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PDLS
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ATÍLIO VIVÁCQUAATÍLIO VIVÁCQUA
BOM JESUS DO NORTEBOM JESUS DO NORTE
ÁGUA DOCE DO NORTE
SECRETARIA DE ESTADO DEECONOMIA E PLANEJAMENTO
D E S E N V O L V I M E N T O
S U S T E N T Á V E L
P L A N O DE
L O C A L
DIAGNÓSTICO SITUACIONAL
DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL
FUNDAÇÃO CECILIANO ABEL DE ALMEIDA PLANO DEDESENVOLVIMENTO LOCAL SUSTENTÁVEL
_________________________________________________________________________ Av. Fernando Ferrari, nº 514 - Campus Universitário de Goiabeiras - Vitória - ES, CEP 29060-973
Tel.: 27 3335-7900 - www.fcaa.com.br
Diagnóstico Situacional do Desenvolvimento Territorial
Grupo III Água Doce do Norte
Plano de Desenvolvimento Local Sustentável
PDLS
Fevereiro de 2009
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SECRETARIA DE ESTADO DE ECONOMIA E PLANEJAMENTO - SEP Secretário de Estado de Economia e Planejamento José Eduardo Faria de Azevedo Coordenadora do Projeto PDLS Nádia Dorian Machado SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO – SEBRAE/ES Diretor - Superintendente João Felício Scárdua Diretor Técnico Evandro Barreira Milet Gerente de Políticas Públicas Fernando Estevez Gadelha Gestora do Projeto PDLS Janice Lima ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DO ESPÍRITO SANTO – AMUNES João Guerino Balestrassi PREFEITURA MUNICIPAL DE ÁGUA DOCE DO NORTE Prefeito Abraão Lincon Elizeu Agentes de Desenvolvimento Ádina Novais de Paula Márcio Magno Tempone Nilson Flairis Bretas Botelho Rondinei Alves Sevério Vitorino de Freitas INSTITUTO JONES DOS SANTOS NEVES - IJSN Equipe de Monitoramento: Adauto Beato Venerano Inês Brochado Abreu Márcia Zanotti Sebastião Francisco Alves Sonia Bouez Pinheiro da Silva
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FUNDAÇÃO CECILIANO ABEL DE ALMEIDA
Diretor Executivo SEBASTIÃO PIMENTEL FRANCO
COORDENAÇÃO Coordenador Geral Gilton Luis Ferreira Coordenador Técnico Giovanilton André Carretta Ferreira EQUIPE TÉCNICA Desenvolvimento Territorial Arquitetos: Alexandre Ricardo Nicolau Doriéli Zuccoloto Fornaciari Giovanilton André Carretta Ferreira Letícia Dalvi de Albuquerque Estagiárias: Ingrid Herzog Holz
Santiléia de Mello Braz Patrimônio Ambiental e Geoprocessamento André Luiz Nascentes Coelho Estagiário: André Luis Demuner Ramos Socioeconômica Aminthas Loureiro Júnior Paulo Henrique Assis Feitosa Assuntos Jurídicos e Redação Legislativa Bruna Marina Zamprogno Madeira Pierry Novais Silva Laryssa Baroni Estagiária: Érika de Oliveira Cavalcanti Equipe de Apoio Ana Rosa Varanda Viviane do Nascimento Fonseca
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 008
2. LOCALIZAÇÃO 011
3. DEMOGRAFIA E CARACTERIZAÇÃO 012
3.1. Demografia 013
3.2 Caracterização 015
3.2.1. Renda 015
3.2.2. Abastecimento de Água 016
3.2.3. Coleta e Tratamento de Esgoto 019
3.2.4. Coleta de Lixo 022
4. HISTÓRICO DE OCUPAÇÃO E PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO 025
5. MEIO AMBIENTE 026
5.1. Introdução 026
5.1.1. Materiais e Métodos 027
5.2. Caracterização do Meio Físico 029
5.2.1. Relevo 029
5.2.2. Declividades 029
5.2.3. Solos 033
5.2.4. Recursos Hídricos 036
5.2.5. Clima 038
5.3. Síntese dos Principais Potenciais e Problemas Ambientais 041
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5.3.1. Potencialidades Ambientais 041
5.3.2. Problemas Ambientais 045
5.4. Destino Final do Lixo 050
5.5. Atividade Agrícola 050
5.6. Extração de Rochas 052
5.7. Carências 053
5.8. Outros 053
6. ECONOMIA 055
6.1. Diagnóstico 055
6.2. Potencialidades Econômicas 060
6.3. Perspectivas econômicas & impactos sobre o uso e ocupação do solo
060
7. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO URBANO 062
7.1. Metodologia para diagnóstico de uso e ocupação do solo 062
7.2. Uso do Solo 066
7.3. Padrão Construtivo 069
7.4. Afastamentos 072
7.5. Verticalização 074
7.6. Áreas de risco na sede do município 074
7.6.1. Alagamento 074
7.6.2. Desmoronamento 076
7.7. Áreas em Expansão e/ou Adensamento Urbano 076
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8. INFRA-ESTRUTURA URBANA 078
8.1. Abastecimento de água do Distrito Sede 078
8.2. Coleta e Tratamento de Esgoto do Distrito Dede 078
8.3. Coleta de Lixo no Distrito Sede 079
8.4. Pavimentação das Vias 079
9. PARCELAMENTO DO SOLO URBANO 082
10. DISTRITOS E LOCALIDADES 083
10.1. Distrito Vila Nelita 083
10.2. Distrito Santo Agostinho 085
10.3. Distrito Santa Luzia do Azul 087
10.4. Distrito Governador Lacerda de Aguiar 089
10.5. Localidade Bom Destino 091
11. SISTEMA VIÁRIO 093
11.1. Principais eixos viários do município 093
11.1.1 Principais Eixos Viários da Sede 094
11.1.2. Nós Viários 096
11.2. Deslocamentos e Meios de transporte 096
12. LEITURA JURÍDICA 098
12.1. Metodologia 098
12.2. Quadro Informativo de Contatos para Catalogação 098
12.3. Resultado Quantitativo da Catalogação 099
12.4. Diagnóstico da Legislação 101
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12.4.1. Análise Vertical 101
12.5. Valoração da Análise 105
12.6. Análise 103
12.6.1. Lei de Polícia Administrativa/Código de Posturas Lei nº 110/99 103
12.6.2. Código Ambiental Lei Complementar nº 005/2005 103
13. DIRETRIZES PARA O DESENVOLVIMENTO LOCAL SUSTENTÁVEL 105
13.1. Diretrizes Institucionais 105
13.2. Diretrizes Territoriais 106
13.3. Diretrizes Econômicas 108
13.4. Diretrizes Ambientais 109
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ÁGUA DOCE DO NORTE
1. INTRODUÇÃO
O presente relatório é parte dos trabalhos de elaboração do Plano de
Desenvolvimento Local Sustentável - PDLS realizado em uma parceria do Serviço
Nacional de Apoio a Micro e Pequena Empresa – SEBRAE/ES, juntamente com a
Secretaria de Estado de Economia e Planejamento, o Instituto Jones dos Santos
Neves - IJSN e os 16 municípios contemplados com este projeto: Água Doce do
Norte, Apiacá, Atílio Vivacqua, Boa Esperança, Bom Jesus do Norte, Ibiraçu,
Itaguaçu, Itarana, João Neiva, Laranja da Terra, Montanha, Mucurici, Muqui, Ponto
Belo, São Roque do Canaã e Vila Pavão.
Este relatório técnico apresenta o Diagnóstico Situacional do Desenvolvimento
Territorial do município de Água Doce do Norte, que busca realizar um
aprofundamento técnico e uma análise de problemas e potencialidades de cada
município no que se refere ao processo de urbanização e ao meio ambiente, no
intuito de apontar diretrizes e/ou indicar soluções para as áreas com conflitos de uso
observando as restrições da legislação vigente.
O conteúdo do relatório está subdivido em cinco partes, conforme os objetivos
especificados para o trabalho, dispostos da seguinte forma:
Meio Ambiente - Análise ambiental do território do município com objetivo principal
de identificar aspectos físicos relevantes, nos setores urbano e rural, de forma a
subsidiar a elaboração do PDLS e a elaboração de Leis / Códigos municipais de
acordo com a realidade sócio-ambiental do território.
Economia – Diagnóstico do município apontando as principais atividades
econômicas existentes, as potencialidades econômicas de cada um dos municípios
contemplados no PDLS, bem como as suas perspectivas econômicas e os impactos
quanto ao uso e ocupação do solo.
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Uso e Ocupação do Solo – Estudo referente a utilização do território do município,
com a análise e mapeamento dos usos predominantes nas sedes dos municípios,
bem como a identificação das tipologias construtivas predominantes, afastamentos,
sistema viário, verticalização, as áreas em expansão e/ou adensamento urbano, as
áreas de risco e uma caracterização geral dos demais distritos e comunidades
existentes em cada município.
Leitura Jurídica - Análise das legislações municipais existentes que mantenham
relação com o objeto central deste trabalho, a considerar: Lei Orgânica Municipal,
Código de Meio Ambiente, Código de Posturas, Código de Obras e Edificações, Lei
de Parcelamento do Solo Urbano, Lei de Perímetro Urbano, Código Tributário e
demais legislações que tenham rebatimento no uso e ocupação do território do
município.
