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DENISE MARIA RAMOS Construção do Olhar: Da imagem fixa à imagem em movimento LONDRINA 2008

DENISE MARIA RAMOS Construção do Olhar: Da imagem fixa à ... · proposições, portanto, são apenas sugestivos, mas são flexíveis e permitem flexibilidade e ... exemplo, constantemente

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DENISE MARIA RAMOS

Construção do Olhar:

Da imagem fixa à imagem em movimento

LONDRINA

2008

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SUMÁRIO

Introdução ......................................................................................................................... 03

Problematização ................................................................................................................ 03

1) A fotografia ................................................................................................................... 03

Investigando a fotografia.............................................................................................. 04

A fotografia como uso comum no dia a dia..................................................................05

A fotografia como documento histórico....................................................................... 05

A fotografia no mundo da moda................................................................................... 06

A fotografia como recurso de indução ao consumo e construção de valores............... 06

A fotografia como arte................................................................................................. 07

A imagem artística como recurso publicitário.............................................................. 08

Fotojornalismo (imagem e texto)................................................................................. 09

A fotografia como meio expressivo............................................................................. 09

E a imagem em movimento: eis o cinema!...................................................................11

2) Animações ..................................................................................................................... 11

Análise das animações.................................................................................................. 11

Apresentação de filmes que mostram como confeccionar flipbooks........................... 12

Confecção de flipbooks................................................................................................ 13

Apresentação dos flipbooks.......................................................................................... 13

3) Propagandas e Campanhas publicitárias.................................................................... 13

Análise de propagandas: comerciais com apelo consumista........................................ 13

Análise de propagandas: campanhas publicitárias....................................................... 15

Influência da imagem publicitária no cotidiano........................................................... 16

4) Videoclipe ...................................................................................................................... 16

História do vídeoclipe................................................................................................... 16

Análise do vídeoclipe como produto da indústria cultural................,.......................... 17

Montagem de roteiro para a confecção de videoclipes dos alunos...............................18

Mostra, análise e avaliação da produção dos alunos.................................................... 19

5) Cronograma .................................................................................................................. 19

6) Bibliografia ................................................................................................................... 20

Anexos ............................................................................................................................ 22

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INTRODUÇÃO

Esta produção didático-pedagógica se constitui em um roteiro, dentre os muitos

possíveis, para uso do material multimídia que o acompanha. A seqüência dos textos e

proposições, portanto, são apenas sugestivos, mas são flexíveis e permitem flexibilidade e

ajustes em sua utilização, conforme as necessidades e objetivos que se pretenda atingir.

Problematização:

Olhamos com atenção as imagens que nos rodeiam?

Somos manipulados no processo de interpretação dessas imagens?

As imagens e sons usados na mídia influenciam em nossas atitudes?

É possível expressar-se artisticamente através do uso da tecnologia que se encontra à

nossa disposição?

Em nosso cotidiano pensamos a fotografia como arte?

1) A fotografia

A fotografia, em pouco mais de um século de sua invenção, invadiu nosso cotidiano, na

rua, no trabalho, ou mesmo nos lares, hoje grande parte das famílias possui uma máquina

fotográfica para registrar seus momentos especiais como: nascimentos, aniversários,

casamentos, férias, e tudo o que lhes convier. Os fabricantes de celulares conscientes da aura

mágica da fotografia colocam este recurso nos seus aparelhos para uma venda mais atraente

de seus produtos. A invasão destes aparelhos no cotidiano das pessoas é um fato cada vez

mais freqüente. A imagem é para o homem um encantamento, embora nem sempre ele tenha

consciência disso. Faz parte da vida do ser humano desde a pré-história. Estamos

constantemente sendo atraídos por um álbum de fotos, um outdoor, uma propaganda, um

videoclipe. Não há explicação, faz parte da natureza do ser humano desde a pré-história.

A fotografia é uma imagem estática (fixa) e desde sua invenção é fortemente atrativa,

mas com a evolução do cinema esta atração se intensificou, levando milhões de pessoas às

salas de exibição ou simplesmente ao ato de sentar-se confortavelmente diante da televisão.

Como é prazeroso estar diante destas imagens, conhecendo o mundo, esficandotar a par das

notícias, verndo um filme, uma “inocente” novela e porque não, uma propaganda!

Mas este prazer na maioria das vezes é um prazer resultante da manipulação e

direcionamento dos interesses da indústria cultural. Somos inconscientemente induzidos a

“consumir” essa cultura oferecida pela mídia, sem questionar seu conteúdo, e sem oferecer

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nenhum tipo de resistência. Assim, envolvidos pelo prazer e entretenimento (estratégia eficaz

utilizada pela mídia), acreditamos escolher ao que ouvimos e assistimos, quando na verdade

somos condicionados e “ensinados” a gostar do conteúdo oferecido pelos meios de

comunicação de massa. Essa atitude incentivada incansavelmente pela mídia nos leva a um

consumismo inconsciente, a uma padronização de comportamento e homogeneização da

sociedade. Afinal, esse é o objetivo da indústria cultural, que sobrevive inserida em um

sistema capitalista, onde o lucro e o interesse mercadológico prevalecem sobre outros valores.

Assim a indústria cultural privilegia a quantidade em detrimento da qualidade dos produtos

por ela oferecidos, e isso claro, inclui a cultura!

Portanto é de extrema importância que a escola desenvolva uma educação estética de

qualidade, que seja capaz de educar o olhar, e de possibilitar a emancipação do aluno. Apenas

a conscientização, através de um olhar crítico e reflexivo sobre o que vê, ouve e assiste,

liberta o indivíduo da alienação e anestesiamento dos sentidos.

Por essa razão, é extrema importânciaÉ fundamental oferecer subsídios aos alunos para

aprenderem a ler e interpretar corretamente estas imagens, ou seja, perceber os significados

implícitos em cada uma delas. Assim sendo, a alta exposição aos meios imagéticos aos quais

são submetidos nossos alunos (indivíduos em formação) terápode ter seu efeito anulado ou

pelo menos minimizado, uma vez que, conscientes da sua intencionalidade, esse indivíduo

poderá terão condições de julgaranalisar criticamente essas imagens ao invés de apenas se

deixar influenciar ou seduzir por elas.

Investigando a fotografia: a fotografia e seu uso como registro corriqueiro

Atividade:

a) Sugerir que tragam de casa máquinas fotográficas digitais e/ou celulares (com da máquina)

e ainda álbuns de fotografia.

b) Orientar para que fotografem livremente tudo o que lhes dá prazer, pode ser uma paisagens,

de seus amigos, ele próprio ou qualquer coisas que lhe seja

c) Após a tiragem dessas fotos, sugerir a transposição das mesmas na TV pendrive (com o

cartão de memória).

d) Promova a seguinte discussão: Qual é o assunto constante nas fotos trazidas e naquelas

realizadas pelos grupos na escola? Qual é a sensação ao fotografar e ser fotografado?

e) Sugerir que se procure no dicionário a definição de fotografia?

