18
1 Simpósium Soft – skills no Ensino Superior Desenvolvimento de Soft Skills no ensino superior – Três modelos numa escola de engenharia Isabel Gonçalves (Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa, [email protected]); Ana Lucas (Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa); Gonçalo Moura (Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa) e Sofia Sá (Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa) O Gabinete de Apoio ao Tutorado (GATu) do Instituto Superior Técnico (IST) tem como missão promover a integração e o sucesso académico do Estudante, suavizando o desfasamento existente entre o Ensino Secundário e o Ensino Superior. Sendo as Soft Skills ferramentas fundamentais para a adaptação de cada sujeito a novos ambientes, o GATu tem vindo a desenvolver um conjunto de parcerias com diversas Unidades Curriculares na tentativa de potenciar e desenvolver estas competências nos estudantes. Estas parcerias são desenvolvidas com ações de formação ministradas por elementos da equipa interna do GATu, em contexto de sala de aula. Neste artigo serão descritos três modelos distintos: Presentation Skills, Soft Skills Basic Kit e Time Management Skills, atualmente implementados no 1º e 2º semestre do 1º ano curricular. Os três modelos têm vindo a evoluir significativamente ao longo tempo, tendo o primeiro - Presentation Skills - iniciado no ano letivo 2008/2009, o segundo - Soft Skills Basic Kit - em 2011/2012 e o terceiro -Time Management Skills - em 2014/2015. O impacto dos três modelos no desenvolvimento das competências transversais será testado através da implementação de um modelo avaliativo longitudinal, que avaliará o uso dos conhecimentos adquiridos nos módulos de competências transversais nas restantes unidades curriculares ao longo do curso. Palavras – Chave: Soft skills; tutorado; sucesso académico _____________________________________________________________________

Desenvolvimento de Soft Skills, ISTtutorado.tecnico.ulisboa.pt/files/sites/40/apresentacao-do-artitgo.pdf · Soft Skills Basic Kit - em 2011/2012 e o terceiro -Time Management Skills

  • Upload
    others

  • View
    3

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Desenvolvimento de Soft Skills, ISTtutorado.tecnico.ulisboa.pt/files/sites/40/apresentacao-do-artitgo.pdf · Soft Skills Basic Kit - em 2011/2012 e o terceiro -Time Management Skills

1

Simpósium

Soft – skills no Ensino Superior

Desenvolvimento de Soft Skills no ensino superior – Três modelos numa escola de

engenharia

Isabel Gonçalves (Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa,

[email protected]); Ana Lucas (Instituto Superior Técnico,

Universidade de Lisboa); Gonçalo Moura (Instituto Superior Técnico, Universidade de

Lisboa) e Sofia Sá (Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa)

O Gabinete de Apoio ao Tutorado (GATu) do Instituto Superior Técnico (IST) tem

como missão promover a integração e o sucesso académico do Estudante, suavizando o

desfasamento existente entre o Ensino Secundário e o Ensino Superior. Sendo as Soft

Skills ferramentas fundamentais para a adaptação de cada sujeito a novos ambientes, o

GATu tem vindo a desenvolver um conjunto de parcerias com diversas Unidades

Curriculares na tentativa de potenciar e desenvolver estas competências nos estudantes.

Estas parcerias são desenvolvidas com ações de formação ministradas por elementos da

equipa interna do GATu, em contexto de sala de aula.

Neste artigo serão descritos três modelos distintos: Presentation Skills, Soft Skills Basic

Kit e Time Management Skills, atualmente implementados no 1º e 2º semestre do 1º ano

curricular. Os três modelos têm vindo a evoluir significativamente ao longo tempo,

tendo o primeiro - Presentation Skills - iniciado no ano letivo 2008/2009, o segundo -

Soft Skills Basic Kit - em 2011/2012 e o terceiro -Time Management Skills - em

2014/2015.

O impacto dos três modelos no desenvolvimento das competências transversais será

testado através da implementação de um modelo avaliativo longitudinal, que avaliará o

uso dos conhecimentos adquiridos nos módulos de competências transversais nas

restantes unidades curriculares ao longo do curso.

Palavras – Chave: Soft skills; tutorado; sucesso académico

_____________________________________________________________________

Page 2: Desenvolvimento de Soft Skills, ISTtutorado.tecnico.ulisboa.pt/files/sites/40/apresentacao-do-artitgo.pdf · Soft Skills Basic Kit - em 2011/2012 e o terceiro -Time Management Skills

2

Higher education soft skills development - three models, one engineering school

The Tutoring Support Office (GATu) from Instituto Superior Técnico mission is to

promote students integration and academic success, softening the gap between

secondary and higher education. Since the Soft Skills are fundamental tools for the

adaptation of each subject to new environments, GATu has developed a set of

partnerships with several curricular units in an attempt to promote and develop these

skills in students. The partnerships involve training activities conducted by elements of

GATu team in the classroom context.