Diretrizes Territoriais de Desenvolvimento Sustentável – Elaboração de diretrizes
para os municípios com base nas análises e diagnósticos descritos anteriormente.
Os estudos técnicos foram elaborados com base em informações existentes sobre
os municípios em fontes oficiais tais como o IBGE, IJSN, SEBRAE, IEMA, INCAPER,
dentre outras e documentos levantados nos próprios municípios: leis, códigos,
planos e projetos.
Além das informações secundárias foram realizados levantamento de campo em
todos os 16 municípios, composto de visitas in loco e do levantamento de
informações com os agentes de desenvolvimento de cada município, referente aos
temas anteriormente apresentados.
Para fins de organização dos levantamentos de campo, os dezesseis municípios
participantes do programa do Plano de Desenvolvimento Local Sustentável (PDLS)
foram agrupados em blocos, como demonstrado abaixo, sendo o município de Água
Doce do Norte integrante do bloco 3:
Grupo 1 - Montanha, Mucurici, Ponto Belo, Boa Esperança;
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Grupo 2 - Itaguaçu, Itarana, Laranja da Terra, São Roque do Canaã;
Grupo 3 - Ibiraçu, João Neiva, Água Doce do Norte, Vila Pavão;
Grupo 4 - Apiacá, Atílio Vivacqua, Bom Jesus do Norte, Muqui.
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2. LOCALIZAÇÃO
O município de Água Doce do Norte integra a macrorregião Noroeste e a
microrregião de Barra de São Francisco, conforme divisão regional do Espírito
Santo. Limita-se com os municípios capixabas Ecoporanga e Barra de São
Francisco e com municípios de Minas Gerais.
Distante aproximadamente 270 km da capital Vitória, Água Doce do Norte
caracteriza-se como um município de base produtiva rural, que tem na pecuária e
cultura cafeeira seus alicerces econômicos.
Figura 01 – Localização do município de Água Doce do Norte: região nordeste.
Fonte: IJSN modificado pela equipe técnica da FCAA.
Figura 02 – Localização do município de Água Doce do Norte: microrregião Barra de São
Francisco. Fonte: IJSN modificado pela equipe técnica da
FCAA.
Limite Macrorregião
Limite do Município de Água Doce do Norte.
Limite Macrorregião
Limite do Município de Água Doce do Norte.
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3. DEMOGRAFIA E CARACTERIZAÇÃO
Figura 03: Divisão administrativa de água Doce do Norte.
Fonte: CARTGEO – IJSN – modificado.
Distritos:
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O município tem área de 484 km², e está dividida administrativamente em 05
distritos: sede, Governador Lacerda de Aguiar, Santo Agostinho, Santa Luzia do
Azul e Vila Nelita. Água Doce do Norte possui população estimada de 11.934
habitantes, distribuídas conforme tabelas baixo:
3.1. Demografia
Tabela 01 – População Residente.
Fonte: IBGE. Disponível em www.ijsn.es.gov.br
Tabela 02 – Densidade Demográfica.
Fonte: IBGE. Disponível em www.ijsn.es.gov.br
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As tabelas 01, 02 e 03 permitem caracterizar Água Doce do Norte como um
município de baixa densidade demográfica (a densidade média do Brasil é de 21
hab/km² e a do Espírito Santo é de 72,74 hab/km²) e que preserva ainda fortes
características rurais. A divisão populacional por situação de domicilio mostra que a
distribuição da população entre a área rural e urbana é equivalente, com uma taxa
de urbanização que é de 47,9%, apresentando uma situação bem distinta do que
ocorre no Brasil e no Espírito Santo, onde as taxas de urbanização são muito
superiores - em torno de 80%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) e do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), respectivamente.
Nota-se também que ocorreu um decréscimo populacional, na ordem de 6,5% entre
os anos de 2000 e 2007.
Tabela 03 – Taxa de Urbanização.
Fonte: IBGE. Disponível em www.ijsn.es.gov.br
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3.2. Caracterização
3.2.1. Renda
Faixa de renda mensal familiar em salário mínimo
Número de famílias %
Sem Rendimento 199 5,96 Até 1 SM 1691 50,67 Mais de 1 a 2 SM 729 21,84 Mais de 2 a 3 SM 217 6,50 Mais de 3 a 5 SM 208 6,23 Mais de 5 a 10 SM 182 5,45 Mais de 10 a 15 SM 51 1,52 Mais de 15 a 20 SM 24 0,71 Mais de 20 SM 36 1,07 Total 3337 100
A tabela 04 demonstra que a maior parcela das famílias do município tem renda
mensal de até um salário mínimo (50,67%). Há também considerável percentual de
famílias sem rendimentos (5,96%). Aproximadamente 85% das famílias apresentam
renda média familiar inferior a 03 salários mínimos, configurando assim Água Doce
do Norte como um município de população predominantemente de baixa renda.
Tabela 04 - Faixa de Renda Mensal dos Responsáveis por Domicílios Particulares Permanentes.
Fonte: IBGE - 2000.
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3.2.2 Abastecimento de Água
Municípios Icágua rural Icágua urbana Água Doce do Norte 0,72 0,89
Apiacá 0,81 1,00
Atílio Vivácqua 0,84 0,95
Boa Esperança 0,82 0,89
Bom Jesus do Norte 0,89 0,97
Ibiraçu 0,87 0,95
Itaguaçu 0,86 0,98
Itarana 0,88 0,98
João Neiva 0,96 0,97
Laranja da Terra 0,77 0,95
Montanha 0,77 0,75
Mucurici 0,58 0,56
Muqui 0,88 0,96
Ponto Belo 0,60 0,78
São Roque do Canaã 0,97 0,92
Vila Pavão 0,76 0,86
ESPÍRITO SANTO 0,83 0,93
ICágua - Índice de Carência em água De 0 até 0,5: extremo índice de carência;
De 0,5 até 0,8: alto índice de carência;
De 0,8 até 1: baixo índice de carência (melhores condições).
Água Doce do Norte apresenta alto índice de carência no abastecimento de água na
área rural. Na área urbana, o índice de carência indica que há baixo déficit de
abastecimento. A situação do município é semelhante a dos demais municípios
estudados situados ao norte do estado (Boa Esperança, Montanha, Mucuruci, Vila
Tabela 05 – Índice de carência em água, das áreas rurais e urbanas dos Municípios do PDLS.
Fonte: Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN).
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Pavão e Ponto Belo), contudo é pior que a situação observada na maior parte dos
municípios capixabas, como demonstra a figura abaixo.
Figura 04 – Índice de carência em água rural – 2000.
Fonte: IJSN.
Figura 05 – Índice de carência em água urbano – 2000.
Fonte: IJSN.
Pouco mais da metade dos domicílios (57,5%) dispõe de rede geral de
abastecimento de água. Uma parcela considerável dos domicílios (40%) ainda
recorre a poços e nascentes, sobretudo na área rural.
Extremo índice de Carência
Alto Índice de
Carência
Baixo Índice de Carência
Extremo índice de Carência
Alto Índice de
Carência
Baixo Índice de Carência
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Tabela 06 – Formas de Abastecimento de Água dos Domicílios Particulares Permanentes - 2000.
Fonte: IBGE. Disponível em www.ijsn.es.gov.br
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3.2.3. Coleta e Tratamento de Esgoto
Municípios Icesgoto rural Icesgoto urbano Água Doce do Norte 0,05 0,42
Apiacá 0,07 0,91
Atílio Vivácqua 0,48 0,87
Boa Esperança 0,01 0,39
Bom Jesus do Norte 0,09 0,82
Ibiraçu 0,39 0,91
Itaguaçu 0,86 0,13
Itarana 0,33 0,38
João Neiva 0,69 0,87
Laranja da Terra 0,02 0,70
Montanha 0,06 0,72
Mucurici 0,11 0,59
Muqui 0,12 0,57
Ponto Belo 0,02 0,46
São Roque do Canaã 0,01 0,45
Vila Pavão 0,05 0,59
ESPÍRITO SANTO 0,15 0,69
ICesgoto – Índice de Carência em esgoto De 0 até 0,5: extremo índice de carência;
De 0,5 até 0,8: alto índice de carência;
De 0,8 até 1: baixo índice de carência (melhores condições).
Os números da tabela acima, relativos ao índice de carência em esgoto, reafirmam
situação relatada pelos agentes de desenvolvimento em entrevista realizada em 31
de julho de 2008 e observada em campo: há uma carência extrema quanto à coleta
e tratamento de esgoto no município. Apesar de esforços recentes, realizados pela
municipalidade e relatados pelos agentes, o município apresenta uma das piores
Tabela 07 – Índice de carência em esgoto, das áreas rurais e urbanas dos Municípios do PDLS, com destaque para Água Doce do Norte.
Fonte: Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN).
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situações referentes ao serviço citado, como demonstra a tabela 07 e as figuras 06 e
07, abaixo.
Figura 06 – Índice de carência em esgoto rural
– 2000. Fonte: IJSN.
Figura 07 – Índice de carência em esgoto urbano – 2000.
Fonte: IJSN.
