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THAMY KUMAKOLA
DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÃO Gravatas Tie Dye
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR II
Balneário Camboriú 2006
II
THAMY KUMAKOLA
DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÃO Gravatas Tie Dye
Projeto apresentado à disciplina de
Trabalho de Conclusão de Curso, do Curso de Design de Moda, da Universidade do Vale do Itajaí. Centro de Educação Superior II, sob orientação da Professora Graziela Morelli.
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR II
Balneário Camboriú 2006
III
RESUMO
Este projeto tem como objetivo desenvolver uma coleção de gravatas destinada a
homens com faixa etária de 20 a 35 anos. As gravatas foram criadas com base em dados
de pesquisa intensa, que teve como peça fundamental um questionário aplicado ao
público-alvo escolhido. O tema utilizado foi à Índia, pois atualmente tem influenciado
na moda, a temática abordada foram às técnicas de Tie Dye muito usadas no país em
questão e também por serem artesanalmente feitas.
Palavras-Chaves: Gravatas, homens, Índia (Tie Dye).
IV
ABSTRACT
This project has as objective to develop a collection of neckties destined the men
with band of 20 the 35 years. The neckties had been created on the basis of given of
intense research, that had as basic part a questionnaire applied to the chosen public-
target. The used subject was to India, therefore currently it has influenced in the
fashion, thematic the boarded one had been to the very used techniques of Tie Dye in
the country in question and also for being artisan done.
Words Keys: Neckties, men, India (Tie Dye).
V
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 01 1.1 Objetivo Geral 02 1.2 Objetivos Específicos 02 2. METODOLOGIA 04 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 06 3.1 Conceito de Moda 06 3.2 Conceito de Estilo 07 3.2.1 Estilos de vestimenta masculina 08 3.2.1.1 Hippie 08 3.2.1.2 Punks 09 3.2.1.3 Clubbers 10 3.2.1.4 Casual 11 3.2.1.5 Street 12 3.2.1.6 Night 13 3.2.1.7 Country 14 3.2.1.8 Surf 15 3.3 Evolução da Vestimenta Masculina 16 3.3.1 História do Terno 28 3.4 História da Gravata 32 3.4.1 Tipos e Tecidos 33 3.4.2 Nós 35 3.4.2.1 Nó Clássico ou Windsor 35 3.4.2.2 Nó Semi-Clássico (Semi-Windsor) 36 3.4.2.3 Nó Esportivo (Four-in-Hand) 37 3.5 Temática 37 3.5.1 Índia 38 3.5.2 Indumentária Indiana 40 3.5.3 Técnica Tie-Dye 42 3.6 Tendência outono/inverno 2006 43 4. PESQUISA DE MERCADO 46 4.1 Concorrentes 46 4.2 Público 48 4.3 Estado do Design 48 5. PESQUISA DE CAMPO 51 5.1 Questionário 51 5.2 Resultado do Questionário 51 5.3 Análise do Questionário 59 5.4 Painel Semântico 60 5.4.1. Tema 60 5.4.2 Conceito 61 5.4.3 Público-alvo 62 5.5 Briefing 63 5.6 Conceito da coleção 65
VI
5.7 Briefing Visual 65 5.8 Cartela de Cores 66 5.9 Cartela de Materiais 67 6. CONCEPÇÃO 68 6.1 Concepção da Coleção 68 7. COLEÇÃO 82 7.1 Testes de adequação da matéria-prima 82 7.2 Ficha Técnica 84 7.3 Modelagem das peças 86 7.4 Fatores Informacionais 86 7.5 Produto Final 87 8. MARKETING/DIVULGAÇÃO 91 8.1 Marca 91 8.2 Tag 91 8.2.1 Tag Interno 91 8.2.2 Tag Externo 92 8.3 Embalagem 92 8.4 Release da Coleção 93 9. CONSIDERAÇÕES FINAIS 94 10. REFERÊNCIAS 95 11. ANEXOS 96 11.1 Anexo A: Questionário 96
VII
LISTA DE FIGURA
Figura 01: Hippies 09 Figura 02: Punks 10 Figura 03: Clubbers 10 Figura 04: Casual 11 Figura 05: Street 12 Figura 06: Night 13 Figura 07: Country 14 Figura 08: Surf 15 Figura 09: Os Primatas 16 Figura 10: Os Gregos 17 Figura 11: Os Romanos 17 Figura 12: Servos 18 Figura 13: Imperador 18 Figura 14: Francisco I 19 Figura 15: Guardas Suíços 19 Figura 16: 1º Conde da Holanda 19 Figura 17: Francês no estilo campestre 20 Figura 18: Casacas Lisas 21 Figura 19: Conde Robert de Montesquiou 21 Figura 20 e 21: Traje Formal e para dirigir 22 Figura 22: Smoking 23 Figura 23: Calças de Golfe 23 Figura 24: Jaqueta de Couro 24 Figura 25: T-Shirt 24 Figura 26: Traje Passeio 25 Figura 27: John Travolta 26 Figura 28: Mistura de looks 26 Figura 29: Anos 90 27 Figura 30: Terno Atual 28 Figura 31: Terno Padrão 29 Figura 32: Traje Príncipe de Gales 31 Figura 33: Alfaiataria 31 Figura 34: Croatas 32 Figura 35: De seda 34 Figura 36: De Crochê 34 Figura 37: Tipos 35 Figura 38: Como fazer o nó Clássico ou Windsor 36 Figura 39: Como fazer o nó Semi-Clássico ou Duplo 36 Figura 40: Como fazer nó Esportivo ou Simples 37 Figura 41: Tecido Indiano 39 Figura 42: Sari 39 Figura 43: Arquitetura 39 Figura 44: Palácio 39 Figura 45: Indianas 40
VIII
Figura 46: Tie Dye 40 Figura 47: Estamparia 41 Figura 48: Tecidos Indianos 41 Figura 49: Roupa e Maquiagem 42 Figura 50: Moda masculina 42 Figura 51: Tie Dye em roupa de criança 43 Figura 52: Tie Dye em camiseta 43 Figura 53: Tie Dye em Bolsas 43 Figura 54: Tie Dye em Bolos 43 Figura 55: Tendência Outono/Inverno-2006 45 Figura 56: Gravata VR 46 Figura 57: Gravata Dudalina 47 Figura 58: Inspiração 47 Figura 59: Look para trabalho 48 Figura 60: Look para entrevista 49 Figura 61: Sapato Masculino 49 Figura 62: Look Casual 49 Figura 63: Look para reunião 50 Figura 64: Tênis 50 Figura 65: Pingente em ouro 50 Figura 66: Carteira em couro 50 Figura 67: Anel em Prata 50 Figura 68: Prancha Tema 61 Figura 69: Prancha Público-Alvo 62 Figura 70: Prancha Ambientação 63 Figura 71: Briefing Visual 65 Figura 72: Tabela de Cores 66 Figura 73: Cetim 67 Figura 74: Feltro 67 Figura 75: Malha 67 Figura 76: Tinta para Tingir 67 Figura 77: Gravata Verde Claro 68 Figura 78: Gravata Azul Turquesa 69 Figura 79: Gravata Bordô 70 Figura 80: Gravata Cinza 71 Figura 81: Gravata Rosa Clara 72 Figura 82: Gravata Marrom 73 Figura 83: Gravata Laranja 74 Figura 84: Gravata Preta 75 Figura 85: Gravata Amarela 76 Figura 86: Gravata Azul Marinho 77 Figura 87: Gravata Verde Escuro 78 Figura 88: Gravata Rosa Escuro 79 Figura 89: Gravata Vermelha 80 Figura 90: Gravata Bege 81 Figura 91: Colocando o tecido 82 Figura 92: Fervendo 82
IX
Figura 93: Tecido Tingido 83 Figura 94: Gravata Conceitual 88 Figura 95: Gravata Verde 89 Figura 96: Gravata Prata 90
X
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 01: Usabilidade da Gravata 52 Gráfico 02: Ambiente de Uso 52 Gráfico 03: Quesitos do Produto 53 Gráfico 04: Preferência por Cor 54 Gráfico 05: Preferência por Estampas 55 Gráfico 06: Tipos de Estampas 55 Gráfico 07: Tipos de Tecido 56 Gráfico 08: Preferência por Estampa Indiana 57 Gráfico 09: Preço de Mercado 57 Gráfico 10: Adequação de Valor 58 Gráfico 11: Freqüência de Uso 58 Gráfico 12: Tipos de Nós 59
1
1. INTRODUÇÃO
Através da pesquisa de campo em lojas e vitrines de Balneário Camboriú, pode-
se notar que o setor masculino vem se apresentando como um mercado propulsor, que
remete investimentos cada vez maiores e avanços tecnológicos notáveis em relação ao
crescente e exigente público-alvo. Neste sentido, através de pesquisas a serem
realizadas com o público-alvo, busca-se saber quais são as características que uma
gravata deve obter, além de tentar suprir as necessidades e exigências do mesmo,
ocasionando assim, a busca por algo inovador. O homem atual tem investido na beleza,
tanto do corpo como da mente. Os mesmos têm se destacado no universo masculino,
pois estão cada vez mais exigentes com o mercado.
Pode-se também constatar por meio desses estudos que, em relação à proposta
pretendida de uma coleção de gravatas inovadoras com diversos valores agregados,
tanto estético como simbólico, os avanços significativos no setor tecnológico, colidiram
com a estagnação em relação ao uso de certos materiais e componentes nas roupas, para
determinados consumidores.
Em vista das informações acima mencionadas, selecionou-se uma coleção de
gravatas através da mesma pesquisa de campo, nas quais o público-alvo avaliou as
carências existentes neste setor e principalmente a valorização ergonômica. Por meio do
mercado e das estimativas encontradas, direcionou-se a escolha da coleção que
obtivesse mais facilidade e utilitários funcionais encontrados, aliados ao conforto e
praticidade.
O presente trabalho aborda o histórico das vestimentas masculinas e da gravata,
constatando-se através de uma crescente evolução; tanto no setor tecnológico quanto em
estilos e modelagem. Conseqüentemente poderá ser denotada a efemeridade deste
mercado, bem como sua crescente expansão.
Baseado em pesquisas e dados significativos constata-se a carência do mercado
atual em oferecer inovações para determinado nicho de consumidores. Visando o bem-
2
estar do usuário, e avanços tecnológicos, que este mesmo ainda anseia em comprar
novos produtos decidiu-se desenvolver uma coleção de gravatas para o consumidor-alvo
o qual será citado a seguir, dando destaque diferencial.
No mundo em que vivemos, a cada ano, as roupas invadem o mercado, sem se
descuidar com a qualidade, porque o consumidor está cada vez mais exigente e
cauteloso, ou seja, querendo mercadorias de qualidade e com valor agregado, mas sem o
alto preço.
Segundo Barros (1998, p. 196) “é muito difícil prever como será a roupa daqui a
alguns anos, da mesma forma que foi difícil imaginar como seria a roupa do futuro na
virada do século XIX para o século XX”.
No mercado atual nunca se sabe o que vai ser aceito pelo consumidor, por isso
haverá uma grande preocupação com o produto a ser desenvolvido. Com base nisso a
coleção de gravatas terá que levar ao público masculino conforto, estética agradável e
materiais de qualidade. O fator que mais chamou a atenção na pesquisa feita através de
questionários é que a idéia foi bem aceita, e também será de grande valia, pois estará
trazendo ao mercado uma inovação na estética. As estampas indianas serão de certa
forma bem ousadas em relação aos produtos já existentes no mercado, já que se
constatou uma grande carência de criatividade neste setor.
