40
Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010 1 1 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa [email protected] (27) 9941-3300 Departamento de Eng. Produção Operação Ferroviária Circulação 2 Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa Introdução A operação ferroviária diz respeito à circulação de trens pela ferrovia a fim de atender a um fluxo de transporte. Um fluxo de transporte corresponde ao transporte contratado por um cliente de certo volume de carga de uma origem para um destino.

Departamento de Eng. Produção Operação Ferroviária … · – Diretoria da empresa (metas) – Sociedade (comunidades que são afetadas socialment e, financeiramente e ambientalmente

Embed Size (px)

Citation preview

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

1

1Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga [email protected](27) 9941-3300

Departamento de Eng. Produção

Operação FerroviáriaCirculação

2Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Introdução

• A operação ferroviária diz respeito à circulação de trens pela ferrovia a fim de atender a um fluxo de transporte.

• Um fluxo de transporte corresponde ao transporte contratado por um cliente de certo volume de carga de uma origem para um destino.

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

2

3Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Introdução• Uma ferrovia classicamente é dividida em três grandes áreas: Via

Permanente, Material Rodante e Sinalização/Telecomunicação.

4Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Introdução

• Essas áreas isoladas uma das outras podem conseguir bons resultados cada uma.

• A soma dos bons resultados de cada área pode não implicar no bom resultado final da ferrovia.

• Para harmonizar os resultados de cada área, existe uma quarta área dentro da ferrovia

– Não lida com praticamente nada físico

– Lida com processos e planos que visam gerar bons resultados para toda a ferrovia, podendo ou não ser os melhores resultados de cada uma das três áreas.

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

3

5Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Introdução

6Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Introdução

• Como todo bom motor, ele tem que interagir com outras externas

– Comercial (contratos com clientes)

– Diretoria da empresa (metas)

– Sociedade (comunidades que são afetadas socialmente, financeiramente e ambientalmente pela ferrovia)

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

4

7Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Introdução

8Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Introdução

• A maior função da operação é ter

um olhar sistêmico sobre toda a ferrovia

com foco em utilizar todos os recursos da ferrovia a fim de conseguir transportar o maior volume de carga possível atendendo aos fluxos de transporte contratados preservando ao máximo os ativos da ferrovia, com segurança para todos os seus colaboradores e preservando o meio ambiente.

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

5

9Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Taxonomia da Operação Ferroviária

• A operação ferroviária pode ser dividida em dois tipos de operação:

– Circulação de Trens;

– Pátios e Terminais.

• A Circulação de Trens refere-se à viagem do trem ao longo da VP desde o momento que ele sai de um pátio ferroviário até chegar a outro pátio ferroviário.

• A operação de Pátios e Terminais implica nas operações dentro dos pátios e terminais ferroviários visando

10Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Centro de Controle Operacional (CCO)

• As ferrovias modernas adotam o esquema de um único escritório centralizado para o controle da operação da ferrovia.

• Nesse escritório, todas as informações da via permanente, do material rodante circulando, em pátio e em oficina, as manutenções programadas da VP, escala da equipagem e todas as outras informações da ferrovia devem ser centralizadas.

• Esse escritório centralizado é denominado Centro de Controle Operacional, ou abreviadamente CCO.

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

6

11Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Centro de Controle Operacional (CCO)

12Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Planejamento e Controle da Circulação de Trens

• A ferramenta mais usada até o momento para o planejamento da circulação de trens é o Gráfico de Circulação de Trens ou simplesmente Gráfico de Trens.

• Desta forma, será detalhado a seguir o gráfico de trens e como usá-lo para o planejamento da circulação de trens.

• Porém, para poder explicar o gráfico de trens, faz-se necessário entender como ocorre a circulação dos trens em via singela e em via dupla.

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

7

13Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Circulação de Trens• A circulação em linha dupla se dá com um trem circulando em cada linha

em direção opostas, esta é a situação das operações em metro.

• No caso da EFVM, usam-se travessões universais que permitem o trem, independente da direção de circulação, trocar de linha sempre que alcançar um desses travessões universais ao longo da estrada.

