130
JANEIRO 7

DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE …licenciamento.ibama.gov.br/Rodovias/BR 101NE - Trecho PalmaresPE... · ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL – VOLUME 1 BR-101 AL/SE/BA i ESTUDO

  • Upload
    haque

  • View
    221

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

JANEIRO 7

http://

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL VOLUME 1 BR-101 AL/SE/BA

i

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL (EIA) DAS OBRAS DE ADEQUAO DE CAPACIDADE DA BR-101 AL/SE/BA

NDICE

APRESENTAO 1 CAPTULO 1 IDENTIFICAO DO EMPREENDEDOR E DA CONSULTORA

RESPONSVEL PELOS ESTUDOS 2 1.1 RESPONSABILIDADE E CONTATOS 2 1.2 EQUIPE TCNICA 3

CAPTULO 2 REGULAMENTAO APLICVEL, PLANOS E PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS 5

2.1 LEGISLAO E NORMAS APLICVEIS (FEDERAL) 5 2.2 NORMAS REGULAMENTADORAS DO MINISTRIO DO TRABALHO (NR'S) 8 2.3 DECISES E CORPO NORMATIVO AMBIENTAL DNIT 8 2.4 LEGISLAO ESTADUAL ALAGOAS 9 2.5 LEGISLAO ESTADUAL SERGIPE 10 2.6 LEGISLAO ESTADUAL BAHIA 10 2.7 LEGISLAO SOBRE GRUPOS E TERRAS INDGENAS 11 2.8 PLANOS E PROGRAMAS COLOCALIZADOS 18

CAPTULO 3 ABORDAGEM METODOLGICA 19 CAPTULO 4 REA DE INFLUNCIA 27

4.1 INTRODUO 27 4.2 REA DIRETAMENTE AFETADA (ADA) 27 4.3 REA DE INFLUNCIA INDIRETA (AII) 27 4.4 REA DE INFLUNCIA REMOTA (AIR) 29

CAPTULO 5 CARACTERIZAO DO EMPREENDIMENTO 31 5.1 HISTRICO 31 5.2 IMPORTNCIA REGIONAL 31 5.3 OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS 32 5.4 LOCALIZAO GEOGRFICA 33 5.5 DESCRIO DO PROJETO 39

5.5.1 INTRODUO 39

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL VOLUME 1 BR-101 AL/SE/BA

ii

5.5.2 CLASSE DA RODOVIA 41

5.5.3 TERRAPLENAGEM, CORTES E ATERROS 51

5.5.4 SERVIOS NECESSRIOS S OBRAS DE ADEQUAO 51

5.5.5 ALTERNATIVAS TECNOLGICAS E LOCACIONAIS 53

5.6 ACAMPAMENTO, INSTALAES INDUSTRIAIS 57 5.7 OCORRNCIA DE MATERIAIS 58 5.8 EXECUO DOS SERVIOS E MO DE OBRA 68 5.9 ESPECIFICAES DE SERVIOS 68

5.9.1 ESPECIFICAES GERAIS 68

5.9.2 ESPECIFICAES COMPLEMENTARES 70

5.9.3 ESPECIFICAES COMPLEMENTARES ADICIONAIS 103

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL VOLUME 1 BR-101 AL/SE/BA

iii

NDICE DE FIGURAS

FIGURA 3.1 MODELO CONCEITUAL PARA A CLASSIFAO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS 20

FIGURA 3.2 FLUXO DE INTERAO ENTRE OS MTODOS DE CHECKLIST, MATRIZ DE IDENTIFICAO E MATRIZ DE CLASSIFICAO 21

FIGURA 4.1 MAPA DAS REAS DE INFLUNCIA INDIRETA E DIRETAMENTE AFETADA 30

FIGURA 5.1 MAPA DE SITUAO 34

FIGURA 5.2 MAPA DE LOCALIZAO GEOGRFICA 35

FIGURA 5.3 ESQUEMA LINEAR DO TRAADO 42

FIGURA 5.4 PROJETO GEOMTRICO - SEO TIPO 54

FIGURA 5.5 PROJETO DE PAVIMENTAO - SEO TIPO 55

FIGURA 5.6 ESQUEMA DE LOCALIZAO DAS OCORRNCIAS DE MATERIAIS 59

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL VOLUME 1 BR-101 AL/SE/BA

iv

NDICE DE TABELAS

TABELA 2.1 LEGISLAO INDIGENISTA (COMPLEMENTO) 16

TABELA 4.1 MUNICPIOS QUE COMPEM A REA DE INFLUNCIA INDIRETA 28

TABELA 5.1 INTERSEES, ACESSOS E TRAVESSIAS URBANAS 51

TABELA 5.2 APOIO LOGSTICO 58

TABELA 5.3 ESPECIFICAES GERAIS DO DNIT 69

TABELA 5.4 ESPECIFICAES COMPLEMENTARES 70

TABELA 5.5 LISTA DE ESPCIES (EC-PA-04) 83

TABELA 5.6 LISTA DE ESPCIES RECOMENDADAS PARA RECOMPOSIO DA COBERTURA VEGETAL EM REAS ALTERADAS (EC-PA-04) 83

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL VOLUME 1 BR-101 AL/SE/BA

1

APRESENTAO

As obras de adequao de capacidade da BR-101 AL/SE/BA so aqui discutidas em seus aspectos ambientais, na forma de Estudo de Impacto Ambiental EIA, coordenado e elaborado por equipe da OIKOS Pesquisa Aplicada Ltda. O relatrio segue a indicao metodolgica sugerida no Termo de Referncia fornecido pelo DNIT, em consonncia ao atendimento legislao pertinente.

O Estudo compreendeu a realizao de um conjunto de atividades tcnicas que incluram o levantamento dos recursos naturais e antrpicos, a elaborao do diagnstico ambiental, a identificao, previso e avaliao dos impactos significativos, as medidas mitigadoras e compensatrias e o monitoramento dos impactos ambientais. O diagnstico ambiental dos meios fsico, bitico e antrpico foi elaborado a partir de levantamentos de dados primrios, de campo, apoiado em foto cartas, e de pesquisa bibliogrfica e de outras fontes de dados secundrios. As observaes e anlises reunidas orientaram a determinao e a avaliao do potencial de interao dos impactos ambientais em relao s particularidades da rea de influncia.

O EIA est subdividido em TRS VOLUMES e um Anexo para facilitar a leitura e o manuseio, conforme descrio a seguir.

VOLUME 1 que o presente relatrio e contm: Identificao do Empreendedor e da Consultora responsvel pelos Estudos; Regulamentao Aplicvel; Abordagem Metodolgica; Definio da rea de Estudo: rea de Influncia Indireta e rea Diretamente Afetada; Descrio do Empreendimento (justificativas, alternativas locacionais, caractersticas fsicas, tcnicas e operacionais). VOLUME 2 Diagnstico Ambiental dividido em TRS TOMOS: TOMO I - A e B MEIO FSICO; TOMO II MEIO BITICO; TOMO III MEIO ANTRPICO.

VOLUME 3 Anlise Integrada do Diagnstico Ambiental, Identificao e Avaliao dos Impactos Ambientais, Prognstico Ambiental, Medidas Mitigadoras, Compensatrias e Programas Ambientais, Concluses, Glossrio, Bibliografia.

ANEXO Detalhamento da rea de Influncia em Fotocartas.

Os Programas Ambientais sero detalhados em Volume prprio intitulado

Plano Bsico Ambiental.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL VOLUME 1 BR-101 AL/SE/BA

2

CAPTULO 1 IDENTIFICAO DO EMPREENDEDOR E DA CONSULTORA RESPONSVEL PELOS ESTUDOS 1.1 RESPONSABILIDADE E CONTATOS

PELA RODOVIA DNIT DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES,

pessoa jurdica de direito pblico, submetido ao regime de autarquia, vinculado ao Ministrio dos Transportes; CGC n. 04892707/0001-00.

Responsvel:

ngela Maria Barbosa Parente, Coordenadora Geral de Meio Ambiente/DNIT, engenheira civil CREA 4937-D/DF, CPF 135620373-68, SAN Quadra 03, lote A - Ed. Ncleo dos Transportes - 70040-902, Telefone(s): (0xx61) 315-4000, Fax: (0xx61) 315-4000.

Endereos:

Braslia/DF: SAN Quadra 03, Lote A - Ed. Ncleo dos Transportes - 70040-902, Telefone(s): (0xx61) 315-4000, Fax:(0xx61) 315-4000, e-mail: .

PELA ELABORAO DO EIA/RIMA OIKOS Pesquisa Aplicada Ltda., cadastrada no IBAMA sob o nmero 036/99,

com endereo Avenida Presidente Vargas, n. 962, sala 805, Rio de Janeiro/RJ; CEP 20071-002, CGC/MF n. 28.232.346/0001-34, Telefone(s): (0xx21) 2223-1194; Fax: (0xx21) 2233-9577, e-mail: .

Responsveis: Vitor Bellia, Gelogo, registro no IBAMA n 3/33/1999/000312- 4, CREA/SP

26190/D.

Ira Bidone Bellia, Engenheira Civil, registro no IBAMA n 218669, CREA/RJ 51913/D.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL VOLUME 1 BR-101 AL/SE/BA

3

1.2 EQUIPE TCNICA

NOME PROFISSO REGISTRO IBAMA REGISTRO

PROFISSIONAL FUNO

Iara Bidone Bellia Engenheira Civil 218669 51913/D CREA/RJ Coordenadora Geral

Lais A. Menezes Economista 218685 15529 CORECON/RJ Coordenadora Meio Antrpico

Tina Mansur Engenheira Rodoviria 222854 87106969-6 CREA/RJ Coordenadora Meio Fsico

Jos F. Pacheco Bilogo 222829 12947/02 CRBio Coordenador Meio Bitico

Vitor Bellia Gelogo 137471 26190/D CREA/SP Consultor

Clarice M. Vieira Economista 95651 22839-7 CORECON/RJ Meio Antrpico

Maurcio Metri Economista 1450420 24346 CORECON/RJ Meio Antrpico

Claudio Delorenci Arquelogo 218679 RG. 05664007-1/RJ Meio Antrpico

Celina Braga Moreira de Souza Antroploga 199600 RG 02.718.764 - RJ0 Meio Antrpico

Ricardo R. Dias Gelogo 254192 6158-8/D CREA/TO Meio Fsico

Lindomar Ferreira dos Santos

Engenheiro ambiental 254210 011530-3/D CREA/TO Meio Fsico

Dcio Luis Semensatto Jr Eclogo 906279 302815454 - SSP

Recursos Hdricos

Arthur Wieczorek Geoeclogo 906284 343626640 - SSP Recursos Hdricos

Dimas Dias Brito Gelogo 906282 5060935116 CREA/SP Recursos Hdricos

Isac Tavares Gegrafo 254192 014746-5/D CREA/TO Meio Fsico

Jailton Soares Gegrafo 254424 011490-4/D CREA/TO Meio Fsico

Tlio Dias Brito Engenheiro Agrnomo 481375 5061580404-D

CREA/SP Meio Fsico/ Solos

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL VOLUME 1 BR-101 AL/SE/BA

4

NOME PROFISSO REGISTRO IBAMA REGISTRO

PROFISSIONAL FUNO

Silvio Pinheiro da Silva

Engenheiro Mecnico 521846 1984100913 CREA/RJ Rudos

Carlos Figueiredo Bilogo 511474 2403802-D CRBio/RJ Ictiofauna

Fabio Olmos Bilogo 27188 06766-01 CRBio/SP Avifauna

Sonia S. Belentani Biloga 6095-20 2392101-D CRBio/SP Mastofauna

Filipe Nascimento Bilogo 964537 46265-5D CRBio/AL Herpetofauna

Eduardo Santos Botnico 28291 30366/4-D CREA/TO Flora

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL VOLUME 1 BR-101 AL/SE/BA

5

CAPTULO 2 REGULAMENTAO APLICVEL, PLANOS E PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS 2.1 LEGISLAO E NORMAS APLICVEIS (FEDERAL) Resoluo CONAMA 357 de 2005: dispe sobre a classificao dos corpos de

gua e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condies e padres de lanamento de efluentes.

