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DESENHO TÉCNICO

Desenho Técnico Arquitetônico

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Manual Desenho Técnico Arquitetônico.

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Page 1: Desenho Técnico Arquitetônico

DESENHO TÉCNICO

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OTE CURSOS TÉCNICOSOrganização Tecnológica de Ensino - Cursos Técnicos

Roberto MerhyDiretor Geral

MATERIAL DIDÁTICO

Produção AcadêmicaCamila Jacobina

Coordenadora Executiva

Fernanda LordeloCoordenadora Pedagógica

José Augusto Ferreira JúniorWanderley Costa dos Santos

Autoria

Produção TécnicaJoão Jacomel

Coordenação

Márcio Magno Ribeiro de MeloRevisão de Texto

Daniel CorintoJosenildes Apolinário

Juliana LimaAnálise Técnica

Juliana FonsecaLuana Cardoso

Tatiane LôboRevisão Textual

Rafael dos AnjosEditoração

Aurélio Ilustrações

Naara NascimentoSandro Libório

Tiago Atainá Barbosa Colaboradores

ImagensCorbis/Image100/Imagemsource

copyright © OTE CT Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610 de 19/02/98.

É proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios, sem autorização prévia, por escrito, da

OTE - Organização Tecnologica de Ensino.

www.otecursostecnicos.com.br

Page 3: Desenho Técnico Arquitetônico

SUMÁRIO

TEMA 1 – INSTRUMENTOS E MATERIAIS DE DESENHO __________________________ 7

CONTEÚDO 1 – LÁPIS, LAPISEIRA, BORRACHA, JOGO DE ESQUADROS E ESCALÍMETRO ______________ 9

CONTEÚDO 2 – TIPOS E FORMATOS DE PAPEL ________________________________________________ 15

CONTEÚDO 3 – CALIGRAFIA TÉCNICA, FONTES E TIPOS DE LINHAS _______________________________ 19

CONTEÚDO 4 – NORMALIZAÇÃO DO LAY OUT E DOBRAGEM DE CÓPIAS. __________________________ 25

EXERCÍCIOS _____________________________________________________________________________ 28

TEMA 2 – ETAPAS DE UM PROJETO E FERRAMENTAS GRÁFICAS __________________ 35

CONTEÚDO 1 – ETAPAS DE UM PROJETO ARQUITETÔNICO _____________________________________ 37

CONTEÚDO 2 – SÍMBOLOS GRÁFICOS: ESCALA E ORIENTAÇÃO __________________________________ 39

CONTEÚDO 3 – COTAGEM E ELEMENTOS DE COTAGEM ________________________________________ 41

CONTEÚDO 4 – DESENHOS DE PROJETOS, DESENHOS ELETRÔNICOS E AUTO CAD __________________ 49

EXERCÍCIOS _____________________________________________________________________________ 51

TEMA 3 – DESENHOS EM VISTAS MÚLTIPLAS __________________________________ 53

CONTEÚDO 1 – PLANTA DE LOCALIZAÇÃO, PLANTA DE SITUAÇÃO E PLANTA BAIXA _________________ 55

CONTEÚDO 2 – CORTES E ELEVAÇÕES _______________________________________________________ 59

CONTEÚDO 3 – ELEMENTOS DE CIRCULAÇÃO: RAMPAS, ESCADAS E ELEVADORES __________________ 60

CONTEÚDO 4 – CONSTRUÇÕES GEOMÉTRICAS _______________________________________________ 67

EXERCÍCIOS _____________________________________________________________________________ 73

TEMA 4 – REPRESENTAÇÃO DE ELEMENTOS CONSTRUTIVOS, LEGISLAÇÃO E SEGURANÇA _____________________________________________________________ 79

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CONTEÚDO 1 – HACHURAS ________________________________________________________________ 81

CONTEÚDO 2 - TIPO DE ESPESSURA DE LINHAS _______________________________________________ 82

CONTEÚDO 3 – LEGISLAÇÃO _______________________________________________________________ 84

CONTEÚDO 4 – PLANO DE EMERGÊNCIA _____________________________________________________ 98

EXERCÍCIOS ____________________________________________________________________________ 101

ELEMENTO DE INTERAÇÃO ________________________________________________ 102

GLOSSÁRIO _____________________________________________________________ 104

REFERÊNCIAS ___________________________________________________________ 106

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Prezados alunos,

Quando nos referimos ao termo “Desenho Técnico” para muitos pode parecer o prenúncio de uma disciplina difícil, carregada de conceitos matemáticos, e até mesmo uma disciplina que exigirá um talento artístico que nem sempre todos os alunos possuem.

Poder representar um objeto parece depender deter um dom artístico; porém verá que não é o dom, e sim a prática que o levará a “esboçar” objetos e até mesmo projetos. Mas do que fazer, a sua leitura por meio do Desenho Técnico é muito importante para o Engenheiro e o Projetista, visto que ele fornece todas as informações sucintas e necessárias para a construção de um objeto ou projeto. Assim, o Desenho Técnico surgiu da necessidade de representar com precisão objetos, peças, máquinas, instrumentos e ferramentas de trabalho.

Com o avançar da disciplina será possível visualizar que essa disciplina nada tem a ver com esses conceitos citados acima, e com o aumento gradativo da aprendizagem transformaremos assuntos temidos em proveitosos estudos prazerosos.

Iniciativa, conhecimento e alma prevencionista sempre!

José Augusto Ferreira Junior

Wanderley Costa dos Santos

Apresentação da Disciplina

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TEMA 1INSTRUMENTOS E MATERIAIS DE

DESENHO

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9Desenho Tecnico

INSTRUMENTOS E MATERIAIS DE DESENHO

LÁPIS, LAPISEIRA, BORRACHA, JOGO DE ESQUADROS E ESCALÍMETRO

LÁPIS

Atualmente utilizamos os lápis de madeira para desenhos e croquis à mão livre. É necessário co-nhecer os diversos tipos de lápis e sua granulometria para desenvolver preferência para o toque, peso e equilíbrio específico de cada instrumento conforme o desenho.

É muito importante que o lápis seja bem preparado para a utilização em desenhos, por isso vamos dar algumas dicas de como conseguir um maior e eficaz aproveitamento na utilização do lápis.

1º - É recomendado desbastar a ponta do lápis conforme a ilustração abaixo.

Exemplo de lápis com a secção sextavada.

2º - Em seguida devemos nos cercar de cuidados com relação à grafite, que por sua vez deverá ser afiada com um auxílio de uma lixa, que pode ser um desses modelos utilizados por manicure. A ponta deverá ser afiada até ficar fina e sem apresentar asperezas demonstrando um aspecto bastante uniforme.

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EDIFICAÇÕES10

Quanto à dureza das minas de grafite:

• A letra (H) indicativa nos lápis representa areia = Quanto maior o número de (H), mais dura será a sua escrita e mais clara ela será. Exemplos: 4H, 2H, H.

É mais adequada para marcar e traçar linhas leves com precisão

• A letra (B) indicativa nos lápis representa black, ou seja, preto = Quanto maior o numero de (B), mais macia será a sua escrita e mais preta ela será. Mais fáceis de traçar e apagar, porém tendem a borrar facilmente.

Uma grande dica que pode ser dada com relação à seleção do lápis é: a textura e a densidade de uma superfície de desenho afeta a sensação de dureza ou maciez de uma mina. Quanto mais áspera a superfície, mais dura deverá ser a mina utilizada; quanto mais densa a superfície, maior a sensa-ção de maciez da mina.

Cuidado para não terminar pecando pelo excesso e escolhendo, por exemplo, um lápis 6B ou 8B que são mais apropriados para a execução de desenhos com sombreamento.

LAPISEIRA

A utilização de lapiseiras em projetos vem sofrendo um aumento significativo devido a sua beleza e principalmente pela praticidade que ela proporciona. Porém, ao escolher o tipo de lapiseira devem ser adotados os mesmos pré-requisitos dos lápis.

Vale a pena salientar que uma das formas de representar o significado de uma linha, é de acordo com a sua espessura. Nos desenhos digitais, em que se utilizam programas de computador específico, essa tarefa se torna muito fácil. Porém, quando se trata de desenhos feitos à mão pode-se utilizar alguns artifícios que são bastante eficientes na solução desses problemas.

Como por exemplo, utilizar lapiseiras de diferentes espessuras para fazer a representação das linhas conforme é demonstrado nos exemplos abaixo, onde a lapiseira com 03 mm pode ser utilizada para repre-sentar as linhas finas, as que possuem 05 e 07 mm representam as linhas médias e a de 09 mm representa a linha grossa.

Exemplo de Lapiseira utilizada na construção de linhas grossas 0.7 e 0.9mm.

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11Desenho Tecnico

Exemplo de lapiseira utilizada na construção de linhas médias 0.5mm.

Exemplo de lapiseira utilizada na construção de linhas finas 0.3mm.

DICAS IMPORTANTES:

1º. Procure sempre trabalhar com a prancheta ou mesa sempre limpa.

2º. Busque sempre fixar a folha de desenho com fita adesiva.

3º. Verifique sempre o bom estado dos instrumentos antes de iniciar o desenho.

4º. Use a régua para desenhar, o escalímetro é somente para medir.

5º. Sempre que necessitar apontar o lápis, busque realizar esse procedimento fora da mesa, para evitar que o resíduo suje o papel.

6º. Use a borracha o mínimo indispensável e elimine as partículas com o uso de uma escova ou flanela.

7º. Jamais apoie sobre o desenho objetos que possam sujá-los como café, sucos, etc.

BORRACHA

Na utilização da borracha é muito importante termos muito cuidado com o ritmo e força que são aplicados durante o ato de apagar uma linha excedente.

O tipo de borracha mais indicada na utilização de remoção de marcações de desenhos é de prefe-rência uma borracha macia branca ou verde.

Borracha macia branca e verde

Feita a escolha do tipo de borracha adequado, o desenhista deve escolher um dos lados da borracha para realizar o chamado chanfro (corte na borracha) para que fique com um dos lados mais fino, que é bastante útil na remoção de marcações que interceptam com figuras que não se deseja apagar.

Outro cuidado que o desenhista deve ter é o de evitar a utilização das borrachas que acompanham as lapiseiras, pois estas geralmente são feitas de um material sintético e facilmente ocasionam manchas que podem depreciar a atividade que está sendo desenvolvida.

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EDIFICAÇÕES12

JOGO DE ESQUADROS

Sem sombra de dúvidas o esquadro é um dos instrumentos mais importantes na execução dos desenhos, mas é também o instrumento que requer uma maior atenção com relação ao seu manuseio e conservação.

O esquadro é um instrumento que inicialmente deve ser limpo, pois o esquadro costuma acumular com facilidade poeira e resíduos de grafite, além da gordura proveniente do contato manual. Portanto, antes da sua utilização é prudente lavar o jogo de esquadro com água e detergente neutro e secar com um papel toalha ou flanela bem limpa.

É pertinente também que o desenhista verifique a planicidade do esquadro, certificando que o mesmo encontra-se sem rebaixos ou saliências, que consequentemente transferirá a imperfeição para a reta a ser traçada.

UTILIZAÇÃO DO JOGO DE ESQUADROS

A utilização correta do jogo de esquadros é algo imprescindível para a execução de vários desenhos. É através da utilização perfeita do jogo de esquadros que se torna possível executar traçados firmes e sem distorções de todos os tipos de linhas.

Exemplo do esquadro de (30˚) Exemplo do esquadro de (45˚)

Exemplo de como verificar a planicidade do esquadro

Exemplo de construção de linhas a 30˚

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13Desenho Tecnico

Exemplo de construção de linhas a 60˚

Exemplo de construção de linhas a 75˚ Exemplo de construção de linhas a 15˚

Exemplo de construção de linhas a 45˚

ESCALÍMETRO

O escalímetro é uma ferramenta de desenho técnico que é utilizado para desenhar objetos em esca-la ou auxiliar a leitura das medidas de desenhos representados em escala. Esta ferramenta pode ser plano ou triangular conforme exemplo abaixo.

Escalímetro Triangular

Escalímetro triangular de bolso

Escalímetro Plano

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EDIFICAÇÕES14

O escalímetro escala ou régua triangular, é dividido em três faces, cada qual com duas escalas qua-lificadas. Nesse caso, através da utilização de múltiplos ou submúltiplos dessas seis escalas, extrai um amplo número de outras escalas.

O escalímetro mais utilizado na engenharia e na arquite-tura é aquele que possui as seguintes escalas 1:20; 1:25; 1:50; 1:75; 1:100; 1:125.

Cada unidade marcada nas escalas do escalímetro cor-responde a um metro. Isto significa que aquela dada me-dida corresponde diretamen-te ao tamanho de um metro na escala adotada.

Modelo na escala de 1:200 e 1:100

Fonte: http://www.ufrgs.br/destec/destec-livro/paginas/71.htm

De um modo geral os escalímetros são diferenciados por modelos ou números, por exemplo:

• O escalímetro triangular de 30 cm é dividido entre os modelos:

• O escalímetro de bolso que possui 15 cm tem o seguinte modelo:

• O escalímetro de PVC possui 5 lâminas contendo 10 escalas:

De um modo geral os escalímetros são diferenciados por modelos ou números, por exemplo:O escalímetro triangular de 30 cm é dividido entre os modelos. Nas escalas numéricas, o núme-

ro 1 sempre indicará o valor de 1 (um) metro, assim, pode-se dizer que um desenho represen-tado na escala 1:5 teve a medida de um metro reduzido cinco vezes, isto é, o valor da unidade da medida gráfica corresponderá a 1/5 = 0,20 m ou 20 cm.

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15Desenho Tecnico

Uma escala 1:1 significa que o objeto foi representado em tamanho natural e dessa forma a escala 1:1 é conhecida como escala natural.

Existem algumas situações que objetos representados em escala podem ter suas escalas distorcidas quando submetidos a algum tipo de reprodução (xerográfica, fotográfica, dentre outros). Assim, caso um projeto de um objeto representado em escala 1:50 seja submetido a uma redução na sua reprodução (cópia), a leitura da escala 1:50 ficará alterada. Esse problema pode ser solucionado se o desenhista ou projetista colocar junto ao desenho uma escala gráfica.

Fonte: http://www.ufrgs.br/destec/destec-livro/paginas/7.htm

TIPOS E FORMATOS DE PAPEL

Antes de começar a tratar do conteúdo formatos de papel e suas configurações de folha, cabe uma reflexão sobre...

O QUE É UM DESENHO TÉCNICO? POR QUE ESTUDÁ-LOS?

O Desenho Técnico é definido como uma linguagem gráfica universal principalmente utilizada pela área da Engenharia e Arquitetura.

Semelhante à linguagem verbal escrita, a linguagem gráfica representada através do desenho técni-co também necessita de uma padronização, possibilitando qualquer leitor uma interpretação ade-quada das figuras que são representadas.