Trem 01 circulando

Trem 02 circulando

14Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Circulação de Trens

• A grande maioria das ferrovias brasileiras é em linha singela, à exceção da EFVM. Em breve a EFC também estará duplicada.

• No caso de linhas singelas, faz-se necessário a construção de um pátio denominado de pátio de cruzamento.

• Para melhor entendimento, a seguir apresenta-se o que é um pátio de cruzamento, sendo que ele é fator chave para o entendimento do gráfico de trens, bem como dos cálculos de capacidade da via em linha singela.

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

8

15Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Pátio de Cruzamento

• Como a linha é singela, pode acontecer a situação de dois trens se encontrarem em sentidos opostos na mesma linha

• Neste caso, um dos trens é desviado para o Pátio de Cruzamento (Trem 02) e aguarda a passagem do outro trem (Trem 01) e depois da passagem deste, ele sai do Pátio de Cruzamento e prossegue viagem.

PCz 02

Trem 01 circulando

Trem 02 parado esperando

Trem 01 passar

PCz 01

16Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Gráfico de Circulação de Trens

• O Gráfico de Circulação de Trens é uma ferramenta visual elaborado sobre uma folha quadriculada onde são desenhados dois eixos ortogonais.

• O eixo vertical representa a posição dos pátios de cruzamento ou das estações ferroviárias

• O eixo horizontal representa a escala de tempo na qual o trem se desloca

• Todas as considerações nesta seção dizem respeito a uma linha singela.

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

9

17Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Gráfico de Circulação de Trens

PCz 1

PCz 2

PCz 3

Locais (Km)

Tempo (Hrs)0 5 10 15 20

PCz 4

100

280

500

000

18Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Gráfico de Circulação de Trens

Trem circulando

PCz 1

PCz 2

PCz 3

Locais (Km)

Tempo (Hrs)0 5 10 15 20

PCz 4

100

280

500

000

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

10

19Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Gráfico de Circulação de Trens

Trem circulandoÂngulo = Velocidade do trem (constante)

PCz 1

PCz 2

PCz 3

Locais (Km)

Tempo (Hrs)0 4 13 16 20

A1

A2

100

280

500

000

A1 = (280-100) / (13-4) = 20,0 km/hA2 = (100 - 0) / (16 - 13) = 33,3 km/h

20Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Gráfico de Circulação de Trens

Trem parado entre o tempo 13 a 16

PCz 1

PCz 2

PCz 3

Locais (Km)

Tempo (Hrs)0 4 13 20

A1

A2

16

100

280

500

000

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

11

21Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Gráfico de Circulação de Trens

Dois trens circulando em sentidos opostos

PCz 1

PCz 2

PCz 3

Locais (Km)

Tempo (Hrs)0 4 13 20165 10 20

PCz 4 C01

C01

C02

C02

1 12

100

280

500

000

22Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Gráfico de Circulação de Trens

ERRO de circulação

Dois trens vão colidir um pouco antes do PCz 3

PCz 1

PCz 2

PCz 3

Locais (Km)

Tempo (Hrs)0 4 13 20165 10 20

PCz 4 C01

C01

C02

C02

1 126

ERRO

Linha Singela

100

280

500

000

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

12

23Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Gráfico de Circulação de Trens

Proposta de circulação correta para o erro anterior

PCz 1

PCz 2

PCz 3

Locais (Km)

Tempo (Hrs)0 4 13 20165 10 20

PCz 4 C01

C01

C02

C02

1 126

100

280

500

000

24Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Gráfico de Circulação de Trens

Proposta de programação dos trens em função de prioridade

PCz 1

PCz 2

PCz 3

Locais (Km)

Tempo (Hrs)0 4 13 20165 10 20

PCz 4 C01

C01

C02

C02

1 126

100

280

500

000

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

13

25Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Gráfico de Circulação de Trens

Ultrapassagem entre dois trens

PCz 1

PCz 2

PCz 3

Locais (Km)

Tempo (Hrs)0 4 13 2015

C04

C04

C02

C02

9

100

280

500

000

26Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Gráfico de Circulação de Trens – Linha Dupla

