Valores depositados judicialmente.

2014 2013

Tributárias 195.326 150.134

Trabalhistas 30.556 40.640

Cíveis 57.215 39.982

Ambientais 1.799 98

284.896 230.854

2014 2013

(i) IRPJ / CSLL – Correção monetária do balanço 21.199 20.185

(ii) IPI - Créditos aquisição de insumos - Entradas beneficiadas 34.102 31.953

(iii) ICMS e IPI – Créditos na aquisição de materiais refratários 46.009 39.317

(iv) ICMS-ST – Transferência de energia elétrica 27.247 26.164

Demais processos tributários 66.769 32.515

195.326 150.134

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(ii) IPI - Créditos aquisição de insumos - Entradas beneficiadas

A Companhia possui ações judiciais discutindo a garantia do direito ao crédito de IPI incidente nasaquisições de insumos, produtos intermediários e matéria prima sob o regime da isenção, não tributadosou com alíquota zero. São três medidas judiciais (duas ações anulatórias e um mandato de segurança)discutindo os valores cobrados pela Receita federal do Brasil, com decisões favoráveis nas açõesanulatórias e desfavorável no mandato de segurança. Aguardam-se julgamentos dos recursos de apelação.Em 31 de dezembro de 2014, os valores discutidos alcançavam o montante de R$ 34.102 (2013 - R$31.953). Valores depositados judicialmente.

(iii) ICMS e IPI – Créditos na aquisição de materiais refratários

A Companhia possui ações judiciais discutindo a garantia do direito ao crédito de ICMS e IPI incidentesnas aquisições de materiais refratários. A Companhia obteve decisões favoráveis em 1ª e 2ª instância(ICMS). Em 31 de dezembro de 2014, os valores discutidos alcançavam o montante de R$ 46.009 (2013 -R$ 39.317). Valores garantidos por fianças bancárias.

(iv) ICMS-ST – Transferência de energia elétrica

A Companhia discute administrativamente dois autos de infração lavrados pela Secretaria da Fazenda doRio de Janeiro que exigem o recolhimento do ICMS, na condição de substituta tributária, supostamenteincidente na entrada de energia elétrica em operação de transferência interestadual, proveniente de filiallocalizada em Minas Gerais. Em 31 de dezembro de 2014, os valores discutidos alcançavam o montante deR$ 27.247 (2013 – R$ 26.164).

(d.2) Comentários sobre passivos contingentes trabalhistas com probabilidade de perda possível

As reclamações trabalhistas com probabilidade de perda possível são aquelas ajuizadas por ex-empregados, terceiros e sindicatos, cujos pleitos consistem em sua maioria em pagamento de verbasrescisórias, adicionais de insalubridade e periculosidade, horas extras, horas in itinere, bem como pedidosde indenização de ex-empregados ou terceiros por supostas doenças ocupacionais e acidentes de trabalho.

(d.3) Comentários sobre passivos contingentes cíveis com probabilidade de perda possível

A seguir são comentados os passivos contingentes relacionados aos processos cíveis em andamento comprobabilidade de perda possível, para os quais não há qualquer provisão contabilizada.

(i) Investigações administrativas pela Secretaria de Direito Econômico (“SDE”)

Em 2000, dois sindicatos do mercado da construção civil formularam representação junto à Secretaria doDireito Econômico (SDE) contra produtores de aço longo, dentre os quais a Companhia. A acusação desuposta prática anticoncorrencial culminou na instauração de processo administrativo perante à SDE. Em2005, o referido processo foi julgado desfavoravelmente pelo Conselho Administrativo de DefesaEconômica (CADE), atribuindo à Companhia a obrigação de pagamento de multa equivalente a 7% do seufaturamento bruto de 1999, excluindo os impostos. Por estar absolutamente convicta da inexistência dequalquer prática anticompetitiva, a Companhia em 2006 ajuizou ação ordinária perante a 13ª VaraFederal de Brasília - DF, objetivando a reversão da decisão proferida pelo CADE. A Administração daCompanhia e seus Assessores Legais entendem ser plenamente possível a aceitação dos seus argumentospelo Poder Judiciário. Em 31 de dezembro de 2014, o valor envolvido é de R$ 43.641 (2013 – R$ 27.610).A totalidade do valor mencionado está garantido por fiança bancária, cujo prazo de validade éindeterminado.