FORMATOS DE PAPEL

Os formatos de papel seguem as orientações e padronizações das normas ditadas pela ABNT (As-sociação Brasileira de Normas Técnicas). A norma responsável por regulamentar os formatos de papel utilizados nos desenhos técnicos é a NBR 10068/87.

O formato padrão de papel é conhecido como AO, (lê-se A zero), esse modelo possui um formato geométrico retangular e os seus lados medem 841 mm por 1189 mm, ou seja, o mesmo possui uma rela-ção de 1m2 e a partir daí derivam os demais formatos como ilustrado a seguir:

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EDIFICAÇÕES16

Veja na imagem acima a relação entre os diferentes formatos de papel e perceba a relação entre eles, se pegarmos uma folha que possui o formato A0 e dividirmos ao meio, automaticamente teremos o formato A1. Da mesma forma que se pegarmos o formato A1 e dividirmos ao meio teremos o formato A2 e assim sucessivamente.

E AS CONFIGURAÇÕES DA FOLHA? VAMOS VER QUAIS SÃO?

As folhas podem ter as seguintes configurações:

FORMATO DIMENSÃO MARGEM

A0 841 X 1189 10

A1 594 X 841 10

A2 420 X 594 7

A3 297 X 420 7

A4 210 X 297 7

A5 148 X 210 7

Exemplo de formato A3:

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17Desenho Tecnico

LEGENDA OU CARIMBO

De forma geral a legenda, hoje mais comumente chamada de carimbo, costuma ser apresentada do lado direito do desenho na sua parte inferior conforme demonstra o exemplo abaixo, abrindo uma exceção apenas para desenhos que são representados no formato A4, que devido as suas dimensões re-duzidas, costuma ser representada ao longo da largura da folha de desenho.

Devemos relembrar que as informações contidas na legenda ou carimbo devem ter um padrão que permita sua compreensão mesmo em idioma diferente do nosso. Esta é uma das características da universalidade da linguagem gráfica. Veja o desenho abaixo, que apesar de ter as suas normas em inglês, ainda sim é possível identificar os itens que são padrões em qualquer tipo de desenho como o nome do projeto, a data, escala etc.

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EDIFICAÇÕES18

As legendas ou carimbos de qualquer natureza podem variar de acordo com o padrão estabelecido por cada empresa, mas essa flexibilidade tem limites sendo obrigatórias as informações mostradas abaixo:

• Logomarca da firma responsável;• Local, data e autoria do projeto;• O nome do projetista, desenhista, e proprietário;• Nome do projeto;• Endereço do projeto;• Conteúdo ou título do desenho;• Escala do desenho, de acordo com a NBR 8196/1999;• A numeração do desenho.

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19Desenho Tecnico

CALIGRAFIA TÉCNICA, FONTES E TIPOS DE LINHAS

CALIGRAFIA TÉCNICA

Durante a elaboração de um desenho técnico geralmente existe a necessidade de mostrar alguns detalhes com letras e números sendo necessária a utilização da caligrafia técnica. As letras e números expressos nos desenhos devem seguir um rigor principalmente no preenchimento de medidas e infor-mações do carimbo, evitando qualquer distorção que poderá comprometer todo o desenvolvimento do projeto.

A caligrafia técnica possui um papel muito importante no desenho técnico, ela tem a responsabili-dade de evitar a interpretação errada das medidas e também define as quantidades e dimensões de um projeto. Por esses motivos a ABNT criou dentre outras algumas convenções para as letras técnicas. Vamos conhecê-las?

Exemplo de Letras Técnicas Minúsculas

Exemplo de Letras Técnicas Maiúsculas

Agora que nós já conhecemos os modelos de letras técnicas, vamos aprender como essas letras devem ser representadas de acordo com as normas legais vigente.

A legislação determina um modelo padrão que normaliza além da inclinação, que deve ser de 75˚, as suas dimensões. Perceba que na figura ilustrada acima a altura “h” das letras maiúsculas é igual a 7 vezes a sua espessura “e”, e que a altura das letras minúsculas é igual a 5 vezes a espessura. Podemos des-tacar também o distanciamento de uma pauta para a outra que é igual a 4 vezes a espessura “e”.

Verifique na tabela abaixo a relação de dimensões e símbolos gráficos que devem ser utilizados.

Exemplo de Construção de Letras Técnicas

Relação de dimensões e símbolos gráficos

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EDIFICAÇÕES20

Observe na figura abaixo a forma correta de se utilizar o jogo de esquadro para marcar o gabarito com as letras técnicas.

FORMA CORRETA DE UTILIZAÇÃO DO JOGO DE ESQUADROS

Para que seja alcançado um melhor desempenho durante a construção das linhas que irão compor o gabarito das letras técnicas é importante lembrar que o lápis ou a lapiseira deverá obedecer a uma ligeira inclinação.

Exemplo da inclinação do lápis

TIPOS DE LINHAS

Todo desenho técnico é construído por diversas linhas. E para facilitar a leitura e o entendimento dessas linhas torna-se necessário fazer uma representação utilizando tipos e espessuras diferentes.

Ao analisarmos um desenho, notamos que ele apresenta linhas de tipos e espessuras diferentes. O conhecimento destas linhas é indispensável para a interpretação dos desenhos.

Quanto à espessura, as linhas podem ser:

• Grossas;• Médias;• Finas.

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21Desenho Tecnico

As linhas apesar de serem bastante parecidas, carregam entre si diferenças básicas. Por exemplo: a linha média deve ser a metade da linha grossa e a linha fina deve ser a metade da linha média.

Na construção de uma linha que represente arestas e contornos visíveis deverão ser representadas com a espessura grossa e de traço contínuo.

Linhas para arestas e contornos não visíveis são de espessura média e tracejadas.

LINHAS DE RUPTURAS

Para rupturas curtas

São linhas de espessura média, traço contínuo e sinuoso e servem para indicar pequenas rupturas e cortes parciais.

Para rupturas longas

São linhas de espessura fina, traço contínuo e com zigue zague, conforme figura abaixo.

Exemplo da utilização da linha de ruptura

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EDIFICAÇÕES22

Linhas de centro e eixo de simetria são de espessura fina e formadas por traços e pontos. Linha de centro, de simetria, arestas e contornos não visíveis.

Durante a construção de uma linha de centro ou eixo de simetria deve ser observada a espessura da linha para que não seja causada nenhuma confusão com outros tipos de linhas.

Tente observar as seguintes regras simples:

1. Certifique-se de que os traços e os espaços de uma linha tracejada tenham o mesmo com-primento por toda sua extensão. Um traço de cerca de 3mm seguido por um espaço de 2mm produzirão um linha tracejada de boa proporção.

LINHA DE BOA PROPORÇÃO: EVITE ESPAÇAMENTOS IRREGULARES2. As linhas que determinam o centro deverão cruzar-se em trechos contínuos e não nos espa-

ços, como mostra a figura abaixo:

As linhas de centro não devem estender-se para os espaços entre as vistas e também não devem terminar em outra linha do desenho.

Geralmente, as linhas tracejadas que representam um detalhe não visível devem tocar uma linha externa sem interrupção, como mostrado abaixo. As tracejadas também se encontram e se cruzam, e a junção deve ser arranjada como um “T” ou um “X”.

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23Desenho Tecnico

A Norma NBR 8403 de março de 1984 regulamenta os tipos de linha conforme tabela abaixo.

1. É valido ressaltar que de acordo com as orientações da norma, se existirem duas alternativas em um mesmo desenho, só deve ser aplicada uma opção.

2. Se forem usados tipos de linhas diferentes, os seus significados devem ser explicados no respec-tivo desenho ou por meio de referência às normas específicas correspondentes.

Exemplo de tipos de linhas.

Exemplos de linhas

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EDIFICAÇÕES24

ESPAÇAMENTO ENTRE LINHAS

O espaçamento mínimo entre linhas paralelas (inclusive na representação de hachuras) não deve ser menor do que duas vezes a largura da linha mais larga, entretanto recomenda-se que esta dis-tância não seja menor do que 0,70 mm.

Código de cores em canetas técnicas

Em conformidade com a NBR 8403 as canetas devem ser identificadas com cores de acordo com as larguras das linhas, conforme segue abaixo:

a) 0,13 mm - lilás;

b) 0,18 mm - vermelha;

c) 0,25 mm - branca;

d) 0,35 mm - amarela;

e) 0,50 mm - marrom;

f) 0,70 mm - azul;

g) 1,00 mm - laranja;

h) 1,40 mm - verde;

i) 2,00 mm - cinza.

Fonte: NBR 8403

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25Desenho Tecnico

EXEMPLIFICANDO...

Modelo de “visão” do software AutoCAD, exemplificando o código de cores instituído pela NBR 8403.

NORMALIZAÇÃO DO LAY OUT E DOBRAGEM DE CÓPIAS

A NBR 10068 regulamenta a folha de desenho e o lay out, além das dimensões, com o objetivo de padronizar as dimensões das folhas utilizadas na execução de desenhos técnicos e definir seu lay out e suas respectivas margens e legendas ou carimbos.

A maioria dos escritórios utiliza predominantemente os formatos A1 e A0, devido à escala dos de-senhos e a quantidade de informações necessárias. Os formatos menores em geral são destinados a de-senhos ilustrativos, catálogos, etc.

Apesar de a normalização incentivar o uso das folhas padronizadas, é muito comum que os dese-nhistas considerem que o módulo básico seja a folha A4 ao invés da A0. Isso, geralmente, deve-se ao fato de que qualquer folha obtida a partir desse módulo pode ser dobrada e encaixada em uma pasta neste tamanho. A padronização é também exigida pelos órgãos públicos de aprovação de projetos.

Outra norma que facilita as atividades do corpo técnico envolvido no desenho é a NBR 10582 que aborda a apresentação da folha para desenho técnico e normaliza a distribuição do espaço da folha de desenho, definindo a área para texto, o espaço para desenho etc.

Como regra geral deve-se organizar os desenhos distribuídos na folha, de modo a ocupar toda a área e organizar os textos acima da legenda junto à margem direita, ou à esquerda da legenda logo acima da margem inferior.

As definições de tamanhos costumam ter uma pequena variação de acordo com a norma utilizada. No Brasil a referência que deve ser adotada é a ABNT que é o órgão responsável pala padronização das normas técnicas.

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EDIFICAÇÕES26

Segundo a ABNT

Formato Linha de corte em (mm) Margem (mm)

4 A0 1682 X 2378 20

2 A0 1189 X 1682 15

A0 841 X 1189 10

A1 594 X 841 10

A2 420 X 594 10

A3 297 X 420 10

A4 210 X 297 5

A5 147 X 210 5

A6 105 X 148 5

A norma americana ASA adota um sistema de corte de papel que baseia as suas medidas em polega-das ao invés de centímetros como na ABNT, devido à mudança do sistema métrico padrão que é adotado em cada país.

Segundo a ASA

Formato Linha de Corte (Pol) Margem (Pol)

1 81/2 X 11 ½

2 11 X 17 ½

3 17 X 22 ½

4 22 X 34 ½

5 251/2 X 44 ½

6 34 X 55 ½

DOBRAGEM DE CÓPIAS – NBR 13142/1999

Como nós já vimos os formatos de papel utilizados para desenhos técnicos, geralmente, possuem tamanhos bem avantajados e por esse motivo é necessário dobrar esses desenhos. Existe uma regulamen-tação padrão que atende a esse assunto em específico, pois seguindo esses procedimentos torna-se muito mais fácil apresentar, arquivar e transportar o projeto, deixando-o numa forma adequada com as dobras no formato ao A4 (297 x 210 mm) proporcionando uma visualização rápida de todas as informações con-tidas no desenho.

Vamos acompanhar como deve ser feita a dobra de plantas.

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27Desenho Tecnico

Técnica de dobragem formato A2

Técnica de dobragem formato A1

Técnica de dobragem formato A0

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EDIFICAÇÕES28

01. Com base nos conhecimentos construídos com as letras técnicas, vamos treinar a elaboração do alfabeto minúsculo.

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29Desenho Tecnico

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EDIFICAÇÕES30

02. Com base nos conhecimentos construídos com as letras técnicas, vamos treinar a elaboração do alfabeto maiúsculo.

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31Desenho Tecnico

Page 32: Desenho Técnico Arquitetônico

EDIFICAÇÕES32

03. Com base nos conhecimentos construídos com as letras técnicas, vamos treinar a elaboração dos números técnicos.

04. Quais as recomendações da NBR 10068? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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33Desenho Tecnico

05. Segundo a ABNT que normaliza as margens para as folhas nos desenhos técnicos, cada tamanho de folha possui determinadas dimensões para suas margens, e para isso, descreva o formato correspondente a margem 10 mm: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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TEMA 2ETAPAS DE

UM PROJETO E FERRAMENTAS

GRÁFICAS

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37Desenho Tecnico

ETAPAS DE UM PROJETO ARQUITETÔNICO

QUANDO SE PENSA EM DESENVOLVER UM PROJETO A PRIMEIRA PERGUNTA QUE PAIRA NO AR É COMO FAZER?

Primeiramente, inicia-se uma sucessão de dúvidas e questionamentos que devem ser muito bem amarrados e especificados de forma correta para que possam ser evitadas diversas dores de cabeça no futuro. Por esse motivo é que se faz necessário respeitar uma espécie de check list, no qual o projeto é discutido e amarrado dentro das suas expectativas.

Estudo Preliminar

O primeiro passo é chamado de ESTUDO PRELIMINAR. Nessa fase o cliente informa os ob-jetivos do projeto, o que ele pretende atingir com a sua construção, quais as suas necessidades em termos de espaço e aproveitamento deste, en-tão é elaborada uma lista de necessidades que o projeto deve atender como: o tempo que gastará para construir e o custo máximo para a obra.

A partir desse momento, são desenvol-vidos alguns esboços que já retratam as primei-ras ideias do projeto e a esses esboços é dado o nome técnico de Croqui, isso mesmo croqui, que nada mais é do que uma série de desenhos feitos à mão.

A partir da localização do terreno (lote, quadra e bairro), faz-se a consulta prévia, que é um docu-mento obrigatório para aprovação de projetos na Prefeitura. Este documento fornece os parâmetros mínimos recomendados pela prefeitura, como: re-cuos, altura máxima da edificação, taxa de ocupa-ção, coeficiente de aproveitamento, entre outros.

Fonte:http://www.joinville.udesc.br/portal/profes-sores/kelly/materiais/DESENHO_TECNICO_APOS-TILA.pdf

VAMOS NOS APROFUNDAR?

