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UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO BACHARELADO DESENVOLVIMENTO DE UMA APLICAÇÃO WEB PARA GESTÃO ESTRATÉGICA BASEADA EM BALANCED SCORECARD DOUGLAS PILONI BLUMENAU 2015 2015/1-11

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UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS

CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO – BACHARELADO

DESENVOLVIMENTO DE UMA APLICAÇÃO WEB PARA

GESTÃO ESTRATÉGICA BASEADA EM BALANCED

SCORECARD

DOUGLAS PILONI

BLUMENAU

2015

2015/1-11

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DOUGLAS PILONI

DESENVOLVIMENTO DE UMA APLICAÇÃO WEB PARA

GESTÃO ESTRATÉGICA BASEADA EM BALANCED

SCORECARD

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

ao curso de graduação em Ciência da

Computação do Centro de Ciências Exatas e

Naturais da Universidade Regional de

Blumenau como requisito parcial para a

obtenção do grau de Bacharel em Ciência da

Computação.

Prof. Mauro Marcelo Mattos, Doutor

BLUMENAU

2015

2015/1-11

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DESENVOLVIMENTO DE UMA APLICAÇÃO WEB PARA

GESTÃO ESTRATÉGICA BASEADA EM BALANCED

SCORECARD

Por

DOUGLAS PILONI

Trabalho de Conclusão de Curso aprovado

para obtenção dos créditos na disciplina de

Trabalho de Conclusão de Curso II pela banca

examinadora formada por:

______________________________________________________

Presidente: Prof. Mauro Marcelo Mattos, Doutor, FURB

______________________________________________________

Membro: Prof. Everaldo Artur Grahl, Mestre – FURB

______________________________________________________

Membro: Prof. Roberto Heinzle, Doutor – FURB

Blumenau, 07 de julho de 2015.

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Dedico este trabalho a Deus, aos meus pais, a

minha esposa e a minha filha.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, pelo seu amor e renovação da minha mente.

Aos meus pais pela paciência em todos os momentos.

A minha esposa por me completar com sua presença e amor.

A minha filha que me fez sentir o amor de pai.

Ao meu orientador pela ajuda e contribuições na elaboração deste trabalho.

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O SENHOR disse: - O sábio não deve se

orgulhar da sua sabedoria, nem o forte, da sua

força, nem o rico, da sua riqueza. Se alguém

quiser se orgulhar, que se orgulhe de me

conhecer e de me entender; porque Eu, o

SENHOR, sou Deus de amor e faço o que é

justo e direito no mundo. Estas são as coisas

que me agradam. Eu, o SENHOR, estou

falando.

Jeremias 9.23-24

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RESUMO

Este trabalho apresenta uma aplicação web baseada no método de gestão estratégica Balanced

Scorecard (BSC). A aplicação permite que uma empresa traduza a sua estratégia em objetivos

estratégicos organizados entre perspectivas definidas pelo BSC: financeira, de mercado, de

processos internos e de aprendizado e crescimento. Além disso, permite medir o desempenho

através dos indicadores de performance distribuídos pelos objetivos estratégicos definidos. A

aplicação foi desenvolvida utilizando a linguagem de programação Java na plataforma web

JSP, Java Script, jQuery, padrões de projeto, AJAX e gerenciador de banco de dados MySQL.

Como resultado obteve-se uma aplicação web multiusuário que possibilita a adoção do

método BSC de forma simples e objetiva. Também, disponibiliza-se um modelo de estrutura

de indicadores relacionados por objetivos e perspectivas.

Palavras-chave: Balanced scorecard. Perspectivas estratégicas. Objetivos estratégicos.

Indicadores de performance.

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ABSTRACT

This work presents a web application based in strategic management method Balanced

Scorecard (BSC). The application allows a company to translate your strategy into strategic

objectives organized between perspectives defined by BSC: financial, market, internal

processes and learning and growth. It also allows measuring performance through

performance indicators distributed by the defined strategic objectives. The application was

developed using the Java programming language in JSP web platform, JavaScript, jQuery,

design patterns, AJAX and MySQL database manager. As a result we obtained a multi-user

web application that enables the adoption of the BSC method simple and objective way. It

offers up an indicator structure model related by objectives and perspectives.

Key-words: Balanced scorecard. Strategic perspectives. Strategic objectives. Performance

indicators.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Integração das quatro perspectivas do BSC ............................................................. 16

Figura 2 - Relacionamentos entre os padrões BO, DTO e DAO .............................................. 25

Figura 3 - Interações entre os padrões BO, DTO e DAO ......................................................... 26

Figura 4 - Diagrama dos padrões e seus relacionamentos ........................................................ 29

Figura 5 - Tela de coleta de dados dos resultados obtidos ....................................................... 30

Figura 6 - Tela do mapa estratégico ......................................................................................... 31

Figura 7 – Tela de desempenho ................................................................................................ 32

Figura 8 - Tela de apresentação da iniciativas estratégica e plano de ação .............................. 33

Figura 9 - Tela de detalhamento de indicadores de desempenho ............................................. 34

Figura 10 - Diagrama de casos de uso ...................................................................................... 37

Figura 11 – Diagrama de pacotes ............................................................................................. 38

Figura 12 - Diagrama de classes do pacote BO ........................................................................ 39

Figura 13 - Diagrama de classes do pacote AJAX ................................................................... 40

Figura 14 - Diagrama de classes do pacote Controllers ........................................................... 41

Figura 15 - Diagrama de classes do pacote DAO ..................................................................... 42

Figura 16 - Diagrama de classes do pacote DTO ..................................................................... 43

Figura 17 - Diagrama de classes do pacote Singleton .............................................................. 43

Figura 18 - Diagrama de atividades .......................................................................................... 44

Figura 19 – Diagrama de sequência para inserir indicador ...................................................... 45

Figura 20 - Modelo de entidade e relacionamento ................................................................... 46

Figura 21 - Diagrama dos padrões e seus relacionamentos ...................................................... 55

Figura 22 - Painel de Bordo ...................................................................................................... 55

Figura 23 - Cadastro de Objetivos Estratégicos ....................................................................... 56

Figura 24 - Cadastro de Indicadores de Performances ............................................................. 57

Figura 25 - Inserção de Indicadores ao Painel de Bordo .......................................................... 57

Figura 26 - Painel de Bordo com Indicador inserido ............................................................... 58

Figura 27 - Indicador de Performance de Projeto sem Iniciativa Estratégica .......................... 58

Figura 28 - Criação de Iniciativa Estratégica e Plano de Ação ................................................ 59

Figura 29 - Plano de Ação ........................................................................................................ 60

Figura 30 - Gráfico da performance do indicador .................................................................... 60

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1- Modelo do processo de gestão de iniciativas .......................................................... 21

Quadro 2 - Definição de um portfólio de iniciativas estratégicas ............................................ 22

Quadro 3 - Requisitos funcionais ............................................................................................. 35

Quadro 4 - Requisitos não funcionais ...................................................................................... 35

Quadro 5 - Classe IndicadorBO.java ........................................................................................ 48

Quadro 6 - Segmento de código da classe acaoDAO.java ....................................................... 49

Quadro 7 - Classe IndicadorAnoMesDTO.java ....................................................................... 50

Quadro 8 - Classe ConnectionSingleton.java ........................................................................... 51

Quadro 9 - Segmento de código da classe acaoDAO.java ....................................................... 52

Quadro 10 - Segmento de código do arquivo perspectivas.jsp................................................. 53

Quadro 11 - Segmento de código da classe CadastroIndicadorController.java ....................... 54

Quadro 12 - Comparação entre os trabalhos correlatos ............................................................ 62

Quadro 13 - Perspectiva financeira .......................................................................................... 66

Quadro 14 - Perspectiva de mercado e cliente ......................................................................... 66

Quadro 15 - Perspectiva de processos internos ........................................................................ 66

Quadro 16 - Perspectiva de aprendizado e crescimento ........................................................... 67

Quadro 17 – Principais cenários do diagrama de casos de uso ................................................ 68

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AJAX – Asynchronous Javascript And XML

BCC – Bacharelado em Ciência da Computação

BSC – Balanced Scorecard

BSI – Bacharelado em Sistemas de Informação

BO - Business Object

DAO - Data Access Object

DTO - Data Transfer Object

FURB – Universidade Regional de Blumenau

JSP – JavaServer Pages

JSTL – JavaServer Pages Standard Tag Library

MVC - Model View Controller

TIGN – Tecnologia da Informação na Gestão de Negócios

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 13

1.1 OBJETIVOS ...................................................................................................................... 14

1.2 ESTRUTURA.................................................................................................................... 14

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................... 15

2.1 BALANCED SCORECARD ............................................................................................ 15

2.1.1 Perspectiva Financeira .................................................................................................... 16

2.1.2 Perspectiva dos Clientes .................................................................................................. 17

2.1.3 Perspectiva dos Processos Internos ................................................................................. 17

2.1.4 Perspectiva do Aprendizado e Crescimento .................................................................... 18

2.1.5 Mapa Estratégico ............................................................................................................. 18

2.1.6 Iniciativas Estratégicas .................................................................................................... 20

2.2 PADRÕES DE PROJETO ................................................................................................ 24

2.2.1 Business Object (BO) ...................................................................................................... 26

2.2.2 Data Access Object (DAO) ............................................................................................. 27

2.2.3 Data Transfer Object (DTO) ........................................................................................... 27

2.2.4 Singleton ......................................................................................................................... 28

2.2.5 Model-View-Controller (MVC) ...................................................................................... 28

2.2.6 Relacionamentos entre os padrões de projeto ................................................................. 29

2.3 TRABALHOS CORRELATOS ........................................................................................ 29

3 DESENVOLVIMENTO DA APLICAÇÃO .................................................................... 35

3.1 REQUISITOS PRINCIPAIS DO PROBLEMA A SER TRABALHADO ....................... 35

3.2 ESPECIFICAÇÃO ............................................................................................................ 36

3.2.1 Técnicas e ferramentas utilizadas na especificação ........................................................ 36

3.2.2 Diagrama de casos de uso ............................................................................................... 36

3.2.3 Diagrama de pacotes ....................................................................................................... 37