Resoluo CONAMA 362 de 2005: diretrizes para o recolhimento e destinao de leo lubrificante usado ou contaminado.

Instruo Normativa n. 20/ INCRA de 2005: regulamenta o procedimento para identificao, reconhecimento, delimitao, demarcao, desintruso, titulao e registro das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos de que tratam o Art. 68 do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias da Constituio Federal de 1988 e o Decreto n 4.887, de 20 de novembro de 2003.

Instruo Normativa n. 16/ INCRA de 2004: regulamenta o procedimento para identificao, reconhecimento, delimitao, demarcao e titulao das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos de que trata o art. 68 do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias.

Portaria n 230 de 2002: estabelece os procedimentos para compatibilizar as fases de obteno de licenas ambientais com os empreendimentos potencialmente capazes de afetar o patrimnio arqueolgico e para obteno das licenas ambientais referentes apreciao e acompanhamento das pesquisas arqueolgicas no pas.

MPV 2102-30 de 2001: que, no art. 6, limita a um (1) o juzo em que podem ser propostas Aes Civis Pblicas.

MPV 2073-32 de 2001: que acrescenta dispositivo na lei 9605/98 com critrios para autorizao de construo, instalao,..., celebrao de termos de compromisso, etc.

Resoluo CONAMA 357 de 2000: que determina Padres de Qualidade de gua.

Resoluo CONAMA 274 de 2000: que determina os padres de balneabilidade.

MPV 2166 de 2000: que altera e acresce dispositivos lei 4.771, de 15 de setembro de 1965, que institui o Cdigo Florestal.

Lei 9985 de 2000: que regulamenta o Art. 225 da Constituio e institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservao da Natureza SNUC.

Lei 9984 de 2000: que dispe sobre a criao da Agncia Nacional de guas - ANA, entidade federal de implementao da Poltica Nacional de Recursos Hdricos e de coordenao do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hdricos.

Decreto 3551 de 2000: que institui o Registro dos Bens Culturais.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL VOLUME 1 BR-101 AL/SE/BA

6

MPV 2080-58 de 2000: que altera parcialmente o Cdigo Florestal.

Resoluo CONAMA 248 de 1999: diretrizes para utilizao sustentada de recursos florestais da Mata Atlntica no Estado da Bahia.

Lei 9795 de 1999: que dispe sobre a Educao Ambiental.

Resoluo CONAMA 240 de 1998: determina a imediata suspenso das atividades madeireiras que utilizem como matria-prima rvores nativas da Mata Atlntica.

Lei 9605 de 1998: conhecida como "Lei de Crimes Ambientais"

Decreto 2661 de 1998: que regulamenta o uso do fogo.

Decreto 2612 de 1998: que regulamenta o Conselho Nacional de Recursos Hdricos.

Resoluo CONAMA 237 de 1997: que modifica parcialmente e completa a resoluo 001/86.

Lei 9433/97 de 1997: que institui a Poltica Nacional de Recursos Hdricos.

Resoluo CONAMA 02 de 1996: que estabelece os critrios para definir os investimentos em compensao de impactos.

Resoluo CONAMA 012 de 1994: aprova o Glossrio de Termos Tcnicos para assuntos de Mata Atlntica.

Resoluo CONAMA 005 de 1994: que define a vegetao primria e secundria nos estgios inicial e mdio de regenerao da Mata Atlntica.

Resoluo CONAMA 09 de 1993: referente destinao e tratamento de resduos de leo de lubrificao e outros.

Resoluo CONAMA 05 de 1993: referente ao gerenciamento de resduos slidos em terminais ferrovirios, portos, rodovirios, etc.

Resoluo CONAMA 010 de 1993: que determina os parmetros bsicos para a anlise dos estgios de sucesso da Mata Atlntica.

Decreto 750 de 1993: que dispe sobre o corte, a explorao e a supresso de vegetao primria ou nos estgios avanado e mdio de regenerao da Mata Atlntica, e d outras providncias.

Resoluo CONAMA 013 de 1990: que define responsabilidade sobre licenciamento de empreendimento a menos de 10 km de Unidades de Conservao.

Resoluo CONAMA 008 de 1990: complementar 003/90.

Resoluo CONAMA 003 de 1990: que dispe sobre os Padres de qualidade do ar.

Lei 8078 de 1990: conhecida como "Cdigo de Proteo e Defesa do Consumidor", que acrescenta o pargrafo 6 no Art. 5 da lei 7347/85, criando os TAC Termos de Ajuste de Conduta (Art. 113).

Decreto 99547 de 1990: que dispe sobre a vedao do corte e da respectiva explorao da vegetao nativa da Mata Atlntica, e d outras providencias.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL VOLUME 1 BR-101 AL/SE/BA

7

Resoluo CONAMA 001 de 1990: referente aos rudos.

Decreto 9927 de 1990: que regulamenta a Lei 6938/81.

Lei 7803 de 1989: que modifica dispositivos do Cdigo Florestal, inclusive a largura das matas ciliares a serem preservadas.

Resoluo CONAMA 010 de 1988: que regulamenta as reas de proteo ambiental (APA's).

Resoluo CONAMA 003 de 1988: que autoriza entidades civis a participar da fiscalizao das unidades de conservao.

Resoluo CONAMA 001 de 1988: que regulamenta o cadastro tcnico federal de atividades e instrumentos de defesa ambiental (obrigatrio para consultoria e para fabricao, instalao, operao e comercializao de aparelhos de medio, de reduo e/ou de controle de atividades efetivas ou potencialmente poluidoras).

Portaria 07/ SPHAN de 1988: que regulamenta as permisses e autorizaes de pesquisa.

Lei n 7.661 de 1988: que institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro, e d outras providncias.

Decreto 96044 de 1988: que aprova o regulamento para transporte de produtos perigosos.

Resoluo CONAMA 011 de 1987: que refaz, sem revogar, a resoluo CONAMA 004/87.

Resoluo CONAMA 009 de 1987: que regulamenta as audincias pblicas previstas na resoluo 001/86.

Resoluo CONAMA 004 de 1987: que identifica como stios ecolgicos de relevncia culturais diversas reas, inclusive hortos florestais e cavernas.

Resoluo CONAMA 020 de 1986: referente qualidade das guas.

Resoluo CONAMA 011 de 1986: que altera parcialmente a resoluo 001/86.

Resoluo CONAMA 006 de 1986: que regulamenta as publicaes (divulgaes) de licenas e pedidos de licenas na resoluo 001/86.

Resoluo CONAMA 001 de 1986: que institui os EIA-RIMA e identifica os organismos responsveis pelos licenciamentos.

Resoluo CONAMA 004 de 1985: que estabelece definies (e dimenses) para as reservas ecolgicas definidas como reas de preservao permanentes na lei 4771/65 e suas modificaes posteriores.

Lei 7347 de 1985: conhecida como "Lei dos Interesses Difusos", que disciplina a Ao Civil Pblica por danos causados ao meio ambiente.

Decreto lei 2063 de 1983: referente a transporte de produtos perigosos.

Lei 6938 de 1981: que institui o Sistema Nacional de Meio Ambiente SISNAMA e o Conselho Nacional de Meio Ambiente CONAMA.

Lei 5197 de 1967: que institui a Proteo Fauna.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL VOLUME 1 BR-101 AL/SE/BA

8

Lei 4771 de 1965: que institui o Cdigo Florestal e define as reas de Preservao Permanente (matas ciliares, cristas de serras, mananciais hdricos, etc).

Lei 3924 de 1961: que dispe sobre os Monumentos Arqueolgicos e Pr- Histricos.

Decreto-Lei 4146 de 1942: que dispe sobre a proteo de depsito fossilferos.

Decreto Lei 25 de 1937: que organiza a Proteo do Patrimnio Histrico e Artstico.

Decreto 24643 de 1934: que institui o Cdigo de guas.

2.2 NORMAS REGULAMENTADORAS DO MINISTRIO DO TRABALHO (NR'S)

NR4 Servios especializados em engenharia de segurana e em medicina do trabalho.

NR6 Equipamentos de proteo individual EPI.

NR7 Programas de controle mdico de sade ocupacional.

NR9 Programa de preveno de riscos ambientais.

NR11 Transporte, movimentao, armazenagem e manuseio de materiais.

NR15 Atividades e operaes insalubres.

NR16 Atividades e operaes perigosas.

NR18 Condies e meio ambiente de trabalho na indstria da construo.

NR19 Explosivos.

NR20 Lquidos combustveis e inflamveis.

NR21 Trabalho a cu aberto.

NR25 Resduos industriais.

NR29 Segurana e sade no trabalho porturio.

2.3 DECISES E CORPO NORMATIVO AMBIENTAL DNIT

Deliberao do Conselho de Administrao, sesso 02/2000, de 15/09/2000, que aprova a Poltica Ambiental do DNIT e seu respectivo Sistema de Gesto.

Instruo de Servio DG/DNIT N16/00.

Corpo Normativo Ambiental para Empreendimentos Rodovirios.

Instruo de Proteo Ambiental das Faixas de Domnio e Lindeiras das Rodovias Federais.

Manual para Ordenamento do Uso do Solo nas Faixas de Domnio e Lindeiras das Rodovias Federais.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL VOLUME 1 BR-101 AL/SE/BA

9

Manual Rodovirio de Conservao, Monitoramento e Controle Ambientais DNIT.

Diretrizes Bsicas para Elaborao de Estudos e Projetos Rodovirios.

2.4 LEGISLAO ESTADUAL ALAGOAS

Lei n 4090 de 05/12/1979: que dispe sobre a proteo do Meio Ambiente no Estado de Alagoas.

Lei n 4633 de 14/01/1985: que regula o Transporte de Cargas Perigosas nas Rodovias Estaduais.

Lei n 4682 de 17/07/1985: que declara protegidas reas com Vegetao de Mangue no Estado de Alagoas.

Lei n 5310 de 19/12/1991: que institui o replantio e manuteno de reas verdes e florestais em vinte por cento (20%) de sua totalidade.

Lei n 5745 de 19/10/1995: que dispe sobre a regulamentao do plantio de rvores frutferas tropicais e leguminosas nas reas de domnio das rodovias estaduais do Estado de Alagoas.

Lei n 5854 de 14/10/1996: que dispe sobre a Poltica Florestal no Estado de Alagoas.

Lei n. 6011 de 08/05/1998: que dispe sobre penalidades por infrao s normas legais de proteo ao meio ambiente e sobre valores relativos ao sistema de licenciamento.

Decreto n 4302 de 04/06/1980, que regulamenta a Lei 4090: que dispe sobre o Meio Ambiente no Estado de Alagoas.

Decreto n 4383 de 14/08/1980: que dispe sobre a segurana do trnsito nas rodovias estaduais e dos moradores das edificaes marginais.

Decreto n 4385 de 14/08/1980: que d nova redao aos Artigos 30, 32 e 34 do Decreto n 4302, de 04 de junho de 1980.

Decreto n 4631 de 06/04/1981: que dispe sobre normas referente s condies mnimas de proteo ambiental previstas no Artigo 133, 1, da Emenda Constitucional do Estado de Alagoas.

