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B. Ind6str. anim., Nova Odessa, SP, 43(2):3S9~6,jul./dez. 1986 DESEMPENHO PRODUTIVO DE SUíNOS SENSíVEIS E NÃO SENSíVEIS AO HALOTANO P) (Performance of halothane susceptibte and non-susceptible pigs) MARIA DA GRAÇA PINHEIRO (2), MARCOS ANTONIO GIANNONI (3), FERNANDO GOMES DE CASTRO JUNIOR (4) e PEDRO EDUARDO DE FElÍCIO (5) RESUMO: O trabalho foi realizado em instalações do Instituto de Zootecnia, em Nova Odessa, SP, no período de dezembro de 1981 a março de 1982, com o objetivo de com- . parar suínos sensíveis e não sensíveis ao halotano quanto ao ganho em peso, consumo de ração e conversão alimentar. Foram utilizados 26 machos castrados, sendo treze sensíveis e treze não sensíveis, com setenta dias de idade e peso vivo médio de 25,8 kg no início e 94,3 kg no final do experimento. A melhor conversão alimentar foi obtida pelos suínos sensíveis, nos períodos de crescimento (P < 0,05), de terminação e total (P < 0,01). No ganho em peso e no consumo de ração não foram observadas diferenças (P > 0,05) entre os dois grupos. A suscetibilidade dos suínos ao estresse foi identificada em meados de 1960, nos Estados Unidos. 1DPELet alii ( 1968) obervaram ocorrência de nortes em rebanhos, decorrentes de alterações nas práticas de manejo; nesses rebanhos, al- guns animais submetidos a agentes estres- sares rrostravam severa reação orgânica, que freqÜenterrente resultava emmorte. INIRODUÇÃO o complexo de sintomas característi- co pelo estresse foi denominado Síndrare do Estresse Suíno (Porcíne Syndrore Stress - PSS) por 1DPELet alii (1968), e Síndrare de Hiperterrnia Maligna (Malignant Hypertherrnia Syndrare - MHS)por SYBESMA e EIKEI..ENBCXl1 ( 1969). Poster iornente, CHRISTIAN (1972) demonstrou que tais deno- minações se referiam ao nesrro complexo de (1) Projeto IZ-008/81. Parte da dissertação de mestrado em Zootecnia do primeiro autor. Recebido para publica- ção em agosto de 1986. e) Da Seção de Suinocultura, Divisão de Zootecnia Diversificada. e) Do Departamento de Melhoramento e Nutrição Animal, Universidade Estadual Paulista (Unesp), Ja- boticabal, SP. (4) Da Seção de Suinocultura, Divisão de Zootecnia Diversificada. (5) Do Departamento de Tecnologia de Alimentos, Faculdade de Engenharia de Alimentos, Unicamp, Campinas, SP. 359

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B. Ind6str. anim., Nova Odessa, SP, 43(2):3S9~6,jul./dez. 1986

DESEMPENHO PRODUTIVO DE SUíNOS SENSíVEIS E NÃO SENSíVEIS AOHALOTANO P)

(Performance of halothane susceptibte and non-susceptible pigs)

MARIA DA GRAÇA PINHEIRO (2), MARCOS ANTONIO GIANNONI (3), FERNANDO GOMES DE CASTROJUNIOR (4) e PEDRO EDUARDO DE FElÍCIO (5)

RESUMO: O trabalho foi realizado em instalações do Instituto de Zootecnia, em NovaOdessa, SP, no período de dezembro de 1981 a março de 1982, com o objetivo de com- .parar suínos sensíveis e não sensíveis ao halotano quanto ao ganho em peso, consumo deração e conversão alimentar. Foram utilizados 26 machos castrados, sendo treze sensíveise treze não sensíveis, com setenta dias de idade e peso vivo médio de 25,8 kg no início e94,3 kg no final do experimento. A melhor conversão alimentar foi obtida pelos suínossensíveis, nos períodos de crescimento (P < 0,05), de terminação e total (P < 0,01).No ganho em peso e no consumo de ração não foram observadas diferenças (P > 0,05)entre os dois grupos.

A suscetibilidade dos suínos aoestresse foi identificada em meados de1960, nos Estados Unidos. 1DPELet alii( 1968) obervaram ocorrência de nortes emrebanhos, decorrentes de alterações naspráticas de manejo; nesses rebanhos, al-guns animais submetidos a agentes estres-sares rrost ravam severa reação orgânica,que freqÜenterrente resultava emmorte.