3.2.4 Diagrama de classes ........................................................................................................ 38

3.2.5 Diagrama de atividades ................................................................................................... 44

3.2.6 Diagrama de sequência ................................................................................................... 45

3.2.7 Modelo de entidade e relacionamento............................................................................. 45

3.3 IMPLEMENTAÇÃO ........................................................................................................ 46

3.3.1 Técnicas e ferramentas utilizadas.................................................................................... 46

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3.3.2 Padrões de projeto utilizados .......................................................................................... 47

3.3.2.1 Business Object (BO) ................................................................................................... 47

3.3.2.2 Data Access Object (DAO) .......................................................................................... 48

3.3.2.3 Data Transfer Object (DTO) ......................................................................................... 49

3.3.2.4 Singleton ....................................................................................................................... 50

3.3.2.5 Model-View-Controller (MVC) ................................................................................... 52

3.3.2.6 Relacionamentos entre os padrões de projeto ............................................................... 54

3.3.3 Operacionalidade da implementação .............................................................................. 55

3.4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ..................................................................................... 61

4 CONCLUSÕES .................................................................................................................. 63

4.1 EXTENSÕES .................................................................................................................... 63

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 64

APÊNDICE A – Exemplo de perspectivas estratégicas, objetivos estratégicos e

indicadores de performance .................................................................................................. 66

APÊNDICE B - Principais cenários do diagrama de casos de uso .................................... 68

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1 INTRODUÇÃO

Em plena era da informação, há um visível crescimento da concorrência em todos os

segmentos no mundo dos negócios. A inovação tecnológica e a evolução da comunicação têm

colocado as empresas em um ambiente globalizado, aumentando a disputa entre elas. As

empresas precisam se preparar para desafios ainda não conhecidos em um mundo

praticamente sem fronteiras. Inclusive, com novos produtos sendo desenvolvidos, novos

serviços sendo oferecidos e consumidores cada vez mais conscientes e seletivos, as empresas

necessitam se adequar constantemente às novas exigências do consumidor.

Necessitando tomar decisões adequadas, os gestores devem escolher a melhor

ferramenta para auxiliar na difícil tarefa de determinar a direção da empresa. Essa ferramenta

deve trazer informações sobre concorrentes, mercados, possíveis parcerias, que fazem parte

do ambiente externo, mas também deve trazer informações do ambiente interno, contribuindo

no desenvolvimento de capacidades organizacionais.

Até poucos anos atrás o sucesso das empresas era determinado pela maneira como se

aproveitavam dos benefícios da sua contabilidade. Durante esse período, sistemas de controle

financeiro foram desenvolvidos com o intuito de facilitar e monitorar alocação eficiente de

capital financeiro e físico. Nos últimos anos tornou-se obsoleta muitas das premissas

fundamentais da administração de uma empresa. Portanto, as empresas não conseguiam mais

obter vantagens competitivas sustentáveis apenas com a rápida alocação de novas tecnologias

a ativos físicos e com a excelência da gestão eficaz dos ativos e passivos financeiros. Os

gestores necessitam conhecer o desempenho da organização para planejar as mudanças da

empresa e o Balanced Scorecard (BSC) cumpre esse importante papel.

BSC, em sua forma literal, significa Indicadores Balanceados de Desempenho,

tratando-se um sistema de suporte à decisão ou um sistema de gestão estratégica, que reúne

elementos importantes para facilitar e acompanhar o cumprimento da estratégia. Ele preserva

as medidas financeiras que contam a história da empresa. As medidas financeiras eram

adequadas para empresas da era industrial, quando os investimentos em capacidades de longo

prazo e relacionamento com os clientes não eram fundamentais para o sucesso (KAPLAN;

NORTON, 1997, p. 8). O BSC é uma resposta às exigências da realidade econômico-social,

num processo que parece favorecer o desenvolvimento da aprendizagem da empresa. Segundo

Kaplan e Norton (1997, p.8), "O Balanced Scorecard complementa as medidas financeiras do

desempenho passado com medidas dos vetores que impulsionam o desempenho futuro".

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Diante desta realidade, pretende-se desenvolver uma aplicação web baseada no

método BSC para ser utilizada na rede interna de pequenas empresas. A tecnologia da

informação oferece recursos tecnológicos e computacionais para a geração de informações,

sendo que os sistemas de informação estão cada vez mais sofisticados, propondo mudanças

nos processos, estrutura e estratégia de negócios. Neste trabalho aborda-se como o método

BSC auxilia os gestores na administração da estratégia da empresa e como uma ferramenta de

software ajuda na aplicação desse método.

1.1 OBJETIVOS

Este trabalho tem como objetivo disponibilizar uma ferramenta web que suporte o

método de gestão estratégica BSC.

Os objetivos específicos do trabalho são:

a) permitir o cadastramento de objetivos estratégicos e indicadores de performance

como forma de tradução da estratégia organizacional;

b) permitir o registro de suas iniciativas estratégicas para alcançarem as metas

definidas nos indicadores de performance do tipo projeto;

c) permitir definir responsáveis por meio de planos de ações aos seus subordinados

para realização das iniciativas estratégicas;

d) permitir que colaboradores da empresa acompanhem o cumprimento das ações

através de um painel de bordo.

1.2 ESTRUTURA

No capítulo 1 é apresentada a introdução do trabalho e os objetivos que foram

atingidos. Nesse capítulo é feito uma contextualização e delimitação dos problemas, para que,

o usuário possa ter uma avaliação baseada nos conceitos do BSC e seu propósito.

No capítulo 2 é apresentado BSC aplicado às organizações como método de definição

do planejamento e execução da estratégia da empresa. Também é apresentado o conceito dos

temas estratégicos, as quatro perspectivas, o conceito do mapa estratégico, os indicadores de

performance e as iniciativas estratégicas.

No capítulo 3 é apresentado o desenvolvimento do trabalho, tais como os requisitos da

aplicação, as especificações, e implementação, bem como as tecnologias utilizadas e uma

apresentação para entendimento das funcionalidades da aplicação.

No capítulo 4 são apresentadas as conclusões do trabalho e as sugestões para trabalhos

futuros que buscam sempre o aperfeiçoamento e uma melhor aplicação do BSC.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Este capítulo aborda assuntos a serem apresentados nas seções a seguir, tais como

BSC, padrões de projeto, aplicações comerciais e trabalhos correlatos.

2.1 BALANCED SCORECARD

O surgimento do BSC ocorreu no início da década de 90 quando os métodos de

avaliação de desempenho empresarial estavam se tornando obsoletos, pois eram apoiados nos

indicadores financeiros e contábeis. Através do esforço conjunto de representantes de dezenas

de empresas liderados por David P. Norton, executivo principal do Instituto Nolan Norton, e,

com a consultoria acadêmica de Robert S. Kaplan, professor da Harvard Business School, foi

desenvolvido um novo modelo que considera as perspectivas interna e externa do

desempenho organizacional, indicadores de performance, medidas financeiras e não

financeiras e objetivos em curto e longo prazos (KAPLAN; NORTON, 1997, p. VII). O

resultado dessa pesquisa e estudo foi publicado em um artigo em uma conceituada revista,

"The Balanced Scorecard - Measures That Drive Performance", Harvard Business Review

(janeiro-fevereiro de 1992), e deu início a uma verdadeira revolução na maneira de medir o

desempenho organizacional demonstrando as limitações de usar apenas medidas financeiras e

incentivando a medição de fatores como satisfação do cliente e qualidade (KAPLAN;

NORTON, 1997, p. VIII).

Cruz (2014, p. 2) diz que "é muito importante as organizações controlarem os seus

resultados não apenas a partir de indicadores financeiros, mas também com indicadores não

financeiros". O BSC continua considerando as medidas financeiras como o resultado das

ações que ocorreram no passado, quando os investimentos em relacionamento com os clientes

e em capacidades em longo prazo não eram tão importantes para o crescimento

organizacional. Essas medidas financeiras são complementadas com medidas dos vetores que

estimulam o desempenho a longo prazo que são derivadas da estratégia e visão da

organização (KAPLAN; NORTON, 1997, p. 8). Kaplan e Norton (1997, p. 25) observam que,

"O Balanced Scorecard traduz missão e estratégia em objetivos e medidas, organizados

segundo quatro perspectivas diferentes: financeira, do cliente, dos processos internos e do

aprendizado e crescimento". A Figura 1 mostra a integração das quatro perspectivas

fundamentais do BSC.

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Figura 1 - Integração das quatro perspectivas do BSC

Fonte: Portal Administração (2015).

2.1.1 Perspectiva Financeira

Na perspectiva financeira a organização deve possuir uma sinergia que gira em torno

de temas como onde investir, onde colher, como equilibrar o risco e como criar uma imagem

atrativa para os investidores (KAPLAN; NORTON, 2006, p. 8). Nessa perspectiva contempla-

se os objetivos e medidas financeiras esperados a partir da estratégia, estão relacionadas a

lucratividade e são medidos pela receita operacional, retorno sobre o capital empregado ou

pelo valor econômico (LIMA, 2009, p. 27). De acordo com Costa (2006, p. 26), "as medidas

financeiras indicam se a empresa está obtendo êxito com as estratégias definidas,

implementadas e executadas". Ainda, Costa (2006, p. 26) diz que "se os indicadores

financeiros não mostram o esperado, pode haver problemas na execução, na implementação

ou até mesmo na definição das estratégias".

A perspectiva financeira descreve os resultados tangíveis da estratégia, por meio de

critérios de avaliação comuns como: retorno sobre o investimento, valor econômico agregado,

lucro operacional, receita por cliente e custo por unidade produzido (KAPLAN; NORTON,

2008). Os acionistas visualizam esses indicadores de resultados para acompanharem se a

estratégia está sendo eficaz.

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2.1.2 Perspectiva dos Clientes

A perspectiva do cliente contempla os objetivos e medidas que a empresa necessita

desenvolver de forma a alcançar um relacionamento com seus clientes, que permita satisfazer,

fidelizar e reter, gerando lucratividade para a organização (LIMA, 2009, p. 27). A

predisposição positiva resultante do bom relacionamento com os clientes se traduz em

propensão para a recompra e em tendência de aplicação do relacionamento para outros

produtos e serviços da empresa (KAPLAN; NORTON, 2006, p. 8). Costa (2006, p. 29) afirma

que "o relacionamento com o cliente diz respeito à entrega do produto ou serviço, incluindo

tempo de resposta e de entrega e como o cliente se sente diante da experiência da compra".

