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ANO V - EDIÇÃO 44 ABRIL DE 2015 Dengue na Pampulha ainda é uma preocupação A dengue é um dos piores problemas de saúde pú- blica do mundo, e ainda é motivo de preocupação para a população de Belo Horizonte. O número de casos da doença é alarmante. As autoridades devem tomar pro- vidências para amenizar a situação, mas os moradores podem contribuir significativamente para a redução desse cenário. A doença é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que também é o responsável pela transmissão da febre amarela e da Chikungunya. A melhor forma de comba- ter a doença é a prevenção, por meio do combate dos focos (criadouros) desse vetor. Com isso, os meses de dezembro a abril são os que requerem mais cuidados para evitar a proliferação do mosquito, porque nesse período há mais chuvas e altas temperaturas, condi- ções ideais para a reprodução do transmissor. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), entre 50 e 100 milhões de pessoas são infectadas pelo vírus da dengue anualmente pelo mundo. Cerca de 550 mil desses doentes necessitam de hospitaliza- ção e aproximadamente 20 mil morrem em consequ- ência da dengue. Essa doença pode parecer pouco agressiva, mas ela pode evoluir para a dengue hemorrágica, elevando o risco de morte. Não há vacinas, portanto, a melhor forma de combater a doença é a prevenção, impedindo a reprodução do mosquito. As instituições de saúde devem fiscalizar e promo- ver meios de diminuir os casos de dengue, mas cada morador também deve cuidar de sua residência para que não haja locais com água parada para o mosquito se reproduzir. Leia mais nas páginas 4 e 5 PRÓXIMAS EDIÇÕES – Nos próximos meses desenvolveremos matérias sobre a propagação da LEISHMANIOSE, mostrando os riscos, cuidados e tratamentos; e o desenvolvimento e a estruturação do COMÉRCIO NO BAIRRO CASTELO. Continua- remos com as colunas “Quadro de Empregos”, “Leitor em Foco”, “Ouro Preto Conta Sua História”, (em que os mo- radores mais antigos relatam suas histórias curiosas e divertidas sobre o começo do bairro) e “Saúde e Bem-estar”, abordando os mais diversos assuntos ligados à saúde e à qualidade de vida. Os próximos temas serão SAÚDE BUCAL e DOR DE CABEÇA. Quer dar a sua opinião sobre algum assunto? Participe! www.emfocomidia.com.br CONFIRA NESTA EDIÇÃO Crônica sobre situação política do Brasil – Página 2 Nova seção de passatempo – Página 3 Ouro Preto conta sua história: Pampulha dos anos 50 e 60 – Página 8 ALEXANDRE FERREIRA

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ANO V - EDIÇÃO 44ABRIL DE 2015

Dengue na Pampulha ainda é uma preocupação

A dengue é um dos piores problemas de saúde pú-blica do mundo, e ainda é motivo de preocupação para a população de Belo Horizonte. O número de casos da doença é alarmante. As autoridades devem tomar pro-vidências para amenizar a situação, mas os moradores podem contribuir significativamente para a redução desse cenário.

A doença é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que também é o responsável pela transmissão da febre amarela e da Chikungunya. A melhor forma de comba-ter a doença é a prevenção, por meio do combate dos

focos (criadouros) desse vetor. Com isso, os meses de dezembro a abril são os que requerem mais cuidados para evitar a proliferação do mosquito, porque nesse período há mais chuvas e altas temperaturas, condi-ções ideais para a reprodução do transmissor.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), entre 50 e 100 milhões de pessoas são infectadas pelo vírus da dengue anualmente pelo mundo. Cerca de 550 mil desses doentes necessitam de hospitaliza-ção e aproximadamente 20 mil morrem em consequ-ência da dengue.

Essa doença pode parecer pouco agressiva, mas ela pode evoluir para a dengue hemorrágica, elevando o risco de morte. Não há vacinas, portanto, a melhor forma de combater a doença é a prevenção, impedindo a reprodução do mosquito.

As instituições de saúde devem fiscalizar e promo-ver meios de diminuir os casos de dengue, mas cada morador também deve cuidar de sua residência para que não haja locais com água parada para o mosquito se reproduzir.