1.1. Objetivo Geral
Desenvolver uma coleção de gravatas para homens de 20 a 35 anos, classe B,
utilizando a temática indiana e estampas em Tie Dye.
1.2. Objetivos Específicos
- Levantar informações sobre a evolução da vestimenta masculina, assim como
os tipos existentes em que ocasião e traje se usam a gravata.
3
- Buscar aprofundamento no histórico da gravata, seus tipos, tecidos utilizados e
nós.
- Desenvolver uma coleção de gravatas adequada ao público com linguagem
contemporânea.
- Realizar pesquisas de campo buscando diferencial neste segmento, bem como a
preferência do consumidor em relação a este produto. Posteriormente analisar quais os
fatores em termos de estética e diferencial que necessitam ser empregados, com base
nos hábitos do público a ser atingido.
- Fazer uma análise dos padrões das gravatas, pois os homens procuram
produtos que ofereçam realização pessoal, modernidade, inovação, emoção, ergonomia
e atitude ao vestir, salientando a estética, que é considerado um fator fundamental do
ponto de vista do consumidor deste mercado.
- Fazer com que a gravata seja usada em outros trajes a não ser com terno.
- Buscar o artesanato não forma de Tie Dye, fazendo com que o produto agregue
um valor cultural e artesanal.
-Proporcionar ao consumidor uma sensação de conforto, elegância mais também
algo com inovação e despojado.
4
2. METODOLOGIA
Este projeto utilizou como base as pesquisas de mercado, bibliográfica e de
campo. Seguindo assim as etapas a seguir:
- Na primeira etapa foram pesquisados dados importantes através de livros e
sites para a fundamentação teórica, como conceito de moda e estilo assim como a
evolução da vestimenta masculina, a história do terno, da gravata e seus tipos e tecidos
utilizados, nós, além de tendência, tema e temática.
- Na segunda etapa, a pesquisa de mercado, procurando definir os principais
concorrentes, o público, e o que está sendo usado atualmente.
- Na terceira etapa, realizou-se uma pesquisa de campo, utilizando um
questionário com doze perguntas. Foram entrevistados trinta homens de 20 a 35 anos,
classe B, modernos e despojados, no Estado de Santa Catarina, procurando saber quais
seriam as características apropriadas que o produto deveria ter ambientes de uso, além
de buscar informações como a preferência por cor, estampas, preço, tecido, tipo de nó e
outros. Após isso realizou-se uma analise das respostas.
- Na quarta etapa, foram desenvolvidos os painéis semânticos.
- Na quinta etapa, foi definido o Briefing do produto, conceito da coleção,
briefing visual, cartela de cores e de materiais.
- Na sexta etapa, iniciou-se o processo de concepção da coleção. Foram
desenvolvidas quatorze gravatas de cores e estampas variadas.
- Na sétima parte foram definidas quais seriam executadas.
- Na oitava parte, realizou-se um teste de adequação dos tecidos a serem
utilizados após o tingimento.
- Na nona etapa, desenvolveu-se a ficha técnica e modelagem do produto, assim
como a ordem de execução e fabricação do mesmo.
- Na décima etapa, procurou-se saber quais seriam os fatores informacionais que
o produto deveria obter.
5
- Na décima primeira etapa após a fabricação do produto desenvolveu-se a
marca, que ficou definida com TK Acessórios Masculinos, o tag, a embalagem e o
release da coleção.
6
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Na fundamentação teórica serão apresentados dados importantes para o
desenvolvimento do produto. Abordando conceitos de moda e estilo, o estudo da
evolução da vestimenta masculina, a história do terno por ser de certa forma o traje que
habitualmente se sua a gravata, o surgimento da gravata, seus tipos, tecidos e nós.
Buscou-se também classificar alguns estilos masculinos, e analisar a temática a ser
trabalha, além de pesquisar as tendências e o que esta sendo usado atualmente.
3.1 Conceito de Moda
Segundo Palomino (2002, p. 15), a palavra “moda” vem do latim modus,
significando “modo”, “maneira”. Em inglês, moda é fashion, corruptela da palavra
francesa façon, que também quer dizer “modo”, “maneira”.
Pode-se dizer com base na citação acima, que moda é uma maneira de se vestir.
“Moda tem muito a ver com a vida real do que as pessoas pensam. Não acredite
quando disserem que se trata de coisa para iniciantes, algo restrito ao ‘mundinho
fashion’” (PALOMINO, 2002, p. 18).
Baseado na citação acima se pode dizer que a moda é uma atitude, ou seja, uma
coisa efêmera, que não dura pra sempre, que varia muito. É notável isso no dia a dia das
pessoas, muitas usam somente o que está na moda sendo incomum ou não, e outras nem
ligam para a moda, usam apenas o que faz se sentir bem.
“Uso, hábito ou estilo geralmente aceito, variável no tempo, e resultante de
determinado gosto, meio social, região e etc. Uso passageiro que regula a forma de se
vestir, etc. Maneira ou modo. Brás. Modinha” (FERREIRA, 1993, p.368).
“A moda começa no momento em que o gosto pelo enfeite e pelo adorno e a vontade de experimentar o novo se tornam mais forte do que as considerações funcionais. Possibilita a realização de algo paradoxal ser único e inconfundível, e simultaneamente demonstrar a presença a um grupo, seja ela qual for”. (LEHNERT, 2001, p. 06).
7
A moda é acompanhada por diferentes pessoas no mundo, todas com grande
interesse em saber quais vão ser tendências a serem usadas a cada estação. Pode-se dizer
que conforme a moda é ditada à pessoa se encaixa naquilo que faz parte do seu estilo,
pois não quer dizer que só porque saia godê está na moda que as pessoas vão comprar
tudo depende da personalidade de cada um. ¹
A moda muda incessantemente, mas nem tudo nela muda. As modificações
rápidas dizem respeito, sobretudo aos ornamentos e aos acessórios, às sutilezas
dos enfeites e das amplitudes, enquanto a estrutura do vestuário e as formas
gerais são muito mais estáveis. (LIPOVETSKY, 2001. P. 32 e 33).
Pode-se dizer que as roupas continuam com a mesma modelagem, mudando
apenas os tipos dos tecidos, aplicações, bordados, e acessórios a serem utilizados com a
mesma. ²
3.2 Conceito de Estilo
“Modo de exprimir-se falando ou escrevendo. Uso, costume. A feição típica de
um artista, uma escola artística, uma época, uma cultura” (FERREIRA, 1993, p.231).
O estilo é algo que está acima da moda. Enquanto a moda está ligada às mudanças nos estilos de vestir, o estilo se impõe como um espelho da personalidade. É ele que vai reunir ou diferenciar os grandes grupos que compõe o planeta moda. O estilo é mais do que um modo de vestir: é um modo de ser, de viver e de agir. A moda é uma proposta da indumentária, o estilo é uma escolha pessoal. (DORNELLES, 2002, p.55).
Segundo Joffily (1991, p. 48), o estilo de moda pode ser definido com maneira
de exprimir cores, formas e silhuetas.
Pode-se concluir que estilo é uma coisa pessoal, não ditada pela moda e sim pelo
modo de ser de cada um, podendo ser demonstrado no dia a dia através de sua
personalidade ou humor.
¹ Análise Pessoal. ² Análise Pessoal.
8
Muitas vezes a cultura influencia no modo de as pessoas se vestirem, um
exemplo notável disso é o que foi apresentado na novela AMÉRICA¹, onde os
moradores da cidade de Boiadeiros que está localizada no estado de São Paulo têm um
estilo country, e que qualquer pessoa de fora que chega acha de certo modo, um jeito
excêntrico de se vestir, pois a vestimenta utilizada tem um elevado grau de diferença em
relação às outras cidades que é presente uma cultura diferente da citada acima.
3.2.1 Estilos de vestimenta masculina
Com o passar do tempo foram classificados “estilos” de se vestir, e cada homem
se adequava a um. Estudando isso foram encontrados alguns que serão mostrados a
seguir.
3.2.1.1 Hippie
A moda Hippie tem uma forte influência indiana (Figura 01). Os homens
usavam calças boca de sino exageradas, túnicas de algodão cru, lenços amarrados ao
pescoço além de camisas com colarinhos de pontas compridas, para que ficasse com a
gola por cima dos casacos de brocado ou veludo geralmente com estampas florais.
Muitas vezes suas calças traziam bordados ou desenhos de flores. O símbolo dos
Hippies era a frase “Paz e Amor”. ²
¹ PERES, Gloria.Novela da Rede Globo de Televisão, 2005. ² Disponível em http://pt.wikipedia.org.
9
Figura 01: Hippies.
Fonte: Site wikipedia, 2005.
3.2.1.2 Punks
Os Punks usam camisetas geralmente com estampas grosseiras e muitas vezes
desenhos feitos à caneta ou pincel, com alguns rasgados (Figura 02). As calças assim
como as camisetas eram de tecidos rasgados ou de couro com enfeites de metal. O preto
é a cor que predominava. Algumas peças de uniformes de militares também faziam
parte da vestimenta. O couro era interpretado como símbolo do sadomasoquismo.¹
¹ Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Punk#Moda_punk.
10
Figura 02: Punks. Fonte: Site Donky Dude, 2005.
3.2.1.3 Clubbers
Os clubbers são referências na moda atual, pois foram os primeiros a usarem
calças cargo. Suas peças misturavam-se entre roupas de marca e de brechós, tal mistura
dava um toque de extravagância na composição do visual (Figura 03).¹
Figura 03: Clubbers. Fonte: Site BBC, 2005.
¹ Disponível em www.bbc.com.
11
3.2.1.4 Casual
O estilo casual é a fusão da roupa informal com estilo social. Casualwear, do
inglês casual - informal e wear – usar. Roupas simplificadas á vontade, para ficar em
casa ou ir a lugares pouco formais, usando jeans, malha, jaqueta entre outros.
O casual nasceu de um comportamento jovem que foi agregando velhos e novos
elementos para tomar forma. A cada ano, o estilo casual toma mais espaço e se torna
necessário pela adequação entre o ambiente e a roupa. É por esse motivo, que o estilo
informal, e a roupa social se fundiram (Figura 04).
No final do século XX, o estilo clássico sai de cena para dar espaço ao estilo
casual. O homem que se veste dessa forma é básico, simples, elegante e ao mesmo
tempo bem vestido (BARROS, 1998, p.16). ¹
Figura 04: Casual.
Fonte: Site Almanaque Folha, 2005.
¹ BARROS, Fernando de. O Homem Casual. São Paulo: Mandarim, 1998. P. 16 a 27.
12
3.2.1.5 Street
A moda streetwear surgiu na década de 90, precedida pela idéia de tribos dos
anos 80. Esse estilo está diretamente relacionado com a cultura dos esportes radicais,
bem como o skate. Tal fato se concretiza com a moda que está nas ruas por meio de
tecidos que proporcionam conforto, praticidade e liberdade de movimentos, como as
malhas, o jeans e o nylon, facilitando a prática desse esporte.
Não existe uma definição exata para essa forma de se vestir, pois o mesmo
engloba desde as calças jeans até peças mais sofisticadas, como blusas com aplicações
em paetês. É utilizada pela grande maioria se diferenciando apenas na forma da
utilização das peças (Figura 05). ¹
Figura 05: Street.
