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Desenho Técnico e Têxtil

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Desenho Técnico e Têxtil

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Coordenação do Programa Formare Beth Callia

Coordenação Pedagógica Zita Porto Pimentel

Coordenação da Área Técnica – UTFPR Alfredo Vrubel

Elaboração e edição VERIS Educacional S.A. Rua Vergueiro, 1759 2º andar 04101 000 São Paulo SP www.veris.com.br

Coordenação Geral Marcia Aparecida Juremeira Conrado

Rosiane Aparecida Marinho Botelho

Coordenação Técnica deste caderno Evandro Dante Cruz Facchinetti

Revisão Pedagógica Maria Rosa Ana Silva

Autoria deste caderno André Luís Helleno

Produção Gráfica Amadeu dos Santos Eliza Okubo Aldine Fernandes Rosa

Apoio MEC – Ministério da Educação

FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação PROEP – Programa de Expansão da Educação Profissional

H477d Helleno, André Luís Desenho Técnico e Têxtil: Projeto Formare / André Luís

Helleno – São Paulo: Veris Educacional, 2007. 162p. :il. Color.:30cm. (Fundação Iochpe / Cadernos Formare) Inclui exercícios e glossário Bibliografia ISBN 978-85-60890-67-5

1. Ensino Profissional 2. Linha e escrita técnica 3. Cotagem e escala 4. Perspectiva isométrica 5. Projeções ortogonais 6. Técnicas de Croqui 7. Design Têxtil 8. CAD na industria têxtil I. Projeto Formare II. Título III. Série

CDD-371.426

Iniciativa Realização

Fundação IOCHPE Al. Tietê, 618 casa 3, Cep 01417-020, São Paulo, SP

www.formare.org.br

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Formare: uma escola para a vida

Ensinar a aprender não podem dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria.

A alegria não chega apenas com o encontro do achado, mas faz parte do processo de busca.

Paulo Freire

Hoje a educação é concebida em uma perspectiva ampla de desenvolvimento humano e não apenas como uma das condições básicas para o crescimento econômico.

O propósito de uma escola é muito mais o desenvolvimento de competências pessoais para o planejamento e realização de um projeto de vida do que apenas o ensino de conteúdos disciplinares.

Os conteúdos devem ser considerados na perspectiva de meios e instrumentos para conquistas individuais e coletivas nas áreas profissional, social e cultural.

A formação de jovens não pode ser pensada apenas como uma atividade intelectual. É um processo global e complexo, onde conhecer, refletir, agir e intervir na realidade encontram-se associados.

Ensina-se pelos desafios lançados, pelas experiências proporcionadas, pelos problemas sugeridos, pela ação desencadeada, pela aposta na capacidade de aprendizagem de cada um, sem deixar de lado os interesses dos jovens, suas concepções, sua cultura e seu desejo de aprender.

Aprende-se a partir de uma busca individual, mas também pela participação em ações coletivas, vivenciando sentimentos, manifestando opiniões diante dos fatos, escolhendo procedimentos, definindo metas.

O que se propõe, então, não é apenas um arranho de conteúdos em um elenco de disciplinas, mas a construção de uma prática pedagógica centrada na formação.

Nesta mudança de perspectiva, os conteúdos deixam de ser um fim em si mesmos e passam a ser instrumentos de formação.

Essas considerações dão à atividade de aprender um sentido novo, onde as necessidades de aprendizagem despertam o interesse de resolver questões desafiadoras. Por isso uma prática pedagógica deve gerar situações de aprendizagem ao mesmo tempo reais, diversificadas provocativas. Deve possibilitar, portanto, que os jovens, ao dar opiniões, participar de debates e tomar decisões, construam sua individualidade e se assumam como sujeitos que absorvem e produzem cultura.

Segundo Jarbas Barato, a história tem mostrado que a atividade humana produz um saber “das coisas do mundo”, que garantiu a sobrevivência do

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ser humano sobre a face da Terra e, portanto, deve ser reconhecido e valorizado como a “sabedoria do fazer”.

O conhecimento proveniente de uma atividade como o trabalho, por exemplo, nem sempre pode ser traduzido em palavras. Em geral, peritos têm dificuldade em descrever com clareza e precisão sua técnica. É preciso vê-los trabalhar para “aprender com eles”.

O pensar e o fazer são dois lados de uma mesma moeda, dois pólos de uma mesma esfera. Possuem características próprias, sem pré-requisitos ou escala de valores que os coloquem em patamares diferentes.

Teoria e prática são modos de classificar os saberes insuficientes para explicar a natureza de todo o conhecimento humano. O saber proveniente do fazer possui uma construção diferente de outras formas que se valem de conceitos, princípios e teorias, nem sempre está atrelado a um arcabouço teórico.

Quando se reconhece a técnica como conhecimento, considera-se também a atividade produtiva como geradora de um saber específico e valoriza-se a experiência do trabalhador como base para a construção do conhecimento naquela área. Técnicas são conhecimentos processuais, uma dimensão de saber cuja natureza se define como seqüência de operações orientadas para uma finalidade.

O saber é inerente ao fazer, não uma decorrência dele.

Tradicionalmente, os cursos de educação profissional eram rigidamente organizados em momentos prévios de “teoria” seguidos de momentos de “prática”. O padrão rígido “explicação (teoria) antes da execução (prática)” era mantido como algo natural e inquestionável. Profissões que exigem muito uso das mãos eram vistas como atividades mecânicas, desprovidas de análise e planejamento.

Autores estão mostrando que o aprender fazendo gera trabalhadores competentes e a troca de experiências integra comunidades de prática nas quais o saber “distribuído por todos” eleva o padrão da execução. Por isso, o esforço para o registro, organização e criação de uma rede de apoio, uma teia comunicativa de “relato de práticas” é fundamental.

Dessa forma, o uso do paradigma da aprendizagem corporativa faz sentido e é muito mais produtivo. A idéia da formação profissional no interior do espaço de trabalho é, portanto, uma proposição muito mais adequada, inovadora e ousada do que a seqüência que propõe primeiro a teoria na sala de aula, depois a prática.

Atualmente, as empresas têm investido na educação continuada de seus funcionários na expectativa de que esse esforço contribua para melhorar os negócios. A formação de quadros passou a ser, nesses últimos anos, atividade central nas organizações que buscam o conhecimento para impulsionar seu desenvolvimento. No entanto, raramente se percebe que um dos conhecimentos mais importantes é aquele que está sendo construído pelos seus funcionários no exercício cotidiano de suas funções, é aquele que está concentrado na própria empresa.

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A empresa contrata especialistas, adquire tecnologias, desenvolve práticas de gestão, inaugura centros de informação, organiza banco de dados, incentiva inovações. Vai acumulando, aos poucos, conhecimento e experiências que, se forem apoiadas com recursos pedagógicos, darão à empresa a condição de excelência como “espaço de ensino e aprendizagem”.

Criando condições para identificar, registrar, organizar e difundir esse conhecimento, a organização poderá contribuir para o aprimoramento da formação profissional.

Convenciona-se que a escola é o lugar onde se ensina e a empresa é onde se produz bens, produtos e serviços. Deste ponto de vista, o conhecimento seria construído na escola, e caberia à empresa o aprimoramento de competências destinadas à produção. Esta é uma visão acanhada e restritiva de formação profissional que não reconhece e não explora o potencial educativo de uma organização.

Neste cenário, a Fundação IOCHPE, em parceria com a UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, desenvolve a proposta pedagógica Formare, que apresenta uma estrutura curricular composta de conteúdos integrados: um conjunto de disciplinas de formação geral (Higiene, Saúde e Segurança; Comunicação e Relacionamento; Fundamentação Numérica; Organização Industrial e Comercial; Informática e Atividades de Integração) e um conjunto de disciplinas de formação específica.

O curso Formare pretende ser uma escola que ofereça aos jovens uma preparação para a vida. Propõe-se desenvolver não só competências técnicas, mas também habilidades que lhes possibilitem estabelecer relações harmoniosas e produtivas com todas as pessoas, que os tornem capazes de construir seus sonhos e metas, além de buscar as condições para realizá-los no âmbito profissional, social e familiar.

A proposta curricular tem a intenção de fortalecer, além das competências técnicas, outras habilidades:

1. Comunicabilidade – Capacidade de expressão (oral e escrita) de conceitos, idéias e emoções de forma clara, coerente e adequada ao contexto;

2. Trabalho em equipe – Capacidade de levar o seu grupo a atingir os objetivos propostos;

3. Solução de problemas – Capacidade de analisar situações, relacionar informações e resolver problemas;

4. Visão de futura – Capacidade de planejar, prever possibilidades e alternativas;

5. Cidadania – Capacidade de defender direitos de interesse coletivo.

Cada competência é composta por um conjunto de habilidades que serão desenvolvidas durante o ano letivo, por meio de todas as disciplinas do curso.

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Para finalizar, ao integrar o ser, o pensar e o fazer, os cursos Formare ajudam os jovens a desenvolver competências para um bom desempenho profissional e, acima de tudo, a dar sentido à sua própria vida. Dessa forma, esperam contribuir para que eles tenham melhores condições para assumir uma postura ética, colaborativa e empreendedora em ambientes instáveis como os de hoje, sujeitos a constantes transformações.

Equipe FORMARE

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Sobre o caderno

Você, educador voluntário, sabe que boa parte da performance dos jovens no mundo do trabalho dependerá das aprendizagens adquiridas no espaço de formação do Curso em desenvolvimento em sua empresa no âmbito do Projeto Formare.

Por isso, os conhecimentos a serem construídos foram organizados em etapas, investindo na transformação dos jovens estudantes em futuros trabalhadores qualificados para o desempenho profissional.

Antes de esse material estar em suas mãos, houve a definição de uma proposta pedagógica, que traçou um perfil de trabalhador a formar, depois o delineamento de um plano de curso, que construiu uma grade curricular, destacou conteúdos e competências que precisam ser desenvolvidos para viabilizar o alcance dos objetivos estabelecidos e então foram desenhados planos de ensino, com vistas a assegurar a eficácia da formação desejada.

À medida que começar a trabalhar com o Caderno, perceberá que todos os encontros contêm a pressuposição de que você domina o conteúdo e que está recebendo sugestões quanto ao modo de fazer para tornar suas aulas atraentes e produtoras de aprendizagens significativas. O Caderno pretende valorizar seu trabalho voluntário, mas não ignora que o conhecimento será construído a partir das condições do grupo de jovens e de sua disposição para ensinar. Embora cada aula apresente um roteiro e simplifique a sua tarefa, é impossível prescindir de algum planejamento prévio. É importante que as sugestões não sejam vistas como uma camisa de força, mas como possibilidade, entre inúmeras outras que você e os jovens do curso poderão descobrir, de favorecer a prática pedagógica.

O Caderno tem a finalidade de oferecer uma direção em sua caminhada de orientador da construção dos conhecimentos dos jovens, prevendo objetivos, conteúdos e procedimentos das aulas que compõem cada capítulo de estudo. Ele trata também de assuntos aparentemente miúdos, como a apresentação das tarefas, a duração de cada atividade, os materiais que você deverá ter à mão ao adotar a atividade sugerida, as imagens e os textos de apoio que poderá utilizar.

No seu conjunto, propõe um jeito de fazer, mas também poderá apresentar outras possibilidades e caminhos para dar conta das mesmas questões, com vistas a encorajá-lo a buscar alternativas melhor adequadas à natureza da turma.

Como foi pensado a partir do planejamento dos cursos (os objetivos gerais de formação profissional, as competências a serem desenvolvidas) e dos planos de ensino disciplinares (a definição do que vai ser ensinado, em que seqüência e intensidade e os modos de avaliação), o Caderno pretende auxiliá-lo a realizar um plano de aula coerente com a concepção do Curso, preocupado em investir na formação de futuros trabalhadores habilitados ao exercício profissional.

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O Caderno considera a divisão em capítulo apresentada no Plano de Ensino e o tempo de duração da disciplina, bem como a etapa do Curso em que ela está inserida. Com esta idéia do todo, sugere uma possibilidade de divisão do tempo, considerando uma aula de 50 minutos.

Também, há avaliações previstas, reunindo capítulos em blocos de conhecimentos e oferecendo oportunidade de síntese do aprendido. É preciso não esquecer, no entanto, que a aprendizagem é avaliada durante o processo, através da observação e do diálogo em sala de aula. A avaliação formal, prevista nos cadernos, permite a descrição quantitativa do desempenho dos jovens e também do educador na medida em que o “erro”, muitas vezes, é indício de falhas anteriores que não podem ser ignoradas no processo de ensinar e aprender.

Recomendamos que, ao final de cada aula ministrada, você faça um breve registro reflexivo, anotando o que funcionou e o que precisou ser reformulado, se todos os conteúdos foram desenvolvidos satisfatoriamente ou se foi necessário retomar algum, bem como outras sugestões que possam levar à melhoria da prática de formação profissional e assegurar o desenvolvimento do trabalho com aprendizagens significativas para os jovens. Esta também poderá ser uma oportunidade de você rever sua prática como educador voluntário e, simultaneamente, colaborar para a permanente qualificação dos Cadernos. É um desafio-convite que lhe dirigimos, ao mesmo tempo em que o convidamos a ser co-autor da prática que aí vai sugerida.

Características do Caderno

Cada capítulo ou unidade possui algumas partes fundamentais, assim distribuídas:

Página de apresentação do capítulo: Apresenta uma síntese do assunto e os objetivos a atingir, destacando o que os jovens devem saber e o que se espera que saibam fazer depois das aulas. Em síntese, focaliza a relevância do assunto dentro da área de conhecimento tratada e apresenta a relação dos saberes, das competências e habilidades que os jovens desenvolverão com o estudo da unidade.

A seguir, as aulas são apresentadas através de um breve resumo dos conhecimentos a serem desenvolvidos em cada aula. Sua intenção é indicar aos educadores o âmbito de aprofundamento da questão, sinalizando conhecimentos prévios e a contextualização necessária para o tratamento das questões da aula. No interior de cada aula aparece a seqüência de atividades, marcadas pela utilização dos ícones que seguem:

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Indica quais serão os objetivos do tópico a ser abordado, bem como o objetivo de cada aula.

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Exploração de links na internet – Remete a pesquisas em sites onde educador e aluno poderão buscar textos e/ou atividades como reforço extraclasse ou não.

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Apresenta artigos relacionados à temática do curso, podendo-se incluir sugestões de livros, revistas ou jornais, subsidiando, dessa maneira o desenvolvimento das atividades propostas. Permite ao educador explorar novas possibilidades de conteúdo. Se achar necessário, o educador poderá fornecer esse texto para o aluno reforçando, assim, o seu aprendizado.

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Traz sugestão de exercício ou atividade para fechar uma aula para que o aluno possa exercitar a aplicação do conteúdo.