Leia mais nas páginas 4 e 5

PRÓXIMAS EDIÇÕES – Nos próximos meses desenvolveremos matérias sobre a propagação da LEISHMANIOSE, mostrando os riscos, cuidados e tratamentos; e o desenvolvimento e a estruturação do COMÉRCIO NO BAIRRO CASTELO. Continua-remos com as colunas “Quadro de Empregos”, “Leitor em Foco”, “Ouro Preto Conta Sua História”, (em que os mo-radores mais antigos relatam suas histórias curiosas e divertidas sobre o começo do bairro) e “Saúde e Bem-estar”, abordando os mais diversos assuntos ligados à saúde e à qualidade de vida. Os próximos temas serão SAÚDE BUCAL e DOR DE CABEÇA. Quer dar a sua opinião sobre algum assunto? Participe!

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CONFIRA NESTA EDIÇÃOCrônica sobre situação política doBrasil – Página 2Nova seção de passatempo – Página 3Ouro Preto conta sua história: Pampulha dos anos 50 e 60 – Página 8

ALEXANDRE FERREIRA

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CRÔNICA

E aí, Brasil? O que está acontecendo? Novamente vamos aumentar nossa fama de país da impunidade, vivendo atualmente uma das piores crises político- econômicas da história? Você é o país que tudo pode? País em que a corrupção impera em nossa política e a justiça fecha os olhos, mantendo-se coniven-te? Até quando a maioria dos ditos “representantes do povo”

manterá sua ganância e sede de poder à custa do povo? Até quando suportaremos tantos absurdos e impunidade? Até quando fecharemos os olhos e, com o tempo, esque-ceremos de tudo? Muitas perguntas, não é? E a maioria sem resposta condizente e concreta. Viveremos sem saber se algum dia alguém subirá ao poder e tentará realmente fazer algo plausível e real em nome do país, governando, de fato, para o povo com ideais para o bem de toda nação. Al-guém que não se corrompa com o poder e com um sistema já todo viciado e entrelaçado por corrupções, compras de votos, dentre outras várias maneiras de se tirar proveito do poder e do dinheiro público.

É preciso acabar com a indecência e a farra do dinheiro público. O Brasil é um país que precisa de muitas melhorias em praticamente todos os setores. São muitas as carências e deficiências. É inadmissível que um país com tantos re-cursos e também tantos desperdícios tenha um sistema de saúde tão precário em que, absurdamente, as pessoas mor-rem por falta de atendimento. As que não morrem muitas vezes são mal atendidas, ficando expostas em corredores

ou portas de hospitais para aguardar atendimento. Como é absurdo também o pouco investimento em educação, que é a base e o futuro de um cidadão. Como é possível que desva-lorizem tanto a profissão de quem ensina? Salários como os dos professores são desumanos e até desrespeitadores. E aí como poderemos querer que nossas crianças aprendam direito oferecendo tão pouco e com tantas limitações?

Enquanto isso, nossos políticos brigam por aumentos de salários, inúmeros benefícios como auxílio-moradia, passa-gens aéreas para cônjuges, 14º e 15º salários, dentre outros absurdos. Temos de conviver com números negativos e desa-nimadores neste ano, como uma inflação que teve a maior alta nos últimos 10 anos, um dólar que chega a absurdos R$ 3,00, uma das maiores taxas de juros do mundo, assim como os absurdos e abusivos impostos que desestimulam as empresas e o poder de compra do brasileiro. E o atual “desgo-verno” alega que tudo isso são ajustes para melhorar o país.

Quer mais? Desajuste fiscal, crescimento zero, en-dividamento, “gastança” generalizada, aumento absurdo da gasolina, escândalo da Petrobras, delação premiada, Operação Lava-Jato, corrupção desenfreada, carnificina aos bens públicos, uma crise que se arrasta, péssimos servi-ços de telefonia e energia, veículos com impostos absurdos, criminosos e políticos corruptos que não cumprem pena como deveriam, futilidade e péssimos exemplos na TV, cres-cimento do desemprego e da miséria, além de uma indús-tria e um comércio que sofrem as mais diversas e negativas consequências. Nossa segurança, ou melhor, “insegurança” pública é uma vergonha. Existe corrupção e maus policiais, mas os bons que tentam fazer algo para a segurança da população são mal remunerados e mal têm materiais ou mesmo gasolina para realizar essa segurança.