Decreto n 5536 de 03/10/1983: que estabelece novas normas para proteo do Meio Ambiente do litoral do Estado de Alagoas, complementares s do Decreto n 4631, de 06 de abril de 1981.

Decreto n 6544 de 14/08/1985: que dispe sobre a incluso da Licena Prvia, no Sistema Estadual de Licenciamento de Atividades Poluidoras, contido no Decreto Estadual n 3908, de 07 de maio de 1979.

Decreto n 33212 de 08/11/1988: que dispe sobre o Sistema de Licenciamento de Atividades Poluidoras e/ou Degradantes SELAP e regulamenta o item VII do Artigo 16 da Lei 4986, de 16 de maio de 1988.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL VOLUME 1 BR-101 AL/SE/BA

10

Decreto n 33410 de 28/03/1989: que regulamenta a Lei 4986, de 16 de maio de 1988, cria o Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas IMA e d providncias correlatas.

2.5 LEGISLAO ESTADUAL SERGIPE

Constituio do Estado de Sergipe, Cap. IV, da Ordem Social, seo I, do Meio Ambiente.

Lei n 4.319 de 15 de dezembro de 2000: que dispe sobre a Diretoria Executiva da Administrao Estadual do Meio Ambiente ADEMA, compreendendo a Presidncia, a Diretoria Administrativa e Financeira, e a Diretoria Tcnica, e d providncias correlatas.

Decreto n 18.833 de 22 de maio de 2000: que altera o art. 9, acrescendo o inciso VI, do Decreto n 18.509, de 10 de dezembro de 1999, que constitui Comisso Interinstitucional de Educao Ambiental do Estado de Sergipe.

Decreto n 18.806 de 12 de maio de 2000: que homologa o Regimento Interno do Conselho Estadual de Recursos Hdricos CONERH/SE, e d providncias correlatas.

Decreto n 18.638 de 21 de fevereiro de 2000: que constitui o Comit Estadual da Reserva da Biosfera da Mata Atlntica no Estado de Sergipe.

Lei n 3.870 de 25 de dezembro de 1997: que dispe sobre a Poltica Estadual de Recursos Hdricos, cria o Fundo Estadual de Recursos Hdricos e o Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hdricos, e d outras providncias.

Decreto n 18.099 de 26 de Maio de 1999: que dispe sobre o Conselho Estadual de Recursos Hdricos CONERH/SE, e d providncias correlatas.

Decreto n 18. 456 de 03 de dezembro de 1999: que regulamenta a outorga de direito de uso de recursos hdricos, de domnio do Estado, de que trata a Lei n 3.870, de 25 de setembro de 1997, e d providncias correlatas.

2.6 LEGISLAO ESTADUAL BAHIA

Constituio do Estado da Bahia de 1989, Ttulo VI, Da Ordem Econmica e Social, Cap VII, do Meio Ambiente.

Lei 6855-95: que dispe sobre a Poltica Estadual de Recursos Hdricos.

Decreto 6296 de 1997: que outorga de direito de uso de recursos hdricos e penalidades.

Lei 6569 de 1994: que institui a Poltica florestal no Estado da Bahia.

Portaria 29 de 2005: que institui diretrizes sobre explorao florestal, plano de manejo florestal e supresso de vegetao nativa.

Lei 3163 de 1973: que prev a criao do CEPRAM.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL VOLUME 1 BR-101 AL/SE/BA

11

Lei 7799 de 2001: que institui a Poltica Estadual de Administrao de Recursos Ambientais.

Resoluo CEPRAM 1039 de 1994: NA Transporte Rodovirio de Produtos e Resduos Perigosos.

Resoluo CEPRAM 2929 de 2002: Avaliao de impactos ambientais.

Resoluo CEPRAM 2933 de 2002: Gesto integrada e responsabilidade Ambiental.

Resoluo CEPRAM 2965 de 2002: NA Municipalizao da gesto ambiental.

Resoluo CEPRAM 2983-02 de 2002: NT Documentao para o licenciamento ambiental.

Resoluo CEPRAM 3064 de 2002: Licenciamento de empreendimentos rodovirios.

Resoluo CEPRAM 3183 de 2003: NT Situaes de emergncias ambientais.

Decreto 9083 de 2004: que cria a Comisso Interinstitucional de Educao Ambiental do Estado.

2.7 LEGISLAO SOBRE GRUPOS E TERRAS INDGENAS

Existe uma extensa legislao sobre grupos e terras indgenas, mas algumas leis e decretos devem ser destacados. Na Constituio Federal de 1988, referem-se aos ndios os seguintes artigos:

a) Art. 20. So bens da Unio: XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos ndios.

b) Art. 22. Compete privativamente Unio legislar sobre: XIV - populaes indgenas.

c) Art. 49. da competncia exclusiva do Congresso Nacional: XVI - autorizar, em terras indgenas, a explorao e o aproveitamento de recursos hdricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais.

d) Art. 109. Aos juzes federais compete processar e julgar: XI - a disputa sobre direitos indgenas.

e) Art. 129. So funes institucionais do Ministrio Pblico: V - defender judicialmente os direitos e interesses das populaes indgenas.

f) Art. 176. As jazidas, em lavra ou no, e demais recursos minerais e os potenciais de energia hidrulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de explorao ou aproveitamento, e pertencem Unio, garantida ao concessionrio a propriedade do produto da lavra.

1. A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais a que se refere o caput deste artigo somente podero ser efetuados mediante autorizao ou concesso da Unio, no interesse nacional, por brasileiros ou empresa brasileira de capital nacional, na forma da lei, que estabelecer as

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL VOLUME 1 BR-101 AL/SE/BA

12

condies especficas quando essas atividades se desenvolverem em faixa de fronteira ou terras indgenas.

g) Art. 210. Sero fixados contedos mnimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formao bsica comum e respeito aos valores culturais e artsticos, nacionais e regionais.

2. O ensino fundamental regular ser ministrado em lngua portuguesa, assegurada s comunidades indgenas tambm a utilizao de suas lnguas maternas e processos prprios de aprendizagem.

h) Art. 215. O Estado garantir a todos o pleno exerccio dos direitos culturais e acesso s fontes da cultura nacional, e apoiar e incentivar a valorizao e a difuso das manifestaes culturais.

1. O Estado proteger as manifestaes das culturas populares, indgenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatrio nacional.

i) Art. 216. Constituem patrimnio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referncia identidade, ao, memria dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:

I - as formas de expresso; II - os modos de criar, fazer e viver; III - as criaes cientficas, artsticas e tecnolgicas; IV - as obras, objetos, documentos, edificaes e demais espaos destinados s manifestaes artstico-culturais; V - os conjuntos urbanos e stios de valor histrico, paisagstico, artstico, arqueolgico, paleontolgico, ecolgico e cientfico.

1. O poder pblico, com a colaborao da comunidade, promover e proteger o patrimnio cultural brasileiro, por meio de inventrios, registros, vigilncia, tombamento e desapropriao, e de outras formas de acautelamento e preservao.

2. Cabem administrao pblica, na forma da lei, a gesto da documentao governamental e as providncias para franquear sua consulta a quantos dela necessitem.

Fora estes artigos de cunho mais geral, a Constituio Federal dispe de um captulo exclusivo para garantir os direitos da populao indgena, o CAPTULO VIII Dos ndios, com os artigos 231 e 232 (Ttulo VIII Da Ordem Social).

Art. 231. So reconhecidos aos ndios sua organizao social, costumes, lnguas, crenas e tradies, e os direitos originrios sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo Unio demarc-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.

1. So terras tradicionalmente ocupadas pelos ndios as por eles habitadas em carter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindveis preservao dos recursos ambientais necessrios a seu bem-estar e as necessrias a sua reproduo fsica e cultural, segundo seus usos, costumes e tradies.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL VOLUME 1 BR-101 AL/SE/BA

13

2. As terras tradicionalmente ocupadas pelos ndios destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes.

3. O aproveitamento dos recursos hdricos, includos os potenciais energticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indgenas s podem ser efetivados com autorizao do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participao nos resultados da lavra, na forma da lei.

4. As terras de que trata este artigo so inalienveis e indisponveis, e os direitos sobre elas, imprescritveis.

5. vedada a remoo dos grupos indgenas de suas terras, salvo, ad referendum do Congresso Nacional, em caso de catstrofe ou epidemia que ponha em risco sua populao, ou no interesse da soberania do Pas, aps deliberao do Congresso Nacional, garantido, em qualquer hiptese, o retorno imediato logo que cesse o risco.

6. So nulos e extintos, no produzindo efeitos jurdicos, os atos que tenham por objeto a ocupao, o domnio e a posse das terras a que se refere este artigo, ou a explorao das riquezas naturais do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes, ressalvado relevante interesse pblico da Unio, segundo o que dispuser lei complementar, no gerando a nulidade e a extino direito a indenizao ou a aes contra a Unio, salvo, na forma da lei, quanto s benfeitorias derivadas da ocupao de boa-f.

7. No se aplica s terras indgenas o disposto no art. 174, 3. e 4..

Art. 232. Os ndios, suas comunidades e organizaes so partes legtimas para ingressar em juzo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o Ministrio Pblico em todos os atos do processo.

O Artigo 67, dos Atos das Disposies Constitucionais Transitrias, declara ainda que a Unio concluir a demarcao das terras indgenas no prazo de cinco anos a partir da promulgao da Constituio.

O Estatuto do ndio Lei N 6.0001, de 19/12/1973, publicado no Dirio Oficial de 21 de dezembro de 1973, conforme disposto no seu Artigo 1, regula a situao jurdica dos ndios e das comunidades indgenas, de modo a preservar sua cultura e integr-los, progressiva e harmoniosamente, comunho nacional. considerado ndio ou silvcola todo indivduo de origem e ascendncia pr-colombiana que se identifica e identificado como pertencente a um grupo tnico cujas caractersticas culturais o tornam distinto da sociedade nacional. Da mesma forma, so consideradas comunidades indgenas ou grupo tribal o conjunto de famlias ou comunidades, quer vivam em total isolamento em relao aos demais setores da sociedade nacional, quer em contatos intermitentes ou permanentes, sem, contudo, estarem neles integrados.

O Artigo 4 do Estatuto do ndio faz a distino entre os ndios: I Isolados - quando vivem em grupos desconhecidos ou de que se possuem

poucos e vagos informes atravs de contatos eventuais com elementos da comunho nacional;

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL VOLUME 1 BR-101 AL/SE/BA

14

II - Em vias de integrao - quando, em contato intermitente ou permanente com grupos estranhos, conservem menor ou maior parte das condies de sua vida nativa, mas aceitam algumas prticas e modos de existncia comuns aos demais setores da comunho nacional, da qual vo necessitando, cada vez mais, para o prprio sustento;

III Integrados - quando incorporados comunho nacional e reconhecidos no pleno exerccio dos direitos civis, ainda que conservem usos, costumes e tradies caractersticos da sua cultura.

Sero respeitados os usos, tradies, costumes das comunidades indgenas e seus efeitos nas relaes de famlia, na ordem de sucesso, no regime de propriedade, nos atos ou negcios realizados entre ndios, exceo feita caso optem pela aplicao do direito comum (Artigo 6).

Os ndios e as comunidades indgenas ainda no integrados comunho nacional esto sujeitos ao regime tutelar estabelecido no Estatuto, sendo a tutela responsabilidade da Unio, que a exercer por meio do rgo federal competente (Artigo 7), neste caso a Fundao Nacional do ndio FUNAI, criada pela Lei N 5.371, de 5 de dezembro de 1967.