Fotografia fo.to.gra.fi.a

sf (foto1+grafo1+ia1) 1 Arte ou processo de produzir, pela ação da luz, ou qualquer espécie de energia radiante, sobre uma

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superfície sensibilizada, imagens obtidas mediante uma câmara escura. 2 Reprodução dessas imagens. 3 Retrato. F. de ação,

Fot: foto que mostra uma ação acontecendo, como um atleta saltando, um cachorro correndo etc. F. de cena, Cin: aquela em

que se fotografam cenas ao mesmo tempo em que são filmadas, para registrar a posição dos objetos ou dos atores no cenário,

de modo que seja possível recompor, em outro dia de filmagem, uma imagem semelhante; fotofixa. F. digital, Fot: técnica de

manipulação de fotografias, utilizando o computador. Disponível em: http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/

index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=fotografia acesso em 24/10/2008

Acepções de fotografia

■ substantivo feminino 1 arte ou processo de reproduzir imagens sobre uma superfície fotossensível (como um filme), pela

ação de energia radiante, esp. a luz 2 Derivação: por metonímia. a imagem obtida por esse processo; retrato Obs.: tb. se diz

apenas 1foto 3 Derivação: sentido figurado. reprodução ou cópia fiel de algo Disponível em:

http://houaiss.uol.com.br/busca.jhtm?verbete=fotografia&stype=k acesso em 24/10/2008

A fotografia como uso comum no dia a dia

Quase todo jovem que tem acesso a internet em casa ou em lan houses tem uma

página com suas fotos exibidas em um site de relacionamento selecionadas por ele próprio. A

máquina fotográfica mais utilizada atualmente é a digital ou ainda aquelas que são acopladas

nos celulares tão utilizadas pelos jovens.

Atividade: (Analisar o que é fotografia e seu uso como registro corriqueiro)

a) Propor que investiguem fotos dessa natureza(fotografias de Orkut, por exemplo) e tragam

para a aula.

Sugestões de sites: http://www.vibeflog.com/ederjunior

http://www.vibeflog.com/heliothebad/p/17286489

http://oficinadoriso.blogspot.com/2007_01_01_archive.html

http://clara7.blogspot.com/2008_06_01_archive.html

http://mundocruel.wordpress.com/category/orkut/

http://sorisomail.com/mails.php?procurar=feios&por=palavras&ordenar=coments&ordem=desc

http://perolasnanet.blogspot.com

http://www.gasesmentais.com.br/

A fotografia como documento histórico

A fotografia como registro da história é muito comum neste aspecto, podemos ver

exemplos em jornais, revistas, livros didáticos, etc. O que a fotografia registra ajuda-nos a

compreender o passado recente, alem de ilustrar, aumenta nossa dimensão de compreensão

dos fatos de maneira mais objetiva.

Atividade: (analisar o uso da fotografia como registro da história)

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a) Propor que investiguem fotos dessa natureza (fotos de importantes fatos históricos recentes

por exemplo) em jornais e revistas e tragam para a aula. Após observação atenta, sugerir

diálogos e reflexões sobre as características dessas fotos: o que revelam e o que registram

como documento histórico, assim como sua importância para a humanidade.

Sugestões de sites: http://demo_cracia.blogspot.com/2005/05/2-guerra-mundial.html

http://www.taringa.net/posts/offtopic/953039/Volver-en-el-tiempo:-bombardeo-en-Hiroshima-y-Nagasaki.html

http://oglobo.globo.com/blogs/panoramanihon/post.asp?t=a_forca_da_bomba_atomica_62_anos_depois_da_tragedia&cod_Post=69051&a=271

http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=562831

http://www.vinodlive.com/2007/02/15/some-of-the-most-powerful-images-from-around-the-world/

A fotografia no mundo da moda

Neste momento seria oportuno fazer um debate com os alunos em relação ao que é

belo. É primordial refletir sobre a influência da moda e a beleza idealizada em magérrimos

(as) modelos, assim como a busca constante da dieta entre os jovens para alcançar essa beleza

ilusoriamente perfeita. A busca por essa pseudo-beleza os levam a tentativas desesperadas de

alcançá-la, o que muitas vezes pode resultar doenças perigosas como a anorexia e a bulimia.

Atividade:

a) Apresentar algumas imagens selecionadas previamente que ilustrem esses fatos.

b) Pedir que relatem suas opiniões sobre o que é belo e a influência da mídia e que analisem

os efeitos negativos desta influência como as suas doenças correspondentes (anorexia e

bulimia) nos jovens.

Sugestões de sites: http://insightinsonia.blogspot.com/2008/07/mulher-melancia-tambm-gera-reflexo_10.html

http://pre-emo.blogs.sapo. pt/tag/anorexia+e+bolimia

http://copiaperfeita.blogs.sapo.pt/152613.html

http://www.gcvm.com.br/?sc=leitura&id=580

http://www.zaroio.com.br

http://vipurai.brogui.com/?p=279

http://whatsortsofpeople.wordpress.com/2008/07/21/can-we-lose-the-fatty-anorexics-but-manage-to-keep-our-own-stupid-selves/

A fotografia como recurso de indução ao consumo e construção de valores

Propor aos alunos um olhar mais atento às estratégias utilizadas pela mídia no recurso da

imagem pode levá-los a descobrir fatos interessantes e curiosos. As propagandas, por

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exemplo, constantemente apresentam personagens muito belos e saudáveis, além de estarem

inseridos em um contexto que demonstra sempre felicidade e realização pessoal, induzindo-

nos a pensar que, se adquirirmos aquele determinado produto, igualmente seremos felizes e

realizados. É a sensação de “poder”, sentida na relação de identificação com o personagem ali

apresentado, que a mídia nos faz acreditar que possuímos. Assim aquele produto passa a ser

objeto de desejo e fonte de felicidade, e a não realização desse desejo passa a ser frustração

profunda. Essa relação faz parte do nosso cotidiano e nem sempre percebemos sua

interferência em nossa vida e seu caráter persuasivo. Persuadir é o segredo do sucesso da “boa

propaganda” e garantia de vendas e reconhecimento de um produto no mercado Citteli (2001)

Em conseqüência disso tudo estamos diante de um bombardeio de imagens verbais e não-

verbais que nos levam inconscientemente a ter o desejo de adquirir os produtos divulgados

através dela sendo seduzidos de forma psicológica, social, econômica e emotiva.

Atividade:

Analisar o tipo de fotografias (escolhas) usadas em propagandas e pedir para que

respondam aos seguintes questionamentos:

a) Quais as principais estratégias de persuasão percebidas nas propagandas?

b) Quais os públicos alvos observados: homens, mulheres ou crianças? Como é o

direcionamento dessas estratégias para cada público?

d) Quais os apelos visuais mais marcantes? E os apelos auditivos?

e) De que forma se observa a relação entre prioritário e supérfluo nessas propagandas?

f) É possível perceber a presença de outros valores, que não sejam apenas o financeiro,

embutidos nessas propagandas? De que forma eles são conduzidos no contexto publicitário?