This article will describe the three soft skills models: Presentation Skills, Soft Skills

Basic Kit and Time Management Skills, currently implemented on both semesters of the

1st academic year and on the 2nd semester of the 2nd academic year.

The three models have evolved significantly over time: the first - Presentation Skills -

started in the academic year 2008/2009, the second - Soft Skills Basic Kit in 2011/2012

and the third - Time Management Skills- in 2014/2015.

The impact of the soft skills models in the development of the students will be tested

after the implementation of a longitudinal assessment model that will assess the

application of the learning contents on the soft skills classes on the remaining classes of

the curriculum.

Key – Words: Soft skills; tutoring; academic success

_____________________________________________________________________

“No Instituto (…) é o primeiro ano o que o aluno considera mais difícil de vencer; mas a

dificuldade está mais na falta de hábito de se governar por si, do que nas experiências

escolares”

Alfredo Bensaúde (1922) in “Notas Histórico-Pedagógicas sobre o Instituto Superior Técnico”

(p 25)

Page 3: Desenvolvimento de Soft Skills, ISTtutorado.tecnico.ulisboa.pt/files/sites/40/apresentacao-do-artitgo.pdf · Soft Skills Basic Kit - em 2011/2012 e o terceiro -Time Management Skills

3

1. Introdução

No âmbito da Uniformização do Espaço Europeu de Ensino Superior1, e em

consequência da implementação do Processo de Bolonha (Daniel, Kanwar & Uvalic -

Trumbic, 2006; Floud, 2006) preconizam-se atualmente mudanças substanciais para o

Ensino Superior (Dickinson, 1991; Kezar, 1999-2000; Kovel - Jarboe, 2000 & Zusman,

1999), nomeadamente a introdução de objetivos de aprendizagem (learning outcomes),

expressos através dos Descritores de Dublin2, que estão organizados em cinco

categorias – conhecimento e compreensão; aplicação de conhecimento e compreensão;

formulação de juízos; competências de comunicação e competências de aprendizagem e

ainda a especificação dos métodos pedagógicos (de ensino – aprendizagem e de

avaliação) que contribuem para esses objetivos.

As competências globais de cada curso, designadamente as competências transversais

(soft skills) como o trabalho em equipa, a liderança, o empreendedorismo, a

comunicação escrita e oral e a aprendizagem autónoma, deverão ser planeadas a um

nível que transcende a Unidade Curricular, obrigando a um pensamento mais global

efetuado geralmente ao nível da Coordenação do Curso.

Esta mudança sem precedentes do paradigma de organização pedagógica, que alguns

compararam a um terramoto, introduzida pela criação do Espaço Europeu de Ensino

Superior, veio implicar para muitas Escolas europeias alterações mais ou menos

profundas a pelo menos três níveis: Organizacional, Curricular, e ao nível das práticas

de Ensino e Avaliação, sendo que estas duas últimas são vividas por dois grupos

principais de atores: os Estudantes, de quem se espera que adquiram competências de

forma relativamente autónoma (em contraste com a mera demonstração de apreensão

dos conhecimentos lecionados) e os Docentes, de quem se espera que ajustem os seus

métodos de Ensino e Avaliação, mudando o paradigma de “Ensino”, para o paradigma

de “Aprendizagem”, centrado na promoção da autonomia dos seus Estudantes.

1 Resultante da aplicação do Decreto-Lei nº 42/2005 publicado em Diário da República nº 37 I-A

2 A Framework for Qualifications of the European Higher Education Area -

http://ecahe.eu/w/index.php/Framework_for_Qualifications_of_the_European_Higher_Education_Area (documento consultado a 23/3/2015)

Page 4: Desenvolvimento de Soft Skills, ISTtutorado.tecnico.ulisboa.pt/files/sites/40/apresentacao-do-artitgo.pdf · Soft Skills Basic Kit - em 2011/2012 e o terceiro -Time Management Skills

4

A profundidade das alterações nas práticas de Ensino e Aprendizagem de cada Escola

veio muitas vezes acentuar a discrepância existente entre o Ensino Secundário e o

Ensino Superior (Gonçalves, Soares, Marques, Machado, Fernandes, Machado,

Almeida, Casal & Vasconcelos, 2004; Seco, 2005; Soares, Osório, Capela, Almeida,

Vasconcelos & Caires, 2000) – na verdade, não se registou nenhuma alteração nas

práticas do Ensino Secundário português orientada explicitamente para facilitar a

compatibilidade com o novo paradigma de Ensino – Aprendizagem proposto para o

Ensino Superior.

2. Implementação de Bolonha no IST: a importância das Soft Skills

Num estudo preliminar para tentar avaliar os efeitos da adequação a Bolonha no IST, e

tomando como ponto de partida os anos entre 2004/05 e 2008/09, Graça e Patrocínio

(2010) encontram uma alteração na tendência dos rácios em 2007/08, possivelmente em

consequência da entrada em pleno funcionamento dos planos curriculares adequados ao

modelo de Bolonha. Com a introdução de novas Unidades Curriculares (planos

curriculares de Bolonha), muitos alunos ficaram inscritos pela 1ª vez quando já tinham

frequentado a UC do plano curricular anterior, implicando um decréscimo acentuado da

taxa de aprovação da 1ª vez.