Fonte: Site Almanaque Folha, 2005.
¹ Disponível em: http://veja.abril.com.br/especiais/estilo_2005/p_076.html
13
3.2.1.6 Night
O estilo night surgiu fortemente nos anos 70, época marcada pela rebeldia e
independência. Nesta década, os jovens começaram a sair mais cedo para curtir a noite
com amigos. Eram usadas roupas extravagantes, brilhosas e chamativas.
Nos anos 80, o fato de sair na noite tornou-se algo normal e necessário, assim
acarretando uma forte importância na criação de roupas para se usar nesta ocasião.
Nos dias atuais, existe uma grande variedade de roupas para serem usadas na
noite, às pessoas saem para se distrair, se descontrair, mostrar personalidade, vestindo-
se da maneira que quiser (Figura 06). ¹
Figura 06: Night.
Fonte: Catalogo Vide Bula, 2003.
¹ Disponível em www.veja/abril.com.br/.
14
3.2.1.7 Country
Surgiu no final dos anos 40, nos Estados Unidos, demonstrando originalidade e
irreverência. Foi uma forte referência para os filmes de Hollywood da época. Nudie
Cohen foi um dos criadores mais famosos desse estilo, tendo seguidores como Elvis
Presley, Elton John e Dolly Parton.
Atualmente, este estilo é visto em grandes rodeios do mundo. Chapéu de couro,
botas com esporas, franjas, jeans, cintos com fivelas imensas, brilhos e tachas definem o
visual de seguidores desse nicho (Figura 07). ¹
Figura 07: Country. Fonte: Site Fallontourism, 2005.
¹ Disponível em www.jaquesandro.tripod.com.br/
15
3.2.1.8 Surf
O surfwear conglomera pessoas de várias idades de ambos os sexos. Existe uma
legião de surfistas em toda a parte do planeta, sendo inconfundíveis na forma de vestir e
agir.
São identificados por vestirem roupas coloridas, geralmente de estampa floral,
além de acessórios de material alternativo, produtos que ofereçam ao mesmo tempo
conforto e praticidade, pelo fato de estarem sempre em praias e praticando
esportes(Figura 08).
Figura 08: Surf. Fonte: Site Fluir, 2005.
¹ Disponível em www.fluir.com.br/.
16
3.3 Evolução da vestimenta masculina
A evolução da vestimenta masculina vem se modificando desde os tempos
primatas. Hoje em dia pode se perceber uma moda retrô, buscando influências no século
XX. È possível observar que a maneira de se vestir dos homens deixou de ser algo que
se fizesse em grupo como os gregos, pois naquela época existia somente um tipo de
vestimenta para todos, o que diferenciava uns dos outros, eram os tecidos utilizados,
cores e bordados. O homem atual não necessita disso, pois tem sua liberdade de escolha.
Neste item será mostrado um breve histórico da vestimenta masculina, desde os
primatas até os tempos atuais. ¹
• Os Primatas: Utilizavam as peles de animais como vestimenta além de fibras
de vegetais e de árvores para tecer retângulos que usavam para se enrolar em
volta do corpo para se proteger do frio. ²
Figura 09: Os Primatas.
Fonte: A Roupa e a Moda, 2002.
¹ LAVER, James. A Roupa e a Moda: UMA HISTÓRIA CONCISA. São Paulo: Ed. Companhia das letras, 2002.LEHNERT, Gertrud. História da Moda do século XX. Colônia: Ed. Konermann, 2001. ² LAVER, James. A Roupa e a Moda: UMA HISTÓRIA CONCISA. São Paulo: Ed. Companhia das letras, 2002. p. 07 a 12.
17
• Gregos e Romanos: A roupa naquela época se resumia a um retângulo de tecido,
de linho ou lã, sem costura, que ia até o joelho, chamado de Quíton. Os homens
prendiam com um broche no ombro esquerdo deixando o direito nu, e usavam
uma corda para amarrar na cintura. Já os jovens utilizavam sobre o Quíton uma
capa mais curta chamada de Clâmide, que consistia em um pedaço de tecido
circular preso também por um broche só que no ombro direito. O que
diferenciava os nobres dos plebeus era a cor de suas vestimentas. Naquela época
as pessoas de classe superior utilizavam cores mais vivas como o verde,
vermelho e roxo. Já os membros de classe inferior vestiam-se com o marrom
avermelhado. ¹
Figura 10: Os Gregos. Figura 11: Os Romanos. Fonte: A Roupa e a Moda, 2002. Fonte: A Roupa e a Moda, 2002.
¹ LAVER, James. A Roupa e a Moda: UMA HISTÓRIA CONCISA. São Paulo: Ed. Companhia das letras, 2002. P. 25 a 31.
18
• Europa antiga: Nessa época (700-1000) era usada uma túnica de lã ou linho e
sobre ela uma túnica com a borda em seda colorida. Muitos usavam por cima
desta vestimenta uma capa curta semicircular forrada de pele presa no ombro
esquerdo por um broche. Como se pode ver nas figuras abaixo as cores eram
vibrantes, e o que diferenciava Carlos Magno o imperador de seus servos eram
os bordados que eram feitos de fios de ouro e pedras preciosas. ¹
Figura 12: Servos. Figura 13: Imperador.
Fonte: A Roupa e a Moda, 2002. Fonte: A Roupa e a Moda, 2002.
• Renascimento e Século XVI: A principal peça masculina da época era o gibão,
com mangas largas, sendo freqüentemente almofadas ou recortadas. Os tecidos
eram o veludo, o cetim e o pano de ouro. Sobre o gibão usavam uma jaqueta
com abotoamento tipo jaquetão, ou fechada com cordões ou botões. Ainda por
cima, uma beca com pregas amplas até os pés, geralmente com bordas
adornadas com peles. ²
¹ LAVER, James. A Roupa e a Moda: UMA HISTÓRIA CONCISA. São Paulo: Ed. Companhia das letras, 2002. P. 50 a 54.
² LAVER, James. A Roupa e a Moda: UMA HISTÓRIA CONCISA. São Paulo: Ed. Companhia das letras, 2002. P. 74 a 86.
19
Figura 14: Francisco I. Figura 15: Guardas Suíços.
Fonte: A Roupa e a Moda, 2002. Fonte: A Roupa e a Moda, 2002.
• Século XVII: Eram usados gibões curtos e calções largos, sendo o forro mais
comprido que os calções amarrados acima dos joelhos. As fitas iam até a altura
do bolso na metade do comprimento dos calções e também em volta da cintura.
A camisa era usada para fora. Havia uma forte influência do século anterior.¹
Figura 16: 1º Conde da Holanda.
Fonte: A Roupa e a Moda, 2002. ¹ LAVER, James. A Roupa e a Moda: UMA HISTÓRIA CONCISA. São Paulo: Ed. Companhia das letras, 2002. P. 103 a 117.
20
• Século XVIII: Com o grande prestígio da corte de Versalhes pela Europa, todos
começaram a não aceitar mais a moda e outros quesitos ditados pela França.
Havia uma busca pela simplicidade, pois roupas elegantes para a classe alta
significavam roupas francesas para todo o continente europeu. Usavam casacos
de tecidos lisos, sem babados e rendas, botas resistentes, um estilo campestre
para passeios matinais. ¹
Figura 17: Francês no estilo campestre. Fonte: A Roupa e a Moda, 2002.
• 1800 a 1850: Não havia mais casacos bordados, os mesmos eram
confeccionados em tecidos lisos, com corte de casaco de caça feito em cores
primárias. Usavam calções justos por dentro das botas de montaria. À noite,
usavam meias de seda com scarpim². As calças eram justas. ³
¹ LAVER, James. A Roupa e a Moda: UMA HISTÓRIA CONCISA. São Paulo: Ed. Companhia das letras, 2002. P.127 a 151. ² Sapatos leves de sola fina que deixam o pé quase todo à mostra. 2. Lançado em meados do século XIX, o scarpim é um sapato fechado, com salto baixo ou médio e uma linha que se afina em direção ao bico. É muito usado desde seu lançamento, embora a cada década a moda dite o tipo e altura do salto. Disponível em: <http://www.santamoda.com.br>. Acesso em 05 de maio de 2006. ³LAVER, James. A Roupa e a Moda: UMA HISTÓRIA CONCISA. São Paulo: Ed. Companhia das letras, 2002. P. 157 a 172.
21
Figura 18: Casacas Lisas. Fonte: A Roupa e a Moda, 2002.
• 1850 a 1900: Neste século, o fraque era usado somente à noite e adornado com
lapelas de seda preta. No dia-a-dia eram usadas sobrecasacas. A tendência era
cada vez maior para o uso de trajes informais. Os jovens utilizavam casacos de
marujo, principalmente para participar de iatismo. A influência do esporte é
fortemente notada nessa época. Blazeres de cores vibrantes começaram a entrar
em moda. ¹
Figura 19: Conde Robert de Montesquiou. Fonte: A Roupa e a Moda, 2002.
¹ LAVER, James. A Roupa e a Moda: UMA HISTÓRIA CONCISA. São Paulo: Ed. Companhia das letras, 2002. P.177 a 208.
22
• 1900 a 1914: Neste período houve muita influência da década anterior, com o
uso de sobrecasacas e cartola. As calças eram estreitas, vincadas e dobradas na
barra. Depois de 1900, o esporte influenciou nas roupas. Logo surgiu a aviação e
os trajes eram parecidos com os de caça para a pratica do vôo. ¹
Figura 20 e 21: Traje Formal e para dirigir. Fonte: A Roupa e a Moda, 2002.
.
• 1915 a 1929: Os homens substituíram o fraque pelo smoking² preto com lapelas
cobertas de seda e gravata borboleta preta. O terno passou a ser usado com mais
freqüência depois de 1922, quando ficou mais curto, com três botões e sem
abertura atrás. A Calça de golfe era a roupa esportiva mais usada pelos homens.
³
¹ LEHNERT, Gertrud. História da Moda do século XX. Colônia: Ed. Konermann, 2001. P. 47 a 48. ² Smoking: Originalmente um paletó de seda, veludo ou brocado, adornado com botões, que os homens usavam para fuma em casa ou reuniões intimas na segunda metade do século XIX. No Final do período já havia se transformado num paletó formal, de noite, em tecido preto ou azul escuro. Por volta dos anos 20, transformou-se num jaquetão toalete. Depois da segunda guerra, voltou a ter abotoamento simples. O’HARA, Georgina. Enciclopédia da moda. São Paulo: Companhia das letras, 1992. P. 255. ³ LEHNERT, Gertrud. História da Moda do século XX. Colônia: Ed. Konermann, 2001. P. 89.BARROS, Fernando de. O Homem Casual. São Paulo: Mandarim, 1998. P. 37.
23
Figura 22: Smoking.
Fonte: A moda no século XX, 2000.
• 1930 a 1945: Era freqüente o uso de calças largas nesse período. As calças de
golfe ganharam nova modelagem, sendo mais largas e adequados para a prática
do golfe, deixando a modelagem antiga um tanto “ultrapassada”, sendo usada
somente por intelectuais antiquados. Nessa época surge um nome muito
importante, Balenciaga.¹
Figura 23: Calças de Golfe. Fonte: A Roupa e a Moda, 2002.
¹ LAVER, James. A Roupa e a Moda: UMA HISTÓRIA CONCISA. São Paulo: Ed. Companhia das letras, 2002. P.250 e 251.