Sugestão de site: http://blogmetropolitano.blogspot.com/2008/06/geografia-da-fome-josu-de-castro.html

A fotografia como arte

Qualquer um de nós pode fotografar. Basta que tenhamos em mãos uma máquina

fotográfica. Para se fotografar com técnica é necessário preparação e estudos prévios sobre

planos, enquadramento, figura-fundo, luz, cores, etc. Para realizar uma foto artística se faz

necessário algo mais; além disso tudo é preciso um precioso elemento chamado sensibilidade.

O desenhista e o pintor ao realizarem sua tarefa, se valem muito mais do “olho” do que da

mão. Assim também é o fotógrafo, a sua sensibilidade visual é o diferencial da sua obra entre

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as demais do mesmo gênero. Se assim não fosse, todos poderíamos ser artistas... Ao “captar”

cenas (recortes da realidade visível) que aparentemente são banais e transformá-las em objeto

de reflexão, de crítica, o fotógrafo tem um objetivo específico em relação à imagem que quer

produzir. A esse processo damos o nome de intenção artística. A intencionalidade na ação do

fotógrafo, aliada à sua sensibilidade visual, resulta em uma fotografia artística.

Atividade:

a) É possível distinguir uma foto comum de uma foto artística? Por quê?

b) Refletir o conteúdo visual da produção dos fotógrafos renomados e seu olhar diante de

cenas corriqueiras, analisando assim maneiras diferentes do uso da máquina fotográfica.

c) Analisar o conteúdo das fotos, extraindo sua mensagem. Está explícita ou implícita? Por quê?

Sugestões de sites: http://www.fotografosbrasileiros.blogspot.com

http;//lrocha.mef.googlepages.com

http://tendenciasfotograficas.blogspot.com/2007/06/steve-mccurry.html

A imagem artística como recurso publicitário

É bastante comum a apropriação e manipulação de obras de arte famosas pela

indústria cultural para fins publicitários. Através de avançados recursos tecnológicos a mídia

explora imagens de pinturas, fotografias, esculturas, e outras linguagens artísticas, fundindo-

as com anúncios publicitários e direcionando-as para a produção em série.

Atividade:

Proponha aos alunos que observem as imagens cujo conteúdo expõe claramente essa

intenção mercadológica, e faça os seguintes questionamentos:

a) Você acha que a obra de arte inserida em um contexto publicitário diminui seu valor

artístico? Por quê?

b) O que mais chama a atenção do observador: a obra em si, ou o produto que se pretende

vender? Por quê?

c) Você considera que a obra de arte, fora de seu contexto (museu, exposição, bienal etc..)

perde sua autenticidade, ou pelo contrário, apresenta uma possibilidade de democratização da

arte elitista? Justifique sua opinião.

Sugestão de site: http://www.worth1000.com/contest.asp?contest_id=10329&display=photoshop

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Fotojornalismo (imagem e texto)

Como não poderíamos deixar de comentar, a imagem fotográfica é o principal recurso

utilizado pelo jornalismo. O texto jornalístico, quando acompanhado de um recurso visual, se

torna além de muito mais atrativo, também muito mais persuasivo. O mundo jornalístico

dispõe de profissionais habilitados e especializados em buscar as melhores fotos em seus

melhores ângulos, que possam oferecer ao leitor uma informação completa e abrangente dos

fatos ocorridos.

Porém, é importante ressaltar que o mundo jornalístico pode ser altamente tendencioso

e oferecer informações distorcidas dos fatos, convencendo-nos a acreditar no que não existiu

de fato. Da mesma maneira que provoca sensacionalismo com o intuito de explorar um

determinado fato até a exaustão, e vender mais exemplares. Muitas vezes essa exploração

chega a ser antiética, uma vez que escancara a pobreza, e o sofrimento humano, com o único

desejo de tocar o leitor ou o espectador com a desgraça alheia, cujo objetivo final é a

audiência. (Veja textos em anexo 01/02/03/04/05)

Sugestões de sites: http://www.casadobruxo.com.br/poesia/m/bicho.htm

http://nteitaperuna.blogspot.com/2008/10/blog-action-day-2008.html

http://iusbpreface.wordpress.com/2007/04/07/scholar-objectivity-imperils-photojournalists/

http://farias.wordpress.com/2007/03/18/foto-de-kevin-carter-em-1993

Atividade:

Analisar a série de fotojornalismo (dos anexos) e comentar:

a) O que mais se destaca no conjunto: texto ou imagem? Por quê?

b) Como seria o texto sem a imagem? E a imagem sem o texto? Qual delas é mais eficiente

enquanto informação? Por quê?

c) Por que as fotos foram tiradas desse ângulo? Qual seria a intenção do fotógrafo?

Sugerir que tragam de casa imagens foto-jornalísticas fixas ou animadas e a seguir reflitam

sobre seu conteúdo.

A fotografia como meio expressivo

Assim como o desenho, a pintura, e a literatura, a fotografia também pode ser um

excelente recurso de expressão e comunicação. Portanto é importante que os alunos passem

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pela experiência de fotografar, mas agora, procurar fazê-lo, utilizando-se dos conhecimentos

sobre o assunto que foram elaborados até aqui.

Atividade: Sugerir produção de fotos pelos alunos, valendo-se do que foi refletido

sobre o assunto e do material utilizando, tirando fotografias de ângulos de visão diferente ao

que estão acostumados.

Grupo 1 - Propor que realizem fotos com intenção publicitária. (ele é o publicitário e terá que

escolher e selecionar imagens cuja finalidade será vender um produto - instruir sobre o que é

fundamental na escolha dessas imagens)

Grupo 2 - Propor que realizem fotos jornalísticas, procurando registrar imagens que produzam

efeitos sensacionalísticos.

Grupo 3 - Agora ele será o “olheiro” no mundo da moda. Suas fotos irão registrar homens e

mulheres que apresentem um biótipo compatível com o mundo da moda e das passarelas. Sua

escolha deverá seguir, são claro, as normas vigentes desse meio: pessoas que possam escolher

a roupa como um “cabide”!

Grupo 4 - Propor que observem e selecionem pinturas famosas e interfiram nelas de modo a

transformá-las em uma imagem publicitária. (sugestão: montagem de photoshop através do

programa photoscape)

Grupo 5 - Sugerir que agora pensem a imagem fotográfica com intenção artística. À exemplo

de fotógrafos que trabalham nessa área (salgado e outros...) pensar em um tema social da

atualidade que o incomode (desigualdade social, miséria, meio ambiente, corrupção nos

governos e outros...). Deverão selecionar um tema e fotografar. Suas fotos deverão acima de

tudo apresentar caráter de denúncia.