Fig. 1 – Rácios de Sucesso por Ano Letivo (Graça & Patrocínio, 2010)

Num estudo posterior, Reis & Patrocínio (2012) continuam a assinalar taxas de Sucesso

Académico inferiores ao esperado – assim, após os três anos correspondentes à

Page 5: Desenvolvimento de Soft Skills, ISTtutorado.tecnico.ulisboa.pt/files/sites/40/apresentacao-do-artitgo.pdf · Soft Skills Basic Kit - em 2011/2012 e o terceiro -Time Management Skills

5

licenciatura, poucos alunos da geração de 2006/07 acabam o 1º ciclo, sendo a média

global do IST de 18%; este valor é de 14% para os alunos de 2º ciclo que terminam o

seu curso nos 5 anos previstos.

No Relatório de Concretização do Processo de Bolonha do IST, referente aos anos entre

2009 e 2011, quatro aspetos são considerados: a gestão da qualidade; as medidas de

apoio e promoção do sucesso escolar; a empregabilidade e a inserção na vida activa; os

novos públicos, a mobilidade e a cooperação internacional.

A informação apresentada neste relatório a respeito do Sistema de Garantia da

Qualidade das Unidades Curriculares do IST (QUC) permite-nos obter alguma

informação relativa à perceção que os estudantes do IST têm em relação às

competências e nível de aprofundamento das mesmas no âmbito das Unidades

Curriculares que frequentaram.

Fig. 2 - Competências e nível de aprofundamento referido pelos estudantes no âmbito QUC (2º semestre

de 2010/11) – CP, 2010

Uma análise da figura 2 revela que é sobretudo nos anos mais avançados da formação

(4º e 5º ano) que as Competências Transversais estão a ser dinamizadas com mais

intensidade. Foi em parte para proporcionar aos estudantes dos anos mais precoces da

sua formação (1º, 2º e 3º ano) um treino inicial de Competências Transversais a

desenvolver posteriormente, em parte para complementar as atividades do Programa de

Tutorado3, que a partir do ano letivo 2008/09 se iniciou uma colaboração entre o Corpo

3 http://tutorado.tecnico.ulisboa.pt/ (consultado 23/3/2015)

Page 6: Desenvolvimento de Soft Skills, ISTtutorado.tecnico.ulisboa.pt/files/sites/40/apresentacao-do-artitgo.pdf · Soft Skills Basic Kit - em 2011/2012 e o terceiro -Time Management Skills

6

Docente da Unidade Curricular (UC) de Portfolio (1º ano, 2º semestre do Curso de

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica) e a Equipa do Gabinete de Apoio ao

Tutorado (GATu).

3. Modelo Percursor/Presentation Skills: Portfolio de Mecânica e Seminário de

Aeroespacial

A UC de Portfolio de Engenharia Mecânica (MEMec) passou a integrar o Workshop

Portfolio de Engenharia Mecânica, a partir do ano letivo de 2008/09, que era de

frequência facultativa para os estudantes da UC, e apresentado por elementos da equipa

do GATu. A realização deste workshop surgiu após os Docentes se terem apercebido de

que muitos dos alunos não se apresentavam à avaliação a Portfolio, não se sabendo se

não o faziam por não terem conseguido encontrar um tema para o projeto, ou por não

possuírem um plano de trabalho que lhes permitisse concluir em tempo útil o Projeto. O

Portfolio de Engenharia Mecânica foi composto por três sessões que abrangiam o

desenvolvimento ou estimulação de ideias para o tema do Projeto, aprender a trabalhar

por objetivos e apresentações em público. A estrutura da UC inspirou-se, no geral, na

estrutura proposta por Ferreira da Silva & Figueiredo (2002) e por Ferreira da Silva e

Tribolet (2007) para a UC de Portfolio do Curso de Licenciatura em Engenharia

Informática.

A UC Seminário de Aeroespacial passou também a integrar, nesse ano letivo, módulos

de um Workshop de Soft Skills (De Bom a Excelente) promovido pelo GATu e

destinado a estudantes do IST que apresentavam elevado rendimento académico. A

integração do Workshop na UC surgiu por sugestão dos tutores do Mestrado em

Engenharia Aeroespacial (MEAero) e tinha como principais objetivos o ensino de

competências nas áreas do trabalho em equipa, gestão de tempo e apresentações orais

com recurso ao powerpoint.

Entre 2008/2009 e o presente ano de 2014/2015, o GATu participou em diversas

atividades e/ou UC de promoção de competências transversais, e em distintos anos

curriculares, contudo foi no MEMec e no MEAero que o modelo de integração de

competências transversais em UC de 1º Ciclo mais se tem desenvolvido.

