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Dependência Química Entre Médicos: Conceitos
Gerais
Prof. Dr. Ronaldo Ramos Laranjeira
CREMESP, 2007
UNIAD – Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas EPM/UNIFESP
INTRODUÇÃO: CONCEITOS GERAIS O uso nocivo e a dependência de ÁLCOOL e DROGAS são
pouco diagnosticados; o tempo médio de atraso para
diagnóstico é de 5 anos para a dependência de álcool.
A demora em fazer o diagnóstico piora o prognóstico. Existe
uma deficiência no conhecimento e na formação dos
profissionais sobre o assunto. Há falta de treinamento nas
escolas médicas.
Não existe consenso sobre o currículo mínimo nesta área
O foco dos profissionais está nas complicações físicas.
Treinamento pode melhorar habilidade diagnóstica e atitude do
médico em relação ao seu próprio padrão de consumo.
Introdução
Diagnóstico
Bibliografia
Tratamento
Fale Conosco
Conclusões
Repercussões
Epidemiologia
Um em cada 15 médicos apresenta problemas atuais com álcool e drogas
Em geral há dificuldade em aceitar o papel de paciente No entanto, a maioria dos estudos mostra melhores
resultados no tratamento de médicos em relação à população geral: em média 70-80% de sucesso.
• pouca correlação com a substância
• pouca correlação com a especialidade Níveis de abstinência em dois anos: 96% x 64%
(diferença entre médicos que usaram e não usaram exames de rastreamento) Shore, 1987
INTRODUÇÃO: CONCEITOS GERAIS
Introdução
Diagnóstico
Bibliografia
Tratamento
Fale Conosco
Conclusões
Repercussões
Epidemiologia
Situações facilitadoras (estresse profissional, queda do tabu
em relação a seringas, disponibilidade aumentada).
Busca de emoções fortes, fadiga crônica, auto-medicação,
problemas emocionais.
História Familiar positiva para dependências.
Características disadaptativas de personalidade
Religiosidade (Fator de proteção)
Saúde/Estilo de Vida
Estresse: especialmente como fator precipitador e
mantenedor, quando as estratégias de enfrentamento são
deficitárias.
INTRODUÇÃO: FATORES DE RISCO
Introdução
Diagnóstico
Bibliografia
Tratamento
Fale Conosco
Conclusões
Repercussões
Epidemiologia
Os dados epidemiológicos sobre dependência de álcool e drogas na população médica são variáveis devido a: Heterogeneidade no emprego de critérios diagnósticos, Relatos anedóticos e pouco científicos Diferentes populações estudadas, Problemas acerca de anonimato.
Em geral, verifica-se os mesmos índices da população geral
Menores índices se comparado com outras ocupações Prevalência de problemas é de 8-12% Uso e abuso de opióides prescritos e benzodiazepínicos é
5X mais prevalente
EPIDEMIOLOGIA
Introdução
Diagnóstico
Bibliografia
Tratamento
Fale Conosco
Conclusões
Repercussões
Epidemiologia
Estudantes de Medicina:• Uso começa antes da faculdade
• Tipos de substâncias similares à população
• Uso e Dependência de outras drogas é menos comum
• Razões: busca de satisfação, melhora do desempenho. Residentes: Álcool e outras drogas começa antes da
residência, opióides e benzodiazepínicos começam a ser abusados na residência. Motivos: auto-medicação e auto-prescrição.
Existe uma tendência a estabilização da freqüência das Dependências Químicas após a Residência Médica.
Maior Freqüência: Emergência, Psiquiatria, Anestesiologia. Menor Freqüência:Ginecologia, Patologia, Radiologia e
Pediatria
EPIDEMIOLOGIA
Introdução
Diagnóstico
Bibliografia
Tratamento
Fale Conosco
Conclusões
Repercussões
Epidemiologia
Um espectro de problemas (físicos, sociais, psíquicos, ocupacionais, familiares) surge paralelamente ao aumento do consumo.
DIAGNÓSTICO: NOÇÃO DE ESPECTRO
NENHUM LEVE MODERADO SUBSTANCIAL PESADO
NENHUM L
EVE
EM MAIOR NÚMERO
GRAVE
CONSUMO ABUSO
PROBLEMAS RISCODEPENDÊNCIA
Introdução
Diagnóstico
Bibliografia
Tratamento
Fale Conosco
Conclusões
Repercussões
Epidemiologia
Relação entre Problemas e Uso de Drogas
Problemas
II III
Dependência
I
Quadrante I: Uso eventual, sem conseqüências biopsicossociais.