Qualquer ndio poder requerer a liberao do regime tutelar, desde que tenha idade mnima de 21 anos, conhecimento da lngua portuguesa, habilitao para o exerccio de atividade til na comunho nacional e razovel compreenso dos usos e costumes da sociedade nacional (Artigo 9). O mesmo princpio se aplica s comunidades indgenas, caso a maioria dos membros do grupo assim deseje (Artigo 11).

No pode haver discriminao entre trabalhadores indgenas e os demais trabalhadores, aplicando-lhes todos os direitos e garantias das leis trabalhistas e de previdncia social, sendo permitida a adaptao de condies de trabalho aos usos e costumes da comunidade a que pertencer o ndio (Artigo 14).

Em relao s terras indgenas, so assim consideradas (Artigo 17) aquelas ocupadas ou habitadas pelos silvcolas, a que se refere o artigo 231 da Constituio de 1988; as reas reservadas de que trata o Captulo III deste Ttulo e as terras de domnio das comunidades indgenas ou de silvcolas. As terras indgenas no podem ser arrendadas ou objeto de qualquer ato ou negcio jurdico que restrinja o pleno exerccio da posse pela comunidade ou indivduos (Artigo 18).

A Unio, tanto em carter experimental ou por quaisquer dos motivos a seguir enumerados, pode intervir nas reas indgenas, determinada a providncia por decreto do Presidente da Repblica (Artigo 20). A interveno poder acontecer para por termo luta entre grupos tribais; combater graves surtos epidmicos, que possam acarretar o extermino da comunidade indgena, ou qualquer mal que ponha em risco a integridade do indgena ou do grupo tribal; por imposio da segurana nacional; para a realizao de obras pblicas que interessem ao desenvolvimento nacional; para reprimir a turbao ou esbulho em larga escala e para explorao de riquezas do subsolo de relevante interesse para a segurana e o desenvolvimento nacional. A interveno ser executada nas condies estipuladas e, dela poder resultar de acordo com a gravidade do fato algumas das seguintes medidas: conteno de hostilidades, evitando-se o emprego de fora contra os ndios; deslocamentos temporrios e/ou remoo de grupos tribais de

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL VOLUME 1 BR-101 AL/SE/BA

15

uma para outra rea. A remoo s se dar quando for impossvel ou desaconselhvel a sua permanncia, sendo destinada comunidade indgena removida uma rea equivalente anterior, inclusive quanto s condies ecolgicas, sendo a comunidade integralmente ressarcida dos prejuzos decorrentes da remoo.

As terras efetivamente ocupadas pelos ndios so bens inalienveis da Unio e cabe aos ndios sua posse permanente e o direito ao usufruto exclusivo das riquezas naturais e de todas as utilidades naquelas terras existentes (Artigo 22), inclusive o produto da explorao econmica de riquezas naturais e utilidades (Artigo 24).

O reconhecimento do direito dos ndios e grupos tribais posse permanente das terras por eles habitadas independer de sua demarcao sendo assegurado pelo rgo federal de assistncia, atendendo situao atual e ao consenso histrico sobre a antiguidade da ocupao (Artigo 25).

Vo constituir crimes contra os ndios e a cultura indgena: escarnecer de cerimnia, rito, uso, costumes ou tradio culturais indgenas ou perturbar sua prtica; utilizar o ndio ou comunidade indgena como objeto de propaganda turstica ou de exibio para fins lucrativos; propiciar a aquisio, o uso e a disseminao de bebidas alcolicas, nos grupos tribais ou entre ndios no integrados (Artigo 58).

O Decreto N. 1.14, de 19 de maio de 1994, dispe sobre as aes de proteo ambiental, sade e apoio s atividades produtivas para as comunidades indgenas, que se constituem em encargos da Unio (Artigo 1).

As aes previstas no Decreto se efetivaro mediante programas nacionais e projetos especficos, elaborados e executados pelos Ministrios da Justia, da Sade, da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrria, do Meio Ambiente e da Amaznia Legal e da Cultura, ou por seus rgos vinculados e entidades supervisionadas, em suas respectivas reas de competncia legal, com observncia das normas estabelecidas pela Lei n 6.001, de 19 de dezembro de 1973 (Artigo 2). A elaborao dos programas e projetos ter a participao de representantes da Funai e da comunidade indgena envolvida. Alm disso, sero fundamentados no conhecimento da organizao social e poltica, costumes, lnguas, crenas e tradies dos povos envolvidos (Artigo 3).

Para o planejamento e execuo, fica constituda a Comisso Intersetorial, que tem como obrigaes: definir, para cada exerccio, os objetivos gerais que nortearo os programas e projetos a serem executados; analisar e aprovar os programas e projetos propostos por rgos governamentais e no-governamentais; estabelecer prioridade para otimizar o uso dos recursos financeiros, materiais e humanos existentes (Artigo 5). Esta comisso ser constituda por representante do Ministrio da Justia, que a presidir (no caso, o representante ser o Presidente da FUNAI), do Ministrio da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrria; do Ministrio da Sade; do Ministrio do Meio Ambiente e da Amaznia Legal; do Ministrio da Cultura; da Fundao Nacional do ndio; dois representantes da sociedade civil, vinculados a entidades de defesa dos interesses das comunidades indgenas (Artigo 6).

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL VOLUME 1 BR-101 AL/SE/BA

16

Em relao proteo ambiental, o Decreto determina que as aes destinam-se a garantir a manuteno do equilbrio necessrio sobrevivncia fsica e cultural das comunidades, devendo contemplar: diagnstico ambiental, para conhecimento da situao, como base para as intervenes necessrias; acompanhamento e controle da recuperao das reas que tenham sofrido processo de degradao de seus recursos naturais; controle ambiental das atividades potencial ou efetivamente modificadoras do meio ambiente, mesmo aquelas desenvolvidas fora dos limites das terras indgenas que afetam; educao ambiental, dirigida s comunidades indgenas e sociedade envolvente, visando participao na proteo do meio ambiente nas terras indgenas e seu entorno; identificao e difuso de tecnologias indgenas e no-indgenas, consideradas apropriadas do ponto de vista ambiental e antropolgico (Artigo 9).

Quanto ao apoio s atividades produtivas, estas ocorrero quando estiver ameaada a auto-sustentao ou houver interesse manifesto por parte dos ndios, de forma a se evitar tanto a dependncia tecnolgica, quanto econmica. Todas as aes devero estar fundamentadas em diagnstico scio-ambiental, contemplando: utilizao racional dos recursos naturais das terras indgenas; incentivo ao uso de tecnologia indgena e de outras consideradas apropriadas do ponto de vista ambiental e antropolgico; viabilizao, quando se fizer necessrio, dos meios para produo, beneficiamento, escoamento e comercializao; IV - atividades de assistncia tcnica e extenso rural, necessrias ao adequado desenvolvimento dos programas e projetos; apoio s iniciativas associativistas das comunidades indgenas, objetivando o fortalecimento de suas instituies prprias (Artigo 10).

As aes de sade voltadas para as comunidades indgenas tm como objetivo o alcance do equilbrio biopsicossocial e ocorrero para valorizar e complementar as prticas da medicina indgena, tendo como finalidades: reduo da mortalidade geral, em especial a materno-infantil; interrupo do ciclo de doenas transmissveis e combate desnutrio (Artigo 11). Estar garantido aos ndios e comunidades indgenas o acesso s aes, em todos os nveis, do Sistema nico de Sade (Artigo 12), bem como so assegurados os servios de ateno primria sade no interior das terras indgenas (Artigo 13).

Outras leis e decretos tambm se aplicam s sociedades indgenas, mas foram acima destacados os que esto mais diretamente relacionados com o empreendimento em estudo. No entanto, como complementao, a tabela 2.1 relaciona alguns outros instrumentos legais que dizem respeito aos ndios e comunidades indgenas.

TABELA 2.1 - LEGISLAO INDIGENISTA (COMPLEMENTO)

TIPO DESCRIO EDUCAO INDGENA

Lei 9.394/1996 Fixa as diretrizes e bases para a educao nacional, e estabelece regras especiais para a educao escolar indgena.

Lei 10.558/2002 Cria o Programa Diversidade na Universidade, e d outras providncias.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL VOLUME 1 BR-101 AL/SE/BA

17

TIPO DESCRIO

Decreto 26/1991 Dispe sobre a educao indgena no Brasil. Resoluo do Conselho Nacional de Educao 03/1999

Fixa diretrizes especiais para a educao escolar indgena, de acordo com o estipulado na Lei 9.394/96.

MILITARES E FRONTEIRA

Decreto 4.412/2002 Dispe sobre a atuao das Foras Armadas e da Polcia Federal em Terras Indgenas.

Portaria 020/2003 do Estado-Maior do Exrcito

Aprova a diretriz para o relacionamento do Exrcito com as comunidades indgenas.

Portaria 983/2003 do Ministrio da Defesa

Aprova a diretriz para o relacionamento das Foras Armadas com as comunidades indgenas

PATRIMNIO CULTURAL

Portaria 693/2000 da Fundao Nacional do ndio

Cria o Cadastro Nacional Cultural Indgena.

POLTICA INDIGENISTA

Lei 10.406/2002, institui o Cdigo Civil

Que determina que a capacidade dos ndios seja regulada por legislao especfica.

Decreto 65.810/1969 Promulga a Conveno Internacional sobre a Eliminao de todas as formas de Discriminao Racional.

Decreto 1.775/1996 Dispe sobre procedimento administrativo de demarcao de Terras Indgenas e d outras providncias.

Decreto 143/2002 Aprova o texto da Conveno 169 da Organizao Internacional do Trabalho (OIT) sobre os Povos Indgenas e Tribais em Pases Independentes.

SADE INDGENA

Lei 9.836/1999

Institui, no mbito do Sistema nico de Sade (SUS), o subsistema de ateno sade indgena, que cria regras de atendimento diferenciado e adaptado s peculiaridades sociais e geogrficas de cada regio.

Decreto 3.156/1999

Dispe sobre as condies para a prestao de assistncia sade dos povos indgenas, no mbito do Sistema nico de Sade, pelo Ministrio da Sade, altera dispositivos dos Decretos n 564, de 8 de junho de 1992, e n 1.141, de 19 de maio de 1994, e d outras providncias.

Decreto 3.799/2001 Altera dispositivos do Decreto 1.141/1994, que dispe sobre proteo ambiental, sade e apoio a comunidades indgenas.

Portaria 852/1999 do Ministrio da Sade Cria os Distritos Sanitrios Especiais Indgenas.

Portaria 1.163/1999 do Ministrio da Sade

Dispe sobre as responsabilidades na prestao de assistncia sade dos povos indgenas, no Ministrio da Sade e d outras providncias.

Portaria 479/2001 da Estabelece as diretrizes para a elaborao de projetos de

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL VOLUME 1 BR-101 AL/SE/BA

18

TIPO DESCRIO Fundao Nacional de Sade (FUNASA)

estabelecimento de sade, de abastecimento de gua, melhorias sanitrias e esgotamento sanitrio, em rea indgenas.

Portaria 254/2002 do Ministrio da Sade

Aprova a Poltica Nacional de Ateno Sade dos Povos Indgenas.

Portaria 2.405/2002 do Ministrio da Sade

Cria o Programa de Promoo da Alimentao Saudvel em Comunidades Indgenas (PPACI).

Portaria 69/2004 da Fundao Nacional da Sade (FUNASA)

Dispe sobre a criao do Comit Consultivo da Poltica de Ateno Sade dos Povos Indgenas, vinculado a FUNASA e d outras providncias.

Portaria 70/2004 da Fundao Nacional da Sade (FUNASA)

Aprova as Diretrizes da Gesto da Poltica Nacional de Ateno Sade Indgena.