24
• 1946 a 1960: A influência de Elvis Presley e James Dean trouxeram a esta
época a rebeldia e as jaquetas de couro foram ícones, assim como as t-shirts
usadas por atores de cinema. A calça jeans começa a ser usada. Roupas
despojadas. Calças e paletós esportes passaram a ser aceitos para o trabalho.
Christian Dior lança o New Look ¹
Figura 24: Jaqueta de Couro Figura 25: T-Shirt Fonte: O homem casual, 2001. Fonte: O homem casual, 2001.
• 1960 a 1970: O modo de se vestir como operário é lançado por estudantes, o
jeans usado era produzido pela Levi Strauss para mineradores. Os jovens deixam
as gravatas de lado e passam a usar lenços no pescoço ou camisas de gola
olímpica. A união de Pierre Cardin e Paul Bril traz o traje passeio completo
formado por uma calça túnica e paletó fechado com enfeites de fecho ecler. A
camisa de gola alta dispensava as gravatas. Estilistas como Marilke e François
Girbaud modificam o jeans deixando mais macio e adequado aos movimentos
do corpo. Calvin Klein lança sua primeira linha de jeans.²
¹ LEHNERT, Gertrud. História da Moda do século XX. Colônia: Ed. Konermann, 2001. P. 161 e 162. ² LEHNERT, Gertrud. História da Moda do século XX. Colônia: Ed. Konermann, 2001. P. 196 a 212.
25
Figura 26: Traje Passeio. Fonte: A moda do século XX, 2000.
• 1970 a 1980: Os homens utilizavam calça de veludo cotelê ou jeans, além das
bocas-de-sino, com camisas estampadas com florais, ídolos do rock ou listras,
além de blusões de beisebol para trabalhar. Jaquetas inspiradas em trajes de
aviadores eram feitos com tecidos variados e usadas para andar de motocicleta.
Esta década transformou a roupa masculina, deixando-as mais coloridas e
estilizadas. Até hoje, a década é uma referência para os criadores de moda, que
se inspiram nas múltiplas tendências dos anos 70: hippie, glitter, disco, punk e
até a moda engajada, que, ironicamente, chegou a adotar o estilo militar nas
roupas. Em 1979 Yves Saint Laurent, antes de abrir sua grife, é o estilista-chefe
da Maison Dior e lança sua coleção de prêt-à-porter. ¹
¹ LEHNERT, Gertrud. História da Moda do século XX. Colônia: Ed. Konermann, 2001. P. 234 e 238.
26
Figura 27: John Travolta.
Fonte: Site Almanaque Folha Uol, 2006.
• 1980 a 1990: A moda masculina vem com ternos folgados e calças largas. Na
música, o Punk, o New Age, o Break, o Rock e o Pop glorificaram sua
influência na cultura e no modo de vida dos mais jovens, conquistando adeptos
apaixonados até os dias de hoje. ¹
Figura 28: Mistura de looks. Fonte: Site Moda Point, 2006.
¹ Disponível em: www.modapoint.com.br. Acessado em 05 de maio de 2006.
27
• 1990 a 2000: O terno continuou a evoluir sendo símbolo da diplomacia. Nessa
época, havia uma forte influência do visual descontraído e mais esportivo. As
gravatas depois de passarem por uma fase de discrição ganharam estampas
originais, como florais, rabiscos abstratos, desenhos geométricos e pequenos
desenhos de bichos. Giorgio Armani e Karl Lagerfeld lançam suas coleções de
jeans ¹
Figura 29: Anos 90. Fonte: A moda no século XX, 2000.
• 2000 a 2006: A moda atual têm procurado referências nos anos anteriores,
reciclando de certa forma tudo que foi marcante em décadas anteriores.
¹ LEHNERT, Gertrud. História da Moda do século XX. Colônia: Ed. Konermann, 2001. P.296 a 299.
28
Figura 30: Terno Atual. Fonte: Site Gravatas, 2005.
Após as pesquisas realizadas sobre a vestimenta masculina, pode-se dizer que
houve momentos marcantes. Na Europa antiga o que diferenciava o imperador dos
servos era a cor da vestimenta, logo depois no século XVI as roupas ficaram mais
coloridas e requintadas, homens usavam saias e havia muito brilho e bordados. Em 1800
as casacas se tornaram mais lisas, deixando a vestimenta mais séria, e era usado com
muita freqüência o fraque. A influência de alguns cantores e atores traz ao período que
vai de 1946 a 1960 uma época de rebeldia, onde o look era formado por jaquetas de
couro, calça jeans e t-shirts. Desta época em diante a roupa masculina foi marcada pelos
hippies, punks e New Age, e atualmente tem sido uma mescla de todas essas décadas.
3.3.1 História do Terno
A história do terno vem para mostrar os tipos existentes e tecidos utilizados. Para
este projeto é de grande importância esta pesquisa, pois a gravata é habitualmente
utilizada com este tipo de traje.
“Antigamente, a moda só era acessível a um grupo restrito de pessoas, e eram elas
que podiam alterar as regras estabelecidas tão rígidas que, qualquer mudança era motivo
das mais acaloradas discussões”. (BARROS, 1997, p. 24). Um fato marcante na história
29
do vestuário foi à audácia do presidente da França, Paul Deschanel que, em 1901,
resolveu se casar de um modo diferente, usando um fraque e não a normal casaca
utilizada. A população ficou escandalizada com tal atitude, pois naquela época não
podia expressar personalidade própria. Mas depois, a idéia foi adaptada e até hoje o
fraque faz parte do vestuário masculino para casamentos.
Segundo Barros (1997, p. 24), naquela época, os homens usavam ternos de cores
escuras, camisas impecavelmente brancas com colarinho duro, gravatas pretas, ou laços
borboleta quando o colarinho era do tipo com bicos virados. As calças eram estreitas e
os sapatos pretos. Os chapéus de feltro faziam parte da indumentária, assim como os
chapéus-coco e as cartolas, quando se usava a casaca em cerimônias de maior rigor. No
verão, chapéus de palha rígidos. Os mais elegantes usavam paletó preto, com colete e
calça branca. No Brasil, os ternos eram brancos, em linho, e os chapéus de palha.
Figura 31: Terno Padrão. Fonte: O homem Casual, 1998.
Até a década de quarenta, os jovens ainda compravam roupas como as dos seus
pais e avós, passando as compras muitas vezes para suas mães, esposas ou amigas, pois
as mulheres daquela época eram muito conservadoras. Para estar bem vestido bastava
usar um terno azul-marinho ou preto e as camisas eram geralmente brancas ou azuis.
Fora isso era totalmente intolerável pela comunidade. ¹
¹ BARROS, Fernando. Elegância. São Paulo: Ed. Negócios, 1998. P. 39 a 42.
30
As únicas pessoas que ousavam naquele tempo era a elite, elaborando seus trajes
em alfaiates. Antes da década de quarenta, o jovem Eduardo VII - Príncipe de Gales
utilizava vestimentas diferentes das usadas na Corte Inglesa, afrontando o rígido padrão
de se vestir. Em uma declaração escrita em seu próprio livro chamado O Duque de
Windsor, escrito em 1960, Gales justifica o porquê de se vestir diferente: “Toda a minha
vida fui rebelde contra as regras do vestir, que refletiam as rígidas convenções sociais
no meu universo familiar. Assim, ousei vestir-me de outros modos, que traduziam mais
conforto, mas também como uma maneira simbólica de aspirar à liberdade”.¹
O Príncipe foi quem mais ousou no modo de se vestir, adaptando suas roupas do
jeito que gostava. Ele usava muito o xadrez, tanto que foi usado seu nome para nomear
um tecido. Além disso, usava camisas listradas do rugby, suéter de lã e blazer.
“Eduardo VII pode ser considerado, assim, um símbolo do homem que faz da roupa um
meio de expressão pessoal”. (BARROS, 1997, p. 28).
Depois da marcante história de Gales, as pessoas começaram a se vestir à inglesa,
indo a alfaiates de Londres. A maioria dos “mestres da elegância” usavam tecidos como
o Príncipe de Gales ² para fazerem ternos. Com o passar da Segunda Guerra Mundial,
começaram a aparecer estilistas, revolucionando a maneira de as pessoas se vestirem. O
lançamento do New-Look, de Christian Dior (tendência que originou um novo estilo de
moda feminina), fez com que os demais estilistas explorassem a vestimenta masculina.
Pierre Cardin fez com que as camisas brancas deixassem de ser o fundamental, usando
nas mesmas, tons como o azul até o cor-de-rosa e também introduziu ao dia a dia das
pessoas o uso do blazer, inspirando assim outros estilistas a investirem na moda
masculina. ³
¹ BARROS, Fernando. O Homem Casual. São Paulo: Ed. Mandarim, 1998. P. 30 a 48. ² Tecido com padronagem xadrez, utilizando as cores preto e branco.
³ BARROS, Fernando. O Homem Casual. São Paulo: Ed. Mandarim, 1998. P. 30 a 48.
31
Figura 32: Traje Príncipe de Gales.
Fonte: O homem casual, 1998.
“Os ternos nunca mais foram os mesmos depois que o italiano Giorgio Armani lhes deu um novo desenho, desestruturando-os e criando uma forma absolutamente moderna de vestir, até para os adeptos do gênero mais clássico. Ao mesmo tempo inovaram os conceitos nesse campo, os ternos desestruturados de Armani ajudaram a liberar a roupa dos dogmas dos criadores. Para os jovens com estilo mais informal, houve, igualmente, uma bomba de efeito devastador: o jeans. Incorporado ao dia-a-dia, ele abalou definitivamente o reinado da roupa clássica” (BARROS, 1997, p. 29).
Figura 33: Alfaiataria. Fonte: O Homem Casual, 1998.
32
Por muitas décadas vestir-se bem era simples, as pessoas tinham apenas que
seguir as tendências de moda. Nos tempos atuais é impossível seguir as tendências, pois
os estilistas estão cada vez mais usando uma característica que identifique o produto
através do conceito que o mesmo quer transmitir para os demais consumidores em suas
roupas. Basta o consumidor ter atitude e personalidade para escolher o que lhe agrada.
3.4 História da Gravata
No ano de 1635, cerca de seis mil soldados e cavaleiros lutavam na Guerra dos
Trinta Anos. O uniforme utilizado por esses Croatas chamava a atenção da população,
pois, trazia em seus pescoços um tipo de lenço amarrado. (Ver Figura 29)¹
Os de tecidos grosseiros eram utilizados pelos soldados e os de seda mais finos e
leves por oficiais.
Figura 34: Croatas. Fonte: Site Closed, 2005.
¹ Texto disponível em: www.closed.com.br. Acessado em 15 de outubro de 2005,
33
O lenço servia para enxugar o suor e também para protegê-los do sol entre as
batalhas. Tal adorno era completamente desconhecido na Europa, mas após o término
da Guerra a “Moda Croata”, destacou-se perante as demais.
Para os nobres franceses do exército que participaram da guerra, o xale para o
pescoço dos croatas era muito prático, em comparação com o colarinho que usavam,
pois o mesmo não precisava de cuidados como estar sempre branco e engomado como o
deles.
Durante o reinado de Luís XIV, a alta corte simpatizou com o enfeite usado
pelos militares, chamando de moda ‘a la croate’.
A palavra Gravata surgiu de “Croates”, que era o modo como os soldados
croatas eram chamados. Na França, a gravata chamava-se cravate. Tal adorno tornou-se
símbolo de elegância e cultura.