Tudo que consumimos é taxado em todas as fases de pro-dução e, por isso, aproximadamente 50% do valor de cada produto vão direto para os cofres do governo deixando tudo mais caro. Acontece o mesmo com o IPTU e IPVA. Com tanta arrecadação, por que ainda temos ruas e estradas em con-dições tão precárias e obras que nunca terminam ou pre-cisam ser refeitas por falta de planejamento? Apesar de o Brasil ser um dos países mais ricos do mundo, também de-tém um dos menores índices de desenvolvimento humano. Além disso, muitas vezes o brasileiro tem a fama de querer trabalhar pouco e ganhar muito, tentando ainda tirar provei-to das empresas ao buscar algumas absurdas brechas de requerer direitos trabalhistas.

Não culpo só o atual governo. Problemas assim sempre existiram e tenho até receio de dizer que sempre existirão, a não ser que surja alguém com sede de justiça, que queira marcar seu nome na história simplesmente governando de maneira justa e honesta.

O que você deve fazer enquanto isso, além de rezar? Acreditar! Fazer sua parte pensando que, com o pouco que você fizer, algo possa de fato mudar pra valer e possamos ter esperanças de que um dia nossos filhos, netos ou bisnetos vi-vam em um país melhor, com dignidade e respeito e sabendo que o trabalho de cada um será proporcional ao crescimento de toda uma nação com resultados justos para todos. Não podemos aceitar que um grupo possa destruir nosso país e nossos sonhos. Eu tenho fé que um dia algo vai acontecer e mudar todo esse cenário e, se cada um mantiver sua fé, um dia algo realmente mudará. Que Deus nos abençoe!

Fabily Rodrigues (Diretor/Editor da Em Foco Mídia)[email protected]

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Direção:Fabily Rodrigues

Jornalista Responsável(redação e edição):

Fabily Rodrigues MG 09127 JP

Edição/Revisão:Cígredy Neves

Jornalistas:João Paulo Dornas, Vinícius Brandão e

Jéssica Amaral

Diagramação e Design:Cid Costa Neto

e Alexandre Ferreira

Marketing:Luiz Alves

Fotos:Cid Costa Neto e Fabily Rodrigues

Administrativo:Raquel Campos, Areane Barros e

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15%Doresarticulares

7%

Dores nascostas

19%

Estresse7%

Resíduode Fumaça

Males provocados pela emissãode Gás Carbônico

Aquele quenão come

carne

Qualidadedaquele

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Bem EstarUrbano

TerrenoBaldiomuitousado

para fazerQueimadas

Nãocozido

Inocular medicamentofazendo uso de

agulha

Artifício cirúrgicoutilizado para dilataras veias e facilitar

a passagem do sangue

Deixeeste

recinto!

Colar,Unir

Situaçãocrítica

causadapor

incêndio

Aqueleque moraao lado

Enxergar

Obter(inglês)

Atmosfera

Inala Localapropriado

para se assarPoeira

Astro ReiNão ímpar

Nem(inglês)

Lugarcorretopara sedesfazer

da sujeira

Ceder102(alg.

romano)

Áreaurbana

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ar do ambienteem chamas

Enérgico,Vigoroso

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Considerada um dos piores problemas de saúde pública do mundo, a dengue é uma doença de grande conhecimento da população brasileira, porém não há a de-vida preocupação e cuidados para evitá-la. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), entre 50 e 100 milhões de pessoas são anualmente infectadas pelo vírus da dengue pelo mundo.

O Aedes aegypti é o mosquito respon-sável pela transmissão da dengue e tam-bém da febre amarela e da Chikungunya. Uma das principais dificuldades na erradi-cação do mosquito é o fato de que os ovos são resistentes, sendo capazes de suportar um ambiente seco por um ano, além de se procriarem rapidamente. Atualmente, o combate dos focos do mosquito transmissor tem sido a melhor maneira de se prevenir a transmissão da doença.

O período entre os meses de dezembro e abril é o de maior preocupação com a pro-liferação do mosquito, devido às altas tem-peraturas e às chuvas praticamente diárias.