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(d.4) Comentários sobre passivos contingentes ambientais com probabilidade de perda possível

O contencioso ambiental administrativo e judicial da Companhia refere-se, basicamente, apuração desupostas infrações em desconformidade com legislação específica, seja através de Inquérito Civil,Procedimento Ministerial ou Autos de infração e seus desdobramentos.

25 Patrimônio líquido

(a) Capital Social

Em 31 de dezembro de 2014, o capital social subscrito e integralizado era de R$ 2.673.068 (2013 – R$2.673.068), sendo representado por 170.802 (2013 – 170.802) ações ordinárias, sem valor nominal.

Em 31 de dezembro de 2013, visando uma otimização e racionalização na gestão de ativos, foi aprovada a cisãoparcial da Companhia em favor da sua controladora VID, no valor de R$ 211.630, mediante o cancelamento de12.861 ações ordinárias, passando o capital social subscrito e integralizado a ser de R$ 2.673.068, sendorepresentado por 170.802 ações ordinárias, sem valor nominal.

(b) Dividendos

Os dividendos mínimos obrigatórios são calculados com base em 10% do lucro líquido do exercíciodeduzido de reserva legal, de acordo com o estatuto da Companhia.

Dessa forma, o cálculo dos dividendos em 31 de dezembro pode ser assim demonstrado:

(c) Reserva legal e reserva de retenção de lucros

A reserva legal é constituída mediante a apropriação de 5% do lucro líquido do exercício social ou saldoremanescente, limitado a 20% do capital social, podendo ser utilizada somente para aumento de capitalou absorção de prejuízos acumulados.

A reserva de retenção foi constituída para registrar o saldo remanescente de lucros acumulados, a fim deatender ao projeto de crescimento dos negócios estabelecido no plano de investimentos da Companhia.

(d) Ajustes de avaliação patrimonial

A Companhia reconhece nesta rubrica o efeito das variações cambiais sobre os investimentos emcontroladas detidas de forma direta ou indireta no exterior. Esse efeito acumulado será revertido para oresultado do exercício como ganho ou perda somente em caso de alienação ou perda do investimento.Também são consideradas nesta rubrica a parcela de valor justo de ativos financeiros disponíveis paravenda.

2014 2013

Lucro líquido do exercício 143.056 141.394

Reserva legal (7.153) (7.070)

Base de cálculo dos dividendos 135.903 134.324

Dividendos pagos referente ao exercício corrente 68.278 13.432

Porcentagem sobre a base de cálculo 50% 10%

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A movimentação dos ajustes de avaliação patrimonial está demonstrada a seguir:

26 Receita líquida

(a) Receita bruta

(b) Informações sobre áreas geográficas

A abertura da receita líquida por destino é baseada na localização dos clientes. As receitas líquidas daCompanhia classificadas por destino e por moeda são demonstradas como segue:

(i) Receita por país de destino

Total

Em 1º de janeiro de 2013 (61.024) (12.617) (73.641)

Variação cambial de investidas localizadas no exterior (44.250) (44.250)

Realização dos resultados abrangentes na alienação de investimentos (1.420) (1.420)

Participação nos outros resultados abrangentes das investidas (4) (4)

Em 31 de dezembro de 2013 (106.694) (12.621) (119.315)

Variação cambial de investidas localizadas no exterior (36.344) (36.344)

Participação nos outros resultados abrangentes das investidas (2.889) (2.889)

Em 31 de dezembro de 2014 (143.038) (15.510) (158.548)

Variação cambial de

investimento no

exterior

Outros componentes

do resultado

abrangente

2014 2013

Receita bruta

Vendas de produtos no mercado interno 3.087.343 3.063.908

Vendas de produtos no mercado externo 23.568 20.722

Venda de energia elétrica 56.550 10.450

Receita de serviços 7.136 5.794

3.174.597 3.100.874

Impostos sobre vendas, serviços e outras deduções (693.223) (681.703)

Receita líquida 2.481.374 2.419.171

2014 2013

Brasil 2.457.806 2.398.449

Argentina 14.009 16.578

Paraguai 9.559 4.144

2.481.374 2.419.171

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(ii) Receita por moeda

27 Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas

(i) Ganho na venda de imobilizado em 2014 refere-se, substancialmente, a venda do empreendimento degeração de energia elétrica denominado Usina Hidroelétrica Sobragi, gerando ganho no montante de R$33.350.