A maior parcela dos domicílios aguadocenses (75,9%) não dispõe de rede coletora
de esgoto e o percentual de domicílios que lançam efluentes diretamente em corpos
d’água é de 22%, evidenciando os riscos de contaminação e degradação ambiental,
conforme dados da tabela 08. Segundo informações dos agentes, algumas
localidades rurais dispõem de rede coletora de esgoto, porém as estações de
tratamento de esgoto ainda estão em construção.
Extremo índice de Carência
Alto Índice de
Carência
Baixo Índice de Carência
Extremo índice de Carência
Alto Índice de
Carência
Baixo Índice de Carência
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Tabela 08 – Formas de Esgotamento Sanitário dos Domicílios Particulares Permanentes - 2000.
Fonte: IBGE. Disponível em www.ijsn.es.gov.br
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3.2.4. Coleta de Lixo
Municípios IClixo rural IClixo urbana Água Doce do Norte 0,05 0,47
Apiacá 0,04 0,98
Atílio Vivácqua 0,11 0,97
Boa Esperança 0,07 0,89
Bom Jesus do Norte 0,04 0,99
Ibiraçu 0,33 0,96
Itaguaçu 0,03 0,94
Itarana 0,25 0,99
João Neiva 0,59 0,99
Laranja da Terra 0,09 0,92
Montanha 0,13 0,96
Mucurici 0,25 0,65
Muqui 0,08 0,87
Ponto Belo 0,02 0,85
São Roque do Canaã 0,14 0,95
Vila Pavão 0,07 0,95
ESPÍRITO SANTO 0,17 0,92
IClixo – Índice de Carência em lixo De 0 até 0,5: extremo índice de carência;
De 0,5 até 0,8: alto índice de carência;
De 0,8 até 1: baixo índice de carência (melhores condições).
O município de Água Doce do Norte apresenta extrema carência no tocante à coleta
de lixo, tanto na área rural quanto na urbana. Na área rural a situação não é muito
distinta dos demais municípios estudados no PDLS e do estado (salvo exceção de
João Neiva), contudo, na área urbana a situação apresenta maior gravidade que na
maior parte do estado, conforme fica evidenciado na figuras abaixo:
Tabela 09 – Índice de carência em lixo, das áreas rurais e urbanas dos Municípios do PDLS e Água Doce do Norte.
Fonte: Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN).
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23
Figura 08 – Índice de carência em lixo Urbano
– 2000. Fonte: IJSN.
Figura 09 – Índice de carência em lixo Rural – 2000.
Fonte: IJSN.
Segundo os agentes de desenvolvimento na sede municipal há coleta de lixo
diariamente, porém a área rural é carente deste serviço. Não há coleta seletiva e o
município não apresenta local reservado para deposição do lixo hospitalar/posto de
saúde e de farmácias. O lixão – lixo a céu aberto - da cidade está situado na saída
da sede em direção a localidade de Vila Nelita.
Os números da tabela 10 mostram que em Água Doce do Norte, apenas ¼ dos
domicílios têm seu lixo coletado e a maior parte tem disposição final inadequada:
38,5% dos domicílios tem seu lixo queimado ou enterrado e 31,3% jogado em
terreno baldio ou logradouro, evidenciando um alto risco de contaminação do solo e
lençol freático.
Extremo índice de Carência
Alto Índice de
Carência
Baixo Índice de Carência
Extremo índice de Carência
Alto Índice de
Carência
Baixo Índice de Carência
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Tabela 10 – Tipo de Destino do Lixo dos Domicílios Particulares Permanentes, por Situação do Domicílio - 2000.
Fonte: IBGE. Disponível em www.ijsn.es.gov.br
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4. HISTÓRICO DE OCUPAÇÃO E PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO
O atual município de Água Doce do Norte foi fundado como povoado em 22 de
outubro de 1949, em território doado pelo fazendeiro Domingos Marculino.
Em 1951 passou à condição de distrito do município de Barra de São Francisco.
Esse desenvolvimento rápido se deve ao fato de, nessa época, a localidade ter sua
economia completamente calcada na cultura do café que vivia, então, sua fase
áurea. Segundo histórico do municipio, disponível na página eletrônica do Instituto
Jones Santos Neves (IJSN), o nome do município está ligado ao hábito dos
moradores de se servirem de um cafezinho, que segundo informações, era tão ralo
que se assemelhava a água doce.
Após um movimento de independência movido por lideranças e apoiado pela
população em geral, publicou-se a 10 de maio de 1988, no Diário Oficial do Estado a
Lei nº 4.066 de 6 de maio de 1988, a criação do município de Água Doce do Norte
desmembrado de Barra de São Francisco.
Criação do município Município
Ato Data Data de instalação Municípios de origem
Água Doce do Norte Lei nº 4.066 06/05/1988 01/01/1989 Barra de São Francisco
Não foram identificadas ou mapeadas edificações de significativo valor histórico,
arquitetônico no município, apontando para a ausência de edificações de interesse
de preservação no município.
Quadro 01 – Ato de criação do município. Fonte: Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN).
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5. MEIO AMBIENTE
5.1. Introdução
A análise ambiental proposta no território de Água Doce do Norte tem como objetivo
principal identificar aspectos físicos relevantes, nas áreas urbana e rural, de forma a
subsidiar o PDLS - Plano de Desenvolvimento Local Sustentável e a elaboração de
Leis / Códigos municipais de acordo com a realidade sócio-ambiental do território,
em especial, o Código Municipal de Meio Ambiente.
De forma a atingir os objetivos propostos a análise foi dividida em duas principais
etapas, sendo a primeira com a descrição dos materiais, métodos e campanhas de
campo, seguida de uma caracterização do território, identificando atributos
ambientais considerados relevantes para o estudo em questão. Aspectos como
relevo, declividades, clima, recursos hídricos, uso do solo, entre outros, foram os
temas tratados no município de Água Doce do Norte.
A segunda etapa, considerada a mais importante, trata da identificação, descrição e
espacialização das potencialidades (turismo, valor cênico e indicação de áreas de
interesse ambiental, etc.) e limitações do território (pontos de alagamentos,
desmoronamentos, extração de rochas, desmatamentos, entre outros),
fundamentada nos dados da primeira etapa, na legislação em vigor1 (Federal,
Estadual e Municipal), na leitura com o governo, em referencial bibliográfico
específico e nas diversas campanhas de campo, concluindo a análise ambiental.
1 Algumas Leis e Resoluções consideradas foram: LEI F. Nº 9.985, de 18 de julho de 2000 (SNUC – Sistema Nacional de Unidades de Conservação); Lei F. nº 11.428 de 22 de dezembro de 2006 (Mata Atlântica); LEI Federal Nº 4.771, de 15 de setembro de 1965 (Código Florestal em vigor com alterações); Resolução CONAMA 303/2002 (Dispõe sobre parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente); Resolução CONAMA 29/1994 (Classifica a Vegetação de Mata Atlântica no ES); LEI Federal Nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979 (dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano em vigor com alterações) e LEI Estadual N° 5.361, de 30 de dezembro de 1996 (Política Florestal do Estado do Espírito Santo).
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5.1.1. Materiais e Métodos
Para tornar possível a análise integrada do território foi necessária a aquisição dos
seguintes materiais:
• Cartas Topográficas do IBGE (em várias escalas e datas);
• Imagens do Território: Satélite LandSat 7 – Bandas 3R, 2G e 1B (IEMA, 2001 e
2002) e Ortofotos (IEMA 2007/2008);
• Dados SRTMs (Embrapa, 2007 e NASA, 2006);
• Dados Climatológicos (INCAPER, 2008 e IJSN 2000);
• Mapa da Rede Hidrográfica (IEMA, 2008 e ANA 2008);
• Mapa da Malha Viária: rodovias, estradas (IJSN, 2008 e DER 2006);
• Dados da Infra-estrutura: urbana e rural (IJSN 2000, IBGE, 2000 e 2007);
• Maquina fotográfica (5 mega pixels);
• Consulta de dados socioeconômicos na prefeitura Municipal, no Instituto Jones
dos Santos Neves, Instituto Brasileiro de Geografia e estatística e no Sistema
Nacional de Indicadores Urbanos;
• Uso do Sistema de Informações Geográficas – SIG (ArcGIS 9.1).
Foram elaborados mapas para subsidio aos estudos ambientais abordando os
seguintes temas2:
2 Foram utilizados em alguns mapas shapes files do GEOBASES como: Perímetro do Município e adjacências (IJSN, 2000); Principais cursos d`água com nomes (IJSN 2000 e ANA, 2008); Malha Viária (IJSN, 2000); Escolas / Igrejas / Cemitérios (IJSN, 2000); Perímetros Urbanos (IJSN, 2000); Nome das Localidades (IJSN, 2000 e IBGE, 2000); Imagens de Satélites (IEMA, 2001 e 2002) entre
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• Declividades;
• Uso do Solo;
• Recursos Hídricos: Bacias Hidrográficas, Sub-bacias, principais cursos d`água;
• Clima (déficit hídrico);
• Imagem de satélite com o destaque para o município.