Na Croácia, as gravatas eram feitas somente de seda italiana de alta qualidade,
em vários padrões. Todos eram feitos à mão e distinguidos por seus vários detalhes. Os
motivos são modernos, criados pelos estilistas croatas e diferem de acordo com as
várias coleções, dependendo da estação do ano e as tendências do mercado. Através dos
séculos, tem combinado o refinamento e o exotismo oriental com a elegância do
desenho ocidental. Nos dias de hoje, é apreciada entre políticos, diplomatas e executivos.
No século XIX, foi produzido o primeiro guia de como se dar nós em gravatas,
assim como surgiu nessa época a Gravata Borboleta, muito utilizada com smokings.¹
3.4.1 Tipos e Tecidos
Com o passar dos anos, a gravata aparece como uma importante peça do
vestuário, seguindo as tendências da moda em cada temporada, e seus usuários estão
sempre atentos às mudanças.
Texto disponível em: www.closed.com.br. Acessado em 15 de outubro de 2005. ¹ BARROS, Fernando. Elegância. São Paulo: Ed. Negócios, 1998.
34
As gravatas vêm se diferenciando, algumas mais estreitas, outras mais largas,
além de tecidos como couro, crochê, seda e jeans. O comprimento também está sempre
oscilando variam entre 1,40 m a 1,50 m, e as estampas e bordados mudando a cada
estação. ¹
Figura 35: De seda. Figura 36: De Crochê. Fonte: Site Gravatas, 2005. Fonte: Site Gravatas, 2005.
Durante muitos anos, a gravata de bolinhas foi moda em todo o mundo, hoje é
uma forma clássica ainda encontrada facilmente. Depois, surgiram as listras e houve
uma época em que o elegante era usar os personagens de desenhos animados. Frajola,
Piu-Piu, Pato Donald e muitos outros personagens, incluindo uma vasta lista de super-
heróis do mundo dos quadrinhos, desfilaram pelos ambientes elegantes do mundo
inteiro. Hoje, os tons lisos, são considerados na moda, embora em cores muitas vezes
extravagantes, lideram a escolha dos homens elegantes. ²
¹ Texto disponível em: www.closed.com.br. Acessado em 15 de outubro de 2005. ² Disponível em: www.gravatas.cjb.net. Acessado em 10 de outubro de 2005 e Disponível em: www.cyberartes.com.br. Acessado em 10 de setembro de 2005.
35
Figura 37: Tipos
Fonte: Chic Homem, 2000.
3.4.2 Nós
O nó é muito importante, pois é ele que traz requinte tanto ao traje quanto à
gravata. O mesmo deve criar harmonia com o colarinho da camisa, proporcionando
estética e conforto, além de se encaixar com o tipo de tecido apropriado.
3.4.2.1 Nó Clássico ou Windsor
Foi inventado por Eduardo VIII, o duque de Windsor. É um nó bastante cheio,
usado com camisas de colarinhos largos, ou onde a distância entre as duas pontas é
grande. Adequado a gravatas de tecidos leves. ¹
¹ KALIL, Gloria. Chic Homem: Manual de moda e estilo. São Paulo: Ed. Senac, 2000. p. 131.
Nº 01: Gravata de Crochê. Nº 02: Gravata com estampa cashmere (Bananinhas que representa desenhos feitos em xales indianos de lã). Nº 03: Gravata de Bolinha. Nº 04: Gravata com estampa
Foulard (Símbolos pequenos que se repetem). Nº 05:Gravata com estampas Regimentais(Listras). Nº 06: Gravata Lisa. Nº 07: Gravata borboleta.
36
Figura 38: Como fazer o nó Clássico ou Windsor. Fonte: Shopping das Gravatas, 2005.
3.4.2.2 Nó Semi-Clássico (Semi-Windsor)
Nó também conhecido como Duplo. Recomendado para usar com camisa de
colarinho padrão. Gravatas de seda estampada ou de outro tecido leve como o poliéster
estampado são indicadas para esse tipo de nó. ¹
1º Passo 2º Passo 3º Passo 4º Passo 5º Passo 6º Passo 7º Passo 8º Passo
Figura 39: Como fazer o nó Semi-Clássico ou Duplo. Fonte: Site Shopping das Gravatas, 2005.
¹ KALIL, Gloria. Chic Homem: Manual de moda e estilo. São Paulo: Ed. Senac, 2000. p. 130.
1º Passo 2º Passo 3º Passo 4º Passo 5º Passo 6º Passo 7º Passo
37
3.4.2.3 Nó Esportivo (Four-in-Hand)
Nó conhecido também como simples ou esportivo, costuma ser utilizado com
camisas de colarinho mais estreito e golas pouco pontudas. Esse nó possui uma
característica mais descontraída. ¹
1º Passo 2º Passo 3º Passo 4º Passo 5º Passo 6º Passo
Figura 40: Como fazer nó Esportivo ou Simples. Fonte: Site Shopping das Gravatas, 2005.
3.5 Temática
A Índia é um país muito rico no artesanato e também na estamparia, por isso foi
escolhido para enriquecer as gravatas masculinas.
¹ KALIL, Gloria. Chic Homem: Manual de moda e estilo. São Paulo: Ed. Senac, 2000. p. 130.
38
3.5.1 Índia
A Índia é um país asiático, situado no centro-sul e é o segundo país mais
populoso do mundo, com mais de um bilhão de habitantes. Sua Capital é Nova Déli.
É referência para o mundo por sua produção de algodão e juta. Por ser um
país muito pobre, a maioria da população se dedica a agricultura, além de serem
fabricantes de belos tecidos indianos.
Os primeiros habitantes da Índia eram poderosas civilizações urbanas, que
chegaram no país 4.000 anos antes de Cristo. Naquela época faziam casas de tijolos
queimados, com galerias de passagem, escadarias decoradas com ouro e prata, além de
banheiros e esgotos.
A Índia é um país muito religioso, acreditam no bramanismo e também no
budismo. O Bramanismo é um conjunto de concepções religiosas, que teve como
referência o hinduismo. Acreditam em reencarnação, são naturalistas e individualistas.
Seu Deus supremo é Brama, e seus princípios foram estabelecidos pelo “Código de
Manu”, imaginário personagem considerado o pai dos árias, que foram os segundos
habitantes da Índia.
O Budismo foi fundado por Buda, é mais conhecido por ser uma doutrina
filosófica do que propriamente uma religião. Sua importância reside não apenas no fato
de estar fortemente enraizado na estrutura mental dos povos orientais, e de constituir
acima a base da vida moral de uma parte considerável da espécie humana, mas ainda no
atrativo resultante do caráter democrático das suas doutrinas, que se dirigem aos
homens de todas as condições, sem distinção de raça ou casta, reivindicando para todos
os destinos iguais e considerando-os todos irmãos. Representa uma reação contra a
antiga religião brâmanica e é semelhante ao Cristianismo.
Disponível em: www.wiskipedia.org. Acessado em 10 de setembro de 2005.
39
O país apresenta como sendo uma das fontes de renda a fabricação de tecidos,
porcelanas, objetos de marfim, vasos e estatuetas, além da exportação para os povos do
Oriente Médio, gregos e romanos, tecidos, ornamentos, pérolas e perfumes.
Figura 41: Tecido Indiano. Figura 42: Sari. Fonte: Site Hitchams, 2006. Fonte: Site Unitus, 2006.
A arquitetura caracteriza-se pela grandiosidade de seus templos, pagodes,
palácios que eram magníficos e decorados com profusão de formas e ornamentos
fantásticos. Inspiravam-se na religião, nas tradições e na vida real. As esculturas
criavam, às vezes, formas monstruosas ou simbólicas.
Figura 43: Arquitetura. Figura 44: Palácio. Fonte: Site Whiskepéa, 2005 Fonte: Site Mayin , 2005 Disponível em: www.wiskipedia.org. Acessado em 10 de setembro de 2005.
40
A Índia é um exemplo, há fascinação daqueles que admiram suas lendas e
tradições na busca da fé e de caminhos espirituais que elevem a alma e encontra
resposta no seu interior como forma de uma vida melhor.
3.5.2 Indumentária Indiana
Oficinas imperiais funcionavam com escola para os artesões, onde produzia os
tecidos com fio de seda. O traje feminino tinha uma grande expressão artística indiana.
Além de arte, podê-se ver um pouco da religião nas estampas e na mistura de fios de
ouro e prata na composição dos tecidos. Os tecidos que mais se destacavam eram os
brocados com fios de ouro e prata; os ikat, elaborados com fios de urdume, de trama ou
os dois previamente tingidos pela técnica tie-dye e os bordados.
Em 1733, os tecelões indianos se viram seriamente ameaçados pela criação, pois
na Europa era usado o tear Jacquard, que possibilitava a confecção de tecidos com
maior rapidez, preços mais baixos e padronagens elaboradas. Sendo assim, o famoso
produto indiano chamado Kashmir podia ser copiado por países como França, Noruega
e Escócia.
Figura 45: Indianas. Figura 46: Tie Dye. Fonte: Site Índia, 2005. Fonte: Site Hospitalgowns, 2006 Disponível em: www.wiskipedia.org. Acessado em 10 de setembro de 2005.
41
Em 1870, as estampas sofreram uma grande mudança passando a apresentar
desenhos mais complexos e relacionados com a natureza com pássaros, elefantes e
flores. Mesmo com desenhos mais elaborados, os tecidos brocados deixaram de ser
utilizados pelos homens indianos que resolveram adotar o uso de roupas mais próximas
ao estilo europeu. O brocado tornou-se um tecido de uso principalmente na confecção
de roupas femininas como o sari (tecido drapeado sobre o corpo e atado por uma faixa),
muito usado em casamentos.
Mesmo com a industrialização, voltada para a exportação, as mulheres indianas
continuam até hoje a produzir tecidos em suas casas para prover o sustento de suas
famílias. A tecelagem doméstica é feita com teares manuais estreitos e por esse motivo,
são necessárias várias peças unidas por costura formando um tecido de tamanho grande.
É essa técnica que possibilita a combinação de cores e padronagens diversas que torna o
produto final original.
Neste início de século, a moda indiana contagiou o mundo. Pode-se observar
como a cultura deste País invadiu todas as áreas de comportamento humano, seja na
literatura, na gastronomia, nas academias de ginástica e até nas ruas, onde a
sensualidade das suas roupas conseguiu se adequar às formas femininas das brasileiras.
Figura 47: Estamparia Figura 48: Tecidos Indianos. Fonte: Site Cavalera, 2005. Fonte: Site A Moda, 2005.
Disponível em: www.wiskipedia.org. Acessado em 10 de setembro de 2005.
42
Figura 49: Roupa e Maquiagem. Figura 50: Moda masculina. Fonte: Site Cavalera, 2005. Fonte: Site Cavalera, 2005.
3.5.3 Técnica Tie-Dye
O Tie Dye, ou melhor, shiborris, é uma técnica avançada e complexa, tem
descendência japonesa, mais também é praticada na Indonésia, Java, China e Índia. É
uma técnica de pintura de tecidos, e sua característica é manchar o mesmo. Traduzido
para o português Tie-Dye quer dizer amarrar e Tingir. Nos anos 70, durante a era hippie,
a técnica estava presente nas camisetas, calças, vestidos, enfim no vestuário dos jovens
que queriam mudar o mundo através do lema "paz e amor". Atualmente está técnica está
presente em vários artigos, tanto de moda quanto na área da decoração, e muitas vezes
podem ter um valor altíssimo, pois é único e impossível de ser reproduzido igualmente.