TERRAS INDGENAS

Decreto 1.775/1996 Dispe sobre procedimentos administrativos para demarcao de Terras Indgenas, e d outras providncias.

Portaria N 14/MJ GM/96

Estabelece regras para a elaborao do relatrio circunstanciado de identificao e delimitao de terras indgenas a que se refere o $ 6 do Art. 2 do Decreto n 1.775/96.

Fontes: Instituto Socioambiental ISA. Disponvel em: . Acesso em: janeiro de 2006. Fundao Nacional do ndio FUNAI. Disponvel em: . Acesso em: janeiro de 2006.

2.8 PLANOS E PROGRAMAS COLOCALIZADOS

Programa de Desenvolvimento da Regio Nordeste: engloba o financiamento de projetos de desenvolvimento industrial e agrcola (Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste FNE), o apoio ao pequeno produtor rural (Programa de Apoio ao Pequeno Produtor PAPP), a capacitao de recursos humanos e estudos para o planejamento e gesto do desenvolvimento. A responsabilidade cabe Secretaria de Programas de Desenvolvimento Regional do Ministrio da Integrao Nacional.

Zoneamento Ecolgico Econmico da Zona Costeira do Estado de Alagoas ZEECAL: para a realizao do Zoneamento Ecolgico-Econmico das reas Costeiras do Estado de Alagoas e elaborao do Plano Estadual de Gesto e Desenvolvimento Sustentvel da Zona Costeira do Estado de Alagoas.

Programa de Desenvolvimento Sustentvel para a rea de Proteo Ambiental do Litoral Norte da Bahia - PRODESU: apresenta estratgias e diretrizes especficas voltadas para a construo de um desenvolvimento sustentvel para a rea incluindo a APA Mangue Seco.

Plo de Desenvolvimento Integrado Sul de Sergipe: definido pelo Governo Estadual para o desenvolvimento da citricultura.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL VOLUME 1 BR-101 AL/SE/BA

19

CAPTULO 3 ABORDAGEM METODOLGICA

Para atender aos requisitos dos Termos de Referncia, o Estudo Ambiental compreendeu a realizao de um conjunto de atividades cientficas e tcnicas que incluram o diagnstico ambiental, a identificao, previso e avaliao dos impactos significativos e a elaborao do Plano Bsico Ambiental PBA e respectivos Programas Ambientais, definidores das medidas mitigadoras, compensatrias e do monitoramento dos impactos ambientais. A metodologia desenvolvida para o estudo se constituiu em uma adaptao dos mtodos conhecidos de avaliao de impacto ambiental para permitir a indicao objetiva dos efeitos positivos e negativos das obras de adequao de capacidade da BR-101 AL/SE/BA.

A seleo de impactos ambientais significativos (IAS), a partir de uma listagem extensiva de impactos ambientais potenciais, baseou-se na literatura especializada em impactos ambientais e na experincia e trabalho de levantamentos de campo da equipe da OIKOS.

Os efeitos dos IAS foram avaliados por meio do prognstico de suas conseqncias, no tempo e no espao, sobre os ambientes naturais e sobre as populaes atingidas. Para atender a esse pressuposto, os IAS foram agrupados a partir de duas categorias: o potencial de dano e a significncia. A primeira indica a adversidade (positiva ou negativa); a forma de ocorrncia (direta ou indireta); a durao (temporrio ou permanente); a reversibilidade (reversvel ou irreversvel); a abrangncia (local ou regional). A segunda qualifica a importncia e a magnitude dos impactos. Este modelo pode ser visualizado na Figura 3.1.

A aplicao do modelo ocorreu a partir da elaborao, anlise e interao das seguintes matrizes (Figura 3.2):

A matriz de referncia para o controle dos principais componentes ambientais potencialmente afetadas e os agentes de interveno que permite identificar os IAS potenciais nas diferentes fases do empreendimento (implantao e operao).

A matriz de identificao dos impactos, relacionando as atividades e os IAS potenciais por meio (antrpico, bitico e fsico) e fases do empreendimento.

A matriz de classificao, ordenando os IAS potenciais pelo seu potencial de impacto e significncia.

O procedimento de anlise teve incio na classificao dos atributos e propriedades dos componentes naturais (fsicos, biticos) e dos processos e fatores socioeconmicos, conjugando mtodos e tcnicas especficos baseados em trabalhos de campo, de escritrio, apoiados em tcnicas e metodologia de geoprocessamento. Estes permitiram a integrao da informao geo-biofsica, socioeconmica e demogrfica da referida rea, possibilitando o diagnstico territorial almejado.

O levantamento de dados bsicos consistiu na reviso da literatura relativa ao assunto e rea de estudo; na busca e seleo de material de apoio

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL VOLUME 1 BR-101 AL/SE/BA

20

(cartogrficos, digitais, fotografias areas, etc.); no trabalho de campo e documentao fotogrfica nas reas de interesse. A anlise e interpretao destes dados fundamentaram o planejamento e a execuo das etapas posteriores do estudo.

FIGURA 3.1 - MODELO CONCEITUAL PARA A CLASSIFAO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

Fonte: Elaborao OIKOS, 2000.

Para o meio antrpico, as informaes foram coletadas a partir de fontes secundrias, especialmente das bases de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica disponibilizadas em seu stio eletrnico (www.ibge.gov.br) e de visita de campo empreendida no perodo de outubro/novembro de 2005. O trabalho de recolhimento de fontes primrias comportou (i) entrevistas; (ii) identificao in loco das condies scio-econmicas; (iii) registro fotogrfico; (iv) georreferenciamento de pontos notveis. A equipe percorreu todo o trecho em estudo em sentido Norte-Sul, partindo do entroncamento com a AL-220(B), no municpio de So Miguel dos Campos (AL), at o entroncamento com a BR-324, no municpio de Conceio do Jacupe (BA). Foram visitadas ainda as sedes de 32 dos 47 municpios includos na rea de Influncia. Os pontos notveis foram registrados em fotografias e coordenadas geogrficas. Todas as fotografias expostas apresentam sua descrio e a localizao de onde foi tirada (em coordenadas UTM).

Os parmetros socioeconmicos e demogrficos foram tratados sob forma de cartas, tabelas, grficos, planos e esquemas, elaborados com o intuito de melhor explorar a informao contida nos dados. Os tratamentos grficos e cartogrficos permitiram revelar a distribuio territorial, a intensidade, a repetio e o dinamismo dos fenmenos observados.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL VOLUME 1 BR-101 AL/SE/BA

21

Para o estudo do Patrimnio Arqueolgico foi efetuado levantamento de informaes e dados secundrios, reviso da bibliografia pertinente, bem como notcias e informaes disponibilizadas por organizaes cientificas e por pesquisadores, via internet. Foi tambm realizada viagem de campo aos municpios, no perodo entre 03 e 13 de abril de 2006, com o objetivo de realizar uma visita expedita de campo, visando o reconhecimento da AII e da ADA e avaliar o potencial arqueolgico da rea em estudo.

Para o estudo sobre as Populaes Tradicionais e em especial os Quilombolas foi efetuado o levantamento de informaes e dados secundrios sobre a conceituao do termo Populaes Tradicionais e Comunidades Remanescentes de Quilombos, a evoluo histrica, a legislao pertinente e a situao atual. As fontes utilizadas nesta etapa foram, especialmente: informaes de organizaes no governamentais dedicadas ao tema e disponibilizadas na internet, jornais e revistas locais e nacionais, bases de dados de rgos do poder pblico e reviso de bibliografia pertinente. Tambm foi realizada viagem de campo aos municpios, empreendida no perodo entre 03 e 13 de abril de 2006, com o objetivo de: entrevistar representantes de Associaes, Sindicatos, Organizaes No Governamentais, rgos municipais, estaduais e federais e demais representantes do poder pblico e da sociedade civil organizada.

FIGURA 3.2 - FLUXO DE INTERAO ENTRE OS MTODOS DE CHECKLIST, MATRIZ DE

IDENTIFICAO E MATRIZ DE CLASSIFICAO

Fonte: Elaborao OIKOS, 2000.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL VOLUME 1 BR-101 AL/SE/BA

22

Para a caracterizao fisiogrfica das reas de Influncia Indireta e Diretamente Afetada da rodovia foram realizadas as etapas de levantamento bibliogrfico, montagem de uma base de dados cartogrficos, levantamentos de campo e elaborao dos mapas e relatrios finais.

O levantamento bibliogrfico pautou-se na obteno, sistematizao e anlise das informaes coligidas dos trabalhos da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) - Carta Geolgica do Brasil ao Milionsimo, Mapa geolgico do Estado do Sergipe (Brasil, 1997), geologia e recursos minerais do Estado da Bahia (CPRM, 2003), e do RADAMBRASIL (BRASIL, 1981, 1983a), mapa hidrogeolgico do Brasil (Brasil, 1983), entre outros, alm das informaes planialtimtricas constantes em 22 mapas topogrficos, na escala 1:100.000, publicadas pelo IBGE e DSG.

O trabalho de campo foi realizado em setembro e outubro de 2005, com durao de dez dias para efetuar as conferncias dos limites das unidades geolgicas, de relevo, de solos e observadas e descritas, as caractersticas litolgicas, grau de coerncia de rocha, graus de intemperismo e de alterao de rocha, estruturas, pr-disposio eroso de rochas e solos, presenas de cascalheiras ou potenciais jazidas de cascalho prximas ao eixo da rodovia, formas de relevo, usos agropecurios, cobertura da terra, permeabilidade de rochas e solos, ocorrncias de movimentos de massa, classificao geotcnica do material inconsolidado observado, profundidades do solo e do material inconsolidado, previso de impactos ambientais das obras de engenharia, entre outros.

As descries de campo foram anotadas em fichas pr-definidas para este projeto, bem como os registros fotogrficos e marcaes das coordenadas de cada ponto com auxlio de GPS de navegao e altmetro, no sistema de coordenadas UTM/SAD69.

A base de dados foi montada no sistema ArcView 9.1 a partir de mapas temticos e da digitalizao dos dados cartogrficos planialtimtricos das cartas topogrficas, bem como da importao de dados de bases preexistentes (Sistema de Informaes Geogrficas de geologia e recursos minerais CPRM) ou em processo de montagem (ortofotocartas em elaborao pela Topocart).

Tambm j foi realizado o trabalho de levantamento dos passivos ambientais existentes no trecho em questo. Para este trabalho foram deslocados dois tcnicos ao trecho, que o percorreram em toda sua extenso. Foram identificados os passivos ambientais provocados por eroses, movimentos de massa, assoreamento, reas de extrao de material para a construo da rodovia, entre outros. Em cada ponto de parada para a verificao e constatao do passivo, foram marcadas as coordenadas geogrficas e tiradas fotografias.

A caracterizao da flora local foi feita atravs da verificao in loco da vegetao existente na rea de influncia indireta, em uma campanha realizada em outubro de 2005. Ao longo de toda a AII foram feitos vrios pontos de amostragem, procurando verificar caracterizar a vegetao nativa existente na Faixa de Domnio da rodovia, indicando a tipologia a qual pertence cada fragmento remanescente, seu estgio de sucesso e de conservao e as espcies caractersticas de cada estrato. Foram tambm levantados os pontos onde a rodovia cruza ou interfere em reas consideradas como de preservao

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL VOLUME 1 BR-101 AL/SE/BA

23

permanente pela legislao ambiental vigente. Cada ponto de interesse teve suas coordenadas geogrficas determinadas por GPS e em cada um foi feita uma descrio sucinta da formao vegetal encontrada e seu grau de conservao.