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Traz sugestão de avaliação extraclasse podendo ser utilizada para fixação e integração de todos os conteúdos desenvolvidos.

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Traz sugestão de avaliação, podendo ser apresentada ao final de um conjunto de aulas ou tópicos; valerão nota e terão prazo para serem entregues.

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Indica, passo a passo, as atividades propostas para o educador. Apresenta as informações básicas, sugerindo uma forma de desenvolvê-las. Esta seção apresenta conceitos relativos ao tema tratado, imagens que têm a finalidade de se constituir em suporte para as explicações do educador (por esse motivo todas elas aparecem anexas num CD, para facilitar a impressão em lâmina ou a sua reprodução por recurso multimídia), exemplos das aplicações dos conteúdos, textos de apoio que podem ser multiplicados e entregues aos jovens, sugestões de desenvolvimento do conteúdo e atividades práticas, criadas para o estabelecimento de relações entre os saberes. No passo a passo, aparecem oportunidades de análise de dados, observação e descrição de objetos, classificação, formulação de hipóteses, registro de experiências, produção de relatórios e outras práticas que compõem a atitude científica perante o conhecimento.

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Indica a duração prevista para a realização do estudo e das tarefas de cada passo. É importante que fique claro que esta é uma sugestão ideal, que abstrai quem é o sujeito ministrante da aula e quem são os sujeitos que aprendem, a rigor os que mais interessam nesse processo. Quando foi definida, só levou em consideração o que era possível no momento: o conteúdo a ser desenvolvido, tendo em vista o número de aulas e o plano de ensino da disciplina. No entanto você juntamente com os jovens que compõem a sua turma têm liberdade para alterar o que foi sugerido, adaptar as sugestões para o seu contexto, com as necessidades, interesses, conhecimentos prévios e talentos especiais do seu grupo.

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O glossário contém informações e esclarecimentos de conceitos e termos técnicos. Tem a finalidade de simplificar o trabalho de busca do educador e, ao mesmo tempo, incentivá-lo a orientar os jovens para a utilização de vocabulário apropriado referente aos diferentes aspectos da matéria estudada. Aparece ao lado na página em que é utilizado e é retomado ao final do Caderno, em ordem alfabética.

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Remete para exercícios que objetivam a fixação dos conteúdos desenvolvidos. Não estão computados no tempo das aulas, e poderão servir como atividade de reforço extraclasse, como revisão de conteúdos ou mesmo como objeto de avaliação de conhecimentos.

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Notas que apresentam informações suplementares relativas ao assunto que está sendo apresentado.

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Idéias que objetivam motivar e sensibilizar o educador para outras possibilidades de explorar os conteúdos da unidade. Têm a preocupação de sinalizar que, de acordo com o grupo de jovens, outros modos de fazer podem ser alternativas consideradas para o desenvolvimento de um conteúdo.

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Traz as idéias-síntese da unidade, que auxiliam na compreensão dos conceitos tratados, bem como informações novas relacionadas ao que se está estudando

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Apresenta materiais em condições de serem produzidos e entregues aos jovens, tratados, no interior do caderno, como texto de apoio.

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Em síntese, você educador voluntário precisa considerar que há algumas competências que precisam ser construídas durante o processo de ensino aprendizagem, tais como:

conhecimento de conceitos e sua utilização; análise e interpretação de textos, gráficos, figuras e diagramas; transferência e aplicação de conhecimentos; articulação estrutura-função; interpretação de uma atividade experimental.

Em vista disso, o conteúdo dos Cadernos pretende favorecer:

conhecimento de propriedade e de relações entre conceitos; aplicação do conhecimento dos conceitos e das relações entre eles; produção e demonstração de raciocínios demonstrativos; análise de gráficos; resolução de gráficos; identificação de dados e de evidências relativas a uma atividade

experimental; conhecimento de propriedades e relações entre conceitos em uma

situação nova. Como você deve ter concluído, o Caderno é uma espécie de obra aberta, pois está sempre em condições de absorver sugestões, outros modos de fazer, articulando os educadores voluntários do Projeto Formare em uma rede que consolida a tecnologia educativa que o Projeto constitui. Desejamos que você possa utilizá-lo da melhor forma possível e que tenha a oportunidade de refletir criticamente sobre ele, registrando sua colaboração e interagindo com os jovens de seu grupo a fim de investirmos todos em uma educação mais efetiva e na formação de profissionais mais competentes e atualizados para os desafios do mundo contemporâneo.

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No ambiente têxtil, o desenho técnico é a principal ferramenta para a criação de desenvolvimento dos produtos, assim como detalhamento para as próximas etapas do processo de fabricação.

Em função disso, este caderno tem por objetivo desenvolver, junto aos jovens, as competências necessárias para a execução de desenhos técnicos com ênfase no design têxtil.

Introdução

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1 Linha e Escrita Técnica Primeira Aula

Desenho técnico ..............................................................................................21 Segunda Aula

Caligrafia técnica .............................................................................................26 Terceira Aula

Exercícios de caligrafia técnica........................................................................30 Quarta Aula

Tipos de linhas.................................................................................................31 Quinta Aula

Exercícios de tipos de linhas ...........................................................................33 Sexta Aula

Exercícios de identificação de linhas............................................................... 34 Sétima Aula

Visita à empresa com foco em desenho técnico .............................................35 Oitava Aula

Elaboração do relatório da visita técnica e painel gráfico................................35

2 Cotagem e Escala Primeira Aula

Definição de cota .............................................................................................39 Segunda Aula

Linhas de extensão..........................................................................................42 Terceira Aula

Exercícios sobre cotas.....................................................................................45 Quarta Aula

Escalas normalizadas......................................................................................45 Quinta, Sexta, Sétima e Oitava Aulas

Exercícios de escala........................................................................................ 48

Sumário

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16 Desenho Técnico e Têxtil

3 Perspectiva Isométrica Primeira Aula

Perspectiva ......................................................................................................51 Segunda Aula

Traçando perspectiva isométrica de um prisma retangular .............................53 Terceira Aula

Traçando perspectiva isométrica do cilindro.................................................... 57 Quarta Aula

Exercícios de perspectiva isométrica...............................................................60

4 Projeções Ortogonais e Técnicas de Croqui Primeira Aula

Projeção ortográfica de sólidos geométricos ...................................................63 Segunda Aula

Rebatimento dos planos de projeção ..............................................................68 Terceira Aula

Exercícios ........................................................................................................71 Quarta Aula

Supressão de vistas.........................................................................................72 Quinta Aula

Visibilidade das arestas ...................................................................................77 Sexta, Sétima e Oitava Aulas

Exercícios ........................................................................................................79

5 Design Têxtil Primeira Aula

Moda e estilo....................................................................................................83 Segunda Aula

Histórico...........................................................................................................84 Terceira Aula

Discussão sobre moda e estilo ........................................................................87 Quarta Aula

Técnicas de esboço.........................................................................................88 Quinta Aula

Técnicas de esboço.........................................................................................93

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Sexta Aula

Introdução........................................................................................................96 Sétima Aula

Discussão sobre composição de cores ........................................................ 100 Oitava Aula

Introdução..................................................................................................... 101 Nona Aula

Aperfeiçoamento das habilidades na execução de esboços .........................103 Décima Aula

Aperfeiçoamento das habilidades na execução de esboços ........................ 104 Décima Primeira Aula

Aperfeiçoamento das habilidades na execução das texturas....................... 105 Décima Segunda Aula

Avaliação Teórica ..........................................................................................107

6 CAD na Indústria Têxtil Primeira Aula

Introdução..................................................................................................... 111 Segunda Aula

Discussão sobre sistema CAD na indústria têxtil ......................................... 114 Terceira Aula

Visita à empresa com foco em sistema CAD na indústria têxtil.................... 114 Quarta Aula

Elaboração do relatório da visita técnica e painel gráfico............................. 115

Exercícios ...........................................................................................117

Gabarito da Avaliação ..................................................................... 153

Gabrito dos Exercícios.................................................................... 155

Glossário..............................................................................................157

Referências.........................................................................................161

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A base do desenho técnico está relacionada com a padronização das linhas e processo de execução do desenho.

Este capítulo vai abordar junto aos jovens os instrumentos básicos de desenho técnico assim como seus principais tipos de linhas e elementos.

Identificar os instrumentos para desenho técnico.

Caracterizar caligrafia técnica.

Caracterizar os principais tipos de linhas e elementos de desenho técnico.

Objetivos

1 Linha e Escrita Técnica

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Desenho técnico Instrumentos e lápis utilizados no desenho técnico

Régua graduada ou escala A régua graduada ou escala é um dos instrumentos mais utilizados no desenho técnico. Normalmente é uma régua de 20 ou 30 centímetros de comprimento, e por esse motivo é chamada de duplo ou triplo decímetro. Ela é feita normalmente de madeira, apresentando duas arestas vivas, cobertas de marfim; um lado é composto com uma graduação em milímetros e meios-milímetros e o outro em polegadas e as suas divisões, conforme mostra a figura 1.

Fig. 1 – Régua graduada ou escala. Fonte – www.staedtler.com.de

Esquadros

Os esquadros servem para traçar retas paralelas, perpendiculares ou retas inclinadas com ângulos de 30º, 45º, 60º, além de outros que são obtidos pela combinação dos dois (isósceles e escaleno), por exemplo, 15º, 75º, 150º, etc.). Normalmente os esquadros são fabricados em material sintético-acrílico para proporcionar características especiais, tais como transparência e rigidez, conforme ilustrado na figura 2.

30 min

Passo 1 / Aula teórica

Nessa aula o jovem terá o primeiro contato com os instrumentos necessários para a prática do desenho técnico.

Primeira Aula

Escala A escala indica a relação que existe entre o comprimento das linhas traçadas em um plano e as medidas reais correspondentes, ou seja, a relação que existe entre a unidade de medida verdadeira e o comprimento que se deseja representar no desenho.

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Transferidor

É um instrumento utilizado na construção e na medição de ângulos. É fabricado em metal ou em plástico-acrílico; este último é o mais preferido, por ser transparente, leve e indeformável. O mais usado tem a forma semicircular, é graduado de 0º a 180º, nos dois sentidos, com o diâmetro de 12 cm, conforme mostra a figura 3.

Curva francesa

É um instrumento destinado a auxiliar o desenhista no traçado de curvas irregulares, e é composto de um grande número de arcos de circunferência, geometricamente ligados entre si pelas extremidades. Há vários tipos de curvas francesas que variam de acordo com a sua forma e dimensão, sendo a mais comumente

Fig. 2 - Tipos de esquadros.

Font

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Fig. 3 – Transferidor.

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utilizada a de material transparente em razão da sua versatilidade, conforme mostra a figura 4.

Régua T

A régua T, conforme mostrado na figura 5, é plana e de arestas bem vivas. É fixada numa das extremidades a uma cabeça ou guia, de tal forma que as bordas da régua estejam perfeitamente no esquadro, formando assim um ângulo de 90º com a cabeça. O comprimento da haste ou régua não deve ser muito curto nem muito longo, podendo, no entanto, variar conforme o tamanho da prancheta. A régua T destina-se a traçar linhas retas horizontais e serve também de apoio aos esquadros.

Fig. 4 – Curva francesa.

Font

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Fig. 5 – Régua T fenólica MOD. 58.

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24 Desenho Técnico e Têxtil

Compassos

São também instrumentos muito utilizados na prática do desenho, e são empregados para traçar circunferências, arcos ou transportar medidas. Os compassos comuns têm 12 cm de comprimento aproximadamente, são compostos por articulações e pontas removíveis, sendo que em uma “perna” possui o tira–linhas, e na outra, a ponta seca, tendo também o alongador para grandes raios, conforme mostra a figura 6.

Lápis – Lapiseiras – Grafites

Os grafites ou minas de grafites são classificados em duros, médios e moles, e identificados pelas séries H e B. Quanto mais H, mais duro; quanto mais B, mais mole ou suave; e os intermediários que são os HB ou F.

Exemplos: 8B,..,2B,B,HB,F,H,2H...9H.

Para o desenho técnico, as linhas finas são feitas com grafite duro 3H, as letras, cotagem e anotações, com F. Os grafites duros H são recomendados para papel áspero e os mais B para o acetinado.

Para uma boa prática, recomenda-se que o lápis deva ser consistente e suficientemente macio, como o cedro vermelho, para que possa ser cortado com facilidade e não rache. O grafite, com aproximadamente 8 mm, deve ser também afiado em lixa fina de modo a proporcionar um traço uniforme, dando à sua ponta um formato cônico e com aproximadamente 8 mm (recomenda-se que o lápis tenha um formato sextavado, possibilitando uma segurança maior).

Fig. 6 – Compasso.

Font

e –

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Desenho Técnico e Têxtil 25

As lapiseiras, atualmente são mais usadas do que os lápis, pois são mais práticas e confortáveis, e possibilitam uma troca rápida de grafites, conforme mostra a figura 8. No entanto, há lapiseiras especiais nas quais são utilizados diferentes tipos de diâmetro de grafite, em função da espessura exata da linha que é feita, sem que haja a necessidade de serem afiadas.

Fig. 7 – Lápis para desenho.

Fig. 8 – Lapiseira.

Font

e –

ww

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taed

tler.c

om.d

e

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26 Desenho Técnico e Têxtil

Dividir os jovens em grupos de cinco pessoas e solicitar que apresentem, com o maior grau de detalhamento possível, os tipos e características dos instrumentos utilizados em desenho técnico.

No fim, explicarão ao grande grupo o que produziram, socializando o aprendizado.

Caligrafia técnica A descrição completa de uma máquina ou de um conjunto de peças requer quase sempre, além do desenho, o uso da linguagem escrita para mostrar as dimensões, o método de fabricação, as espécies de material e outros detalhes esclarecedores. A “linguagem escrita” é usada no desenho mecânico sempre na forma desenhada e não com caracteres comuns como os de uma escrita corrente.

Tamanhos e proporções das letras

Conforme a sua utilização, as letras devem obedecer a determinados tamanhos, sendo os mais usuais os indicados na figura 9. Os números representados na figura 9 dizem respeito às alturas (h) preferíveis para o traçado das letras maiúsculas que podem, por sua vez, ser empregadas indistintamente, conforme o tamanho do desenho ou o formato do papel. As letras maiores destinam-se, geralmente, aos títulos e em ordem decrescente, as demais podem ser utilizadas para outras indicações referentes a detalhes, fabricação, funcionamento e etc.

30 min

Passo 1 / Aula teórica

Nessa aula serão abordados os conceitos e características da caligrafia técnica.

Segunda Aula

Educador, não esqueça de providenciar o material necessário a esta atividade (lápis de vários tipos, esquadros, compasso, etc.).

