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FACULDADE DE ARACRUZ – FAACZ COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA MECÂNICA HIDRODINÂMICA DO NAVIO SAULO SILVA MARTINS

Descrição de Navios Cargueiros

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Historia dos navios cargueirosTipos de navios cargueirosFunções

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FACULDADE DE ARACRUZ FAACZ

COORDENAO DE ENGENHARIA MECNICA

HIDRODINMICA DO NAVIOSAULO SILVA MARTINSARACRUZ

2014SAULO SILVA MARTINSHIDRODINMICA DO NAVIOTrabalho apresentado coordenao de Engenharia Mecnica, da disciplina de Tecnologia Mecnica, dos alunos do 6 perodo, turma C, como requisito parcial de aprovao.

Professor orientador: Robson SarmentoARACRUZ

2014BARCOS DE APOIO

1 - INTRODUO

O apoio offshore no Brasil comeou h mais de 40 anos, quando os levantamentos de ssmica na plataforma continental, em 1966, marcaram o incio da prospeco de petrleo no mar. A partir de 1968 quando foi descoberta a primeira jazida de petrleo no mar, no campo de Guaricema- Sergipe, atravs da plataforma flutuante P-1, nascia o apoio martimo no Brasil.

Com a guerra rabe-israelense, em 1973, que acarretou a crise mundial de petrleo, pela reduo nas exportaes de leo cru, muitas naes desenvolvidas intensificaram as buscas de petrleo em seus territrios e os pases tradicionalmente importadores passaram a investir mais na explorao, tanto em terra como no mar. No Brasil, a explorao comeou no litoral de Sergipe e de Alagoas, seguida do Esprito Santo. Em 1974, um ano depois de instalada a crise mundial, a Petrobras deu um grande salto que marcou sua histria: a descoberta de petrleo na Bacia de Campos (RJ), no Campo de Garoupa. A plataforma Sedco135-D foi a primeira a produzir no Campo de Enchova, em 1977, e a uma profundidade de 120 metros.

Com o passar dos tempos novos campos gigantes de petrleo foram descobertos na Bacia de Campos Albacora (1984), Marlim (1985) e Roncador (1996) e tambm na Bacia de Santos, descoberta em 2005, cujas principais jazidas so as de Tupi e Iara. Para que essa difcil, complexa e indispensvel atividade industrial fosse completa e produzisse os melhores resultados, tornou-se necessrio dot-la de um eficiente apoio logstico para dar suporte s diversas fases das atividades offshore, como explorao, perfurao, engenharia, desenvolvimento do campo, produo, armazenamento/transporte, fechamento/remoo etc.

As embarcaes de apoio martimo vm marcando presena no Brasil e no mundo desde as primeiras prospeces, sendo indispensveis extrao de leo de nossas reservas submarinas. Chegam hoje a um extraordinrio nvel de eficincia, graas incorporao de novas tcnicas, ao crescente aprimoramento dos servios e constante treinamento de pessoal especializado, cujo trabalho na rdua luta de extrair petrleo em alto mar converte-se em constante aprendizado, resultando em acentuado grau de aperfeioamento.2 - BARCOS DE APOIOA indstria do petrleo, mais que nenhuma outra, necessita de uma logstica muito peculiar, pois est inserida num mbito de elevado grau de periculosidade, o alto mar. A expresso apoio logstico, de carter militar um conceito estrategista, segundo o qual os suprimentos, em tempo de guerra, devem chegar frente de batalha em tempo hbil, com segurana e a custos baixos. Entendem os militares que a vitria ou a derrota est diretamente relacionada com a qualidade deste apoio."Maca" embarcao de suprimento em operao CBO

Aeronave, modelo Super Puma AS332L2, capacidade 2 passageiros e trs tripulantes.

Um apoio pouco eficiente pode significar a derrota. Por isso os pioneiros na explorao no Golfo do Mxico criaram a expresso "offshore logistics", para designar o suporte s atividades onde o mar o campo de batalha na guerra pelo "ouro negro". O apoio logstico s plataformas de petrleo verdadeiras cidades flutuantes instaladas em pleno oceano pode ser feito de duas maneiras: Pelo ar, atravs de helicpteros, que transportam pessoas e pequenas cargas, em carter de urgncia, e pelo mar, atravs de embarcaes que transportam materiais e equipamentos.

