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Um Convite à Interatividade e à Complexidade Marcos Silva Aluna: Isabel Cristina Berlandi Peregrina

Desafios da pedagogia diante da tecnologia digital2

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Page 1: Desafios da pedagogia diante da tecnologia digital2

Um Convite à Interatividade e à

Complexidade

Marcos Silva

Aluna: Isabel Cristina Berlandi Peregrina

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Pareceres dos críticos sobre Interatividade

O Diálogo x ComunicaçãoO Ideologia, Publicidade e Estratégia de

MarketingO Homem x Computador

Modismo, Markenting e o domínio da Técnica

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Modalidade Comunicacional Massiva

Comunicação de massa. O mesmo paradigma que

separa a emissão da recepção.

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Modalidade da Comunicação Interativa

Fenômeno de uma Sociedade da Informação e manifesta-se nas esferas:

Tecnológica, Mercadológica e socialPorém não se trata simplesmente de modismo de

argumento de venda ou dominação da máquina sobre o ser humano.

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Interatividade uma nova modalidade

comunicacionalo Interatividade uma nova modalidade comunicacional num contexto complexo de

múltiplas interferências, de múltiplas causalidades.

o Tendência geral em nosso tempo, ela não é apenas um fruto de uma tecnicidade de

informática, mas um processo em curso de reconfiguração das comunicações humanas

em toda sua amplitude.o Novas tecnologias interativas renovam a

relação do usuário com a imagem, com o texto, com o conhecimento.

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Papel do receptador na comunicação

interativa

Mudança significativa da mensagem-

emissor e receptor.

o A mensagem torna-se modificável na medida em que responde às solicitações daquele que a consulta, que a explora, que a manipula.

o Emissor- constrói uma rede e defini um conjunto de territórios a explorar, um conjunto de territórios abertos a navegações e dispostos a interferências e modificações, vindas da parte do receptor. Enfim, este torna-se um “utilizador”, “usuário” que manipula a mensagem como coautor, cocriador, verdadeiro conceptor.

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Concluem que a melhor estratégia não é, simplesmente, aquela que faz distribuir produtos em

massa, mas sim a que gera comunicação aberta entre cliente, produto e produtor. Gerar comunicação

aberta significa permitir ao cliente-consumidor-usuário atuar como coautor, como cocriador personalizado na relação com o produto. As

tecnologias permitem essa comunicação aberta e os investidores apostam nela.

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Pensar pela própria cabeça implica o enfrentamento dos dogmas

As escolas têm, pela frente, um desafio. O desafio de formular um projeto pedagógico que contemple as inovações tecnológicas e promova a interatividade dos alunos. E deixar para trás um modelo de ensino que

se tornou ultrapassado no século XXI, e que com certeza o grande responsável por essa mudança é o aluno dessa nova geração. Eles

crescem totalmente envolvidos pelas novas tecnologias e precisam que a escola possam dialogar com eles. Mas não só pelo comunicação

unilateral, pelo contrario é preciso que os professores se aproprie dessas novas tecnologia e promova a interatividade utilizando esses recursos e compartilhando com os alunos. O professor de nova geração precisa ser ousado, destemido e procure vencer todos os dogmas que muitas vezes

os tornam resistentes as mudanças.

Gustavo Bernardo

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Hipertexto e o novo Expectador

o O hipertexto se apresenta então como novo paradigma tecnológico que liberta o usuário da lógica unívoca, da lógica da distribuição, próprias do sistema mass mediático predominante no século XX.

o Pode-se dizer, então, que o hipertexto é o grande divisor de águas entre a comunicação massiva e comunicação interativa. “O hipertexto é essencialmente um sistema interativo” e que materializado no chip, ele faz deste o “ícone por excelência da complexidade em nosso tempo”.

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o A convivência com as novas tecnologias hipertextuais coloca o usuário em

contato direto com a experiência da complexidade no âmbito da

comunicação. Ou seja, ele experimenta a multiplicidade e a junção da emissão e recepção como bidirecionalidade, como

hibridação.

o A medida que faz uso das tecnologias hipertextuais, ele tende a tornar-se menos passivo diante da separação da produção e o consumo, da separação da distribuição e

comunicação.

o Diante da informação, da mensagem, pode interferir, modificar, produzir e

compartilhar.