20 min

Passo 2 / Atividade sugerida

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Desenho Técnico e Têxtil 27

Altura

A altura das letras minúsculas deve sempre manter uma proporcionalidade de 5/7 em relação à altura das letras maiúsculas. Portanto, para qualquer tamanho escolhido para as letras maiúsculas, a altura das letras minúsculas correspondentes deve sempre obedecer à regra de proporcionalidade de 5/7.

Comprimento

O comprimento da haste inferior das letras minúsculas, como f, g j, p, etc., segundo preceituam ainda as normas DIN, é de ¼ da altura h escolhida, da mesma forma o comprimento da haste superior das letras b, d, f, h, etc. deve corresponder a 2/7 da altura considerada. Essas proporções, que o desenhista não deve deixar de observar, podem ser melhor compreendidas pela figura 10.

Inclinação das letras

A inclinação das letras, qualquer que seja o seu tamanho, é sempre 75º à direita. Por este motivo, antes de o desenhista começar a escrever, deve-se riscar bem de leve as linhas inclinadas que servirão de guia para o traçado das letras, correção, e também para a perfeita clareza e uniformidade da escrita. A melhor forma para a obtenção dos 75º é a combinação dos esquadros de 30º e 45º, apoiados sobre a régua T, conforme mostra a figura 11.

Fig. 9 – Tamanho das letras.

Fig. 10 – Modelo de escrita. Font

e:D

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969)

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28 Desenho Técnico e Têxtil

Distância entre letras

A distância recomendável para os diversos tipos de letras de uma palavra, conforme as normas DIN deve ser igual a 2/7 de h, ou melhor, 2/7 da altura da letra maiúscula. Sendo assim, a distância entre as linhas de um texto escrito em caracteres desenhados deve ser sempre igual a 11/7 de h, conforme a figura 12.

Fig. 12 – Modelo de escrita.

Método de aprendizagem

A maneira mais fácil e correta de se desenhar todas as letras e algarismos é demonstrada na figura 13, onde os números e as setas indicam, respectivamente, a ordem e a direção dos movimentos necessários ao traçado do lápis ou lapiseira.

Fig. 11 – Manuseio dos esquadros.

Font

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Desenho Técnico e Têxtil 29

Fig. 13 – Técnica de traçado.

O jovem observará vários exemplos de caligrafia técnica para, posteriormente, desenvolver exercícios em sala de aula. Exemplos de caligrafia técnica

Alfabeto sem inclinação

Fig.14

Alfabeto com inclinação de 75º

Fig.15

Números sem inclinação

20 min

Passo 2 / Aplicação

Font

e:D

esen

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inta

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l., 1

969)

Fig. 16

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30 Desenho Técnico e Têxtil

Números com Inclinação de 75º

Relembrar aos jovens as orientações dadas nas aulas anteriores referentes à caligrafia técnica.

Solicitar aos jovens que, individualmente, apliquem a caligrafia técnica em todas as letras do alfabeto e números de 0 a 1, repetindo cada um deles pelo menos cinco vezes, e na posição normal e inclinada.

Discuta com os jovens o aprendizado obtido nessa atividade prática. Nesse momento podem ser feitas observações com relação à importância dessa atividade no dia-a-dia do ambiente industrial, e verificados o desempenho da turma e os pontos de maior e menor dificuldade dessa atividade.

5 min

Passo 3 / Apresentação de resultados

40 min

Passo 2 / Atividade prática

5 min

Passo 1 / Orientação

Nessa aula os jovens farão exercícios de caligrafia técnica para o aprimoramento da escrita.

Terceira Aula

Educador, não esqueça de providenciar o material necessário a esta atividade (cartazes, livros, canetas, etc.).

Fig. 17

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Desenho Técnico e Têxtil 31

Tipos de linhas As linhas empregadas no desenho técnico dividem-se, quanto à espessura, em grossa e fina, sendo a grossa, no mínimo, o dobro da fina. Em desenhos à tinta, usa-se geralmente a relação 4:1.

No desenho rigoroso a lápis, a variação entre grossa e fina pode ser dada pela consistência do grafite; um lápis macio, como o HB, produz traços grossos. O de grafite duro , 3H, dá traços finos.

Desse modo, as linhas devem ser escolhidas conforme o tipo e dimensões do desenho, recomendando-se adotar o par fina–grossa dentre as medidas: 0,18 mm, 0,25 mm, 0,35 mm, 0,5 mm, 0,7 mm, 1 mm, 1,4 mm e 2 mm.

• Linha grossa contínua – É empregada em arestas e contornos visíveis.

• Linha fina contínua – É empregada em interseções

imaginárias, linhas de cota e de extensão, hachuras, contorno de seções rebatidas, linhas de centro simplificadas, linhas representado as raízes de rosca externas visíveis e de engrenagem, contornos iniciais, precedentes à moldagem e, por fim, em diagonais indicativas de planos e de vãos.

20 min

Passo 1 / Aula teórica

Nessa aula o jovem aprenderá a utilizar e distinguir os tipos de linhas utilizados no desenho técnico.

Quarta Aula

Fig. 19 - Linha fina contínua.

Fig. 18 - Linha grossa contínua.

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32 Desenho Técnico e Têxtil

• Linha fina contínua, à mão livre – É empregada

quando se deseja demonstrar ruptura.

• Linha fina com ziguezagues – É empregada quando

se deseja demonstrar ruptura, levando em consideração que essa linha não pode ser usada como eixo.

• Linha fina, interrompida ou tracejada – É empregada em arestas e contornos invisíveis.

• Linha traço e ponto estreita – Utilizada quando se deseja demonstrar linha de centro, linhas de simetria e trajetórias.

• Linha traço e ponto larga – Representa linhas ou

superfícies com indicação espacial.

Fig. 20 - Linha fina contínua à mão livre.

Fig. 21 - Linha fina com ziguezagues.

Fig. 22 - Linha fina tracejada.

Fig. 23 - Linha ponto traço.

Fig. 24 – Linha traço e ponto larga.

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Desenho Técnico e Têxtil 33

• Linha traço e dois pontos estreita – Representa contornos de peças adjacentes, posição limite de peças móveis, linhas de centro e gravidade, detalhes situados antes do plano de corte.

Dividir a turma em grupos e solicitar que eles apresentem, com o maior grau de detalhamento possível, o que aprenderam sobre tipos de linhas técnicas. No fim, os jovens explicarão ao grande grupo o que produziram, socializando o aprendizado.

Relembrar aos jovens as orientações dadas nas aulas anteriores referentes à linha técnica.

Exercício disponível no final do caderno.

Nessa aula serão realizados exercícios de linha técnica.

Quinta Aula

Educador, não esqueça de providenciar o material necessário a esta atividade (cartazes, livros, canetas, etc.).

30 min

Passo 2 / Atividade sugerida

40 min

Passo 2 / Exercício

5 min

Passo 1 / Orientação

Fig. 25 – Linha traço dois ponto estreita.

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34 Desenho Técnico e Têxtil

Discuta com os jovens o aprendizado obtido nessa atividade prática. Nesse momento podem ser feitas observações com relação à importância dessa atividade no dia a dia do ambiente industrial, e verificados o desempenho da turma e os pontos de maior e menor dificuldade dessa atividade.

Relembrar aos jovens as orientações dadas nas aulas anteriores referentes à linha técnica.

Baseado em exemplos práticos de desenhos técnicos da indústria têxtil, solicitar aos jovens que identifiquem os tipos de linhas encontrados nos desenhos.

Discuta com os jovens o aprendizado obtido nessa atividade prática. Nesse momento podem ser feitas

5 min

Passo 3 / Apresentação de resultados

Educador, não esqueça de providenciar o material necessário a esta atividade (cartazes, livros, canetas, etc.) e exemplos de desenhos técnicos no ambiente industrial têxtil.

40 min

Passo 2 / Atividade prática

5 min

Passo 1 / Orientação

Nessa aula serão desenvolvidas as habilidades de interpretação de linhas técnicas em desenhos através de atividade prática.

Sexta Aula

5 min

Passo 3 / Apresentação de resultados

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Desenho Técnico e Têxtil 35

observações com relação à importância dessa atividade no dia a dia do ambiente industrial, e verificados o desempenho da turma e os pontos de maior e menor dificuldade dessa atividade.

Os jovens, com o roteiro e acompanhados por funcionários qualificados, realizarão a visita à empresa.

Se houver tempo, após a visita, os jovens podem trabalhar no relatório, organizando os dados obtidos.

Dentre os dados que devem ser observados pelos jovens, destacam-se: • normas de desenho técnicos utilizadas; • tipos de caligrafia técnica utilizada; • tipos de linhas utilizadas; • exemplos de desenhos técnicos utilizados.

Educador, realize uma discussão com os jovens abordando os seguintes temas observados durante a visita técnica: • Normas de desenho técnicos utilizadas. • Tipos de caligrafia técnica utilizada. • Tipos de linhas utilizadas. • Exemplos de desenhos técnicos utilizados.

30 min

Passo 1 / Discussão do relatório da visita

Nessa aula serão realizadas a elaboração e a avaliação do relatório da visita.

Oitava Aula

50 min

Passo 1 / Visita à empresa

Nessa aula será realizada uma visita à indústria com ênfase em desenho técnico.

Sétima Aula

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36 Desenho Técnico e Têxtil

Orientar os jovens para concluir o relatório que será objeto de avaliação do aproveitamento relativo a este capítulo.

Recomenda-se que, se houver disponibilidade, os jovens utilizem os computadores para preparar o relatório da visita.

Educador, observe, no momento da leitura dos relatórios, além dos itens solicitados, se os objetivos formulados no início deste capítulo foram atingidos, realizando, dessa forma, uma auto-avaliação do seu próprio desempenho. Ao dar retorno aos jovens, problematize as questões observadas relativas aos processos de fabricação.

20 min

Passo 2 / Elaboração do relatório da visita

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Desenho Técnico e Têxtil 37

A cotagem e a escala são fatores importantes para fornecerem a informação sobre o desenho obtido. Em função disso este capítulo vai abordar junto aos jovens os conceitos de cotagem e escala.

Definir e aplicar cotas.

Definir e aplicar escalas.

Objetivos

2 Cotagem e Escala

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38 Desenho Técnico e Têxtil

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Desenho Técnico e Têxtil 39

Definição de cota No processo de fabricação é necessário o fornecimento das dimensões do objeto a ser fabricado; esses dados são essenciais para a sua execução. Portanto, as dimensões mostradas no desenho técnico recebem o nome de cotas, e a técnica de usá-las é chamada de cotagem ou dimensionamento, sendo elas inseridas dentro ou fora dos desenhos, fazendo com que se tenha a máxima clareza possível e uma única interpretação.

A linha de cota é fina e traçada sempre paralela à dimensão representada. É comum em desenhos mecânicos que o valor da dimensão seja colocado sobre a linha ou numa interrupção, sendo que as medidas presentes podem ser representadas em mm ou em outras escalas, desde que as outras unidades estejam indicadas na legenda.

Nas extremidades da linha de cotagem se colocam setas, com comprimentos de 2 a 3 mm e a largura de aproximadamente 1/3 deste comprimento, sendo ambas as setas limitadas por linhas finas, de extensão, que ficam ligeiramente afastadas do desenho, conforme mostra a figura 1.

Setas

A seta deve ter um comprimento aproximado de 2a 3 mm e a sua largura pode ser calculada como sendo 1/3 do

30 min

Passo 1 / Aula teórica

Nessa aula será conceituada a cota e mostrada sua correta aplicação.

Primeira Aula

Fig. 1 – Modelo de cota.

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40 Desenho Técnico e Têxtil

comprimento ou fazendo com que ela tenha um ângulo de 15º, conforme a figura 2.

Para alguns desenhos, pode-se substituir as setas por pequenos pontos conforme a figura 3, tais como círculos pretos de raio mínimo centrados nas interseções das linhas de extensão com linha de cota e executados à mão livre; essa metodologia pode ser justificada por falta de espaço para colocar as setas. Este caso ocorre muito em cotagem em série.

Fig. 3 – Cotagem em série.

Fig. 2 – Representação de seta.

Font

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Desenho Técnico e Têxtil 41

Medidas

As medidas são escritas acima das linhas de cota, quando elas são horizontais ou inclinadas, e à esquerda, quando são verticais, com a base dos algarismos junto às linhas de cotas, conforme mostra a figura 4.

Fig. 4 - Representação de medida Quando o espaço for insuficiente ao se fazer a seta e os algarismos, estes podem ser deslocados para junto da seta direita externa ou para mais distante, desde que ligados ao espaço medido por uma pequena seta referencial, conforme demonstra a figura 5.

Símbolos

Os símbolos de diâmetro ∅, de quadrado e de raio R devem sempre preceder as medidas. Os dois primeiros devem ter 2/3 da altura do algarismo; a secante diametral no símbolo ∅ é inclinada a 45º com a linha de base do algarismo, conforme demonstra a figura 6.

Fig. 6 - Representação de símbolos.

Fig. 5 – Representação de cota.

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42 Desenho Técnico e Têxtil

Dividir a turma em grupos e solicitar que eles apresentem, com o maior grau de detalhamento possível, o que aprenderam sobre cotas. No fim, os jovens explicarão ao grande grupo o que produziram, socializando o aprendizado.

Linhas de extensão A linha de extensão não deve ultrapassar a linha de cota em mais de 3 mm aproximadamente. Linhas de eixo, de centro, arestas e contornos não podem ser usados como linhas de cota, permitindo-se que sirvam como linhas de extensão, conforme mostra a figura 7.

Fig. 7 – Linha de extensão.

30 min

Passo 1 / Aula teórica

Nessa aula serão caracterizadas a linha de extensão e a posição das cotas.

Segunda Aula

Educador, não esqueça de providenciar o material necessário a esta atividade (cartazes, livros, canetas, etc.).

20 min

Passo 2 / Atividade sugerida

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Desenho Técnico e Têxtil 43

Em alguns casos as linhas de cota podem se cruzar entre si ou com linhas de representadas, no entanto deve-se evitar que isso aconteça.

Cotas em série e paralelo

A distância entre duas linhas de cota paralelas deve ser, no mínimo, de 5 mm, podendo aumentar nos desenhos de grandes dimensões. As cotas são consideradas em séries quando estão no mesmo sentido, conforme é demonstrado na figura 8.

As cotas em paralelo são aquelas que obtêm a mesma direção e a mesma origem como referência, sendo que as cotas maiores devem passar as menores para que elas não se cruzem, conforme mostra a figura 9.

Fig. 8 – Representação de cota em série.

Fig. 9 – Representação de cota em paralelo.

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44 Desenho Técnico e Têxtil

A cota mista é aquela em que a figura apresenta os dois tipos de cotas anteriores, ou seja, a em série e paralela, conforme a figura 10.

Dividir a turma em grupos e solicitar que eles apresentem, com o maior grau de detalhamento possível, o que aprenderam sobre linha de extensão. No fim, os jovens explicarão ao grande grupo o que produziram, socializando o aprendizado.