Como mtodo de amostragem foi adotado o modelo de espcie x tempo, onde cada fragmento ou rea de amostra foi percorrido atravs de caminhada aleatria interrompida a intervalos regulares de 15 (quinze) minutos durante a qual foram anotadas as espcies mais comuns em cada estrato (herbceo, arbustivo e arbreo com nfase neste ltimo), bem como a presena ou no de espcies raras e ameaadas de extino. O tempo de caminhada em cada ponto variou em funo da diversidade florstica local, sendo considerado suficiente quando o nmero de espcies novas observadas (para o ponto em questo) era inferior ou igual a um no intervalo de tempo adotado.

Em vrios locais foram realizadas coletas dos materiais botnicos mais significativos e/ ou desconhecidos a nvel especfico que estivessem em fenofase reprodutiva. Este material coletado foi prensado, seco e depois remetido para os respectivos especialistas de cada famlia botnica as quais pertencem.

A caracterizao da fauna local foi realizada atravs do emprego de metodologias apropriadas a cada grupo faunstico em pontos de amostragem situados na rea de Influncia Direta e Indireta do empreendimento. Tais pontos foram diligentemente selecionados de maneira a cobrir a diversidade de paisagens principais inseridas nestas reas. Houve preocupao nesse sentido, embora o estado deplorvel de conservao dos fragmentos de vegetao nativa possa ter influenciado negativamente o sucesso dos inventrios ou mesmo impossibilitado a sua realizao a contento. Todos os habitats investigados encontram-se estruturalmente caracterizados, em suas linhas gerais, nos captulos consagrados aos diferentes grupos faunsticos.

As reas para amostragem da fauna foram selecionadas com base em sua representatividade ecogeogrfica da rea de Influncia do empreendimento. Procurou-se por parcelas representativas de vegetao nativa (sobretudo fragmentos florestais) situados entre So Miguel dos Campos (AL) e o Rio So Francisco, no trecho sergipano da BR-101, e, por fim, no trecho baiano, entre o Rio Real e o entroncamento com a BR -324.

Em geral, mesmo quando superficial, a anlise da fauna e de suas relaes com as formaes vegetais presentes em uma rea permite avaliar a significncia dessas formaes, dentro de um contexto regional, para a preservao de elementos faunsticos ecologicamente vulnerveis. Durante a permanncia em campo, procurou-se percorrer ao mximo toda a rea de Influncia, em todas as fisionomias vegetais remanescentes, procurando avaliar sua capacidade de suporte para a fauna.

Os pequenos mamferos (pequenos roedores e marsupiais) foram monitorados com o uso de armadilhas tradicionais (Sherman associadas a sistemas de pitfalls - armadilhas de queda), instaladas em todas as fisionomias visualmente identificveis. Para as armadilhas sherman, que utilizam isca, foi utilizada uma mistura de pasta de amendoim, farinha de fub, com sardinhas e bananas. As armadilhas de queda foram constitudas por baldes de plstico de 20 litros enterrados em suas aberturas no nvel da superfcie do solo. As armadilhas foram

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL VOLUME 1 BR-101 AL/SE/BA

24

mantidas abertas ininterruptamente durante os dias de amostragem, sendo checadas diariamente para a presena de pequenos mamferos e reposio das iscas. Os exemplares capturados foram identificados quanto espcie, pesados, sexados, as orelhas perfuradas para posterior identificao individual e em seguida liberados.

Os mamferos de mdio-grande porte foram monitorados por meio de registro de pegadas e armadilhas fotogrficas. As pegadas constituem indicadores importantes da presena de espcies visualmente difceis de serem registradas. Rastros, pegadas e fezes encontrados ao acaso foram registrados como indicativo da presena das espcies.

As armadilhas-fotogrficas foram dispostas de trs a quatro por estao de amostragem para aumentar a probabilidade de registrar a presena de animais de mdio-grande porte. Este mtodo permite a individualizao dos animais por meio de cicatrizes, manchas, listras e a contabilizao do nmero de indivduos. As cmeras podem registrar a presena de espcies terrestres e tambm escansoriais ou arborcolas, alm de esclarecer a identificao de espcies com rastros semelhantes. A fim de atrair os animais ser usada uma mistura de iscas com milho, sardinha, rao para ces domsticos e banana.

Paralelamente, foram feitas observaes diretas de mamferos de hbitos diurnos e noturnos em horrios variados. O esforo foi computado em horas de observao. Estradas de rodagem prximas sero percorridas em busca de fauna atropelada para auxiliar na deteco desses animais nas reas de estudo. Moradores locais, residentes h alguns anos na rea e conhecedores do ambiente, foram entrevistados sobre a presena de mamferos na regio para auxiliar na elaborao de uma lista de fauna ocorrente.

Para o estudo dos morcegos, foram utilizadas redes de neblina (mist-net) em reas consideradas rotas de morcegos, sendo estas, prximas a rvores com frutos, ao longo do curso de rios e em sadas de possveis abrigos.

Para a caracterizao da avifauna, a rodovia, estradas vicinais ou de servio foram percorridas com auxlio de veculo. Trilhas em meio a trechos de remanescentes de vegetao natural foram percorridas a p, parando-se a intervalos regulares para o registro do nmero de indivduos e espcies de aves presentes. Estes registros fundamentaram-se em observaes visuais, feitas com auxlio de binculos e documentadas, quando possvel, fotograficamente, e na identificao de vocalizaes, registradas com um gravador Sony TCM-EV (bird version) 5000, equipado com microfone Sennheiser ME66, previamente calibrado para trabalhos dessa natureza.

As transeces foram realizadas, sobretudo, durante a madrugada-manh e ao final da tarde, evitando-se os perodos de calor mais intenso, quando a atividade das aves diminui. As gravaes resultantes deste trabalho sero depositadas no Arquivo Sonoro Elias Coelho, Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Para fins de anlise, os registros individuais obtidos para cada espcie em cada localidade foram convertidos em um ndice (no de indivduos/10 horas de observao), que permitir comparaes diretas da abundncia relativa das espcies, e da mesma espcie, em diferentes localidades.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL VOLUME 1 BR-101 AL/SE/BA

25

Durante a atividade de inventrio qualitativo foram acumuladas informaes acerca dos habitats de ocorrncia e de eventuais sinais de reproduo detectados. Durante os perodos de deslocamento foi procedido o registro das espcies encontradas, embora no de forma quantificada. Tambm foram registradas para cada stio visitado, as atividades danosas conservao da biodiversidade local, como a ocorrncia de fogo, desmatamentos, extrao seletiva de madeira e caa.

Para otimizar a amostragem de rpteis e anfbios foram utilizados dois mtodos principais de coleta: a busca ativa com procura visual e as armadilhas de interceptao e queda (pitfall traps). A aplicao conjunta e complementar desses mtodos maximiza o esforo de coleta, uma vez que a eficincia de cada um deles contempla espcies de hbitos distintos. Enquanto as armadilhas de interceptao e queda amostram com eficcia a maior parte das espcies de pequeno porte e de hbitos terrestres, a busca ativa com procura visual permite amostrar com sucesso espcies arborcolas, aquticas e terrestres de maior porte que no so contempladas pelo mtodo anterior.

As armadilhas de interceptao e queda (pitfall traps) representaram um mtodo simples, mas de grande eficincia para a amostragem de vertebrados de pequeno porte. Alm contemplar de forma satisfatria espcies da herpetofauna, este mtodo contribuiu tambm na amostragem de mamferos de pequeno porte (geralmente roedores e marsupiais) que foram capturados com freqncia em armadilhas desse tipo. Em linhas gerais, foram utilizados baldes enterrados no substrato, conectados entre si por cercas feitas de lona e estacas que mantm a sua estrutura de p. O papel da cerca o de interceptar espcimes que se deslocam no solo, forando-os a desviar sua trajetria na direo dos baldes onde os animais caem.

O levantamento da fauna de peixes foi realizado por meio de coletas nas quais foram empregados vrios tipos de arte de pesca, e atravs de entrevistas com moradores locais. Tambm foi levantada a bibliografia sobre os peixes da regio, complementando assim as informaes sobre a comunidade de peixes obtidas in loco.

No levantamento de peixes foram utilizadas as seguintes tcnicas de coleta:

Rede de arrasto de malha fina (malha 3,0 mm) 2X6 m; Redes de emalhar com diferentes tamanhos entre ns (de 15 mm a 70 mm);

Pus retangulares com 40X80 cm (com malha 0,2 mm para coleta de peixes, alevinos e ovos);

Tarrafas; e Anzol e linha.

Os exemplares coletados foram imediatamente fixados em formol comercial tamponado e diludo para 10% e acondicionados em sacos plsticos, devidamente etiquetados e mantidos separados por pontos de coleta.

As fases de desenvolvimento dos estudos de impacto ambiental esto relacionadas a seguir.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL VOLUME 1 BR-101 AL/SE/BA

26

Definio do escopo do estudo, compreendendo o planejamento da elaborao do diagnstico e prognstico dos meios fsico, bitico e antrpico, e o desenvolvimento dos mtodos de anlise (listagens de controle, matrizes de impacto).

Levantamento e tratamento de dados a partir de fontes primrias (expedies de campo) e secundrias:

Dados fsicos;

Dados biticos;

Dados socioeconmicos;

Dados do Empreendimento.

Caracterizao Ambiental.

Caracterizao dos componentes ambientais.

Diagnstico ambiental.

Avaliao do contexto ambiental.

Anlise das intervenes previstas no contexto ambiental.

Identificao dos impactos positivos e negativos.

Definio das Medidas Mitigadoras e de Compensao.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL VOLUME 1 BR-101 AL/SE/BA

27

CAPTULO 4 REA DE INFLUNCIA

4.1 INTRODUO

A delimitao da rea de Influncia de uma determinada atividade constitui-se em um dos requisitos para a avaliao de impactos ambientais, e base fundamental para a conduo dos processos de amostragem e coleta de dados, necessrios ao diagnstico e prognsticos ambientais.

Para esse trabalho, foram definidas: rea diretamente afetada (ADA), rea de influncia indireta (AII) e rea de influncia remota (AIR), considerando-se os impactos provenientes das atividades do empreendimento sobre os recursos naturais (fauna, flora, recursos hdricos) e sobre os fatores scio-econmicos (populao beneficiada, vias de acesso, turismo, infra-estrutura urbana, etc.).

4.2 REA DIRETAMENTE AFETADA (ADA)

A rea Diretamente Afetada definida como aquela onde as obras so realizadas, envolvendo toda a faixa de domnio e as reas impactadas e modificadas mesmo estando fora dela, tais como as usadas para extrao de materiais de construo (emprstimos, cascalheiras, pedreiras e areais), para construo de caminhos de servio, bem como para a implantao de desvios de trfego provisrios ou permanentes e para a introduo de semforos. Tambm esto includas na ADA as reas utilizadas para acampamentos e oficinas das construtoras, bem como de usinas misturadoras de solos e/ou de asfalto, se tais usinas forem usadas nas obras. Como conseqncia, pertencem ADA todos os espaos fsicos e, portanto, ambientes atingidos pelas atividades voltadas restaurao e duplicao da rodovia.

A ADA mais suscetvel a receber os impactos decorrentes da execuo das obras e das atividades de operao. nesta faixa que os problemas que ocasionem perdas diretas (tanto da rodovia quanto de moradores e proprietrios vizinhos) por meio de assoreamentos, eroses, queimadas, acidentes, desapropriaes de ocupaes irregulares da faixa de domnio, entre outros devero ser controlados e monitorados.

