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Desdobrável da Biblioteca Municipal Almeida Garrett sobre teatro (2011)
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Vida e Obra de Almeida Garrett Projecto de Animação Comum
SABE—Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares da
Biblioteca Municipal Almeida Garrett Desdobrável sobre Almeida Garrett
Almeida Garrett
1799-1854
Garrett atribuía ao Teatro uma alta função civiliza-
dora, e empenhou-se intensamente na sua renova-
ção. Queria uma produção nacional de qualidade,
passível de elevar o gosto e a cultura do público. O
que veio a conseguir plenamente. Desejava que a
relação escritores, actores e público fosse estável. A
ausência de público e de um espaço físico seriam
inequívocas da decadência do teatro.
“Garrett fez-se um grande dramaturgo, sabedor do seu ofício, dirigiu segundo um
critério preconcebido a sua obra escrita, tornou-se homem de acção para a defen-
der, e deixou os seus contemporâneos…”
Andrée Crabbé Rocha, in: O teatro iné-
dito de Garrett, p. 25 Coimbra, 1954
Dia do Teatro - 27 de Março
Peças de Teatro escritas por A. Garrett existentes
na BMAG Um auto de Gil Vicente 821-2 GARAa Frei Luís de Sousa 821-2 GARRf A sobrinha do Marquês 821-2 GARAs Catão 821-2 GARAc Mérope 821-1 GARAm Obras póstumas 821-2 GARAo O Alfageme de Santarém 821-2 GARAa O Impromptu de Cintra” 821-2 GARAi Garrett e uma cadeira em S. Bento 821-1 GAR
Alguns dramaturgos do passado e do presente Abel Neves
Alfredo Cortes
António Ferreira
António José da Silva
António Patrício
Augusto Abelaira
Bernardo Santareno
Gil Vicente
Jacinto Lucas Pires, Jaime Salazar Sampaio Jorge Ferreira de Vasconcelos
Jorge Silva Melo,
José Cardoso Pires José Maria Vieira Mendes José Régio.
Júlio Dantas
Lídia Jorge,
Luís Francisco Rebelo
Luís de Sttau Monteiro. Luísa Costa Gomes.
Maria Velho da Costa,
Mário de Carvalho,
Paulo José Miranda,
Pedro Eiras
Raul Brandão Teatros Nacionais
Teatro Nacional D. Maria II (dirigido por);
Teatro Nacional de S. Carlos
Teatro Nacional de S. João (dirigido por )
“O teatro é um grande meio de civilização, não
prospera onde não há. (…) Para principiar,
pois, é mister criar um mercado fictício.” (…)
“Depois de criado o gosto público, o gosto
público sustenta o teatro…”
GARRETT, 1999, p.1320
Nº4/2011 - Almeida Garrett e 0 Teatro
Dia do Teatro - 27 de Março Projecto de Animação Comum
Almeida Garrett e o Teatro
Passos Manuel (1801-1862)ao assumir as rédeas
do governo, encarrega Almeida Garrett de pensar o
teatro português em termos globais e incumbi-lo de
apresentar sem perda de tempo, um plano para a
fundação e organização de um teatro nacional, o
qual, sendo uma escola de bom gosto, contribua para
a civilização e aperfeiçoamento moral da nação por-
tuguesa. A. G.t ficou igualmente encarregue de criar
a Inspecção-Geral dos Teatros e Espectáculos
Nacionais e o Conservatório Geral de Arte Dramáti-
ca, instituir prémios de dramaturgia, regular direi-
tos autorais e edificar um Teatro Nacional em que
decentemente se pudessem representar os dramas
nacionais. O seu primeiro trabalho é organizar uma
companhia de declamação que vai funcionar no
velho teatro da rua dos Condes (…) o curso é dividi-
do em componentes: Recta pronúncia e linguagem,
rudimentos literários e aula de dança “para des-
plante do corpo e desembaraço dos movimentos”
Alguns dramaturgos contemporâneos a Garrett
Alexandre Herculano