Educador, não esqueça de providenciar o material necessário a esta atividade (cartazes, livros, canetas, etc.).

20 min

Passo 2 / Atividade sugerida

Fig. 10 – Representação de cota mista.

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Desenho Técnico e Têxtil 45

Exercício disponível no final do caderno.

Escalas normalizadas Para que o desenho técnico se tornasse uma linguagem gráfica foi necessário padronizar seus procedimentos de representação gráfica, sendo que essa padronização é feita por meio de normas técnicas seguidas e respeitadas internacionalmente.

As normas técnicas são resultados de um esforço conjunto dos interessados em estabelecer códigos técnicos que regulem relações entre produtores e consumidores, engenheiros, empreiteiros e clientes.

As normas técnicas são elaboradas conforme a definição de cada país e são validadas em todo o seu território.

30 min

Passo 1 / Aula teórica

Nessa aula será caracterizada a escala e seus diversos tipos.

Quarta Aula

Educador, discuta com os jovens o aprendizado obtido nessa atividade. Nesse momento podem ser feitas observações com relação aos pontos de maior e menor dificuldade dessa atividade.

20 min

Passo 2 / Resolução de exercício

30 min

Passo 1 / Exercício

Nessa aula os jovens vão realizar exercícios sobre cotas.

Terceira Aula

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46 Desenho Técnico e Têxtil

No Brasil as normas são aprovadas e editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, e neste capítulo será estudada a Norma 8196 em Desenho Técnico que se refere ao emprego de escalas.

Escala

A escala indica a relação que existe entre o comprimento das linhas traçadas em um plano e as medidas reais correspondentes, ou seja, a relação entre a unidade de medida verdadeira e o comprimento que se deseja representar no desenho. Há três denominações para as escalas: natural, redução e ampliação. O desenho rigoroso de máquinas é sempre executado em escala, quer seja em tamanho natural, ampliado ou reduzido. As escalas utilizadas devem ser de simples e fácil aplicação.

Escala natural

O desenho feito em escala natural representa o objeto em seu tamanho original, ou melhor, com as dimensões que ele tem na realidade, ou que terá quando for manufaturado. A escala natural é representada da seguinte forma 1:1, e é utilizada quando há necessidade de precisão em detalhes de peças pequenas, conforme mostra a figura 11.

Fig.11 – Representação de escala natural. Escala de redução

A escala de redução é empregada para representar um objeto ou uma peça, de tal maneira que todas as suas dimensões fiquem reduzidas, seguindo uma proporcionalidade, conforme mostra a figura 12. As escalas mais comuns utilizadas para redução de desenho são: 1:2,5 – 1:5 – 1:10 – 1:20 – 1:50 – 1:100.

Font

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0.

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Desenho Técnico e Têxtil 47

Fig. 12 – Representação da escala de redução. Escala de ampliação São utilizadas escalas de ampliação quando as peças a desenhar são muito pequenas ou quando há necessidade de se esclarecer devidamente um detalhe de difícil interpretação, conforme é demonstrado na figura 13. As escalas mais utilizadas para ampliação são: 2:1 – 5:1 – 10:1.

Fig. 13 – Representação da escala de ampliação.

Dividir a turma em grupos e solicitar que eles apresentem, com o maior grau de detalhamento possível, o que aprenderam sobre escala. No fim, os jovens explicarão ao grande grupo o que produziram, socializando o aprendizado.

Educador, não esqueça de providenciar o material necessário a esta atividade (cartazes, livros, canetas, etc.).

20 min

Passo 2 / Atividade sugerida

Font

e: T

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200

0.

Font

e: T

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200

0.

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48 Desenho Técnico e Têxtil

Exercícios disponíveis no final do caderno.

Discuta com os jovens o aprendizado obtido nessa atividade. Nesse momento podem ser feitas observações com relação aos pontos de maior e menor dificuldade dessa atividade.

Nessas aulas os jovens irão realizar exercícios de escala.

80 min

Passo 2 / Resolução dos exercícios

120 min

Passo 1 / Exercício

Quinta, Sexta, Sétima e Oitava Aulas

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Desenho Técnico e Têxtil 49

Por meio da perspectiva isométrica é possível representar as três dimensões de uma peça, permitindo assim sua melhor visualização . Neste capítulo serão mostradas as características e os conceitos de perspectivas isométricas.

Definir e aplicar perspectiva isométrica.

Habilitar os jovens no desenho de esboços em perspectiva isométrica.

Objetivos

3 Perspectiva Isométrica

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50 Desenho Técnico e Têxtil

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Desenho Técnico e Têxtil 51

Perspectiva Quando se olha para um objeto tem-se a sensação de profundidade e relevo, sendo que as partes que estão mais próximas de nós parecem ser maiores, e as mais distantes, menores.

A fotografia mostra um objeto do mesmo modo como ele é visto pelo olho humano, pois transmite a idéia das três dimensões: comprimento, largura e altura. O desenho para transmitir essa mesma idéia precisa recorrer a um modo especial de representação gráfica cujo nome é perspectiva. Esse método permite fazer uma representação gráfica de um objeto em três dimensões em um plano, possibilitando transmitir uma idéia de profundidade e relevo.

Exemplos de figuras em perspectiva

Fig. 1 – Tipos de perspectivas. Perspectiva isométrica

Há três tipos de perspectiva: isométrica, cavaleira e cônica. Dos três tipos, a isométrica é a que mais se aproxima da aparência original do objeto.

Fazendo-se uma análise morfológica da palavra isométrica, obtem-se a seguinte expressão: mesma medida. A perspectiva isométrica mantém as mesmas proporções do comprimento, da largura e da altura do objeto representado, sendo que é relativamente mais

30 min

Passo 1 / Aula teórica

Nessa aula serão apresentadas as características da perspectiva isométrica.

Primeira Aula

Font

e: T

elec

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200

0.

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52 Desenho Técnico e Têxtil

simples o seu traçado. A figura 2 mostra algumas peças em perspectiva isométrica.

Fig. 2 – Perspectiva isométrica.

Perspectiva isométrica de cubo em quadriculado isométrico

O traçado da perspectiva é feito, em geral, por meio de esboços à mão livre. Para facilitar o esboço da perspectiva à mão livre, usa-se um papel reticulado que apresenta uma rede de linhas que formam entre si ângulos de 120º. Essas linhas servem como guia para orientar o traçado do ângulo correto da perspectiva isométrica, conforme mostra a figura 3.

Font

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Font

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Fig. 3 – Papel reticulado em 120 º.

Esboço O esboço, também conhecido por croqui, é caracterizado por um desenho rápido, feito com o objetivo de discutir ou expressar graficamente uma idéia plástica; bastante caracterizado pelo gesto de seu autor em traçar no papel o objeto a ser desenhado.

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Desenho Técnico e Têxtil 53

Dividir a turma em grupos e solicitar que eles apresentem, com o maior grau de detalhamento possível, o que aprenderam sobre perspectiva isométrica. No fim, os jovens explicarão ao grande grupo o que produziram, socializando o aprendizado.

Traçando perspectiva isométrica de um prisma retangular Para entender como fazer uma perspectiva isométrica, deve-se partir de um sólido geométrico simples, que é um prisma retangular, conforme mostrado na figura 4.

Fig.4 – Prisma retangular em perspectiva isométrica.

30 min

Passo 1 / Aula teórica

Nessa aula serão apresentadas técnicas de construção de um prisma em perspectiva isométrica.

Segunda Aula

Educador, não esqueça de providenciar o material necessário a esta atividade (cartazes, livros, canetas, etc.).

20 min

Passo 2 / Atividade sugerida

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54 Desenho Técnico e Têxtil

O traçado do objeto será demonstrado em cinco fases diferentes para que se obtenha um bom aprendizado, sendo que na prática ele é feito em uma única vez.

Primeira fase

Traçar suavemente, à mão livre, os eixos isométricos e o comprimento, a largura e a altura de cada eixo tomando como referência as medidas do prisma representado anteriormente. O desenho deve ficar conforme a figura 5.

Segunda fase

A partir dos pontos feitos, onde foi marcado o comprimento e a altura, traçar duas linhas isométricas que se cruzam; deste modo ficará determinada a face da frente do modelo, conforme é mostrado na figura 6.

Fig. 5 – Fase 1 da perspectiva isométrica.

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Terceira fase

Agora deve-se traçar duas linhas isométricas que se cruzam a partir dos pontos onde foi marcado o comprimento e a largura; deste modo ficará determinada a face superior do modelo, conforme é mostrado na figura 7.

Quarta fase

Para finalizar, será encontrada a face lateral do modelo. Portanto, é necessário que sejam traçadas duas linhas isométricas a partir dos pontos onde foi indicada a largura e a altura, assim o desenho deverá ficar conforme a figura 8.

Fig. 6 – Fase 2 da perspectiva isométrica.

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Fig. 7 – Fase 3 da perspectiva isométrica.

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56 Desenho Técnico e Têxtil

Quinta fase

Para concluir o desenho, deve-se apagar os excessos das linhas de construção, isto é, das linhas e dos eixos isométricos que serviram como base para construção do modelo. Depois é só reforçar os contornos da figura; deste modo o desenho ficará semelhante ao da figura 9.

Exercício disponível no final do caderno.

20 min

Passo 2 / Exercício

Fig. 8 – Fase 4 da perspectiva isométrica.

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Fig. 9 – Fase 5 da perspectiva isométrica.

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Traçando perspectiva isométrica do cilindro Para o desenvolvimento do traçado da perspectiva isométrica do cilindro, serão necessárias também 5 fases. Para isso, deve-se partir da perspectiva isométrica de um prisma de base quadrada, denominando-o prisma auxiliar, conforme é mostrado na figura 10.

Fig.10 – Perspectiva isométrica do cilindro. As dimensões dos lados do quadrado devem ser iguais ao diâmetro do círculo que forma a base do cilindro, sendo que a altura do prisma deve ser igual à altura do cilindro a ser desenvolvido.

Primeira fase

Traçar a perspectiva isométrica do prisma, conforme é demonstrado na figura 11.

30 min

Passo 1 / Aula teórica

Nessa aula serão apresentadas as técnicas de construção de um cilindro em perspectiva isométrica.

Terceira Aula

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Segunda fase

Nas faces superior e inferior do prisma, devem ser traçadas duas linhas que dividam em 4 partes iguais as respectivas faces, conforme é demonstrado na figura 12.

Terceira fase

Traçar a perspectiva isométrica do círculo nas bases inferior e superior do prisma, conforme é mostrado na figura 13.

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Fig. 11 - Fase 1 do cilindro.

Fig. 12 - Fase 2 do cilindro.

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Desenho Técnico e Têxtil 59

Quarta fase

Agora deve-se ligar a circunferência superior do prisma com a circunferência de baixo, conforme é mostrado na figura 14.

Quinta fase

Para finalizar, devem ser apagadas todas as linhas de construção e ser reforçado o contorno do cilindro. A parte invisível da base inferior deve ser representada com linha tracejada, conforme mostra a figura 15.

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Fig. 14 - Fase 4 do cilindro.

Fig. 13 - Fase 3 do cilindro.

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60 Desenho Técnico e Têxtil

Exercício disponível no final do caderno.

Exercício disponível no final do caderno.

Discuta com os jovens o aprendizado obtido nessa atividade. Nesse momento podem ser feitas observações com relação aos pontos de maior e menor dificuldade dessa atividade.

20 min

Passo 2 / Resolução de exercício

Nessa aula os jovens vão realizar exercícios voltados à perspectiva isométrica.

30 min

Passo 1 / Exercício

Quarta Aula

20 min

Passo 2 / Exercício

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Fig. 15 - Fase 5 do cilindro.

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Desenho Técnico e Têxtil 61

Por meio das projeções ortogonais podem-se detalhar objetos complexos em apenas um plano de trabalho. Isso é fundamental para o detalhamento do desenho, assim como fonte de informação para as demais etapas na cadeia produtiva.

Este capítulo contribuirá para o aperfeiçoamento dos jovens com relação à definição e às característica das projeções ortogonais e técnicas de croqui.

Definir e aplicar projeções ortogonais.

Habilitar os jovens em desenho de croquis.

Objetivos

4 Projeções Ortogonais e Técnicas de Croqui

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62 Desenho Técnico e Têxtil

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Desenho Técnico e Têxtil 63

Projeção ortográfica de sólidos geométricos Muitas vezes, a projeção ortográfica de um modelo em um único plano não é o suficiente para representar o molde ou partes dele em grandeza real. No entanto, para se fabricar um objeto é necessário conhecer todos os seus elementos em grandeza real. Por esse motivo, quando se faz a representação de sólidos geométricos ou objetos tridimensionais por meio de desenho técnico, é preciso mais do que um plano de projeção.

No Brasil se adota a representação do primeiro diedro; além do plano vertical e do horizontal, utiliza-se de um terceiro plano de projeção, que é o plano lateral, sendo este sempre perpendicular aos planos vertical e horizontal, conforme é ilustrado na figura 1.

Projeção ortográfica de um prisma em 3 planos Para que se tenha uma concepção melhor de uma projeção ortográfica em três planos de projeção, dever-

30 min

Passo 1 / Aula teórica

Nessa aula será abordado junto aos jovens o conceito de projeções ortogonais.

Primeira Aula

Fig. 1 - Representação do diedro.

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Agora deve-se mentalizar somente o plano vertical, sem modelo desenhado; ver-se-á então apenas a projeção ortográfica do prisma visto de frente, conforme é mostrado na figura 3.

A projeção ortográfica do prisma visto de frente no plano vertical dá origem à vista ortográfica denominada vista frontal.

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Fig. 2 – Projeção da vista frontal.

Fig. 3 – Vista frontal.

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Desenho Técnico e Têxtil 65

Vista superior

Muitas vezes, a vista frontal não passa a concepção exata das formas do prisma, sendo necessárias outras vistas, que podem ser obtidas por meio da projeção do prisma em outros planos do primeiro diedro.

Mentalizar, então, a projeção ortográfica do mesmo prisma, visto agora de cima, por um observador na direção indicada pela seta, conforme é mostrado na figura 4.

A projeção do prisma visto de cima no plano horizontal é um retângulo idêntico às faces ABGH e CDEF, que são paralelas ao plano de projeção horizontal. Do mesmo modo, removendo o modelo, ver-se-á no plano apenas a projeção ortográfica do prisma, visto de cima, conforme é mostrado na figura 5.

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Fig. 4 – Projeção da vista superior.

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66 Desenho Técnico e Têxtil

A projeção do prisma visto de cima no plano horizontal determina a vista ortográfica denominada vista superior.

Vista lateral

Para totalizar a concepção do modelo, além das vistas frontal e superior, uma terceira vista é importante, que é denominada vista lateral esquerda.

Mentalizar, agora, um observador vendo o mesmo modelo de lado, na direção indicada pela seta, conforme é ilustrado na figura 6.