Realizar com a turma, em dia previamente determinado, a apresentação das fotografias (ou

montagem delas), ocasião na qual cada um vai expor seu trabalho, relatando suas experiências

em cada etapa realizada e indicando o fio condutor da tiragem dessas fotos (enfoque

abordado). Nesse momento poderão ser apresentados também textos informativos, reflexões,

poesias que melhor complementem suas idéias e produções.

Análisar o que foi executado e refletir sobre o processo e resultado dos mesmos

Sugestões de sites: http://nteitaperuna.blogspot.com/2008/10/blog-action-day-2008.html

http://ludoglobi.wordpress.com/2008/08

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E a imagem em movimento: eis o cinema!

O mundo está em movimento e as imagens, a partir das primeiras experiências dos irmãos

Lumiere com as imagens em movimento, atraem de forma mágica os espectadores desde

então. A fotografia evolui da imagem fixa à sua exposição em grande velocidade nos dando a

ilusão de movimento. O cinema é a síntese desta ilusão. A criança desde cedo é seduzida

pelos desenhos animados; é um tema conhecido de perto por elas e também pelos adultos.

Através dos desenhos também se passam determinadas ideologias e com eles conceitos

embutidos. Neste processo de análise é primordial passarmos pela linguagem do desenho de

animação, sua análise e sua forma de construção. Temos aqui o desafio de entendermos

alguns exemplos e conhecermos a linguagem das imagens em movimento, e seu processo na

animação.

2) Animações

A animação é um tema muito próximo do aluno, que o conhece desde pequeno através

dos desenhos animados. Este projeto tem por objetivo não só resgatar este conhecimento e

torná-lo um potencial material de leitura crítica, como também entender seu processo de

construção e os conhecimentos artísticos inseridos, fazendo nessa trajetória uma base do

aprender a ver, aprender a pensar e do aprender a fazer (desenvolvendo assim no indivíduo a

sensibilidade para ver e apreciar)

Na primeira fase iremos analisar algumas animações (3 min. em média) que

propositalmente não contem falas, pretendendo assim que o aluno se concentre mais nas

imagens, gestos e conteúdo. Cada filme aqui sugerido contém temáticas atuais como:

influência da televisão no cotidiano; preconceito referente a aceitação da diferença entre as

pessoas e no outro a prática do “bullying”; e por último os diferentes gostos musicais.

Sugestões de sites: PRIME TIME - FUNNY ANIMATION http://www.youtube.com/watch?v=WwqPOkcXrYQ&feature=related

ANIMAÇÕES 3D DANÇANDO http://www.youtube.com/watch?v=hp1PaaPskgg

HIPOPÓTAMO E CACHORRO http://www.youtube.com/watch?v=VX89Hd-Gu8A&feature=related

THE BIRDS http://www.youtube.com/watch?v=1-uXEN_eRwo

Análise das animações (leitura da imagem em movimento)

A partir da exibição de cada animação pode-se abrir uma gama muito grande de

indagações e uma fértil discussão dependendo das escolhas feitas por você. Como são vídeos

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curtos, eles podem ser exibidos mais de uma vez possibilitando uma ampliação da leitura do

aluno e a concentração em detalhes não percebidos na exibição anterior. Depois da exibição

proponha aos alunos que façam uma análise procurando perceber as mensagens explícitas e

implícitas desta linguagem não-verbal. Lembrar que a imagem às vezes diz mais que palavras,

e mostrar que pequenos gestos somente são possíveis de ser percebidos numa segunda ou

terceira exibição.

Atividade:

a) O que te chama mais atenção (imagem ou som)? Justifique.

b) Você vê claramente o que representam os personagens através de suas atitudes?

c) Com uma única palavra diga como você definiria o contexto do filme?

Apresentação de filmes que mostram como confeccionar flipbooks

Como partimos da imagem fixa e passamos a exibir animações é necessário entender

seu processo, para que o estudante seja capaz de analisar e interagir com o que vê, lê e ouve.

Existem muitas maneiras de se produzir uma animação, as técnicas são as mais variadas e os

flipbooks têm o aspecto do princípio da animação: através deles podemos criar a ilusão de

movimento.

Nas sugestões a seguir termos exemplos de animação de alguns flipbooks, através dos

o aluno terá uma idéia do funcionamento da animação com flipbooks. A passagem de uma

imagem estática (livro) para imagens em movimento (cinema) faz do flipbook uma mídia

única e transitória. É um meio que sobrevive da ilusão do movimento. O flipbook é um livro

que, por um curto espaço de tempo, se transforma em filme. Uma seqüência de imagens capaz

de narrar uma história. E que já recebeu ao longo da história uma série de nomes: cinema de

bolso, cinema de mão, cinematógrafo ou simplesmente livro animado. Um objeto que fica

entre o cinema e o livro e possui um potencial narrativo graças à ilusão de ótica que

proporciona.

Sugestões de sites: BRAKE DANCE http://www.youtube.com/watch?v=SyfFviZxhvQ&feature=related

FLIP BOOK ÁRVORE http://www.youtube.com/watch?v=4a-CzpujRJ8&feature=related

WOW WOW WUBBZY FLIP BOOK http://br.youtube.com/watch?v=gAvTTlXyzmE&feature=related

FLIP BOOK MARATHON http://br.youtube.com/watch?v=SwKQXaUrwBQ

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Confecção de flipbooks

A criação de um flipbook é uma ótima maneira de aprender como uma animação

funciona. Passando rapidamente suas páginas, no movimento que chamamos de flipar, é

possível se observar a ação em curso. Passando as páginas devagar, é possível se entender os

mecanismos do movimento. Observando cada página em separado, é possível entender cada

imagem, o que muda de uma para a seguinte e aprender como trabalhar a imagem a fim de

que a animação funcione. Uma vez que o aluno tenha adquirido os conceitos básicos

necessários para trabalhar com imagem em movimento, este se torna apto a, com a base

instrumental oferecida, desenvolver projetos de animação nas mais variadas mídias e

linguagens, como cinema, vídeo, televisão, web, publicidade ou mesmo mídia impressa.

Nesta etapa os alunos vão construir seus próprios flipbooks, interagindo assim com a imagem

e o mecanismo de deixá-la em movimento...

Definição de flipbook http://www.dw-world.de/popups/popup_printcontent/0,,1681451,00.html acesso em 12/11/08

Apresentação dos flipbooks

Os alunos podem expor não só os flipbooks como também relatar suas experiências e

avaliar se compreenderam a linguagem da imagem em movimento. Através da inclusão do

flipbook, refletir sobre o processo de construção de uma imagem em movimento, uma vez que

o aluno “aprende” como se constrói uma seqüência de animação.