Costa (2006, p. 29) também afirma que "o importante é definir qual ou quais atributos são

realmente importantes para o consumidor-alvo e, a partir disso, identificar o que a empresa

precisa mudar em relação a esses atributos".

A perspectiva dos clientes, possui indicadores de resultados para os clientes como:

satisfação, retenção e crescimento, indicadores referentes à proposta de valor escolhida para

os segmentos de clientes-alvo (KAPLAN; NORTON, 2008). Pode-se dizer que a proposta de

valor é descrita tendo como foco o cliente.

Conforme Kaplan e Norton (2008, p. 102),

Juntas, a perspectiva financeira e a perspectiva de clientes dos mapas estratégicos e

dos Balanced Scorecards descrevem o que a organização espera alcançar: aumento

no valor para os acionistas, por meio do crescimento da receita e da melhoria da

produtividade, e aumento da participação nos gastos dos clientes, por meio da

conquista, da satisfação, da retenção, da fidelidade e do crescimento dos clientes.

2.1.3 Perspectiva dos Processos Internos

A perspectiva dos processos internos reúne as iniciativas que permitirão a realização

dos objetivos voltados a atender a clientes e acionistas com sucesso, a empresa precisa

organizar seus processos para que o cliente seja bem atendido (LIMA, 2009, p. 26). É nessa

perspectiva que a organização possui a oportunidade de criar economias de escala para

ampliar a vantagem competitiva (KAPLAN; NORTON, 2006, p. 10). De acordo com Costa

(2006, p. 33), "as metas financeiras estabelecidas e as necessidades dos clientes norteiam os

processos internos". Costa (2006, p. 33) também diz que, "as empresas necessitam definir os

processos e as competências que precisam superar e definir as medidas adequadas para avaliar

se o objetivo está sendo atingido".

A perspectiva de processos internos identifica os poucos processos internos críticos

que realizarão os objetivos da perspectiva de clientes e da perspectiva financeira (KAPLAN;

NORTON, 2008). Muitos processos são executados pelas organizações como: elaboração da

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folha de pagamento, publicação das demonstrações financeiras, manutenção de equipamentos

e infraestrutura e invenção de novos produtos. Todos esses processos são considerados

necessários e precisam ser mantidos para a empresa continuar em funcionamento, mas não

são críticos para a execução da estratégia. Segundo Kaplan e Norton (2008, p. 102), "O mapa

estratégico deve identificar esses processos-chave para que os gestores e os funcionários

possam concentrar-se na melhoria contínua deles.".

2.1.4 Perspectiva do Aprendizado e Crescimento

A perspectiva de aprendizado e crescimento fornece o alicerce necessário para o

desenvolvimento dos objetivos estratégicos dispostos nas perspectivas anteriores (LIMA,

2009, p. 26). Ainda, segundo Lima (2009, p. 26), "os objetivos e medidas dessa perspectiva

mostram onde a organização precisa focar para atingir uma ruptura significativa no

desempenho". É nessa perspectiva que a organização possui a melhor oportunidade de gerar

valor desenvolvendo e compartilhando ativos intangíveis críticos: pessoal, tecnologia, cultura

e liderança (KAPLAN; NORTON, 2006, p. 11). Costa (2006, p. 35) afirma que "o

aprendizado e o crescimento da organização vêm de três principais fontes: as pessoas, os

sistemas de informação e a estrutura e procedimentos organizacionais". Costa (2006, p. 35)

também diz que "a implantação de um BSC permite identificar eventuais defasagens entre as

capacitações das pessoas, dos sistemas e dos procedimentos e capacitações requeridas para

alcançar os objetivos da empresa".

A perspectiva de aprendizagem e crescimento identifica os trabalhos (capital humano),

os sistemas (capital da informação) e clima (capital organizacional) que apoiam os processos

de criação de valor (KAPLAN; NORTON, 2008). A estratégia da organização é

implementada através da realização dos objetivos estratégicos das duas últimas perspectivas

do BSC.

O apêndice A apresenta uma grade de exemplos de indicadores relacionados aos

objetivos e perspectivas.

2.1.5 Mapa Estratégico

Segundo Barszcz (2007, p. 42), "o modelo relacional de causa e efeito entre as

perspectivas evoluiu para o mapa estratégico, que se tornou importante ferramenta da

arquitetura e da implementação do BSC". Mapa estratégico é um diagrama que representa a

relação de causa e efeito explícitas entre objetivos nas quatro perspectivas do BSC

(KAPLAN; NORTON, 2004, p. XI). Ainda, de acordo com Kaplan e Norton (2004, p. XI), "o

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mapa estratégico revelou-se inovação tão importante quanto o próprio Balanced Scorecard

original". Nos mapas estratégicos são esclarecidas as condições que criarão o valor proposto

para os clientes e identificados os processos que possibilitam a transformação dos ativos

intangíveis em resultados para os clientes, e em resultados financeiros para os acionistas

(BARSZCZ, 2007, p. 43).

No BSC a estratégia de uma organização é representada pelos temas estratégicos,

objetivos, indicadores e metas. Cruz (2014, p. 19) diz que "cada perspectiva do BSC inclui

objetivos, indicadores, metas e ações (iniciativas) a desenvolver, necessários para o

cumprimento dos seus objetivos estratégicos". Os objetivos são a tradução quantitativa e

qualitativa daquilo que a estratégia da organização deve alcançar e que é crítico para o

sucesso, tomando como referência as quatro perspectivas (CRUZ, 2014, p. 19). De acordo

com Costa (2006, p. 36), "uma vez definidos os objetivos que precisam ser alcançados para

cumprir a estratégia, deve-se identificar a forma de acompanhar o resultado do esforço em

alcançá-los". Os indicadores informam como será medido e acompanhado o sucesso do

alcance da estratégia em cada objetivo, é uma régua que mede aquilo que acontece (CRUZ,

2014, p. 19). As metas tratam do nível de desempenho esperado ou as taxas de melhoria

requerida para cada indicador funcionam como alvos intermédios a atingir e podem ser

alteradas ao longo do tempo, permitindo uma evolução do desempenho ligado aos objetivos

estratégicos, sem ser necessário alterar estes últimos (CRUZ, 2014, p. 19). Iniciativas são

planos de ação a desenvolver, necessários para se alcançarem metas e, consequentemente, os

objetivos (CRUZ, 2014, p. 19). Segundo Cruz (2014, p. 19), iniciativas "são projetos

associados às metas fixadas ao longo do tempo, que devem ser implementados com o fim de

as viabilizar".

Após o processo de desenvolvimento da estratégia a empresa avança para o processo

de planejamento da estratégia. Nesse processo de planejamento a empresa traduz a estratégia

em mapa estratégico e em objetivos estratégico, construídos com base em temas estratégicos,

e um conjunto balanceado de indicadores e metas para cada um dos objetivos estratégicos do

mapa (KAPLAN; NORTON, 2008).

Segundo Kaplan e Norton (2008, p. 70), "O mapa estratégico fornece uma arquitetura

para a integração das estratégias e operações de diversas unidades dispersas do

empreendimento total". O mapa estratégico descreve o processo de criação de valor por meio

de uma série de relações de causa e efeito entre os objetivos das quatro perspectivas do

Balanced Scorecard (KAPLAN; NORTON, 2008).

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O objetivo final de qualquer organização é criar valor duradouro para acionistas ou

partes interessadas. A organização cria valor ao cumprir a proposta de valor para os clientes.

Os processos internos criam e fornecem valor que satisfaz os clientes. Também contribuem

para os objetivos de produtividade da perspectiva financeira. Os ativos intangíveis (pessoas,

tecnologia e cultura) impulsionam as melhorias de desempenho nos processos críticos que

fornecem valor aos clientes e aos acionistas (KAPLAN; NORTON, 2008).

2.1.6 Iniciativas Estratégicas

A estratégia de uma organização é movida pelas iniciativas estratégicas. Uma

organização sem nenhuma força ficará em repouso, ela precisa de iniciativas para superar a

inércia e a resistência à mudança. Para Kaplan e Norton (2008, p. 104), "Iniciativas

estratégicas são o conjunto de projetos e programas de duração finita, fora das atividades

operacionais rotineiras da organização, destinados a ajudar a entidade a alcançar o

desempenho almejado."

A estratégia de longo prazo deve ser conectada a planos de ação de curto prazo. Um

alinhamento estratégico permite isso. É necessário que, na organização, as iniciativas estejam

direcionadas a atingir os objetivos estratégicos.

As organizações gerenciam seus portfólios de iniciativas estratégicas através de três

processos: seleção das iniciativas, alocação de recursos às iniciativas e definição de

responsabilidade e prestação pela execução. O Quadro 1 resume esses três processos.

As iniciativas devem ser coordenadas pela empresa. De acordo com Kaplan e Norton

(2008, p. 115), "O plano estratégico exige a gestão coordenada de várias iniciativas em todo o

âmbito da empresa, abrangendo processos que transpões as fronteiras das unidades de negócio

e das unidades funcionais." Na concepção original do BSC, as empresas eram estimuladas a

selecionar a iniciativa, isoladamente, para cada objetivo estratégico, com o objetivo de gerar

um índice ponderado para a classificação da mesma (KAPLAN; NORTON, 2008). Mas

constatou-se que a seleção de iniciativas, de forma independente, para cada objetivo

estratégico, ignorava o impacto integrado e sinérgico de várias iniciativas estratégicas

correlatas (KAPLAN; NORTON, 2008).

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Quadro 1- Modelo do processo de gestão de iniciativas

Fonte: Kaplan e Norton (2008, p. 105).

