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Universidade Federal de Minas Gerais Curso de Pós-Graduação em Engenharia Metalúrgica e de Minas Dissertação de Mestrado “Desenvolvimento de um Sistema de Gestão Integrado” Autora: Lea Cabral Bittencourt Orientador: Professor Doutor Osmário Dellaretti Filho Área de concentração: Metalurgia Extrativa Maio 2002

Desenvolvimento de um Sistema de Gestão Integrado

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Este trabalho compatibiliza a padronização de pequenas e médias empresas através da integração das normas da série ISO 9000 / 14000 e BS 8800 – Sistema de Gestão Integrado, é conveniente porque procura evidenciar a simultaneidade dos eventos gerenciais que ocorrem na empresa.O controle operacional será associado ao controle ambiental e ao controle laboral (saúde e segurança do trabalhador), originando os registros necessários à futura certificação ISO 9001 / 14001. A BS 8800, é importante porque demonstra a preocupação com os funcionários, agentes responsáveis pela sobrevivência, hoje, da empresa.

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Page 1: Desenvolvimento de um Sistema de Gestão Integrado

Universidade Federal de Minas Gerais

Curso de Pós-Graduação em Engenharia

Metalúrgica e de Minas

Dissertação de Mestrado

“Desenvolvimento de um

Sistema de Gestão Integrado”

Autora: Lea Cabral Bittencourt

Orientador: Professor Doutor Osmário Dellaretti Filho

Área de concentração: Metalurgia Extrativa

Maio – 2002

Page 2: Desenvolvimento de um Sistema de Gestão Integrado

II

“Excelência é uma habilidade que se conquista com treinamento e

prática. Nós somos aquilo que fazemos repetidamente.

Excelência, então, não é um ato, mas um hábito”.

Aristóteles – 384-322 – a.C.

Agradecimentos

Ao meu marido e minhas filhas, pelo amor, paciência e compreensão, pois sempre

acreditaram em meu potencial e me deram muita força;

Ao meu orientador, um poço de otimismo e entusiasmo, superando todos os obstáculos;

Aos funcionários da FORNAC, por auxiliarem no resultado almejado.

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Page 3: Desenvolvimento de um Sistema de Gestão Integrado

III

Sumário

Lista de Figuras............................................................................................... IV

Resumo............................................................................................................. V

Abstract............................................................................................................ VI

1 Introdução.............................................................................................. 1

2 Objetivos................................................................................................ 3

3 Revisão Bibliográfica............................................................................. 5

4 Metodologia............................................................................................ 15

4.1 Modelo do SGI...................................................................................... 15

4.2 Pequena e Média Empresa de Fundição............................................. 17

4.4 Atividades a Desenvolver..................................................................... 20

4.5 Pesquisa de Diagnóstico........................................................................ 23

4.6 Considerações........................................................................................ 25

4.7 Proposta de Implantação do SGI........................................................ 26

5 Implantação Executada do SGI........................................................... 29

5.1 FORNAC (apresentação)..................................................................... 29

5.2 Equipe de trabalho............................................................................... 31

5.3 Princípios básicos.................................................................................. 31

5.4 Existe na FORNAC............................................................................... 31

5.5 Precisa ser Definido.............................................................................. 32

5.6 Escolha da UGB.................................................................................... 32

6 Discussão................................................................................................ 35

7 Conclusões............................................................................................. 37

8 Sugestões................................................................................................ 38

8.1 Conhecimento e controle de custos....................................................... 38

8.2 Relações interpessoais.......................................................................... 38

9 Referências Bibliográficas.................................................................... 39

10 Anexos.................................................................................................... 41

10.1 Cronograma de Atividades deste trabalho......................................... 42

10.2 Questionário para a coleta de dados: (perguntas respondidas pela

(FORNAC)........................................................................................................ 43

10.3 Política elaborada para atender ao SGI............................................. 45

10.4 Organograma Funcional – FORNAC 46

10.5 Exemplo de planilha utilizada para descrever o negócio do setor... 47

10.6 Exemplo de relatório de três gerações utilizado para analisar os

problemas do setor........................................................................................... 48