Page 7: Desenvolvimento de Soft Skills, ISTtutorado.tecnico.ulisboa.pt/files/sites/40/apresentacao-do-artitgo.pdf · Soft Skills Basic Kit - em 2011/2012 e o terceiro -Time Management Skills

7

Assim, a partir do ano letivo de 2011/12 a participação do GATu na UC de Portfolio do

MEMec, foi substituída pela participação em sala de aula na “nova” UC de Introdução à

Engenharia Mecânica (IEMec), cujos objetivos são os seguintes:

Apoiar os alunos a construírem uma conceção clara do que é a Engenharia Mecânica, as

suas áreas de intervenção, importância no desenvolvimento científico e industrial, e o

seu impacto socioeconómico. Está integrada no 1º semestre do 1º ano, permitindo deste

modo a compreensão: da estrutura do MEMec, do seu funcionamento e do impacto do

desenvolvimento científico, tecnológico e industrial.

Embora os curricula do IST cumpram a sua missão no que toca à formação de futuros

profissionais com competências científicas e técnicas amplamente reconhecidas,

verificou-se ser necessário reforçar nos estudantes competências de gestão do tempo,

trabalho em equipa e de comunicação (escrita e oral). A importância dessas

competências é aliás fortemente valorizada pelo mercado de trabalho, e faz parte das

competências essenciais a um engenheiro mecânico4.

Deste modo a UC foi composta por aulas de seminários, aulas tutoriais e aulas de

acompanhamento do trabalho final de avaliação. Quatro das 14 aulas foram dadas pelo

GATu nos anos letivos 2011/12 a 2014/15, e dedicadas aos seguintes temas: Gestão de

Tempo, Trabalho em Equipa, Expressão Escrita e Expressão Oral.

Desde 2011/12 passou a existir também uma relação direta entre IEMec e a Tutoria, na

medida em que os tutores do MEMec são simultaneamente os docentes de IEMec,

acompanhando todos os alunos que se encontrem inscritos no turno prático atribuído ao

docente. Esta aproximação pretende fomentar a aproximação dos tutores aos alunos,

garantindo assim que no 1º semestre de aulas do aluno o seu tutor seja também seu

docente.

O Seminário de Aeroespacial II constituiu-se como um “tubo de ensaio” do

desenvolvimento do ensino de competências transversais pelo GATu, uma vez que as

4 Objetivos da UC de IEMec, consultados na página da UC (novembro 2013):

https://fenix.ist.utl.pt/publico/degreeSite/viewCurricularCourse.faces?degreeID=139&degreeCurricularPlanID=424&curricularCourseID=141176&contentContextPath_PATH=/cursos/memec&_request_checksum_=d0741c0e54e21e82e7b771adb14b8a6d3fcf6836

Page 8: Desenvolvimento de Soft Skills, ISTtutorado.tecnico.ulisboa.pt/files/sites/40/apresentacao-do-artitgo.pdf · Soft Skills Basic Kit - em 2011/2012 e o terceiro -Time Management Skills

8

avaliações anuais5 revelaram sucessivamente aspetos a melhorar, e as opiniões dos

alunos foram tomadas em conta e incluídas a cada novo ano letivo. O programa

executado em 2012/13 foi o que obteve um melhor feedback por parte dos alunos,

considerando-se assim ter-se alcançado o ponto de otimização, a partir do qual será

apenas necessário fazer alguns ajustes.

Os objetivos da UC em 2012/13 foram os seguintes: dar uma visão panorâmica dos

diversos tipos de veículos aeroespaciais e sua evolução, e desenvolver o gosto pela

prática de atividades extra - curriculares que ajudem a complementar a formação

académica e/ou que sejam relevantes para a sociedade6.

As principais alterações ao formato do Workshop ocorreram nos anos letivos 2012/13 e

2014/15, passando a integrar uma componente de acompanhamento personalizado aos

grupos de trabalho, no sentido de otimizar a aprendizagem, tendo mantido a

componente teórica, que foi reduzida para 2 sessões. Deste modo, o Workshop foi

composto por 2 sessões teóricas, que se realizaram ao longo de 2 aulas e por um mínimo

de uma reunião de acompanhamento por grupo de alunos, num total de 16 grupos.

Nestas sessões de acompanhamento os alunos podem simular a apresentação e receber

feedback sobre a exposição oral: postura corporal, colocação da voz, linguagem usada,

suporte visual, etc.

Para além das sessões de enquadramento teórico (Técnicas básicas de pesquisa e de

leitura de artigos científicos e Apresentações Orais) e das sessões de acompanhamento,

decorre uma sessão de apresentação do grupo do seu projeto, com avaliação pelo corpo

docente, por um elemento do GATu e pelos pares.