28 Resultado financeiro líquido

2014 2013

Reais 2.457.806 2.398.449

Dólar Norte Americano 23.568 20.722

2.481.374 2.419.171

2014 2013

Ganho na venda de imobilizado (i) 33.423 7.292

Valor justo ativo biológico (Nota 18) 31.999 (32.512)

Recuperação de tributos 5.895 7.433

Ganho na venda de investimentos 1.651

Despesas eventuais (3.283)

Programa de Recuperação Fiscal (REFIS) (14.229)

Provisão para obsolescência em estoques (17.000) (500)

Outras receitas (despesas) líquidas 755 (1.033)

37.560 (17.669)

2014 2013

Despesas financeiras

Juros sobre empréstimos e financiamentos (80.277) (38.677)

Descontos concedidos (5.044) (2.421)

Juros sobre impostos a pagar (3.844) (3.333)

IR sobre remessas de juros ao exterior (403) (15)

Juros sobre operações com partes relacionadas (Nota 14) (463)

Outras despesas financeiras (4.877) (5.153)

(94.445) (50.062)

Receitas financeiras

Receita de aplicações financeiras 26.817 6.251

Juros sobre ativos financeiros 9.306 2.752

Atualização monetária sobre ativos 3.803 4.697

Juros sobre operações com partes relacionadas (Nota 14) 546

Outras receitas financeiras 4.840 15.244

45.312 28.944

Variações cambiais, líquidas (9.549) (17.698)

Resultado financeiro líquido (58.682) (38.816)

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29 Abertura de resultado por natureza

A Administração da Companhia optou por divulgar os gastos por função na demonstração do resultado doexercício e, consequentemente, apresenta a seguir a natureza das despesas.

As despesas de custo dos produtos vendidos, vendas e administração para os exercícios findos em 31 dedezembro são as seguintes:

30 Despesa de benefícios aos empregados

31 Plano de contribuição previdenciária definida

A Companhia patrocina planos de pensão previdenciários privados que são administrados pela FundaçãoSenador José Ermírio de Moraes (FUNSEJEM), um fundo de pensão privado e sem fins lucrativos, queestá disponível para todos os empregados. De acordo com o regulamento do fundo, as contribuições dosempregados à FUNSEJEM são definidas de acordo com sua remuneração. Para empregados que possuamremuneração menor do que os limites estabelecidos pelo regulamento, a contribuição definida é de até1,5% de sua remuneração mensal. Para empregados que possuam remuneração superior aos limites, acontribuição definida é de até 6% da sua remuneração mensal. Podem ser feitas também contribuiçõesvoluntárias à FUNSEJEM. Após terem sido efetuadas as contribuições ao plano, nenhum pagamentoadicional é exigido pela Companhia.

32 Seguros

De acordo com a Política Corporativa de Gestão de Seguros da Companhia, são contratados diferentestipos de apólices de seguros, tais como seguros de riscos operacionais e responsabilidade civil,proporcionando proteção relacionada a possíveis perdas com interrupção na produção, danos a terceiros e

2014 2013

Matérias-primas, insumos e materiais de consumo 1.627.416 1.551.326

Despesa de benefícios a empregados 326.439 302.171

Depreciação e exaustão 141.270 118.713

Despesas de transporte 145.752 140.002

Serviços de terceiros 97.514 116.543

Outras despesas 61.214 73.624

2.399.605 2.302.379

Reconciliação

Custo dos produtos vendidos e dos serviços prestados 1.987.696 1.841.256

Despesas com vendas 231.227 239.083

Despesas gerais e administrativas 180.682 222.040

2.399.605 2.302.379

2014 2013

Salários e adicionais 182.605 167.569

Encargos sociais 97.854 93.451

Benefícios sociais 45.980 41.151

326.439 302.171

Page 58: Demonstrativo Financeiro 2014

Votorantim Siderurgia S.A.

Notas explicativas da administração às demonstraçõesfinanceiras em 31 de dezembro de 2014Em milhares de reais

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patrimônio.

A Companhia mantém seguros de responsabilidade civil para suas operações e seus administradores, comcoberturas e condições consideradas pela Administração adequadas aos riscos inerentes.

A cobertura de seguro operacional vigente em 31 de dezembro de 2014 é a seguinte:

33 Eventos subsequentes

Em fevereiro de 2015, a Companhia deliberou em assembleia geral extraordinária a redução no montantede R$ 130.001 do capital social, sem cancelamento de ações, com restituição aos acionistas, na proporçãoda participação de que detém no capital social, em moeda corrente nacional.

Ativo Tipo de cobertura Importância segurada

Danos materiais 3.190.926

Lucros cessantes 866.654

Instalações, equipamentos e produtos

em estoque