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EDIFICAÇÕES38

Logo depois que o projeto vai tomando forma, é o momento para o segundo passo:

ANTEPROJETO

O anteprojeto é aquele mesmo croqui, lembra dele? Só que agora ele recebe um tratamento di-ferenciado, em que é passado a limpo e geralmente já são utilizados alguns recursos com instrumentos como a régua, os esquadros e o escalíme-tro, dando ao anteprojeto as devidas pro-porções. Nessa etapa também chamada de projeto básico já é possível ter uma noção de medidas e proporções. Alguns arquitetos costumam esboçar os primeiros desenhos utilizando a técnica da perspectiva para aju-dar a ilustrar as ideias elaboradas através de uma visão tridimensional. No projeto bási-co, o profissional esboça ideias gerais quan-to à especificação de materiais, noções de instalações elétricas e hidráulicas, etc.

A fase seguinte é a do Projeto propriamente dito e chama-se Projeto Executivo.

Projeto executivo

O projeto executivo é o resultado do estudo preliminar que já foi desenvolvido até o anteprojeto e vai ganhando elementos necessários para se tornar um projeto definitivo. Nesse momento já é feito um desenho utilizando todos os recursos disponíveis. Atualmente na sua esmagadora maioria é feito de forma digital, mas é sempre bom salientar que ainda hoje existem profissionais que preferem trabalhar de forma manual e dessa forma deverá ser apresentado às repartições públicas e servirá de orientação para a construção.

No projeto executivo completo são elaborados também de-talhes construtivos de elementos diversos como: portas, janelas, balcões, armários e outros. E especificações de materiais: piso, parede, forros, peças sanitárias, coberturas, fer-ragens e outros. Com estes dados prepara-se o orçamento de materiais, os demais projetos como: estrutural, elétrico, telefônico, hidrossa-nitário, prevenção contra incêndio e outros.

Os originais– são todos os projetos já cita-dos, chegam à construção sob forma de cópias, em geral feitas em papel heliográfico ou sulfite (AutoCAD). O papel heliográfico (tipo azul ou preto) é o resultado da ação química do amoní-aco em presença da luz ou vice-versa.

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39Desenho Tecnico

SÍMBOLOS GRÁFICOS: ESCALA

Vejamos a definição de escala disponível na Apostila Desenho Técnico aula 23 do curso Telecurso 2000, elaborado pelo professor Windsor Ramos da Silva:

“Nos desenhos em escala, as medidas lineares do objeto real ou são mantidas, ou então são aumentadas ou reduzidas proporcionalmente. As dimensões angulares do objeto permanecem inalteradas. Nas representações em escala, as formas dos objetos reais são mantidas. Existem três tipos de escala: natural, de redução e de ampliação.“

A escala também é normalizada pela a ABNT através da NBR 8196 – DESENHO TÉCNICO – EMPREGO DE ESCALAS que regulamenta a utilização das escalas.

A escala do desenho é representada conforme modelo abaixo, onde lê- se escala de um para, um no caso da escala natural, dois para um no caso da escala de ampliação ou um para dois no caso da escala de redução.

Existe uma relação pré - existente que abrange as escalas de uma forma geral as escalas mais utili-zadas são:

Para Redução Para Ampliação

1 : 2,5 1: 100 2: 1 100: 1

1: 5 1: 200 5: 1 200: 1

1: 10 1: 500 10: 1 500: 1

1: 20 1: 1000 20: 1 1000: 1

Analisando a tabela acima com base na informação de FRECH 2000:

Contudo, em geral, na engenharia costuma-se utilizar as escalas 1:20; 1:25; 1:50; 1:75; 1:100; 1:125, uma vez que o escalímetro comumente empregado na representação de peças e desenhos da engenharia utilizam tais escalas.

Exceção a essa regra deve ser feita para a Engenharia Cartográfica, uma vez que as escalas normal-mente empregadas são bem inferiores as apresentadas (1:500; 1:1000; dentre outras). Já na arquitetura as escalas de redução recomendadas pela NBR 6492 para a representação de projetos de arquitetura são: 1:50; 1:75; 1:100; 1:200; 1:250; 1:500, pois normalmente o profissional dessa área trabalha com grande-zas menores.

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EDIFICAÇÕES40

Escala Natural

Se uma peça for desenhada com as medidas iguais às da peça real, a escala do desenho será NATU-RAL ou REAL ou ainda, Escala 1:1 (escala de um para um).

Escala de Redução

A maioria dos desenhos são feitos em tamanho reduzido. As normas técnicas recomendam as se-guintes ESCALAS DE REDUÇÃO: 1:20, 1:50, 1:100, 1:200, 1:500 e 1:1000.

Escala de Ampliação

Nas situações em que o objeto de observação, a peça, for pequeno e o desenho deve mostrar de-talhes, ele será desenhado com o seu tamanho ampliado. Para necessidades como esta, onde a represen-tação gráfica precisa ser feita de forma ampliada em relação à peça em seu tamanho NATURAL ou REAL, empregamos: 2:1, 5:1, 10:1, 20:1, 100:1, 200:1, 500:1 e 1000:1.

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41Desenho Tecnico

O valor indicativo das cotas refere-se sempre às medidas reais da peça, e nunca às medidas reduzi-das ou ampliadas que aparecem no desenho.

Os ângulos não se alteram pelas escalas do desenho.

Em todo desenho deve-se, obrigatoriamente, indicar a escala em que o mesmo foi executado.

Quando numa mesma folha tivermos desenhos em escalas diferentes, estas devem ser indicadas junto aos desenhos a que correspondem.

Fonte:http://www.wcorpsa.com/arquivos/1ANO/DESENHO%20TECNICO/LIVRO%20DE%20DESE-NHO.pdf

Cotagem em Desenho Técnico - NBR10126

Cota é o nome dado a um item de suma importância dentro do desenho técnico, na verdade é um elemento imprescindível para o projetista indicar as dimensões que estão sendo representadas em VG (Verdadeira Grandeza). A cota se faz necessária partindo do princípio de que quando se lê um desenho nem sempre o leitor tem nas mãos réguas ou escalímetros e ainda que tivesse esse recurso esse processo iria dificultar bastante a leitura.

Veja abaixo o exemplo da importância de uma cota bem definida.

COTAGEM E ELEMENTOS DE COTAGEM

A cota é a responsável por passar diversas informações como:

• Comprimentos, larguras, alturas, profundidades;

• Raios e diâmetros;

• Ângulos;

• Coordenadas;

• Forma (circular, quadrada, esférica), caso a vista não mostre claramente;

• Quantidade (número de furos);

• Código/ Referência do produto;

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EDIFICAÇÕES42

• Ordem de montagem;

• Detalhes construtivos, observações.

Basicamente a cota é composta de quatro elementos, são eles: a linha de chamada, linha de cota, valor numérico e seta. Vamos destacar cada um desses itens abaixo para facilitar o aprendizado.

Para melhorar a interpretação da medida, usa-se os seguintes símbolos:

1. ∅ - Diâmetro

2. R – Raio

3. ∅ - Quadrado

4. ∅ ESF – Diâmetro esférico

5. R ESF – Raio esférico

OBSERVAÇÃO:

Os símbolos de diâmetro e quadrado podem ser excluídos quando a forma for claramente indicada.

Fonte:http://www.joinville.udesc.br/portal/professores/kelly/materiais/DESENHO_TECNICO_APOSTILA.pdf

• Não repetir cotas;

• Não cotar o desnecessário;

• Não cotar o invisível;

• Usar cotas totais entre vistas;

• Iniciar cotagem pela vista mais característica;

• Usar planos de referência;

• Cotar de “dentro para fora” (do menor para o maior);

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43Desenho Tecnico

• Cotar próximo ao detalhe;

• Não usar linhas do desenho como linhas de cota;

• Não cotar concordância de raio indeterminado;

• Usar sempre cotas totais;

• Evitar que uma linha de cota corte uma linha auxiliar;

• Não esperar de quem for ler o desenho que faça somas e subtrações: cotar todas as medi-das e as dimensões totais;

• Evitar cotar linhas ocultas;

• Evitar cotas dentro de hachuras.

ELEMENTOS DE COTAGEM

Cotagem em cadeia

A cotagem em cadeia é utilizada quando é feito o aproveitamento do alinhamento de uma linha de cota para identificar diversas medidas de um mesmo desenho. Perceba que nesse modelo de cotagem não foi apresentada a medida completa da peça, e sim foi apresentado apenas as cotas que indicam o compri-mento de cada parte da peça conforme exemplo abaixo.

Cotagem por elemento de referência

A cotagem por elemento de referência as cotas são indicadas a partir de uma parte do objeto ou do desenho tomado como referência. Este elemento de referência tanto pode ser uma face da peça como também uma linha básica. Este sistema de cotagem deve ser adotado sempre que é necessário evitar o acúmulo de erros construtivos na execução da peça.

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EDIFICAÇÕES44

Cotagem por linha básica

Quando a cotagem é desenvolvida através da técnica de linha básica, as medidas da peça são indi-cadas a partir de linhas de marcam eixos de simetria, linhas de centro ou qualquer linha que referencie a medida apresentada, sendo possível desenvolver o a construção da peça.

Cotagem em paralelo

Perceba através da representação da figura ilustrativa abaixo que no modelo de cotagem em para-lelo a localização dos furos é determinada a partir da mesma face de referência.

Uma das características marcantes desse modelo é que a linhas de cota estão dispostas em paralelo umas em relação às outras.

Cotagem aditiva

A cotagem aditiva de modo geral é utilizada quando existe uma limitação de espaço, mas para isso deve ser observado se a aplicação dessa técnica não vai causar uma dificuldade na interpretação do desenho.

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45Desenho Tecnico

Nesse modelo adota-se uma face como referência e então é determinado um ponto de origem. O segundo passo então é indicar as cotas na extremidade da linha auxiliar. O modelo de interpretação desse sistema de cotagem se assemelha com a técnica de cotagem paralela.

Cotagem por coordenadas

Outra técnica de desenvolver a cotagem aditiva é utilizando o método da cotagem por coordena-das, embora esse não seja um método muito usual pela sua dificuldade de visualização imediata. É um método que pode ser eficaz quando o desenho é feito em uma escala menor e existe um problema quanto a espaço para efetuar a colocação das cotas.

Na cotagem por coordenadas, elas são indicadas numa tabela, próxima ao desenho. Os elementos do objeto são identificados por números. A leitura das cotas relacionadas a estes números, na tabela, per-mite diminuir a localização, o tamanho e a forma dos elementos.

Cotagem de elementos em arcos de circunferência

Apesar de demonstrar vários elementos de contagem até aqui, ainda existem algumas formas ge-ométricas que nos obrigam a ter mais atenção na hora de cotar, principalmente por misturar em alguns momentos medidas lineares e medidas angulares. Por isso a cotagem de elementos em arcos de circunfe-rência é feita, geralmente, por meio da medida de seus raios.

A maneira de cotar os elementos em arcos de circunferência varia conforme as características do que está sendo cotado. Vamos acompanhar o modelo da figura abaixo para facilitar o aprendizado.

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EDIFICAÇÕES46

Vamos analisar agora outra figura que apresenta como modelo um elemento arredondado em for-ma de arco de circunferência.

Para realizar a cotagem de elementos, como o do exemplo abaixo, geralmente utilizamos a medida do raio, observe que ao lado da cota aparece a letra (R) que serve para simbolizar raio.

Analise a seguir dois modelos que representam situações extremas, ou o espaço para a colocação da cota é muito pequeno, ou é grande demais.

Em casos de peças muito pequenas como no exemplo acima, os raios dos arcos da circunferência são muito pequenos e nesse caso utilizamos uma técnica de não fazer a sua indicação dentro da vista, e sim utilizamos uma linha de chamada em que se deve ter o cuidado de colocar a letra (R) para simbolizar que a medida é de um raio, portanto estamos falando de medida angular e não linear.

Quando a situação se inverte e os centros dos arcos terminam sendo muito grande ocorre o mesmo procedimento, colocamos a indicação fora da vista e conservamos a letra (R) para poder indicar que a medida é angular.

Observe outro exemplo de cotagem de arco de circunferência muito grande.

Cotagem de elementos esféricos

Quando o assunto é cotagem de elementos esféricos, nunca é demais chamar a atenção, pois nesse processo a indicação das medidas deve ser feitas por meio da medida de seus diâmetros ou de seus raios.

Através da ilustração abaixo ficará mais fácil perceber a presença do símbolo indicativo de diâmetro e a palavra esfera abreviada (ESF).

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47Desenho Tecnico

Outra forma de cotar elementos esféricos é fazer a cotagem pela medida de seus raios, analise a figura abaixo para facilitar a compreensão.

Cotagem em espaços reduzidos

Outro grande problema na hora de cotar um desenho técnico é quando o desenho é pequeno ou possui elementos muito pequenos em relação à peça. Nesses casos temos duas soluções a apresentar, uma pode ser muito prática, mas nem sempre é possível, que é fazer a ampliação do desenho, mas de uma maneira geral colocamos as linhas de cota devem aparecer fora dos espaços.

Perceba no modelo acima que as linhas de cota são interligadas por linhas contínuas estreitas. As setas nas extremidades das linhas de cota tocam as linhas auxiliares de cota.

Já as cotas podem ser representadas dentro dos espaços, quando couberem, ou fora, para facilitar a visualização. Lembrando sempre que a leitura deve ser a mais clara possível.

Vamos abaixo demonstrar outro exemplo em que a cotagem em espaço reduzido não permite re-presentar as duas setas que indicam os limites da cota, as setas podem ser substituídas pelo traço oblíquo.

No exemplo citado é possível perceber que as linhas de cota são interligadas por linhas contínuas estreitas, e as setas nas extremidades das linhas de cota tocam as linhas auxiliares de cota.

Porém é pertinente analisar que as cotas podem ser indicadas dentro dos espaços, quando coube-rem, ou fora, para facilitar a visualização.

Vamos ver outro caso especial de cotagem em espaço reduzido. Quando o espaço não permite re-presentar as duas setas que indicam os limites da cota, as setas podem ser substituídas pelo traço oblíquo, como nos desenhos abaixo.

Fonte: http://www.ebah.com.br/cotas-parte-2-pdf-a91579.html

FIXANDO...

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EDIFICAÇÕES48

Cotagem de peças com encurtamento e seção

Ao contrário de alguns exemplos vimos nos exemplos anteriores, existem desenhos de peças, por exemplo, que são muito grandes e por isso não caberiam em sua escala natural, e nos modelos em que é interessante utilizar uma escala de redução podemos utilizar o modelo de cotagem de peças com encur-tamento de seção.

Nesses casos de supressão fazemos o seguinte: suprimimos o desenho, mas com relação à cotagem não devemos alterar nada é como se a peça ainda estivesse inteira. As cotas relativas ao comprimento da peça e de suas partes aparecem indicadas normalmente, sem qualquer interrupção.

Vamos analisar outro desenho com encurtamento devidamente cotado, caso a peça desenhada apresente ao longo da sua representação elementos repetitivos utilizaremos a colocação da cota confor-me o exemplo abaixo.

Símbolo indicativo de inclinação

Outro cuidado que se deve ter é em relação aos ambientes ou peças que são desenhados, onde não existe uma linearidade e sim uma inclinação caracterizando uma falta de perpendicularidade, nesses casos é bastante salientar que se utilize um símbolo ( ) para destacar que não existe um esquadrejamento e sim uma representação inclinada.