10.7 Exemplo de relatório de três gerações utilizado para analisar os

problemas do setor........................................................................................... 49

Page 4: Desenvolvimento de um Sistema de Gestão Integrado

IV

Lista de Figuras

Figura 3.1 – SGI – Sistema de Gestão Integrado. ................................................................................. 6

Figura 3.2 – Balança de Equilíbrio da Visão Integrada (FIGUEIRA, 2000). ......................................... 8

Figura 3.3 – Espiral do processo de gestão (CARVALHO, 1997). ........................................................... 9

Figura 3.4 – Processo do desenvolvimento consciente e básico do SGI (Comissão Mundial sobre o

Meio Ambiente e Desenvolvimento, 1991). ................................................................................ 10

Figura 3.5 – Consciência ambiental. .................................................................................................... 11

Figura 3.6 – Gestão Integrada. ............................................................................................................ 11

Figura 3.7 – Ambiente de sistema empresarial no SGI....................................................................... 12

Figura 4.1 – Matriz de correlação. ...................................................................................................... 16

Figura 4.2 – Modelo Padrão de Pequenas e Médias Empresas de Fundição. .................................... 18

Figura 4.3 – Engrenagem. .................................................................................................................... 21

Figura 4.4 – Balanço da Unidade Operacional. .................................................................................. 24

Figura 4.5 – Avaliação do impacto ambiental na unidade operacional. ............................................ 24

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Page 5: Desenvolvimento de um Sistema de Gestão Integrado

V

Resumo

Este trabalho compatibiliza a padronização de pequenas e médias empresas através da

integração das normas da série ISO 9000 / 14000 e BS 8800 – Sistema de Gestão

Integrado, é conveniente porque procura evidenciar a simultaneidade dos eventos

gerenciais que ocorrem na empresa.

O controle operacional será associado ao controle ambiental e ao controle laboral (saúde

e segurança do trabalhador), originando os registros necessários à futura certificação

ISO 9001 / 14001. A BS 8800, é importante porque demonstra a preocupação com os

funcionários, agentes responsáveis pela sobrevivência, hoje, da empresa.

Como objetivos imediatos do Sistema de Gestão Integrado, podemos salientar:

padronizar pequenas e médias empresas promovendo sua manutenção competitiva no

mercado.

Através do SGI, cria-se um critério simplificador para a capacitação nacional e

internacional da empresa, de seu processo e, conseqüentemente, de seu produto.

Os aspectos enfatizados do SGI geram os sistemas (SGP/SGA/SGI), contidos neles

próprios, que juntos garantem a uniformidade de produtos da empresa.

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Page 6: Desenvolvimento de um Sistema de Gestão Integrado

VI

Abstract

This paper is based on the general principles of good management and is designed to

enable the integration of occupational heath and safety management (BS 8800) within

an overall management system (ISO 9000 / 14000) to help small and medium sized

enterprises standardization.

The Integrated Management System shall be developed because it isn’t possible to

manage production, environment and occupational heath and safety in an independent

way, as the industrial operations that create the product generates the impacts and the

risks.

The basic principles of management are common irrespective of the activity being

managed, be it production, environment control, health and safety control or other

organizational activities.

The organization may see benefits in having an Integrated Management Systems. The

SGP is important because manage quality system and business performance: design,

process and document control, purchasing, control of quality records, etc. The SGA is

important because manage environment system: emergency preparedness and response,

minimize impacts, increase communications, continual improvement, etc. The SGL is

important because manage other aspects of business performance: minimize risk to

employers and others and assist organizations to establish a responsible image within

the market place.

As immediate goals of the Integrate Management System (SGP, SGS, SGL), we can

mention: standard small and medium sized companies promoting its competitiveness in

the international and national market.

Though of the Integrate Management System, for the national and international

company training be created a simpler criterion of process and consequently of product.

These emphasized aspects of Integrate Management Systems generate the systems

(SGP, SGA, SGL) contained in themselves, promoting standard products.