A realização das iniciativas vinculadas à objetivos estratégicos que são pertencentes à

perspectiva de processos internos, que envolve distribuição e operações, e à de aprendizado e

crescimento, que envolve recursos humanos e tecnologia da informação, devem estar

complementando a realização das iniciativas das outras perspectivas. Recomenda-se que não

só que cada objetivo não financeiro conte com pelo menos uma iniciativa para impulsionar

sua realização, mas também que as iniciativas sejam reunidas por temas estratégicos e, nessas

concisões, tratadas como portfólio integrado (KAPLAN; NORTON, 2008). O Quadro 2

mostra um exemplo de tema estratégico para geração de um portfólio.

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Quadro 2 - Definição de um portfólio de iniciativas estratégicas

Fonte: Kaplan e Norton (2008, p. 106).

Os objetivos estratégicos pertencentes a um determinado tema estratégico são

realizados pela execução de suas respectivas iniciativas. Se a execução das iniciativas

estratégicas vinculadas a somente um determinado objetivo forem realizadas por completo,

este objetivo será alcançado, porém, se os outros objetivos não forem realizados eficazmente

pelas suas iniciativas o resultado do tema estratégico em questão ficará comprometido.

Segundo Kaplan e Norton (2008, p. 107), "Um programa abrangente de gestão do portfólio de

iniciativas requer a implementação simultânea de todas as iniciativas do tema; qualquer

iniciativa em si é necessária, mas não suficiente."

Antes da seleção das iniciativas as empresas devem elaborar a estratégia e os temas

estratégicos. Posteriormente sua seleção elas devem monitorar o progresso das iniciativas em

andamento para definir quais seriam canceladas e também devem analisar e aprovar a

inclusão de novas iniciativas à estratégia. Com essa racionalização de iniciativas, sendo

executada em seguida ao desenvolvimento do mapa estratégico, gera economias imediatas

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que, em geral, mais do que pagam o custo de implementação do BSC (KAPLAN; NORTON,

2008).

Com a ampla divulgação do mapa estratégico e do BSC, os gestores estimulam e

solicitam aos colaboradores das unidades de negócio e unidades funcionais a proporem

iniciativas que realmente ajudem a organização a cumprir as metas definidas.

Em resumo, Kaplan e Norton (2008, p. 116) definem "iniciativas estratégicas são ações

de curto prazo que lançam a organização em trajetória para a realização da visão." Com base

no desempenho definido pelos objetivos e indicadores estratégicos, a empresa deve selecionar

as iniciativas estratégicas relacionados entre si para comporem cada tema estratégico.

Quanto ao financiamento da estratégia, segundo processo do modelo do processo de

gestão de iniciativas mencionado no Quadro 1, passa pela orçamentação da empresa, ou seja,

são avaliados o desempenho, a responsabilidade e a prestação de contas individualmente da

unidade organizacional. Kaplan e Norton (2008, p. 116) dizem "Cada unidade de negócio,

grupo de apoio e departamento funcional tem seu próprio orçamento." Assim, com seu

próprio centro de custo, a unidade não corre o risco de ter um corte de orçamento geral da

empresa, tendo que cancelar alguma de suas iniciativas em detrimento de iniciativas

pertencentes a outra unidade organizacional.

A definição de atribuições, responsabilidade e prestação de contas pela execução das

iniciativas é o terceiro processo do modelo do processo de gestão de iniciativas mencionado

no Quadro 1. Nessa etapa a estratégia já foi dividida em temas estratégicos, os quais

envolvem diversas unidades funcionais e unidades de negócio pertencentes ao nível

operacional e nível de processos (KAPLAN; NORTON, 2008). Para garantir os recursos,

visibilidade, ação e avaliação necessários aos temas estratégicos, as empresas decidem

nomear donos dos temas pertencentes à equipe executiva. Os donos dos temas podem possuir

atribuições como: avaliar como os objetivos estratégicos transfuncionais do tema estão sendo

executados na empresa como um todo, identificar as principais questões e situações que

possam afetar a execução da estratégia propondo ações e responsáveis, atuar como centro de

competência do tema para facilitar o ensino, o aprendizado e a compreensão, garantir que os

indicadores e as iniciativas do tema se alinhem com os objetivos do tema e propor as

mudanças necessárias em colaboração com outros membros da equipe e patrocinar novas

iniciativas ou mudanças nas iniciativas em curso, incluindo essas propostas de mudanças na

agenda gerencial (KAPLAN; NORTON, 2008).

Como os temas estratégicos percorrem várias unidades organizacionais da empresa se

faz necessário a criação de uma equipe temática para cada tema. Kaplan e Norton (2008, p.

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122) dizem "Cada dono de tema lidera uma equipe temática - conjunto de pessoas oriunda de

várias unidades de negócio, de apoio e regionais - cuja função é ligar os objetivos estratégicos

do tema a tarefas operacionais". Essas equipes temáticas possuem atribuições como: formação

e financiamento do portfólio de iniciativas para o tema estratégico ao qual é pertencente.

Segundo Kaplan e Norton (2008, p. 123), "Depois de selecionar iniciativas e alocar recursos

para o portfólio de iniciativas, a equipe temática define quem será incumbido da tarefa de

executar cada iniciativa".

A atribuição das iniciativas poderia ser feita a uma unidade organizacional já existente,

como os programas de desenvolvimento de competências e de treinamento tendo como

responsável o departamento de recursos humanos, como também o desenvolvimento e

manutenção de um ERP tendo como responsável o departamento de tecnologia da

informação. Já iniciativas em maior escala continuariam tendo como responsável a equipe

temática ou unidade centralizada de gestão de projetos. Com a delegação de autoridade à

membros da equipe executiva como donos de temas estratégicos, delegação de

responsabilidades às unidades organizacionais existentes e delegação de poder executivo às

equipes temáticas tem-se a implementação holística dos portfólios de iniciativas estratégicas

da empresa (KAPLAN; NORTON, 2008). O princípio geral do holismo pode ser resumido

por Aristóteles, na sua metafísica, quando afirma: O todo é maior do que a simples soma das

partes.

2.2 PADRÕES DE PROJETO

A seguir são apresentadas definições de padrões de projeto e dos padrões utilizados no

presente trabalho.

Deitel e Deitel (2010, p. LVIII) definem padrões de projeto como "arquiteturas

testadas para construir softwares orientados a objetos flexíveis e sustentáveis". Os padrões de

projeto são formas de solução reutilizáveis para situações ou problemas comumente

encontrados em desenvolvimento de software orientado a objetos. O seu uso pode reduzir a

complexidade do processo de projetar software. Os padrões de projeto auxiliam na escolha de

alternativas de projeto tornando um sistema reutilizável e, consequentemente, evitando

alternativas que comprometam a reutilização (GAMMA et al., 2000).

A Figura 2 mostra um diagrama de classes com os relacionamentos entre os padrões

Business Object (BO), Data Transfer Object (DTO) e Data Access Object (DAO). Em uma

operação inserção de dados, por exemplo, um método do objeto BO recebe um objeto DTO

como argumento com os dados encapsulados e realiza o que for necessário pelas regras de

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negócio definidas. Em seguida, o objeto BO instancia um objeto DAO e chama um método

passando o objeto DTO como argumento. Então o objeto DAO, que encapsula o acesso à

fonte de dados, se encarrega de realizar a inserção dos dados.

Figura 2 - Relacionamentos entre os padrões BO, DTO e DAO

Fonte: Oracle (2015).

A Figura 3 mostra um diagrama de sequência com as interações entre os padrões BO,

DTO e DAO. Pode-se observar nesta figura que o objeto BO instancia um objeto DAO. Em

seguida, o objeto DAO, que possui o acesso a fonte de dados, executa uma operação de

consulta de dados, instancia um objeto DTO e encapsula seus dados no objeto. Na sequência,

o objeto DAO retorna uma referência do objeto DTO para seu solicitante, o objeto BO, que

por sua vez realiza a leitura dos dados encapsulados no mesmo.

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Figura 3 - Interações entre os padrões BO, DTO e DAO

Fonte: Oracle (2015).

2.2.1 Business Object (BO)

Um BO (objeto de negócios) representa a lógica de negócio e/ou dados de negócio. É o

objeto que requer acesso à fonte de dados para obter e armazenar dados. Ele visa centralizar

todas as regras de negócio da aplicação, evitando-se assim que a lógica de negócio esteja

dispersa ou duplicada pela aplicação. Isso facilita a criação e a manutenção de

funcionalidades. Esse padrão também separa a lógica de negócio do acesso a dados. Com esta

separação as alterações nas regras de negócio, bem como as operações de acesso a dados

podem ser realizadas de forma mais focada, reduzindo o tempo de implementação e impactos

indesejáveis na aplicação.

Um objeto de negócios pode ser implementado como um bean de sessão, um bean de

entidade, ou algum outro objeto Java, além de um servlet ou bean ajudante que acessa a fonte

de dados (ORACLE, 2015). Um objeto de negócios é um tipo de uma entidade inteligível

sendo e agindo como um ator dentro da camada de negócio em uma arquitetura de n camadas

orientado a objetos. Basicamente sua função é encapsular a lógica de negócios para um

objeto. Em um BO estão contidos apenas as propriedades e os métodos de negócio.

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2.2.2 Data Access Object (DAO)

Um DAO (objeto de acesso a dados) representa um objeto que acessa o banco de dados

ou outra fonte de dados. Este padrão surgiu com a necessidade de separar-se a lógica de

negócios da lógica de persistência de dados. Ele permite mudar a forma de persistência sem

que isso influencie em nada na lógica de negócio, além de tornar as classes mais legíveis.

Classes DAO são responsáveis por trocar informações com o banco de dados e fornecer

operações CRUD (Create, Read, Update, Delete), elas devem ser capazes de buscar dados no

banco e transformar esses em objetos ou lista de objetos, fazendo uso de listas genéricas,

também deverão receber os objetos, converter em instruções SQL e mandar para o banco de

dados.

Essencialmente, o DAO atua como um adaptador entre o componente e a fonte de

dados. Este objeto abstrai a implementação subjacente de acesso a dados para o BO para

permitir o acesso transparente à fonte de dados. O BO também delega a obtenção de dados e

operações de armazenamento de dados para o DAO (ORACLE, 2015). Como a interface

exposta pelo DAO para clientes não muda quando as subjacentes mudanças na

implementação de fontes de dados, este padrão permite que o DAO para se adaptar a

esquemas de armazenamento diferentes, sem afetar seus clientes ou componentes de negócios.