As campanhas de campo tiveram como objetivo identificar e registrar “em situ”
aspectos de interesse ambiental como: fragmentos florestais, áreas de risco
alagamento/desmoronamento, extração de recursos naturais, ETEs, Valor Cênico,
etc., tanto na área urbana (percorrendo todos os bairros e ruas) e rural de forma a
subsidiar a elaboração de Leis/Códigos Municipais conforme a realidade do
território. Os procedimentos para elaboração da campanha de campo consistiram
em diversos momentos, sendo abordados os principais como:
• Reuniões internas com a equipe técnica da FCAA;
• Previa reunião com os técnicos, secretários e demais funcionários municipais
envolvidos no projeto, visando o levantamento e o mapeamento das principais
características sócio-ambientais3;
outros. Foi acordado junto ao IJSN o uso do Datum Horizontal: SAD-69 e Uso do Sistema de Coordenadas UTM nos mapas. 3 Os principais aspectos, temas abordados e indicação no mapa de campo durante a reunião foram: Áreas de desmoronamento / escorregamento / movimento coletivo de massa / queda de blocos; Pontos de alagamento na área urbana e rural; Local de captação de água para abastecimento urbano (dentro do município); ETEs (Estações de Tratamento de Esgoto); Localização e situação do lixo (tipo de aterro; como é realizada a coleta na sede, nas localidades e área rural? Existe um destino especial do lixo hospitalar, das farmácias e postos de saúde?); Local do cemitério (situação / capacidade); Existência de uma área reservada à Indústria (qual a situação?); Principais atividades agrícolas; Situação das monoculturas (sobretudo eucalipto e cana); Local / Região de extração de rochas; Local dos parques municipais / reservas (conforme SNUC); Existência de horto / viveiro de mudas; Pontos de interesse ambiental (potencial turístico, construção antiga, maciços rochosos, reservas/fragmentos florestais, entre outros).
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• Estabelecido um roteiro de campo com base nos principais aspectos e temas
abordados na reunião e apontados no mapa;
• Visita de campo acompanhada de um técnico / funcionário da prefeitura,
conhecedor da região, nos pontos abordados na primeira etapa4.
5.2. Caracterização do Meio Físico
5.2.1. Relevo
O município de Água Doce do Norte - ES possui uma área total de 484 km2, sendo
caracterizado por um relevo acidentado, marcado por alinhamentos estruturais
(serras e maciços) com direções predominante sudeste-nordeste e oeste-nordeste,
apresentando cotas superiores a 1050 m, a exemplo, da Serra de São Mateus no
extremo norte (divisa com o município Ecoporanga) e, Serra da Pipoca, com 930 m,
localizada no extremo nordeste divisa com o município de Barra de São Francisco.
5.2.2. Declividades
A declividade pode ser conceituada como a inclinação do terreno em relação a um
plano horizontal e esta pode ser expressa em percentual ou em graus. Ela é
calculada pela variação da altitude entre dois pontos do terreno (curvas de nível) em
relação à distância que os separa.
Nesta análise foram consideradas as declividades iguais ou superiores a 30%
conforme disposto na Lei Nº 6.766/79 (Lei do Parcelamento do Solo Urbano) em seu
artigo 3 parágrafo único item III que destaca: não será permitido o parcelamento,
4 Em todas as áreas visitadas houve o registro fotográfico visando subsidiar as etapas posteriores para a elaboração do PDLS.
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30
“em terreno com declividade igual ou superior a
30% (trinta por cento), salvo se atendidas
exigências específicas das autoridades
competentes”.
Outra consideração referente às
declividades é dada pela Resolução
CONAMA 303 de 20/03/2002 que
dispõe sobre parâmetros, definições e
limites de Áreas de Preservação Permanente como é o caso das declividades iguais
ou superiores a 100% ou iguais ou acima de 45º (Figura 10).
Para a análise das classes de declividades do município apoiada na Lei e resolução
anterior utilizou-se o SIG (Sistema de Informações Geográficas) considerando as
classes de relevo adaptadas da proposta da Embrapa (1999) variando entre: 0 –
29,9%; 30 – 44,9%; 45 – 74,9%; 75 – 99,9%; e iguais ou maiores que 100% 5.
A análise do mapa gerado (Figura 11) e da Tabela 11 revela que as principais áreas
de relevo são de até 29,9% (relevo plano a ondulado) abrangem 51,9% do território
situados, sobretudo, no centro-sul, a partir da sede do município em direção a
localidade de Governador Lacerda.
5 Utilizou-se a classificação de relevo proposta pela Embrapa (1999) sendo: Plano – superfície de topografia esbatida (suavizada) ou horizontal, onde os desnivelamentos são muitos pequenos, com declividade variável de 0 a 3%; Suave ondulado – superfície de topografia pouco inclinada, constituída por conjuntos de colinas, apresentando declives suaves de 3 a 8%; Ondulado – superfície de topografia levemente inclinada, constituída por conjuntos de colinas, apresentando declives moderados, predominantemente variáveis de 8 a 20%; Forte ondulado – superfície de topografia bastante inclinada, formada por morros com declives fortes, predominantemente variáveis de 20 a 45%; Montanhoso – superfície de topografia vigorosa, com predomínio de formas acidentadas, usualmente constituída por morros, montanhas e maciços montanhosos, apresentando declividades entre 45 a 75%; Escarpado – superfícies muito íngremes com vertentes de declives muito fortes que ultrapassam 75%.
Figura 10 – Exemplo de encosta com declividade de 45º ou 100%, (conforme Resolução CONAMA Nº 303/2002).
Fonte: IEMA (2008).
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Tabela 11 - Classes de Relevo, Percentual e Graus de Ocorrência em Água
Fonte: IBGE (2000) e Embrapa (1999) Org.: André L. N. Coelho
VARIAÇÃO (porcentagem)
VARIAÇÃO (graus) RELEVO
PERCENTUAL DA ÁREA OCUPADA NO MUNICÍPIO
PARCELAMENTO
0 a 29,9% 0º a 16,6º plano a ondulado 51,94% Permitido (desde que
não atinja a APP)
30 a 44,9% 16,7º a 24,2º forte ondulado 26,93%
Permitido se atender as exigências específicas das autoridades competentes
45 a 74,9% 24,3º a 36,8º Montanhoso 16,74% Não recomendado
75 a 99,9 % 36,9º a 45º Escarpado 2,66% Não recomendado
> 100 % ≥ 45,1º Escarpado 1,74%
Não Permitido pelo fato
de ser uma APP – Área
de Preservação
Permanente
Total 100%
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Figura 11 – Mapa de declividades do município.
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As declividades entre 30 a 44,9% (relevo forte ondulado), abrangem mais de 26,3%
da área total do município estando distribuídas mais na porção centro-norte do
território.
As declividades iguais ou superiores a 45% (relevo montanhoso a escarpado),
correspondem a 21,14 % do município, concentradas sobretudo, na porção centro-
leste (Morro da Pratinha em direção a Serra da Pipoca) e noroeste do território, na
localidade de Santa Luzia do Azul).
5.2.3. Solos
As manchas de solos presentes no município em estudo foram classificadas de
acordo com a proposta da Embrapa (1999), dados do RadamBrasil (1983) e
campanhas de campo, havendo o destaque, em maior área de ocorrência, para:
• Latossolo Vermelho Amarelo: com horizonte A moderado e proeminente,
variação Una Húmico Álico e textura argilosa distribuído em relevo plano, ondulado e
fortemente ondulado, abrangendo mais de 70% do território.
• Argissolo Vermelho Escuro: textura argilosa, (argila de atividade baixa) horizonte
A moderado, ocorrendo em relevo forte ondulado a muito montanhoso ocorrendo em
pequena porção do norte do município.
• Neossolo Litólico distrófico: A moderado textura argilosa/média, com ocorrência
em relevo montanhoso a escarpado ocupando áreas restritas da porção centro-leste
e noroeste do município.
• Neossolo Flúvico, distrófico, A moderado textura argilosa/média, com ocorrência
em relevo plano, ao longo do rio Preto, da sede do município à localidade de Gov.
Lacerda de Aguiar.
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O uso predominante dos solos é a Pastagem (mais de 65%) em relevo
predominantemente suave-ondulado e, em parte, em relevo montanhoso. Há o
destaque também para extração de rochas com aproximadamente 26 a 30 locais.
As terras em geral apresentam limitações moderadas e fracas em suas propriedades
físico-químicos e morfológicas.
A vegetação em grande parte do município (Floresta Ombrófila Aberta) foi
substituída primeiramente pelo café e posteriormente pelas pastagens (pecuária
extensiva) conforme os ciclos econômicos, sendo caracterizadas hoje pelo plantio de
gramíneas. Assim, os fragmentos existentes estão localizados a leste da localidade
de Governador Lacerda de Aguiar, nas adjacências da localidade de Santa Luzia do
Azul e nas áreas de topografias íngremes de difícil acesso.
As matas ciliares, às margens dos cursos d`água, são praticamente inexistentes no
território dando lugar a agricultura e pastagens.
Por haver o predomínio da atividade de pastagem extensiva (Figura 12) é comum
identificar a degradação do solo e processos acelerados de lixiviação e erosão nos
seus diversos estágios (ravinas, voçorocas) em função do ao pisoteio do gado em
vários pontos do território, sobretudo, às margens da Rodovia ES-080 e sul do
território.