Page 7: Desenvolvimento de um Sistema de Gestão Integrado

1

1 Introdução

As pequenas e médias empresas brasileiras, apesar de possuírem funcionários

especialistas em cada função (a maioria com experiência e prática, mas sem

fundamentação teórica), sofrem com a escolaridade baixa, situação financeira instável e

baixo nível tecnológico daqueles profissionais. Estes fatores resultam em uma qualidade

muito variável que podem levar a grandes perdas para a empresa. A padronização

aparece para suprir esta deficiência, colocando nossas empresas no mesmo padrão das

internacionais, demonstrando que mantêm coeficiente de qualidade controlado ou a

uniformidade do produto que atenderá às necessidades e expectativas dos clientes.

A certificação comprovará o controle e rastreabilidade dos processos e proporcionará o

reconhecimento necessário à competição no mercado globalizado em pé de igualdade.

O meio ambiente hoje é reconhecidamente um tema de preocupação mundial e, para sair

na frente, quem conseguir provar o comprometimento com a sua preservação vai estar

apto a vencer as barreiras impostas na comercialização internacional. As pequenas e

médias empresas, infelizmente, só investem no meio ambiente se forem pressionadas

pelos órgãos ambientais ou por exigência dos clientes. Talvez por falta de conhecimento

não consigam perceber que o controle ambiental, há muito tempo, deixou de ser custo

para se tornar investimento com retorno garantido de todos os ângulos possíveis.

A preocupação com funcionários, colaboradores, clientes e fornecedores é também

ponto primordial para fazer a diferença entre os competidores num acordo comercial.

As pequenas e médias empresas têm que aprender que os funcionários motivados são

mais produtivos e menos problemáticos.

As organizações de todos os tipos estão cada vez mais preocupadas em atingir e

demonstrar o seu desempenho em Segurança e Saúde no Trabalho (SST), controlando

os riscos de acidentes e de doenças ocupacionais provenientes de suas atividades. Mas

elas precisam ir além, buscando atender às necessidades e expectativas de seus

funcionários, garantindo a eles o mínimo necessário para trabalhar dignamente.

Para maior abrangência, este trabalho compatibiliza a padronização de pequenas e

médias empresas através da integração das normas da série ISO 9000 / 14000 e BS 8800

Page 8: Desenvolvimento de um Sistema de Gestão Integrado

2

– Sistema de Gestão Integrado, simplesmente porque não pode haver gerenciamento

seqüenciado de produto, meio ambiente, saúde e segurança do trabalhador. Tudo

acontece ao mesmo tempo e o gerenciamento deve seguir esta lógica: produzir cuidando

de preservar o meio ambiente e garantindo a segurança e a saúde do trabalhador.

Para resposta imediata de melhoria, o primeiro passo é o conhecimento da empresa para

que a padronização advinda da norma consiga sanar as maiores dificuldades de

processo/produção/desenvolvimento da empresa, e que a mesma utilize esta

documentação efetivamente para seu progresso contínuo. É evidente a necessidade de

entender que se podem ter grandes ganhos em produtividade se os padrões

comunicarem de maneira simples o conhecimento técnico e gerencial às pessoas que

executam as tarefas.

Os padrões devem ser simples e de fácil acesso. Aqueles procedimentos de várias

páginas descritos de forma prolixa devem ser eliminados através de planejamento

específico. O controle operacional será associado ao controle ambiental e ao controle

laboral (saúde e segurança do trabalhador), originando os registros necessários à futura

certificação ISO 9001 / 14001.

Para este trabalho estamos propondo a implantação do sistema de gestão integrada e o

seu teste executado propriamente em empresa de tamanho médio.

Page 9: Desenvolvimento de um Sistema de Gestão Integrado

37

7 Conclusões

Nosso trabalho deu bons frutos e como conclusão final temos:

Todo o sistema gerencial proposto teve mais do que 1 ano como planejado;

As mudanças de comportamento observadas são lentas, custos talvez

possam acelerá-las ligeiramente.