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o Com o hipertexto ele aprende a nova gramática¨ dos meios audiovisuais _ a

multimídia, a hipermídia. Aprende novos parâmetros de leitura e de

conhecimento. A leitura é ¨de tipo cinestésico, atenta ao mesmo ao que é

dito, ao que é mostrado nos vários quadros simultâneos e ao que é

comentado por meio dos inúmeros textos que correm paralelamente sobre as

imagens.

o Deixa, portanto, de submeter-se ao modelo reducionista e disjuntivo do

pensamento simplificador que separa emissão e recepção, e abre-se à

perspectiva do pensamento complexo.

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Epistemologia da Complexidade e Interatividade

Emerge a percepção da compatibilidade entre o

conhecimento da complexidade e a modalidade

comunicacional disponibilizada pelas

tecnologias hipertextuais ou novas tecnologias informáticas.

A interatividade que vislumbra a possibilidade de

uma conjunção complexa operando entre usuário e a

tecnologia hipertextual. Conjunção entendida como

“diálogo” e como “multiplicidade”.

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Fundamentos do Pensamento da ComplexidadeLuta contra a fragmentação do conhecimento

Interatividade no Pensamento Complexo

Edgar Morin

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O pensamento complexo é aquele que busca aprender tais interações a partir da ótica da diversidade, da incorporação do acaso, da incerteza e, portanto, como superação da

casualidade linear, do determinismo simplificador.

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Para Morin, quando as certezas estão em ruínas,

ele se sente livre para buscar as interações em tudo o que o pensamento simplificador, sustentado

por imperativos categóricos, costuma

separar, dissociar. Essa opção pela complexidade supõe uma razão aberta

que não lamenta as perdas, mas que se revigora, se fortalece na liberdade da

insegurança, na instabilidade da ausência

de fundamentos¨.

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Princípios da Interatividadeo A condição do novo espectador que se encontra num

ambiente polifônico e polissêmico que se abriu para ele com o enfraquecimento dos grandes referentes

unidimensionais de significação; aí ele faz por si mesmo uma vez que não mais se submete às emissões separadas

da sua participação, e tem a seu favor as tecnologias hipertextos principalmente. Ratifico fundamentar-me na

ausência de fundamentos em implicar abertura para mais interações, para o mais comunicacional.

o O segundo princípio remete ao conceito de pensamento complexo: atentar para as interações em sua dialógica , multiplicidade e recursividade É condição sine qua non

para o posicionamento crítico da interatividade e de sua análise. Ou seja, é na perspectiva do pensamento

complexo que me posiciono diante das interações e da interatividade.

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Perspectivas para a Educação

O Articulação entre a comunicação interativa e educação com foco na sala de aula.

O Revitalização da prática pedagógica.

O Autoria do professor, a partir do redimensionamento da pragmática comunicacional que classicamente vem separando a emissão e a recepção.

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Emergência histórica da Interatividade

Esfera tecnológicaA tela do computador espaço de manipulação, de

cocriação, com janelas “moveis” e abertas a múltiplas conexões.

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Esfera Mercadológica

Estratégias de marketing descobrem as vantagem do diálogo produtor-produto-

consumidor.

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Esfera Social

O jovem estudante é o novo espectador menos passivo, mais intuitivo, que tende a “uma

aprendizagem fundada menos na dependência dos adultos que na própria exploração que os

habitantes do novo mundo tecnocultural fazem da imagem e do som, do tato e da velocidade”.

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Apontar perspectivas que possam contribuir para

“inventar um novo modelo de educação” capaz disseminar

um outro modo de pensamento”. Isto pode parecer muito abstrato-

sonhador, no entanto, encontro no tratamento complexo da comunicação interativa uma

fonte muito fecunda de sugestões para a pesquisa que busca revigorar a sala de aula

a partir da modificação da pragmática comunicacional

que se faz tradicionalmente de “A” para “B” ou de “B” para “A”.