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Fig. 5 – Vista superior.

Fig. 6 – Projeção da vista lateral.

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Desenho Técnico e Têxtil 67

Da mesma maneira do anterior, o prisma está em posição paralela ao plano lateral, sua projeção ortográfica resulta em um ângulo idêntico às faces ADEH e BCFG, paralelas ao plano lateral.

Retirando-se então o modelo, ver-se-á a projeção ortográfica do prisma visto de lado, que é denominada vista lateral esquerda, conforme é mostrado na figura 7.

Dividir a turma em grupos e solicitar que eles apresentem, com o maior grau de detalhamento possível, o que aprenderam sobre projeções ortogonais. No fim, os jovens explicarão ao grande grupo o que produziram, socializando o aprendizado.

Educador, não esqueça de providenciar o material necessário a esta atividade (catálogos técnicos, livros, etc.). Caso tenha acesso à Internet, promova junto aos jovens a pesquisa das informações técnicas sobre semiprodutos em sites especializados.

20 min

Passo 2 / Atividade sugerida

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Fig. 7 – Vista lateral.

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Rebatimento dos planos de projeção Com o conceito adquirido da projeção retangular do prisma separadamente em cada plano, fica mais fácil aplicar as projeções do prisma em três planos simultaneamente, com é demonstrado na figura 8.

São denominadas linhas projetantes aquelas que são estreitas e que partem perpendicularmente dos vértices do modelo até os planos de projeção. As demais linhas estreitas que ligam as projeções nos três planos são chamadas de linhas projetantes auxiliares; estas linhas auxiliam a relacionar os elementos do modelo nas diferentes vistas. Deste modo, devem-se mentalizar as

30 min

Passo 1 / Aula teórica

Nessa aula será abordado junto aos jovens o conceito de rebatimento dos planos de projeção.

Segunda Aula

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Fig. 8 – Rebatimento de planos.

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Desenho Técnico e Têxtil 69

projeções nos planos sem o uso do modelo, conforme é mostrado na figura 9.

Fig. 9 - Rebatimento de planos sem o uso do modelo geométrico. No entanto, no desenho técnico as vistas devem ser mostradas em um único plano. Para isso utiliza-se de um recurso que consiste no rebatimento dos planos de projeção horizontal e vertical. Observando a figura 10, para realizar a projeção deve-se:

• determinar como fixo o plano vertical onde se projeta a vista frontal;

• para rebater o plano horizontal, imagina-se que ele sofre uma rotação de 90º para baixo, em torno do eixo de intersecção com o plano vertical. O eixo de intersecção é a aresta comum aos dois semiplanos.

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70 Desenho Técnico e Têxtil

Fig.10 – Rebatimento de planos figura a e b.

• Para rebater-se o plano de projeção lateral,

mentaliza-se que ele sofre uma rotação de 90º para a direita, em torno do eixo de intersecção com o plano vertical, conforme é mostrado na figura 11.

Fig. 11 - Rebatimento de planos figura c e d.

Deve-se observar que agora existem os três planos de projeção: vertical, horizontal e lateral, representados em um único plano, em perspectiva isométrica, conforme é mostrado na figura D. Em desenho técnico não se usa representar as linhas de intersecção dos planos, desse modo; só as linhas de contorno das projeções são visíveis. As linhas projetantes também são apagadas.

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Na representação de projeção ortográfica, o objeto desenhado deverá ficar conforme ilustrado na figura 12.

• A projeção A, representada no plano vertical, é

denominada vista lateral. • A projeção B, representada no plano horizontal, é

denominada vista superior. • A projeção C, que se encontra no plano lateral, é

denominada vista lateral esquerda.

Dividir a turma em grupos e solicitar que eles apresentem, com o maior grau de detalhamento possível, o que aprenderam sobre rebatimento de vistas. No fim, os jovens explicarão ao grande grupo o que produziram, socializando o aprendizado.

Nessa aula serão realizados exercícios sobre rebatimento de planos ortogonais.

Terceira Aula

Educador, não esqueça de providenciar o material necessário a esta atividade (cartazes, livros, canetas, etc.).

20 min

Passo 2 / Atividade sugerida

Fig. 12 – Projeção ortográfica.

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72 Desenho Técnico e Têxtil

Exercício disponível no final do caderno.

Discuta com os jovens o aprendizado obtido nessa atividade. Nesse momento podem ser feitas observações com relação aos pontos de maior e menor dificuldade dessa atividade.

Supressão de vistas Em determinadas peças, a disposição adequada das cotas, além de fornecer o tamanho, também permite deduzir as formas das partes cotadas; isto significa que, em certos momentos, cotando as peças da maneira mais apropriada, pode-se reduzir a representação de uma ou mais vistas, sem oferecer qualquer prejuízo para a interpretação do desenho.

A representação do objeto com menos de três vistas é denominada representação com supressão de vistas, ou seja, eliminação ou omissão de alguma vista que está “sobrando”.

Supressão de vistas iguais e semelhantes

São denominadas vistas iguais aquelas que apresentam a mesma forma e as mesmas medidas. Quando essas vistas apresentam apenas formas iguais e medidas diferentes são denominadas vistas semelhantes.

Será estudada a supressão de vista em um caso bem simples. Deve-se observar o prisma de base quadrado mostrado na figura 13.

30 min

Passo 1 / Aula teórica

Nessa aula serão apresentadas regras de supressão de vistas.

Quarta Aula

20 min

Passo 2 / Resolução de exercício

30 min

Passo 1 / Exercício

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Desenho Técnico e Têxtil 73

No desenho técnico, à direita, são representadas as três vistas: frontal, superior e lateral esquerda. Essas três vistas cotadas dão a interpretação exata da peça. No entanto, como a vista frontal e a vista lateral esquerda são iguais, é possível suprir uma delas. No desenho técnico a vista frontal é sempre a vista principal da peça, neste caso opta-se pela supressão da vista lateral esquerda. Observar na figura 14 como ficará o desenho técnico do prisma com supressão da vista lateral esquerda.

Fig. 14 – Supressão de vista do prisma. Outro exemplo

O desenho técnico que é mostrado na figura 15 apresenta um prisma retangular com um furo quadrado passante, em três vistas.

Fig. 13 - Vistas ortográficas do prisma.

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Observar que a vista lateral esquerda é semelhante à vista frontal; neste caso a vista lateral esquerda pode ser suprimida, conforme mostra a figura 16.

Mesmo com a supressão da lateral esquerda, todas as informações importantes foram mantidas, no entanto a cota da largura foi transferida para a vista superior.

Supressão de vistas diferentes

Observar a perspectiva do prisma com rebaixo e furo da figura 17, e também as três vistas ortográficas correspondentes.

Fig. 15 – Prisma retangular em projeção ortográfica.

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Fig. 16 – Supressão do prisma retangular.

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Observadas as vistas ortográficas, é possível mentalizar a supressão de alguma delas, sem qualquer interferência na interpretação do desenho.

Conforme mencionado anteriormente, a vista frontal é a vista principal do desenho e por esse motivo deve sempre ser mantida nele. Resta então escolher a supressão da vista superior ou da vista lateral esquerda, mas para isso é necessário fazer uma comparação entre as duas vistas e concluir qual delas é mais aconselhável deixar no desenho. Observar primeiro a supressão da vista superior, conforme é mostrado na figura 18.

Fig. 17 – Prisma com rebaixo e furo.

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Fig. 18 – Modelo de supressão.

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Observar que, apesar de o furo estar representado nas duas vistas, há poucas informações sobre ele; analisando apenas essas duas vistas não dá para saber a forma do furo. Observar agora outra alternativa, conforme mostra a figura 19.

A vista lateral esquerda foi suprimida. Agora que já é possível identificar a forma circular do furo na vista superior, no entanto, deve-se fazer a supressão da vista lateral esquerda.

Exercício disponível no final do caderno.

Nessa aula serão apresentados os conceitos de visibilidade das arestas de um desenho.

Quinta Aula

30 min

Passo 2 / Exercício

Fig. 19 – Modelo de supressão.

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Desenho Técnico e Têxtil 77

Visibilidade das arestas Uma técnica que auxilia a interpretação de desenho técnico é a correspondência entre as arestas das vistas ortográficas e as arestas do modelo, conforme é mostrado na figura 20.

Fig. 20 – Representação das arestas. As arestas da vista frontal correspondem às arestas da face da frente do modelo, por isso as mesmas letras aparecem na face da frente do modelo em perspectiva e na vista frontal. As arestas da face de cima do modelo correspondem às arestas da vista superior.

Observando também a correspondência entre as arestas da vista lateral e as arestas das faces do modelo, verifica-se que algumas letras aparecem em mais de uma vista do desenho técnico. As letras que são repetidas indicam as arestas que o observador pode ver em duas ou três posições.

Visibilidade dos vértices

Para que se saiba fazer a correspondência entre os vértices das vistas ortográficas e os vértices do modelo e vice-versa, deve-se observar um prisma com rebaixo e suas vistas ortográficas, conforme mostra a figura 21.

30 min

Passo 1 / Aula teórica Fo

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Fig. 21 – Representação dos vértices.

Como as letras que assinalam os vértices da face da frente do modelo aparecem nos vértices da vista frontal, diz-se que os vértices são correspondentes. Aqui pode também ser observada a correspondência entre os vértices da faces de cima do modelo e a vista superior.

Verificar as letras marcadas nas faces laterais do prisma e na vista lateral esquerda. Os vértices da vista lateral procedem dos vértices das faces do modelo. Algumas letras aparecem em mais de uma vista; essas letras repetidas indicam os vértices do modelo, que o observador pode ver em duas ou três posições. Nas duas figuras anteriores as letras que aparecem mais de uma vez são: A e C, na vista frontal, na vista superior e na vista lateral esquerda; D, na vista frontal e na vista superior; E, na vista frontal e na vista lateral esquerda; G e I, na vista superior e na vista lateral esquerda.

As letras que aparecem uma única vez em uma única posição para o observador são: B (vista frontal), F (vista frontal) e J (vista superior).

Exercício disponível no final do caderno.

Nessa aula serão aprimorados os conhecimentos adquiridos pelos jovens nas aulas anteriores por meio de exercícios.

20 min

Passo 2 / Exercícios

Sexta, Sétima e Oitava Aulas

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Desenho Técnico e Têxtil 79

Exercícios disponíveis no final do caderno.

Educador, discuta com os jovens o aprendizado obtido nessa atividade. Nesse momento podem ser feitas observações com relação aos pontos de maior e menor dificuldade dessa atividade.

60 min

Passo 2 / Resolução dos exercícios

90 min

Passo 1 / Exercícios

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80 Desenho Técnico e Têxtil

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Desenho Técnico e Têxtil 81

Para o desenhista têxtil o design têxtil é extremante importante, uma vez que ele está envolvido não somente com as técnicas de desenhos estudadas anteriormente, como também com a cultura e padrões de uma sociedade voltada para conceitos de moda e estilo.

Em função disso, este capítulo contribuirá para que os jovens apliquem os conhecimentos de desenhos técnicos para a criação de esboços da figura humana e de vestuário, assim como a aplicação de textura nesses elementos.

Compreender as diferenças entre estilo e moda.

Praticar esboços com proporções da figura humana.

Compor cores.

Praticar técnicas gráficas de textura com grafite e lápis de cor.

Objetivos

5 Design Têxtil

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82 Desenho Técnico e Têxtil

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Desenho Técnico e Têxtil 83

Moda e estilo Baseado na definição da Wikipédia, moda pode ser definida como sendo a tendência de consumo da atualidade. A moda é composta de diversos estilos que podem ter sido influenciados sob diversos aspectos. Acompanha o vestuário e o tempo, que se integra ao simples uso das roupas no dia-a-dia. É uma forma passageira e facilmente mutável de se comportar e, sobretudo, de se vestir ou pentear.

A moda também pode ser abordada como sendo um fenômeno sociocultural que expressa os valores da sociedade.

A moda é um sistema que acompanha o vestuário e o tempo, que integra o simples uso das roupas no dia-a-dia a um contexto maior, político, social, sociológico. Pode-se ver a moda naquilo que se escolhe de manhã para vestir, no look de um punk, de um skatista e de um pop star, nas passarelas do mundo, nas revistas e até mesmo na forma como se veste um político ou como se vestiam nossas avós.

O estilo é mais abrangente e compreende a moda, design, formato ou aparência. Para criar estilo, os figurinistas utilizaram-se de cinco elementos básicos: a cor, a silhueta, o caimento, a textura e a harmonia.

Apesar de ser facilmente confundido, especialistas destacam que o estilo é diferente de moda na medida em que ele vem de dentro para fora. A moda passa e o estilo não, pois ele é uma combinação entre a sua personalidade e o seu visual.

Dividir a turma em grupos e solicitar que eles apresentem, com o maior grau de detalhamento possível

30 min

Passo 2 / Atividade sugerida

20 min

Passo 1 / Aula teórica

Nessa aula serão caracterizadas as diferenças entre moda e estilo com base nos conceitos de design têxtil.

Primeira Aula

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84 Desenho Técnico e Têxtil

e citando pelo menos um exemplo de seu cotidiano, o que aprenderam sobre moda e estilo. No fim, os jovens explicarão ao grande grupo o que produziram, socializando o aprendizado.

Histórico Em função de a moda ser um sistema que acompanha o vestuário e o tempo, que integra o simples uso das roupas no dia-a-dia a um contexto maior, político, social, sociológico, ela pode ser analisada ao longo dos anos e épocas.

Na Antiguidade os seres humanos já utilizavam peles de animais como roupas para se proteger do clima e ao longo dos anos essas roupas se transformaram em sinônimo de poder e status social. Na época bizantina (600 aC até 1453 dC) as roupas roxas significavam nobreza, por serem derivadas de um pigmento muito raro. Os mais probres usavam roupas na cor azul, que eram obtidas pelo tingimento com uréia.

Na década de 20, a moda tinha deixado para trás os espartilhos do século XIX. As saias já mostram mais as pernas e o colo. Na maquiagem, a tendência era o batom. A boca era carmim, em forma de coração. A maquiagem era forte nos olhos, as sobrancelhas eram tiradas e pintadas a lápis. A tendência era ter a pele bem branca.

20 min

Passo 1 / Aula teórica

Nessa aula serão caracterizadas a história da moda e suas evoluções no design têxtil.

Segunda Aula

Educador, não esqueça de providenciar o material necessário a esta atividade (cartazes, livros, canetas, etc.).

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Desenho Técnico e Têxtil 85

Foi nessa década que famosos estilistas surgiram, impulsionados pelo sucesso da indústria do cinema de Hollywood. Entre eles destacam-se:

• Jacques Doucet (1853-1929), um figurinista francês, que em 1927, subiu as saias para mostrar as ligas rendadas.