Não se deve desenvolver nenhum trabalho sem ônus para a empresa; pelo

menos 2 estudantes de graduação deveriam ser utilizados. Primeiramente, é

uma oportunidade de estágio para os nossos estudantes; segundo, os dados

obtidos seriam mais reais e representativos agilizando a pesquisa e terceiro,

o empresário sentido o custo aproveitaria mais o mestrando e o professor,

que reverteria em maior agilidade das ações;

Antes de implantar qualquer sistema de gestão devemos trabalhar a

organização da empresa e incutir em todos a importância do planejamento,

fazer valer o PEVA.

Page 10: Desenvolvimento de um Sistema de Gestão Integrado

38

8 Sugestões

Como sugestão de trabalhos futuros a serem realizados conjuntamente à manutenção do

SGI nas pequenas e médias empresas podemos salientar:

8.1 Conhecimento e controle de custos

Onde cada setor da empresa, seria considerado uma microempresa e portanto

conhecendo e controlando seus custos, o que levaria a um ganho global com dimensão

das perdas e aumento de lucro.

8.2 Relações interpessoais

Treinamento direcionado para liderança e melhoria de relação entre funcionários e

superiores. Onde cada um vai se conscientizar de sua importância na empresa.

Page 11: Desenvolvimento de um Sistema de Gestão Integrado

39

9 Referências Bibliográficas

Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento. Nosso Futuro

Comum, 2ª edição. Editora da Fundação Getúlio Vargas: Rio de Janeiro, 1991.

CARVALHO, Telismar Cardoso. Análise Geral do SGQ. 1ª edição – B. H.: Editora

Liberal, 1997.

FIGUEIRA, Maria Eugênia Minelli. Sistema de Gestão Integrado – Qualidade, Meio

Ambiente, Saúde e Segurança Ocupacional. Apostila do curso de pós-graduação –

UFMG, 2000.

CERQUEIRA, Jorge P. ISO 9000 no Ambiente da Qualidade Total. 4ª edição – RJ:

Editora Imagem, 1995.

PURI, Subash C. ISO 9000 – Certificação – Gestão da Qualidade Total. 1ª edição –

RJ: Qualitymark editora, 1994.

CAIAZEIRA, Jorge E. R. ISO 14000 – Manual de Implantação. 1ª edição – RJ:

Qualitymark editora, 1997.

REIS, Luiz F. S., MAÑAS, Antônio. ISO 9000 – Implementação e Gerenciamento para

a Qualidade Total. 1ª edição – São Paulo: Editora Erica, 1996.

HIETCHINS, Greg. ISO 9000 – Um guia completo para o registro, as diretrizes da

auditoria e a certificação bem sucedida. 1ª edição – São Paulo: Editora Makrons

Books, 1996.

OLIVEIRA, Marcos, SHIBUYA, Marcelo K. ISO 9000 – Guia de Implantação – Guia de

auditoria de qualidade. 1ª edição – São Paulo: Editora Makrons Books, 1996.

ARNOLD, K. L. O guia gerencial para a ISO 9000. 1ª edição – RJ: Campus editora,

1995.

CHENG, Lin Chih. QFD – Planejamento da Qualidade. UFMG – B.H., 1995

Boletim da ISO – Consultoria de Interface. <[email protected]>.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR ISO 9001 – Sistemas

de Gestão da Qualidade – Requisitos (Dez 2000).

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR ISO 9004 – Sistemas

de Gestão da Qualidade – Diretrizes para melhoria de desempenho (Dez 2000).

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR ISO 10011- 1 –

Diretrizes para a Auditoria de Sistemas da Qualidade – Parte 1: Auditoria (Jul

1993).

Page 12: Desenvolvimento de um Sistema de Gestão Integrado

40

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR ISO 10011 – 2 –

Diretrizes para a Auditoria de Sistemas da Qualidade – Parte 2: Critérios para

Qualificação de Auditores de Sistema da Qualidade (Jul 1993).

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR ISO 10011 – 3 –

Diretrizes para a Auditoria de Sistemas da Qualidade – Parte 3: Gestão de

Programas de Auditoria (Jul 1993).

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR ISO 10013 –

Diretrizes para o Desenvolvimento de Manuais da Qualidade (1995).

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR ISO 14001 – Sistemas

de Gestão Ambiental – Especificação e diretrizes para uso (1996).