INIRODUÇÃO

o complexo de sintomas característi-co pelo estresse foi denominado Síndraredo Estresse Suíno (Porcíne SyndroreStress - PSS) por 1DPELet alii (1968), eSíndrare de Hiperterrnia Maligna (MalignantHypertherrnia Syndrare - MHS)por SYBESMAeEIKEI..ENBCXl1 ( 1969). Poster iornente,CHRISTIAN(1972) demonstrou que tais deno-minações se referiam ao nesrro complexo de

(1) Projeto IZ-008/81. Parte da dissertação de mestrado em Zootecnia do primeiro autor. Recebido para publica-ção em agosto de 1986.e) Da Seção de Suinocultura, Divisão de Zootecnia Diversificada.e) Do Departamento de Melhoramento e Nutrição Animal, Universidade Estadual Paulista (Unesp), Ja-boticabal, SP.

(4) Da Seção de Suinocultura, Divisão de Zootecnia Diversificada.(5) Do Departamento de Tecnologia de Alimentos, Faculdade de Engenharia de Alimentos, Unicamp, Campinas,

SP.

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B. IOO6st,. anim., Nova Odessa, SP, 43(2):359-66, juL/dez. 1986

sintanas; entretanto, no caso da MHS, asfndrore é induzida por anestésicos halo-genados, enquanto a disputa, esforço físi-co e outros fatores ambientais são osagentes pré-estressores da PSS.

Quanto a hereditariedade da Síndromedo Estresse Suíno, CHRISTIAN (1972) rela-tou que a suscetibilidade ao estresse édeterminada geneticamente, que é obscuro omodo exato de herança e que certamenteexiste variação no grau de expressão. Al-guns estudos têm evidenciado que a heredi-tariedade dessa síndrome se deve a um geneautossômico recessivo (OILIVIER et al.i.i ,1975, SMITH & BAMPTON, 1977).

Entre os métodos utilizados paraidentificação de suínos suscetíveis ao es-tresse, o teste de halotano é o mais prá-tico e seguro para identificação "in vivo"(LUNDSTR1:M, 1976). Segundo EIKELENBCXM etalii (1978), o teste consiste na inalação,pelo suíno com oito a doze semanas de ida-de, através de máscara facial, de uma mis-tura de oxigênio (2,5 litros/min) e halo-tano (5%). O animal sob exame que desen-volve progressiva rigidez rruscular e es-pasmos é denaninado reagente positivo oususcetível. Logo que esses sintomas sãoobservados, a ministração de anestésico éinterranpida e o suíno se restabelece empoucos minutos. Nos não reagentes, negati-vos ou resistentes, o início da anestesiacoincide com o completo relaxamento rruscu-lar; nesses animais, a duração do teste éde 4 minutos.

O teste de halotano tem sido ummétodo perfeito e lilliversalpara se deter-

minar, em suínos jovens, a sensibilidadeaos fatores estressantes (POLTÁRSK et alii,1979) e sua utilização pode ser um canple-rrento valioso na seleção para ne lhorar aqualidade da carne e a resistência ao es-tresse (MAlMFORS et alii, 1979). No Bra-sil, ele vem sendo utilizado em algtms re-banhos e estações de teste, onde o objeti-vo é a seleção de reprodutores.

Com relação ao desempenho produtivodos animais sensíveis, nurrerosos trabalhosforam realizados em diversos países.EIKELENBCXM & MINKEMA (1974) utilizaram231 suínos (106 fêrreas e 125 machos cas-trados) da raça landrace, sensíveis e nãosensíveis ao halotano, e verificaram queno período de terminação o ganho em pesodas fêmeas sensíveis foi significativamen-te renor do que das não sensíveis. Entreos machos castrados não foi observada di-ferença significativa no ganho em peso.OILIVIER et alii (1978) observaram que osexemplares reagentes (machos e fêmeas) de-monstravam tendências a ter ganho em pesomédio diário inferior ao dos não reagen-teso EIKELENBCXM et alii (1980) utilizaram1.610 suínos (machos e fêmeas) da raçalandrace, descendentes de 38 reprodutorescom fenótipos conhecidos quanto à reaçãoao halotano, e os submeteram ao teste dehalotano após a entrada em três estaçõesde teste da Holanda. Para ambos os sexos,as diferenças de ganho em peso diárioentre sensíveis e não sensíveis não foramsignificativas, exceto para as fêmeas deuma estação, onde as sensíveis apresenta-ram maior ganho em peso. Quanto à conver-são alimentar, foi observada diferençasarente entre as fêneas , sendo o rrelhoríndice obtido pelas sensíveis ao halotano.

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Em nosso rreio têm sido relatadoscasos de suscetibilidade ao estresse emalguns rebanhos selecionados para produçãode carne, mas não há estudos pornenoriza-dos a respeito do desempenho.

o presente trabalho teve porobjetivo canparar suínos sensíveis e nãosensíveis ao halotano quanto ao ganho empeso, consumo de ração e conversão alÍl1En-tar.