2.1 - EMBARCAES DE APOIO MARITMO CARACTERISTICAS

Apesar de possuir fundamentos e tcnicas similares a explorao onshore, ou seja, em terra, a explorao de petrleo no mar requer uma logstica bem mais complexa. Em razo disso, a gama de embarcaes necessrias para atender ao trabalho no mar muito grande e, a fim de propiciar adequado apoio, tem de crescer no mesmo ritmo das constantes inovaes tecnolgicas das operaes offshore. As embarcaes de apoio devem atender s diversas fases da explorao de petrleo, desde a fase correspondente pesquisa ssmica at a fase final de fechamento do poo, passando, obviamente, pelas fases de perfurao e produo de petrleo. Para cada situao pode haver uma embarcao diferente devidamente equipada e projetada ao fim que se destina; por exemplo: na fase de pesquisa, cujo ciclo compreende os estudos geolgicos e geofsicos at a perfurao do poo, navios-ssmicos so responsveis pela localizao geogrfica de petrleo no mar, por meio de equipamentos de alta preciso, como sistema de radio localizao equipados com sensores capazes de mapear as reas especficas, fornecendo ento os dados necessrios para a demarcao e posterior perfurao. Evoluindo do conceito de embarcao de suprimento, novas caractersticas foram desenvolvidas de modo a atender s necessidades especficas, tais como: prontido para casos de resgate decorrido de acidente; combate a incndio; estimulao de poos, apoio s atividades de mergulho; reboque de plataformas e manuseio de ncoras e espias.

De um modo geral, as embarcaes de apoio martimo dispem de equipamentos capazes de atender no s s plataformas, mas tambm s suas prprias necessidades, apresentando:

Face ao exposto, torna-se fcil definir o que so embarcaes de apoio. So embarcaes de tamanhos variados criadas especialmente para atender s instalaes de petrleo no mar, transportando cargas entre as bases terrestres e as plataformas martimas. Apresentam caractersticas bsicas voltadas para otimizar sua operacionalidade, sendo empregadas desde os estudos Embarcaes de apoio na base de Maca - RJ preliminares de geologia at a remoo e fechamento de poos. Existem vrios tipos de embarcaes de apoio com caractersticas diferentes. (Os diversos tipos sero abordados no item 1.6 desta apostila). bom frisarmos, dada utilizao generalizada do termo barco, a diviso entre embarcao e barco, ou entre embarcao e navio. Ambas so primeiro embarcaes, e s depois barco ou navio. Da mesma forma um submarino ou caiaque so embarcaes. Ou seja, todos os barcos so embarcaes, mas nem todas as embarcaes so barcos.

Tanques para granis lquidos (leo combustvel, gua industrial, gua potvel, fludos de perfurao, cidos e outros); Silos ou tanques para granis slidos (cimento, baritina etc.); Cmaras frigorficas para gneros alimentcios; Convs adequado ao transporte de carga em geral (tubos de perfurao, equipamentos, dutos, contentores etc.).2.2 SISTEMA DE PROPULSO

No sculo XIX, as embarcaes a vapor dominavam as viagens martimas.

Sua criao dificilmente pode ser creditada a um inventor particular, pois a adaptao do motor a vapor para propulso de embarcaes foi tentada por vrios projetistas, tanto na Europa quanto na Amrica. Uma coisa certa, a maioria dos projetistas, como o norte-americano Robert Fulton, utilizaram em seus estudos os conceitos do escocs James Watt (1736-1819), inventor da moderna mquina a vapor, que possibilitou a revoluo industrial. Watt foi mundialmente reconhecido quando seu nome foi dado unidade de potncia de energia do Sistema Internacional (S.I.) Watt.

At o final do sculo X, as embarcaes a vapor foram sendo substitudas gradativamente devido aos novos desafios comerciais da navegao, sendo que a partir da segunda metade do sculo X, os navios movidos a Motor de Combusto Interna passaram a dominar o mercado.

O sistema de propulso tem por objetivo possibilitar o deslocamento das embarcaes em geral por meios prprios durante toda sua vida operacional. O corao do sistema , na maior parte dos casos, um motor Diesel, cujo tamanho e potncia requeridos vo depender principalmente do tipo de embarcao. Este o sistema de propulso direta, mais comum e mais utilizada, mas h tambm o sistema de propulso indireta, utilizado em embarcaes especiais, onde o tipo de servio requer um sistema de propulso especial (Embarcaes de apoio e rebocadores). A Histria dos navios com propulso a motor diesel comea em 1892, com o alemo Rudolf Diesel e, 20 anos mais tarde, o primeiro motor diesel quatro tempos para navios j estava operacional. No perodo entre guerras houve um aumento considervel de navios com propulso a diesel, principalmente na navegao de longo curso. Uma srie de inovaes foram feitas nesses motores, possibilitando o uso de leo pesado nos motores de mdia rotao. Existem muitos fatores que interferem na escolha do sistema de propulso, dentre eles destacam-se:

Potncia requerida; Tipo de carga do navio; Arranjo da Praa de Mquinas.