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR ISO 14004 – Sistemas

de Gestão Ambiental – Diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de apoio.

BS 8800 – 1996 – British Standard – Guide to Occupational health and safety

management systems.

OHSAS 18001/99 – Risk Tecnologia.

Page 13: Desenvolvimento de um Sistema de Gestão Integrado

41

10 Anexos

Page 14: Desenvolvimento de um Sistema de Gestão Integrado

10.1 Cronograma de Atividades deste trabalho.

ATIVIDADE ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SET. OUT. NOV DEZ. JAN. FEV. MAR.

1. Escolha e Definição da empresa

2. Apresentação do SGI

3. Pesquisa de Diagnóstico

4. Definição do setor de trabalho

5. Implantação do SGI no Setor

Adequação de POP

Análise das causas de refugo

Planejamento e ação para

controle

e melhoria contínua

6. Treinamento

Política da Qualidade

POP’s

Tratamento de N/Conformidade

Ação Corretiva e Preventiva

7. Curso de Autoria Interna

8. Auditorias

Preparação

Auditorias Internas

Auditoria Externa

Adequações

9. Controle de Novos Produtos

10. Levantamento de Risco.

11. Análise Critica do SGI

12. Elaborar a Dissertação

13. Defesa da Dissertação

42

Page 15: Desenvolvimento de um Sistema de Gestão Integrado

43

10.2 Questionário para a coleta de dados: (perguntas respondidas pela FORNAC)

1 Empresário:

1.1 Como está “hoje” a empresa e qual o desejo para “amanhã”?

R.: A empresa está no limite máximo de produção, porém o custo é muito elevado. O

nosso desejo é que a produção aumente cada vez mais; a um custo cada vez menor.

1.2 Existe algum objetivo ou meta definida?

R.: Sim, atingir uma produção de 800 ton./mês, com o novo equipamento de fusão e

mecanização da moldagem de peças padrão.

1.3 O que espera deste Sistema de Gestão?

R.: Garantir a continuidade dos resultados alcançados e prover bases para a melhoria

contínua.

1.4 Qual o maior problema empresarial enfrentado atualmente? Qual o método empregado

na sua correção?

R.: Energia elétrica. A solução é o racionamento.

1.5 Qual a preocupação em termos de meio ambiente? E na área de saúde e segurança do

trabalhador?

R.: a) eliminar a emissão de poluentes e também os impactos ambientais em geral.

b)Melhorar as condições de trabalho e a qualidade de vida dos colaboradores.

2 Gerência

2.1 Qual a responsabilidade x autoridade na empresa?

R.: Organizar, controlar, planejar, dirigir e coordenar.

2.2 Existe estudo elaborado sobre os impactos ambientais?

R.: Sim, temos licenciamento ambiental.

2.3 Quais tecnologias são utilizadas na empresa?

R.: Nossa tecnologia é advinda de consultorias externas como: engenharia ambiental,

engenharia elétrica, consultoria técnica na área de fundição e também de

desenvolvimentos internos na área de engenharia mecânica.

2.4 Existe estudo/análise de retrabalho por causa de produto defeituoso?

R.: Sim, dependendo do tipo de defeito.

2.5 Existe algum estudo ou procedimento de reciclagem e de reutilização?

R: Sim, coleta de lixo e processo de calcinação de areia onde reutilizamos

aproximadamente 95% da areia utilizada no processo de fundição.

2.6 Existe algum plano de treinamento definido?

R.: Sim, temos constantes treinamentos em segurança de trabalho, programa de

capacitação dos supervisores e treinamento operacional, de acordo com as necessidades

detectadas. Está em pleno desenvolvimento o tele-curso 2000 – 1º grau.

2.7 Qual o nível de escolaridade predominante na empresa? Existe algum levantamento

neste sentido? Tem algum programa de incentivo para a melhoria da escolaridade ou

Page 16: Desenvolvimento de um Sistema de Gestão Integrado

44

algum desenvolvimento ligado à educação ou treinamento?