Quando for utilizar o símbolo de indicação de inclinação, outro cuidado que o desenhista deve pos-suir é o de verificar a posição da simbologia demonstrando adequadamente qual o lado possui esquadre-jamento e qual o lado é inclinado.

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49Desenho Tecnico

É muito comum também nesse tipo de cotagem a utilização da substituição do termo inclinação pelo símbolo , e em alguns casos são utilizados também a expressão 1: (O número desejado), ex. 1:30, 1:25 etc. Onde a representação de 30 ou 25 representa a inclinação correspondente.

Outra forma desse modelo de representação é fazer a mesma utilização desse processo alterando a numeração pela porcentagem de inclinação como 5%, 20% etc.

Vamos observar no exemplo como ficaria esse modelo de cotar os desenhos técnicos.

Cotagem de peças cônicas ou com elementos cônicos

Nos casos de desenhos técnicos com peças cônicas ou com elementos cônicos, a relação de conici-dade deve ser indicada com a palavra (Conicidade), e a seguir deve ser explicada a relação de conicidade de uma forma semelhante ao modelo estudado anteriormente.

Observe que o numeral que vem antes dos dois pontos é sempre 1 (um). Outra observação é que apenas o diâmetro maior aparece cotado em objetos cônicos ao serem representados através de desenho técnico.

DESENHOS DE PROJETOS, DESENHOS ELETRÔNICOS E AUTO CAD

A computação gráfica revolucionou a utilização da expressão gráfica, tornando viável a execução de trabalhos em 3D (três dimensões), que antes só era possível através da construção protótipos.

Os programas gráficos existentes no mercado têm facilitado a construção de diversos modelos, cujas imagens são muito próximas do real, além de apresentar mais uma vantagem referente à possibi-lidade de “passeio virtual”, além é claro da manipulação das imagens que podem ser giradas, cortadas, alteradas e ao mesmo tempo compartilhadas, por meio de redes ou da Internet, por todas as partes en-volvidas no desenvolvimento do projeto.

A computação gráfica vem ao longo dos tempos facilitando e ampliando o desenvolvimento de pro-jetos em todas as áreas industriais além de ser fácil de compreender, a sua visualização ajuda a reduzir os erros a partir do momento que se consegue uma visualização prévia do que está sendo construído.

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EDIFICAÇÕES50

O programa gráfico mais utilizado no momento pela indústria civil é o AutoCAD (Computer Aided Design - projeto auxiliado por computador) ou CAAD (Computer Aided Drafting and Design - desenho e projeto auxiliado por computador) este programa vem ao longo dos tempos revolucionando o trabalho das pessoas que trabalham com esses recursos além de economizar substancialmente tempo e dinheiro na execução das atividades. Diversos softwares têm sido desenvolvidos em ambiente CAD. No Brasil, os paco-tes mais conhecidos e utilizados são o AutoCAD (Autodesk Inc.), o MaxiCAD e o Intergraph (MicroStation).

A digitalização dos projetos corresponde à transferência das informações contidas em um meio ‘analógico’ para um meio digital. Em outras palavras, a digitalização de um projeto consiste na conversão das linhas e caracteres de uma base em papel para um arquivo de computador.

VEJA QUAIS SÃO AS VANTAGENS DE UM PROJETO DIGITALIZADO:

1. O armazenamento de um projeto fica extremamente facilitado quando se elimina o espaço ocu-pado pelas plantas, substituindo-os pelo espaço em disco rígido de um computador, CDs, etc;

2. Um projeto digital não precisa de manutenção, uma vez que o arquivo não se deteriora se arma-zenado corretamente;

3. A pesquisa por arquivos no computador é mais rápida e prática;

4. O manuseio e a consequente deterioração não são um problema, pois se pode fazer tantas cópias físicas quanto desejar. Associado ao valor final ser muito mais viável;

5. Os processos de atualização e correção do mapa são bastante simplificados.

6. O formato digital permite a transferência das informações para outro software.

A interface gráfica do AutoCAD é composta por quatro regiões:

O cursor é representado pelo cruzamento de duas linhas ortogonais. A figura do canto inferior es-querdo, denominada UCS (User Coordinate System) representa a orientação do desenho através dos eixos X, Y e Z;

Os MENUS DE TELA (MT) apresentam as funções e os comandos que podem ser realizados pelo AutoCAD.

MENUS SUSPENSOS (MS) apresentam os comandos do AutoCAD de forma mais organizada.

A ÁREA DE COMANDO mostra a interação do AutoCAD com o usuário. Os comandos ativados via menu são visualizados na área de prompt. A tecla F2 alterna a área gráfica do AutoCAD e a área de prompt em tela cheia.

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51Desenho Tecnico

01. Quais são as etapas de um Projeto Gráfico? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

02. O que é anteprojeto? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

03. Qual é a função da escala? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

04. A escala é dividida em três partes, cite-as e justifique cada uma delas. ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

05. Qual é a função do escalímetro? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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TEMA 3DESENHOS EM

VISTAS MÚLTIPLAS

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55Desenho Tecnico

PLANTA DE LOCALIZAÇÃO, PLANTA DE SITUAÇÃO E PLANTA BAIXA

Planta de localização

Todos os elementos imprescindíveis para localizar a edificação no terreno devem ser representados nessa planta.

Conforme a NBR 6492/94, devem ser representados os seguintes dados, sempre que disponíveis:

• Sistema de coordenadas referenciais do terreno, curvas de nível existentes e projetadas;• Indicação do norte;• Indicação de vias de acesso, vias internas, estacionamentos, áreas cobertas, platôs e taludes;• Perímetro do terreno, marcos topográficos, cotas gerais e níveis principais;• Indicação dos limites externos das edificações: recuos e afastamentos;• Eixos do projeto;• Amarrações dos eixos do projeto a um ponto de referência;• Denominação das edificações;• Escalas;• Notas gerais, desenhos de referência e carimbo.

alin

ham

ento

Recuo Frontal

Recuo Lateral Direito

Recuo Lateral Esquerdo

Recuo de Fundo APF

A

C

A

ACF

calç

ada

rua

APA

Projeção da Edificação

Planta de situação

Na Planta de Situação será implementada várias informações com relação à utilização do terreno, ou seja, é na planta de situação em que pode ser vista diversas informações que não são obrigatórias constar na planta baixa. E para melhor exemplificar, faremos uso da apostila do Prof. Carlos Engel, Curso de Leitura de Projetos, publicado no site da UDESC.

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EDIFICAÇÕES56

Vamos observar quais são as informações primordiais que devem constar em uma planta de situação:

• Para locar uma obra é imprescindível representar o local exato onde ela ocupará no lote. Para isso necessita-se da obtenção de dados na prefeitura como os recuos frontal, lateral e fundos.

• Representa-se a projeção da obra sem contar com os beirais;• Representar todas as cotas necessárias.• Indicação do norte magnético;• Cotas de nível (meio fio, calçada, obra...);• Indicação da localização do lixo;• Locação de fossas, caixas de gordura, caixas de inspeção, ou saída para o esgoto publico, árvo-

res (se houver);• O nome da rua que passa na frente da obra;• É necessária a representação da calçada (tipo de material);• Localização da entrada de energia elétrica e água.

Fonte:http://www.ufrgs.br/destec/donwloads/Desenho%20de%20Projetos%20de%20Edifica%E7%F5es.pdf

Fonte: http://www.ageve.eng.br/lancamentos.html

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57Desenho Tecnico

Planta Baixa

A Planta Baixa é a projeção que se tem, quando é feito um “corte” fictício de uma edificação com um plano horizontal paralelo ao piso. A altura entre o plano cortante e o plano da base é altura que permite cortar ao mesmo tempo portas, janelas, basculantes e paredes. Normalmente essa altura é 1.50 m.

Fonte: http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/paginas/110.htm

Nesse modelo de representação chamado de planta baixa, a sua representação fica semelhante à ilustração do modelo abaixo.

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EDIFICAÇÕES58

Vamos gerar outro ótimo exemplo para desenhar melhor o entendimento acerca da Planta Baixa?

Tomamos como base uma planta residencial de dois pavimentos conforme exemplo abaixo. Perceba que após a análise da planta fica mais fácil identificar a partir de cada ponto, onde fica a saída mais próxi-ma, quais são os locais mais ventilados, entre outras considerações.

Planta Baixa – Pavimento Térreo / Escala – 1:100 Planta Baixa – Pavimento Superior / Escala – 1:100

VAI FAZER ALGUMA REPRESENTAÇÃO GRÁFICA? É BOM TOMAR COMO REFERÊNCIAS ALGUMAS DICAS QUE ESTÃO RELACIONADAS ABAIXO:

Se a edificação possuir dois ou mais níveis (andares) deve ser feito uma planta baixa para cada pavimento;

Representação das paredes (altas com traço grosso contínuo e paredes baixas com traço médio contínuo com a altura correspondente);

Colocar todas as cotas necessárias;

Indicar as áreas correspondentes de cada compartimento, em m².

Colocar o tipo de piso de cada compartimento;

Indicar as portas e janelas com suas medidas correspondentes (base x altura)

Indicar onde passam os cortes longitudinal e transversal (traço e ponto com linha grossa) e o sen-tido de observação, colocando letras ou números que correspondem aos cortes; de acordo com a simbologia adotada;

Representar piso cerâmico ou similar com quadrículas (linha fina);

Com linha pontilhada, indicar o beiral (linha invisível);

Indicar desníveis se houver;

Representar todas as peças sanitárias, tanque, pia de cozinha (obrigatório).

Fonte:http://www.joinville.udesc.br/portal/professores/kelly/materiais/DESENHO_TECNICO_APOSTILA.pdf

Em caso de análise de plantas para reforma é indispensável diferenciar muito bem o que existe e o que será removido ou aumentado. Estas indicações podem ser

feitas usando as seguintes convenções:

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59Desenho Tecnico

Na representação de qualquer desenho técnico, seja ele uma válvula, uma peça ou até mesmo uma residência, existe um problema a ser resolvido, que é a representação das partes internas. E para isso é utilizada uma técnica chamada de “Corte”. A utilização dessa técnica visa prioritariamente fazer a repre-sentação de detalhes internos facilitando assim a sua compreensão. A representação abaixo demonstra um corte obtido por um plano vertical.

Os cortes são obtidos por planos verticais que interceptam as paredes, janelas, portas e lajes, com a finalidade de permitir esclarecimentos quanto às alturas vindo a facilitar a execução da obra.

Corte Longitudinal

É aconselhável que em pelo menos um dos cortes represente detalhes específicos, como por exem-plo, ladrilhos e azulejos.

CORTES E ELEVAÇÕES

Longitudinal e Transversal

Deve-se sempre passar um dos cortes por um dos compartimentos cujas paredes sejam revestidas por cerâmica. Indicamos as seções nas plantas por traços grossos interrompidos por pontos e terminados por setas que indicam a situação do observador em relação ao plano da seção. Assinalamos os cortes por letras maiúsculas. As paredes secionadas devem ser representadas tal como aparecem nas plantas.

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EDIFICAÇÕES60

Elevações

As elevações são projeções ortográficas de um objeto ou construção em um plano de desenho ver-tical paralelo a uma de suas faces principais. Uma elevação imita nossa observação e oferece uma vista que lembra bastante a aparência natural do objeto. Podem também ser chamadas de fachadas e quando nomeadas em plantas devemos usar suas orientações, como por exemplo: fachada leste, oeste.

ELEMENTOS DE CIRCULAÇÃO: RAMPAS, ESCADAS E ELEVADORES

Devido ao grande crescimento, ocasionado pelo estonteante aumento demográfico em todas as cidades tornou-se cada vez mais comum acompanharmos o crescimento das cidades no formato ver-tical. Porém, esse crescimento vertical preocupa principalmente nas questões relativas à questão da acessibilidade.

Com base nesse princípio vamos nos aprofundar um pouco mais no assunto referente a escadas, mas para iniciar vamos conhecer os componentes de uma escada: Piso, Espelho, Bocel, Banzo, Linha de Bomba e Bomba.

Utilizando as experiências do dia a dia chegamos às seguintes informações como:

• A altura recomendável para o espelho de uma escada deve ser no máximo de 0,18 m (dezoito centímetros).

• A profundidade do degrau recomendável deve ser no mínimo de 0,25 m (vinte e cinco centímetros).

Mas, quando o assunto é escada nem sempre podemos ficar apenas com os conhecimentos basea-dos apenas na experiência. Veja, por exemplo, a fórmula que Blondell, arquiteto francês, estabeleceu (2h + p = 0,64 m) através dessa fórmula é possível calcular a largura do piso em função da altura do espelho e vice-versa. Vamos reforçar e entender melhor:

2h + p = 0,64 mOnde: h = espelho P = piso a ser determinado 0,64 = constante

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61Desenho Tecnico

COMO PODEREMOS EFETUAR OS CÁLCULOS DA ESCADA? VAMOS ACOMPANHAR:

Inicialmente devemos considerar as seguintes premissas:

• Altura do pé-direito;• Espessura do piso superior (laje).

E agora o que deveremos fazer?

• Primeiramente devemos somar a altura do pé direito + a espessura da laje do piso superior.• Divide-se o resultado encontrado por 0,18m (altura máxima permitida para espelho)

Por exemplo, considerando:

• Altura do pé-direito = 2,70 m• Espessura da laje do piso superior = 0,15 m

TEMOS:

2,70 m + 0,15 m = 2,85 m

2,85 m: 0,18 m (máximo permitido para h) = 15,83 (arredondar SEMPRE para mais) = 16 degraus

Logo: 2,85 m: 16 degraus = 0,178m (NUNCA arredondar esse valor) = h (altura do espelho)

O número de degraus é igual à altura do pé-direito mais a espessura do piso superior, dividido pela altura do espelho.

Assim: 2,85 m: 0, 178 m = 16 degraus

Calcula-se em seguida, pela fórmula de Blondell, a largura do piso do degrau (p).

2h (altura do espelho) + p (piso do degrau) = 0,64 (constante)

2 x 0,178 m + p = 0,64 0,356 m + p = 0,64 p = 0,64 – 0,356 m p = 0,284 m

Ao final teremos uma escada com: 16 degraus, espelho (h) = 0,178 m e piso (p) = 0,284Fonte: http://www.ceset.unicamp.br/~marcus/ST%20103/material%20escada%20aluno.pdf

Para completar o cálculo da escada devemos definir a distância em projeção horizontal, entre o primeiro e o último degrau.