Quadrante II: Uso mais freqüente, levando a problemas recorrentes, no entanto sem dependência constatada.
Quadrante III: Dependência, problemas associados são freqüentes e progressivamente mais sérios, ainda que negados.
Introdução
Diagnóstico
Bibliografia
Tratamento
Fale Conosco
Conclusões
Repercussões
Epidemiologia
Síndrome de DependênciaIntrodução
Diagnóstico
Bibliografia
Tratamento
Fale Conosco
Conclusões
Repercussões
Epidemiologia
• Critérios Operacionais para Síndrome de Dependência:
TolerânciaNecessidade de quantidades progressivamente maiores; redução do efeito inicial.
Abstinência
Perda do Controle sobre o Uso
Insucesso em Parar
Síndrome de abstinência característica da substância; consumo para alívio da síndrome
A substância é consumida em quantidades ou períodos maiores do que o pretendido
Existe um desejo persistente ou esforços mal sucedidos no sentido de reduzir ou controlar o uso
Síndrome de DependênciaIntrodução
Diagnóstico
Bibliografia
Tratamento
Fale Conosco
Conclusões
Repercussões
Epidemiologia
• Critérios Operacionais para Síndrome de Dependência:
Prejuízo Funcional
Uso contínuo, apesar das conseqüências
Muitas atividades sociais, ocupacionais ou recreativas são abandonadas ou reduzidas
O uso continua, apesar da consciência de ter problemas recorrentes ou persistentes
Outra característica é a reinstalação dos sintomas após um período de abstinência, o que faz com que seja imprescindível prevenir recaídas.
Priorização do Uso Muito tempo é gasto em atividades de obtenção, utilização ou recuperação dos efeitos da droga
SINAIS DE ALERTA Nenhum destes sinais isolados é suficiente ou necessário
para o diagnóstico de dependência de álcool e outras drogas, no entanto, a presença de vários deles pode indicar problemas afins:
• Isolamento
• Atritos com os colegas
• Desorganização, inacessibilidade
• Ausências freqüentes
• Visitas a pacientes em horas suspeitas
• Ordens inapropriadas ou esquecidas
• Fala pastosa, hálito etílico, uso freqüente de pastilhas e chicletes
• Desculpas por partes de colegas e familiares
• Tentativas de suicídio
Introdução
Diagnóstico
Bibliografia
Tratamento
Fale Conosco
Conclusões
Repercussões
Epidemiologia
PORQUE A DEMORA NA DETECÇÃO? Poucos controles formais Médicos trabalham de forma independente “Negação Maligna” Sensação de que “Eu posso cuidar de mim mesmo” “Conhecimento é protetor”, “Eu sei o que estou fazendo” Medo das conseqüências “Conspiração do Silêncio”: medo de perder a reputação,
temores relacionados a aspectos financeiros, “Orgulho Profissional”. Estes fatores fazem com que tanto o médico com problemas quanto familiares e colegas sintam-se intimidados a revelar e, desta forma, abordar o problema.
Introdução
Diagnóstico
Bibliografia
Tratamento
Fale Conosco
Conclusões
Repercussões
Epidemiologia
Repercussões Familiares:
• Geralmente são as pessoas que convivem por mais tempo com o dependente que primeiro percebem e sentem as conseqüências do uso problemático de substâncias, que pode se apresentar como discussões freqüentes, negligência, irresponsabilidade, ausência do lar, irritabilidade.
Físicas:• A dependência torna-se progressivamente pior;
• As conseqüências físicas podem ser diretas (pelo uso da droga) ou indiretas (envolvimentos em brigas, acidentes automobilísticos, sexo inseguro)
• Doenças físicas em vários aparelhos: conseqüências relacionam-se com o tipo de droga usada;
• O consumo faz o paciente sentir-se mal;
Introdução
Diagnóstico
Bibliografia
Tratamento
Fale Conosco
Conclusões
Repercussões
Epidemiologia
Repercussões Psiquiátricas:
• Álcool e drogas podem levar a transtornos mentais, bem como ser tentativa de auto-medicação deste transtorno: os dois transtornos devem ser tratados de forma integrada;
• Piora de quadros pré-existentes: Efeito ‘kindling’- o uso de substâncias faz com que a apresentação do quadro psiquiátrico seja mais grave e com crises mais freqüentes;
• O uso de drogas pode mimetizar todos os transtornos psiquiátricos, dificultando o diagnóstico.