R.: a) Segundo levantamento feito no início de 2001 – 5ª a 8ª série do 1º grau.

b)Possuímos na empresa o programa tele-curso 2000 para formação do 1º grau e o

programa de capacitação de supervisores.

2.8 Quais os tipos de acidentes de trabalho mais freqüentes? Como é tratada a segurança /

saúde do trabalhador?

R.: a)O acidente mais freqüente é corpo estranho nos olhos, por falta de uso do

equipamento de segurança pelos operadores.

b)Ultimamente tem havido um comprometimento maior da diretoria com os funcionários

no que diz respeito à saúde e segurança do trabalhador.

2.9 Existe CIPA ou qualquer outro tipo de organização para o estudo e prevenção de

acidentes?

R.: Sim, CIPA e uma empresa terceirizada, especializada em medicina e segurança do

trabalho, composta por engenheiros e técnicos em segurança do trabalho, que juntamente

com o supervisor de segurança da FORNAC formam um grupo de estudo, definindo e

executando prioridades.

3 Supervisão

3.1 Quais os pontos críticos de produção?

R.: Composição química fora da faixa, ovalização de peças e acabamento superficial.

3.2 Existe padronização? Quem a elaborou? A padronização que existe é seguida pelos

operadores?

R.: a)sim.

b)O supervisor do setor

c)Em alguns setores não é seguida.

3.3 Como é acompanhado o processo? Existem amostragens para verificação da qualidade

do produto? Em quais etapas?

R.: a)por amostragens.

b)Sim, fusão, tratamento térmico e controle final.

3.4 Quando um produto não é aprovado, qual o tratamento que ele recebe?

R.: Análise do problema para definir as ações corretivas se a peça poderá ser recuperada

ou se ela será refugada.

3.5 Existe registro das monitorações, verificações, análises de cada etapa do processo?

R.: Sim.

3.6 Existe algum tipo de análise dos acidentes de trabalho, com definição de medidas

corretivas / preventivas?

R.: Sim, são analisados os acidentes e são tomadas as ações.

3.7 tem procedimentos para emergências? Se existir, os operários recebem treinamentos?

R.: Não.

Page 17: Desenvolvimento de um Sistema de Gestão Integrado

45

10.3 Política elaborada para atender ao SGI

Política da Qualidade da FORNAC

Temos como principal política:

Buscar a melhoria contínua dos nossos produtos e serviços, para a satisfação dos

nossos clientes;

Construir um ambiente de trabalho seguro e saudável para os nossos colaboradores,

valorizando idéias criativas e buscando na excelência humana a base para a qualidade

total.

Desenvolver nossas atividades industriais dentro de uma política ambiental

conservacionista e preventiva, evitando a emissão de poluentes e contribuindo para o

desenvolvimento sustentável da região.

Page 18: Desenvolvimento de um Sistema de Gestão Integrado

10.4 Organograma Funcional – FORNAC

46

Page 19: Desenvolvimento de um Sistema de Gestão Integrado

10.5 Exemplo de planilha utilizada para descrever o negócio do setor.

FORNECEDORES INSUMOS NEGÓCIO PRODUTOS CLIENTES

MISSÃO

Almoxarifado

Ar comprimido

Oxigênio

GLP

Pó exotérmico

Atender a capacidade

máxima da fusão, fundin-

do peças conforme

procedimento.

Peças fundidas

O. S. preenchida Desmoldagem

NEGÓCIO REGISTRO

Moldagem

Macho

Molde

Os

Fechamento e

Vazamento Relatório de Vazamento P.C.P.

Pessoas

Segurança EPI

1- Supervisor

4- Encarregados

16- Operadores

Equipamentos

Almoxarifado

Tinta

Cola

Álcool

Palha de arroz

Panelas de válvulas

Panela de volante

Panelinhas

Sistema aquecedor

Misturador de tintas

pontes

10.6

47

Page 20: Desenvolvimento de um Sistema de Gestão Integrado

Exemplo de relatório de três gerações utilizado para analisar os problemas do setor.

