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Desenvolvimento da cidadania moderno
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Autor Renato Cancian
Desenvolvimento da cidadaniamoderna
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Objetivo
Introduzir o tema da cidadania moderna, tratando de seus aspectos teóricos e
históricos.
Estratégias pedagógicas
Prática de leitura e interpretação crítica de textos, debates a partir de exposição
oral, pesquisa histórica e apresentação de trabalho.
Aulas 1 e 2
Aula expositiva com ênfase na discussão da mutabilidade dos direitos de cidadania
no decorrer de períodos históricos específicos, com o objetivo de diferenciar a
cidadania moderna das formas de cidadania pré-modernas:
1) Para melhor entendimento do tema, o professor deve distinguir as formas pré-
modernas de cidadania (períodos da Antiguidade Clássica e da Idade Média) e
privilegiar o desenvolvimento da cidadania moderna.
2) A cidadania envolve um conjunto de direitos e deveres. Porém, em cada um dos
períodos históricos mencionados acima, a cidadania assumiu uma configuração
específica. Ou seja, os direitos e deveres eram distintos em cada época, como
também eram distintos os indivíduos (ou parcelas da população) que detinham o
status de cidadão.
3) Na Grécia Antiga, somente os homens adultos que detinham posses
(basicamente, terras e escravos) eram considerados cidadãos com direito de
participação nos assuntos políticos da comunidade (as mulheres e crianças
estavam excluídas desse direito). Nesse caso, havia chances de se alterar o status
social, à medida que os homens adultos conseguissem adquirir terras ou escravos.
4) No período medieval, a cidadania se adapta à ordem social baseada em direitos
e deveres assegurados por preceitos e costumes tradicionais. A comunidade é
altamente hierarquizada e se divide em súditos e governantes cujo poder é
hereditário. Por conseguinte, a ordem social é quase imutável, pois há
pouquíssimas possibilidades de alterações nos padrões de status social.
Aula 3
Aula expositiva, na qual o professor tratará das características da cidadania
moderna:
1) A cidadania moderna surge a partir da ruptura da ordem social medieval, que tem
início com as revoluções burguesas na Europa ocidental.
2) No período da grande transformação, a ordem social estamental altamente
hierarquizada cede lugar, gradualmente, às distinções sociais com base nas
diferenças de classe. Por meio de um lento processo, direitos e deveres individuais
começam a surgir e, pouco a pouco, as distinções sociais com base em privilégios
de costume desaparecem. As normas jurídicas passam a codificar os direitos e
deveres, garantindo sua aplicação.
3) Três conjuntos de direitos passam a compor a cidadania moderna: os civis, os
políticos e os sociais. Embora estejam inter-relacionados, esses direitos evoluíram
distintamente. Se tomarmos por base o desenvolvimento da cidadania em países
como Inglaterra, França, e Estados Unidos, os direitos civis surgiram primeiro,
depois vieram os direitos políticos e, por último, os direitos sociais:
a) os direitos civis são uma conquista do século 18 e estão relacionados às
liberdades individuais: liberdade de palavra, liberdade de pensamento e de fé,
direito à propriedade e direito à justiça. Os tribunais são as instituições responsáveis
pela salvaguarda dos direitos civis;
b) os direitos políticos são uma conquista do século 19 e asseguram a participação
nos assuntos políticos da comunidade por meio do voto e o direito de se candidatar
a cargos públicos. As assembléias legislativas locais e nacionais são as instituições
mais importantes para o exercício dos direitos políticos;
c) os direitos sociais surgem com mais força no século 20 e estão relacionados à
conquista de condições dignas de vida para os segmentos sociais e parcelas da
população assalariada ou pobre. Os direitos sociais incorporam direitos trabalhistas,
aposentadoria, garantias de acesso à educação e à saúde pública. As instituições
mais importantes são estatais, tais como a previdência, escolas e hospitais
públicos.
Aulas 4 e 5
Planejamento prévio do trabalho em grupo:
1) Dividir a sala em quatro grupos de alunos. Três grupos tratam de um conjunto de
direitos referentes à cidadania moderna. Fica a critério do professor ou dos alunos a
escolha das fontes bibliográficas para pesquisa.
2) O quarto grupo fará uma pesquisa específica, sobre a evolução da cidadania no
Brasil. Distintamente dos casos europeu e americano, os direitos de cidadania no
Brasil seguiram um padrão de desenvolvimento histórico bastante característico.
Aula 6
Trabalho em grupo sobre cidadania contemporânea:
1) Agora vamos problematizar o surgimento dos novos direitos, que passaram a
compor a cidadania do fim do século 20: direitos da criança e do adolescente,
direitos dos idosos e de gênero (mulheres e homossexuais).
2) Dividir a sala em grupos de alunos e encarregar cada um deles de fazer uma
pesquisa sobre os novos direitos mencionados acima. Um método bastante didático
é o de solicitar aos grupos que pesquisem as leis e os estatutos brasileiros que
asseguram tais direitos. Seria interessante também solicitar que comparem o Brasil
a outros países.
3) Outro exercício interessante é solicitar aos alunos que façam uma pesquisa
social, a partir de entrevistas dirigidas à população. O professor deve se encarregar
da elaboração de um breve questionário, direcionado à obtenção de informações
relacionadas ao grau de informação (conscientização) que os entrevistados têm a
respeito dos direitos de cidadania, das leis e dos estatutos que garantem proteção
especial, por exemplo, a idosos e crianças.
Aula 7
Aula 7
Apresentação dos trabalhos.
Fontes bibliográficas
Os textos Democracia - as formas que esse sistema tomou ao longo da história
(http://educacao.uol.com.br/sociologia/ult4264u16.jhtm), Os direitos civis e as
revoluções do século 18 (http://educacao.uol.com.br/sociologia/ult4264u14.jhtm) e
Cidadania e direitos políticos e sociais - origem e importância
(http://educacao.uol.com.br/sociologia/ult4264u15.jhtm).
E os livros: Construção nacional e cidadania, de Reinhard Bendix, Edusp, 1996
(somente páginas 69 a 135); e Cidadania, classe social e status, de T. H. Marshal,
Editora Zahar, 1967 (somente páginas 57 a 107).
Renato Cancian é cientista social, mestre em sociologia-política e doutorando em ciências sociais, é autor do livro"Comissão Justiça e Paz de São Paulo: Gênese e Atuação Política -1972-1985" (Edufscar).
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