Ocupacionais:• Geralmente são as últimas a aparecer no caso dos médicos.
Médicos dependentes podem apresentar faltas freqüentes, maior índice de desemprego.
• Causa freqüente de erros médicos: 2/3 dos processos relacionados à má prática médica relacionam-se ao uso nocivo e dependência de drogas e álcool (GMC,1994); 70,4% segundo McGovern (2000)
Introdução
Diagnóstico
Bibliografia
Tratamento
Fale Conosco
Conclusões
Repercussões
Epidemiologia
Informar ao colega sobre as características, possibilidades terapêuticas e desdobramentos da doença, se tratada ou não;
Perceber e diminuir suas inquietações, esclarecendo as dúvidas e as interpretações distorcidas do colega;
Ressaltar os benefícios da adesão; Esclarecer os tópicos que orientem o paciente e sua
família sobre como prever, detectar e tratar as emergências, até receber o atendimento de um colega;
Orientar o colega para que evite auto-diagnóstico e auto-medicação.
Ou seja, nada diferente do tratamento com qualquer paciente.
COMO TRATAR PACIENTE-MÉDICO?
Introdução
Diagnóstico
Bibliografia
Tratamento
Fale Conosco
Conclusões
Repercussões
Epidemiologia
COMO TRATAR PACIENTE-MÉDICO? Realizar a anamnese do paciente-médico, incluindo
detalhes sobre auto-medicação; Anotar, à parte, o diagnóstico oferecido; Examinar o paciente-médico em ótimas circunstâncias; Falar com familiares para acrescentar detalhes,
reforçar explicações sobre a conduta; Verificar se ele comparece às consultas; Oferecer subsídios para uma segunda opinião; Desencorajar quaisquer desvios de procedimentos
para proteger o paciente-médico
Introdução
Diagnóstico
Bibliografia
Tratamento
Fale Conosco
Conclusões
Repercussões
Epidemiologia
TRATAMENTO Um bom tratamento começa por elaborar um diagnóstico
preciso,avaliando as comorbidades clínicas e psiquiátricas.
Tratamento Ambulatorial: melhor opção pois reduz a
estigmatização, internação fica reservada para situações
agudas e mais graves
A maioria continua a exercer a Medicina quando o
tratamento é bem empreendido
Mudança de estilo de vida
Restrições nas prescrições podem ser necessárias
Alterar a jornada de trabalho, plantões
Mudança de especialidade pode ocorrer em alguns casos
Introdução
Diagnóstico
Bibliografia
Tratamento
Fale Conosco
Conclusões
Repercussões
Epidemiologia
TRATAMENTO Peças Chaves para o Sucesso
• Duração do tratamento: tratamentos mais longos podem ter melhor resultados.
• Programas de Tratamentos para Médicos
• Envolvimento Familiar
• Manutenção da Motivação para mudança
• Exames de screening urinário e de fio de cabelo: servem para proteção do médico e do público, aumentam a motivação para a busca da abstinência (onde obter)
• Farmacoterapia específica conforme o tipo de dependência.
Introdução
Diagnóstico
Bibliografia
Tratamento
Fale Conosco
Conclusões
Repercussões
Epidemiologia
TRATAMENTO Abordagens Não-Farmacológicas:
• Garantir aderência e tratamento prolongado.
• Retirar “desestabilizadores” do humor
• “Drogas e Álcool não são Antidepressivos.”
• Contrato de Contingência: garantia de sigilo e estabilidade no trabalho, desde que cumpra as normas solicitadas pelo tratamento
• Gerenciamento de estressores, controle sobre a impulsividade e técnicas de Prevenção de Recaídas.
• Uso de exames de screening urinários para detecção de drogas.
Introdução
Diagnóstico
Bibliografia
Tratamento
Fale Conosco
Conclusões
Repercussões
Epidemiologia
TRATAMENTOS: ARMADILHAS “Paciente Especial”: Tratar o médico de maneira
“diferenciada”
Discussão intelectual: Realizar uma discussão clínica e
não um atendimento médico
“Conhecimento Médico”: a compreensão do problemas
não gera, por si só, mudança comportamental
Não orientar a família e não envolvê-la no tratamento.