Alguns dramaturgos que influenciaram Garrett Esquilo Shakespeare
Almeida Garrett levado à cena nos nossos dias
Frei Luís de Sousa, Jangada Teatro, na sala deTeatro
Ribeiro Conceição em Lamego, 15 Jan 2011
Falar verdade a mentir, e, Improptu de Sintra,Teatro
Municipal de Almada, 16 Mar 2011
Falar Verdade a mentir, Companhia de teatro—Arte
d’encantar, em Castro Marim, 25 Março 2011
Breve História dos Teatros Nacionais
O Teatro Nacional D. Maria II foi inaugurado a 13
de Abril de 1846, ano em que se comemorava o 27
aniversário de Maria II (1819-1853) daí o seu
nome estar-lhe associado. Obra neoclássica, projec-
tada pelo Arquitecto Fortunato Lodi, ficou situada
no topo no topo norte da Praça do Rossio. No dia
da inauguração foi levada à cena o drama histórico
em cinco actos O Magriço e os Doze de Inglaterra,
da autoria de Jacinto Aguiar de Loureiro. Entre
1836, data da criação legal do teatro, à sua inaugu-
ração, em 1846, funcionou um provisório teatro
Conservatório Nacional,
Lisboa
Teatro NacionalD. Maria IIl,
Lisboa
Ruínas do Palácio dos
Estaus.
nacional no Teatro da Rua dos Condes (mais tarde
transformado em cinema Condes). O local escolhido
para instalar o definitivo Teatro Nacional foram os
escombros do palácio dos Estaús, antiga sede da
Inquisição e que, também em 1836, tinha sido des-
truído por um incêndio. O interior ardeu em 1964,
tendo sido reconstruído posteriormente, reabrindo
ao público em A tarefa de reconstrução demorou 14
anos, reabrindo, finalmente, as portas ao público na
noite de 11 de Maio de 1978. A história deste Tea-
tro, contudo começou dez anos antes da sua inaugu-
ração.
Teatro Nacional de S. João
Adquirido pelo estado em 1992, o S. João Cine é
inaugurado como Teatro Nacional nesse mesmo
ano. Foi seu director Eduardo Paz Barbosa. Na época
a programação era marcada por peças de cariz
musical. Sofreu obras de restauro entre 1993 e
1995. Reabriu em Setembro com Ricardo Pais e de
José Wallenstein. Em 2003 o Teatro de Carlos Alber-
to, antigo Auditório Nacional, tornou-se a segunda
casa do TNSJ. Em 2007 é integrado no sector empre-
sarial do estado, recebendo a designação de entida-
de publica empresarial. Apresenta então uma moti-
vação formativa, associando-se a criadores de gera-
ções e provenientes de diferentes disciplinas: do
desenho à escrita para cena, da sonoplastia às artes
gráficas.
Curiosidades
“ O drama é a expressão literária mais verdadeira do
estado da sociedade: a sociedade de hoje ainda se
não sabe o que é, o drama ainda se não sabe o que
é: a littertura actual é a palavra, é o verbo ainda
balbuciante de uma sociedade indefinida, e comtu-
do já influe sobre ella; (…) os poetas fizeram cida-
dãos, tomaram parte na cousa pública como sua; (…)
Os sonetos e os madrigais eram para as assembleias
perfumadas dessas damas que pagavam versos a
surrisos; (…) Os leitores e os espectadores de hoje
querem pasto mais forte, menos condimentado e
mais substancial: é povo, quer verdade. Dae-lhe a
verdade do passado no romance e no drama históri-
co, - no drama e na novella da actualidade offerecei-
lhe o espelho em que se mire a si e ao seu tempo, a
sociedade que lhe está por cima, a baixo, ao seu
nível, - e o povo hade applaudir, porque intende: é
preciso intender para appreciar e gostar”.
Almeida Garrett, Memória ao Conservatório, in Frei
Luís de Sousa
Sugestões de leitura REBELO, Luís Francisco, 1924. 100 anos de tea-
tro português (1880-1980)
BPMP– cota LA 79REBEa