Pensemos juntos... Uma escada de “n” degraus possui “n” – 1 pisos; logo a distância “d” será igual ao produto da largura do piso encontrado pelo número de degraus menos 1.

piso superior 7

piso inferior

d

4 3

2 1

6 5

Tem-se: d = (n – 1) p

Na figura: d = 6p

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EDIFICAÇÕES62

Segundo a LEI COMPLEMENTAR Nº 387 DE 13 DE ABRIL DE 2000, fica estabelecido que:

As escadas ou rampas devem ter largura mínima de 90 cm (noventa centímetros) e passagem com altura mínima nunca inferior a 2,00 m (dois metros), salvo disposição contrária existente em norma técnica.

• As escadas e rampas de uso comum ou coletivo e as escadas de incêndio devem ser dotadas de corrimão e obedecer às exigências contidas na NBR 9077.

• Em caso de uso secundário ou eventual, será permitida a redução de sua largura até o mínimo de 60 cm (sessenta centímetros).

• A instalação de elevador em uma edificação não dispensa a construção de escada ou rampa.

Algumas recomendações:

• Nas escadas com mais de 19 (dezenove) degraus, será obrigatório intercalar um patamar, com a profundidade mínima igual à largura da escada.

• As escadas deverão ter as seguintes larguras mínimas úteis: 0,90 m em edifícios residenciais unifamiliares; 1,20 m em edifícios residenciais com até três pavimentos; 1,50 m em edifícios de mais de três pavimentos, destinados a locais de reunião com capa-

cidade de até 150 (cento e cinquenta) pessoas.

• As escadas deverão ter as seguintes alturas de espelho: 0,18 m em escadas internas;

0,15 m em escadas externas.

Altura Livre

Nos projetos de escada é imprescindível identificar a altura livre de passagem. Trata-se da distância vertical entre o piso do degrau e o teto. Significa a laje intermediária entre um pavimento e o outro.

Não deixe de observar que esta altura nunca deve ser inferior a 2,00 m (dois metros), conforme mostra a figura abaixo.

Piso superior

Piso inferior

2,20

Caixa de Escada

É o compartimento em que a escada é colocada. As suas dimensões dependem do desenvolvimento da escada e, por conseguinte, do pé-direito do edifício. Deve ser amplamente iluminada com luz direta do exterior através de janelas em plano vertical.

Page 63: Desenho Técnico Arquitetônico

63Desenho Tecnico

Planta esquemática

Sem escala

sobe

REPRESENTAÇÃO

As escadas são obrigatoriamente representadas nos cortes e na planta de cada um dos níveis. Lem-bre-se sempre de indicar na planta com uma seta a direção de subida da escada. Representar tam-bém na planta do nível de onde parte a escada, apenas quatro ou cinco degraus com traço cheio, pois se obtém a planta por uma seção feita a mais ou menos um metro do piso. Os degraus acima da seção devem ser tracejados.

Fonte:http://www.ebah.com.br/nocoes-de-arquitetura-e-representacao-grafica-doc-a3901.html

Tipos de Escadas

A seguir, algumas plantas de escadas de tipos diferentes:

Page 64: Desenho Técnico Arquitetônico

EDIFICAÇÕES64

Escadas Enclausuradas ou de Segurança

Os edifícios residenciais e comerciais devem construir essas escadas quando têm mais de 5 anda-res, respeitando o Código de Obras de cada município e devem ser aprovadas pelo Corpo de Bombeiros previamente.

A seguir, dois exemplos de escada enclausurada:

Rampas

Segundo a LEI COMPLEMENTAR Nº 387 DE 13 DE ABRIL DE 2000, fica estabelecido que:

• As escadas ou rampas devem ter largura mínima de 90 cm (noventa centímetros) e passagem com altura mínima nunca inferior a 2,00 m (dois metros), salvo disposição contrária existente em norma técnica;

• As escadas e rampas de uso comum ou coletivo e as escadas de incêndio devem ser dotadas de corrimão e obedecer às exigências contidas na NBR 9077;

• Em caso de uso secundário ou eventual, será permitida a redução de sua largura até o mínimo de 60 cm (sessenta centímetros);

• O elevador em uma edificação não dispensa a construção de escada ou rampa;• O piso das rampas deve ser revestido com material antiderrapante e obedecer às seguintes

declividades máximas.

I - 12% (doze por cento) se o uso for destinado a pedestres;II - 25% (vinte e cinco por cento) se o uso for exclusivo de veículos automotores.

As rampas de acordo com a sua inclinação, classificam-se em:1. Rampas de pouca inclinação, de até 6º, que não requerem um pavimento especial contra o

deslizamento;2. Rampas de média inclinação, de 6º a 12º, que requerem um pavimento rugoso que evita o

deslizamento;3. Rampas inclinadas, de 12º a 25º, que exigem um pavimento com ressaltos transversais ou a

subdivisão do plano da rampa em largos degraus de pouca inclinação. A separação entre os ressaltos transversais deve ser constante ao longo da rampa e igual ao comprimento do passo normal.

Page 65: Desenho Técnico Arquitetônico

65Desenho Tecnico

EXEMPLO: ao calcularmos uma rampa para automóveis, a declividade aconselhada é de 20%, se precisarmos vencer uma altura de + 1,40 m tendo como referência o nível 0,00 da rua:

Na prática:

0.00

+ 1.40 m 7,00 m

o Regra de 3: 1,40m = 20% x = 14,00m : 20% x = 7,00 m

x 100%

o Temos ainda: 100% : 20% = 5 multiplicar esse valor pela altura a ser vencida,ou seja: 1,40 m x 5 = 7,00 m

Fonte: http://www.ebah.com.br/nocoes-de-arquitetura-e-representacao-grafica-doc-a3901.html

Elevadores

Segundo a LEI COMPLEMENTAR Nº 387 DE 13 DE ABRIL DE 2.000, fica estabelecido que:

• É obrigatória a instalação de, no mínimo, um elevador nas edificações de mais de três pavi-mentos acima do térreo, e de no mínimo dois elevadores, no caso de mais de sete pavimen-tos acima do térreo.

• Na contagem do número de pavimentos não é computado o último, quando de uso exclusivo do penúltimo, ou destinado a dependências de uso comum do condomínio ou, ainda, depen-dências de zelador.

• Os espaços de acesso ou circulação fronteiriços as portas dos elevadores devem ter dimensão não inferior a 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros).

• Além destas exigências deve ser apresentado projeto de instalação e cálculo de tráfego, com-patíveis com as normas da ABNT.

• Para o projeto da caixa de elevadores e das casas de máquinas é necessário antes definir a capacidade (lotação da cabina) e a velocidade dos elevadores.

• Esse cálculo de tráfego deve obedecer a Norma NB-596 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

DEVEM SER CONSULTADAS TAMBÉM AS EMPRESAS FORNECEDORAS DOS ELEVADORES.

Dimensões mínimas para caixa de elevador para um edifício residencial:

1,70

0,80

1,70

0,23

PLANTA DO POÇO DO ELEVADOR

Escala 1:25

Page 66: Desenho Técnico Arquitetônico

EDIFICAÇÕES66

Dimensões mínimas para casa de máquinas referente a um elevador para edifício residencial.

PLANTA DA CASA DE MÁQUINAS PARA 01 ELEVADOR

1,50 m

P

0,80m x 2,10m

0,90

m

1,00m

1,00m

1,00m

1,00m

proj. do poço do elevador

Dimensões mínimas para casa de máquinas referente a dois elevadores para edifício residencial

PLANTA DA CASA DE MÁQUINAS PARA 02 ELEVADORES

Escala 1:50

1,50 m

P

0,80m x 2,10m

1,50

m

1,00m

1,00m 1,00m

1,00m proj. do poço do elevador

Exemplos de dimensões mínimas verticais para o poço do elevador e casa de máquinas:

Casa de Máquinas

Q (d

o pi

so d

a úl

tima

para

da a

o pi

so d

a ca

sa d

e m

áqui

nas

mín

.= 4

,50)

2,10

m

T =

perc

urso

P

Espaço

Técnico

H (p

d m

ínim

o 2,

50 m

)

PÉ DIREITO MÍNIMO:

Espaço Técnico = 1,50 m

Casa de Máquinas = 2,50 m

Para informações detalhadas, projetos definitivos ou cálculos de tráfego é necessário consultar técnicos de empresas especializadas.

Última Parada

Page 67: Desenho Técnico Arquitetônico

67Desenho Tecnico

DESENHO ESQUEMÁTICO DAS PLANTAS DO ÁTICO (sem escala)

CONSTRUÇÕES GEOMÉTRICAS

Morfologia das linhas

Linha - É o deslocamento contínuo de ponto, ou uma sucessão de pontos, que pode ser classificada de acordo com a sua forma.

Linha Reta: A linha é reta quando a trajetória de um ponto segue sempre a mesma direção, geral-mente é feita com auxílio de instrumentos, a linha reta é o caminho mais curto entre dois pontos.

Linha Reta

Linha Curva

Linha Mista

Linhas Curvas: A linha é curva quando o deslocamento do ponto muda a direção do trabalho.

Linhas Polígonais ou Quebreadas: A linha é poligonal ou quebrada quando é formada por linhas retas (com auxílio de instrumento) e muda de direção de pedaço em pedaço.

Linhas Polígonais ou Quebreadas

Linhas Mistas: A linha é mista quando é formada de segmentos de retas e curvas unidas numa se-quência sem interrupção.

Page 68: Desenho Técnico Arquitetônico

EDIFICAÇÕES68

Quanto à posição no espaço as linhas podem ser:

Horizontal Vertical Inclinada

Paralelas: São paralelas duas ou mais linhas que conservam a mesma distância quando são prolon-gadas no sentido positivo ou negativo.

Perpendiculares: As linhas são perpendiculares quando duas linhas formam entre si ângulos de 90º ou quando cai uma sobre a outra, não podendo nem para um lado nem para o outro.

Oblíquas: Linhas oblíquas são linhas inclinadas uma em relação à outra.

Quanto aos ângulos eles podem ser:

Agudo Reto

RasoObtuso

Page 69: Desenho Técnico Arquitetônico

69Desenho Tecnico

Quanto aos triângulos eles podem ser:

Equilátero Isóceles Escaleno

Retângulo Acutângulo Obtusângulo

Quadrado Retângulo Paralelogramo

Losango Trapésio Retângulo Trapésio Isóceles

Trapésio Escaleno

Classificação dos triângulos com relação aos ângulos:

Quanto aos Quadriláteros podemos ter:

Page 70: Desenho Técnico Arquitetônico

EDIFICAÇÕES70

Quanto aos polígonos eles podem ser:

Pentégono Hexágono

Octógono Decágono

Círculo Circunferência

Existem também outras nomenclaturas de acordo com a quantidade de divisões:

7 lados: Heptágono

9 lados: Eneágono

11 lados: Undecágono

12 lados: Dodecágono

15 lados: Pentadecágono

20 lados: Icoságono

Quanto aos círculos e circunferências:

Page 71: Desenho Técnico Arquitetônico

71Desenho Tecnico

Elementos da Circunferência

Posições Relativas da Circunferência:

Exteriores Concêntricas

Tangentes Exteriores Interiores Excêntricas

Secantes Tangentes Interiores

Page 72: Desenho Técnico Arquitetônico

EDIFICAÇÕES72

Compasso

Usado para traçar circunferências e para transportar medidas. O compasso tradicional possui uma ponta seca e uma ponta com grafite, com alguns modelos com cabeças intercambiáveis para canetas de nanquim ou tira-linhas.

Em um compasso ideal, suas pontas se tocam quando se fecha o compasso, caso contrário o instru-mento está descalibrado. A ponta da grafite deve ser apontada em “bizel”, feita com o auxílio de uma lixa.

Os compassos também podem ter pernas fixas ou articuladas, que pode ser útil para grandes cir-cunferências. Alguns modelos possuem extensores para traçar circunferências ainda maiores.

Existem ainda compassos específicos, como o de pontas secas (usado somente para transportar medidas), compassos de mola (para pequenas circunferências), compasso bomba (para circunferências minúsculas) e compasso de redução (usado para converter escalas).

Page 73: Desenho Técnico Arquitetônico

73Desenho Tecnico

Transferidor

Utilizado para medir e traçar ângulos, deve ser de material transparente (acrílico ou plástico) e po-dem ser de meia volta (180°) ou de volta completa (360°).

É importantíssimo que você tenha todos esses materiais em mãos para que possa realizar todas as construções corretamente. Serão as nossas “ferramentas de trabalho”

01. Com base nos conhecimentos construídos acerca do esquadro e sua utilização, resolva os problemas abaixo. Complete os exercícios abaixo, obedecendo no traçado à orientação dos segmentos, conservando os mesmos afastamentos entre as linhas.

15º X 75º Tracejada (0.25)

Page 74: Desenho Técnico Arquitetônico

EDIFICAÇÕES74

45º X 45º Continua Larga (0.5)

75º x 75º estreita (0.13)

Page 75: Desenho Técnico Arquitetônico

75Desenho Tecnico

60º x 60º Continua larga (0.5)

45º x 45º Estreita (0.13)

Page 76: Desenho Técnico Arquitetônico

EDIFICAÇÕES76

02. O que é Plano Diretor de Desenvolvimento e Expansão Urbana do Município? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

03. Justifique a importância de verificar a planicidade do esquadro antes de usá-lo na construção do desenho técnico? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

04. Qual é a função do Transferidor? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

05. Quais são as principais atenções que o desenhista ou projetista deve ter, ao fazer uso do lápis para fazer uma representação gráfica? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Page 77: Desenho Técnico Arquitetônico

77Desenho Tecnico

Page 78: Desenho Técnico Arquitetônico
Page 79: Desenho Técnico Arquitetônico

TEMA 4 REPRESENTAÇÃO

DE ELEMENTOS CONSTRUTIVOS,

LEGISLAÇÃO E SEGURANÇA

Page 80: Desenho Técnico Arquitetônico
Page 81: Desenho Técnico Arquitetônico

81Desenho Tecnico

HACHURAS

São usadas para representar cortes de peças. A hachura básica consiste em um traço estreito diago-nal (em 45°), com um espaçamento constante. Em desenhos mais complexos, pode-se ter vários tipos de hachuras, mais elaborados. Isto se tornou mais prático com o uso do CAD. A figura abaixo ilustra algumas convenções de hachuras – porém estas representações variam muito, dependendo da área, empresa, etc.

Para representar as hachuras adotam-se os seguintes métodos:

• Manualmente – com o esquadro de 45°: faz-se uma marca distante da borda do esquadro a distância que se deseja ter entre as linhas das hachuras;

• Posiciona-se o esquadro sobre a régua paralela e traça-se a primeira linha da hachura. Des-loca-se o esquadro em direção a linha traçada de forma que a marca feita no primeiro passo fique sobre a referida linha;

• Traça-se a segunda linha da hachura: desloca-se novamente o esquadro de forma que a marca fique sobre a última linha traçada e repete-se estes dois últimos passos para a representação das demais linhas da hachura.