3) Propagandas e Campanhas publicitárias

Análise de propagandas: comerciais com apelo consumista:

A propaganda e publicidade se utilizam de alguns artifícios com intuito de destacar as

características e suas vantagens de um determinado produto. Têm a finalidade de se fixar na

mente do consumidor confirmando suas características: o conceito, a identidade e seus

atributos. A imagem na propaganda tenta afirmar o indicador de conceitos enunciados no

texto publicitário. Impulsionam as pessoas a desejarem o produto ali destacado. Todos os

consumidores possuem necessidades, biológicas ou de caráter psicológico. A ‘motivação’ ou

impulso, é uma necessidade extremamente forte que faz um indivíduo buscar a sua satisfação.

As ‘necessidades de estima’ envolvem a auto-apreciação, a autoconfiança, a necessidade de

aprovação social, respeito, status, prestígio e consideração dentro de um grupo, além de

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desejo de força e de adequação, de confiança diante do mundo em que vive, além de

autonomia e independência. As ‘necessidades de auto-realização’ são as mais elevadas de um

indivíduo em busca de realização efetiva de seu próprio potencial e de desenvolver-se

continuamente perante a sociedade. Quem nunca viu um comercial com homens tomando

cerveja e mulheres se jogando pra cima deles? Se você tomar a cerveja isso vai acontecer?

Claro que não, mas é isso que as propagandas mostram, elas usam meios irracionais para

manipular o seu inconsciente. Os comerciais não vendem apenas um produto, eles vendem um

estilo de vida, pois junto com os slogans, o consumidor memoriza valores, crenças, ideais,

visões de beleza, família, amizade, patriotismo e visões de mundo no geral.

A mídia veicula anúncios comerciais por todos os suportes (jornal, TV, rádio, Internet)

e atinge a população de uma maneira geral. Dependendo do grau de instrução e da idade e

experiência, esses anúncios são capazes de interferir no cotidiano das pessoas. As crianças e

jovens, por exemplo, estariam mais expostos aos apelos dos anúncios, por terem dificuldade

de separar o que é anúncio comercial e o que é entretenimento. O ser humano tem, por

natureza, uma compulsão natural a consumir. Aliado a essa tendência natural, a concorrência

entre as mídias faz com que essa situação fique mais evidente, e a população tenha cada vez

mais dificuldade em resistir aos apelos da publicidade e da propaganda.

A princípio as campanhas publicitárias, veiculadas na mídia, têm a função de expor o

produto e não de induzir ao consumo. Porém não é isso que acontece, muitas vezes o

espectador deixa de consumir o que é realmente necessário, e passa a consumir o que é

supérfluo.

As pessoas que agem assim deixam de lado um produto essencial para suprir suas

necessidades básicas e adquirem um bem supérfluo.

As propagandas sugeridas mostram cada uma à sua de maneira, a ilusão de que ao

consumir o produto anunciado o consumidor terá uma situação parecida com a que lhe é

apresentada. Algumas projetam a masculinidade, a conquista, o poder de consumo, etc. Outras

apelam para um consumidor em formação, as crianças. Cabe aqui analisar as imagens, falas e

a forte indução que elas provocam, refletindo com os alunos o veículo em potencial que se

transformou a mídia para a nossa sociedade capitalista.

Sugestões de sites: JACK BAUER – CITROËN C4 PALLAS http://br.youtube.com/watch?v=GrYzJgTbF4Q

CITROËN C3 D&G http://www.youtube.com/watch?v=AjgnTtuup5E

PROPAGANDA RENAULT CLIO http://br.youtube.com/watch?v=H8smX6xSZjI

CLARO – “MENINAS” http://br.youtube.com/watch?v=Ic8AdDqaE2c

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CLARO MAGOOU http://br.youtube.com/watch?v=DH_F4c_SiJ8&feature=related

BRAHMEIROS http://br.youtube.com/watch?v=oFBWN6gwpbs

PROPAGANDA DA KAISER http://br.youtube.com/watch?v=RnKiCTvbNQE&feature=related

PROPAGANDA DA KAISER http://br.youtube.com/watch?v=TBNiW_mlKrw&feature=related

PROPAGANDA DA KAISER http://br.youtube.com/watch?v=jHZDeZlKT_Q&feature=related

PROPAGANDA CARTÃO DE CRÉDITO http://www.youtube.com/watch?v=NYSM2Wseq4U&feature=related

COMERCIAL TIO SUKITA http://www.youtube.com/watch?v=0jsbPMptp9E&feature=related

COMERCIAL HAVAIANAS VIRADAS http://br.youtube.com/watch?v=1T29qMdkRo4

COMERCIAL DO ITAÚ http://br.youtube.com/watch?v=9ihxWnAy4BQ&feature=related

COMERCIAL O BOTICÁRIO: LENÇO http://br.youtube.com/watch?v=8CeuOc886lo

COMERCIAL SPRITE: PAI É PAI http://br.youtube.com/watch?v=wFttcV45x3w

Atividade:

Depois de assisti-las debata com seus alunos algumas questões:

a) Qual é o objetivo destes comerciais?

b) Quais as situações envolvidas de satisfação que você destacaria?

c) O que é destacado nas propagandas como vantagem em se adquirir o produto anunciado?

d) As imagens inseridas em cada uma delas dizem mais ou menos que as falas utilizadas?

Análise de propagandas: campanhas publicitárias.

Algumas propagandas têm uma maneira mais educativa de expor seus produtos e outras

ainda, as chamadas campanhas publicitárias, tem o propósito de conscientizar a população

para problemas sociais. Contudo, acabam se utilizando quase que da mesma maneira das

estratégias das anteriores, com forte apelo emocional, pois todo comercial que envolve

crianças e jovens desperta o lado emocional das pessoas e apela para sentimentos dos seres

humanos.. Neste caso, as campanhas vêm para melhorar a vida da sociedade. Quase não há

diálogos nestas propagandas, e não há necessidade, pois a expressão dos personagens, a

disponibilidade dos objetos e a trilha sonora são suficientes para passar a mensagem

pretendida.

Sugestões de sites: PROPAGANDA LINDA - http://br.youtube.com/watch?v=DOK-rDlKbWs&feature=related

PROPAGANDA DE RACISMO - http://www.youtube.com/watch?v=JILb3mCUo9w&NR=1

PROPAGANDA DE CÂNCER - http://br.youtube.com/watch?v=aGCLhLrf15Q

Atividade: Depois de assisti-las debata com seus alunos:

a) O que se pretende com essa propaganda?

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b) Existem diferenças claras neste segundo tipo de propaganda? Em que consistem essas

diferenças?

Influência da imagem publicitária no cotidiano

Aqui há uma terceira modalidade de vídeos, que analisam a influência das marcas de

determinados produtos em nosso consumo, e atitudes reforçadas pela mídia. O objetivo aqui é

refletir sobre nossas atitudes diante do mundo, deixando o lado individualista do ser humano e

pensar no coletivo. As reflexões aqui podem ser muito amplas, pois as imagens dizem tudo.