Mapa 12 – Ambiental / Uso do Solo
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5.2.4. Recursos Hídricos
Espírito Santo está dividido oficialmente em 12 Unidades Administrativas de
Recursos Hídricos (IEMA, 2004), com o município de Água Doce do Norte inserido
na Bacia Hidrográfica Rio São Mateus (Figura 13), havendo o destaque para a sub-
bacia do Rio Preto Sul, ocupando a porção centro-norte (mais de 65% do território),
sub-bacia do Rio Cricaré ou Braço Sul do Rio São Mateus, ocupando a porção
sudoeste e sub-bacia do Rio do Campo abrangendo a porção sudeste.
Os principais rios são: do Campo (passando na localidade de Santa Luzia do Azul),
Córrego do São Pedro, Córrego Água Limpa, localizado a noroeste do município;
Ribeirão Santo Agostinho (passando na localidade de Santo Agostinho), Córrego
Tardano, Córrego Brejão, Córrego do Cedro, Córrego Bom Destino, Córrego Boa
Vista e Córrego Alto Alegre a norte; Rio Preto (passa na sede), Córrego Lajinha,
Córrego Boa Sorte, Córrego Bela Vista, Córrego Escondido, Córrego Boa Vista,
Ribeirão Bom Jesus, Córrego Alto e Córrego Macaquinho no Centro; Córrego do
Garfo (passando na local de Cafelândia), Córrego Cachoeirinha, Córrego Baixo,
Córrego do Ouro, Córrego Vista Bela, Córrego Boa Esperança e Córrego Boa Fé a
Sul do território.
A organização da rede de drenagem do município de Água Doce do Norte é
caracterizada por um padrão de drenagem, em função da geometria, do tipo
retangular, adaptada às condições estruturais e tectônicas, formando na maioria
destes cursos d’água ângulos quase reto, marcados, por inflexões bruscas com
direções predominantes sul-norte e sudeste-noroeste. Há também setores das
bacias e microbacias do território em que as águas vertem em significativas áreas
aplanaidas, colmatadas por sedimentos. Em função destas características
morfológicas planas, nestes trechos, há ocorrência de inundações nos eventos de
precipitações mais intensas. Tal situação foi constatada na sede do município na
porção plana junto aos cursos d’água que ali divagam.
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Figura 13 – Mapa de Bacias, Sub-bacias e principais cursos d’água do município.
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Observações quanto à preservação ao longo dos cursos d`água: é recomendável o
desenvolvimento de um inventário detalhado tanto na área urbana quanto rural
tomando como base a legislação em vigor a fim de se garantir uma melhor qualidade
ambiental, como também qualidade de vida dos moradores que residem nas
adjacências destes locais.
Outras diretrizes/recomendações dizem respeito a projetos de recuperação das
matas ciliares do município. Uma delas é o desenvolvimento de propostas que
visem à adequação ambiental das áreas protegidas (em especial as matas ciliares) e
adotem uma postura rígida no sentido de preservarem as florestas que ainda restam
através de programas de conscientização/educação ambiental (e não da repressão)
para os produtores rurais e a população em geral que seja conscientizada sobre a
importância da conservação desta mata.
É importante salientar que as matas ciliares exercem importante papel na proteção
dos cursos d'água contra o assoreamento e a contaminação com defensivos
agrícolas, além de, em muitos casos, se constituírem nos únicos remanescentes
florestais das propriedades rurais sendo, portanto, essenciais para a conservação da
fauna. Estas peculiaridades conferem às matas ciliares um grande aparato de leis,
decretos e resoluções visando sua preservação.
5.2.5. Clima
O predomínio do clima no estado do Espírito Santo é o tropical quente e úmido
sendo influenciado por sua posição geográfica (latitude/continentalidade) marcado,
sobretudo, pelas Massas de Ar, principal elemento determinante do clima, pelo fato
de mudarem bruscamente o tempo nas áreas onde atuam.
A primeira delas é a Massa Tropical Atlântica (mTa) proveniente do anticiclone
semifixo do Atlântico Sul, formadora dos ventos alísios que são praticamente
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constantes no decorrer do ano, favorecendo sua penetração mais para o interior do
estado através das correntes de NE e L.
Durante o, inverno, a mTa sofre influência constante da Massa Polar Atlântica
(mPa), provocando chuvas frontais no litoral e também na porção sul das áreas
elevadas (chuvas orográficas). De ar frio e úmido, é originada do Oceano Atlântico,
ao sul da Argentina, entre as latitudes 30º a 60º, avançando pelo litoral brasileiro de
Sul em direção ao Nordeste com a presença de ventos S e SE e temperaturas mais
baixas. A Massa Tropical Continental (mTc) possui, entre os sistemas/massas
mencionados uma menor atuação no estado, normalmente, nos meses de maio e
junho. Entretanto, quando atinge a porção oeste, provoca o bloqueio atmosférico,
impedindo a chegada das massas de ar frio, provocando temperaturas
extremamente elevadas na região.
As precipitações anuais do município são próximas a 1.200 mm/a, notando os
maiores valores na porção norte do território. Estas precipitações são influenciadas,
na maior parte das vezes, pela Massa Polar Atlântica provocando chuvas
orográficas, podendo alcançar valores anuais de até 1.300 mm/a. A porção sudoeste
território são registrados os valores pluviométricos anuais mais reduzidos entre
1.000 e 1.100 mm/a.
A deficiência hídrica anual no município é variada sendo mais baixa a norte nas
adjacências da localidade de Santo Agostinho, com valores variando entre 110 e
150 mm/a. A sul, a partir da sede, em direção a localidade de Governador Lacerda
de Aguiar a deficiência é entre 230 e 270 mm/a. No contexto regional o déficit hídrico
é considerado baixo em relação a outros municípios como Ecoporanga e Montanha
que são superiores a 350 mm/a (Figura 14).
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O regime fluvial dos rios que vertem no interior do território, de modo geral,
acompanha a pluviosidade sendo marcado por dois períodos: um de cheia, com os
níveis máximos ocorrendo nos meses de outubro a janeiro e um de vazante, a partir
de julho, atingindo mínimas extremas nos meses de agosto e setembro (INCAPER,
2008). A temperatura média anual é em torno de 23º C com os meses mais quentes
entre julho a setembro e fevereiro com temperaturas máximas de até 36º C,
enquanto as mínimas em torno de 9,8º C, em Santa Luzia do Azul (INCAPER, 2008).
Assim o município é caracterizado por um clima quente de verão chuvoso e inverno
seco com estação chuvosa bem definida entre novembro a janeiro. Os meses
parcialmente secos ocorrem entre fevereiro a julho e setembro e o seco em agosto.
Figura 14 – Mapa Deficiência Hídrica.
Fonte: ARES - Atlas das Áreas com Potencial de Riscos do Estado do Espírito Santo, IJSN (2008) e IBGE (2000).
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5.3. Síntese dos Principais Potenciais e Problemas Ambientais
A partir da análise conjunta dos elementos naturais e antropizados, além da seleção
das áreas de interesse ambiental visando à preservação do município de Água Doce
do Norte foi possível diagnosticar uma série de potenciais turísticos e de atividades
geradoras de impactos negativos ao meio ambiente, sendo abaixo pontuadas as em
maior grau:
5.3.1. Potencialidades Ambientais
• Estradas propiciam um uso da área rural, pois se encontram em bom estado de
conservação podendo gerar potencial turístico;
• Áreas mais preservadas e que possuem um elevado valor cênico (afloramentos
rochosos e cabeceira de drenagens) se encontram nas adjacências das
localidades de Santa Luzia do Azul, São Domingos e Pratinha (Morro da Pratinha
e Serra da Pipoca).
Áreas de Interesse Ambiental (Fragmentos Florestais)
Os critérios adotados para a delimitação/classificação das áreas levou em conta os
fatores de ordem física (recursos hídricos, áreas inundáveis, recarga de aqüíferos),
biológica (ocorrência de fauna e flora significativa para conservação) e antrópica
(aspectos socioculturais das populações envolvidas como uso e ocupação de solo
existentes, incluindo as áreas urbanas e áreas de valor histórico-cultural).
Os atributos principais para definição das áreas prioritárias para conservação foram
estabelecidos em quatro grandes grupos em função das características ambientais
presentes (física/biológica/antrópica) no município e do grau de fragilidade dos
recursos destas áreas apresentados na forma de mapas sendo:
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a - Grau de Conservação da Flora6: foram considerados para seleção a continuidade
dos remanescentes da biota por meio das matas ciliares, capoeiras e várzeas nos
seus diversos estágios de regeneração realizado em dois momentos: 1º identificação
de possíveis áreas a partir da análise de imagens de satélites. 2º aferição em
campo das principais áreas selecionadas e identificação de novas áreas (Figura 15).
b - Recursos Hídricos: verificou-se a fragilidade quanto ao assoreamento, poluição
dispersa e pontual dos recursos hídricos superficiais incluindo as lagoas, brejos,
arroios, córregos e nascentes, fragilidade do patrimônio genético (fauna);
potencialidade dos recursos hídricos e valor histórico-cultural.
c - Valor cênico7: áreas que possuem elevado valor cênico, arqueológico, cultural
para a região/município.
d - Frágeis/Susceptíveis: áreas que possuem condições geológico-geomorfológicas
especiais que são relevantes para garantir a função ambiental.
A seleção das áreas de interesse ambiental levou em consideração também as
seguintes leis e resoluções:
• Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC Lei n° 9.985, de
18/07/2000.