O Ministério da Saúde contabilizou em janeiro de 2015 cerca de 40 mil casos de dengue contra 26 mil no mesmo período do ano passado em todo o país. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, em 2014 o município confirmou 3.052 casos da doença. Em 2015, até a primeira quinzena de abril, a capital mineira registrou 862 casos de dengue. A regional com o maior número de casos é o Barreiro, com 226 confirmações, seguida pelas regio-nais Noroeste (147) e Norte (118). A Região

Pampulha confirmou 66 casos da doença e outros 270 aguardam confirmação.

BH conta hoje com 1.250 agentes de combate a endemias, profissionais que trabalham exclusivamente no controle de dengue, leishmaniose e demais endemias. “Estamos intensificando as ações com as Comissões Locais de Saúde para maior par-ticipação popular no controle dos criadou-ros residenciais”, relata a gerente de Saúde da Regional Pampulha, Cláudia Capistrano. As ações no combate do vetor na regional se baseiam em mutirões pontuais com re-tiradas de acumuladores de água parada em imóveis, realizada toda segunda e quar-ta-feira. Também são feitos mutirões em parceria com a Gerlu-P (Gerência Regional de Limpeza Urbana da Pampulha), vistorias mais frequentes e minuciosas nas áreas com mais casos, além de ações educativas em escolas e locais públicos, nos limites da Regional Pampulha. Até o mês de abril de 2015 foram realizados 50 mutirões em Belo Horizonte, em que foram recolhidas 112 to-neladas de materiais e 336 pneus.

Fatores de riscoO técnico superior em saúde da

Gerência Regional de Controle de Zoonoses Norte, Diogo Portela, mestre em Parasito-logia, destaca também que os fatores cli-máticos têm forte influência na proliferação do mosquito da dengue. “Fatores climáticos influenciam no aumento da doença, como a chuva, que eleva os índices pluviométricos e também as temperaturas. Quanto maior

O cenário da dengue na região da Pampulha ainda é preocupação e população deve colaborarINTERNET

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a quantidade de chuvas, maior disponi-bilidade de criadouros, maior densidade populacional do mosquito transmissor e, consequentemente, maior disseminação da doença. Temperaturas mais quentes acele-ram o metabolismo do inseto, aumenta a velocidade de sua reprodução e o número de picadas realizadas pelos insetos”, afirma.

Segundo Portela, a dengue deve ser vis-ta sempre de forma preventiva: “A popula-ção deve estar atenta, evitando a presença de água parada e limpa em seus imóveis e denunciando situações de risco encon-tradas. Em Belo Horizonte, os principais criadouros do mosquito nos imóveis são os utensílios plásticos, latas e vidros (que devem ser eliminados no lixo), os pratos de planta (recomenda-se que sejam retirados e inutilizados), as caixas-d’água sem tampa (que devem ser vedadas) e os pneus (que devem ser eliminados ou guardados em lo-cal coberto).”

Mesmo com a dengue ainda rondando Belo Horizonte, os números apontam uma boa evolução no combate à doença na Região Nordeste. Após um ano de epidemia, ocorrido em 2013, com mais de 14 mil ca-sos confirmados no local, o ano de 2014 demonstrou uma queda significativa, caindo para 301 casos. Até o dia 12 de fevereiro deste ano foram confirmados na região ape-nas dois casos da doença.

Segundo a gerente regional de Controle de Zoonoses Nordeste, Giselle Aparecida de Faria Pereira, esses números demonstram uma crescente mobilização da população e a eficácia das ações preventivas tomadas pela Prefeitura. “A conscientização nunca deixou de ser a ação principal. A Zoonose faz um trabalho complementar às ações da população, promovendo o monitoramento e a prevenção”, afirma. Essas ações passam pelo trabalho do agente de controle de zoo-noses, que visita as residências da região à procura de possíveis focos da dengue.

ChikungunyaA Chikungunya é uma doença pouco co-

nhecida, mas que está na pauta das ações da Zoonose para 2015. Ela apresenta sinto-mas parecidos com os da dengue, porém, com dores mais intensas das articulações e possibilidade de dores mais duradouras, que em certos casos podem permanecer durante meses. Na Região Nordeste houve, no mês de dezembro de 2014, a confirma-ção de duas pessoas infectadas. Após aná-lises, a gerência de Zoonoses comprovou que esses indivíduos se enquadravam nos chamados “casos importados”, pois haviam recém-chegado de uma viagem aos Estados Unidos, passando pela Jamaica, já infecta-dos.