Sugestões de sites: O PODER DA IMAGEM – PROPAGANDAS - http://www.youtube.com/watch?v=jIVblOv1F_M&feature=related

PADRÕES DE BELEZA - http://br.youtube.com/watch?v=HxNZuVbk1aQ&feature=related

POBREZA NO MUNDO - http://www.youtube.com/watch?v=wJfH62GkeOs

4) Videoclipe

História do vídeoclipe

O vídeoclipe é uma modalidade de propaganda da indústria de gravadoras, porém,

aqui veremos que eles nem sempre foram pensados com essa finalidade. Os vídeos musicais

possuem uma história que ainda está por escrever e que abre todos os dias novos capítulos,

cheios de avanços, recuos e alguma polêmica. De certa forma, pode-se dizer que a concepção

do videoclipe como objeto de promoção e publicidade é bem anterior ao surgimento da MTV.

Alguns estudiosos dizem que talvez essa modalidade tenha surgido nos anos 1950 com Gene

Kelly em “Cantando na Chuva”. Um dos primeiros Videoclipes (na versão que mais

conhecemos) da história foi feito pelos Beatles na década de 60. Eles estavam cansados de

fazer shows (porque segundo eles não dava mais para se ouvir música, apenas gritos histéricos

de suas fãs), e resolveram inventar os chamados 'Promofilms' para promover suas músicas.

Nestes eram utilizadas elaboradas técnicas cinematográficas como a montagem rítmica e

animações stop-motion. Os dois primeiros foram: Paperback Writer e Rain, e segundo

George Harrison, na série Antology: "De certa forma, inventamos a MTV”.

Nos anos 80 este tipo de mídia se afirmou. Neste período os clipes geralmente

mostravam a banda tocando seus instrumentos em playback e algumas cenas em lugares como

cenários. A partir de 1990 a preocupação com os videoclipes se tornou mais estética e

começam a surgir profissionais que se dedicam quase que exclusivamente a eles. Nos anos

17

2000 se intensificou na qualidade e quantidade e se tornaram verdadeiros filmes contando e

narrando “histórias” inspiradas pelas letras das músicas.

Os videoclipes têm características próprias, elementos de construção e influências. No

site http://pt.wikipedia.org/wiki/Videoclipe há um detalhamento desta nova linguagem contemporânea

em seus vários aspectos. Sugere-se também o site http://www.usp.br/agen/bols/2005/rede1740.htm para

conhecer também a história do videoclipe no Brasil.

Análise do vídeoclipe como produto da indústria cultural

Mostrar videoclipes e sua evolução (Beatles, Michel Jackson e clipes atuais). Nos anos

1980 o vídeo começou a ser visto como a imagem artística de nosso tempo, com estreitas

implicações não só no mundo televisivo, como no cinema e até nos modos de criação da

música pop. Na análise dos viodeoclipes há uma preocupação com a evolução desta mídia e

seus aspectos estéticos. Após a exibição de alguns trabalhos de cantores e bandas

profissionais, exibir vídeos amadores usando a mesma linguagem, onde os envolvidos tentam

se expressar usando técnicas parecidas. Pretende-se desta maneira, proporcionar aos alunos o

estímulo necessário para proposta de confecção de videoclipes elaborados por eles.

Sugestões de sites: Vídeos feitos por profissionais CANTANDO NA CHUVA (legendado) - http://br.youtube.com/watch?v=93qL0ZgGixQ

GENE KELLY, CANTANDO NA CHUVA - http://br.youtube.com/watch?v=BrNAtk3W8wE

THE BEATLES – A DAY IN THE LIFE - http://www.youtube.com/watch?v=gZez_k4vAzU

MICHEL JACKSON THRILLER - http://www.youtube.com/watch?v=QkjtctcuQ9Q&feature=related

PINK FLOYD – ANOTHER IN THE WALL - http://br.youtube.com/watch?v=M_bvT-DGcWw

CHEMICAL BROTHERS – STAR GUITAR - http://br.youtube.com/watch?v=DoiGDzWhTV0

SIMPLE PLAN - I'M JUST A KID - http://br.youtube.com/watch?v=OBh0becnDg0

CRAZY FROG - http://www.youtube.com/watch?v=XkHm8uUuT0o

Sugestões de sites: Vídeos feitos por amadores JAPANESE EMINEM - http://www.youtube.com/watch?v=IEtZ8VGI4u8

AEROSMITH I DON'T WANNA MISS A THING - http://br.youtube.com/watch?v=r-jRvSpcEU0

BIG GIRLS DON'T CRY – FERGIE - http://www.youtube.com/watch?v=AE7lqAgCThM

MY SACRIFICE – CREED - http://br.youtube.com/watch?v=JArsAgtnAzM

EL TANGO DE ROXANNE - http://br.youtube.com/watch?v=AoWujQyzQLU

DAFT HANDS - HARDER, BETTER, FASTER, STRONGER http://br.youtube.com/watch?v=K2cYWfq--Nwv

Atividade:

Debata com seus alunos algumas questões como:

a) Quais são os aspectos em que houve evolução nos videoclipes profissionais apresentados?

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b) O vídeoclipe de uma banda pode influenciar o consumo do produto a ser comercializado?

c) Os videoclipes amadores são experiências válidas esteticamente?

d) Que aspectos artísticos estão envolvidos em produção como estas?

Montagem de roteiro para a confecção de videoclipes dos alunos

O que se pretende na perspectiva deste trabalho é, através da experiência estética,

questionar os sentidos, seja ela na produção ou fruição de um produto. A proposta aqui é

produzir um vídeoclipe, vivenciando de maneira expressiva várias áreas da arte em um único

trabalho, com muita pertinência dentro da atualidade de nossos jovens. Na expectativa de

possibilitar uma experiência videográfica com as informações visuais até aqui debatidas, de

forma reflexiva e sensível.

Através da produção ele terá uma experiência significativa de vários sentidos,

produzindo imagens, elaborando cenários, roteiros e figurinos e conectados com a música de

sua cotidianidade neste trabalho. Exercitará, através da elaboração, a compreensão e análise

de seu repertório e recriá-la conforme sua percepção e a fará suas escolhas. A linguagem

audiovisual tem uma difícil elaboração, contudo é completa dentro das linguagens artísticas.

Ao final do trabalho, percebendo-se capazes de tal produção, são capazes de extrapolar suas

expectativas, desta forma sentindo-se recompensados com sua produção.

MORAN (1995) nos fala sobre algumas possibilidades do uso do vídeo na educação

como produção: documentários, registros de eventos importantes para o trabalho educativo,

de aulas, de experiências, etc.; expressão, possibilitando novas formas de comunicação;

atividade envolvente e pode ser utilizada numa pesquisa, na apresentação de um projeto;

processo de avaliação dos alunos e do professor, através do vídeo-espelho, no qual nos vemos

na tela, podendo analisar o grupo, o papel de cada um e a nós mesmos, nosso corpo, gestos,

movimentos; intervenção, modificando programas, trilha sonora, editando de forma compacta

ou acrescentando novas cenas e novos significados. (Jensen, 2002)

Atividade:

Debata com seus alunos algumas questões para a construção do vídeo:

a) O que mostrar? Assunto?

b) Quais as músicas abordadas?

c) Quais os ângulos de filmagem?

d) Qual o enredo possível?