Navio MV Princess Of Vancouver

Potncia requerida2.3 - SISTEMA DE POSICIONAMENTO DINAMICO(SPD)

Como j mencionado, as embarcaes de apoio devem ser dotadas de grande capacidade de manobra a fim de posicion-las prximas s unidades de produo de petrleo. Com o passar dos tempos e o advento de novas tecnologias foram sendo incorporados vrios recursos s embarcaes de apoio. Comearemos pelo Sistema de Posicionamento Dinmico ou Dynamic Positioning System DPS. O DPS a associao de vrios outros recursos (item 2.2.4.1 do mdulo 2), como: hlices e lemes gmeos, impelidores laterais, lemes independentes e central de manobras computadorizada. Representa o ltimo avano tecnolgico em termos de sistemas de manobras e propulso. Consiste basicamente de uma central computadorizada de anlise e comandos baseados nas informaes recebidas de sensores externos sobre ventos e corrente, e de comparao sobre o posicionamento da embarcao em relao a uma referncia, a qual pode ser atravs do sistema doppler (diferena de ngulo na onda sonora entre a sua transmisso e o eco) ou atravs de sinais rdio de origem conhecida (similar ao DGPS). Este sistema utilizado no s em todas as embarcaes de apoio, mas tambm em unidades flutuantes de perfurao e produo de petrleo, como as plataformas semi-submersveis que, por sofrem ao direta dos ventos e correntes martimas, no podem sofrer alteraes bruscas de posicionamento em relao coluna de perfurao.2.4 - ARRANJO DE CONVES

O arranjo de convs o principal fator no projeto de uma embarcao offshore. Os equipamentos podem variar de guinchos de reboque e manuseio de ncoras a plantas de estimulao de poos de petrleo. O layout do convs vai depender do propsito da embarcao. Um navio supridor Supply Vessel, por exemplo, deve ter seu convs principal liberado para o transporte de carga geral e suprimento. J uma embarcao do tipo PLV Pipe Laying Vessel possui convs principal repleto de equipamentos voltados ao posicionamento de cabos no fundo do mar. Por se tratar basicamente da disposio e espaamento dos equipamentos das embarcaes,

Embarcao de suprimentos Suplly Vessel. Embarcao de lanamento de linhas e tubos PLV.

2.5 TIPOS DE EMBARCAO DE APOIO

Embora as primeiras experincias na explorao de petrleo ainda de forma rudimentar tenham ocorrido em 1882, na plataforma submarina do Oceano Pacfico, precisamente no litoral de Santa Brbara (norte de Los Angeles), coube ao Golfo do Mxico, em 1948, tornar-se o palco pioneiro da indstria do petrleo em mar aberto, extraindo leo do leito do Oceano atravs da sonda Breton Rig 20. Desde 1932, quando na Califrnia perfurou-se o primeiro poo em alto mar, constatou-se que a operao "offshore" tinha tudo para se tornar um xito; mas para que isso ocorresse seria necessria uma fora-tarefa de embarcaes especiais que garantissem o transporte de materiais, equipamentos e trabalhadores: nascia ento o apoio martimo.

Embarcaes pequenas eram utilizadas para transportar pessoal ("crewboats") e tambm barcos utilitrios ("utility-boats") para o transporte de cargas destinadas s unidades de perfurao. Mesmo assim, at os anos 50, as embarcaes disponveis ao apoio offshore ainda eram precrias, com seus cascos construdos de forma artesanal e no apresentando a robustez necessria difcil tarefa da prospeco em alto mar.

Como resultado, incndios, colises e naufrgios eram freqentes. Ficou evidente ento a urgncia de se conceber projetos com caractersticas tcnicas adequadas ao uso final a fim de propiciar melhores ndices de eficincia e requisitos mnimos de segurana: surgia ento um novo conceito, o de embarcao de suprimento supply boat. A primeira embarcao deste tipo chamou-se Ebb Tide, cujo projeto serviu de base para as futuras embarcaes, sempre incorporando novos equipamentos e tecnologia at os dias de hoje.

O Rebocador; uma embarcao, em geral de pequeno porte e de motor potente, projetada para puxar, empurrar e rebocar navios e barcaas. Por possuir elevada capacidade de manobra, usado para rebocar navios grandes em manobras delicadas, como atracao e desatracao. Muito usado tambm para puxar e rebocar plataformas de petrleo.