Segundo Gonçalves (2007, p. 399-400), "A ideia é colocar todas as funcionalidades

encontradas no desenvolvimento de acesso e trabalho com dados em um só local, tornando

simples sua manutenção".

2.2.3 Data Transfer Object (DTO)

Um DTO (objeto de transferência de dados) representa um objeto de transferência

usado como um suporte de dados. Ele é usado para transportar diversos dados de uma única

vez entre as camadas da aplicação (BAHIA, 2015). Um objeto que segue este padrão

concentra os atributos da entidade e seus respectivos métodos de acesso. Este objeto pode ser

transportado entre as camadas da aplicação pelas quais pode ser manipulado, em determinado

momento recebe dados do cliente e persiste estes dados no banco de dados, e em outro

momento coleta dados do banco de dados e transporta para o cliente (BAHIA, 2015).

O DAO (objeto de acesso a dados) pode usar um objeto de transferência para retornar

dados para o cliente. O DAO também pode receber os dados do cliente em um objeto de

transferência para atualizar os dados na fonte de dados (ORACLE, 2015). Como o próprio

nome já diz, é um objeto simples usado para transferir dados de um local para outro na

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aplicação, sem lógica de negócios em seus objetos e comumente associado à transferência de

dados entre uma camada de visão e outra de persistência de dados.

2.2.4 Singleton

A motivação para este padrão é a criação de um único objeto e o acesso controlado a

esse objeto. De acordo com Gamma et al. (2000, p. 130), as funções do padrão Singleton são

"Garantir que uma classe tenha somente uma instância e fornecer um ponto global de acesso

para ela". A própria classe sempre vai oferecer a própria instância dela e caso não tenha ainda

uma instância, então ela mesma cria e retorna essa nova instância criada.

Uma aplicação comum do padrão Singleton é a criação de um objeto de acesso a

dados. Segundo Deitel e Deitel (2010, p. LX), "alguns sistemas são conectados a um banco de

dados utilizando apenas um objeto que gerencia as conexões ao banco de dados, isso assegura

que outros objetos não inicializem conexões desnecessárias que tornariam o sistema lento."

Com isso há um ganho de desempenho pois torna-se desnecessário instanciar um novo objeto

para cada acesso ao banco de dados.

2.2.5 Model-View-Controller (MVC)

O MVC é um padrão arquitetônico que promove o acoplamento fraco entre os

componentes (DEITEL; DEITEL, 2010, LXIX). De acordo com Gonçalves (2007, p. 385),

"MVC é um conceito (paradigma) de desenvolvimento e design que tenta separar uma

aplicação em três partes distintas.". Esta divisão visa separar a lógica da aplicação da

apresentação das informações ao usuário. Uma parte, a Model, está relacionada ao trabalho

atual que a aplicação administra, outra parte, a View, está relacionada a exibir os dados ou

informações dessa uma aplicação e a terceira parte, Controller, em coordenar os dois

anteriores exibindo a interface correta ou executando algum trabalho que a aplicação precisa

completar (GONÇALVES, 2007).

De acordo com Gonçalves (2007, p. 386), "O Model (Modelo) é o objeto que

representa os dados do programa". A camada Model gerencia um ou mais elementos de dados,

responde a perguntas sobre o seu estado e responde a instruções para mudar de estado. O

modelo sabe o que o aplicativo quer fazer e é a principal estrutura computacional da

arquitetura, pois é ele quem modela o problema que está se tentando resolver.

De acordo com Gonçalves (2007, p. 386), "A View (Apresentação) é o que maneja a

apresentação visual dos dados representados pelo Model". A camada View é responsável por

apresentar as informações para o usuário através de uma combinação de gráficos e textos. A

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visão não sabe nada sobre o que a aplicação está atualmente fazendo, tudo que ela realmente

faz é receber instruções do controle e informações do modelo e então exibir elas. A visão

também se comunica de volta com o modelo e com o controlador para reportar o seu estado.

De acordo com Gonçalves (2007, p. 386), "O Controller (Controlador) é o objeto que

responde as ordens executadas pelo usuário, atuando sobre os dados apresentados pelo

modelo, decidindo como o Modelo deverá ser exibida". A camada Controller é quem

interpreta as entradas do mouse ou do teclado enviado pelo usuário e mapeia essas ações do

usuário em comandos que são enviados para o modelo (Model) e/ou para a janela de

visualização (View) para efetuar a alteração apropriada.

2.2.6 Relacionamentos entre os padrões de projeto

A Figura 4 apresenta um diagrama dos padrões de projeto com seus relacionamentos.

A camada de visão compreende as telas e componentes visuais, a camada controladora

compreende as classes controladoras e a camada de modelo compreende as classes de acesso

a dados (padrão DAO), classes de negócio (padrão BO) e entidades (padrão DTO).

Figura 4 - Diagrama dos padrões e seus relacionamentos

Fonte: adaptado de Bahia (2015).

2.3 TRABALHOS CORRELATOS

Foram analisados quatro trabalhos que desempenham papel semelhante ao proposto

neste trabalho, sendo eles: Cruz (2011), sistema de ensino com aplicação do método de

análise de indicadores, Casas (2009), aplicativo baseado no método para utilização na

disciplina Tecnologia da Informação na Gestão de Negócios (TIGN), e duas ferramentas

comerciais, Stratws e SoftExpert CPM.

Cruz (2011) propôs o desenvolvimento do Balanced Scorecard para aplicação na

disciplina de Tecnologia da Informação na Gestão de Negócios no curso de Sistemas de

Informação. Este trabalho proporciona aos acadêmicos da disciplina, depois dos conceitos

teóricos apresentados na sala de aula, um maior entendimento prático e assimilação do

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conteúdo a partir da análise de valores baseados em indicadores de alinhamentos do Balanced

Scorecard. O sistema proposto contribui também para um maior entendimento da relevância,

em uma organização, de um software de avaliação de desempenho e gestão para facilitar o

gerenciamento de uma empresa. O aplicativo desenvolvido permite cadastrar a sala de aula,

cadastrar a empresa em que os alunos também estarão vinculados, cadastrar objetivos,

indicadores, metas, atividades e acessar resultados por sala de aula. A Figura 5 apresenta a

tela de coleta de dados dos resultados obtidos ao longo do ano.

Figura 5 - Tela de coleta de dados dos resultados obtidos

Fonte: Cruz (2011).

Casas (2009) propôs o desenvolvimento de um aplicativo de apoio didático pedagógico

baseado em Balanced Scorecard. Este trabalho visa sua utilização na disciplina de Tecnologia

da Informação na Gestão de Negócios do curso de Sistemas de Informação da Universidade

Regional de Blumenau com o intuito de promover uma didática mais adequada aos

acadêmicos e permitir de forma prática um maior aproveitamento do conhecimento adquirido.

A partir do aplicativo é possível a criação de perspectivas, de objetivos estratégicos,

indicadores de desempenho e a visualização gráfica das informações através do mapa

estratégico que pode proporcionar uma visão ampla do negócio, baseado na estratégia da

organização. A Figura 6 apresenta a tela do mapa estratégico.

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Figura 6 - Tela do mapa estratégico

Fonte: Casas (2009).

Gomes (2001), propôs o desenvolvimento de um protótipo de apoio ao BSC numa

empresa de software. Este trabalho visa sua utilização na empresa Senior Sistemas S.A. com o

intuito de promover o acompanhamento dos objetivos e indicadores de performance da

mesma. O protótipo atende as fases dos cadastros das perspectivas, objetivos, medidas,

submedidas, usuários e também permite a visualização do desempenho e atingimento das

medias do BSC. A figura 7 apresenta, em forma de árvore hierárquica, o desempenho das

perspectivas.

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Figura 7 – Tela de desempenho

Fonte: Gomes (2001).

ControlCorp (2015), empresa desenvolvedora de atividades de consultoria empresarial,

mais especificamente gestão estratégica, gestão baseada em valor (EVA - Economic Value

Added) e gestão de performance corporativa, fornece um software de informações

estratégicas e apoio à tomada de decisões. Esse software, chamado Stratws, oferece gestão de

objetivos estratégicos e de indicadores e toda a gestão da performance da empresa. Utiliza

uma variedade de metodologias como: Balanced Scorecard, Six Sigma, PNQ, EVA, CVA e

ISO, implementando processos de diferentes maneiras.

O Stratws, permite gerir projetos de gestão de performance baseados em metodologias

e modelos que usem indicadores como base de análise, construir o mapa estratégico com seus

devidos desdobramentos, gerar relatórios e gráficos detalhados para os indicadores

contemplados no projeto, simular desempenhos futuros através de construção de cenários,

acompanhar a evolução do cronograma de planos de trabalho, iniciativas estratégicas

corporativas e seus desdobramentos em planos de ações (Figura 8), rastrear indicadores que

impactam negativamente o negócio, desdobrar indicadores por dimensões de análise, analisar

vendas e plotar resultados em mapas geográficos.

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Figura 8 - Tela de apresentação da iniciativas estratégica e plano de ação

Fonte: ControlCorp (2015).

SoftExpert (2015) empresa desenvolvedora de software e serviços para o

aprimoramento de processos de negócio, conformidade regulamentar e governança

corporativa. Fornece uma solução integrada e automatizada que auxilia a empresa em sua

gestão. Essa solução, SoftExpert Excellence Suite, oferece eficiência organizacional e

flexibilidade para automatizar as tarefas envolvidas no gerenciamento de dados e

informações, suporte para a tomada de decisão no que diz respeito ao gerenciamento de

processos e conteúdos. Chamada de multi-aplicação pela empresa, a solução SoftExpert

Excellence Suite é composta por 12 elementos de gestão colaborativa. Um desses elementos,

chamado SoftExpert CPM, é responsável pela gestão do desempenho empresarial.

O SoftExpert CPM, permite definir a estratégia e medir o desempenho de acordo com

as metas, monitorar a evolução, e garantir a comunicação através de toda a organização.