43
Figura 51: Tie Dye em roupa de criança. Figura 52: Tie Dye em camiseta. Fonte: Site Rainbowtiedye, 2006 Fonte: Site Jonestiedyes, 2006
Figura 53: Tie Dye em Bolsas. Figura 54: Tie Dye em Bolos. Fonte: Site Rainbowtiedye, 2006 Fonte: Site Jonestiedyes, 2006
3.6 Tendência outono/inverno 2006
A moda para o outono/inverno 2006 traz misturas de fios, fartura de cores e
aviamentos modernos, com personalidade e características do passado em detalhes nas
roupas. Estampas variadas, mas tendo como inspiração principal um conceito artesanal
e a mistura com o jeans.
A cultura exótica dos paises do México, leste da Europa, África e outro, são as
inspirações para a nova coleção, tendo nas roupas seus símbolos, criando composições
variadas com muita identidade cultural.
44
Tecidos e aviamento que criam peças assentadas ao corpo, normalmente com a
moda militar, nobre e até mesmo um vintage de atitude. Certo estilo de fazer peças que
criem um suporte para o comportamento social nos tempos atuais.
Utilização das décadas de 40 até 70 como inspiração, inventando um estilo
eclético para as vestimentas, usando a ingenuidade dos anos 40 com sua alegria e
romance, além da contestação e liberdade dos anos 70. Os anos 80 também começam a
ter sua moda reelaborada por grandes estilistas, principalmente na moda businesswear.
Coleções com espírito retrô, utilizando símbolos, ícones de culturas antigas ou
beleza, farão parte do outono/inverno 2006, além do uso de tecidos mais leves como
musseline, seda e renda, que proporcionaram as roupas a sensação de conforto e ao
mesmo tempo sensualidade. O veludo "molhado", o couro e as peles também terão lugar
de destaque, muitas vezes intercalando a sua utilização nos looks com tecidos mais
leves, ou até mesmo com o jeans.
A malharia e o tricô oferecem opções variadas e refinadas em muitas peças,
também adornados pelos diversos tipos de aviamentos chegam a mini-ponchos, boleros,
vestidos tubo de gola alta e muitas vezes utilizado em conjunto com o jeans.
O jeans desponta na construção de novos looks, passando por processos que
tornam o tecido bem marcado, mais sem ter sido utilizado. O jeans tradicional é
abandonado em favor de peças totalmente customizadas e altera-se inclusive sua forma,
adquirindo cortes, desgastes, cores e texturas de roupa usada, experimentada. O jeans
preto volta com força total, sendo uma das principais atrações dessa tendência.
A valorização das peças, as metalizações (em todos os tons de ouro), bordados
em pedraria, apliques de bordados, efeito de bolsos arrancados, strass, galões de
jacquard, taxas e rebites acompanham a lavagem do jeans que varia de midi-blues ao
blue intenso.
46
4. PESQUISA DE MERCADO
A pesquisa de mercado foi baseada em marcas brasileiras que se destacam no
mercado da moda e tem forte aceitação no estado de Santa Catarina, e que serão os
principais concorrentes da coleção a ser desenvolvida.
4.1 Concorrentes
Os principais concorrentes são a VR Menswear e a Dudalina, que vendem seus
produtos na região de Santa Catarina, com uma faixa de preço compatível. ¹
A VR Menswear foi criada em 1998, em São Paulo, como filha da já consagrada
marca Vila Romana, com um conceito mais atual, para homens de 20 a 45 anos.
Trabalham com roupas para o dia-a-dia e também com roupas mais casuais com ternos
e gravatas. As lojas VR Menswear estão presentes nas principais capitais do Brasil, e
também na Oscar Freire em São Paulo.² Em Balneário Camboriú é possível encontrar as
gravatas da VR na loja Maria Vargas, ao preço médio de 149,00.
Figura 56: Gravata VR. Fonte: Site Couro e Moda, 2005.
¹ Pesquisa realizada na loja Maria Vargas em Balneário Camboriú. Analise Pessoal. ² Disponível em: www.vrmenswear.com.br. Acessado em 02 de setembro de 2005.
47
A marca Dudalina nasceu em 1950. Atualmente atende ao homem sofisticado,
de bom gosto e que preza vestir-se com estilo, conforto e elegância. Suas gravatas são
confeccionadas em seda, pela Altea em Milão e apresentam padronagens exclusivas.
Suas fábricas ficam localizadas em Blumenau-SC e Luís Alves-SC.¹ Trabalha no
mercado nacional e também de exportação. Seu produto é encontrado em Balneário
Camboriú, na loja Maria Vargas ao preço médio de 149,00.
.
Figura 57: Gravata Dudalina. Figura 58: Inspiração. Fonte: Revista Cláudia, 2000. Fonte: Revista Cláudia, 2000.
Através da pesquisa de mercado realizada nas principais lojas de Balneário
Camboriú, pode-se constatar que as marcas que poderiam ser as maiores concorrentes
seriam a VR Menswear e a Dudalina, pois se preocupam com a qualidade de seus
produtos, e investem em inovação para o mesmo.
¹ Disponível em: www.dudalina.com.br. Acessado em 12 de setembro de 2005.
48
4.2 Público
O público geral é indefinido, pois a gravata é um acessório muito usado em
ocasiões diversas, desde casamento até o cotidiano de empresários.
Jovens compram geralmente para ir á aniversários de 15 anos, formaturas de 8ª
série e terceirão, além de casamentos e formaturas de colegas da faculdade.
Homens compram para ir a eventos sociais noturnos, bailes, formaturas,
casamentos, além de comprarem também para o uso em reuniões e trabalhos.
O Público a ser atingido serão homens de 20 a 35 anos, classe B, modernos,
despojados e que gostam de artes.
4.3 Estado do Design
O Estado do Design apresenta o que está sendo usado.
Figura 59: Look para trabalho. Fonte: Revista Men’s Health, 2006.
Os homens estão utilizando gravatas ousadas para o trabalho, cores vibrantes e harmônicas e ternos com corte sofisticado.
49
Figura 60: Look para entrevista Fonte: Revista Men’s Health, 2006.
Figura 61: Sapato Masculino. Fonte: Site Guia da Semana, 2006.
Figura 62: Look Casual Fonte: Revista Men’s Health, 2006.
Para as entrevistas de trabalho, o uso do clássico, mais discreto.
Para uma noite casual o look é ousado, calça jeans, camisa e blazer, como na foto.
Sapato social, tendência 2006.
50
Figura 63: Look para reunião.
Fonte: Revista Men’s Health, 2006.
Figura 64: Tênis. Fonte: Guia de Seaman, 2006.
Figura 65: Pingente em ouro. Figura 66: Carteira em couro. Figura 67: Anel em Prata. Fonte: Site Jóias BR, 2006 Fonte: Site Submarino, 2006. Fonte: Site Jóias BR, 2006.
Para um jantar de negócios a vestimenta é clássica e discreta.
Tênis despojado.
Tendência forte para 2006. A Carteira continua com a utilização de couro.
A Prata sempre em alta.
51
5. PESQUISA DE CAMPO
Foram pesquisados dados importantes para desenvolvimento do projeto.
Pesquisas como temática, público-alvo, tendências, mercado e estado do design, além
das pesquisas bibliográficas e da pesquisa de campo, que foi feita através de
questionários e entrevistas com os possíveis compradores do produto.
5.1 Questionário
Elaborou-se um questionário com doze perguntas (em anexo A), interrogando
quais seriam as características apropriadas que o produto deveria ter ambientes de uso,
além de buscar informações como a preferência por cor, estampas, preço, tecido, tipo de
nó e outros.
5.2 Resultado do Questionário
Foram aplicados trinta questionários, entre homens de 20 a 35 anos, classe B, na
cidade de Balneário Camboriú, Florianópolis e Itajaí, buscando informações variadas.
Com base nisso, foi realizada uma análise e estudos as quais estão representadas
por meio de gráficos, que indicam a porcentagem dos resultados encontrados.
52
1) Você gosta de usar gravata?
72%
28%
Sim
Não
Gráfico 01 – Usabilidade da Gravata Fonte: Acervo Pessoal
Pode–se analisar por meio do gráfico, que no setor masculino há uma grande
preferência em usar gravatas.
2) Em que tipo de ocasião você costuma usá-las?
23%
22%
17%
17%
12%
7% 2%Formaturas
Casamento
Reuniões
Trabalho
Baile
Cotidiano
Outros
Gráfico 02 – Ambiente de Uso Fonte: Acervo Pessoal
53
Percebe-se que os homens costumam usar primeiramente as gravatas, em
formaturas e casamento. Posteriormente, ambientes como reuniões, seguidos de
trabalho, bailes e cotidiano configuram-se como outras situações onde os homens usam
gravatas.
3) Quais são as qualidades que uma gravata deve ter para você adquiri-la?
38%
22%
11%
6%
6%
6%
11%
Beleza
CorAgradávelMaterial
Status
Praticidade
Preço Bom
Outros
Gráfico 03 – Quesitos do Produto Fonte: Acervo Pessoal
Por meio desse gráfico constata-se que o público-alvo, ao adquirir uma gravata,
tem por preferência a beleza e cor agradável. Com um menor índice de prioridade foram
identificados o material seguidos de status, praticidade e preço bom.
54
4) Qual sua preferência por cor/tons?
16%
15%
10%
8%7%7%
7%
6%
6%
6%
3%3%
3% 2%1%
Azul Marinho
Preto
Azul Turqueza
Vermelho
Prata
Azul Claro
Bordo
Branca
Verde Musgo
Marrom
Rosa
Bege
Laranja
Amarelo
Verde
Gráfico 04 – Preferência por Cor Fonte: Acervo Pessoal
Com uma grande variedade de cores, foram selecionadas as que apresentavam
maior preferência dos usuários. Sendo assim, foi obtido como item com maior índice as
cores azul-marinho, preto e azul turquesa, na seqüência apresentou-se com menor
número o vermelho, o prata, o azul claro, o bordo, o branco, o marrom e o rosa. Com
uma pequena prioridade as cores: bege, laranja, amarelo e, por último, o verde.
.
55
5) Gosta de estampas?
67%
33%
Sim
Não
Gráfico 05 – Preferência por Estampas Fonte: Acervo Pessoal
Percebe-se que nesse setor há uma grande aceitação por gravatas estampadas.
6) Que tipos de Estampas?
17%
17%
17%17%
14%
12%
3% 3%0%Xadrez
Bolinhas
Listras
DesenhosAbstratosFlorais
FigurasGeométricasDesenhosAnimadosPaisagens
Deuses e Santos
Gráfico 06 – Tipos de Estampas Fonte: Acervo Pessoal
56
Através desses dados pode-se verificar que as estampas cujos usuários tem
freqüência em usar são: xadrez, petit-poá, listras, desenhos abstratos e, posteriormente,
com menor preferência aparecem as estampas florais, geométricos, personagens
animados e por último sem nenhuma aceitação deuses e santos.
7) Que tipo de tecidos lhe agrada?
70%
13%
9%4% 4% 0%
Seda
Cetim
Linho
Gorgurão
Lã
Outros
Gráfico 07 – Tipos de Tecido Fonte: Acervo Pessoal
O público-alvo tem por costume adquirir gravatas nos tecidos como a seda e
cetim e, com menor freqüência, os tecidos como o linho, o gorgorão, lã e outros.