Após a apresentação em sala de aula, o grupo receberá um feedback final da equipa do

GATu, que tem como objetivo realçar os progressos observados entre o dia da

simulação e o dia da apresentação, bem como indicar algumas características que

poderão ser melhoradas em futuras apresentações. Os critérios de avaliação da equipa

5 Informação consultada em (novembro 2013) - http://tutorado.tecnico.ulisboa.pt/avaliacao/formacoes-

discentes/

6 Objetivos da UC de Seminário Aeroespacial II, consultados na página da UC (Novembro 2013):

https://fenix.ist.utl.pt/disciplinas/sa364/2012-2013/2-semestre/objectivos

Page 9: Desenvolvimento de Soft Skills, ISTtutorado.tecnico.ulisboa.pt/files/sites/40/apresentacao-do-artitgo.pdf · Soft Skills Basic Kit - em 2011/2012 e o terceiro -Time Management Skills

9

são explícitos para os estudantes desde o início (ver Figura 3), e são classificados de

acordo com uma rating scale que vai de 1 até 5, em que 1 corresponde a ‘não cumpriu’

e 5 a ‘cumpriu’.

A colaboração do GATu tem como objetivo não apenas apoiar os grupos nas suas

apresentações, permitindo-lhes otimizar o seu desempenho, mas também transmitir os

conceitos básicos relacionados com o profissionalismo ao nível do relacionamento

interpessoal/inteligência emocional aplicados quer às apresentações orais quer ao

funcionamento em grupo/liderança.

Reuniões Preparatórias

Entregar apresentação em tempo útil

Marcação da reunião em tempo útil

Comparência de todos os elementos à reunião

Evidência de boa interação entre os elementos do grupo

Disponibilidade para aceitar/integrar os feedbacks do GATu

Apresentação

Adequação do suporte ao tempo de apresentação

Evidência de que leram/integraram a informação on line na página da UC

Homogeneidade da apresentação

Qualidade do texto/imagens/gráficos

Adequação do texto/imagens/gráficos aos conteúdos da apresentação

Grau de aperfeiçoamento da apresentação enviada

Grau de profundidade conceptual da apresentação

No dia da apresentação

Grau de evolução da apresentação em relação ao ensaio geral

Comparência de todos os elementos do grupo/pontualidade/apresentação

Evidência de boa interação entre os elementos do grupo

Gestão do tempo

Homogeneidade da apresentação

Capacidade para manter o interesse dos colegas

Capacidade para responder às questões dos colegas

Rigor na linguagem usada

Capacidade para apresentar com boa colocação de voz e sem ‘cábulas’

Fig. 3 – Quadro dos Critérios de Avaliação da Equipa do GATu para avaliação das Apresentações de

Seminário II de MEAero

Page 10: Desenvolvimento de Soft Skills, ISTtutorado.tecnico.ulisboa.pt/files/sites/40/apresentacao-do-artitgo.pdf · Soft Skills Basic Kit - em 2011/2012 e o terceiro -Time Management Skills

10

4. Consolidação do Modelo/ Soft Skills Basic Kit: Extensão do Modelo de

IEMec a UC de 1º Ciclo

No ano letivo de 2013/14, o GATu recebeu pedidos de colaboração nas seguintes

UC: Engenharia Civil e Ambiente (MEC), Projeto de Arquitetura I (MA), Portfolio

(MEEC) e Introdução à Engenharia Informática, Campus Alameda e Campus

Taguspark (LEIC-A e LEIC-TP). Nestas UC as competências transversais

apresentadas e treinadas foram:

1) Gestão de Tempo (que inclui definir objetivos, priorizar tarefas, diferentes tipos

de planeamento e suas características e uma dinâmica individual de desenho de

mind maps);

2) Trabalho em Equipa (que inclui uma dinâmica em grupo – ‘a jangada’, as

regras da formação de uma equipa e alguns princípios gerais de comunicação

interpessoal, incluindo os conceitos de feedback e de assertividade);

3) Expressão Escrita (que inclui tipo e estrutura geral de diferentes documentos

escritos, fases de elaboração de um trabalho, plágio e ética, referências e

citações bibliográficas, discussão dos princípios gerais do estilo de escrita

científica e ainda uma dinâmica individual de análise de materiais escritos -

monografias, relatórios técnicos e artigos científicos);

4) Expressão Oral (que inclui uma apresentação geral relativa à elaboração da

apresentação, com particular destaque para os aspetos de Preparação, Design e

Apresentação com recurso ao Power Point; neste módulo não existe exercício

prático promovido pela equipa do GATu, já que habitualmente a UC tem uma

apresentação oral individual ou em grupo para avaliação).

A metodologia de trabalho adotada em todas as UC (à exceção de LEIC-A e LEIC-

TP) foi em tudo semelhante à desenvolvida em IEMec, i.e. os estudantes estão em

sala de aula com o docente da UC e um elemento da equipa do GATu, o docente é

também o tutor deste grupo de estudantes/turma. A equipa do GATu faz geralmente

uma breve apresentação (45 minutos a uma hora) apoiada por um Power Point que é

depois facultado a Docentes e Estudantes na Página da UC, bem como alguns textos

de apoio de entre os que se encontram publicados na Homepage do Tutorado7; uma

7 http://tutorado.tecnico.ulisboa.pt/material-de-apoio/textos-de-apoio/

Page 11: Desenvolvimento de Soft Skills, ISTtutorado.tecnico.ulisboa.pt/files/sites/40/apresentacao-do-artitgo.pdf · Soft Skills Basic Kit - em 2011/2012 e o terceiro -Time Management Skills

11

parte da aula é dedicada à discussão em grande grupo dos exercícios práticos e/ou

conceitos apresentados.