Administradores podem criar indicadores, diagramas de processo ou scorecards uma única

vez e usá-los por toda a organização para garantir que todos estão trabalhando sob as mesmas

definições e as mesmas metas. O SoftExpert CPM suporta toda a implantação do Balanced

Scorecard, incluindo a elaboração do mapa estratégico, definição de indicadores e objetivos,

entrada de dados manual ou automática, iniciativas estratégicas, ações corretivas e

preventivas, e todo o monitoramento através de gráficos, painéis e dashboards (Figura 9).

Esse elemento é composto por alguns módulos. Dentre eles módulos destacam-se dois mais

relevantes, SE Action Plan, e SE Project.

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O primeiro módulo em destaque, SE Action Plan, é direcionado a gestão de planos de

ação. Ele realiza o gerenciamento de todas as etapas do processo de planejamento, execução e

monitoramento de atividades e planos de ações, desde o registro até a aprovação, incorpora

ferramentas de organização, classificação e pesquisa. É baseado na ferramenta "5W2H"

(termo em inglês), como forma de organizar um plano de ação, definir as atividades e

comprometer responsáveis.

O segundo módulo em destaque, SE Project, é direcionado a gestão de projetos e

serviços. Ele permite gerenciar projetos, produtos, pessoas e finanças. Oferece um conjunto

de funcionalidades para gerenciamento de projeto integrado ao controle de processo. Gerencia

e automatiza as solicitações de projetos, planejamento, execução, controle e encerramento de

projetos, envia notificações para os responsáveis pela realização de tarefas como: notificação

da aprovação ou rejeição do projeto, alocação de projetos, e tarefas, solicitação de alteração e

atraso no cronograma. A Figura 9 apresenta a tela do desempenho de indicador.

Figura 9 - Tela de detalhamento de indicadores de desempenho

Fonte: SoftExpert (2015).

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3 DESENVOLVIMENTO DA APLICAÇÃO

De acordo com os objetivos propostos no trabalho, desenvolveu-se uma aplicação

baseada no método do BSC para ser utilizada na rede interna de pequenas empresas que

estejam iniciando o processo de implantação do BSC na organização. Desta forma, apresenta-

se a seguir, os requisitos principais, diagramas, especificações, a implementação e por fim os

resultados obtidos com a realização do presente trabalho.

3.1 REQUISITOS PRINCIPAIS DO PROBLEMA A SER TRABALHADO

No Quadro 3 são apresentados os requisitos funcionais e no Quadro 4 são apresentados

os requisitos não funcionais da aplicação. A descrição dos principais cenários se encontra no

apêndice B.

Quadro 3 - Requisitos funcionais

REQUISITOS FUNCIONAIS CASOS

DE USO

RF 01 A aplicação deve apresentar um painel de bordo com as perspectivas

estratégicas, objetivos estratégicos e indicadores de performance. UC 01

RF 02 A aplicação deve permitir que o usuário cadastre os objetivos estratégicos. UC 02

RF 03 A aplicação deve permitir que o usuário cadastre os indicadores de

performance. UC 03

RF 04 A aplicação deve permitir que o usuário insira os indicadores de

performance no painel de bordo. UC 04

RF 05 A aplicação deve permitir que o usuário cadastre os responsáveis. UC 05

RF 06 A aplicação deve permitir que o usuário insira as metas para os

indicadores de performance. UC 06

RF 07 A aplicação deve apresentar um gráfico com os valores de meta e os

valores realizados dos indicadores de performance. UC 07

RF 08 A aplicação deve permitir que o usuário cadastre uma iniciativa estratégica

para os indicadores de projeto. UC 08

RF 09 A aplicação deve permitir que o usuário crie um plano de ação para a

iniciativa estratégica. UC 09

Quadro 4 - Requisitos não funcionais

REQUISITOS NÃO FUNCIONAIS CASOS

DE USO

RNF 01 A aplicação deve utilizar o banco de dados MySQL. UC 01

RNF 02 A aplicação deve ser desenvolvido com a linguagem de programação Java. UC 02

RNF 03 A aplicação deve ser desenvolvido no ambiente de desenvolvimento

NetBeans. UC 03

RNF 04 A aplicação deve ser implantado no servidor de aplicação GlassFish. UC 04

RNF 05 A aplicação deve ser executada nos navegadores Microsoft Internet

Explorer e Google Chrome. UC 05

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3.2 ESPECIFICAÇÃO

Nesta seção apresentam-se as técnicas e ferramentas utilizadas na especificação e

também os diagramas, de classes, de casos de uso e de atividades.

3.2.1 Técnicas e ferramentas utilizadas na especificação

Nesta seção são apresentadas as técnicas e ferramentas utilizadas na especificação da

aplicação. Os diagramas de casos de uso e de atividades foram desenvolvidos com o auxílio

da ferramenta Astah Community 6.9.0. O diagrama de entidade e relacionamento foi

desenvolvido com o auxílio da ferramenta Oracle SQL Developer Data Modeler.

O Astah é uma ferramenta case que permite a construção de modelos usando os

diagramas e notação conforme a linguagem de modelagem Unified Modeling Language 2.0

(UML). Astah é desenvolvida na plataforma Java.

O Oracle SQL Developer Data Modeler é uma ferramenta gráfica livre para tarefas de

modelagem de dados. O Oracle SQL Developer Data Modeler pode criar, navegar e editar

modelos, lógicos, relacionais, físicos, multi-dimensional, e tipo de dados.

3.2.2 Diagrama de casos de uso

O diagrama de caso de uso é formado por um ator que representa um usuário da rede

interna da empresa. Como o usuário é identificado pela autenticação do sistema operacional,

não há a necessidade de autenticação através de login. Na Figura 10 estão especificados os

casos de uso que o usuário poderá realizar na aplicação, desde funções de cadastro (objetivos,

indicadores, responsáveis, iniciativas, planos de ação) até funções de apresentação de dados

(gráfico de desempenho, painel de bordo).

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Figura 10 - Diagrama de casos de uso

3.2.3 Diagrama de pacotes

O diagrama de pacotes da Figura 11 apresenta os seis pacotes criados para a aplicação.

O pacote Ajax possui classes auxiliares utilizadas em algumas páginas para realizar interação

com o servidor web sem a necessidade de recarregar toda a página. O pacote Singleton

possui uma classe que implementa o padrão do mesmo nome cujo propósito é manter um

único ponto de acesso ao banco de dados. O pacote Controllers possui classes controladoras

que representam a camada Controller do padrão MVC, cujo propósito é atender as requisições

do cliente. O pacote DTO possui as classes de transferência de dados, cujo propósito é

encapsular os dados. O pacote BO possui as classes de negócio, cujo propósito é transferir os

objetos DTO para os objetos DAO e vice-versa realizando validações de regras de negócio. E o

pacote DAO possui as classes de acesso a dados, cujo propósito é realizar operações de

consulta e manipulação de dados.

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Figura 11 – Diagrama de pacotes

3.2.4 Diagrama de classes

As classes que pertencem ao pacote BO realizam a transferência de dados do cliente

para o banco de dados e também realizam a transferência dos dados do banco de dados ao

cliente. A Figura 12 apresenta o diagrama de classes. A classe AcaoBO possui métodos de

criação, atualização, exclusão e obtenção de ações nos planos de ações; a classe

IndicadorAnoMesBO possui apenas o método para inclusão de um indicador no painel de

bordo; a classe IndicadorBO possui métodos para criação e obtenção de indicadores, tanto

para cadastro dos mesmos quanto para montar o painel de bordo; a classe IniciativaBO

possui métodos para criação, atualização e obtenção da iniciativa estratégica para indicadores

de performance de projeto; a classe ObjetivoBO possui métodos para criação e obtenção de

objetivos estratégicos; a classe PerspectivaBO possui apenas um método para obtenção das

perspectivas definidas pelo BSC; a classe ResponsavelBO possui métodos para cadastrar e

obter os responsáveis pelas ações do plano de ação; e a classe StatusBO por listar os tipos

disponíveis de situação de uma ação.

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Figura 12 - Diagrama de classes do pacote BO

As classes que pertencem ao pacote AJAX (Figura 13) são auxiliares. Elas realizam

trocas de dados com o servidor web sem a necessidade de a aplicação recarregar toda a

página. Entre essas trocas estão operações de consultas e manipulação do banco de dados.

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Figura 13 - Diagrama de classes do pacote AJAX

As classes pertencentes ao pacote Controllers, Figura 14, são responsáveis pelo

tratamento das requisições do usuário. São classes que estendem a interface HttpServlet e

implementam dois tipos de requisições (doPost e doGet), dependendo da necessidade do

usuário. O método de requisição doPost é apropriada para operações de manipulação de

dados e o método de requisição doGet é apropriada para operações de consulta de dados.

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Figura 14 - Diagrama de classes do pacote Controllers

As classes que pertencem ao pacote DAO (Figura 15) são responsáveis pelas operações de

consulta e manipulação de dados no banco de dados. Em alguns métodos elas recebem um objeto DTO

para realizar a inserção e atualização, e em outros métodos retornam o objeto DTO ou até uma lista de

objetos DTO.

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Figura 15 - Diagrama de classes do pacote DAO

As classes que pertencem ao pacote DTO (Figura 16) responsáveis pelo encapsulamento dos

dados em objetos que possuem apenas propriedades e métodos getters/setters. Essas classes não

possuem responsabilidades de regras de negócio ou de acesso a dados. São utilizadas para passar os

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dados do usuário para o banco de dados e também do banco de dados para o usuário trabalhando em

duas camadas do MVC, Controller e Model.

Figura 16 - Diagrama de classes do pacote DTO

A única classe que pertence ao pacote Singleton, apresentada na Figura 17, é responsável

por estabelecer a conexão com o banco de dados. Ela mantém a instância dela mesma e permite o

acesso a instância pelo método obterInstancia(). Com isso houve ganho de performance, pois

dentro de uma requisição pode haver várias trocas de dados com o banco de dados.

Figura 17 - Diagrama de classes do pacote Singleton

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3.2.5 Diagrama de atividades

Esta seção apresenta o diagrama de atividades. A Figura 18 apresenta o processo de

um usuário da aplicação realizando o cadastro e a entrada de dados. O usuário deve criar os

objetivos, os indicadores, as iniciativas e planos de ações, para que a partir dessas

informações o usuário possa visualizar os dados através do painel de bordo, onde as

informações estão organizadas por perspectivas.