Page 82: Desenho Técnico Arquitetônico

EDIFICAÇÕES82

TIPOS DE ESPESSURA DE LINHAS

Na construção de desenhos técnicos, as espessuras e os tipos de linha aplicados apresentam defini-ções que servem como indicativo para os elementos que estão sendo representados.

Existem duas normas que definem os tipos e espessuras de linhas a ser adotados dependendo do elemento a ser representado: uma para os desenhos técnicos de forma geral (NBR 8403/84 – Aplicações de linha – tipos e larguras) e outras específicas para os projetos de arquitetura (NBR 6492/94 – Represen-tação de projetos de arquitetura).

Em alguns casos os profissionais que atuam no mercado não seguem a risca estas normas, existindo convenções usuais e informais adotadas para alguns casos que diferem do que é prescrito nas normas.

No presente material podemos verificar a exposição das duas situações baseando-se nas recomen-dações das normas e das convenções usuais de mercado quando há divergência ao quanto estabelecido nas mesmas

Adotam-se as seguintes regras genéricas para definição da espessura das linhas a serem utilizadas nos projetos de arquitetura:

• Elementos estruturais e/ou de alvenaria cortados pelo plano de corte são representados com linhas largas;

• Elementos leves (esquadrias, etc) cortados pelo plano de corte são representados com linhas médias;

• Arestas e contornos aparentes observados em vista (não cortados) são representados com linhas estreitas.

Fonte:http://www.ufrgs.br/destec/donwloads/Desenho%20de%20Projetos%20de%20Edifica%E7%F5es.pdf

Está sujeito a maior ou menor proximidade do elemento que estiver sendo representado com o plano de corte ou do maior ou menor destaque que se deseja dar a um elemento. Podem ser adotadas espessuras intermediárias a essas acima descritas em sua representação.

Ao se representar em uma planta-baixa o quadriculado que informa os locais onde se-rão utilizados “pisos frios” prefere-se adotar uma espessura de linha que evite destacar excessivamente esta informação em relação às demais, adotando-se, portanto, linhas mais estreitas para esta representação.

Já na representação das louças sanitárias que estarão sendo observadas neste mes-mo ambiente, pode-se adotar uma espessu-ra de linha um pouco menos estreita que a primeira, fazendo com que estes elementos se destaquem em relação às linhas do piso.

A representação a seguir mostra parte de uma planta-baixa onde pode observa-se as diferentes espessuras de linhas adotadas para cada elemento representado.

Fonte:http://www.ufrgs.br/destec/donwloads/Desenho%20de%20Projetos%20de%20Edifica%E7%F5es.pdf

EXEMPLIFICANDO...

Page 83: Desenho Técnico Arquitetônico

83Desenho Tecnico

Em desenho técnico é necessário que todos os diferentes tipos de linha, quais sejam: tracejada, contínua, traço-ponto e outros sejam apresentados de forma convencional para que os leitores do de-senho compreendam em uma primeira leitura todas as informações técnicas necessárias e pertinentes.

VAMOS A OUTROS EXEMPLOS?

Em uma planta-baixa, o beiral do telhado, ficaria aquém (atrás) do plano de corte que gerou a citada planta e consequentemente não seria visualizado. Se quisermos representar este elemento teremos que adotar um tipo diferente de linha, que chame a atenção para esta posição diferencia-da do elemento que está sendo representado. Além de buscar evitar sua confusão com os demais elementos do desenho.

Neste caso a NBR 6492/94 em seu item A – 1.1.4 recomenda a adoção de linha tipo traço-dois pon-tos (. . . . ) para representação deste elemento.

Fonte:http://www.ufrgs.br/destec/donwloads/Desenho%20de%20Projetos%20de%20Edifica%E7%F5es.pdf

Verifica-se com bastante frequência, também, a utilização de linhas tracejadas simples para repre-sentação deste mesmo elemento ( ).

As considerações conceituais sobre os tipos e espessuras de linha empregadas em Desenho Técnico, tiveram como referência o site abaixo citado, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFR-GS), e é claro, da Norma Regulamentadora Brasileira (NBR) 8403/84.

Fonte: http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/paginas/110.htm

Detalhe da planta

Os principais elementos representados nos desenhos de projetos de edificações, com as correspon-dentes espessuras e tipos de linhas, são listados na tabela a seguir.

A implicação de espessuras na tabela a seguir é correta para desenhos na escala 1:50. Para dese-nhos representados em escalas diferentes a citada, a espessura das penas deve ser adaptada, conforme a ampliação do desenho. Vamos vislumbrar uma situação:

Em desenhos na escala 1:100 a linha larga 1, poderá ter 0,4mm de espessura (invés dos 0,6mm su-gerido para a escala 1:50) sendo a espessura das demais linhas reduzida, também, na mesma proporção.

Page 84: Desenho Técnico Arquitetônico

EDIFICAÇÕES84

Fonte: http://www.ufrgs.br/destec/DESTEC-LIVRO/paginas/110.htm

LEGISLAÇÃO

Para iniciarmos os estudos sobre legislação, antes de tudo é de suma importância entender um pouco mais sobre a ABNT.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Fórum Nacional de Normalização.

As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais Temporárias (ABNT/CEET) são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores en-volvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

E um ótimo exemplo para o estudo do tema legislação é a NBR 9050 que foi elaborada no Comitê Brasileiro de Acessibilidade (ABNT/CB–40), pela Comissão de Edificações e Meio (CE–40:001.01). O Projeto circulou em Consulta Pública conforme Edital nº 09 de 30.09.2003, com o número Projeto NBR 9050. Esta Norma substitui a ABNT NBR 9050:1994.

Fonte: ABNT NBR 6034

Page 85: Desenho Técnico Arquitetônico

85Desenho Tecnico

Parâmetros antropométricos

Para facilitar a o dimensionamento de espaços e estudos de projetos foi criada através da NBR 9050 os estudos antropométricos conforme ilustrações abaixo:

Para a determinação das dimensões referenciais, foram consideradas as medidas entre 5% a 95% da população brasileira, ou seja, os extremos correspondentes a mulheres de baixa estatura e homens de estatura elevada.

Pessoas em pé

Verifique as dimensões referenciais para deslocamento de pessoas em pé.

Cadeira de rodas

Cadeirantes

Módulo de referência

Considera-se o módulo de referência a projeção de 0,80 m por 1,20 m no piso, ocupada por uma pessoa utilizando cadeira de rodas.

Page 86: Desenho Técnico Arquitetônico

EDIFICAÇÕES86

Vista Superior

Vista Frontal

Largura para transposição de obstáculos isolados

Área para manobra de cadeiras de rodas sem deslocamento

As medidas necessárias para a manobra de cadeira de rodas sem deslocamento.

a) para rotação de 90° = 1,20 m x 1,20 m;

Vista Superior Vista Frontal

Page 87: Desenho Técnico Arquitetônico

87Desenho Tecnico

b) para rotação de 180° = 1,50 m x 1,20 m;

c) para rotação de 360° = diâmetro de 1,50 m.

Rotação de 90 Rotação de 180° Rotação de 360°

PLANO DIRETOR FÍSICO

De forma geral os empreendimentos antes de serem lançados têm a obrigatoriedade de cumprir regas e procedimentos para que fique em consonâncias com as regras estabelecidas em cada cidade. E uma dessas regras é estabelecida pelo conhecido Plano Diretor Físico.

O Plano Diretor de Desenvolvimento e Expansão Urbana do Município possui como princípios bási-cos a melhoria da qualidade de vida da população e o pleno desenvolvimento das funções social e econô-mica do Município, e geralmente esses direitos estão inseridos na chamada Lei Orgânica.

TÍTULO II – DO USO E DA OCUPAÇÃO DO SOLO

Capítulo III – Dos Índices Urbanísticos e Demais Condicionantes

Artigo 18 - A ocupação do solo fica condicionada a índices urbanísticos definidos a partir do estabe-lecimento de:

Lote mínimo para efeito de parcelamento;

Taxa de ocupação máxima do lote, representada pelo percentual da área do lote que pode receber edificação;

Coeficiente de aproveitamento máximo do lote representado pelo número de vezes que sua área pode ser reproduzida em área construída;

Recuos mínimos que a edificação deve obedecer em relação aos limites do lote e entre edificações no mesmo lote;

Parágrafo único - os imóveis integrantes dos Corredores de Proteção Cultural - CPC, ficam condicio-nados aos níveis de proteção e aproveitamento específicos detalhados nesta lei complementar.

Artigo 19 - No cálculo do coeficiente de aproveitamento do lote em condomínios não serão com-putadas as áreas de uso comum da edificação tais como garagens, áreas de lazer, zeladoria, circulação, serviços, e as áreas privativas referentes à terraços e jardineiras.

Page 88: Desenho Técnico Arquitetônico

EDIFICAÇÕES88

Artigo 20 - No cálculo da taxa de ocupação do lote não serão computadas as áreas relativas a bei-rais de até 1.00 m (um metro) de largura, marquises, circulações externas cobertas e abrigos individuais de autos de passeio quando erigidos em estrutura removível e cobertura leve sem fechamentos laterais, além de terraços quando possuírem área inferior a 20% (vinte por cento) da área do ambiente que lhe dá acesso, bem como elementos arquitetônicos decorativos, tais como jardineiras, pergolados, e caixas de ar condicionado, poços de elevadores e de iluminação, espaço técnico, dutos de ventilação, rampas de autos descobertas e subsolos.

Artigo 23 - Define-se como recuo mínimo a menor distância entre o limite da edificação e a divisa do lote, medida ortogonalmente a esta ou a menor distância entre duas edificações

Artigo 24 - O recuo frontal mínimo exigido é de:

I. 25,00 m (vinte e cinco metros) para as vias de trânsito rápido: Rodovia Anchieta, Rodovia dos Imigrantes e Rodovia dos Caiçaras (antiga Piaçaguera);

II. 10,00 m (dez metros) para as avenidas Presidente Wilson, Vicente de Carvalho, Bartolomeu de Gusmão e Saldanha da Gama em toda a sua extensão;

III. 7,00 m (sete metros) para as avenidas Dona Ana Costa em toda a sua extensão e Conselheiro Nébias desde sua interseção com a Rua Bittencourt até a Av. Vicente de Carvalho;

IV. 5,00 m (cinco metros) para as vias públicas não citadas nos incisos anteriores;V. A critério do órgão competente, em função das condições geotécnicas e topográficas, quando

localizado na zona dos morros;(...)

§ 2º - no caso de lotes com mais de uma frente deverão ser observados os recuos frontais mínimos estabelecidos para cada via, exceto quando de esquina, caso em que poderá ser reduzido para 3,00 m (três metros) ao longo da maior extensão, desde que esta não esteja voltada para as vias citadas nos incisos I, II ou III deste artigo.

(...)

§ 5º - é permitido o balanço no recuo frontal da edificação, acima do pavimento térreo, com as seguintes dimensões:

a) 1,00 m (um metro) quando o recuo frontal for igual ou inferior a 5,00 m (cinco metros);b) 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros) quando o recuo exigido for superior a 5,00 m

(cinco metros).

Artigo 25 - São admitidas construções no recuo frontal, destinadas aos usos abaixo especificados, desde que:

I. Ocupem somadas no máximo 25% (vinte e cinco por cento) da área do recuo, limitada pelas divi-sas e pela projeção máxima da edificação, e respeitada eventual faixa prevista para o alargamento da via para:

a) Casa de força e medidoresb) Guaritasc) Abrigo de gás

Page 89: Desenho Técnico Arquitetônico

89Desenho Tecnico

d) Depósito de lixoe) Portariaf) Circulações externas cobertas

II. Sejam erigidas em estrutura removível, de cobertura leve, sem fechamentos laterais e garantida a iluminação e ventilação naturais da edificação principal para:

a) Abrigo de autos de passeio, exclusivamente em residências unifamiliares e casas sobrepostas;b) Abrigo para mesas em restaurantes e atividades de cunho turístico;

III. Sejam subterrâneas com altura externa, em relação ao meio fio, máxima de 1,40 (um metro e quarenta centímetros), respeitando eventual faixa prevista para o alargamento da via;

IV. Observem a altura máxima de 3,50 m (três metros e cinquenta centímetros) em relação ao piso mais baixo, se acostado às divisas laterais.

Artigo 26 - Os recuos em relação às divisas laterais e de fundos serão de, no mínimo, 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros) até o terceiro pavimento, e acima disso obedecerão a um acréscimo na razão de 0,30 m (trinta centímetros) por pavimento.

Pavimentos Andar Afastamento/recuo

Até o 3º 2º 1,50 m

Até o 4º 3º 1,80 m

Até o 5º 4º 2,10 m

Até o 6º 5º 2,40 m

Até o 7º 6º 2,70 m

Até o 8º 7º 3,00 m

Até o 9º 8º 3,30 m

Até o 10º 9º 3,60 m

Até o 11º 10º 3.90 m

Até o 12º 11º 4,20 m

Até o 13º 12º 4,50 m

Até o 14º 13º 4,80 m

§ 1º - Será considerado pavimento o espaço contido entre dois pisos e/ou piso e cobertura, desde que observado o pé-direito mínimo exigido pelo Código de Edificações do Município de Santos.

§ 2º - Para o pavimento térreo será admitido o pé-direito máximo de 7,50 m (sete metros e cinquen-ta centímetros), incluindo o mezanino.

§ 3º - Os subsolos e o mezanino integrante do pavimento térreo não são considerados pavimento, assim como a cobertura quando vinculada ao pavimento imediatamente inferior, ou quando de uso cole-tivo, no caso de condomínio.

(...)

§ 12 - No recuo lateral, independentemente das dimensões do lote, serão permitidas ao nível do térreo, abrigos de auto, pergolados e proteção para portas, respeitadas as dimensões máximas de 6,00 m (seis metros) de extensão e 3,50 m (três metros e cinquenta centímetros) de altura, junto à divisa desde

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EDIFICAÇÕES90

que permitam a iluminação e ventilação naturais dos compartimentos de permanência prolongada.

§ 13 - Os subsolos poderão ocupar os recuos laterais e de fundos, observando a altura máxima de 1,40 m (um metro e quarenta centímetros) em relação ao meio fio.

Artigo 27 - Toda e qualquer edificação, além dos recuos mínimos exigidos por esta lei complemen-tar, poderá dispor de áreas fechadas internas (poços) de iluminação e ventilação, denominadas principal, quando destinadas a compartimentos de permanência prolongada, e coletora, nos demais casos, que satisfaçam às seguintes exigências:

I. Afastar do centro de qualquer abertura à face da parede oposta, medido sobre a perpendicular traçada em plano horizontal, bem como permitir a inscrição de um círculo de diâmetro igual a:

a) 2,00 m (dois metros) para área principal;b) 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros) para área coletora.

II. Ter a superfície mínima de 10,00 m² (dez metros quadrados) para área principal e 6,00 m² (seis metros quadrados) para a área coletora.