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Dedico-me então ao tratamento da comunicação interativa, buscando nesta

fonte de sugestões para materialização da aprendizagem à maneira do “A” com “B”

mediatizados pelo mundo”, possibilidades de reinvenção da sala de aula e

contribuições para o dimensionamento do que seja educar em nosso tempo.

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O modus operandi que adoto é o adentra mento dialógico pela floresta intrincada de ideias sobre o que seja comunicação

interativa em suas múltiplas repercussões na teoria da comunicação, nas novas tecnologias informáticas, na mídia, no

social, na arte e no mercado.

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Fundamentos do Pensamento da Complexidade

• O primeiro buraco negro O conhecimento é sempre uma tradução, seguida de

uma reconstrução.

• O segundo buraco negro é que não ensinamos as condições de um conhecimento pertinente.

Isto é um conhecimento que não mutila o seu objeto.

• O terceiro buraco é a identidade humana A nossa identidade é completamente ignorada pelos

programas de instrução.

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• O quarto aspecto é sobre a compreensão humana. Nunca se ensina sobre compreender uns aos outros, como compreender nossos vizinhos, nossos parentes,

nossos pais.

• O quinto aspecto é a incerteza Apesar de ensinar-se só as certezas: a gravitação de

Newton, o eletromagnetismo.

• O sexto aspecto é a condição planetáriaAspecto é a condição planetária, sobretudo na era da

globalização no século XX.

• O último aspecto é o que vou chamar de antropo-ético

Porque os problemas da moral e da ética diferem entre culturas e na natureza humana.

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“O conhecimento é sempre uma tradução, seguida de

uma reconstrução”.

“Portanto, o ensino por disciplina, fragmentado edividido, impede a capacidade natural que o espírito tem de

contextualizar, é essa capacidade que deve ser estimulada e deve ser desenvolvida pelo ensino de ligar as partes ao todo e o

todo às partes”.“Edgar Morin, vê o mundo como um todo indissociável e propõe

uma abordagem multidisciplinar e multirreferenciada para a construção do conhecimento”.

Edgar Morin

A Interatividade diante das novas tecnologias para uma real interação é necessário haver uma conscientização da importância da interligação dos conteúdos, levando o receptor a ser o coautor

dos novos conhecimentos. Isabel Cristina

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“(...) Vi todas as coisas emaravilhei-me de tudo,

Mas tudo ou sobrou ou foipouco, não sei qual, e eu sofri.

Eu vivi todas as emoções, todos ospensamentos, todos os gestos.

E fiquei tão triste como se tivesse queridovivê-los e não conseguisse (...)”

“Um contrabandista dos saberes” por transitar nas diversas áreas promovendo o diálogo entre as ciências e a busca das

relações entre todos os tipos de pensamento. “Este é um princípio da epistemologia da complexidade que

entende, que a parte está no todo assim como o todo está na parte. Cada parte, por um lado, conserva suas qualidades

próprias e individuais, mas, por outro, contém a totalidade do real”.

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“Na minha opinião não temos que destruir disciplinas,

mas temos que integrá-las, reuni-las uma as outras em uma ciência como as ciências estão reunidas, como,

por exemplo, as ciências da terra, a sismologia, a vulcanologia, a meteorologia, todas elas, articuladas

em uma concepção sistêmica da terra”.

“A ciência do passado pensou ter encontrado uma verdade simples,

uma verdade determinista, uma verdade que reduz o Universo a algumas fórmulas.

Hoje, nós sabemos que o desafio do mundo e da realidade é a complexidade.

E, a meu ver, a ciência que vai se desenvolver no futuroé a ciência da complexidade.”

Edgar Morin

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“Com o desenvolvimento das novas tecnologias, o nosso planeta deixa ser

partes isoladas com seus continentes, para torna-se um todo, através da comunicação

global e interativa. O pensamento deve sempre estar voltados para as novas

formas de pensar, refletindo diante das informações recebidas para serem

incorporados os novos conhecimentos, levando a novas práticas de construção de seu próprio pensamento, sendo então

coautor dos novos conhecimentos”. Isabel Cristina

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