Figura 18 - Diagrama de atividades

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3.2.6 Diagrama de sequência

O diagrama de sequência da aplicação, apresentado na Figura 19, exibe a comunicação

entre os objetos para a realização de uma tarefa em específico, inserir um indicador no painel

de bordo. O usuário, a partir da página para inserir o indicador, solicita a aplicação gerando

uma requisição que é tratada pela classe controladora. Esta instancia um objeto DTO, encapsula

os dados do usuário e chama o objeto responsável pelas regras de negócio e validação. Este

por sua vez faz uma transferência deste objeto chamando o objeto responsável pela operação

de inserir no banco de dados.

Figura 19 – Diagrama de sequência para inserir indicador

3.2.7 Modelo de entidade e relacionamento

A seguir é apresentada uma breve descrição de cada entidade desenvolvida e em

seguida o modelo de entidade e relacionamento, na Figura 20:

a) Ações: entidade que armazena os dados das ações de um plano de ação;

b) Indicadores: entidade que armazena os dados dos indicadores de performance;

c) Indicadores_Ano_Mes: entidade que armazena os dados dos indicadores e

objetivos do painel de bordo;

d) Objetivos: entidade que armazena os dados dos objetivos estratégicos;

e) Status: entidade que armazena os dados de tipos de situação de uma ação;

f) Iniciativas: entidade que armazena os dados das iniciativas estratégicas de

indicadores de projeto;

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g) Perspectivas: entidade que armazena os dados das quatro perspectivas

estratégicas definidas pelo BSC;

h) Responsaveis: entidade que armazena os dados dos possíveis responsáveis pelas

ações.

Figura 20 - Modelo de entidade e relacionamento

3.3 IMPLEMENTAÇÃO

Na implementação da aplicação utilizou-se a linguagem de programação Java. Optou-

se por utilizar esta linguagem, para disponibilizar a aplicação via web, permitindo um fácil

acesso a todos. Foi também utilizada a linguagem de programação JavaScript e biblioteca

jQuery para interação do usuário com o gerenciamento do plano de ação. O gerenciador de

banco de dados utilizado foi o MySQL, por ser simples, rápido e eficiente. A seguir são

mostradas as técnicas e ferramentas utilizadas, o uso dos padrões de projeto na codificação e a

operacionalidade da implementação.

3.3.1 Técnicas e ferramentas utilizadas

Para a implementação do presente trabalho foram utilizadas as seguintes técnicas e

ferramentas:

e) NetBeans 8.0.2: ambiente de desenvolvimento integrado;

f) MySQL: sistema gerenciador de bando de dados;

g) GlassFish Server 4: servidor de aplicações web;

h) Java: linguagem de programação orientada a objetos;

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i) JavaServer Pages (JSP): tecnologia de desenvolvimento de software para páginas

web dinâmicas;

j) Servlet: classe usada para estender as funcionalidades do servidor;

k) JavaServer Pages Standard Tag Library (JSTL): componente da plataforma de

desenvolvimento web JavaEE;

l) Expression Language (EL): linguagem de script que permite o acesso à

componentes JaveBeans através do JSP;

m) Javascript: linguagem de programação para ser executada no navegador do lado do

cliente, sem necessidade de interação com o servidor de aplicações;

n) jQuery: biblioteca de javascript que oferece várias facilidades de implementação

do lado do cliente;

o) Google Developers Chart Gallery: biblioteca da google que oferece componentes

gráficos para apresentação de dados.

3.3.2 Padrões de projeto utilizados

Neste trabalho são utilizados cinco padrões de projeto comumente usados no

desenvolvimento de aplicações web orientadas a objetos: Business Object (BO), Data Access

Object (DAO), Data Transfer Object (DTO), Singleton e Model-View-Controller (MVC).

3.3.2.1 Business Object (BO)

O Quadro 5 apresenta uma classe que implementa o padrão BO. Esta classe possui

apenar métodos de negócio sendo responsável por realizar validações dos dados passados e

por chamar o método de um objeto DAO correspondente. O método inserirIndicador, por

exemplo, garante que os dados passados que estejam em branco sejam transformados para

nulos. Isso faz com que o objeto responsável por salvar as informações no banco de dados não

se preocupe em manter dados válidos na tabela.

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Quadro 5 - Classe IndicadorBO.java

3.3.2.2 Data Access Object (DAO)

O Quadro 6 apresenta um segmento de código de uma classe que implementa o padrão

DAO. Esta classe possui apenas métodos de operação de consulta e operação de manipulação

de dados. Os métodos de operação de consulta, em geral, criam um objeto DTO e encapsulam

os dados obtidos do banco de dados neste objeto DTO, em seguida retornam este objeto para

objeto BO correspondente à sua chamada. Já os métodos de operação de manipulação, em

geral, recebem como parâmetro um objeto DTO de um objeto BO correspondente à sua

chamada, em seguida persiste os dados no banco de dados.

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Quadro 6 - Segmento de código da classe acaoDAO.java

3.3.2.3 Data Transfer Object (DTO)

O Quadro 7 apresenta uma classe que implementa o padrão DTO. Esta classe é

responsável por encapsular a meta e o realizado em determinado ano e em determinado mês

para o indicador selecionado.

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Quadro 7 - Classe IndicadorAnoMesDTO.java

3.3.2.4 Singleton

O Quadro 8 apresenta a classe que implementa o padrão Singleton. Esta classe é

responsável por estabelecer a conexão com o banco de dados e de retornar sempre uma

referência para esta mesma conexão.

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Quadro 8 - Classe ConnectionSingleton.java

O Quadro 9 apresenta um segmento de código de uma classe que recupera e utiliza

uma referência do objeto Singleton.

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Quadro 9 - Segmento de código da classe acaoDAO.java

3.3.2.5 Model-View-Controller (MVC)

O Quadro 10 apresenta um segmento de código da página perspectivas.jsp. Esta

página é um documento JSP representando a camada de visão do MVC. Ela é responsável por

exibir o painel de bordo da aplicação. Neste segmento de código utiliza-se a EL, JSTL, CSS e

HTML. Nenhum código Java é utilizado, pois esta camada é responsável por exibir os dados

ao usuário.

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Quadro 10 - Segmento de código do arquivo perspectivas.jsp

O Quadro 11 apresenta um segmento de código da classe

CadastroIndicadorController.java. Esta classe é um Servlet, ou seja, estende a interface

HttpServlet. Ela trata as requisições do usuário representando a camada controladora do

MVC.

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Quadro 11 - Segmento de código da classe CadastroIndicadorController.java

3.3.2.6 Relacionamentos entre os padrões de projeto

A Figura 21 apresenta um diagrama dos padrões de projeto com seus relacionamentos.

A camada de visão compreende o arquivo perspectivas.jsp, a camada controladora

compreende a classe BSCControllers.java e a camada de modelo engloba a classe de

acesso à dados PerspectivaDAO.java, a classe de negócios PerspectivaBO.java e a classe

de entidade PerspectivaDTO.java.

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Figura 21 - Diagrama dos padrões e seus relacionamentos

Fonte: adaptado de Bahia (2015).

3.3.3 Operacionalidade da implementação

A Figura 22 apresenta a página de painel de bordo em que o usuário pode visualizar,

de forma geral, o desempenho da empresa. Este desempenho é visualizado por meio das cores

de pequenas bolas distribuídas ao longo do ano em cada indicador de performance

individualmente. A bolas verdes representam metas atingidas ou ultrapassadas, as bolas

amarelas representam metas não atingidas mas dentro da tolerância e as bolas vermelhas

representam metas abaixo da tolerância.

Figura 22 - Painel de Bordo

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A Figura 23 apresenta a página de cadastro de objetivos estratégicos em que o usuário

pode realizar o cadastro dos objetivos. Para tal, o usuário deve selecionar em qual perspectiva

o objetivo será vinculado, informar o título do objetivo e a descrição do objetivo em questão.

Figura 23 - Cadastro de Objetivos Estratégicos

A Figura 24 apresenta a página de cadastro de indicadores de performance em que o

usuário pode realizar o cadastro do indicador. Para tal, o usuário deve selecionar em qual

objetivo o indicador será vinculado, selecionar qual será seu tipo de indicador (mensal ou

projeto), informar o título do indicador e a descrição do indicador em questão. O tipo de

indicador se refere a forma de alimentação da meta e realizado do mesmo. Se o tipo for

mensal quer dizer que a alimentação será manual no sentido de que cada valor será digitado

mês a mês. Já se o tipo for projeto significa que a alimentação será realizada pelo andamento

de execução do projeto, que, no caso do BSC, é o plano de ação.

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Figura 24 - Cadastro de Indicadores de Performances

A Figura 25 apresenta a página de inserção dos indicadores de performance ao painel

de bordo. Para tal, o usuário deve selecionar o ano, selecionar o indicador e informar as metas

de cada mês ao longo do ano. A informação que se refere o ano selecionado é de qual ano do

painel de bordo que o indicador será inserido. Somente após esta inserção é que o indicador

estará visível no painel de bordo.

Figura 25 - Inserção de Indicadores ao Painel de Bordo

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A Figura 26 apresenta um segmento de página que exibe os indicadores e suas

performances. Os indicadores estão organizados em objetivos estratégicos que se referem a

perspectiva de processos internos. Como o indicador que acabou de ser inserido é de projeto,

segundo indicador da Figura 26, pode-se perceber que as bolas estão sem cor, isto significa

que não há plano de ação criado.

Figura 26 - Painel de Bordo com Indicador inserido

A Figura 27 apresenta a página de visão do gráfico e de valores do indicador. Como o

plano de ação ainda não foi criado não há informações disponíveis.

Figura 27 - Indicador de Performance de Projeto sem Iniciativa Estratégica

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A Figura 28 apresenta um segmento de página do cadastro e visualização de

iniciativas estratégicas em que o usuário realiza o cadastro da iniciativa. Para tal, o usuário

informa o título da iniciativa e a descrição da iniciativa em questão.