III. Permitir acima do segundo pavimento, ao nível de cada piso a inscrição de um círculo cujo diâ-metro “d” seja dado pelas seguintes fórmulas, onde “h” representa a altura medida do piso do pavimento considerado ao piso do segundo pavimento:

a) D = 2,00 m + h / 5 para área principal;b) D = 1,50 m + h / 10 para área coletora.

Parágrafo único - No caso de áreas principal e coletora abertas serão suficientes os recuos estabele-cidos no artigo anterior, não se computando, em hipótese alguma o recuo do imóvel vizinho.

alin

ham

ento

Recuo Frontal

Recuo Lateral Direito

Recuo Lateral Esquerdo

Recuo de Fundo APF

A

C

A

ACF

calç

ada

rua

APA

Projeção da Edificação

APA = Área Principal Aberta e APF = Área Principal Fechada

ACA = Área Coletora Aberta e ACF = Área Coletora Fechada

Artigo 36 – As edificações geminadas só serão permitidas quando o lote tiver as seguintes dimen-sões mínimas:

I. 10,00 m (dez metros) de testada;

II. 12,00 m (doze metros) para uma das testadas, no caso de lote de esquina.

§ 1º - a cada unidade deve corresponder uma testada mínima de 5,00 m (cinco metros);

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91Desenho Tecnico

§ 2º - No caso de edificações geminadas, poderá ser efetuado o desmembramento do lote, na forma prevista pela legislação referente.

TÍTULO III – DAS DIFERENÇAS ZONAIS

Capítulo I – Da Ocupação e Aproveitamento do Lote

Page 92: Desenho Técnico Arquitetônico

EDIFICAÇÕES92

1) Será admitida a taxa de ocupação máxima de 60% nos 4 primeiros pavimentos para os edifícios com mais de 10 pavimentos, desde que sua utilização seja destinada a comércio, prestação de serviços, ou atividades comuns do edifício.

2) Será admitida a taxa de ocupação máxima de 85% nos 4 primeiros pavimentos para os edifícios com mais de 10 pavimentos, desde que sua utilização seja destinada a comércio, prestação de serviços, ou atividades comuns do edifício.

3) Será admitido o coeficiente de aproveitamento máximo até 7 vezes a área do lote, nas constru-ções em substituição a prédios em desaprumo.

4) Será permitido o emprego de adicional oneroso de coeficiente de aproveitamento superior ao permitido na Zona de uso até o limite de 2 vezes a área do lote.

CÓDIGO DE EDIFICAÇÕES DO MUNICÍPIO

LEI COMPLEMENTAR Nº 84 DE 06 DE JULHO DE 1993 QUE INSTITUI O CÓDIGO DE EDIFICAÇÕES NO MUNICÍPIO DE SANTOS E ADOTA PROVIDÊNCIAS CORRELATAS.

1.1.1 TÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

1.1.2 CAPÍTULO I - DOS OBJETIVOS

Artigo 1º - Fica instituído o Código de Edificações que estabelece as normas e os procedimentos administrativos para o controle das obras no Município de Santos.

Artigo 2º - Toda construção, reforma, ampliação de edifícios, bem como demolição parcial ou total, efetuadas por particulares ou entidade pública, a qualquer título, é regulada pela presente lei comple-mentar, obedecidas, no que couber, as disposições federais e estaduais relativas à matéria e as normas vigentes da ABNT.

(...)

TÍTULO II - DAS NORMAS DE PROCEDIMENTO

1.1.3 CAPÍTULO I - DOS PROJETOS

Artigo 5º - O projeto completo de uma edificação compõe-se dos seguintes elementos:

I - projeto arquitetônico;

II - projetos complementares;

III - especificações

§ 1º - A representação gráfica dos projetos deve seguir as diretrizes da ABNT.

§ 2º - O projeto arquitetônico do edifício compreende, no mínimo:

a) planta de situação do terreno na quadra, contendo a orientação Norte – Sul e a distância para a esquina mais próxima;

b) implantação da edificação no terreno, na escala adequada, devidamente cotada, com todos os elementos que caracterizam o terreno, suas dimensões, recuos de todos elementos sa-

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93Desenho Tecnico

lientes, reentrantes, áreas e poços, além de todo elemento existente no passeio fronteiriço;c) planta de todo pavimento, na escala adequada, devidamente cotada, com as dimensões dos

ambientes, sua destinação e área, vãos de iluminação e ventilação, além da indicação dos níveis dos pisos;

d) cortes ou perfis, longitudinais e transversais, que contenham a posição da edificação a ser construída, sua altura e todos os elementos salientes ou reentrantes, a identificação preci-sa do número de pavimentos, com indicação dos respectivos níveis, e da escada, quando houver;

e) todas as fachadas distintas do edifício com a respectiva indicação dos materiais a serem utilizados.

(...)

TÍTULO III - DAS NORMAS TÉCNICAS

2 CAPÍTULO I - DAS EDIFICAÇÕES EM GERAL

(...)

Artigo 28 - O acesso às edificações, às passagens ou corredores, devem ter largura suficiente para o escoamento dos compartimentos ou setores da edificação e atender às seguintes condições:

I - as portas:

a) quando de uso privativo, para acesso à unidade, ter largura mínima de 80cm (oitenta centímetros);

b) quando de uso comum, ou coletivo, ter largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centíme-tros), ou corresponder ao estabelecido em cálculo de fluxo para a lotação do compartimento, de acordo com norma da ABNT;

c) quando de acesso a gabinetes sanitários, banheiros e armários privativos, ter largura mínima de 60cm (sessenta centímetros), excetuado quando de uso para deficiente físico, que devem ser de 90cm (noventa centímetros), no mínimo;

d) as demais, ter largura mínima de 70cm (setenta centímetros);

II - os corredores:

a) quando interno às unidades habitacionais, ter largura mínima de 90cm(noventa centímetros);b) quando de uso comum ou coletivo, ter largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centíme-

tros) ou corresponder ao estabelecido através de norma ou legislação sanitária.

Artigo 29 - As escadas ou rampas devem ter largura mínima de 90 cm (noventa centímetros) e pas-sagem com altura mínima nunca inferior a 2,00 m (dois metros), salvo disposição contrária existente em norma técnica.

§ 1º - As escadas e rampas de uso comum ou coletivo e as escadas de incêndio devem ser dotadas de corrimão e obedecer às exigências contidas na NBR 9077.

§ 2º - Em caso de uso secundário ou eventual, será permitida a redução de sua largura até o mínimo de 60 cm (sessenta centímetros).

§ 3º - A instalação de elevador em uma edificação não dispensa a construção de escada ou rampa.

§ 4º - O piso das rampas deve ser revestido com material antiderrapante e obedecer às seguintes declividades máximas:

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EDIFICAÇÕES94

I - 12% (doze por cento) se o uso for destinado a pedestres;

II - 25% (vinte e cinco por cento) se o uso for exclusivo de veículos automotores.

Artigo 30 - É obrigatória a instalação de, no mínimo, um elevador nas edificações de mais de três pavimentos acima do térreo, e de, no mínimo, dois elevadores, no caso de mais de sete pavimentos acima do térreo.

§ 1º - Na contagem do número de pavimentos não é computado o último, quando de uso exclusivo do penúltimo, ou destinado a dependências de uso comum do condomínio ou, ainda, dependências de zelador.

(...)

§ 3º - Os espaços de acesso ou circulação fronteiriços às portas dos elevadores devem ter dimensão não inferior a 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros).

§ 4º - Além destas exigências deve ser apresentado projeto de instalação e cálculo de tráfego, com-patíveis com as normas da ABNT.

Artigo 31 - Para efeito desta lei complementar os compartimentos são classificados em:

I - de utilização prolongada;

II - de utilização transitória;

III - de utilização especial.

§ 1º - São compartimentos de utilização prolongada os destinados à permanência confortável por tempo longo e indeterminado, tais como dormitórios, salas em geral e locais de trabalho.

§ 2º - São compartimentos de utilização transitória os destinados ao uso ocasional ou temporário, tais como vestíbulos, corredores, caixas de escada, salas de espera, gabinetes sanitários, áreas de serviço e cozinhas, exceto estas últimas quando construídas em imóveis de uso comercial de gêneros alimentícios, que se enquadrarão como compartimentos de utilização prolongada .

§ 3º - São compartimentos de utilização especial os destinados à permanência por tempo mínimo e estritamente necessário, tais como adegas, câmaras escuras, caixas fortes, câmaras frigoríficas, saunas, garagens e congêneres.

Artigo 32 - Os compartimentos de utilização prolongada, salvo disposição de caráter mais restritivo constante em normas técnicas ou legislação sanitária, devem:

I - ser iluminados e ventilados, diretamente, por abertura voltada para espaço exterior;

II - ter um pé direito mínimo de 2,70 m (dois metros e setenta centímetros);

III - ter forma tal que permita a inscrição de um círculo de 2,00m (dois metros) de diâmetro;

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95Desenho Tecnico

IV - ter área útil mínima de 6,00m 2 (seis metros quadrados).

Parágrafo Único - Para os compartimentos de utilização prolongada destinados ao trabalho, ficam permitidas a iluminação artificial e ventilação mecânica, mediante projeto específico que garanta a eficá-cia do sistema para as funções a que se destina o compartimento.

Artigo 33 - Os compartimentos de utilização transitória, salvo disposição de caráter mais restritivo constante em normas técnicas ou legislação sanitária, devem ter:

I - ventilação natural;

II - pé direito mínimo de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros);

III - forma tal que permita a inscrição de um círculo de 90 cm (noventa centímetros) de diâmetro ou 1,40m (um metro e quarenta centímetros), quando destinado à utilização de deficiente físico.

§ 1º - Nos compartimentos de utilização transitória, é admitida a ventilação mecânica nas mesmas condições fixadas no parágrafo único do artigo anterior.

§ 2º - Os compartimentos sanitários devem ser dimensionados em razão do tipo de peças que con-tiverem conforme a seguinte tabela:

PEÇAS ÁREAS MÍNIMAS / (m2)

Bacia.......................................1,20

Lavatório/chuveiro/ mictório....0,81(p/peça)

Bacia e lavatório.....................1,50

Bacia, lavatório e chuveiro.....2,00

Bacia p/uso def. físico............2,24

Artigo 34 - Os compartimentos de utilização especial devem obedecer às normas técnicas vigentes, especificamente, para o uso pretendido.

Artigo 35 - Para garantia de iluminação e ventilação de compartimentos, as aberturas, dutos, cha-minés de tiragem e espaços exteriores, devem satisfazer as disposições constantes do Plano Diretor Físico e da legislação sanitária pertinente.

3 CAPÍTULO II - DAS EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS

Artigo 36 - Residência ou habitação é a edificação destinada exclusivamente à moradia, constituída pelo menos por ambientes destinados a estar, repouso, compartimento sanitário, cozinha e área de servi-ço, sendo o somatório das suas áreas, nos termos do artigo 38, superior a 30 m2 (trinta metros quadrados).

§ 1º - Para efeito desta lei complementar, as edificações residenciais classificam-se em:

I - unihabitacionais - abrangem as edificações para uso residencial de uma única família, sendo cons-tituídas de unidades independentes construtivamente e como tal aprovadas e executadas;

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EDIFICAÇÕES96

II - plurihabitacionais - abrangem desde duas habitações em uma única edificação (sobrepostas ou geminadas sem desmembramento do terreno), até qualquer número de habitações caracterizando o con-domínio, aprovadas e executadas conjuntamente.

(...)

§ 3º - A sala pode ser conjugada à cozinha e ao dormitório, e a área de serviço conjugada à cozinha ou ao banheiro, desde que a área do compartimento resultante corresponda, no mínimo, à soma das áre-as previstas para cada um deles.

(...)

Artigo 38 - Os edifícios plurihabitacionais, exceto casas sobrepostas ou geminadas, devem atender às seguintes disposições:

I - ter tubulação seca para instalação de antena coletiva para recepção de rádio e teledifusão;

II - ser dotados de garagem ou abrigo para estacionamento de automóveis na proporção mínima de uma vaga para cada unidade habitacional, destinando-se para cada vaga, além da área de manobra e cir-culação, o espaço de 4,80m por 2,50m, permitindo a redução para 4,80m por 2,40m quando não houver obstáculo entre duas ou mais consecutivas;

III - ser dotados de local destinado à recreação com área mínima de 2,00m2 (dois metros quadra-dos) por unidade habitacional, podendo ser coberto ou descoberto, desde que isolado da área de tráfego de veículos;

IV - possuir acesso para pessoas deficientes que usem cadeiras de rodas, através de rampas até o elevador, quando existir;

V - ter compartimentos ou ambientes cujas dimensões não podem ser inferiores aos valores abaixo:

a) quando destinados a repouso e estar: área de 20,00m2 (vinte metros quadrados) relativa à soma de sala e dormitório, quando separados ou juntos, e 6,00m2 (seis metros quadrados), para cada um dos demais, e forma tal que permita a inscrição de um círculo de diâmetro de 2,00m (dois metros) em cada ambiente;

b) cozinhas: área de 4,00m2 (quatro metros quadrados) e forma tal que permita a inscrição de um círculo de diâmetro mínimo de 1,60m (um metro e sessenta centímetros);

c) área de serviço: área de 2,50m2 (dois metros e meio quadrados).

§ 1º - Não serão computados, para efeito da área dos ambientes destinados a repouso, estar e área de serviço, os trechos que não permitam a inscrição de um círculo de diâmetro inferior a 1,20m (um metro e vinte centímetros).

§ 2º - É permitido veículo em vaga presa desde que se desloque somente um veículo para que o mesmo tenha acesso à área de manobra.

(...)

CAPÍTULO III - DAS EDIFICAÇÕES NÃO RESIDENCIAIS

(...)

Artigo 51 - As dependências destinadas à garagem em geral devem atender às disposições da pre-sente lei complementar que lhes forem aplicáveis, além das seguintes exigências:

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97Desenho Tecnico

I - ter pé direito mínimo de 2,30m (dois metros e trinta centímetros);

II - não ter comunicação direta com compartimentos de permanência prolongada;

III - ter sistema de ventilação permanente.

§ 1º - As áreas destinadas à garagem em edifícios plurihabitacionais, comerciais ou de serviços de-vem atender, ainda, às seguintes disposições:

I - ter vão de entrada com largura mínima de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros), quando coletiva;

II - ter corredor de circulação com largura mínima de 3,00m (três metros);

(...)

§ 3º - Quando a garagem for construída em pavimento localizado no subsolo deve ser assegurada a perfeita renovação do ar, independente do número de pavimentos, por meio natural ou mecânico.

§ 4º - Considera-se atendido o disposto no parágrafo anterior quando a área da abertura de ventila-ção natural corresponder a 5% (cinco por cento) da área do piso.

§ 5º - Para atender ao disposto no parágrafo 3º , de maneira conjugada, a área de abertura para a ventilação natural corresponderá, no mínimo, a 2% (dois por cento) da área do piso, independente da ventilação mecânica.