Para acabar com um possível foco

transmissor da Chikungunya na região foram utilizadas Unidades de Ultra Baixo Volume (UBV’s), conhecidos como carros fumacê, que possibilitaram o bloqueio da transmis-são da doença, eliminando os vetores no lo-cal em que os dois cidadãos contaminados residem. Para combater a Chikungunya as ações preventivas são as mesmas da den-gue, já que a doença também é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

URPVAs Unidades de Recebimento de Pe-

quenos Volumes (URPVs) são locais públi-cos destinados a receber materiais como entulho, resíduos de poda, pneus, colchões, eletrodomésticos e móveis velhos, até o li-mite diário de 1m3 por obra. Elas não rece-bem lixo doméstico, resíduos industriais ou de serviços de saúde, nem animais mortos.

As URPVs são importantes no apoio ao combate da dengue. Em vez de deixar entu-lho, utensílios plásticos ou pneus velhos, no quintal de sua casa, você pode destiná-los à URPV mais próxima de sua casa e contribuir na prevenção da doença.

As instituições de saúde devem fiscali-zar e promover meios de diminuir os casos de dengue, mas cada morador também deve cuidar de sua residência para que não haja locais com água parada para o mos-quito se reproduzir. Faça a sua parte!

O cenário da dengue na região da Pampulha ainda é preocupação e população deve colaborar

Horário de funcionamento: 8h às 18h, de segunda a sexta-feira, e sábado, das 8h às 16h.

Castelo: Rua Castelo de Veiros, 315, Castelo - Esquina com Av. Atlântida. Fone: 3277-8411Dona Clara: Rua Rita Alves Castanheira, 50, Dona Clara - Próximo à Rua Orozimbo Nonato. Fone: 3277-7922Garças: Rua Reinato Fantoni, 20, Enseada das Garças - Esquina com Av. Francisco Negrão de Lima. Fone: 3277-7360Liberdade: Rua Flor de Índio, 105, Liberdade - Esquina com Rua Aimée Semple McPherson. Fone: 3277-7963Santa Amélia: Av. Deputado Anuar Menhem, 550, Santa Amélia - Esquina com Rua Conceição Maia. Fone: 3277-7973São José: Rua Flor da Gávia, 200, Manacás, 200, São José - Esquina com Rua Matilde Souza Boy. Fone: 3277-8430

Unidades de Recebimento de Pequenos Volumes na Região da Pampulha

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Omeprazol 20 mg 56 cp

Orlistat 120 mg 42 cp

Pantoprazol 20 mg 28 cp

Pantoprazol 40 mg 28 cp

Paroxetina 20 mg 30 cp

Quetiapina 25 mg

Rosuvastatina 10 mg 30 cp

Sertralina 50 mg 30 cp

Sildenafila 50 mg 4 cp

Tibolona 2,5 mg 30 cp

Venlafaxina 75 mg 28 cp

Zolpidem 10 mg 20 cp

1.2568.0191.004-1

1.1213.0424.010-3

1.1213.0424.017-0

1.5584.0194.001-1

1.1213.0255.001-6

1.0370.0562.003-6

1.0370.0562.010-9

1.2675.0134.010-5

1.6773.0373.025-2

1.4381.0057.001-1

1.6773.0235.002-2

1.0492.0189.015-1

1.0481.0044.001-0

1.0043.1083.005-0

1.5649.0006.001-1

1.5537.0007.005-0

1.4381.0147.006-1

1.2568.0161.001-3

1.1213.0340.002-6

Isento de registro

1.0089.0355.008-4

1.0235.0529.002-7

1.7287.0428.015-9

1.1717.0020.002-1

1.4381.0059.001-0

1.0535.0172.012-6

1.5584.0388.003-2

1.0047.0307.003-5

1.121.304.350.081

1.5584.0030.003-5

1.0492.0192.003-2

1.0235.1025.003-8

1.0047.0444.003-0

1.0043.1034.008-8

1.2675.0162.002-7

1.0043.0926.003-3

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Marca

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“Se quiser saber a história da Pampulha é comigo.” Essa afirmação resume a histó-ria de Nelson Pereira Nepomuceno, que é morador do Ouro Preto e funcionário do Iate Tênis Clube há mais de 50 anos. Ele viveu os tempos áureos da Pampulha, épo-ca em que a lagoa “transbordava” beleza e limpeza, diferente de hoje.