Figura 28 - Criação de Iniciativa Estratégica e Plano de Ação

A Figura 29 apresenta um segmento de página do cadastro e visualização de

iniciativas estratégicas em que o usuário também cria o plano de ação. Para tal, o usuário

define o peso e a ação, sua entrega esperada, a data de início planejado, a data de término

planejado, o responsável pela execução da ação e a situação da mesma. Na Figura 29 pode-se

observar um plano de ação já preenchido para melhor visualização de sua utilização. O peso

(%) se refere a meta e ao grau de importância da ação em relação ao seu conjunto. Os 100%

que representam o total da soma das ações devem estar distribuído pelas ações. A data do

término planejado se refere a qual mês esta meta será cobrada e a data do término realizado se

refere a qual mês dessa ação será considerada quando executada.

Essas informações são refletidas no painel de bordo para acompanhamento de sua

performance. Dentre os possíveis valores da situação da ação estão "Não iniciada", "Em

andamento" e "Concluída". É com base na situação da ação que a aplicação informa os

valores para o painel de bordo.

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Figura 29 - Plano de Ação

A Figura 30 apresenta a página das informações do indicador e o gráfico representando

os dados de meta e realizado.

Figura 30 - Gráfico da performance do indicador

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3.4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

O principal objetivo deste trabalho foi a implementação de uma aplicação que possa

ser utilizado na rede interna de em uma pequena empresa que esteja no início da implantação

do BSC na organização. Essa empresa deseja utilizar uma ferramenta que auxilia a esclarecer

e traduzir a estratégia, a associar objetivos e medidas, planejar metas e alinhar iniciativas

estratégicas, suprindo assim a necessidade de disseminar os objetivos críticos da mesma para

os colaboradores, obtendo um alinhamento da estratégia gerencial com as ações operacionais.

O diferencial do presente trabalho com relação aos trabalhos correlatos acadêmicos de

Casas (2009) e Cruz (2011) está no seu propósito de uso que é o de ser implantado em

empresas e não direcionado como material de apoio para disciplinas de universidades. A

aplicação é desenvolvida com a linguagem Java ao contrário dos trabalhos acadêmicos que

foram desenvolvidos com a linguagem PHP, Casas (2009) e Cruz (2011) e Delphi, Gomes

(2001). Também, a aplicação desenvolvida no presente trabalho, faz uso de cinco padrões de

projeto, o que o torna mais preparado para futuras extensões e modificações.

Uma das sugestões do trabalho de Gomes (2001), que foi implementada no presente

trabalho, era a visualização do software via Intranet da empresa. Este foi um dos propósitos

do presente trabalho.

Quanto a comparação com aplicações comerciais, esta presente aplicação se mostrou

mais simples, pois possui um conjunto reduzido de funcionalidades. Sendo assim,

disponibiliza somente as informações mais essenciais para divulgação dos objetivos com os

colaboradores da empresa. O painel de bordo consegue apresentar a performance dos

indicadores de performance de forma simples e eficaz e o plano de ação pertencente a uma

iniciativa estratégica consegue relacionar as ações operacionais por responsável. Outro

diferencial importante é o vínculo que os dados do plano de ação possuem com a exibição do

painel de bordo. O Quadro 12 apresenta a comparação entre os trabalhos correlatos,

acadêmicos e comerciais, e o presente trabalho.

O uso de padrões de projeto permitiu manter o código melhor organizado, que

consequentemente reduziu a complexidade do projeto de software e contribuiu na reutilização

de código em diferentes partes da aplicação. Mantiveram as regras de negócio, interação com

a fonte de dados e apresentação dos dados ao usuário separadas em camadas distintas. Com

isso houve um maior esforço inicial, pois a cada nova funcionalidade foi necessário criar as

respectivas camadas visão, controladora e modelo. Mas com a conclusão dessas atividades

houve uma significativa redução de manutenção.

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Quadro 12 - Comparação entre os trabalhos correlatos

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4 CONCLUSÕES

Uma empresa que pretende elaborar seu planejamento estratégico com o auxílio do

BSC tem nesta aplicação desenvolvida uma aliada. A aplicação permite ao gestor de uma

empresa traduzir a estratégia em termos operacionais através dos objetivos estratégicos e

medi-los através de indicadores de performance, permite também alinhar a organização com a

estratégia através da apresentação do painel de bordo para todos os colaboradores e

transformar a estratégia em tarefa cotidiana de todos através das iniciativas estratégicas e

planos de ações.

A aplicação foi desenvolvida utilizando a linguagem de programação Java na

plataforma web JSP, Java Script, jQuery, padrões de projeto, AJAX e gerenciador de banco

de dados MySQL. Como resultado obteve-se uma aplicação web multiusuário que possibilita

a adoção do método BSC de forma simples e objetiva. Também, disponibiliza-se um modelo

de estrutura de indicadores relacionados por objetivos e perspectivas.

Este trabalho possui algumas limitações. Como o propósito inicial do painel de bordo

era de apresentar os indicadores de performance em uma única grade e evidenciar assim seu

desempenho ao longo do ano acabou faltando a relação de causa e efeito entre os objetivos

estratégicos, característica de um mapa estratégico. O propósito inicial da iniciativa

estratégica era de criar do plano de ação em um conjunto de ações e dividir responsabilidades

entre colaboradores, contudo, a aplicação não contempla o registro do custo das ações e da

própria iniciativa estratégica.

4.1 EXTENSÕES

Como extensão para este trabalho sugere-se o aprimoramento de sua principal

limitação, a criação dos temas estratégicos que possuem um conjunto de objetivos estratégicos

relacionados e a relação de causa e efeito entre eles. O controle de permissões de usuários,

uma importante funcionalidade, é uma possível extensão do trabalho, pois é necessário para

tornar esta aplicação apta à utilização em uma empresa. Também seria interessante ter

flexibilidade para criação de perspectivas adicionais, pois o presente trabalho propõe somente

as quatro perspectivas concebidas na origem do BSC.

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REFERÊNCIAS

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Diretoria de Tecnologia da Informação. Gerência de Administração de Dados e

Desenvolvimento de Sistemas. Manual de padrões: desenvolvimento web e mvc. Disponível

em:

<http://www.sefaz.ba.gov.br/downloads/prt/manuais/padroes/manual_de_padroes_desenvolvi

mento_web_mvc.doc>. Acesso em: 24 jun. 2015.

BARSZCZ, Sérgio H. Mapeamento estratégico empresarial através do modelo de

Balanced Scorecard de sustentabilidade na indústria Lactobom. 2007. 97 f. Dissertação

(Mestrado em Engenharia de Produção) - Programa de Pós-Graduação em Engenharia de

Produção, Gerência de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Tecnológica Federal do

Paraná, Ponta Grossa. Disponível em:

<http://www.pg.utfpr.edu.br/dirppg/ppgep/dissertacoes/arquivos/62/Dissertacao.pdf>. Acesso

em: 12 nov. 2014.

CASAS, Jerusa C. D. Desenvolvimento de um aplicativo de apoio didático pedagógico

baseado em Balanced Scorecard. 2009. 70 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado

em Ciências da Computação) - Centro de Ciências Exatas e Naturais, Universidade Regional

de Blumenau, Blumenau.

CONTROLCORP. Stratws. [S.I.], 2015. Disponível em:

<http://www.stratws.com.br/screenshots.php>. Acesso em: 17 jun. 2015.

COSTA, Ana P. P. Balanced Scorecard: conceitos e guia de implementação. São Paulo:

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CRUZ, Felipe V. Desenvolvimento do BSC para aplicação na disciplina de TIGN do

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APÊNDICE A – Exemplo de perspectivas estratégicas, objetivos estratégicos e

indicadores de performance

O Quadro 13 apresenta os objetivos estratégicos e indicadores de performance

pertencentes à perspectiva financeira.

Quadro 13 - Perspectiva financeira

O Quadro 14 apresenta os objetivos estratégicos e indicadores de performance

pertencentes à perspectiva de mercado e cliente.

Quadro 14 - Perspectiva de mercado e cliente

O Quadro 15 apresenta os objetivos estratégicos e indicadores de performance

pertencentes à perspectiva de processos internos.

Quadro 15 - Perspectiva de processos internos

O Quadro 16 apresenta os objetivos estratégicos e indicadores de performance

pertencentes à perspectiva de aprendizado e crescimento.

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Quadro 16 - Perspectiva de aprendizado e crescimento

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APÊNDICE B - Principais cenários do diagrama de casos de uso

Neste Apêndice é apresentado o Quadro 157 que descreve os principais cenários do

diagrama de casos de uso.

Quadro 17 – Principais cenários do diagrama de casos de uso

CASOS DE USO DESCRIÇÃO

UC 03 -

Cadastrar

indicadores de

performance

1. O usuário solicita a página de cadastramento de indicadores.

2. A aplicação exibe a página de cadastro de indicadores com

uma lista de indicadores já cadastrados e uma lista com os

objetivos já cadastrados.

3. O usuário seleciona o objetivo ao qual deseja vincular o

indicador a ser cadastrado.

4. O usuário seleciona o tipo de indicador.

5. O usuário informa o título do indicador.

6. O usuário informa a descrição do indicador.

7. O usuário clica no botão "Cadastrar".

UC 04 - Inserir

indicadores ao

painel de bordo

1. O usuário solicita a página de inserção de indicadores.

2. A aplicação exibe a página de inserção de indicadores.

3. O usuário seleciona o ano em que deseja inserir o indicador.

4. A aplicação apresenta uma lista de indicadores ainda não

inseridos no ano selecionado.

5. O usuário seleciona o indicador desejado.

6. O usuário insere as metas de cada mês.

7. O usuário clica no botão "Inserir".

UC 09 - Criar

planos de ações

1. No painel de bordo, o usuário clica no ícone gráfico

correspondente ao indicador de projeto ao qual deseja criar um

plano de ação.

2. A aplicação exibe a página de informações do indicador de

performance.

3. O usuário clica no botão "Visualizar Iniciativa".

4. A aplicação exibe a página de visualização de iniciativas.

5. O usuário clica no botão "Inserir nova ação".

6. O usuário informa os dados da nova ação inserida.

7. O usuário clica no botão "Salvar".