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Depois destas questões poderão montar um roteiro escrito a partir das possibilidades

levantadas. A técnica para a montagem será o storyboard (uma série de ilustrações que

representam um roteiro audiovisual), onde colocarão suas idéias preliminares desenhando

quadro a quadro o planejamento da execução do trabalho a ser filmado. Durante esta

atividade, definir os personagens e seus atores, dias de filmagem, edição e todos os itens

necessários para sua execução.

Sugestão de sites:

Nesta etapa ou na anterior chamar a atenção para alguns aspectos necessários nesta

produção como: som, planos (geral, médio, close-up, detalhes) e angulação (câmera alta,

baixa e normal). Estes aspectos podem ser consultados em: http://www.unerj.br/unerj/destaques/

5jornadaeducacao/oficinafilmadora.doc

Mostra, análise e avaliação da produção dos alunos

Após a entrega, os trabalhos serão mostrados, analisados e avaliados pelo grande grupo

(alunos e professor da turma) e entre os elementos da equipe que o desenvolveu. Durante a

construção desta caminhada cada aluno irá registrar suas experiências, produtos de seus

trabalhos, reflexões, anotações para avaliação do processo. O momento da avaliação

propiciará a oportunidade do aluno mostrar para ele mesmo, aos colegas e posteriormente à

comunidade escolar, o produto de seus esforços, refletindo e discutindo sua atuação e

realização, que pode ser reconhecida por outros jovens e adultos, como pessoas capazes no

tempo que vivenciam e não num futuro distante.

Como valorização dos trabalhos executados e estímulo para produções posteriores

oferecer um momento especial para a apresentação dos mesmos, em telão, na festa de

conclusão do ensino fundamental, na qual estará presente comunidade escolar (alunos, pais,

convidados, corpo docente e administrativo da escola).

5) Cronograma

ATIVIDADES/MÊS FEV MAR ABR MAI JUN DEZ

Leitura e produção de fotografias X X Leitura de propagandas X X Leitura de videoclipes X X Produção de vídeos filmagem/edição X X Avaliação X Exposição dos vídeos à comunidade X

20

6) Bibliografia

ARANTES,P. @rte e Mídia, perspectivas da estética digital. São Paulo:SENAC São Paulo, 2005.

BARBOSA, A.M. (Org.). Inquietações e Mudanças no Ensino da Arte. São Paulo: Cortez, 2002.

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22

Anexo 01

Ex-modelo anoréxico pesa 40 kg e pede ajuda 20 de maio de 2008

É assustador imaginar que este debilitado rapaz e o saudável modelo da foto à esquerda são a mesma pessoa. Pesando apenas 40 kg, Jeremy Gillitzer hoje é praticamente pele e ossos.Aos 36 anos Gillitzer desabafa: “Eu quero viver novamente”. Ele sofre de “manorexia”, termo popular para a anorexia, que afeta os homens. Pesquisas afirmam que a anorexia no sexo masculino é tão rara que afeta apenas 1 homem em cada grupo de 10 anorexicos.“Eu quero servir de exemplo para todos, mas especialmente para os homens”, disse ele em uma reportagem ao site Inside Edition. “Os homens sofrem as mesmas pressões que as mulheres sofrem. Manter-se

dentro de um padrão estético é difícil.” Gillitzer sempre foi um rapaz saudável. Cresceu como qualquer jovem da sua idade, e pela sua boa aparência, logo seus amigos sugeriram que ele tentasse ser modelo. Embora sempre afirmasse que ficava nervoso em frente a uma câmera, Gillitzer apareceu em inúmeros anúncios, a maioria deles destacando seu corpo atlético. A nutricionista Joy Bauer afirmou que o caso de Gillitzer não é o único. Segundo ela, a obsessão por uma imagem corporal perfeita é muito comum no sexo masculino, causando em alguns casos a anorexia. “A mesma coisa que as mulheres sentem ao olhar as revistas, os homens também sentem, quando vêem um corpo musculoso e dividido”.

Gillitzer contou que a anorexia iniciou-se depois que ele passou por uma série de problemas pessoais. Ele começou a combinar exercícios rotineiros e cada vez mais frequentes, com uma dieta de fome. Ele habituou-se a comer apenas uma maçã e metade de um sanduíche, todos os dias. Naturalmente, em pouco tempo, os músculos tão comuns a ele desapareceram e seu corpo começou a definhar,

juntamente com a queda de cabelo e de dentes.Ele afirma que hoje está tentando dar a volta por cima, mas admite que é muito difícil. No seu blog, Gillitzer conta um pouco do seu dia-dia e em muitos posts pede ajuda médica ou uma simples palavra de apoio. Disponível em: http://vipurai.brogui.com/?m=200805&paged=3 acesso em 17/11/2008

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Anexo 2 Saúde: Bulimia e anorexia nosadolescentes e jovens por Adriana Henriques, Liliana Ros em Maio 29,2008 A preocupação com o peso e a forma corporal cada vez mais levam as pessoas a iniciar dietas progressivas e mais selectivas, evitando ao máximo alimentos de alto teor calórico. Este tipo de comportamento pode levar a distúrbios alimentares, como a anorexia e a bulimia. A anorexia é uma perturbação alimentar e psicológica que consiste, essencialmente, na persistência em manter o peso corporal abaixo do normal. Este tipo de distúrbio conduz a uma percepção distorcida do próprio corpo, que leva a pessoa a ver-se como gorda. Quando não consegue manter restrição da comida, inicia episódios de sobrealimentação, entrando num ciclo vicioso no qual aumentam o medo de engordar e o desejo de emagrecer. Assim, recorre ao excesso de exercício físico, uso de laxantes e provocação do vómito (bulimia) para perder peso.

ADOLESCENTES EM MAIOR RISCO

Não há uma única causa para explicar o desenvolvimento da anorexia e bulimia. Contudo, a extrema valorização da magreza e o preconceito com a gordura nas sociedades ocidentais estão fortemente associadas à ocorrência destes distúrbios. A comunicação social é uma das causas dos transtornos alimentares, visto que impõe o estereótipo em que a magreza é um factor essencial para o sucesso social e económico. As adolescentes são o grupo de maior risco. No entanto, há casos de todas as idades, de ambos os sexos. As principais consequências da anorexia e bulimia são alterações ao nível cardiovascular, gastrointestinal, depressão, fadiga e comportamento obsessivo-compulsivo. Em casos mais graves, estes problemas alimentares conduzem mesmo à morte. Alunas da Escola Secundária Adolfo Portela, na disciplina de Área-Projecto, estamos a desenvolver um trabalho sobre estas perturbações alimentares e temos objectivos bem definidos: alertar a sociedade para estas realidades, esclarecendo a população sobre as causas e consequências, a evolução das doenças, sinais de alerta precoce, prevenção e tratamento.