MATERIAL E MÉTOOOS

'o trabalho foi realizado em instala-ções do Instituto de Zootecnia, NovaOdessa, SP, no período de dezembro de 1981a março de 1982.

Foram utilizados 26 suínos ''híbri-dos" machos castrados, com setenta dias deidade, peso vivo nédio de 25,8 kg noinício do ensaio e 94,3 kg no final,submetidos ao teste de halotano, segundo oprocedírrento de EIKEI...ENBCXMet alii(1978), sendo treze sensíveis e treze nãosensíveis.

Os animais foram alojados em baiascoletivas, redindo 6 m x 8,75 m, com pisode concreto, bebedouros autanáticos tipochupeta e bretes individuais de alÍnEnta-ção de 0,50 m xl, 40 m, providos de come-douras tipo gaveta. A área central dabaia, comum a todos os animais, era par-cialnEnte coberta.

O período pré-experírrenral foi dedez dias, durante o qual os animais rece-beram vacina contra peste suína, uma dose

Os resultados referentes aos ganhosem peso durante os períodos de crescirren-to, terminação e total do ensaio são apre-sentados no quadro 1. Não foi observadadiferença (p > 0,05) entre os suínos sen-

de verrnífugo injetável e identificaçãoatravés de marca a fogo na paleta.

Durante o período experimental houveperda de um animal sensível ao halotano,cuja causa mortis, segundo o laudo denecrópsia, foi choque hipovolêmico decor-rente de estresse.

As rações empregadas continham 16%de proteína bruta na fase de crescínento

(do peso inicial até 55 a 60 kg de pesovivo) e 14% na fase de terminação (dos 55a 60 kg até o abate), formuladas segundoas exigências indicadas pelo NRC (1979). Aração foi fornecida à vontade, duasvezes ao dia, anotando-se as sobras; águapermaneceu à disposição.

Analisaram-se o ganho rrédi.o em pe-so, o consumo de ração e a conversão ali-rentar. O delineamento experÍnEntal adota-do foi inteiramente casua1izado, com doistratamentos e números diferentes de repe-tições (doze e treze).

RESm.:rAOOS

síveis e não sensíveis ao halotano, nosperíodos estudados.

O quadro 2 mostra os consumos de ra-ção nos períodos de crescÍnEnto, termina-

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ção e total. Tambémnão houve diverença (p

> 0,05) entre os dois grupos de suínos;entretanto, os sensíveis apresentaram con-sumo ligeiramente menor do que os não sen-síveis. Os sensíveis apresentaram rre'lhor

Quadro 1. Ganhos médios em peso

. conversão alimentar nos períodos de cres-cimento (p <: 0,05), de terminação e totaldo ensaio (p < 0,01), conforme nostra oquadro 3.

Grupos Desvios-padrões F

(kg)

±3,46 ns±4,67 ns±7,31 ns

Períodos Sensíveis Não sensíveis(kg) (kg)

Crescimento 34,29 34,23Terminação 34,79 33,69Totais 69,08 67,92

ns = Não-significativo ao nível de 5%.

Quadro 2. Consumo de ração

GruposSensíveis Não sensíveis

(kg)

Desvios-padrões F

(kg)

± 9,22 ns±13,70 ns±20,91 ns

Períodos(kg)

CrescimentoTerminaçãoTotais

78,18104,15182,27

83,66107,44191,10

ns = Não-significativo ao nível de 5%.

Quadro 3. Conversão alimentar expressa pela relação en-tre ração consumi da e ganho em peso

Grupos Desvios-Período Sensíveis Não sensíveis padrões F

Crescimento 2,29 2,44 ± O,16 *Terminação 3,00 3,19 ± O,15 **Totais 2,65 2,81 ± O,12 ***

*" = Significativo ao nível de 5%; ** Significativo aonível de 1%.

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Os resultados do trabalho mostramque os suínos sensíveis apresentaram bandesempenho nos períodos de cresc irrento ede terminação, Os ganhos em peso dos sen-síveis e não sensíveis foram serreIhantes ,CARLSONet alii (1980) tambémnão encon-traram diferença significativa no ganho empeso entre os dois grupos de suínos; noentanto, OLLIVIER et alii (1978) eMcGWUGHLINet alii (1980) observaram queos sensíveis demonstraram tendência a terganho em peso nédio diário inferior aosnão sensíveis.