Caractersticas

- Equipados com motor a Diesel ou a vapor. (O motor Diesel muito mais usado); Rebocam pela frente (proa), e empurram lateralmente;

- Construda no mundo

Ebb Tide Primeira embarcao de suprimentos Utility boat - barco utilitrio

- Puxam pela popa; 20 a 30 metros de comprimento; Podem ser vistos na navegao fluvial puxando mais de 50 barcaas juntas, atravs de caba de ao; Podem dispor de alojamentos para a tripulao.O Navio Supridor Supply Vessel SV; Os navios supridores deram origem s variaes de embarcaes de apoio existentes hoje no mercado offshore. Inicialmente no se exigia muita capacidade de manobra, pois os primeiros SVs atuavam em guas rasas e com influncia dos ventos e correntes martimas. Como j dito, apresentam o convs principal livre para o transporte de cargas e suprimento. So utilizados no apoio s plataformas de petrleo, transportando em seu deck tubos e equipamentos e, em silos, suprimentos como: cimento, lama, salmoura, gua doce, leo diesel, granis etc. Assim como a maioria dos navios de suprimento apresentam a superestrutura vante. Possuem tomadas de descarga de granis lquidos e slidos na parte de r (popa) do convs principal e nos dois bordos, onde se conectam os mangotes das unidades.

Caractersticas

-Dimenses menores que as dos navios PSVs, apresentando em geral de 30 a 80 metros de comprimento; Potncia entre 2.0 e 3.0 HP; Capacidade de carga em torno de 1.500 TPB; Possuem normalmente 6 silos para armazenagem de granis lquidos e slidos; Impelidores laterais (Bow-Thrusters e Estern Thrusters); Funo principal: transporte de suprimentos.

O Platform Supply Vessel PSV; bom ressaltarmos a grande verdade acerca das embarcaes de apoio: elas efetuam, em geral, multi-tarefas. Isto quer dizer que at mesmoEmbarcao do tipo SV Supply boat em operao embarcaes que no recebem o nome Supply, podem transportar suprimentos, desde que o arranjo de convs lhe permita tal operao.O PSV um navio supridor de projeto otimizado para navegao em condies meteorolgicas adversas (mar e tempo revoltos acima de 5 na escala Beaufort*). Possuem elevada capacidade de manobra com recursos de ultima gerao em posicionamento dinmico, alm de serem maiores que os Supply boats.

Caractersticas

- 60 a 100 metros de comprimento; 3.0 a 5.0 HP de potncia; Capacidade de carga: acima de 3.0 TPB; Impelidores laterais (Bow-Thrusters e Estern Thrusters); Apoio a navios-sonda e embarcaes maiores; Borda livre alta; Utilizado no apoio s plataformas de petrleo, transportando material de suprimento: cimento, tubos, lama, salmoura, gua doce, leo, granis etc.

O Pipe Laying Support Vessel PLSV; Embarcao destinada ao lanamento e posicionamento no fundo do mar de linhas flexveis e rgidas (Risers) de produo de petrleo, alm de cabos de telecomunicaes. Este tipo de embarcao, PLV surgiu devido a expanso mundial do mercado de explorao de petrleo.

No Brasil, as descobertas de novos poos de petrleo e gs nas Bacias de Campos, Santos e Esprito Santo esto gerando uma demanda de novas plataformas e, com isso, aumentando a demanda por embarcaes que realizem operaes de lanamento de linhas dessas unidades. Os PLSVs no apresentam rota definida, pois no lanam constantemente linhas para as unidades de explorao, logo podero atuar em diferentes blocos e bacias de petrleo ao redor do mundo. Em virtude disso, um projeto bem detalhado e otimizado para operar em qualquer mar essencial.

Caractersticas

Possuem arranjo de convs bastante complexo; Sistema de posicionamento dinmico - DPS; Equipadas com carretel para lanamento de linhas, rampa provida por tensionadores, guinchos, ROV (Remotely Operated Vehicle) Veculo operado remotamente para inspeo e interveno submarina, entre outros. Bow-Thrusters e Stern-Thrusters.

3.0CONCLUSAOOs barcos de apoio so de sumo importancia para qualquer tipo de trabalho ou atividade realizada em offshore, desde seu servio logistico servios diretos embarcaes.Cada vez mais os barcos de apoio se tornam indispensavel, principalmente como por exemplo plataformas pretroliferas, necessitam constantemente de barcos de apoio, seja para transportar tripulao, como tambem para armazenar material, suprimentos e etc.

A partir do grande desenvolvimento tecnologico dos ultimos tempos, os barcos de apoio evoluiram para serem capazes de prestar auxilio a um leque enorme de areas, tornando seu servio um excelente recurso nesse tipo de industria e entre outras.