• Coco Chanel criou a moda dos cortes retos, capas, blazers, cardigãs, colares compridos, boinas e cabelos curtos.

• Jean Patou, estilista francês, teve o foco na criação de roupas esportivas. Inclusive para a tenista Suzanne Lenglen. Também revolucionou a moda de praia com seus maiôs.

Nessa época a moda também foi influenciada pela prosperidade e liberdade, animada pelo som das jazz-bands e pelo charme das melindrosas, as mulheres modernas da época, que freqüentavam os salões e traduziam em seu comportamento e modo de vestir o espírito da também a chamada era do Jazz.

A silhueta dos anos 20 era tubular, os vestidos eram mais curtos, leves e elegantes, com braços e costas à mostra. O tecido predominante era a seda.

Esses modelos facilitavam os movimentos frenéticos exigidos pelo charleston – dança vigorosa, com movimentos para os lados a partir dos joelhos. As meias eram em tons bege, sugerindo pernas nuas.

A mulher sensual era aquela sem curvas, sem seios e com quadris pequenos. A atenção estava toda voltada para os tornozelos.

A sociedade dos anos 20, assim como a moda, era muito influenciada pelos filmes de Hollywood e seus astros.

Outra época marcante para a moda e a sociedade é a década de 60 e 70, principalmente pelo movimento

Fig. 1 – Moda em 1925.

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hippie, que transmitia a mensagem de paz e amor com cores alegres e estampas floridas (ver figura 2).

A moda demonstrava sensibilidade, romantismo, descontração e bom humor, como também a liberdade de expressão perante o regime ditatorial em países como o Brasil, Chile e França.

Na décade de 80, a moda foi inspirada pela revolução da geração saúde e da febre da ginástica aeróbica. Contrariando a moda dos anos 60 e 70, quando em um vestuário da moda prevalecia roupas largas, artesanais e de inspiração indiana, nos anos 80 a moda foi marcada pelo uso de roupas de ginástica (lycra, sapatilha, polaina), roupas excêntricas e exageradas com cores cítricas, estampas de animais e sobretudo muito alegres.

Junto com o cinema, a música foi outro meio de comunicação de grande influência para a moda. Não havia apenas um estilo do momento; todas as tribos se entendiam com as mais diversas tendências: pops, darks, góticos, metaleiros e rastafaris; havia estilo diversificado para todos. Madonna, com o seu feitio extremamente alegre, influenciou a sociedade com seu estilo livre e despudorado, com cores vibrantes e cortes exóticos.

Acompanhando as roupas, tudo era muito colorido e extravagante. Na maquiagem, as mulheres usavam muito colorido, sombras fortes e batom com cores vivas, sempre na linha exótica e chamativa. Os acessórios não poderiam ficar de fora da moda futurista; o acrílico e o plástico entraram em alta nas mais variadas cores, geralmente cintilantes. Por terem um aspecto do futuro e um baixo custo, pulseiras, brincos e colares desse material foram a grande sensação.

Fig. 2 – Moda hippie.

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Dividir os jovens em grupos de cinco integrantes e solicitar que apresentem, com o maior grau de detalhamento possível, as características e a evolução da moda ao longo dos anos.

No fim, explicarão ao grande grupo o que produziram, socializando o aprendizado.

Solicitar aos jovens que façam uma pesquisa em livros, revistas e Internet, abordando as características da moda e sua evolução durante os anos.

Os dados coletados durante a pesquisa serão utilizados na aula seguinte para montar um painel gráfico e contribuir para discussão do grupo.

Com base nos grupos da aula anterior e com os dados pesquisados sobre a moda e sua evolução ao longo dos anos, solicitar aos grupos que elaborem um painel

20 min

Passo 1 / Elaboração de painel gráfico

Nessa aula será elaborado e apresentado um painel gráfico sobre moda e estilo com ênfase no design têxtil.

Terceira Aula

Educador, distribua para cada grupo determinadas épocas de destaque para a moda e a sociedade.

Educador, não esqueça de providenciar o material necessário a esta atividade (cartazes, livros, canetas, etc.).

15 min

Passo 3 / Pesquisa

15 min

Passo 2 / Atividade sugerida

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88 Desenho Técnico e Têxtil

gráfico, com o maior grau de detalhamento possível e citando exemplos no cotidiano, do que aprenderam sobre a moda e a evolução do design têxtil.

Solicitar que os grupos apresentem os painéis gráficos, socializando assim o conhecimento e a discussão.

Técnicas de esboço O esboço, também conhecido por croqui, é caracterizado por um desenho rápido, feito a mão livre com o objetivo de transmitir rapidamente a idéia e características básicas do objeto. Por ser feito a mão livre, a qualidade do croqui depende da habilidade de seu autor. A figura 3 ilustra um esboço aplicado na área de design têxtil.

Educador, combine a ordem e o tempo de apresentação dos grupos.

30 min

Passo 1 / Aula teórica

Nessa aula os jovens terão contato com exemplos de técnicas para realizar esboços da figura humana.

Quarta Aula

30 min

Passo 2 / Apresentação do painel gráfico

Educador, não esqueça de providenciar o material necessário a esta atividade (cartazes, livros, canetas, etc.).

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Desenho Técnico e Têxtil 89

Fig. 3 – Esboço aplicado na área têxtil. Executar esboços de figuras humanas é uma habilidade desejada de cada design têxtil. A seguir serão ilustradas algumas técnicas de esboços que vão auxiliar essa função do desgin têxtil.

A técnica a seguir baseia-se na obtenção de um esboço de uma face humana, de modo que todas as peças (boca, olhos, nariz, orelhas, etc.) estejam sempre no contrapeso perfeito. A figura 4 ilustra a face humana a ser utilizada nesse exemplo.

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Fig. 4 – Esboço de uma face humana.

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A primeira etapa está relacionada com o estudo da simetria perfeita da face humana.

Nesse caso pode-se observar que a cabeça humana possui a forma geométrica que tende mais para uma elipse (forma de ovo) do que para um círculo.

Como um ovo, a cabeça é mais larga no alto e mais estreita no queixo.

Para dividir a face de forma simétrica, deve-se colocar uma linha no centro da face, conforme ilustrado na figura 5.

Essa linha será o guia do esboço, determinando:

• o ponto central entre os olhos;

• a linha de referência para o esboço do nariz;

• a divisão uniforme da boca (lado esquerdo e o lado direito).

Essa linha provisória será removida depois que o desenho terminar.

A geometria da face pode ser dividida pela matemática simples. Podem ser colocados os componentes faciais em suas posições corretas simplesmente fazendo medidas aproximadas, usando somente os olhos e o lápis como uma guia (ver figura 6).

Observar que todos os componentes que fazem parte da face (testa, olhos, nariz, boca, queixo, orelhas) estão situados no meio inferior da geometria do ovo.

Fig. 5 – Esboço de uma face humana.

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Desenho Técnico e Têxtil 91

Usando o rosto na esquerda, como nosso exemplo, deve-se examinar como as características faciais são colocadas matematicamente na cabeça. Observar que cada uma das linhas vermelhas está etiquetada A – E. Isto é:

• Linha do alto da cabeça – Linha A – Representa a coroa, ou o alto da cabeça. Para usar com sucesso a “régua das metades” deve-se encontrar o ponto médio entre a linha A e a linha do queixo (linha “E” no desenho). Esta posição do ponto médio marca a linha do olho (linha “B”). Todas as características faciais restantes caem abaixo deste ponto.

• Linha do nariz e da orelha – Linha C – O fundo do nariz é incompleto entre a linha do olho e da testa e a linha do queixo. Esta linha cruza o fundo do nariz e dos lóbulos das orelhas. Observar que as orelhas estão entre a linha da testa e a linha do nariz.

• Linha da boca – Linha D – A boca é encontrada a um terço da distância entre o nariz e as linhas do queixo.

• Linha do queixo – linha E

Os olhos são o principal elemento de um esboço e estão colocados em uma linha que é exatamente intermediária entre a coroa e o queixo.

De forma simétrica, os meios dos olhos estão alinhados verticalmente com o início da boca. Da mesma forma, a outra extremidade dos olhos está alinhada com a parte

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Fig. 6 – Esboço de uma face humana.

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92 Desenho Técnico e Têxtil

externa das narinas do nariz, conforme ilustrado na figura 7.

O comprimento dos olhos é igual à largura do nariz.

No fim do esboço as linhas de auxílio são removidas.

Além das considerações acima, podem ser consideradas as seguintes regras básica abaixo como referência:

• A cabeça básica é dada como forma de um ovo.

• Os olhos são posicionados entre a linha da cabeça (A) e o queixo (E).

• Os olhos são espaçados com o mesmo comprimento de quem está desenhando.

• Os pontos exteriores dos olhos e as extremidades da boca line up verticalmente.

• A testa fica ligeiramente acima da linha do olho.

• A testa é aproximadamente cinco vezes o comprimento de um olho.

• O nariz é posicionado entre a testa e o queixo.

• A largura do nariz é igual ao comprimento de um olho.

• A linha da testa marca o alto da orelha.

• O fundo do nariz e o lóbulo da orelha estão sempre na mesma linha.

• A boca estica do meio do olho direito ao meio do olho esquerdo.

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Fig. 7 – Esboço de uma face humana.

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Desenho Técnico e Têxtil 93

• A boca é um terço da distância entre o nariz e o queixo.

• Essas regras são feitas para serem quebradas.

Dividir a turma em grupos e solicitar que eles executem, com o auxílio de papel, lápis e borracha, esboços de faces humanas, conforme exemplo acima. No fim, os jovens explicarão ao grande grupo o que produziram, socializando o aprendizado.

Técnicas de esboço Para essa aula serão utilizadas técnicas de esboço de um olho humano.

Existem inúmeros tipos de olhos, sendo que cada um deles se diferenciam principalmente pela emoção expressa.

Basicamente o olho humano é uma esfera perfeita escondida por várias estruturas que o protegem.

A figura 8 ilustra os primeiros traços a serem elaborados.

30 min

Passo 1 / Aula teórica

Nessa aula os jovens terão contato com exemplos de técnicas para realizar esboços da figura humana.

Quinta Aula

Educador, não esqueça de providenciar o material necessário a esta atividade (papel, lápis, borracha, etc.)

20 min

Passo 2 / Atividade sugerida

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94 Desenho Técnico e Têxtil

Após o esboço da estrutura, será focado o esboço dos outros elementos que adicionam a definição e a distinção do olho. Deve-se manter na mente a emoção ou o modo que se quer expressar.

As pálpebras, que protegem os olhos da luz do sol forte, da poeira e de outros objetos prejudiciais, servem também para manter o olho úmido piscando. A pálpebra superior é completamente diferente da inferior. Observa-se, entretanto, que a pálpebra superior apresenta mais dobras que a pálpebra inferior.

Dentre as características dos olhos humanos destacam-se:

1 Há sempre uma membrana cor-de-rosa no canto interno de cada olho

2 Nos cantos exteriores a pálpebra superior é ligeiramente mais erguida do que a inferior.

3 O olho é sempre úmido e reflete a fonte clara.

4 Não importa a cor dos olhos, a pupila é quase sempre preta.

5 O espaço entre os olhos é igual à largura de um dos olhos.

A figura 9 ilustra a segunda etapa do esboço do olho humano.

Fig. 8 – Esboço de um olho humano..

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Desenho Técnico e Têxtil 95

Após o esboço do olho com todos os elementos, deve-se dar vida ao olho por trabalho com textura e sombras. As figuras 10 e 11 ilustram o esboço do olho humano com textura e sombras.

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Fig. 9 – Esboço de um olho humano.

Fig. 10 – Esboço de um olho humano.

Fig. 11 – Esboço de um olho humano.

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96 Desenho Técnico e Têxtil

Dividir a turma em grupos e solicitar que eles executem, com o auxílio de papel, lápis e borracha, esboços de olhos humanos, conforme exemplo acima. No fim, os jovens explicarão ao grande grupo o que produziram, socializando o aprendizado.

Introdução A obtenção da cor é um fenómeno físico de óptica provocado pela ação de um feixe de luz sobre células da retina, que transmitem informações diferentes conforme o tipo de cor vista.

Em função disso, a cor de um material é determinada pela frequência de onda emitida para o olho humano.

A figura 12 ilustra uma tabela com cores e suas respecitvas freqüências de onda.

30 min

Passo 1 / Aula teórica

Nessa aula será caracterizada a composição das cores.

Sexta Aula

Educador, não esqueça de providenciar o material necessário a esta atividade (papel, lápis, borracha, etc.).

20 min

Passo 2 / Atividade sugerida

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Desenho Técnico e Têxtil 97

Fig. 12 – Freqüência das cores. Considerando as cores como luz, a cor branca resulta da sobreposição de todas as cores, enquanto o preto é a ausência de luz. Uma luz branca pode ser decomposta em todas as cores (o espectro) por meio de um prisma. Na natureza, essa decomposição origina um arco-íris.

Apesar de ser um fenômeno físico, artistas, designers e arquitetos usam as cores para causar situações na percepção humana. Para isso, as cores são combinadas para gerar novas cores conforme a necessidade visual.

Por exemplo, pode-se conseguir um ambiente mais calmo ou uma pintura mais suave, desde que o artista utilize cores proporcionais e relacionadas.

Na cultura e história da humanidade a cor também tem significados fortes, como, por exemplo, a cor vermelha e preta, respectivamente significando sangue e luto.

Para se obter combinações de cores, parte-se inicialmente das cores puras, também chamadas de cores primárias. Essas cores não se formam com a mistura de nenhuma outra cor e são o azul, o amarelo e o vermelho, conforme ilustrado na figura 13.

Fig. 13 – Cores primárias.

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98 Desenho Técnico e Têxtil

A partir da combinação das cores primárias podem-se obter as cores secundárias (ver figura 14):

• Azul + Vermelho = Roxo

• Azul + Amarelo = Verde

• Vermelho + Amarelo = Laranja

A partir da combinação das cores primárias com as secundárias pode-se obter as cores terciárias (ver figura 15):

• Amarelo + Laranja = Amarelo-alaranjado

• Amarelo + Verde = Amarelo-esverdeado

• Azul + Verde = Azul-esverdeado

• Azul + Roxo = Azul-arroxeado

• Vermelho + Laranja = Vermelho-alaranjado

• Vermelho + Roxo = Vermelho-arroxeado

Fig. 14 – Cores secundárias.

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Desenho Técnico e Têxtil 99

Fig. 15 – Círculo de cores. Além das cores primárias, secundárias e terciárias existem as cores obtidas por meio da combinação entre elas.

Alguns tipos de cores apresentam características específicas no ambiente visual e de design. Essas características podem ser cores quentes, frias ou neutras.

Nas cores quentes são predominantes a cor vermelha, amarela e laranja e apresentam como característica serem vibrantes, alegres, agressivas, sensuais e, principalmente, proporcionar a sensação de calor, o que origina o seu nome.