Na rea Diretamente Afetada devero ser tomados cuidados especiais, principalmente no que se refere obteno de materiais de construo (caixa de emprstimo, pedreiras, cascalheiras, areais) e, tambm, no que se refere ao descarte de materiais e resduos (destino dos bota-foras, entulhos de excesso de terraplenagem, pavimentos, etc). (Figura 4.1).

4.3 REA DE INFLUNCIA INDIRETA (AII)

Os parmetros para a delimitao da rea de Influncia Indireta so de difcil qualificao quanto s possveis interferncias, na medida em que:

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL VOLUME 1 BR-101 AL/SE/BA

28

A regio de ocupao intensa, apresentando um alto grau de explorao dos recursos naturais e transformao do ambiente;

A rea vem sendo modificada durante os ltimos cinco sculos de ocupao;

A rodovia j existe h pelo menos 40 anos e os impactos pretritos (aumento do fluxo demogrfico, intensificao das atividades econmicas e da explorao dos recursos) no se reproduziro com a duplicao; e

Considerando os estrangulamentos atuais do trfego, os impactos causados pela melhoria de circulao de produtos e pessoas so positivos e no se limitam ao espao fsico contguo rodovia.

Ainda assim a AII foi definida, conforme orientao do TDR, como a rea dos municpios atravessados pela rodovia (47), como mostra a Tabela 4.1 e a Figura 4.1.

TABELA 4.1 - MUNICPIOS QUE COMPEM A REA DE INFLUNCIA INDIRETA

ALAGOAS

1. Campo Alegre 2. Igreja Nova 3. Jequi da Praia 4. Junqueiro 5. Olho D`gua Grande 6. Porto Real do Colgio 7. So Brs 8. So Miguel dos Campos 9. So Sebastio 10. Teotnio Vilela

SERGIPE

11. Arau 12. Capela 13. Carmpolis 14. Cedro 15. Cristinpolis 16. Estncia 17. Indiaroba 18. Itaporanga da Ajuda 19. Japaratuba 20. Laranjeiras 21. Malhada dos Bois 22. Marium 23. Muribeca 24. Nossa Senhora do Socorro 25. Propri 26. Rosrio do Catete

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL VOLUME 1 BR-101 AL/SE/BA

29

27. Santa Luzia do Itahy 28. So Cristvo 29. So Francisco 30. Umbaba

BAHIA

31. Aajutiba 32. Alagoinhas 33. Amlia Rodrigues 34. Aras 35. Aramari 36. Cardoso da Silva 37. Conceio do Jacupe 38. Corao de Maria 39. Entre Rios 40. Esplanada 41. Feira de Santana 42. Jandara 43. Pedro 44. Rio Real 45. Santo Amaro 46. Teodoro Sampaio 47. Terra Nova

4.4 REA DE INFLUNCIA REMOTA (AIR)

Os impactos proporcionados pela melhoria operacional da rodovia tero repercusses positivas em nvel do desenvolvimento regional, significando o aumento da atratividade de toda a regio em termos de alternativa locacional para novos investimentos, em especial aqueles ligados indstria do turismo.

Esses efeitos no esto limitados rea de Influncia do empreendimento e, nessa medida, importante assinalar a existncia de uma rea de influncia econmica ou remota, beneficiada pelos efeitos positivos das obras, mas sobre a qual os responsveis pelo empreendimento tm uma reduzida capacidade de interveno. Dessa forma, as aes possveis na rea de Influncia Remota dependem de decises sociais que envolvem os governos estaduais, as assemblias legislativas e cmaras municipais, com preponderncia do desejo das sociedades organizadas existentes localmente ou de instituies no envolvidas no projeto, e no so alcanveis pelas decises polticas ou opinies tcnicas tomadas no mbito da DNIT, ou dos organismos ambientais envolvidos no estudo.

Diviso Municipal

reas Urbanas

!H

Santo Amaro

Campo Alegre

So Miguel dos Campos

Jequi da Praia

Arau

Araas

Pedro

Capela

Maruim

Propri

Umbaba

Aramari

Jandara

So Brs

Muribeca

Estncia

Rio Real Indiaroba

Acajutiba

Junqueiro

Esplanada

Terra Nova

Japaratuba

Carmpolis

Entre Rios

Alagoinhas

Igreja Nova

Laranjeiras

So Cristovo

So Sebastio

So Francisco

Cristinpolis

Teotnio Vilela

Teodoro Sampaio

Malhada dos Bois

Cardeal da Silva

Corao de Maria

Amlia Rodrigues

Feira de Santana

Cedro de So Joo

Rosrio do Catete

Olho d'gua Grande

Itaporangad'Ajuda

Conceiodo Jacupe

Porto Real do Colgio

Santa Luzia do Itanhy

Nossa Senhorado Socorro

500000

500000

575000

575000

650000

650000

725000

725000

800000

800000

8525

000

8525

000

8600

000

8600

000

8675

000

8675

000

8750

000

8750

000

8825

000

8825

000

8900

000

8900

000

8975

000

8975

000

390'0"W

390'0"W

3730'0"W

3730'0"W

360'0"W

360'0"W

12

0'0

"S

12

0'0

"S

10

30

'0"S

10

30

'0"S

90

'0"S

Salvador

Aracaju

BA

SE

AL

PE

324

101

324

104

Cia

Ferr

ovi

aria

do

Nord

est

e

Fer

. Cen

tro

Atl

ntic

a

BA349

SE170

SE270

235

Janeiro / 2007

01

Escala:

Figura:

MAPA DAS REAS DE INFLUNCIA INDIRETA E DIRETAMENTE AFETADA

RODOVIA BR-101 / AL / SE / BATRECHO: DIVISA PE / AL - DIVISA BA / ESSUBTRECHO: SO MIGUEL DOS CAMPOS / AL - ENTR. BR-324 / BA

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE ADEQUAODE CAPACIDADE DA RODOVIA BR-101 AL/SE/BA

1:1.500.000

Elaborado Por:

Data:

Verso:

Convenes Cartogrficas

rea de Influncia Indiretarea Diretamente Afetada

Limite Estadual

Limite Municipal

Rodovias Pavimentadas101

PESQUISA APLICADA LTDA

DNIT

4.1

30

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL VOLUME 1 BR-101 AL/SE/BA

31

CAPTULO 5 CARACTERIZAO DO EMPREENDIMENTO

5.1 HISTRICO

O processo histrico de ocupao da AII iniciou-se no perodo colonial, a partir da implantao das Capitanias Hereditrias. O territrio alagoano pertenceu Capitania de Pernambuco (1534) cujo donatrio foi Duarte Coelho. A capitania se estendia desde o Rio Igarassu, na ponta da Ilha de Itamarac, at a foz do Rio So Francisco, atual fronteira entre os Estados de Alagoas e Sergipe.

O territrio sergipano tambm foi constitudo a partir das Capitanias Hereditrias, em 1534, integrando Capitania da Baa de Todos os Santos. A ausncia de portugueses nas terras sergipanas incentivou a invaso de piratas franceses que contrabandeavam pau-brasil. A primeira tentativa de colonizao aconteceu em 1575, com os jesutas, que encontraram forte resistncia dos ndios. A conquista definitiva aconteceu em 1590, aps violentos combates pela posse da terra, resultando no domnio dos ndios por parte das tropas portuguesas comandadas por Cristvo de Barros.

Por ordem da Coroa portuguesa Cristvo de Barros fundou o Arraial de So Cristvo, sede da capitania, qual deu o nome de Sergipe Del Rey. Com o crescente povoamento de Sergipe, inicia-se a criao de gado e o plantio de cana-de-acar. O gado serviu de base para a economia, mas foi superado pela cana-de-acar, cultivada principalmente no Vale do Cotinguiba. O cultivo da cana trouxe os primeiros escravos da frica para trabalhar na lavoura.

Na Bahia, o processo foi semelhante com a ocupao da rea por exploradores portugueses, atrados pela fertilidade da Mata Atlntica, dedicando-se agricultura, principalmente de mandioca, milho, arroz e cana-de-acar e explorao das riquezas florestais, especialmente do pau-brasil. As terras frteis da Mata Atlntica e o clima tropical mido se adequavam produo em larga escala do acar, utilizando mo-de-obra escrava negra ou indgena.

A maioria dos municpios teve origem, portanto, a partir de pequenas vilas associadas a entrepostos comerciais, engenhos da monocultura da cana-de-acar, da catequese jesutica e dos acampamentos de bandeirantes paulistas que atravessavam os principais rios da regio.

Assim, a rea de Influncia da BR-101 nos Estados de Alagoas, Sergipe e Bahia situa-se em uma regio cuja ocupao remonta ao perodo colonial, apresentando um alto grau de utilizao dos recursos naturais e alterao dos ecossistemas primrios.

5.2 IMPORTNCIA REGIONAL

A Rodovia BR-101 percorre o litoral brasileiro de norte a sul e na Regio Nordeste destaca-se como garantia de transporte inter e intra-regional. A zona litornea atravessada pela BR-101 concentra a maior estrutura produtiva da regio, englobando a agroindstria canavieira, indstrias e servios, em especial o turismo.

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL VOLUME 1 BR-101 AL/SE/BA

32

A importncia logstica para os transportes regionais e a funo catalisadora para novos investimentos faz com que a duplicao da rodovia seja uma reivindicao prioritria do nordeste.

Os benefcios podem ser apontados como:

Promover a expanso econmica regional;

Reduzir o custo do transporte por meio da economia de energia, de tempo de viagem e de equipamentos de transporte;

Fomentar e ampliar a integrao dos grandes centros consumidores representados pelas regies metropolitanas de Recife e Salvador, pelos aglomerados sub-metropolitanos de Natal, Joo Pessoa, Macei e Aracaju e vrios outros centros urbanos populosos da regio;

Implementar a possibilidade de desenvolvimento do turismo intra-regional, nacional e internacional pela possibilidade de oferecer programas variados com melhoria de acesso e deslocamentos rpidos; e

Criar novas oportunidades de negcios.

5.3 OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS

Pavimentada h mais de 40 anos, a BR-101 atende a um trfego sempre crescente, constituindo-se na principal ligao entre as capitais litorneas nordestinas e o centro-sul, sendo, portanto, de importncia estratgica para a regio em termos de circulao de produtos e pessoas. tambm utilizada por automveis em busca dos atrativos tursticos do litoral.

Com o tempo, a via passou a apresentar, em alguns segmentos, nveis de servios insatisfatrios, onerando o custo operacional, o tempo de viagem, o consumo de combustvel e os acidentes. Um breve diagnstico dos problemas indicativos da deteriorao dos servios aponta:

Pista de Rolamento: apresenta evidentes sinais de deteriorao como desgaste, trincamentos, panelas e afundamentos em alguns pontos.

Acostamentos: invaso pela vegetao lindeira, eroses, panelas, afundamentos, ausncia de pavimentao e destruio total por deslizamentos ou pela ao das guas.

Obras de arte especiais: foram construdas de acordo com os preceitos tcnicos do final da dcada de 1950, para atender a solicitaes de carga inferiores s hoje preconizadas para esta classe de rodovia. Muitas obras apresentam guarda corpos antigos, em desacordo com as normas vigentes no DNIT.

Drenagem e Obras de Arte Correntes: os dispositivos existentes encontram-se em regular a mau estado de conservao, apresentando bueiros trincados, selados e obstrudos, elementos de drenagem assoreados, danificados e mesmo destrudos alm de

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL VOLUME 1 BR-101 AL/SE/BA

33

segmentos desprovidos destes equipamentos, comprometendo, inclusive, a segurana do usurio.

Sinalizao e Segurana: o sistema de sinalizao horizontal e vertical deficiente.

Para dar conta dessa problemtica tornou-se necessrio realizar investimentos visando ampliao da capacidade e a modernizao de todo o trecho.