Troca de papéis e super-identificação com os problemas
do colega.
Introdução
Diagnóstico
Bibliografia
Tratamento
Fale Conosco
Conclusões
Repercussões
Epidemiologia
Os médicos são tão mal atendidos quanto os moradores de
rua. Por conta deste fator um consenso de experts na saúde
do médico determinou que os serviços de apoio ao médico
deveriam:(Manifesto of Barcelona, 2001):
Missão dos Serviços EspecíficosMissão dos Serviços Específicos
1. Garantir o mesmo acesso ao tratamento que a população geral possui. 2. Preservar a confidencialidade do atendimento, incluindo arranjos especiais que garantam o sigilo, devido ao estigma e discriminação. 3. Criar programas de tratamento suficientes para abarcar todas as diferentes demandas. 4. Manter contato com órgãos profissionais e reguladores da atividade médica.
Missão dos Serviços EspecíficosMissão dos Serviços Específicos
(Manifesto of Barcelona, 2001): 5. Preservar a qualidade do atendimento fornecido à população.6. Ter um objetivo preventivo e de detecção precoce. 7. Promover a pesquisa neste campo, particularmente sobre as condições de trabalho e a saúde mental dos médicos.8. Promover a saúde tanto no nível individual quanto institucional.
Missão dos Serviços EspecíficosMissão dos Serviços Específicos
Convênio entre o Conselho Regional de Medicina e a Escola Paulista de Medicina.
Formação de uma Rede de Profissionais para atendimento dos médicos com problemas relacionados ao álcool e outras drogas.
Triagem, Orientação, Avaliação e Tratamento.
Rede de Apoio a Médicos
Contato inicial por telefone fixo, celular ou e-mail 25 médicos psiquiatras no Estado, alocados nas principais
cidades. Tratamento visa a reintegração do médico. Proteção do médico e do público. Consultoria Jurídica e Assistência Social fornecidos pelo
CREMESP. O que não é? Instância pericial, administrativa, punitiva
ou disciplinar. Não é disque-denúncia.
Rede de Apoio a Médicos
Estudo Inicial Fizemos um estudo inicial que motivou o
CREMESP a aceitar a idéia de um serviço específico, dado o grau de problemas que enfrentavam os médicos dependentes químicos.
Apesar dos problemas e da severidade da dependência, o CREMESP apenas era informado de uma pequena quantidade destes médicos que precisaram de apoio nos últimos 5 anos (8,8%)
Estudo Transversal
A pioneering experience in Brazil: the creation of a support network for alcohol and drug dependent physicians. A preliminary report.
Aceito pela RBP em 30/11/2006
Objetivo: Apresentar a criação e o funcionamento de serviço específico para médicos no Brasil, descrever o perfil sócio-demográfico, prevalência de transtornos mentais e dependência química entre médicos que buscaram o serviço.
Métodos: Foram realizadas entrevistas clínicas semi-estruturadas baseadas no CID-10 para diagnóstico de dependência de álcool/drogas e co-morbidade psiquiátrica. Perfil sócio-demográfico e ocupacional foi obtido.
A pioneering experience in Brazil: the creation of a support network for alcohol and drug dependent physicians. A preliminary report.
Resultados: 247 contatos telefônicos e 192 pacientes compareceram ao primeiro atendimento.
158 eram homens, a maioria casados (55%), idade média de 42.4 ± 11.1 anos.
Causas de procura por atendimento: comorbidades entre transtorno mental e dependência química (67,7%), dependência química (20,8%), transtornos mentais (7,8%), burnout (4,2%).
Desemprego (21,6%), problemas no exercício profissional (63,5%), problemas no Conselho Regional de Medicina (13%), internação psiquiátrica pregressa (31,2%) e auto-medicação (71,8%) associaram-se à gravidade dos problemas.
Mudança de especialidade ocorreu em 9,3% da amostra.
A pioneering experience in Brazil: the creation of a support network for alcohol and drug dependent physicians. A preliminary report.
Observamos que as mulheres procuram atendimento em período mais curto, em média 3 anos após o início dos problemas, ao passo que os homens levam seis ou mais anos para buscarem auxílio.
Este ponto é importante dada o tempo de evolução da doença relacionar-se a pior prognóstico.
Observamos uma mudança em relação ao período anterior ao funcionamento da Rede de apoio, sendo que a procura passou a ser principalmente voluntária, o que mostra, indiretamente a aceitação do serviço (gráfico a seguir).