Nas cores frias são predominantes as cores azul, verde e roxo e apresentam como característica serem melancólicas, tristes, calmas e não vibrantes.

As cores neutras são aquelas onde não há predominância de nenhuma cor quente ou fria, normalmente apresentam cores preta, branca, cinza, marrom ou bege.

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100 Desenho Técnico e Têxtil

Dividir os jovens em grupos de cinco pessoas e solicitar que apresentem, com o maior grau de detalhamento possível, as características das cores e as suas formas de composição.

No fim, explicarão ao grande grupo o que produziram, socializando o aprendizado.

Solicitar aos jovens que façam uma pesquisa em livros, revistas e Internet, abordando a composição das cores e as estações do ano, assim como, fatores determinantes das cores na moda.

Os dados coletados durante a pesquisa serão utilizados na aula seguinte para montar um painel gráfico e contribuir para discussão do grupo.

Nessa aula será elaborado e apresentado um painel gráfico sobre a composição das cores e a moda nas estações do ano.

Sétima Aula

Educador, distribua para cada grupo determinadas estações do ano: verão, inverno, outono e primavera.

5 min

Passo 3 / Pesquisa

Educador, não esqueça de providenciar o material necessário a esta atividade (cartazes, livros, canetas, etc.).

15 min

Passo 2 / Atividade sugerida

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Desenho Técnico e Têxtil 101

Com base nos grupos montados na aula anterior e com os dados pesquisados sobre composição das cores e as estações do ano, e com fatores determinantes das cores na moda, solicitar aos grupos que elaborem um painel gráfico, com o maior grau de detalhamento possível e citando exemplos no cotidiano, sobre o que aprenderam.

Solicitar que os grupos apresentem os painéis gráficos, socializando assim o conhecimento e a discussão.

Introdução A textura é um efeito dado ao desenho que proporciona as características das superfícies dos objetos.

Dentre os diversos tipos de texturas dos objetos destacam-se: • ásperas • lisas

Educador, combine a ordem e o tempo de apresentação dos grupos.

30 min

Passo 1 / Aula teórica

Nessa aula serão caracterizados os conceitos e a importância da textura no design têxtil.

Oitava Aula

20 min

Passo 2 / Apresentação e painel gráfico

Educador, não esqueça de providenciar o material necessário a esta atividade (cartazes, livros, canetas, etc.).

30 min

Passo 1 / Elaboração de painel gráfico

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102 Desenho Técnico e Têxtil

• macias • foscas • transparentes

Na natureza podem ser encontradas diversas formas de texturas, por exemplo: nas superfícies das cascas de árvores, nas folhas, frutas, sementes e fibras das plantas, nas pedras, nos cristais, conchas e fósseis.

Os produtos manufaturados pelo homem também apresentam características específicas de textura, por exemplo: a sola de um sapato, os pneus de uma bicicleta ou carro, os padrões geométricos de uma tecelagem e a superfície dos diferentes objetos industrializados.

No ambiente têxtil o recurso da textura virtual é extremamente importante para o design têxtil, pois será a primeira impressão do cliente. O tecelão sabe da importância da qualidade dos fios de sua trama e da forma de entrelaçá-los para dar vida ao tecido.

No design têxtil o desenhista tem como principal desafio dar vida aos elementos do vestuário, tais como, golas, punhos, bolsos e abotoamentos por meio de uma textura que represente o estilo desejado para a roupa ou que reproduza da melhor forma a textura do tecido a ser utilizado.

Para isso, o desenhista terá como recursos o grafite do lápis ou lápis de cor, sendo que a pressão de contato com a folha vai proporcionar a textura desejada.

Em virtude da importância das cores, a utilização de lápis de cor é normalmente empregada para dar textura em esboços realizados em grafite.

Para auxiliar a criação de texturas o desenhista pode utilizar a técnica de frotagem, que em francês significa “esfregar”.

Essa técnica é baseada em posicionar o papel sobre uma superfície áspera e com o ato de esfregar o lápis sobre a folha é obtida uma textura com base na superfície de apoio. Essa técnica foi usada pela a primeira vez pelo pintor, desenhista, escultor e escritor alemão Max Ernest (1891 – 1976), um dos grandes nomes do surrealismo.

Dividir os jovens em grupos de cinco pessoas e solicitar que apresentem, com o maior grau de detalhamento possível, o que aprenderam sobre textura e sua importância para o design têxtil.

15 min

Passo 2 / Atividade sugerida

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Desenho Técnico e Têxtil 103

No fim, explicarão ao grande grupo o que produziram, socializando o aprendizado.

Solicitar aos jovens que façam uma pesquisa, em livros, revistas e Internet, abordando a importância da textura no design têxtil, assim como citem exemplos de seu cotidiano.

Os dados coletados durante a pesquisa serão utilizados na aula seguinte no exercício de textura.

Relembrar aos jovens as orientações dadas nas aulas anteriores referentes à execução de esboços com grafites.

Educador, em virtude de essa atividade se relacionar com a execução da prática de esboço, solicite aos jovens que tragam para a aula folhas em branco, lápis (não aceitar lapiseira), lápis de cor e borracha, assim como exemplos de moldes de manequim e roupas.

5 min

Passo 1 / Orientação

Nessa aula serão aperfeiçoadas as habilidades dos jovens na execução de esboço de figuras humanas, camisetas, camisas e calças.

Nona Aula

5 min

Passo 3 / Pesquisa

Educador, não esqueça de providenciar o material necessário a esta atividade (cartazes, livros, lápis, lápis de cor, etc.).

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104 Desenho Técnico e Têxtil

Solicitar aos jovens que individualmente realizem as seguintes atividades:

• Esboçar o manequim, observando seus detalhes de rosto, mãos e pés.

• Esboçar os vestuários desses manequins, tais como: vestidos, camisetas, saias, calças ou camisas.

Relembrar aos jovens as orientações dadas nas aulas anteriores referentes à execução de esboços com grafites.

Educador, em virtude de essa atividade se relacionar com a execução prática de esboço, solicitar aos jovens que tragam para a aula folhas em branco, lápis (não aceitar lapiseira), lápis de cor e borracha, assim como exemplos de moldes de manequim e elementos do vestuário.

5 min

Passo 1 / Orientação

Nessa aula serão aperfeiçoadas as habilidades dos jovens na execução de esboço de figuras humanas e elementos do vestuário, tais como: golas, punhos, bolsos e abotoamentos.

Décima Aula

Educador, discuta com os jovens o aprendizado obtido nessa atividade prática. Nesse momento podem ser feitas observações com relação à importância dessa atividade no dia a dia do ambiente industrial, o desempenho da turma e os pontos de maior e menor dificuldade dessa atividade.

5 min

Passo 3 / Apresentação de resultados

40 min

Passo 2 / Atividade prática

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Desenho Técnico e Têxtil 105

Solicitar aos jovens que, individualmente, realizem as seguintes atividades: • Esboçar o manequim, observando seus detalhes de

rosto, mãos e pés. • Esboçar os vestuários desses manequins, tais como:

vestidos, camisetas, saias, calças ou camisas. • Esboçar os elementos do vestuário, tais como: golas,

punhos, bolsos e abotoamentos.

Relembrar aos jovens as orientações dadas nas aulas anteriores referentes à execução de texturas com lápis de cor e grafite.

Educador, em virtude de essa atividade se relacionar com a execução prática de esboço, solicitar aos jovens que tragam para a aula folhas em branco, lápis (não aceitar lapiseira), lápis de cor e borracha, assim como os esboços realizados nas aulas anteriores.

5 min

Passo 1 / Orientação

Nessa aula serão aperfeiçoadas as habilidades dos jovens na execução de textura.

Décima Primeira Aula

Educador, discuta com os jovens o aprendizado obtido nessa atividade prática. Nesse momento podem ser feitas observações com relação à importância dessa atividade no dia a dia do ambiente industrial, verificados o desempenho da turma e os pontos de maior e menor dificuldade dessa atividade.

5 min

Passo 3 / Apresentação de resultados

40 min

Passo 2 / Atividade prática

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106 Desenho Técnico e Têxtil

Solicitar aos jovens que individualmente realizem as seguintes atividades:

• Colocar texturas nos esboços realizados nas aulas anteriores por meio de grafite.

• Colocar texturas nos esboços realizados nas aulas anteriores por meio de lápis de cor.

• Colocar texturas nos esboços realizados nas aulas anteriores por meio da técnica de frotagem.

Nessa aula será realizada a avaliação teórica referente ao capítulo 5.

Décima Segunda Aula

Educador, discuta com os jovens o aprendizado obtido nessa atividade prática. Nesse momento podem ser feitas observações com relação à importância dessa atividade no dia a dia do ambiente industrial, verificados o desempenho da turma e os pontos de maior e menor dificuldade dessa atividade.

5 min

Passo 3 / Apresentação de resultados

40 min

Passo 2 / Atividade prática

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Desenho Técnico e Têxtil 107

PROJETO ESCOLA FORMARE

CURSO: .........................................................................................................................

ÁREA DO CONHECIMENTO: Desenho Técnico e Têxtil

Nome .............................................................................................Data: ....../....../ ......

Avaliação Teórica 1 Diferencie moda de estilo.

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2 Cite uma década histórica e caracterize a moda e o design têxtil dessa época.

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3 Defina cores quentes e frias, citando exemplos delas.

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108 Desenho Técnico e Têxtil

4 Defina esboço.

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5 Qual a importância da textura no design têxtil.

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Desenho Técnico e Têxtil 109

A evolução de ferramentas computacionais voltadas à visualização gráfica é uma realidade atualmente em todas as áreas técnicas.

Para o desenhista têxtil, essas ferramentas, chamadas de sistemas CAD, proporcionam inúmeras vantagens com relação à agilidade e recursos na criação dos desenhos.

Compreender o que são sistemas CAD.

Observar as vantagens desses sistemas em empresas que os utilizam .

Objetivos

6 CAD na Indústria Têxtil

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Desenho Técnico e Têxtil 111

Introdução Na indústria têxtil trabalha-se com criação e produção voltadas para o design de roupas e elementos de vestuário.

Como foi visto nas aulas anteriores desse curso, o desenho técnico por meio de esboços realizados com o auxílio de lápis e borrachas é a principal ferramenta para o desenhista.

No entanto, com a evolução dos sistemas computacionais voltados para o design gráfico, novas ferramentas são diariamente criadas para auxiliar o desenhista. Essas ferramentas, ou softwares são chamados de sistemas CAD (Computer Aided Design) que em português se traduz como projeto auxiliado pelo computador.

Na área têxtil existem atualmente inúmeros softwares que executam essa função e têm por objetivo fornecer ao desenhista ferramentas mais rápidas e maiores recursos durante a criação do design têxtil.

Dentre os softwares aplicados pode-se citar desde os genéricos aplicados no ambiente gráfico, como, por exemplo, o CorelDraw, ou softwares específicos de desenhos técnicos voltados pra o ambiente têxtil.

O CorelDraw é um programa que trabalha desenhos definidos matematicamente, interligados por vários pontos unidos por linhas. Isso faz com que o desenhista alterne o tamanho e o formato de um objeto vetorial sem perder definições. Esse tipo de desenho é ideal para trabalhos de ilustrações e modelagem em 3 D, onde o processo de layout exige constantes mudanças. A figura 1 ilustra um desenho da área têxtil realizado em CorelDraw.

30 min

Passo 1 / Aula teórica

Nessa aula serão caracterizados sistemas CAD e sua aplicação na indústria têxtil.

Primeira Aula

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112 Desenho Técnico e Têxtil

Fig. 1 – Exemplo do software CorelDraw

Além dos recursos de edição do desenho fornecido pelo CorelDraw, e os recursos de cores e texturas, os softawres específicos de desenho técnico para a área têxtil permite uma melhor visualzação durante a criação, assim como maiores recursos de textura, conforme pode ser observado nas figuras 2 e 3.

Fig. 2 – Exemplo do software Corel Draw.

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Desenho Técnico e Têxtil 113

Dividir os jovens em grupos de cinco pessoas e solicitar que apresentem, com o maior grau de detalhamento possível, as vantagens e desvantagens da aplicação de sistemas CAD na indústria têxtil.

No fim, explicarão ao grande grupo o que produziram, socializando o aprendizado.

Solicitar aos jovens que façam uma pesquisa, em livros, revistas e Internet, sobre sistemas CAD aplicados na indústria têxtil.

5 min

Passo 3 / Pesquisa

Educador, não esqueça de providenciar o material necessário a esta atividade (cartazes, livros, canetas, etc.). Além disso, abordar como desvantagens o custo do software e hardware, assim como o treinamento em sua interface.

15 min

Passo 2 / Atividade sugerida

Fig. 3 – Exemplo do software Corel Draw.

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Os dados coletados durante a pesquisa serão utilizados na aula seguinte para montar um painel gráfico e contribuir para discussão do grupo.

Com base nos grupos da aula anterior e com os dados pesquisados sobre sistemas CAD aplicados na indústria têxtil, solicitar aos grupos que elaborem um painel gráfico, com o maior grau de detalhamento possível e citando exemplos do cotidiano.

Solicitar que os grupos apresentem os painéis gráficos, socializando assim o conhecimento e a discussão.

Educador, combine a ordem e o tempo de apresentação dos grupos.

Nessa aula serão observadas as características de sistemas CAD na indústria têxtil.

Terceira Aula

30 min

Passo 2 / Apresentação de painel gráfico

Educador, não esqueça de providenciar o material necessário a esta atividade (cartazes, livros, canetas, etc.).

20 min

Passo 1 / Elaboração de painel gráfico

Nessa aula será elaborado e apresentado um painel gráfico sobre sistemas CAD aplicados na indústria têxtil.

Segunda Aula

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Desenho Técnico e Têxtil 115

Os jovens, com o roteiro e acompanhados por funcionários qualificados, realizarão a visita à empresa.

Se houver tempo, após a visita, os jovens poderão trabalhar no relatório, organizando os dados obtidos.

Dentre os dados que devem ser observados pelos jovens, destacam-se:

• como funciona o sistema CAD na indústria;

• vantagens e desvantagens dos sistemas CAD;

• recursos de padronagem e cores nos sistemas CAD;

• recursos de modelagem de vestuário e textura nos sistemas CAD.

Orientar os jovens para concluir o relatório que será objeto de avaliação do aproveitamento relativo a este capítulo.

20 min

Passo 2 / Elaboração do relatório de visita

Educador, realize uma discussão com os jovens abordando os seguintes temas observados durante a visita técnica: • Como funciona o sistema CAD na indústria. • Vantagens e desvantagens dos sistemas CAD. • Recursos de padronagem e cores nos sistemas

CAD. • Recursos de modelagem de vestuário e textura

nos sistemas CAD.