5.4 LOCALIZAO GEOGRFICA

O trecho da Rodovia BR-101, objeto do presente estudo (ver Figura 5.1 Mapa de Situao e Figura 5.2 Mapa de Localizao Geogrfica), com extenso aproximada de 487 km, localiza-se na Regio Nordeste e tem seu ponto inicial no Municpio de So Miguel dos Campos (AL), no entroncamento com a Rodovia estadual AL-220. Desenvolve-se paralelamente ao litoral, atravessa todo o Estado de Sergipe e tem o seu final no entroncamento da BR-101/BA com a Rodovia BR-324/BA.

Os principais ncleos urbanos em Alagoas so: Campo Alegre; Igreja Nova; Junqueiro; Olho dgua Grande; Porto Real do Colgio; So Brs; So Miguel dos Campos; So Sebastio; Teotnio Vilela. Destaca-se o ncleo urbano de So Miguel dos Campos.

Em Sergipe os principais ncleos da rea de influncia so: Arau; Capela; Carmpolis; Cedro de So Joo; Cristinpolis, Estncia; Indiaroba; Itaporanga d'Ajuda; Japaratuba; Laranjeiras; Malhada dos Bois; Maruim; Muribeca; Nossa Senhora do Socorro; Prpria; Rosrio do Catete; Santa Luzia do Itahy; So Cristvo; So Francisco; Umbaba. Destaca-se a sede do Municpio de Nossa Senhora do Socorro. A centralidade desta est relacionada sua proximidade capital estadual e presena de um distrito industrial, bem como de um grande volume de unidades de comrcio e servios. Estncia, So Cristvo e Prpria so igualmente ncleos urbanos estaduais importantes.

Na Bahia relaciona-se: Acajutiba; Alagoinhas; Amlia Rodrigues; Aras; Aramari; Cardeal da Silva; Conceio Jacupe; Corao de Maria; Entre Rios; Esplanada; Feira de Santana; Jandara; Pedro; Rio Real; Santo Amaro; Teodoro Sampaio; Terra Nova. Feira de Santana o principal ncleo urbano de toda a rea de Influncia. Cita-se, ainda, Alagoinhas, Santo Amaro, Conceio de Jacupe e Entre Rios. Nas reas rurais atravessadas em Alagoas domina a lavoura temporria de cana-de-acar e, em menor escala, a pecuria.

Em Sergipe e na Bahia, por outro lado, a predominncia dada pela pecuria. Em Sergipe, a cana de acar expressiva nos municpios situados ao norte do Estado. No Sul de Sergipe e na Bahia so significativas as culturas relacionadas agroindstria da laranja e cadeia de papel e celulose (eucalipto).

No Anexo possvel acompanhar um detalhamento da rea de Influncia destacando-se os principais ncleos urbanos e as reas rurais atravessadas pela BR-101 AL/SE/BA.

Janeiro / 2007

01

Escala:

Figura:

MAPA DE SITUAO

RODOVIA BR-101 / AL / SE / BATRECHO: DIVISA PE / AL - DIVISA BA / ESSUBTRECHO: SO MIGUEL DOS CAMPOS / AL - ENTR. BR-324 / BA

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DAS OBRAS DE ADEQUAODE CAPACIDADE DA RODOVIA BR-101 AL/SE/BA

1:10.000.000

Elaborado Por:

Data:

Verso:

Convenes Cartogrficas

PESQUISA APLICADA LTDA

DNIT

5.1

Subtrecho em estudo

100 100 200 300 4000

N

Propri

Rio Real

BahiaSergipe

Alagoas

34

Rch

.Ja

cobi

na

Rch.

das

Ca ra b

as

RIO SO

Rch

.

DoisIrmos

FR

AN

CI

Rch.da

aca

SC

O

Rch.

Que imado

Rio

Traip

u

Pri

Rch.

Rch.

daPa

l

Sal gadinho

Maguaba

La.

Paraba

Mocambo

Cabota

Su

ma

m

a

gem

Rc

Jam

oa

t

Rch

.

daPeixedo

Rch.

Rio

Coruripe

NiquimLa.

Niquim

La. do

R.

Roteio

R.

Par

La. Doce

La.

Azeda

La.

La.La.

La.

Jacarecica

ManguesComprida

Taboada

Taboado

Rch.

Rio

So

Miguel

Escura

doLa.

La.

La.

La. do Pau

Poxim

Jequi

Poxim

do

Rch.

Rch.

do

Pau

goaLa

Rch

.F.

Alves

Rch

.Japu

Rch.

La.

La.

La.

La.

do

do

da

Rch.

Rio

Bongu

Pinico

Grande

Catada

Vrzea

das

Pe

drin

has

Cam

urup

im

Rio

Marituba

Rch.

Persiga

ruca

ba

Pe

Rch.

Ca

dos

MarizeirodoLa.

Rch.

CurralLa. do

Garcia

rios

cho

Rio

Piau

CaldeiroLa. do

La.

La.

La.

do

do Cangote

SaldanhaMucambo

VrzeadaLa.

La.

La.

La.La. do

de

S.

Baixo

F

Muguengue

Meio

GadoLa. Bravo

Rio

Boacica

Pe

ruca

ba

Rio

Rio

Bo

aci

ca

rava

Capi

Rch.

Joo

Rch.

Velho

Rch

.

Rch

.

g

ua

Imb

u

do

Me

nin

o

Rio

Rio

Rch.

Rch.

Aferventa

Jiqui

Jiquiazin

ho

S.

Rio

Rio

Mar ia

Pia

u

Piau

Rio

Rio

Rch

.

Rch

.P

L

eve

Rch

.

Rch.

Rch.

Mu ungu

do

Cachim

bo

l

da

La

go

a

Coruripe

Antonica

Cafun

d

SOSEBASTIO

PENEDO

GIRAU DOPONCIANO

ARAPIRACA

S. MIGUEL DOS CAMPOSCAMPOALEGRE

MARECHAL DEODORO

TEOTNIOVILELA

TRAIPU

SO BRS

PORTO REAL DO COLGIO

BATALHA

JUNQUEIRO

BOCA DA MATA

PIAABUU

LAGOA DA CANOA

CAMPO GRANDE

ANADIA

IGREJA NOVA

FEIRA GRANDE

JARAMATAIATAQUARANACOIT DO

NOIA

LIMOEIRO DE ANADIA

ROTEIRO BARRA DE SO MIGUEL

FELIZ DESERTO

OLHO D' GUAGRANDE

Poxim

CORURIPE

Pontal do Peba

OndusBonito

Bonito

Urumbeba

Areal do

S. Maria

Marituba de Baixo

Esperana

Tapera

Folgo

Quebra-Cachimbo

Tanque Velho

Jitirana

Mangabeira

Mucuim

S. Maria

Cabota

VassourasRomeiro

Poo

Emburi

Camaari

Paran

Morada Velha

Grota da Ona

Us. Guaxum

Paturs

Correia

Bananeira

LaranjalSantana

Cana Brava

Massaranduba

Riacho do Meio

Palmeira Alta

Flecheiras

Cotovelo

Patos

Cedro

Cachoeira

Forges

Barreiras

Miria

Colnia Pindorama

Passagem

Barreiras

Japu

Fazenda Velha

Rocha

Taquari

Pindoba

Campo

Marituba do Meio

Marituba de Cima

Grande

Alagoinha

Itaporanga

Palmeira

Tapera

Ipiranga

Boacia

Dest. Paisa

PassagemCentral

S. Rosa

Sade

Olho d' guada Canoa

Algodo

Rch. do Sol

Burgo

Curral Falso

La. Comprida

Isbarrinho

Saco do Tavares

Riacho do SalCapim Grosso

Carvo

Itiba

o dos pretos

Santa Rita

Us. Sumama

Garobas

Francs

Dest. RoteiroGinga

Usina Caet

Mutuca

Pec

Jequi

Frana

Quindins

Oitizeiro

La. do Pau

S. Maria

Pontal do Cururipe

RFF

SA

8 5 38

5

23

8

6

8

7

5

20

12

24

48

18

6

18

13 3

9

24

6

15

26

13

33

12

8

27

3

21

13

13

9 17

16

17

26

19

13

17

11

13

9

14

18

11

27

9

11

2

25

18

2

4

9

1316

16

7

11

5

3

26

35

27

18

4

101

101

101

424

PRF

PRF

215

105215

101

220

450

105

105

215

101

101420

415

220

101

455

105

225

105

110

225

482

110

115

220

110

115

485

220

486

115

225

487

120

I.Major Cesrio

I.do Aurlio

DA

S

PO

R

TE

I RA

S

SA.

DO

JAP

O

S A. P R I A CA

S E R RA D A S

M A N G A B E I RA S

SA.

DA

SC

RU

ZE

S

S A.

T A

B U L E I R O

T A B U L E I RO

TA

BU

L

E I R O

TABULEIRO

PROPRI

JAPOAT

AQUIDAB

SO JOOCEDRO DE

NEPOLIS

SANTANA DOSO FRANCISCO

DOS BOISMALHADA

TELHA

SO FRANCISCO

8

10

20

21

26

21

5

73

6

14

5

8

13

11

8

3

26

8

6

15

3

9

4

38

5

9

Caju

eiro

Rch.

Sal

gado

Rio

Poodo

Rio

Rio

Jacar

Rch

.

Rch

.d

os

Pil

es

MamoeiroFrutuoso

Taboca

Moita Redonda

Saco de Areia

Nascena

S. Domingos

S. Cruz

Muuip

Espinheiro

Soldeiro

Aranhento

Porteira

Betume

Pndoba

RFFS

A

101

102

202

310412

202

202

304

200

310

304

PRF

Ilha das Garas

ALAGOAS

N.S. DE LOURDES

GARARU

ITABI

SO FRANCISCOAMPARO DECANHOBA

16

15

17

7

8

10

6

8

4

CIS

FRANC

Fundo

Rch.

Alegre

Monte

Rch.Mel

ancia

Rch.

ValadodoLa.

Canelo

Rch.

Podo

SO

RIO

Patos

Escurial

Poo

310

200

104

200

200

I

Ilha S. Antnio

Ilha de S. Brs

6

16

18

1012

2

Japaratuba Antnio

S.Rch.

CruzCanela

Visqueiro

Vzea. da OnaSaco das Varas Ponta d Areia

312

412

308

202I. gua Fria

I. da TeresaI. LeobinaBarracas

SERGIPE

ARTICULAO

XXBR

PRF

CONVENES CARTOGRFICAS VIRIAS

RODOVIAS FEDERAIS

HIERARQUIZAO DAS CIDADES E VILASSEGUNDO A POPULAO URBANA RESIDENTE

CAPITALCIDADE ou Vila (acima de 500.000 habitantes)CIDADE ou Vila (de 100.000 a 500.000 habitantes)CIDADE ou Vila (de 25.000 a 99.999 habitantes)

CIDADE ou Vila (de 5.000 a 24.999 habitantes)

CIDADE ou Vila (abaixo de 5.000)

Outras Localidades

Sede de Municpio

RODOVIAS ESTADUAIS

Aerdromo

Campo de Pouso

Porto

Farol

Limite Interestadual

Limite Intermunicipal

Curso dgua e Lagoa Permanente

Curso dgua e Lagoa Intermitente

Barragem e Aude

Recifes e Dunas

rea Alagadia e Salinas

CONVENES CARTOGRFICAS

3 3

101 BR-101: Trecho em EstudoDuplicada

Em duplicao

Pavimentada

Em PavimentaoFerroviaDistncia Parcial em Km

33

Duplicada

Em duplicao

Pavimentada

Em Pavimentao

Implantad