Quem decidiu pelo tratamento?
1
18
53
30
Própria
Familiares
Colegas
Outros
0
16
3252
Própria
Familiares
Colegas
Outros
Até 2002 Após 2002
Há uma tipologia específica para o anestesista dependente químico?
A dependência de álcool e drogas entre anestesiologistas tem sido freqüentemente relatada na literatura internacional, geralmente com maior prevalência do que em outras especialidades médicas.
Não há no Brasil estudos com amostras clínicas de anestesistas dependentes
Nossos estudos anteriores mostraram que os anestesistas estavam hiper-representados nas amostras de médicos que buscaram tratamento por dependência de álcool e outras drogas.
Há uma tipologia específica para o anestesista dependente químico?
57 anestesistas:
Homens (77,2%)
Casados (42,1%)
Idade média 36,1 (DP= 8,5)
Uso de opióides (59,6%), benzodiazepínicos (35,1%) e álcool (35,1%)
Auto-medicação foi maior entre usuários de opióides (p=0,001)
Tempo para busca de ajuda foi menor para usuários de opióides (p=0,048), motivada por colegas e superiores.
Observamos que o anestesista começa a utilizar drogas de um modo diferenciado, geralmente através de benzodiazepínicos injetáveis e opióides, mesmo sem ter apresentado qualquer outra forma de abuso de álcool e drogas previamente, logo, consideramos que esta é uma especialidade de risco e que a questão da dependência química entre anestesistas como doença profissional merece ser discutida em profundidade.
Como lidar com o médico dependente de álcool e drogas?
Tendo em vista a experiência acumulada, acreditamos que o melhor a fazer é o “suficiente” para que o médico busque efetivamente tratamento.
Não bastam promessas, cartas de intenções e sim aderir a um tratamento por tempo efetivo.
Se for preciso comunicar o comitê de ética, este é o suficiente. Se bastar um conversa amigável, melhor.
Recomenda-se sempre abordar o médico em pelo menos dois colegas, o que reduz o caráter persecutório da abordagem.
Tratamento Tratamento de grupos específicos têm demonstrado
melhores resultados (grupos étnicos, sexo, adolescente, idosos) 1
Melhor desempenho dos médicos se tratados com os pares2
A maioria volta a exercer a profissão3
Bom índice de satisfação com os programas específicos4 Maioria dos estudos mostra melhores resultados que a
população geral 70-80% “sucesso” 5
pouca correlação com a substância pouca correlação com a especialidade
¹CSAM Addiction Medicine,20002BMA,1988
3Fletcher, 20054Crowley, 1986
5Welsh, 2002
CONCLUSÕES Apoio e orientação às famílias pode melhorar o
engajamento ao tratamento, uma vez que os familiares são os primeiros a perceberem os problemas relacionados ao consumo, podendo detectar estágios precoces e de mais fácil abordagem
Os médicos devem ser incentivados a buscar tratamento, uma vez que há expectativas de bons resultados e a prorrogação da busca de tratamento pode piorar o prognóstico
Devido à freqüência de comorbidades, recomenda-se abordagem integrada;
Um melhor conhecimento sobre o tema pode facilitar a aumentar a procura espontânea por tratamento
Serviços específicos para tratamento e orientação podem melhorar a busca por tratamento (BMA. 1993).
Introdução
Diagnóstico
Bibliografia
Tratamento
Fale Conosco
Conclusões
Repercussões
Epidemiologia
CONCLUSÕES Os médicos devem estar atentos para detectar - em si e
nos demais colegas – sinais de uso problemático de substâncias, uma vez que este fato leva a riscos ao público e ao próprio médico, sendo, portanto, não só um ato de coleguismo, mas um dever ético.
O tratamento deve ser acessível, prolongado, utilizando de medidas não-farmacológicas e farmacológicas.
O médico dependente deve ter preservado – tanto quanto for viável - o direito ao sigilo, tratamento o menos restritivo possível, compreensão de seu problema e preservação de sua capacidade de trabalho.
Serviços informais de auxílio – como um melhor contato professor-aluno nas faculdades ou tutoria – podem ser de grande importância na prevenção e diagnóstico precoce
Introdução
Diagnóstico
Bibliografia
Tratamento
Fale Conosco
Conclusões
Repercussões
Epidemiologia
Rede de Apoio a Médicos
(11) 5579-5643
(11) 8335-0866