Cruzamento entre dois trens em linha dupla

PCz 1

PCz 2

PCz 3

Locais (Km)

Tempo (Hrs)0 4 13 20165 10 20

PCz 4 C01

C01

C02

C02

1 126

Linha Dupla

Correto

100

280

500

000

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

14

27Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Gráfico de Circulação de Trens - 2001 - EFC

28Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Gráfico de Circulação de Trens - 2011 - EFC

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

15

29Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Pátios ferroviários

30Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Definição

• Define-se pátio ferroviário como sendo uma área plana em que um conjunto de vias é preparado para desmembramento e formação de trens, estacionamento de carro e vagões, operações de carregamento e descarga de produtos, manutenção de material rodante e outras atividades.

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

16

31Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Definição

• Nos pátios, o tráfego opera mediante regras, instruções e sinais próprios e, via de regra, em velocidades reduzidas.

• Cada pátio possui pessoal e equipamento próprio que são usados da melhor maneira visando reduzir, principalmente, o tempo de permanência dos vagões dentro dos pátios.

32Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Elementos de um pátio ferroviário• As linhas são dispostas no pátio formando desvios visando facilitar

o desmembramento e a formação de trens, ao conjunto de vários desvios denomina-se feixe de linhas

Comprimento útil do desvio (Lu)

AMV

Marco de via

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

17

33Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Terminologia Básica

• Manobra Ferroviária pode ser definida como todas as operações que têm por objetivo movimentar vagões e locomotivas pelas linhas dos pátios ferroviários visando o desmembramento e a formação de trens para atender às operações ferroviárias.

34Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Terminologia Básica

• Cortar um Vagão significa abrir o engate entre dois vagões, ou entre vagão e locomotiva separando-os ou desengatando-os com o objetivo de desmembrar o trem em lotes ou vagões isolados.

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

18

35Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Terminologia Básica

• Formação de trem é a operação de fazer o engate de diversoslotes ou grupos selecionados de vagões que irão compor um trempara uma viagem.

36Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Tipos de pátios ferroviário

• Os tipos dos pátios são definidos em função das operações que nele podem ser realizadas

• Tipos de pátios– Pátio de Cruzamento; – Pátio de Manobra; – Terminal Ferroviário;– Pátio de Triagem;– Pátio de Oficina,– Pátio de Intercâmbio.

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

19

37Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Estação Ferroviária

• As estações ferroviárias são escritórios anexos aos pátios ferroviários

• Administrativo – Controle de toda a documentação que circula com os

trens, o acompanhamento dos índices de controle do terminal, dentre outras.

• Comercial– Contato com os clientes da ferrovia, coletando

documentação, verificando entrega e recebimento de mercadorias e recebendo eventuais reclamações e elogios do cliente.

38Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Elementos de um pátio ferroviário

• Operacional, – Controlar todos os recursos do pátio, inclusive ocupação– Fazer a interface com o CCO para coordenar a chegada

e a saída de trens do pátio– Repassar para os manobreiros e maquinistas, quais as

manobras devem ser realizadas. Sendo que estes só podem executar manobras com a autorização expressa da estação.

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

20

39Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Mapa de Controle de Pátios Ferroviários

• Uma das técnicas mais utilizadas para a gestão dos pátios pelos colaboradores que exercem a função de CPT é o Mapa de Controle de Operações de Pátios Ferroviários

• O mapa consiste em um layout de todo o pátio ou de um setor contendo todas as linhas, equipamentos de carregamento e descarga, facilidades, sinalização e o que mais for relevante no pátio

40Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Mapa de Controle de Pátios Ferroviários

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

21

41Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Pátio de Manobra

• Pátios de Manobra são aqueles pátios destinados a realizar todotipo de manobra de veículos ferroviários

• São formados por diversas linhas, agrupadas em feixes queformam os subpátios, e que têm por objetivo otimizar asmanobras ferroviárias visando o desmembramento e aformação de trens

• Os Pátios de Manobra tem uma Estação Ferroviária responsávelpor coordenar todas as atividades de manobra do pátio

42Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Pátio de Manobra

• Os Pátios de Manobra podem ser subdivididos em três áreas, ou feixes de desvios– Recepção– Classificação– Formação

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

22

43Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Pátio de Recepção

• No Pátio de Recepção – o trem é recebido, – a locomotiva de viagem é cortada do trem, – os vagões são estacionados e ficam aguardando vaga

para ir para o Pátio de Classificação

• A maior importância do Pátio de Recepção é acomodar todos os vagões direcionados para o Pátio de Manobra e liberar imediatamente as linhas de circulação da ferrovia, permitindo, assim, que o tráfego ocorre sem interrupções

44Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Pátio de Classificação

• Pátio de Classificação é o que tem maior quantidade de linhas

• Cada uma destas deve ser destinada a conjunto de vagões que tenham um destino ou um cliente ou um produto

• Visa o desmembramento dos vagões para posterior agrupamento no Pátio de Partida ou Formação

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

23

45Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

• Os Pátios de Classificação podem ser de três tipos:– Plano;– Hump yard,– Gravidade.

Pátio de Classificação

46Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Pátio de Formação

• O Pátio de Formação tem por objetivo principal agrupar os conjuntos de vagões classificados no Pátio de Classificação dentro da sequência de estações a que eles se destinam e engatar uma locomotiva de viagem a fim de iniciar mais uma viagem com um novo trem

• Devem ser providenciadas todas as documentações necessárias para que o trem siga viagem, notas fiscais e conhecimentos de embarque. – Vagão sem documentação é considerado vagão

clandestinos.

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

24

47Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

• Os lotes de vagões da primeira estação que o novo trem vaipassar devem ser posicionados na cauda do trem, evitandoassim, que na próxima estação sejam feitas manobras pararetirar os vagões destinados a ela

• A formação do trem depende da disponibilidade delocomotivas de viagem e do trecho a ser percorrido

Pátio de Formação

48Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Pátio Terminal Ferroviário• O Terminal Ferroviário é um pátio ferroviário dedicado ao

carregamento e a descarga de produtos

• Nos Terminais Ferroviários devem existir áreas projetadas para o carregamento e descarga de produtos compostas por instalações próprias para cada tipo de produto

• Nestas áreas devem existir equipamentos para o tipo de carga que a área movimenta, assim, podem-se ter terminais especializados em: – Carga a granel; – Carga geral; – Contêiner.

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

25

49Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Terminal Ferroviário de Granel

• As instalações variam em função da carga a granel sesólida, líquido e gasoso

• As instalações para do Terminal Ferroviário de Granel Sólido serão divididas em carregamento e descarga

• Dentre as instalações para carregamento de vagões, destacam-se: – muros de carregamento. – silos de carregamento,– praias de terminal.

50Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Terminal Ferroviário de Granel Carregamento• Os muros de carregamento são construções que servem para

suportar um aterro mais alto que a linha férrea e que fica na altura do frechal dos vagões

• Usualmente, a face deste aterro tem um muro de arrimo a 90o

paralelo a linha férrea onde o vagão vai ser posicionado

• Por cima deste aterro circulam as pás mecânicas que trazem a carga das pilhas de estocagem e as depositam dentro dos vagões. – As pilhas de estocagem devem estar próximas ao muro para

evitar grandes deslocamentos das pás mecânicas

• Eles são usados, principalmente, para minério de ferro, carvão, calcário, gusa entre outros

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

26

51Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Pátio Terminal Ferroviário

52Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Terminal Ferroviário de Granel Carregamento

• Os silos são estruturas, metálicas e/ou de concreto, quecomportam um grande depósito na sua parte superior quepossui uma abertura na parte inferior

• Esta abertura fica numa altura superior ao frechal do vagão

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

27

53Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Terminal Ferroviário de Granel Carregamento

54Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Terminal Ferroviário de Granel Carregamento

• Granel agrícola, soja, farelo de soja, milho, alguns silos diferem um pouco do modelo apresentado

• As comportas possuem tubos que podem ser operados de forma automática ou pelo operador de carregamento que direciona a carga para os lados e cantos dos vagões