Fig. 4 – Exemplo de Mind Map desenhado numa aula, por alunos, sobre ‘trabalho em equipa’

Fig. 5 - Exemplo de Mind Map desenhado numa aula, por alunos, sobre ‘gestão de tempo’

Page 12: Desenvolvimento de Soft Skills, ISTtutorado.tecnico.ulisboa.pt/files/sites/40/apresentacao-do-artitgo.pdf · Soft Skills Basic Kit - em 2011/2012 e o terceiro -Time Management Skills

12

Fig. 6, 7, 8 – Exercício da “Jangada” nas UC de Expressão Oral e Escrita (MEGM) e de Portfolio

(MEEC)

Nos cursos de MEMec, MA e MEC a colaboração com o GATu nas UC acima

identificadas pode considerar-se que decorre num contexto de real integração entre a

componente estritamente académica e a componente tutorial, já que os docentes que

prestam serviço nas UC de competências transversais são, simultaneamente, os tutores

dos alunos do 1º ano dos cursos respetivos, na razão aproximada de um docente/tutor

por cada grupo de 15 estudantes. Nestas condições, as competências transversais

treinadas no âmbito destas UC’s podem ser monitorizadas e aperfeiçoadas no contexto

da relação entre o tutor e os seus alunos, que dura tipicamente um semestre e

compreende uma componente de avaliação dessas mesmas competências.

No ano letivo de 2013/14 esta colaboração entre o GATu e as UC traduziu-se no

envolvimento de um total de 52 docentes, com 1481 estudantes a beneficiarem

diretamente desta colaboração, num total de 15 horas e meia de aulas em que o GATu

participou (a multiplicar pelo número de turnos de cada UC). Como se poderá verificar

pela figura 9, o nº de ECTS que cada uma destas UC vale varia de 1, 5 (p.ex. para

IEMec e ECA) até 9 (p.ex. para PA1).

Page 13: Desenvolvimento de Soft Skills, ISTtutorado.tecnico.ulisboa.pt/files/sites/40/apresentacao-do-artitgo.pdf · Soft Skills Basic Kit - em 2011/2012 e o terceiro -Time Management Skills

13

Fig. 9 – Caracterização das UC em que o GATu colaborou no ano letivo de 2013/14 (1º Semestre)

No âmbito da UC de Portfolio de MEEC, a equipa do GATu colaborou na elaboração

de dois capítulos de um livro de apoio, a ser editado pela IST Press sob a coordenação

editorial do Prof. João Miranda Lemos, regente da UC.

5. Expansão e Complexificação do Modelo/Time Management Skills: LEIC –

AL e LEIC – TP

No seguimento da colaboração do GATu com o Corpo Docente de LEIC – A e LEIC –

TP em torno das questões de gestão de tempo, foi construída uma ferramenta de gestão

de tempo, que chamamos Alfredo Bensaúde, em homenagem ao Primeiro Diretor do

IST. Este ficheiro Exel, bastante sofisticado e desenvolvido à medida das necessidades

dos estudantes do 1º ano do IST, permite: consciencializar os alunos das horas de estudo

desejáveis para cada UC; facilitar a organização das horas de estudo no planeamento

semanal; clarificar as diferenças entre a “semana planeada”, a “semana executada” e

promover a reflexão sobre as diferenças entre ambas. Para além destes objetivos, foram

ainda incluídas a monitorização das horas de sono, alimentação, lazer, aulas e

deslocação na organização semanal de cada estudante.

Page 14: Desenvolvimento de Soft Skills, ISTtutorado.tecnico.ulisboa.pt/files/sites/40/apresentacao-do-artitgo.pdf · Soft Skills Basic Kit - em 2011/2012 e o terceiro -Time Management Skills

14

A utilização da ferramenta inicia-se na primeira semana de aulas do respetivo semestre

(neste caso, 1º semestre de 2014/15), altura na qual o aluno preenche o planeamento da

semana seguinte incluindo no horário as várias categorias mencionadas. No final do

planeamento, o aluno clica no botão que “encerra” o planeamento, guardando o número

de horas que planeou para cada categoria. Ao longo da semana vai inserindo no horário

as alterações que tiveram lugar e, no final da semana, “encerra” o executado. Neste

momento, ficarão automaticamente visíveis o número de horas planeado e o número de

horas executado. O aluno é, igualmente, convidado a inserir comentários justificativos

dos desvios verificados. Estes dados vão sendo guardados no ficheiro e o Dashboard de

análise indica, por categoria e disciplina (quando aplicável) quais os desvios entre o

planeado e o executado ao longo das semanas para que o aluno consiga analisar, de

forma clara, quais as categorias - e ou UC - em que surgiram mais desvios, em que o

planeado foi mais próximo do executado e quais as percentagens respetivas.