57
8) Você compraria uma gravata com estilo indiano?
72%
28%
Sim
Não
Gráfico 08 – Preferência por Estampa Indiana Fonte: Acervo Pessoal
Por meio desse gráfico pode-se perceber que seria viável projetar uma gravata
com estampa indiana, pois teve 72% de aceitação do público pesquisado.
9) Até quanto você pagaria por uma gravata?
17%
55%
28% Até R$ 50,00
Até R$100,00
Mais que R$100,00
Gráfico 09 – Preço de Mercado Fonte: Acervo Pessoal
Ao adquirir uma gravata os usuários procuram comprar produtos que custem até
R$ 100, 00. Acima disso há uma pequena porcentagem que adquiriria tal produto.
58
10) Você considera esse valor adequado?
100%
0%
Sim
Não
Gráfico 10 – Adequação de Valor Fonte: Acervo Pessoal
Todos os usuários entrevistados acham adequado pagar esse valor por uma
gravata que atenda os requisitos que os mesmos procuram quando adquirem o produto.
11) Você costuma usar a mesma gravata sempre?
11%
89%
Sim
Não
Gráfico 11 – Freqüência de Uso Fonte: Acervo Pessoal
59
Através desse gráfico, pode-se constatar que os usuários não têm o costume de
usar a mesma gravata com freqüência, constando-se que os mesmos teriam que adquirir
gravatas variadas, tornando assim o viável pelo fato de haver um alto grau de compra.
12) Que nó você usa freqüentemente?
52%44%
4% 0%
Clássico
Semi-Classico
Esportivo
Outro
Gráfico 12 – Tipos de Nós Fonte: Acervo Pessoal
O nó mais usado é o nó Clássico, seguido pelo Semi-Clássico. Já o nó Esportivo
apresenta uma pequena porcentagem em relação aos demais, ficando assim por último
em termos de preferência.
5.3 Análise do Questionário
Por meio da realização do questionário, direcionado ao mercado que atinge o
público-alvo, teve o intuito de estudar detalhadamente o setor masculino e
indiretamente homens de 20 a 35 anos.
Segundo os resultados citados acima, observa-se que 72% dos entrevistados
gostam de usar gravatas, dentre esses, 23% tem por costumes usar gravatas em
formaturas e casamentos, sendo que apenas 7% usam no cotidiano, restante em outros
tipos de ambientes.
60
Com relação à gravata em si, os quesitos que os usuários mais procuram quando
vão adquiri-las é a estética com 38%. O segundo quesito de procura são as cores com
22%, sendo que as cores que tiveram os números mais altos são azul-marinho com 16%,
preto com 15%, azul turqueza com 10% e vermelho com 8%. Quando questionados
sobre o estilo indiano, observa-se 72% do público entrevistado aceitaria a gravata
inspirada na temática Índia.
Os usuários apresentam 67% em termos de preferência por estampas, sendo elas
o xadrez, petit-poá, listras e desenhos abstratos com 17% e florais com 14%.
Relacionado a tecidos, a seda obtém a maior procura com 70%. Os números também
mostram que o nó mais utilizado é o nó Clássico com 52 %, pois fica melhor em tecidos
leves como a seda.
5.4 Painel Semântico
Segundo Baxter (1998), ”painel semântico ajuda na conceituação do produto, na
definição de uma temática na geração de idéias (...) Realizado para transmitir certos
sentimentos e emoções”.
Com o auxílio de imagens os painéis semânticos são de grande importância para
o projeto, pois ajudam na definição de alguns conceitos básicos para o desenvolvimento
do produto.
5.4.1. Tema
O tema visual apresentado mostra o país da Índia, definido como tema.
Baseando nesse país, a temática escolhida foi à técnica de pintura conhecida como Tie
Dye, muito utilizada nas vestimentas, por ser um mercado muito diversificado na índia.
61
Figura 68: Prancha Tema.
Fonte: Acervo Pessoal.
5.4.2 Público-Alvo
Esse painel representa o consumidor. Homem de 20 a 35 anos, classe B, que
vivem no estado de Santa Catarina, despojados, elegantes, que gostam de curtir a vida,
apreciem arte e sejam modernos.
62
Figura 69: Prancha Público-Alvo. Fonte: Acervo Pessoal.
5.4.3 Ambientação
O painel de ambientação trás as possibilidades de uso do produto.
63
Figura 70: Prancha Ambientação. Fonte: Acervo Pessoal.
5.5 Briefing
Produto: Gravata Masculina.
- Principal função de uso: Adornar o pescoço.
- Benefícios esperados do produto: Fazer com que a mesma se diferencie das
demais pela estampa desenvolvida.
- Os Pontos positivos dos produtos encontrados no mercado são:
- Estampas variadas, modelagens diferenciadas, e tecidos de qualidade.
- Não existem pontos negativos
- Média de preço do produto: Até 100,00 reais.
- O diferencial do produto em relação aos outros é a estamparia, que utiliza
técnicas de Tie Dye.
64
- As influências empregadas na gravata vêm da Índia, país escolhido como tema.
- Local de uso: Reuniões, Bailes, Formaturas, Cotidiano e Casamentos.
- Categoria: Acessório para adornar o pescoço.
- Composição industrial: Foram utilizados Cetim e Malha para o desenvolvimento
das gravatas.
- Forma de uso: No pescoço.
- Tipo: Acessório – Gravata.
- Temática: A coleção foi feita com base no tema Índia e utilizando como temática
as técnicas de Tie Dye.
- Linha/ segmento: O produto é masculino e pode ser usado tanto com jeans como
com traje social.
- Estação: Outono/Inverno 2006.
- Mix de produto: A coleção é composta apenas por gravatas.
- Dimensão da coleção: A coleção é composta por 14 gravatas de cores e estampas
variadas.
Consumidor:
- Perfil do consumidor: Homem de 20 a 35 anos, classe B, que vivem no estado de
Santa Catarina, despojados, elegantes, que gostam de curtir a vida, apreciem arte e
sejam modernos.
Empresa:
Porte: Pequeno.
Marca: TK Acessórios Masculinos.
Sistema de venda: o produto será vendido pro catálogos, pelo site e em lojas
autorizadas.
Mercado:
- Concorrentes: os principais concorrentes são VR menswear e Dudalina.
- Preço praticado: Desde 100,00 a 200,00 reais.
65
5.6 Conceito da coleção
A coleção tem como temática a Índia, por ser um país que se destaca com seus
tecidos, bordados e técnicas que são aplicadas no mesmo. A coleção busca um
diferencial através do tecido utilizado e também da técnica de Tie Dye. São versáteis,
modernas e inovadoras.
5.7 Briefing visual
O Briefing visual é composto por figuras que representam o público a ser
atingido, a cultura indiana e a técnica de Tie Dye.
Figura 71: Briefing Visual. Fonte: Acervo Pessoal.
TKTKTKTK AcessAcessAcessAcessórios Masculinosórios Masculinosórios Masculinosórios Masculinos
66
5.8 Cartela de cores
Foram escolhidas quatorze cores com referência no briefing visual, utilizando os
corantes TUPY. Formam a cartela as cores:
• Amarelo Canário 02 – Corante TUPY.
• Laranja Califórnia 06 – Corante TUPY.
• Vermelho 15 – Corante TUPY.
• Pink 13 – Corante TUPY.
• Rosa 09 – Corante TUPY.
• Verde Primavera 26 – Corante TUPY.
• Verde 28 – Corante TUPY.
• Azul turquesa 21 – Corante TUPY.
• Azul Marinho 23 – Corante TUPY.
• Bordô 25 – Corante TUPY.
• Bege 30 – Corante TUPY.
• Marrom 32 – Corante TUPY.
• Cinza 34 – Corante TUPY.
• Preto 36 – Corante TUPY.
Figura 72: Tabela de Cores. Fonte: Acervo Pessoal.
67
5.9 Cartela de materiais
Os materiais utilizados foram: feltro, cetim, malha e tinta para tingir tecido.
Figura 73: Cetim (100% Poliéster). Figura 74: Feltro. Fonte: Acervo Pessoal. Fonte: Acervo Pessoal.
Figura 75: Malha (100% Algodão). Figura 76: Tinta para Tingir. Fonte: Acervo Pessoal. Fonte: Acervo Pessoal.
O Cetim foi escolhido por ser um tecido brilhoso e de certa forma parecido com
a seda. A Malha remete ao produto um conceito diferenciado. O Feltro foi utilizado para
fazer o forro, e as tintas para a estamparia.
68
6. CONCEPÇÃO
6.1 Concepção da coleção
Foram desenvolvidas quatorze gerações de alternativas usando técnicas de Tie
Dye. Todas as gerações ligadas à temática Índia.
Alternativa 1: Gravata da cor verde claro, levemente torcida.(Figura 77)
Figura 77: Gravata Verde Claro.
Fonte: Acervo Pessoal.
69
Alternativa 2: Gravata da cor azul turquesa, com três nós.(Figura 78)
Figura 78: Gravata Azul Turquesa.
Fonte: Acervo Pessoal.
70
Alternativa 3: Gravata da cor bordô, enrolada na horizontal.(Figura 79)
Figura 79: Gravata Bordô.
Fonte: Acervo Pessoal.
71
Alternativa 4: Gravata da cor cinza, enrolada na vertical.(Figura 80)
Figura 80: Gravata Cinza. Fonte: Acervo Pessoal.
72
Alternativa 5: Gravata da cor rosa, torcida e enrolada.(Figura 81)
Figura 81: Gravata Rosa Clara.
Fonte: Acervo Pessoal.
73
Alternativa 6: Gravata da cor marrom, com 2 nós.(Figura 82)
Figura 82: Gravata Marrom. Fonte: Acervo Pessoal.
74
Alternativa 7: Gravata da cor laranja, com nó e torcida.(Figura 83)
Figura 83: Gravata Laranja.
Fonte: Acervo Pessoal.
75
Alternativa 8: Gravata da cor preta, dobrada em triângulos.(Figura 84)
Figura 84: Gravata Preta.
Fonte: Acervo Pessoal.
76
Alternativa 9: Gravata da cor amarela, amassada.(Figura 85)
Figura 85: Gravata Amarela.
Fonte: Acervo Pessoal.
77
Alternativa 10: Gravata da cor azul marinho, dobrada e amarada. (Figura 86)
Figura 86: Gravata Azul Marinho. Fonte: Acervo Pessoal.
78
Alternativa 11: Gravata verde escura, fortemente amassada e torcida. (Figura
87)
Figura 87: Gravata Verde Escuro.
Fonte: Acervo Pessoal.
79
Alternativa 12: Gravata rosa escuro, amarrada como listras. (Figura 88)
Figura 88: Gravata Rosa Escuro. Fonte: Acervo Pessoal.
80
Alternativa 13: Gravata vermelha, amarrada formando bolas. (Figura 89)
Figura 89: Gravata Vermelha. Fonte: Acervo Pessoal.
81
Alternativa 14: Gravata bege, amarrada quatro vezes, inclinada. (Figura 90)
Figura 90: Gravata Bege. Fonte: Acervo Pessoal.
82
7. COLEÇÃO
7.1 Testes de adequação da matéria-prima
A matéria prima utilizada foi o cetim e também a malha. Ambas tiveram boa
aceitação da tinta.
Figura 91: Colocando o tecido.
Fonte: Acervo Pessoal.
Figura 92: Fervendo. Fonte: Acervo Pessoal.