• Código Florestal - Lei Federal 4.771 de 15/09/1965 (em vigor com pequenas
alterações);
6 Com base na Resolução CONAMA Nº 29, de 07 de dezembro de 1994 – que classifica vegetação primária e secundária nos estágios inicial (baixo), médio e avançado (alto) de regeneração da Mata Atlântica no estado do Espírito Santo.
7 Com base na proposta do SNUC, Lei n° 9.985, de 18 de julho de 2000. Art. 12. O Monumento Natural tem como objetivo básico preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica. § 1o O Monumento Natural pode ser constituído por áreas particulares, desde que seja possível compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da terra e dos recursos naturais do local pelos proprietários. § 2o Havendo incompatibilidade entre os objetivos da área e as atividades privadas ou não havendo aquiescência do proprietário às condições propostas pelo órgão responsável pela administração da unidade para a coexistência do Monumento Natural com o uso da propriedade, a área deve ser desapropriada, de acordo com o que dispõe a lei.
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• Lei nº 11.428 de 22/12/2006 (Mata Atlântica);
• Política Florestal do Estado do Espírito Santo LEI N° 5.361, de 30/12/1996 e o
respectivo decreto Nº 4.124-N, de 12/06/1997 que aprova a referida Lei 5.361;
• Resolução CONAMA 303 de 20/03/2002 - Dispõe sobre parâmetros, definições e
limites de Áreas de Preservação Permanente;
• Parcelamento do Solo Urbano (L.F. 6.766/1979);
• Classificação da Vegetação de Mata Atlântica no ES (CONAMA 29/1994);
• Legislação Municipal que trata do assunto (quando existente).
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Figura 15 – Principais Fragmentos Florestais do município.
Fonte: IEMA (2002) e GEOBASES/IBGE (2007).
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5.3.2. Problemas Ambientais
Abaixo são destacadas as principais deficiências e atividades geradoras de impactos
negativos ao meio ambiente:
Urbanização
Ocupação desordenada/irregular do espaço (Parcelamentos irregulares em
desacordo com a Lei Federal nº 6.766, de dezembro de 1979) e ocupação de áreas:
• Junto a córregos/rios (áreas de mata ciliar) alagadiços/baixadas (sujeitos à
inundação); a exemplo das margens dos rios em área de preservação permanente8.
• Construção em áreas que não respeitaram a faixa de não edificação das
margens das Rodovias;
• Construção de edificações junto à encostas ou partes destas com declividade
igual ou superior a 30% (sujeitas a deslizamentos/movimentos coletivos de massa e
queda de blocos/rochas – Figura 16);
8 Conforme extraído de parte da Lei 4.771/65 (Código Florestal) que considera de preservação
permanente, as florestas e demais formas de vegetação natural situadas: ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água desde o seu nível mais alto em faixa marginal cuja largura mínima será de no mínimo 30 (trinta) metros para os cursos d'água de menos de 10 (dez)metros de largura; (Redação dada pela Lei n º 7.803 de 18.7.1989); nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 45 °, equivalente a 100% na linha de maior declive.
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Figura 16 – Na localidade de Santa Luzia do Azul, risco de queda de blocos
rochosos em residências e escola. Foto: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA – 2008.
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Recursos Hídricos
• Quadro hídrico preocupante em função do baixo índice pluviométrico (déficit
hídrico no município);
• Processo de assoreamento acelerado em todos os córregos e rios, agravado
pelo uso inadequado do solo (pastagem intensa);
• Poluição dos cursos d`água, sobretudo, os que vertem na área urbanizada
recebendo efluentes domésticos / esgotos (Figura 17)
• Supressão das matas junto às margens para dar lugar a casas e pastagens
(Figura 18).
• Na sede foi constatado o lançamento de lixo diretamente no rio.
A área urbana (Sede) de Água Doce do Norte está localizada em um vale havendo a
construção de residências/equipamentos comerciais sobre uma área que
naturalmente alaga durante os eventos chuvosos de grande intensidade (planície de
inundação) assim, potencializando os efeitos das cheias, conforme mostra a Figura
19.
Outros aspectos que contribuem para as cheias são os desmatamentos, que
dificultam a infiltração da água no solo, e durante a ocorrência concentrada das
chuvas esta água escoa rapidamente para a calha dos córregos/cursos d’água. Com
isso, um grande volume de água é vertida em um curto espaço de tempo,
provocando também o assoreamento destes cursos d’ água com o passar dos anos.
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Figura 17 – Lançamento de esgoto diretamente no curso d’água na sede municipal.
Foto: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA – 2008.
Figura 18 – Processo de assoreamento (encostas sem vegetação) e poluição do curso d’água no distrito de Vila Nelita.
Foto: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA – 2008.
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Conjunto de medidas para amenizar/reduzir os alagamentos na sede
• Promover o plantio / conservação das matas ciliares nos cursos d`água a
montante da sede com a orientação e acompanhamento de técnicos capacitados.
• Incentivar a preservação / recuperação de matas a montante da sede com o
propósito de diminuir a área desprovida de vegetação.
• Impedir a ocupação das áreas de preservação permanente conforme consta Lei
Federal 4.771 em vigor tanto em áreas Urbanas quanto Rurais.
OBS: as ações/medidas para reduzir as cheias na sede NÃO DEVEM ser tomadas
somente nas áreas alagadiças (área urbana). DEVE ABRANGER TAMBÉM a área
rural.
Figura 19 – Mapa de Risco de Inundação. Fonte: ARES - Atlas das Áreas com Potencial de Riscos do Estado do Espírito Santo.
IJSN (2008) e IBGE (2000).
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5.4. Destino Final do Lixo
Segundo consulta realizada junto a Prefeitura Municipal de Água Doce do Norte o
lixo e resíduos sólidos (hospitalares, residenciais, comerciais e industriais) são
coletados diariamente na sede em caminhão próprio com sua destinação final
realizada em um lixão localizado na saída da sede em direção a Vila Nelita, rodovia
ES-080. Na área rural é carente deste serviço, utilizando a queima do lixo.
O lixo dos estabelecimentos de saúde/farmácia/hospitalar é coletado em conjunto
com o lixo doméstico não recebendo os cuidados adequados de transporte e destino
final (separado dos demais).
5.5. Atividade agrícola
Foi constatada a supressão das matas e cultura de café (Figura 20) para dar lugar a
pastagens em alguns casos favorecendo os processos de ravinamentos podendo
evoluir para voçorocamentos, ocasionando com passar dos anos, o assoreamento
dos cursos d’água (Figura 21).
No norte do município constatou-se o crescimento da monocultura (no norte do
território), especialmente do eucalipto em substituição do café e pecuária (Figura
22).
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Figura 20 – Substituição do cultivo de café pela pastagem nas adjacências de Bom Destino.
Foto: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA – 2008.
Figura 21 – Ravinamento do solo provocado pela supressão da mata e uso de pastagem.
Foto: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA – 2008.
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5.6. Extração de Rocha
Com base na leitura realizada junto aos agentes de desenvolvimento, existe
atualmente, cerca de 26 a 30 locais de extração de rochas. Durante o levantamento
de campo foram identificados alguns locais com a extração de rochas ocorrendo de
forma inadequada sem os devidos cuidados com o ambiente no entorno (Figura 23).
Figura 22 – Crescimento da monocultura de eucalipto nas adjacências de Santa Luzia do Azul.
Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA – 2008.
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5.7. Carências
• Calçadas para pedestres na região central inclusive com acesso para deficientes
físicos;
• Saneamento básico insuficiente;
• Áreas de lazer para população;
• Áreas verdes na área urbanizada.
5.8. Outros
• Lançamento de material particulado (sobretudo nos períodos de estiagens);
Figura 23 – Um dos locais de extração de rochas, em direção a Santa Luzia do Azul.
Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA – 2008.
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• Zona urbana e comunidades: nas adjacências dos corredores de tráfegos
principais existem ruas não calçadas e com o tráfego de veículos promovem o
lançamento de material particulado.
• Não existe parque municipal no município e viveiro de reprodução de mudas.
• Relacionado às ETEs – Estações de Tratamento de Esgoto os agentes apontam
que as estações estão em construção.
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6. ECONOMIA
Este item tem por objetivo possibilitar a agregação de informações e análises
econômicas, de modo a proporcionar a integração e a multidisciplinaridade na
análise geral, considerando os rebatimentos da economia quanto ao uso e ocupação
do solo. Trata-se, portanto, de uma análise direcionada especificamente para
contribuir na elaboração dos trabalhos de normatização referentes ao Município,
como o Código de Obras, Código de Posturas e Lei de Parcelamento do Solo.
Para isto, são expostos o diagnóstico, as potencialidades e impactos sobre uso e
ocupação do solo. São utilizados dados e informações de fontes secundárias oficiais
(IBGE, RAIS, IJSN, ES 2025, dentre outras), bem como os resultantes de
levantamento de campo realizado por Equipe da FCAA, incluindo o contato com os
Agentes de Desenvolvimento Local.
6.1. Diagnóstico
A atividade econômica de maior expressividade no município é a agropecuária, com
destaque para a monocultura de café, com produção de 6.615 toneladas em 2006
(Tabela 12), e a pecuária leiteira, sendo que o Município contava com rebanho de
22.324 cabeças em 2006 (Tabela 13).