Verificou-se que o consumo de raçãopelos suínos sensíveis foi ligeiramentemenor em relação aos não sensíveis, nosperíodos estudados. Da mesma forma,CARLSONet alii (1980) constataram propen-são de os sensíveis apresentarem rrenorconsumo. Anteriorrrente, EIKEI...ENBCXMet

alii (1978a) observaram que os machos daraça landrace reagentes ao halotano apre-sentaram consumo de ração significativa-rrente rrenor do que os não reagentes. Noentanto, não verificaram diferenças signi-ficativas no consumode ração de fêrreas daraça landrace e de machos e fêrreas da raçayorkshire reagentes e não reagentes.

A conversão alÍlrentar dos suínossensíveis ao halotano foi significativa-rrente rrelhor, tanto no período de cresci-mento caro no de terminação e total doexper irrento, Tais resultados diferem dosrelatados por EIKELENBOOMet alii (1978),os quaí.s constataram que machos não sen-síveis da raça yorkshire apresentaramrreíhor conversão al.írrentar , não sendo en-

contradas diferenças entre as fêrreas e en-tre os machos e fêrreas da raça landrace.Entretanto, EIKELENBOOMet al.í i (1980) ve-

DISCUSSÃO

rificarám que as fêmeas sensíveis da raçalandrace mostraram conversão alÍlrentarsignificativamente rrelhor, não sendoobservada nenhuma diferença para os ma-chos.

Os resultados obtidos no presentetrabalho poderiam ser atribuídos ao tipode animal utilizado, proveniente de reba-nho altamente selecionado para produção decarne. Segundo CARLSONet alii (1980), oemprego de diferentes tipos e linhagens desuínos pode ser a causa de resultados di-ferentes emvários trabalhos.

Conforme observado neste trabalho,os suínos sensíveis apresentaram algumasvantagens sobre os não sensíveis quanto aodesempenho produtivo. No entanto, existeminfonnações na literatura sobre mawríndice de mortalidade entre esses anDTIa~Se, também, problemas de qualidade dacarne. EIKELENBOOMet alii (1978) encon-traram perdas de animais de ambos os sexosda raça landrace, durante o período detenninação, de 1,92% e 0,24% para os rea-gentes e não reagentes, respectivamente.Durante o transporte das fêrreas até o aba-tedouro, 3,35% das reagentes e 0,32% dasnão reagentes morreram. Assim, a perda to-tal de suínos da raça landrace foi aproxi-madamentedez vezes maior nos reagentes doque nos não reagentes. WEBB & JORDAN(1978), SCHEPERS& SCHMITTEN(1979) eSCHMIDT(1980) observaram que os sensíveisao halotano possuiam carne de qualidadeinferi~ à dos não sensíveis. Segundo WEBB(1980), nos reagentes ao halotano há maiorincidência de morte e de carne pálida,flácida e exsudativa (pale, soft andexudative - PSE), em relação aos não rea-

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gentes. Portanto, tanto os aspectos dequalidade da carne como o problema de mor-talidade por estresse nos animais sen-

Nas condições em que o exper irrentofoi realizado e de acordo cem os resulta-dos, conclui-se que:

1. O ganho em peso dos suínos sensí-veas e não sensíveis ao halotano foi se-nelhante,

2. Os suínos sensíveis apresentaramconsumo da ração ligeiranente nenor, errDO-

ra a diferença não tenha sido significati-va.

síveis ao halotano devem merecer outrosestudos, que enfoquem o problema do pontode vista econômico.

mNCWSÕES

3. Apesar das diferenças entre ossuínos sensíveis e não sensíveis não teremapresentado significância estatística noque se refere ao ganho em peso e consumoda ração, constatou-se uma vantagem signi-ficativa dos sensíveis na conversão ali-nentar, tanto na fase de crescÍm::!ntocomona de terminação e total; entretanto, essavantagem econômica deve ser confrontadacem possíveis perdas resultantes de morta-lidade por estresse ou de qualidade infe-rior da carne.

SUMMARY: The experiment was carried out at the Instituto de Zootecnia, NovaOdessa, State of São Paulo, Brazil, from December, 1981 to March, 1982. The objectiveof this work was to compare susceptible and non susceptible pigs to the halothane as toperformance. Twenty-six barrows were used, 13 susceptible and 13 non susceptible,with 70 days of age mean tive weight of 25.8 kg at the beginning and 94.3 kg at the endof the experimento The susceptible pigs presented better feed conversion during thegrowth period (P < 0.05), finishing period and total trial (P < 0.01). As to weightgain and ration intake there was no difference (P > 0.05) between the two groupsofpigs.

AGRADECIMENIOS

AD professor dr , David Ariovaldo Banzatto e ao dr. Antonio José Fernandes Maia.

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