84
7.2 Ficha técnica
FICHA TÉCNICA
Nome: Thamy Kumakola Data: 01/06/2006 Descrição do produto: Gravata Masculina Coleção: Outono/Inverno
2006 DESENHO TÉCNICO
ORDEM DE EXECUÇÃO TIPO DE OPERAÇÃO MÁQUINA
Cortar os moldes Manual Costurar Molde 1 no 2 Reta
Costurar 2 no 3 Reta Colocar o feltro Manual Colar a entretela Ferro Quente
Costurar o forro inferior Reta Dobrar as laterais e costurar Manual/Reta
Dobrar novamente para finalizar Manual Costurar as duas laterais Reta
Passar Ferro Quente MATERIAIS
TIPO QUANTIDADE Entretela grossa 1 metro
10 cm
10 cm
20 cm
20 cm
60 cm
15 cm 15 cm
15 cm 10 cm
10 cm
47,5 cm
25,5 cm
5 cm
1,20 cm
32,5 cm
67 cm
47,5 cm
10 cm
5 cm
85
Cetim Branco 1 metro Feltro bege 30 cm
Linha Branca 1 unidade Corante azul marinho 1 unidade
Corante marrom 1 unidade Corante preto 1 unidade
MOLDES
DESCRIÇÃO DOS MOLDES DESCRIÇÃO NÚMERO QUANTIDADE
Parte Inferior 01 3 X Parte do Colarinho 02 3 X Parte Superior 03 3 X Interno p/ Feltro 04 3 X Forro Inferior 05 3 X Observações:
86
7.3 Modelagens das peças
7.4 Fatores informacionais
As gravatas confeccionadas apresentam características que necessitam de
cuidados especiais, por isso a atenção é indispensável na hora de sua lavagem.
Serão descritos na etiqueta do produto os cuidados que o mesmo precisa, desde
lavagem até secagem. De acordo com as normas da Associação Brasileira de Indústria
Têxtil e de Confecção (ABIT), as preocupações principais que deveram conter na
etiqueta são:
• Indicação da composição têxtil (nome da fibra e a porcentagem): Malha
(100% algodão) e Cetim (100% Poliéster).
• Nome do fabricante ou importador: TK Acessórios Masculinos.
87
• CNPJ: 021.258.648/0001.
• País de origem do produto: Indústria Brasileira.
• Cuidados com a conservação:
.
7.5 Produto Final
Foram produzidas três das quatorze gravatas desenvolvidas.
• Somente lavagem manual; • Não lavar a máquina; • Temperatura máxima 40º C; • Manusear com cuidado.
• Não usar alvejante à base de cloro.
• É possível a secagem na vertical sem torcer.
88
Gravata 1: Gravata conceitual, feita em malha, utilizando a cor bordô em
degradê ao longo da mesma.
Figura 94: Gravata Conceitual.
Fonte: Arquivo pessoal.
Gravata 2: Gravata comercial produzida em cetim, na cor verde com Tie Dye
totalmente mesclado.
89
Figura 95: Gravata Verde.
Fonte: Arquivo Pessoal.
Gravata 3: Gravata comercial, produzida em cetim, na cor prata com leve Tie
Dye em forma de círculos.
91
8. MARKETING/ DIVULGAÇÃO
8.1 Marca
A marca foi definida com base nas inicias de Thamy Kumakola e em que
categoria o produto se classifica. A Marca será aplicada no verso da gravata em uma
pequena etiqueta.
TKTKTKTK Acessórios MasculinosAcessórios MasculinosAcessórios MasculinosAcessórios Masculinos
8.2 Tag
O Tag tem a função de informar dados importantes do produto como cuidados
necessários, e também dados da empresa responsável pelo mesmo. Feito em papel
reciclado.
8.2.1 Tag Interno
Para a melhor conservação do seu produto lave somente manualmente, sem o uso de alvejante com
cloro.
Você acaba de adquirir um produto exclusivo da TK Acessórios Masculinos. Esta gravata foi produzida especialmente para homens modernos com base na temática Indiana, e utilizando técnicas de Tie Dye.
TKTKTKTK Acessórios MasculinosAcessórios MasculinosAcessórios MasculinosAcessórios Masculinos
92
8.2.2 Tag Externo
8.3 Embalagem
A embalagem foi desenvolvida para ter praticidade. Pode ser levada na mala,
guardada no guarda roupa e até ficar no carro, por ser muito resistente e de grande
facilidade no manuseio. O Material utilizado foi o plástico.
TKTKTKTK
AcessAcessAcessAcessórios Masculinosórios Masculinosórios Masculinosórios Masculinos
0800 359 47 31
www.bangalo.com.br
Balneário Camboriú – SC
TKTKTKTK Acessórios MasculinosAcessórios MasculinosAcessórios MasculinosAcessórios Masculinos
TKTKTKTK Acessórios MasculinosAcessórios MasculinosAcessórios MasculinosAcessórios Masculinos
Acessórios MasculinosAcessórios MasculinosAcessórios MasculinosAcessórios Masculinos
TKTKTKTK
93
8.4 Release da coleção
TKTKTKTK Acessórios MasculinosAcessórios MasculinosAcessórios MasculinosAcessórios Masculinos
Outono/Inverno 2006
• A inspiração:
A coleção de Gravatas da TK Acessórios Masculinos, apresenta quatorze
produtos de cores e estampas diferentes. O Tema escolhido foi a Índia, que é um país
asiático, situado no centro-sul e é o segundo país mais populoso do mundo, com mais
de um bilhão de habitantes. Na moda é conhecida por seus tecidos e técnicas artesanais
utilizadas, destacando-se entre elas o Tie Dye, técnica de pintura de tecidos que na
década de 70 foi muito usada pelos Hippies. Traduzido para o português Tie Dye quer
dizer amarrar e Tingir. Atualmente está técnica está presente em vários artigos, tanto de
moda quanto na área da decoração, e muitas vezes podem ter um valor altíssimo, pois é
único e impossível de ser reproduzido igualmente.
Foi utilizado o cetim por obter qualidade, e também a malha para fazer do
produto algo inovador. As cores são uma releitura das utilizadas geralmente para o
desenvolvimento das estamparias em Tie Dye, mostrada no briegfing visual.
94
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através das pesquisas realizadas pode-se constatar que o mercado atual de
gravatas vem demonstrando uma evolução na criatividade da escolha por estampas
diferenciadas. Portanto o projeto teve o intuito de suprir todas essas necessidades,
agregando valores ao produto, favorecendo assim ao público-alvo.
Após a aplicação do questionário pode-se constatar que o objetivo geral do
projeto seria bem aceita pelo consumidor, assim o desenvolvimento da coleção será uma
inovação no mercado, se diferenciando das outras pela temática e valor agregado. O
produto tem conceitos como: Modernidade, conforto, criatividade e despojado. Além de
um tema diferenciado como a Índia e suas estampas, satisfazendo assim a todas as
expectativas.
Após todas essas etapas constatou-se que a moda masculina ainda não tem
grande variedade, ainda mais quando se trata de gravatas, as mesmas vem ao mercado
com tecidos requintados como a seda, e em estampas como bolinhas, cashmere, listras e
tipo foulard, nada mais do que isso, deixando assim o consumidor sem escolhas.
Pode-se verificar que o produto apresentou algumas limitações com relação a
escolha do tecido, pois a malha é um tecido pesado e por isso foi muito complicado para
a fabricação, além de ser de certa forma um produto difícil de se fabricar.
Pode-se dizer que este projeto deve um ótimo resultado final, podendo assim ser
recomendado às pessoas que tem interesse em dar continuidade ao mesmo, utilizando as
técnicas de Tie Dye em outros tipos de acessórios do seguimento masculino.
95
10. REFERÊNCIAS
Livros:
PALOMINO, Érika. A Moda. São Paulo: Ed. Folha de São Paulo, 2002. p.
15 a 19.
LEHNERT, Gertrud. História da Moda do século XX. Colônia: Ed.
Konermann, 2001. p. 06.
JOFFILY, Ruth. Jornalismo e Produção de Moda. Rio de Janeiro: Ed. Nova
Fronteira, 1991. p. 48.
LAVER, James. A Roupa e a Moda: uma história concisa. São Paulo: Ed.
Campanha das letras, 2002. p. 07 a 278.
MOUTINHO, Maria Rita; VALENÇA, Maslova Teixeira. A moda no século
XX. Rio de Janeiro: Ed. Senac Nacional, 2000. p. 10 a 303.
BARROS, Fernando. Elegância. São Paulo: Ed. Negócio, 1998. p. 23 a 39.
KALIL, Gloria. Chic Homem: Manual de moda e estilo. São Paulo: Ed. Senac,
2000. p. 128.
DYER, Rod. Fit to be tied vintages ties: of the forties and early fifities. New
York: Ed. Cross River, 1987. p. 06 a 82.
BARROS, Fernando. O Homem Casual. São Paulo: Ed. Mandarim, 1998. p. 30
a 48.
LIPOVETSKY, Gilles. O Império do Efêmero: a moda e seu destino nas
sociedades modernas. São Paulo: Ed. Companhia das Letras, 2001. p. 31 e 32.
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11. ANEXOS
11.1 Anexo A: Questionário
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇAO SUPERIOR – CAMPUS II
DESIGN – HABILITAÇÃO EM MODA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
ALUNA: THAMY KUMAKOLA 7º PERIODO
QUESTIONÁRIO
Nome:_______________________________________________________
Idade:____________Atuação Profissional:__________________________
1. Você gosta de usar gravata? ( ) Sim ( ) Não
2. Em que tipo de ocasião você costuma usá-las?
( ) Bailes ( ) Formaturas ( ) Casamentos
( ) Reuniões ( ) Cotidiano ( ) Trabalho
( ) Outro Qual? ___________________________________________
3. Quais são os quesitos que uma gravata deve ter para você adquiri-la?
( ) Preço bom ( ) Cor agradável ( ) Beleza
( ) Status ( ) Praticidade ao vestir(Zíper) ( ) Material
( ) Outro Qual?_____________________________________________
4. Numere de 01 a 15 a sua preferência por cor, sendo 01 para a mais importante e 15 para a de menor importância.
( ) Azul marinho ( ) Azul turqueza ( ) Bordô
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( ) Vermelho ( ) Amarelo ( ) Verde musgo
( ) Verde bandeira ( ) Marrom ( ) Preto
( ) Branco ( ) Prata (cinza) ( ) Rosa
( ) Laranja ( ) Azul Claro ( ) Bege
5. Gosta de estampas?
( ) Sim ( ) Não
6. Que tipo de estampas? Numere por grau de importância, ou seja, 01 para a mais importante e 09 para a de menor importância.
( ) Desenho animado ( ) Florais ( ) Xadrez
( ) Bolinhas ( ) Listras ( ) Deuses e Santos
( ) Desenhos abstratos ( ) Paisagens ( ) Figuras geométricas
7. Que tipo de tecido lhe agrada?
( ) Seda ( ) Lã ( ) Gorgorão
( ) Linho ( ) Cetim ( ) Outro
Qual?__________________________________________
8. Você compraria uma gravata com estampa indiana?
( ) Sim ( ) Não
9. Até quanto você pagaria por uma gravata?
( ) Até 50,00 ( ) Até 100,00
( )Mais que 100,00 Quanto? _____________________________
10. Você considera esse valor adequado?
( ) Sim ( ) Não
11. Você costuma usar a mesma gravata sempre?
( ) Sim ( ) Não