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

28

55Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Terminal Ferroviário de Granel Carregamento

56Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Terminal Ferroviário de Granel Carregamento

• A praia de terminal é a forma mais econômica paracarregamento de granel, mas, nem sempre, a maneira maiseficiente

• Os vagões são carregados através de empilhadeirasespeciais, como no caso de toretes de madeira ou por meiode pás mecânicas,

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

29

57Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Terminal Ferroviário de Granel Carregamento

58Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Terminal Ferroviário de Granel Descarga

• Instalações para descarga de vagões com granel sólido, – viradores de vagões; – moegas ferroviárias; – praias de terminal.

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

30

59Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Terminal Ferroviário de Granel Descarga

60Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Terminal Ferroviário de Granel Descarga

• As moegas ferroviárias podem variar sua forma em função da carga a ser descarregada. As duas formas mais usuais são: – Elevado;– Moegas com esteira.

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

31

61Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Terminal Ferroviário de Granel Descarga

62Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

• Moegas ferroviárias– Descarga dos vagões por gravidade, no entanto a carga

cai sobre transportadores de correia que levam a carga até armazéns ou silos

– Produtos descarregados: grãos em geral, farelo, fertilizantes, cal, magnesita, fosfato, enxofre, açúcar, etc.

Terminal Ferroviário de Granel Descarga

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

32

63Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

• Moega

TremonhaVagão

Piso da meogaEm tela vazada

Terminal Ferroviário de Granel Descarga

64Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

• Moega

Moega

Terminal Ferroviário de Granel Descarga

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

33

65Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

• Moega

Comportas

Terminal Ferroviário de Granel Descarga

66Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

• Moega

Comportas

Terminal Ferroviário de Granel Descarga

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

34

67Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Terminal Ferroviário para Carga Geral

• Em um Terminal Ferroviário para Carga Geral as instalações variam muito, sendo praticamente exclusivas para cada tipo de carga

• Existem dois tipos básicos de Terminal Ferroviário para Carga Geral:– cobertos,– a céu aberto.

68Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Terminal Ferroviário para Carga Geral Coberto

• Os terminais cobertos têm por objetivo operar cargas quenão podem ficar expostas ao tempo

• Precisam ser operadas independentemente da situaçãoclimática (chuva, neve, etc)

• Cargas que necessitam desta proteção, citam-se:– fardos de celulose,– sacos de leite em pó,– bobinas de aço a frio– caixarias– outras

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

35

69Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Terminal Ferroviário para Carga Geral Coberto

70Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

• Os terminais a céu aberto seguem o mesmo conceito depraia de terminal, podendo ser pavimentados ou não

• Terminais mais organizados e com um tráfego maior,comumente, têm sua praia de terminal pavimentada

• Se o terminal tiver equipamentos que operem sobre trilho,este problema do terminal se tornar um atoleiro é menosgrave.

Terminal Ferroviário para Carga Geral a Céu Aberto

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

36

71Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Terminal Ferroviário para Carga Geral a Céu Aberto

72Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Terminal Ferroviário para Carga Geral Equipamentos

• Existem dois equipamentos que exercem a mesma função das empilhadeiras

• Conforme o uso ser dentro de armazém ou a céu aberto

• São eles:– pórticos,– pontes rolantes.

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

37

73Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Terminal Ferroviário para Carga Geral Equipamentos

74Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Terminal Ferroviário para Carga Geral Equipamentos

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

38

75Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Terminal Ferroviário para Contêiner

• As empilhadeiras reach stacker e a empilhadeira top lift sãoespecializadas para operação de carregamento e descargade contêiner

• A diferença entre ambas é que a top lift é mais empregadapara contêineres vazios e alcança uma menor distância apartir da torre.

76Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Terminal Ferroviário para Contêiner Equipamentos

Reach Stacker

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

39

77Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Terminal Ferroviário para Contêiner Equipamentos

Reach Stacker

78Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Como fazer uma manobra

Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

40

79Curso de Engenharia Civil - Estradas de Ferro – Departamento de Produção - Prof. Dr. Rodrigo de Alvarenga Rosa

Como fazer uma manobra