Tudo começou nos anos 1950. “Meu pai Aprígio Brito Nepomuceno e minha mãe Ana Januária da Conceição compraram um lote próximo à Lagoa da Pampulha, onde começamos a morar. Tempos depois fomos para outro local definitivo, em que meu pai criou os seis filhos. É a atual Rua Estanislau Fernandes, nome do meu avô. O bairro era mato ‘puro’. Havia apenas quatro casas. A rua era uma buraqueira. Havia apenas uma vendinha. Comprávamos mantimentos e os comerciantes anotavam no caderninho. A água era da cisterna, a iluminação fei-ta pelo lampião e não havia esgoto. Era uma roça. Íamos para o Centro pela Viação Pampulha. Era uma jardineira que andava nas ruas de terra. Nossa diversão quando crianças era jogar malha na rua. O bairro era cheio de plantações. Meu pai criou abacaxi, banana, entre outras frutas”, re-lembra saudosamente.

Assistir televisão era um evento: “A ‘rua

inteira’ se juntava na casa de um vizinho para assistir TV. Era tanta gente que até vendiam quitutes. Para ter a primeira TV, car-regamos uns 500 metros na escuridão até chegar à nossa casa. Isso tudo para assistir ao cachorro Rintintin e os bangue-bangues. A região chamava-se Bento Pires, depois Itamarati, até chamar Ouro Preto. Falávamos que não vivíamos em BH, e sim no interior.”

Nelson considera que os primeiros “passos” do desenvolvimento chegaram no final dos anos 1970. Ele conta como foi a transição de jovem da Pampulha para pai de família. “No final dos anos 1970 é que a água, a luz e o esgoto chegaram. Foi uma

luta. Mesmo assim a rua era de terra. O bair-ro começou a crescer depois que o América chegou. O loteamento do meu pai era de 10 mil m2. Ele deixou um lote para cada filho. Virou uma das principais ruas da região. Na época conheci minha esposa, Laurides Apolinária Nepomuceno, hoje com 65 anos, no então Clube do Bosque. Nós nos casamos e continuamos aqui. Tivemos sete filhos, sen-do dois casais de gêmeas, mas uma delas faleceu aos quatro meses”, lamenta.

Niemeyer e KubitschekO trabalho de Nelson no Iate rendeu

episódios interessantes. Ele esteve em

contato direto com a história da cidade: “Trabalho no Iate desde os anos 1960. Havia apenas uma casa em frente ao clube. O bondinho chegava à porta vindo do Centro. Era a única condução que ha-via. O Iate só tinha uma piscina. Vi o Oscar Niemeyer conferir o seu projeto e vi o meu irmão trabalhar para a família do JK. Conheci a Júlia e a Márcia, filhas do então presiden-te. Não existia Mineirão e rua asfaltada. A orla era só mato. As pessoas vinham para o Iate de gravata e terno. Era a elite.”

Nelson conta histórias hilárias sobre a vida esportiva da lagoa. “As pessoas an-davam de lancha, barco a vela e esqui na lagoa, pois era limpinha. E a turma apos-tava muito. Vinham pessoas do Rio e de São Paulo. Certa vez eu ganhei um bode e um casal de canarinhos em uma corrida de lanchas. O problema é que não consegui levar o bode para casa. Eu puxava o bicho e ele não vinha. Era muito teimoso. Chamei meu sobrinho para ajudar, mas acabei deixando o bode na casa de um senhor aqui da rua. Hoje a lagoa é um esgoto. Dá desgosto de ver”, reclama. Nelson trabalha todos os dias na beira da lagoa sonhando com o dia em que ela voltará a ser o límpi-do balneário daqueles bons tempos. (João Paulo Dornas)

Na limpidez da Pampulha dos anos 50 e 60

OURO PRETO CONTA SUA HISTÓRIA

Nelson Pereira Nepomuceno, 69 anos, Gerente de piscinas do Iate Tênis ClubeJOÃO PAULO DORNAS