30 min

Passo 1 / Discussão do relatório da visita

Nessa aula será realizada a elaboração e a avaliação do relatório da visita.

Quarta Aula

30 min

Passo 1 / Visita técnica

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116 Desenho Técnico e Têxtil

Recomenda-se que, se houver disponibilidade, os jovens utilizem os computadores para preparar o relatório da visita.

Educador, observe no momento da leitura dos relatórios, além dos itens solicitados, se os objetivos formulados no início deste capítulo foram atingidos, realizando, dessa forma, uma auto-avaliação do seu próprio desempenho. Ao dar retorno aos jovens, problematize as questões observadas relativas aos processos de fabricação.

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Desenho Técnico e Têxtil 117

Exercício 1 – Capítulo 1 – Quinta Aula 1 Analise a perspectiva isométrica do modelo à esquerda e trace as linhas de centro

necessárias nas vistas ortográficas à direita.

2 Analise a perspectiva isométrica do modelo simétrico à esquerda e trace as linhas

de simetria nas vistas ortográficas à direita.

Exercícios

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118 Desenho Técnico e Têxtil

3 Observe a perspectiva isométrica e complete as vistas com linha de centro onde for necessário.

4 Assinale com x as vistas que apresentam linha de simetria.

5 Analise o modelo em perspectiva e complete as linhas que estão faltando nas

vistas ortográficas.

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Desenho Técnico e Têxtil 119

6 Assinale com x as linhas usadas em desenhos técnicos mecânicos para indicar cortes parciais.

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Exercício 2 – Capítulo 2 – Terceira Aula 1 As linhas de centro, de simetria e os contornos do desenho podem ser usados

como linhas de cota?

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2 Uma cota mostrada mais de uma vez no mesmo desenho é considerada erro técnico?

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3 O que se deve evitar fazer quando se vai realizar uma cotagem?

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4 Desenhe e cote as vistas dadas abaixo, em papel à parte, sendo que as medidas devem ser obtidas no próprio desenho, em escala 1:1, em milímetros.

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Desenho Técnico e Têxtil 123

Exercício 3 – Capítulo 2 – Quinta Aula 1 A peça abaixo está representada em escala natural. Qual das alternativas

representa a mesma peça em escala 2:1?

2 A peça abaixo está representada em escala natural. Qual das alternativas

representa a mesma peça em escala 2:1?

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Assinale com um x a alternativa correta: o tamanho do desenho técnico em escala de ampliação é sempre:

a) ( ) igual ao tamanho real da peça;

b) ( ) menor que o tamanho real da peça;

c) ( ) maior que o tamanho real da peça. 3 Meça as dimensões do desenho técnico abaixo e indique com que escala ele está

representado.

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Desenho Técnico e Têxtil 125

Exercício 4 – Capítulo 2 – Sexta Aula 1 Cote as figuras abaixo, considerando que elas estejam na escala de 1:1.

2 Cote as figuras abaixo, considerando que elas estejam na escala de 1:1.

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3 Cote as figuras abaixo, considerando que elas estejam na escala de 1:1.

4 Cote as figuras abaixo, considerando que elas estejam na escala de 1 : 1.

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Desenho Técnico e Têxtil 127

Exercício 5 – Capítulo 2 – Sétima Aula 1 Cote as figuras abaixo, considerando que elas estejam na escala de 1:1.

2 Cote as figuras abaixo, considerando que elas estejam na escala de 1:1.

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3 Cote as figuras abaixo, considerando que elas estejam na escala de 1:1.

4 Cote as figuras abaixo, considerando que elas estejam na escala de 1:1.

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Exercício 6 – Capítulo 2 – Oitava Aula 1 Cote as figuras abaixo, considerando que elas estejam na escala de 1:1.

2 Cote as figuras abaixo, considerando que elas estejam na escala de 1:1.

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3 Cote as figuras abaixo, considerando que elas estejam na escala de 1:1.

4 Cote as figuras abaixo, considerando que elas estejam na escala de 1:1.

5 Cote as figuras abaixo, considerando que elas estejam na escala de 1:1.

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Exercício 7 – Capítulo 3 – Segunda Aula 1 Coloque em ordem as fases dos traçados da perspectiva isométrica do modelo,

escrevendo de 1 a 5 nos círculos.

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Exercício 8 – Capítulo 3 – Terceira Aula 1 Utilizando a mesma metodologia empregada nos exemplos acima, construa o

objeto conforme a figura abaixo.

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Exercício 9 – Capítulo 3 – Quarta Aula 1 Realize um esboço em pesquisa isométrica de pelo menos duas peças ilustradas

abaixo.

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Exercício 10 – Capítulo 4 – Terceira Aula 1 Desenhe à mão livre as vistas: superior e lateral direita.

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2 Desenhe à mão livre as vistas: superior e lateral esquerda.

3 Desenhe à mão livre as vistas: de frente, superior e lateral esquerda.

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Exercício 11 – Capítulo 4 – Quarta Aula

1 Baseado na figura acima, assinale com x a opção mais aconselhável.

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2 Analise a perspectiva da peça e assinale com x o desenho técnico com supressão de vista que melhor transmita a idéia da peça.

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Exercício 12 – Capítulo 4 – Quinta Aula 1 Escreva nas vistas ortográficas as letras do desenho em perspectiva isométrica

que correspondem aos seus respectivos vértices.

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Exercício 13 – Capítulo 4 – Sexta Aula 1 Complete as frases nas linhas indicadas, escrevendo a alternativa correta.

Em escala natural o tamanho do desenho técnico é.................. tamanho real da peça:

a) ( ) maior que o;

b) ( ) igual ao;

c) ( ) menor que. 2 Escreva na linha junto do desenho técnico a indicação da escala natural.

3 Complete as frases nas linhas indicadas, escrevendo a alternativa correta. 3.1 Em escala de redução, o tamanho do desenho é ...................tamanho real da

peça.

a) ( ) maior que o;

b) ( ) igual ao;

c) ( ) menor que o.

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3.2 Na escala de redução, o numeral à direita dos dois pontos é sempre ........................

a) ( ) maior que 1;

b) ( ) igual a 1;

c) ( ) menor que 1. 4 Assinale com x na alternativa correta: O tamanho do desenho técnico em escala

de ampliação é sempre:

a) ( ) igual ao tamanho real da peça;

b) ( ) menor que o tamanho real da peça;

c) ( ) maior que o tamanho real da peça.

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Exercício 14 – Capítulo 4 – Sétima Aula 1 Refaça os desenhos técnicos abaixo utilizando a escala de ampliação e redução.

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Exercício 15– Capítulo 4 – Oitava Aula 1 Faça a projeção da vista frontal, superior e lateral dos desenhos técnicos abaixo.

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Desenho Técnico e Têxtil 153

1 A moda é um sistema que acompanha o vestuário e o tempo, que integra o

simples uso das roupas no dia-a-dia a um contexto maior, político, social, sociológico. Pode-se ver a moda naquilo que se escolhe de manhã para vestir, no look de um punk, de um skatista e de um pop star, nas passarelas do mundo, nas revistas e até mesmo na forma como se veste um político ou como se vestiam nossas avós. O estilo é mais abrangente e compreende a moda, design, formato ou aparência. Para criar estilo, os figurinistas utilizaram-se de cinco elementos básicos: a cor, a silhueta, o caimento, a textura e a harmonia.

2 Década de 20, a moda tinha deixado para trás os espartilhos do século XIX. As saias já mostram mais as pernas e o colo. Na maquiagem, a tendência era o batom. A boca era carmim, em forma de coração. A maquiagem era forte nos olhos, as sobrancelhas eram tiradas e pintadas a lápis. A tendência era ter a pele bem branca. Foi nessa década que famosos estilistas surgiram, impulsionados pelo sucesso da indústria de cinema de Hollywood. A silhueta dos anos 20 era tubular, os vestidos eram mais curtos, leves e elegantes, com braços e costas à mostra. O tecido predominante era a seda. Esses modelos facilitavam os movimentos frenéticos exigidos pelo charleston – dança vigorosa, com movimentos para os lados a partir dos joelhos. As meias eram em tons bege, sugerindo pernas nuas. A mulher sensual era aquela sem curvas, sem seios e com quadris pequenos. A atenção estava toda voltada aos tornozelos.

3 Nas cores quentes são predominantes a cor vermelha, amarela e laranja e

apresentam como característica serem vibrantes, alegres, agressivas, sensuais e, principalmente, darem a sensação de calor, o que origina o seu nome. Nas cores frias são predominantes as cores azul, verde e roxo, e apresentam como característica serem melancólicas, tristes, calmas e não vibrantes.

4 O esboço, também conhecido por croqui, é caracterizado por um desenho rápido,

feito com o objetivo de discutir ou expressar graficamente uma idéia plástica; bastante caracterizado pelo gesto de seu autor em traçar no papel o objeto a ser desenhado.

5 A textura é um efeito dado ao desenho que proporciona as características das

superfícies dos objetos. Dentre os diversos tipos de texturas dos objetos destacam-se: • ásperas; • lisas; • macias; • foscas; • transparentes.

Gabarito da Avaliação

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154 Desenho Técnico e Têxtil

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Desenho Técnico e Têxtil 155

Exercício 1 – Capítulo 1 – Quinta Aula

4) b,d

6) a

Exercício 2 – Capítulo 2 – Terceira Aula

ROSE FALTA RESPOSTA DESSE EXERCÍCIO

Exercício 3 – Capítulo 2 – Quinta Aula

1) a

2) c

3) ROSE FALTA RESPOSTA DESSA QUESTÃO

Exercício 7 – Capítulo 3 – Segunda Aula

1) 3-5-1-2-4

Exercício 11 – Capítulo 4 – Quarta Aula

1) b

2) b

Exercício 12 – Capítulo 4 – Quinta Aula

ROSE FALTA RESPOSTA DESSE EXERCÍCIO

Exercício 13 – Capítulo 4 – Sexta Aula

1) b

3.1) c

3.2) a

4) c

Gabarito dos Exercícios

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Desenho Técnico e Têxtil 157

CAD Sistema computacional de auxílio a desenhos ou projetos. Curva francesa É um instrumento destinado a auxiliar o desenhista no traçado de curvas irregulares, e é composto de um grande número de arcos de circunferência, geometricamente ligados entre si pelas extremidades. Há vários tipos de curvas francesas que variam de acordo com a sua forma e dimensão, sendo a mais comumente utilizada a de material transparente em razão da sua versatilidade. Esboço O esboço, também conhecido por croqui, é caracterizado por um desenho rápido, feito com o objetivo de discutir ou expressar graficamente uma idéia plástica; bastante caracterizado pelo gesto de seu autor em traçar no papel o objeto a ser desenhado. Escala A escala indica a relação que existe entre o comprimento das linhas traçadas em um plano e as medidas reais correspondentes, ou seja, a relação que existe entre a unidade de medida verdadeira e o comprimento que se deseja representar no desenho. Escala de ampliação São utilizadas escalas de ampliação quando as peças a desenhar são muito pequenas ou quando há necessidade de se esclarecer devidamente um detalhe de difícil interpretação. As escalas mais utilizadas para ampliação são: 2:1 – 5:1 – 10:1. Escala de redução A escala de redução é empregada para representar um objeto ou uma peça, de tal maneira que todas as suas dimensões fiquem reduzidas, seguindo uma proporcionalidade. As escalas mais comuns utilizadas para redução de desenho são: 1:2,5 – 1:5 – 1:10 – 1:20 – 1:50 – 1:100. Escala natural O desenho feito em escala natural representa o objeto em seu tamanho original, ou melhor, com as dimensões que ele tem na realidade, ou que terá quando for manufaturado. A escala natural é representada da seguinte forma 1:1, é utilizada quando há necessidade de precisão em detalhes de peças pequenas. Esquadros São instrumentos de desenho com a forma de triângulos retângulos, encontrados sempre em pares. Um esquadro é denominado isósceles quando possui ângulos de 45º, e escaleno quando possui ângulos de 30º e 60º.

Glossário

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158 Desenho Técnico e Têxtil

Estilo O estilo compreende a moda, design, formato ou aparência. Para criar estilo, os figurinistas utilizaram-se de cinco elementos básicos: a cor, a silhueta, o caimento, a textura e a harmonia. Linha fina contínua Linha empregada em interseções imaginárias, linhas de cota e de extensão, hachuras, contorno de seções rebatidas, linhas de centro simplificadas, linhas representando as raízes de rosca externas visíveis e de engrenagem, contornos iniciais, precedentes à moldagem e, por fim, em diagonais indicativas de planos e de vãos. Linha fina contínua, à mão livre Linha empregada quando se deseja demonstrar ruptura. Linha fina com ziguezagues Linha empregada quando se deseja demonstrar ruptura, levando em consideração que para o emprego dessa linha não se pode usá-la como eixo. Linha fina interrompida ou tracejada Linha empregada em arestas e contornos invisíveis. Linha grossa contínua Linha empregada em arestas e contornos visíveis. Linha traço e ponto estreita

Utilizada quando se deseja demonstrar linhas de centro, linhas de simetria e trajetórias. Linha traço dois pontos estreita Representa contornos de peças adjacentes, posições limites de peças móveis, linhas de centro e gravidade, detalhes situados antes do plano de corte. Linha traço ponto larga

Representa linhas ou superfícies com indicação espacial. Moda É um sistema que acompanha o vestuário e o tempo, que integra o simples uso das roupas no dia-a-dia a um contexto maior, político, social, sociológico. Pode-se ver a moda naquilo que se escolhe de manhã para vestir, no look de um punk, de um skatista e de um pop star, nas passarelas do mundo, nas revistas e até mesmo na forma como se veste um político ou como se vestiam nossas avós. Régua graduada ou escala É um dos instrumentos mais utilizados no desenho técnico.

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Régua T É plana e de arestas bem vivas, fixada numa das extremidades a uma cabeça ou guia, de tal forma que os bordos da régua estejam perfeitamente no esquadro, formando assim um ângulo de 90º com a cabeça. O comprimento da haste ou régua não deve ser muito curto nem muito longo, podendo variar conforme o tamanho da prancheta. A régua T destina–se a traçar linhas retas horizontais e serve também de apoio aos esquadros. Transferidor É um instrumento utilizado na construção e medição de ângulos. É fabricado em metal ou em plástico-acrílico, este último é o mais preferido, por ser transparente, leve e indeformável. O mais usado tem a forma semicircular, graduado de 0º a 180º nos dois sentidos, com o diâmetro de 12 cm.

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PEREIRA, Aldemar. Desenho Técnico Básico, 6 ed. R.J. Rio de Janeiro, 1981. PITAUDI, Giovannino; PINTAUDI, João; SILVA, Jason. Desenho Técnico, 4 ed. S.P. São Paulo, 1969. SILVA, Sylvio. A Linguagem do Desenho Técnico, 1 ed. R.J. Rio de Janeiro, 1984.

Referências

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