INQUÉRITOS INDICADORES

Elaborámos inquéritos, para saber dados da comunidade. A partir da análise dos 79 realizados, podemos concluir que o conhecimento da população-alvo sobre a anorexia é de 95%. Quanto à bulimia, é de apenas 69%. Grande parte da comunidade não conhece este tipo de distúrbio. Podemos também concluir que, quanto aos comportamentos e hábitos alimentares dos inquiridos, a maioria nunca fez dietas para perder peso drasticamente, nem é influenciado para tal. No entanto, grande parte nunca consultou um nutricionista com o objectivo de ter uma orientação alimentar equilibrada. Por fim, 27% concorda com as medidas estipuladas para ser uma modelo, ou seja, o estereótipo de magreza ainda está bem presente na nossa sociedade.

http://www.soberaniadopovo.pt/portal/index.php?news=5412 acesso em 17/11/2008

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Anexo 03 Modelo morta por anorexia se achava gorda com 46 kg 16/11/2006 - 08h47 A modelo Ana Carolina Reston Macan, que morreu anteontem, aos 21 anos, vítima de complicações provocadas pela anorexia nervosa, já havia declarado sete meses atrás que tinha perdido o controle e que havia parado de comer. "Às vezes ainda me acho gorda. Eu tenho uma imagem distorcida de mim", afirmou ela. Durante uma entrevista concedida em abril deste ano ao Agora, a modelo afirmou que estava trabalhando no Japão quando a obsessão pela magreza começou a se tornar uma doença. Ela teve que ser internada e acabou voltando ao Brasil. "Eu pesava 46 kg, tenho 1,74 m, e ainda tomava remédio para emagrecer. Cheguei a pesar 42 kg", lembrou.

A modelo Ana Carolina Reston Macan, morta por anorexia nervosa. Depois de ter realizado o tratamento, a modelo voltou a pesar 46 kg e continuou freqüentando um psicólogo. O problema, entretanto, persistiu, e a modelo acabou sendo internada em 25 de outubro passado em decorrência de uma insuficiência renal. Debilitada pela anorexia nervosa, a pressão arterial dela despencou, o que fez com que passasse a ter dificuldade para respirar. Seu quadro clínico evoluiu para uma infecção generalizada e Ana Carolina acabou morrendo anteontem, quando pesava 40 kg. Seu corpo foi enterrado no cemitério de Pirapora do Bom Jesus, na Grande São Paulo. A entrevista concedida pela modelo foi publicada na "Revista da Hora", do Agora, em 30 de abril deste ano.

Perfil De acordo com a prima de Ana Carolina, Geise Strauss, 30, a modelo comia muito pouco "gostava de maçã e tomate"-- e, em seguida, entrava no banheiro para vomitar. A modelo vítima de anorexia namorava Bruno Setti, de 19 anos, seu colega de profissão, e fazia bicos como promotora de casas noturnas. Na internet, na página de relacionamentos Orkut, Ana Carolina cita "O Pequeno Príncipe", "Gabriela Cravo e Canela" e "Meu Pé de Laranja Lima" como livros preferidos. No item em que as pessoas mencionam os pratos preferidos, a modelo cita marcas de cozinha: "Prefiro as moduladas", ironiza. Na noite de ontem, havia mais de 500 recados deixados no perfil de Ana Carolina com mensagens para seus familiares. A maioria dos textos era de pêsames, porém muitas afirmavam que o caso da modelo deveria servir como alerta para as demais meninas que exercem a profissão.

Casos famosos Ocorrências de anorexia e bulimia podem ser encontrados no cinema, na música, no esporte e até em família real. A atriz Jane Fonda, por exemplo, conviveu com a anorexia dos 15 aos 40 anos. Ela conta que queria "agradar e ser perfeita", o que na época queria dizer "esquelética". Na música, um dos exemplos mais conhecidos de problemas relacionados a distúrbios alimentares é o da cantora e baterista Karen Carpenter, que morreu em 1983, aos 32 anos, depois de ter sofrido um ataque cardíaco decorrente de anorexia. Ela formava com o irmão, Richard, o grupo The Carpenters, famoso nos anos 70. Outro caso emblemático é o da princesa Diana (1961-1997), que assumiu que foi bulímica e anoréxica e que já havia tentado cometer suicídio. No esporte, a surfista brasileira Andréa Lopes, hoje com 31 anos, teve anorexia aos 20 anos. No auge da doença, chegou a pesar 38 kg hoje ela tem 59 kg. "Todo mundo que vinha me oferecer comida era uma ameaça para mim. Tinha obsessão com o meu peso e só pensava em ser campeã mundial." Ela começou a se tratar após insistentes pedidos da mãe, que chegou a ouvir na praia que a filha "deveria ter Aids". Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u128256.shtml acesso em 16/11/2008

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Anexo 04 O Bicho Manoel Bandeira Vi ontem um bicho Na imundície do pátio Catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade. O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem. Fonte: http://www.casadobruxo.com.br/poesia/m/bicho.htm

Fonte: http://nteitaperuna.blogspot.com/2008/10/blog-action-day-2008.html

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Anexo 05 Analytical Março 18, 2007 Arquivado como: Política Sérgio Farias @ 10:07 am

Foto de Kevin Carter, em 1993

Ganhadora do Prêmio Pulitzer em 1994 e publicada pelo The New York Times, a foto foi tirada em 1993 no Sudão, pelo fotógrafo sul-africano Kevin Carter (1960-1994). Esta descreve uma criança faminta sem forças para continuar rastejando para um campo de alimento da ONU, a um quilômetro dali. O urubu espera a morte desta para então poder devorá-la. Carter disse que esperou em torno de vinte minutos para que o urubu fosse embora, mas isto não aconteceu. Então rapidamente tirou a foto e fez o urubu fugir dali, açoitando-o. Em seguida, saiu dali o mais rápido possível.

O fotógrafo criticou duramente sua postura por apenas fotografar, mas não ajudar, a pequena garota: “Um homem ajustando suas lentes para tirar o melhor enquadramento de sofrimento dela talvez também seja um predador, outro urubu na cena.”, teria dito. Um ano depois o fotógrafo, em profunda depressão, suicidou-se. O paradeiro da criança é desconhecido.

Eu estou depressivo… sem telefone… dinheiro para o aluguel… dinheiro para o sustento de criança… dinheiro para dívidas… dinheiro!!!… Eu estou sendo perseguido pela viva memória de matanças, cadáveres, cólera e dor… pela criança faminta ou ferida… pelos homens loucos com o dedo no gatilho, muitas vezes policial, assassinos… (Trecho de sua carta de suicídio.) Disponível em: http://farias.wordpress.com/2007/03/18/foto-de-kevin-carter-em-1993/ <acesso em 18/11/2008>