Tabela 12 – Quantidade produzida da lavoura permanente 2006
Produto Unidade QuantidadeBanana Tonelada 240
Café (beneficiado)Tonelada 6615
Coco da baía Mil frutos 120
Laranja Tonelada 69
Manga Tonelada 120
Maracujá Tonelada 110
Fonte dos dados: IBGE/PAM.
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Tabela 13 – Espírito Santo (mostra): Gado bovino – Em cabeças – 2006
MUNICÍPIO REBANHOÁgua Doce do Norte 22324Baixo Guandu 52239Ecoporanga 229752Ibiraçu 6704João Neiva 10513Linhares 163683Montanha 120204Vila Pavão 18423
Fonte: PEDEAG
A diversificação das atividades agrícolas é pequena, com destaque para culturas
tradicionais, como a cana-de-açúcar, a mandioca e o arroz (Tabela 14). Isto pode
resultar da resistência, por parte dos produtores locais, em diversificar as suas
atividades produtivas.
Tabela 14 - Quantidade produzida da lavoura temporária 2006
Produto Unidade Quantidade
Arroz (em casca) Tonelada 200
Cana-de-açúcar Tonelada 3450
Mandioca Tonelada 1500
Feijão (em grão) Tonelada 30
Milho (em grão) Tonelada 39
Fonte dos dados: IBGE/PAM.
As atividades agropecuárias são responsáveis por grande parte dos empregos da
região, sendo responsável por 60,6%, em 2000, segundo o IBGE (Microdados do
Censo de 2000). Contudo, estes empregos apresentam predominância da
informalidade, como é característica da produção familiar. Por sua vez, as
“Atividades de prestação de serviços”, representam 23% dos empregos e as
“Atividades industriais” respondem por 8,3% dos empregos, segundo a mesma
fonte. Estes dados possibilitam a inferência de que a mão de obra tem baixa
qualificação e que, por outro lado, quando somandos à baixa dinamicidade da
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economia local, pode haver evasão de mão de obra qualificada, visto as poucas
oportunidades oferecidas.
Os problemas relacionados à monocultura, especialmente o fomento do plantio de
eucalipto, são crescentes no município em substituição do café e pecuária (corte e
leite), como pode ser visto na foto abaixo.
Figura 24 – Substituição do uso da terra (pastagem e café) pelo fomento de Eucalipto. Fonte: Equipe Técnica – Núcleo Cidades – FCAA
A pecuária está representada por um rebanho de 22.324 cabeças, em 2006. Trata-
se de um rebanho com relativa representatividade quando comparado com os
maiores do Estado (Tabela 15), mas que tem importância relativa na economia
municipal, gerando emprego e renda.
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Tabela 15 – Espírito Santo (mostra): Pecuária – 2006
MUNICÍPIOS REBANHOÁgua Doce do Norte 22324Baixo Guandu 52239Ecoporanga 229752Ibiraçu 6704João Neiva 10513Linhares 163683Montanha 120204Vila Pavão 18423
Fonte: PEDEAG
O Produto Interno Bruto de Água Doce do Norte tem na sua composição a maior
participação do “Setor Terciário” e a “Administração Pública”, como é característica
em Municípios semelhantes (Tabela 16). Deve ser destacada a baixa participação
do setor secundário.
Tabela 16 – PIB: Espírito Santo e Água Doce do Norte – Em R$ mil - 2005
Municípios Setor Primário
Setor Secundário
Setor Terciário
Adm. Pública Impostos PIB
Água Doce do Norte 19.764 6.998 35.333 20.302 1.874 63.969
Espírito Santo 3.318.895 12.772.653 21.729.287 5.163.703 9.370.079 47.190.914
Fonte: IBGE – IJSN 2005
Também chama atenção a dimensão dos impostos no PIB e na composição da
Receita Tributária, o que pode ser melhor analisado nas Tabelas 16 e 17. O grau de
dependência das Transferências é elevado, em 2005, representando 93,5% das
Receitas Correntes. Isto confere menores possibilidades de o Município realizar
intervenções de alavancagem na atração de investimentos, tais como: melhorias de
infra-estrutura básica; educação formal e qualificação de recursos humanos; e
melhorias na administração pública.
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Tabela 17 - Indicadores de suficiência fiscal 2005
Participação sobre Receita Corrente em %Receita Própria
5,8
.Receita Tributária 3,4
.Impostos 3,1
Transferências Correntes 93,5
.Transferências do FPM 36,4
.Transferências do ICMS 33,0
Fonte: Balanços Municipais
Tabela 18 – Receita Tributária: Espírito Santo e Água Doce do Norte – Em R$ mil - 2007
Municípios Receita Total
Receita Tributária ISS IPTU IRRF ITBI Taxas FPM QPM-
ICMS
Água Doce do Norte 14.781 591 140 21 211 43 176 4.658 4.394
Espírito Santo 4.628.462
Fonte: Finanças dos Municípios Capixabas – 2008. Outra consideração relevante diz respeito ao tamanho das propriedades rurais, que,
em sua maioria, são pequenas.
A possibilidade de o Município implantar um pólo empresarial, visto que existe
disponibilidade de áreas públicas para instalação do mesmo na sede e localidades
de Santo Agostinho e Rio Preto, deve ser analisada à luz da economia do entorno.
Devem ser analisadas a evolução econômica e a oportunidade de integração com os
demais Municípios vizinhos para garantir a dimensão necessária a esta iniciativa,
bem como, deve ser levantada a infra-estrutura local disponível e a ser
disponibilizada em futuro próximo. Assim, elementos como mão-de-obra disponível e
qualificada, mobilidade, energia elétrica, comunicações, dentre outros, devem ser
garantidos, pois são essenciais para a instalação de um pólo empresarial. Também
a gestão deste pólo deve buscar a sinergia entre as Empresas instaladas,
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permitindo, não só o ganho de escala, como também a maior produtividade dos
Empreendimentos e sua conseqüente competitividade nos mercados em que atuam.
6.2. Potencialidades Econômicas
As potencialidades econômicas representam as atividades, em curso no Município,
que tenham relevância local e podem ter seu desempenho incrementado, seja por
fatores estruturais – como o mercado, localização, dentre outros -, seja por
variações conjunturais. Derivam da observação da realidade local, considerando as
pré-condições, e dos registros estatísticos, através do cruzamento de ambas as
informações. São elas:
• Fruticultura: banana, manga, maracujá e coco da baía;
• Pecuária leiteira;
• Cafeicultura;
• Eucalipto.
6.3. Perspectivas econômicas & Impactos sobre o uso e ocupação do solo
A noção de perspectivas procura traduzir o somatório das potencialidades e dos
movimentos econômicos já existentes com a capacidade de o Município, realmente,
efetivar ou dar continuidade àquelas atividades. Portanto, as perspectivas resultam
da observação do quadro atual e das projeções do mesmo para um futuro próximo.
Deve ser considerado todo o esforço de planejamento do Governo Estadual,
concretizado pelo Plano ES 2025 (Plano Estratégico do Estado do Espírito Santo, a
ser implementado até o ano 2025), do qual devem ser destacadas as Áreas
Estratégicas que dizem respeito à formação de redes de Cidades e que propõem o
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adensamento das cadeias produtivas, além das que dizem respeito aos recursos
hídricos e ao desenvolvimento econômico.
Tabela 19 – Impactos sobre o uso e ocupação do solo
SETOR PERSPECTIVAS IMPACTOS Primário Crescimento da cafeicultura Dificuldade de diversificação com possíveis
impactos ambientais – Degradação ambiental pela utilização inadequada do solo – Comprometimento dos recursos hídricos - Necessidades de maiores extensões de áreas
Crescimento da pecuária Maior degradação do solo - Necessidades de maiores extensões de áreas
Aumento da Fruticultura Maior utilização da malha viária para escoamento da produção -
Fonte: elaborado pelos Autores
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7. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO URBANO
7.1. Metodologia para diagnóstico de uso e ocupação do solo
Os aspectos analisados nas sedes dos 16 municípios foram:
• Uso do solo;
• Padrão construtivo;
• Afastamentos;
• Verticalização;
• Ocupações em área de risco na Sede do município;
• Áreas em Expansão Urbana e/ou adensamento;
• Sistema viário;
• Distritos e Localidades.
Uso do Solo
Na análise referente ao uso do solo foi levado em consideração o tipo de uso
predominante nas ruas. Os usos analisados foram divididos em residencial,
comercial, industrial, institucional e áreas de lazer, além da identificação de escolas,
igrejas e unidades de saúde. Cada uma destas categorias recebeu alguma
subdivisão quando necessário, buscando qualificar a classificação adotada:
- Residencial: nesta categoria encontram-se as ruas onde o predomínio do uso é
residencial.
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- Comercial / Serviço: nesta categoria encontram-se as ruas onde o predomínio do
uso é comercial e/ou de serviço. O uso comercial/serviço apresenta três
características distintas: abrangência local, municipal e regional. Entende-se como
comércio/serviço local os que atendem prioritariamente aos moradores do bairro e
do entorno próximo; comércio/serviço municipal os que atendem além dos
moradores do bairro e do entorno próximo, aos moradores de outras regiões do
município; e comércio/serviço regional os que além de atenderem ao município,
atendem também aos municípios vizinhos ou ao fluxo de passagem.
- Industrial / Serviço de grande porte: nesta categoria encontram-se as edificações
industriais ou ruas onde o predomínio do uso seja industrial e/ou serviço de grande
porte.