(...)

3.1.1 CAPÍTULO V - DAS INSTALAÇÕES PREDIAIS

(...)

Artigo 58 - Toda edificação deve ser dotada de instalações para abastecimento de água e coleta de esgotos, projetadas e executadas de acordo com as normas da ABNT.

§ 1º - Todo edifício deve ter reservatório regulador de consumo de água com capacidade de cumu-lação no mínimo igual ao volume do consumo previsto para 2 (dois) dias, além da reserva para combate a incêndios, quando esta for obrigatória.

§ 2º - Edifícios de mais de dois pavimentos devem contar com reservatórios inferior e superior, de-vendo este último ter capacidade mínima de 40% (quarenta por cento) do total estabelecido no parágrafo anterior.

(...)

Artigo 65 - Fica vedada a instalação de tubo coletor de lixo em edifícios.

§ 1º - Edifícios com mais de uma unidade autônoma devem prever local para depósito de lixo, com capacidade que permita acúmulo de volume equivalente a 50 (cinquenta) litros por unidade.

(...)

Artigo 66 - Toda edificação deve possuir instalação preventiva de combate a incêndio, de acordo com as normas da ABNT e legislação estadual pertinente.

(...)

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EDIFICAÇÕES98

TÍTULO V - DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

CAPÍTULO I - DAS RELAÇÕES COM A LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

(...)

Artigo 96 - Nos edifícios a construir, em zonas onde é obrigatório o recuo frontal, serão permitidos, nesse recuo, os seguintes balanços acima do pavimento térreo.

I - de 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros), quando o referido recuo for 7,00 m (sete metros) no mínimo;

II - de 1,00 m (um metro), quando o referido recuo for de 3,00 (três metros) no mínimo.

Parágrafo Único - Somente serão permitidas saliências em qualquer fachada, além desses limites, para ornamentos, caixas de ar condicionado e jardineiras, até o máximo de 0,30 m (trinta centímetros).

PLANO DE EMERGÊNCIA

A indústria nos dias atuais tem a cada dia intensificado as suas preocupações relativas à segurança industrial, bem como a legislação surgida. Neste sentido os seus gestores são tentados a cada dia a fazer uma reapreciação / atualização dos documentos existentes entre eles estão principalmente o plano de emergência.

Plano de Emergência

Tem por objetivo principal a elaboração ou reformulação de um documento orientador onde são identificados riscos, meios recursos e atitudes, de forma a minimizar os perigos decorrentes de uma situ-ação de acidente grave, que possa até se enquadrar como catástrofe, calamidade ou pequenos incidente que possam vir a ocorrer.

Em linhas gerais, o Plano de Emergência visa gerir adequadamente os recursos disponíveis, no sen-tido de minimizar os riscos quer humanos quer materiais.

No Plano de Emergência e Evacuação que são construidos sempre se pretende sistematizar um conjunto de normas, regras e procedimentos, destinadas a minimizar os efeitos de riscos de incêndio e os seus resultantes de outras situações perigosas nomeadamente catástrofes naturais como sismos, e alertas de bombas entre outros exemplos.

O principal objetivo de um Plano de Emergência é ser utilizado como instrumento preventivo e ope-racional, aonde através dele pretende-se cumprir os seguintes objetivos:

a) Sensibilizar para a necessidade de adquirir conhecimentos e rotinas de auto-proteção;b) Sensibilizar e responsabilizar os trabalhadores para o cumprimento de normas de segurança;c) Conhecer os meios / condições de segurança existentes na industria;d) Mobilizar e organizar os recursos humanos da empresa, visando a atuação em caso de

emergência;e) Limitar as conseqüências de possíveis acidentes;f) Informar e colaborar com as entidades operacionais de proteção civil;g) Rotinar procedimentos, os quais poderão ser testados, através de exercícios de simulação;h) Apresentar o plano de evacuação das instalações industriais.

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99Desenho Tecnico

Mas ao contrário do que nós pensamos o plano de evasão não é necessário apenas nas indústrias não, mas todo lugar que tem um grande fluxo de pessoas obrigatoriamente deve ter um plano de evasão bem definido e, além disso, deve contar com o apoio de pessoas bem treinadas para trabalhar no auxilio dos demais em caso de emergência.

Fonte:http://laudos.labclim.com.br/intranet/documentos/procedimentos/PGQ-0033-1.pdf

Vamos acompanhar, por exemplo, um artigo de plano de emergência de uma escola elaborado por Silvia Chambel.

PLANOS DE EMERGÊNCIA EM ESCOLAS!

Escola de nível de segurança eficaz

Ora bem... aqui está um tema muito importante e por vezes esquecido por nós: a segurança nas escolas.

Os planos de emergência são obrigatórios e essenciais, para proteção de catástrofes e acidentes que podem ocorrer em qualquer dia, em qualquer hora e sem aviso prévio temos que estar atentos e alerta, preparados para eles, pois eles existem!

Muitas vezes quando ocorrem estes acidentes as pessoas não sabem como agir ... instala-se o caos... a desordem... pois nunca simularam estas situações e elas devem ser treinadas pelo menos uma vez por ano.

Qual a importância de Plano de Emergência? Por quê implementá-lo ?

Um plano de emergência permite antes demais, identificar riscos associados, permitindo a definição de cenários de acidentes para cada risco identificado.

Nele estão incluídas também, as ações que devem ser consideradas face aos diferentes cenários, definindo também, as missões que competem a cada um dos intervenientes, de forma a uma boa organização dos meios de socorro.

Sem um plano de emergência, um pequeno acidente pode se tornar numa catástrofe a confusão e caos instalados, ocasiona muitas vezes atropelos, erros e outros acidentes que podem ter dimensões graves.

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EDIFICAÇÕES100

Numa situação de emergência ter calma é fundamental. Programar a evacuação e intervenção é um dos objetivos do plano, que devem ser testados e simulados através de exercícios de treinos.

Todos os professores, funcionários e alunos devem conhecer os procedimentos a ter e as normas de segurança a cumprir, para que a escola tenha um Nível de Segurança Eficaz.

O apoio técnico dado pelas entidades municipais: Bombeiros e Serviços Municipais de Proteção Civil é importante nesta missão. Estes devem realizar vistorias às escolas, prestar esclarecimentos, identificar e avaliar os níveis de segurança existentes, nomeadamente: sinalização, percursos de evacuação, pontos de concentração, equipamentos de 1ª intervenção.

Estas entidades devem ainda em consonância com escolas, programar e organizar exercícios de treino, a fim de maximizar a segurança escolar que é fundamental para todos!

A segurança de todos é importante! Torne a sua escola, numa ESCOLA DE NÍVEL DE SEGURANÇA EFICAZ. Certifique-se que seus filhos estão seguros!

Salienta-se ainda, que estes planos são essenciais em todos os estabelecimentos (escolas, infantarias, ATL, escritórios, cafés, lojas e entre outros) e são obrigatórios! Certifique-se que cumpre com a legislação. Se tiver dúvidas fale conosco!Ajude-nos a dar-lhe a segurança que necessita!

Autora do artigo Silvia Chambel Data: 06/09/2006Fonte: http://www.ideiasambientais.com.pt/planosemergenciasescolas.html

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101Desenho Tecnico

01. O que é Planta de Situação? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

02. O que é Planta de Localização? _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

03. Segundo a LEI COMPLEMENTAR Nº 387 DE 13 DE ABRIL DE 2000, estabelece as medidas para quais elementos arquitetônicos? E quais são as medidas? _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

04. Qual é o objetivo da NBR 8403/84? _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

05. Justifique a importância da elaboração e implantação de um Plano de Emergência para as indústrias? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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ELEMENTOS DE INTERAÇÃO

Acessibilidade

No almoxarifado de uma empresa que emprega pouco mais de cinquenta empregados estão armazenados válvulas, ferramentas manuais, equipamentos de medição, alguns frascos com produtos químicos, uniformes e materiais de escritório como papel, pastas e caixas de papelão, entre outras coisas. Em um canto podem ser observados, materiais que foram retirados da produção e que são guardados para aproveitamento no futuro.

Alguns estão ali a mais de um ano. O material é estocado em estantes de ferro com prateleiras que alcançam 3 metros, alguns de qualquer maneira. Nunca foi feito para o almoxarifado um estudo de avaliação e nem de controle dos riscos.

Para armazenar materiais nas prateleiras altas tem que se utilizar uma escada dobrável. Existe uma instrução para manter o local limpo e arrumado, mas que não é cumprida. Devida a outras prioridades, que quase sempre gira em torno de entregar as atividades que são sub-dimensionadas levando os funcionários a uma situação de estresse. A supervisão por sua vez quase nunca tem tempo para visitar o local.

Neste cenário, o responsável pelo almoxarifado, que estava usando tênis, pois após varias solicitações a resposta da gerencia tem sido a mesma, a crise está impactando a compra até mesmo de itens de segurança, o funcionário tenta colocar em uma prateleira a 2 metros do chão, uma válvula de 3 “(três polegadas) pesando 2,5 kg. Não encontrando a escada dobrável, o funcionário improvisou uma caixa para subir.

Ele sobe sobre as caixas para colocar a válvula na prateleira, neste momento, escorrega e desequilibrando vai ao chão. “A válvula, que ainda não estava bem posicionada, caiu da prateleira sobre a sua perna”, causando uma fratura exposta.

Refletindo e Praticando... Elabore um texto curto com as medidas preventivas, as medidas corretivas e a sugestão de melhorias para as condições encontradas na situação. Sempre respaldado nas leis e normalizações que regem a acessibilidade a ambientes arquitetônicos.

Page 103: Desenho Técnico Arquitetônico

PADRÃO DE RESPOSTA

TEMA 1

• A resposta das questões 01, 02 e 03 do tema 01 está no conteúdo 04.

• A resposta da questão 04 do tema 01 está no conteúdo 02.

• A resposta da questão 05 do tema 01 está no conteúdo 01.

TEMA 2

• A resposta da questão 02 tema 02 está no conteúdo 04.

• A resposta da questão 03 tema 02 está no conteúdo 03.

• A resposta da questão 04 tema 02 está no conteúdo 02.

• A resposta da questão 05 tema 02 está no conteúdo 01.

TEMA 3

• A resposta da questão 01 tema 03 está no conteúdo 01.

• A resposta da questão 02 tema 03 está no conteúdo 01.

• A resposta da questão 03, 04 e 05 tema 03 está no conteúdo 02.

TEMA 4

• A resposta da questão 01 e 02 tema 03 está no conteúdo 01.

• A resposta da questão 03 tema 03 está no conteúdo 02.

• A resposta da questão 04 tema 03 está no conteúdo 03.

• A resposta da questão 04 tema 03 está no conteúdo 04.

Page 104: Desenho Técnico Arquitetônico

▄ BANZO – é a peça ou viga lateral de uma escada.

▄ ▄ BOCEL – é a saliência (balanço) do piso sobre o espelho (b).

▄ ▄ BOMBA – é o espaço entre os dois lances da escada.

▄ ▄ CHECKLIST – é um termo em inglês que traduzido significa “lista”, mas o seu sentido é mais amplo. Trata-se de rever o que já foi feito, uma espécie de averiguação das etapas de um projeto técnico.

▄ ▄ COMPUTAÇÃO GRÁFICA – Um conjunto de ferramentas e técnicas para converter dados para ou de dispositivo gráfico através do computador.

▄ ▄ DECLIVE – superfície inclinada que constitui, dentro ou fora dos edifícios, elemento de circulação.

▄ ▄ ESCALA – é uma forma de representação que mantém as proporções das medidas linea-res do objeto representado. Em desenho técnico, a escala indica a relação do tamanho do desenho da peça com o seu tamanho real. A escala permite representar, no papel, peças de qualquer tamanho real.

▄ ▄ ESCALA GRÁFICA – a escala gráfica nada mais é do que a representação gráfica da es-cala numérica. Esse tipo de escala é bastante utilizado no desenho de mapas.

▄ ▄ ESPELHO – é a parte vertical do degrau, perpendicular ao piso (h).

▄ ▄ GRANULOMETRIA – medição do tamanho dos elementos que compõem o solo, uma ro-cha ou um sedimento detrítico.

▄ ▄ HACHURAS – traços paralelos ou cruzados que se empregam nos desenhos, pinturas ou gravuras para marcar as sombras e meias-tintas. Cada um dos traços convencionais empregados na cartografia para representar os acidentes e o declive dos terrenos. (As ha-churas são tanto menores e mais unidas quanto maior é o declive do terreno.) Traços que cobrem a superfície do papel para certos trabalhos gráficos.

▄ ▄ LAY OUT – é um esboço ao qual é mostrado a distribuição física juntamente com o tama-nhos de elementos como texto, gráficos ou figuras em um determinado espaço.

lossário

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▄ LEI ORGÂNICA – a Lei Orgânica do Município (LOM) é uma lei municipal correspondente, de uma forma local, a constituição federal e estadual. A Lei Orgânica oferece ao município instrumentos legais capazes de enfrentar as grandes transformações que a cidade passa, o que vai proporcionar nova ordem ao desenvolvimento de todo o município. Sendo assim, a Lei Orgânica é o instrumento maior de um município, promulgada pela Câmara Munici-pal, que a tende princípios estabelecidos na constituição federal e estadual. Nela está contida a base que norteia a vida da sociedade local, na soma comum de esforços visando o bem estar social, o progresso e o desenvolvimento de um povo.

▄ ▄ LINHA BÁSICA – linha que serve de base para a cotagem.

▄ ▄ LINHA DE BOMBA – é a linha de contorno da parte interna de uma escada entre os de-graus quando estes fazem um giro de 180º.

▄ ▄ LINHA DE CORTE – está linha representa o local em que o material gráfico será cortado na hora da produção pela gráfica. Ultrapassando esta linha não deve haver nenhuma informa-ção importante que você não queira que seja cortada. Porém, deve haver uma cor ou uma imagem para que não haja espaços em branco quando o material for cortado.

▄ ▄ LINHAS DE COTA – são linhas contínuas estreitas, com setas nas extremidades. Nessas linhas são colocadas as cotas que indicam as medidas da peca.

▄ ▄ LINHAS DE RUPTURA – mostra o local onde o corte está sendo imaginado, deixando visíveis os elementos internos da peça. A linha de ruptura também é utilizada nas vistas ortográficas.

▄ ▄ ORIGINAIS – são matrizes gráficas. Todo projeto gráfico que sirva de referência para sua reprodução.

▄ ▄ PISO – é a parte horizontal do degrau (p).

▄ ▄ PLURIHABITACIONAIS – inverso do unihabitacional, existe a sobreposição de residên-cias. Várias unidades domiciliar por lote. Um exemplo, são os prédios residenciais.

▄ ▄ UNIHABITACIONAIS – trata-se de uma única habitação, não havendo a sobreposição de residências tanto vertical quanto horizontalmente. Apenas uma unidade domiciliar por lote.

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