RELATÓRIO DAS TRÊS GERAÇÕES SETOR: FECHAMENTO / VAZAMENTO

ITEM DE CONTROLE: REFUGO

PROBLEMA : ALTO INDICE DE REFUGO MAIO / 2001

PLANEJAMENTO EXECUTADO RESULTADOS PONTOS PROBLEMÁTICOS PROPOSIÇÃO

1. Para evitar vazamento do

material no molde, antes de

vazar testar o molde, passando

uma folha de papel, refugando

os moldes problemáticos.

1. Não deu certo. 2. Os POP’s não correspondem

ao executado pelos operadores.

1. Moldes empenados geram

excesso de rebarba nas peças –

retrabalho.

2. Como os POP’s foram

elaborados pelos supervisores

em 1996, estão em completo

desacordo.

3. Enchimento incompleto: a

sobra do material retorna ao

forno e a maioria das vezes falta

material para a última peça a

ser fundida.

1. Fazer verificação manual de

empeno nos moldes, verificando

se o macho e a fêmea estão bem

conectados.Resp. operadores

FVZ.

Prazo 31/05.

2. Os POP’s devem ser

revisados e os operários

treinados. Resp. Supervisores.

Prazo: 31/07.

3. A área interna da panela é

variável, ela vai engrossando

com o uso, de vez em quando é

feita uma limpeza e torna a

afinar. Quando ela recebe o

material deve ser utilizada

rapidamente pois não pode

esfriar. Propõe-se um estudo de

custo/beneficio para a compra

de uma balança para se obter o

peso exato da sobra de material

na panela. Resp.: Qualidade.

Prazo: 30/06.

2. Análise de todos POP’s do

setor, as tarefas realizadas com

as descritas.

2. Foi realizado com sucesso.

3. Calcular o peso da sobra do

material na panela antes de

fundir a última peça, através do

volume da panela calculado

com régua.

3. Não funcionou.

48

Page 21: Desenvolvimento de um Sistema de Gestão Integrado

10.7 Exemplo de relatório de três gerações utilizado para analisar os problemas do setor.

RELATÓRIO DAS TRÊS GERAÇÕES SETOR: FECHAMENTO / VAZAMENTO

ITEM DE CONTROLE: REFUGO

PROBLEMA : ALTO INDICE DE REFUGO JUNHO / 2001

PLANEJAMENTO EXECUTADO RESULTADOS PONTOS PROBLEMÁTICOS PROPOSIÇÃO

1. Para evitar vazamento do

material no molde: quando

montar os moldes, testar o

empeno manualmente,

pressionando a parte superior

do molde sobre a parte inferior

confirmando se a mesma está

bem apoiada.

1. Deu certo.

1. Em duas semanas foram

refugados 11 moldes

defeituosos, eliminando por

completo o retrabalho por

excesso de rebarba; nenhuma

peça ficou empenada. 1. Moldes empenados geram

peças empenadas.

2. Inclusões de areia nas peças

3. Como as caixas estão em más

condições de uso, ocorre

arrombamento no vazamento,

dificulta a lastragem do molde e

aumenta o consumo de areia

para calçar as peças.

4. Operadores não querem

utilizar as máscaras.

1. .Melhoria de controle dos

moldes na moldagem, para não

ocorrer devolução de moldes

por empeno. Resp. supervisor

MLD.

Prazo 31/07.

2. Reformar duas bicas de

forno para que seja feito teste

de comparação entre a bica de

areia e a de massa refratária,

para verificar custo x benefício

e calcular a freqüência de

reformas.

Resp: Qualidade.

Prazo: 30/06.

3. Para a padronização das

caixas seria necessário trocar

todas elas. Como é inviável no

momento propomos a troca a

médio prazo.

4. A segurança deve medir os

fumos metálicos para definir se

é ou não necessário o uso da

máscara respiratória.

2. Para evitar a queda da bica

de areia dentro da panela com

material: testar a bica de massa

refratária ou aumentar a

freqüência de reformas das

bicas de areia.

2. Foi realizado com sucesso.

3. Substituir as caixas de

moldagem mais precárias. 3. Executado com sucesso,

poucas unidades, as piores.

4. Utilizar máscara respiratória

na hora do vazamento.

4. Executado somente com

supervisão.

49