Os estudantes usaram esta ferramenta durante sete semanas consecutivas, após as quais

elaboraram um relatório de reflexão pessoal que fazia parte da UC de Introdução à

Engenharia Informática, que valia 15% da sua classificação final à UC.

6. Avaliação: Breve Anotações

O impacto dos três modelos no desenvolvimento das competências transversais é muito

difícil avaliar, já que esta avaliação teria necessariamente de envolver uma componente

de follow-up que permitisse avaliar o uso dos conhecimentos adquiridos nos módulos

de competências transversais nas restantes unidades curriculares ao longo do curso e,

posteriormente, na vida profissional destes estudantes.

Limitamo-nos, por isso, a apresentar alguns resultados relativos a estes três modelos,

conscientes de que os mesmos poderão ser considerados ainda pouco significativos, se

excluirmos a progressiva confiança que os Coordenadores de Curso e os Docentes

depositam neste trabalho, visível no aumento progressivo do número de UC envolvidas,

que neste ano letivo voltou a crescer, envolvendo também a UC de Expressão Oral e

Escrita do Curso de Mestrado em Engenharia Geológica e de Minas e a UC de

Introdução à Engenharia de Redes.

Page 15: Desenvolvimento de Soft Skills, ISTtutorado.tecnico.ulisboa.pt/files/sites/40/apresentacao-do-artitgo.pdf · Soft Skills Basic Kit - em 2011/2012 e o terceiro -Time Management Skills

15

Presentation Skills

Nos cursos de MEMec, MA e MEC a colaboração com o GATu pode considerar-se

decorrer num contexto de real integração entre a componente estritamente académica e

a componente tutorial. Nestas condições, as competências transversais treinadas no

âmbito destas UC podem ser monitorizadas e aperfeiçoadas no contexto da relação entre

o tutor e os seus alunos, que dura tipicamente um semestre e compreende uma

componente de avaliação dessas mesmas competências.

Apenas a UC de Introdução à Engenharia Mecânica, de entre as que reúnem as

condições acima descritas, se encontra disponível em termos de avaliação, para o ano

letivo de 2011/12, e o nível geral de satisfação dos estudantes é elevado (71,3%) ou

muito elevado (20,2%). A aula considerada menos satisfatória pelos estudantes foi a de

gestão de tempo (contrariando a perceção dos docentes de que é a que maior impacto

positivo poderá ter sobre os resultados académicos dos alunos ao longo do tempo).

Aconselha-se, porém, uma leitura atenta da avaliação desta UC8.

Soft Skills Basic Kit

Nos cursos de MEAer, MEEC, MA e LEIC-A/LEIC-TP a colaboração do GATu é

relativamente pontual, com a apresentação de um número limitado de conteúdos e

exercícios práticos sobre as temáticas de gestão de tempo e trabalho em equipa

(tipicamente apenas uma aula por conteúdo), exceção feira à UC de Seminário II do

MEAer. Como se poderá verificar pela consulta das avaliações desta UC, realizada em

colaboração com o Profº. Fernando Lau desde o ano letivo 2009/10, têm vindo a

realizar-se alterações significativas no formato da UC, no sentido de uma diminuição do

número de aulas presenciais e de um aumento do apoio personalizado aos grupos de

trabalho, com uma avaliação que é progressivamente mais positiva por parte dos

estudantes (ver avaliações para uma leitura mais aprofundada das conclusões e

alterações pedagógicas implementadas).

Time Management Skills

Na avaliação do programa, realizado numa primeira fase através de um questionário, a

Ferramenta Alfredo Bensaúde foi considerada por 38% dos alunos como sendo Muito

8 Informação consultada em (novembro 2013) - http://tutorado.tecnico.ulisboa.pt/avaliacao/formacoes-

discentes/

Page 16: Desenvolvimento de Soft Skills, ISTtutorado.tecnico.ulisboa.pt/files/sites/40/apresentacao-do-artitgo.pdf · Soft Skills Basic Kit - em 2011/2012 e o terceiro -Time Management Skills

16

Útil na perceção do tempo necessário para o estudo autónomo e 34% referiram que foi

Muito Útil na sua gestão do tempo.

Da avaliação desta primeira aplicação surgiram também, por parte dos alunos, sugestões

e pedidos de adaptação – maioritariamente no sentido de permitir maior personalização

- que foram cuidadosamente analisados, selecionados e aplicados ao ficheiro de forma a

que, no próximo ano, a ferramenta esteja mais próxima das reais necessidades dos

participantes do projeto.

Verificou-se igualmente, analisando os resultados académicos dos participantes do

projeto no final desse semestre, que estes foram os melhores dos últimos 14 semestres

(7 anos), para o mesmo curso e para as mesmas disciplinas, ainda que esta melhoria dos

resultados académicos dos estudantes não possa ser atribuída de forma inequívoca ao

uso da Ferramenta Alfredo Bensaúde.

Uma avaliação mais extensa do impacto destas formações no desenvolvimento das

competências transversais dos estudantes do IST ao longo do tempo poderia, num futuro

próximo, facilitar uma discussão alargada na comunidade científica a respeito das

vantagens da homogeneização das práticas de treino de competências transversais nos

cursos de Engenharia, fazendo uma diferenciação clara entre as competências a treinar

no 1º e no 2º ciclo. A discussão poderá incluir temáticas como a estrutura das UC’s

(p.ex. modo como as mesmas se podem integrar com as atividades de tutorado),

abrangência (p.ex. se a participação deve ser tendencialmente opcional ou obrigatória),

objetivos de aprendizagem, métodos de ensino e avaliação, corpo docente e carga

horária recomendada.

7. Referências bibliográficas

Bensaúde, A. (2003) Notas Histórico-Pedagógicas sobre o Instituto Superior Técnico

Lisboa: IST Press, facsimile de uma edição de 1922 da Imprensa Nacional Casa da

Moeda

CCC/IST (2005) O Processo de Bolonha e a Organização da Formação Superior no IST

consultado em [Março 2010] http://www.ist.utl.pt/files/bolonha/bolonha.pdf

Page 17: Desenvolvimento de Soft Skills, ISTtutorado.tecnico.ulisboa.pt/files/sites/40/apresentacao-do-artitgo.pdf · Soft Skills Basic Kit - em 2011/2012 e o terceiro -Time Management Skills

17

CP/IST (2011) Relatório de Concretização do Processo de Bolonha do IST, Ano Letivo

2009/11, http://nep.tecnico.ulisboa.pt/atividades/estudos-processo-

educativo/#Organiza%C3%A7%C3%A3o%20Curricular (consultado em 23/3/2015)

Daniel, J., Kanwar, A. & Uvalic-Trumbic, S. (2006) A Tectonic Shift in Global Higher

Education Change, November-December, pp 5

Dickinson, D. (1991) Positive Trends in Learning: Meeting the Needs of a Rapidly

Changing World www.newhorizons.org/positivetrends.html

Ferreira da Silva, A. & Dias de Figueiredo, A. (2002) Teaching Management to

Engineering Students: Acting as a Learning Organization, International Conference on

Engineering Education, Manchester, ICEE, August

Ferreira da Silva, A. & Tribolet, J. (2007) Developing Soft Skills in Engineering Studies

– the Experience of Students’ Personal Portfolio, International Conference on

Engineering Education, Coimbra, ICEE, September

Floud, Roderick (2006) The Bologna Process: Transforming European Higher

Education Change, July-August, pp 8-15

Gonçalves, A., Soares, A. P., Marques, A. P., Machado, C., Fernandes, E., Machado, J.

C., Almeida, L., Casal, M. & Vasconcelos, R. (2004) Relatório Final do Projecto

“Transição, Adaptação e Rendimento Académico de Jovens no Ensino Superior”

Universidade do Minho, Braga

Graça, M. & Patrocínio, C. (2010) Evolução dos Rácios de Sucesso Escolar entre

2004/05 e 2008/09: efeitos da adequação a Bolonha,

http://nep.tecnico.ulisboa.pt/atividades/estudos-processo-

educativo/#Organiza%C3%A7%C3%A3o%20Curricular (consultado em 23/3/2015)

Kezar, A. Higher Education Trends (1999-2000),

www.eriche.org/trends/students2000.html.

Page 18: Desenvolvimento de Soft Skills, ISTtutorado.tecnico.ulisboa.pt/files/sites/40/apresentacao-do-artitgo.pdf · Soft Skills Basic Kit - em 2011/2012 e o terceiro -Time Management Skills

18

Kovel-Jarboe, P. (2000) The Changing Contexts of Higher Education and Four Possible

Futures for Distance Education - horizon.unc.edu/projects/issues/papers/kovel.asp.

Reis, A. & Patrocínio, C. (2012) Abandono e Sucesso Escolar no IST – Uma análise

geracional, IST, http://nep.tecnico.ulisboa.pt/atividades/estudos-processo-

educativo/#Organiza%C3%A7%C3%A3o%20Curricular (consultado 23/3/2015)

Seco, M.G. (Coord. Cient.), (2005) Para uma abordagem psicológica da transição do

ensino secundário para o ensino superior: pontes e alçapões Cadernos do Ensino

Superior do Instituto Politécnico de Leiria

Soares, A. P., Osório, A., Capela, J. V., Almeida, L.S., Vasconcelos, R. M. & Caires, S.

M. (2000) Transição para o Ensino Superior, Conselho Académico, Universidade do

Minho

Zusman, A. (1999) Issues Facing Higher Education in the Twenty-First Century. In

Altbach, P., Berdahl, R., & Gumport, P. in American Higher Education in the Twenty-

First Century: Political, Social, and Economic Challenges (pp 109-148). Baltimore,

MD: Johns Hopkins University Press.