- Institucional: Nesta categoria encontram-se edificações com atividades ligadas à
administração pública, além de espaços de interação social, como teatros, museus,
dentre outros.
- Áreas de lazer: Nesta categoria encontram-se os espaços públicos destinados ao
lazer contemplativo, recreativo e esportivo dos usuários.
- Escolas, Igreja e Unidades de Saúde: Nesta categoria será identificada a
localização destes equipamentos na rua onde está implantado.
Padrão Construtivo
A análise referente ao padrão construtivo teve como objetivo analisar as condições
físicas em que se encontram as edificações do município. A identificação e posterior
indicação em mapa se deram na forma de polígonos abrangendo algumas ruas e em
alguns casos quadras inteiras, dessa forma pode-se mostrar de maneira mais
abrangente o padrão predominante em cada região da sede do município. Definiu-
se, a seguinte classificação para a análise: padrão precário; padrão precário a
regular; padrão regular; padrão regular a bom; e padrão bom:
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- No padrão construtivo precário as edificações apresentam como principal
material de construção lâminas de madeira, papelão, lonas ou outros materiais
improvisados, em más condições de salubridade, ou ainda edificações em péssimo
estado de conservação ou abandonadas.
- No padrão construtivo regular as edificações apresentam como principal material
de construção alvenaria, blocos de concreto ou outros materiais do tipo semelhante,
que proporcionem uma estrutura física consolidada, mas, no entanto, ainda
apresentam condições físicas e/ou de salubridade com algum comprometimento.
Neste grupo estão também construções inacabadas ou em reforma.
- No padrão construtivo entre precário e regular estão as ruas que apresentam
com semelhante intensidade edificações das duas categorias, citadas anteriormente.
- No padrão construtivo bom as edificações apresentam uma boa condição física,
acabamento e revestimento nas fachadas, e boas condições de salubridade.
- No padrão construtivo, entre regular e bom, estão as ruas que apresentam com
semelhante intensidade edificações destas duas categorias, citadas anteriormente.
Afastamentos
Quanto à inserção das edificações nos lotes foi analisado qual o padrão existente no
município, tomando como referência as variações quanto aos afastamentos e recuos
dos edifícios em relação ao limite do terreno. A identificação e posterior indicação
em mapa se deram na forma de polígonos abrangendo algumas ruas e em alguns
casos quadras inteiras. Dessa forma pode-se mostrar de maneira mais abrangente o
afastamento predominante em cada região da sede do município. Os afastamentos
foram divididos nas seguintes categorias:
- Sem afastamento predominam edificações que não possuem afastamento
(frontal e lateral) em relação ao limite do terreno.
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- Afastamento frontal predomina edificações que possuem afastamento frontal e
sem afastamento lateral.
- Sem afastamento frontal predominam edificações que possuem afastamento
lateral e sem afastamento frontal.
- Afastamento total predomina edificações “soltas” no lote.
Verticalização
A análise referente à verticalização consiste na identificação dos edifícios com mais
de três pavimentos, podendo representar um indício de verticalização.
Ocupações em área de risco na Sede do município
As áreas de risco identificadas na sede do município foram separadas em duas
categorias, principalmente em função dos casos identificados in loco: áreas com
risco de desmoronamento e áreas com risco de alagamento. O registro dessas
situações foi feito com demarcações em bases cartográficas e registro fotográfico.
Áreas em Expansão Urbana e/ou adensamento
A análise referente à expansão urbana levou em consideração as regiões que estão
em processo de expansão, devido ao prolongamento da malha viária e surgimento
de novos loteamentos (aprovados ou não), bem como pelo adensamento de áreas já
existentes dentro do perímetro urbano.
A expansão urbana será indicada em mapa através de polígonos que demonstram
em que direção este crescimento da malha urbana está ocorrendo.
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Sistema Viário
A analise referente ao sistema viário considerou as principais vias no contexto
urbano da sede do município. Questões analisadas:
- Principais eixos viários do município;
- Principais eixos viários da Sede;
- Nós Viários;
- Deslocamentos e meios de locomoção.
Distritos e Localidades
Na área rural, foram percorridos os principais distritos e comunidades, a fim de
levantar, de forma geral, os aspectos listados acima.
7.2. Uso do Solo
Na sede de Água Doce do Norte, o solo urbano é ocupado predominantemente por
edificações com função residencial, conforme mapa a seguir. Mesmo nas áreas
centrais, onde o comércio de abrangência municipal se faz presente, com maior
intensidade, o uso residencial é incidente, uma vez que as edificações nesta região,
muitas apresentando mais de um pavimento, possuem o primeiro pavimento com
uso comercial e demais pavimentos com usos residenciais.
ÁGUA DOCE DO NORTE - USO DO SOLO
FUNDAÇÃO CECILIANO ABEL DE ALMEIDA
Organização e Elaboração:Equipe Técnica Núcleo Cidades
Desenvolvimento Territorial
Residencial
Comércio Local
Comércio Municipal
Comércio Regional
Institucional
Escola
Área de Lazer
Igreja
Unidade de Saúde
Cemitério
Indústria
Fonte: IBGE 2000 Modificado/Sem Escala.
Figura 25:
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As construções destinadas ao uso comercial, de âmbito municipal, além daquelas
destinadas a prestação de serviços – como agências bancárias e dos correios -
estão concentradas na área central, principalmente ao longo das ruas Domingos
Marculino, Sebastião Coelho de Souza e adjacências. Nestas ruas, destaca-se a
grande quantidade de edificações com dois ou três pavimentos.
Também na Rua Domingos Marculino foram mapeadas edificações voltadas para o
comércio local. Nela situa-se a praça, que juntamente com o Estádio de Futebol,
localizado na Rua Merçon Vieira e outro campo de futebol, na Rua Alcebíades
Gomes, configuram os espaços de lazer mais populares da cidade. Foram
mapeadas também, como áreas de lazer, algumas quadras de esporte, como a
quadra do bairro Bela Vista. Ao redor da praça já mencionada encontram-se
equipamentos institucionais, como escola, secretarias municipais, prefeitura, cartório
eleitoral e biblioteca. Já o Fórum localiza-se na Rua Padre Franco.
Na Rua Merçom Vieira, próximo ao estádio, encontra-se um galpão que abriga a
feira livre do município. Na mesma rua está localizado o hospital municipal,
equipamento de abrangência regional.
Figura 26 – Residências na estrada para Córrego Havaí.
Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
Figura 27 – Hospital: uso institucional. Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
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Figura 28 – Estádio de Futebol Municipal, ao fundo. Na frente galpão da feira.
Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
Figura 29 – Rua Domingos Marculino: usos comercial e institucional.
Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
7.3. Padrão Construtivo
O padrão construtivo predominante na sede municipal de Água Doce do Norte é o
regular, com grande incidência de edificações classificadas nos padrões regular a
precário na área periférica. Cabe ressaltar que nessas áreas, além do padrão inferior
das edificações, foram detectados problemas de infra-estrutura urbana como vias
não pavimentadas e esgoto a céu aberto.
Dentre essas áreas, de padrão construtivo regular a precário mapeadas, estão os
bairros Bom Jesus, na saída para o Córrego Bom Jesus; o bairro Bela Vista e o
assentamento localizado na saída para o córrego Havaí. Todos estes bairros estão
em processo de adensamento e carecem de investimentos em infra-estrutura
urbana. Nestes bairros, grande parte das vias não é pavimentada, as edificações
caracterizam-se pelo improviso de materiais e ausência de acabamentos.
ÁGUA DOCE DO NORTE - PADRÃO CONSTRUTIVO
FUNDAÇÃO CECILIANO ABEL DE ALMEIDA
Organização e Elaboração:Equipe Técnica Núcleo Cidades
Desenvolvimento Territorial
Fonte: IBGE 2000 Modificado/Sem Escala.
Padrão Regular a Bom
Padrão Bom
Padrão Regular
Padrão Precário
Padrão Regular a Precário
Figura 30:
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Na parte central da sede do município, apesar do predomínio numérico das
edificações de padrão regular, foram identificadas construções de padrão regular a
bom e bom (este com menor incidência), principalmente nas ruas concentradoras de
comércio. Além disso, foram identificadas edificações de padrão regular a precário,
na área próxima ao hospital.
Cabe salientar o número considerável de habitações populares construídas no
município.
Figura 31 – Padrão Construtivo Regular a precário no bairro Cristo Rei.
Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
Figura 32 – Edificações precárias no bairro Bela Vista.
Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
Figura 33 – Padrão Construtivo Regular na Rua João Batista.
Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
Figura 34 – Padrão Construtivo Regular a bom na Rua Iraci Marques.
Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
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7.4. Afastamentos
No tocante à implantação das edificações no lote, há um acentuado predomínio de
edificações implantadas sem nenhum tipo de afastamento, construídas junto aos
limites do lote, rente às calçadas. Esta configuração predomina na área central da
sede do município, área mais consolidada.
Na área periférica, observa-se maior ocorrência de edificações implantadas sem
afastamento frontal, com pequenos afastamentos laterais, uma vez que os lotes
dessas áreas são de dimensões reduzidas.
É válido ressaltar que o município não dispõe de código de obras, lei de
parcelamento do solo e fiscalização efetiva, não havendo regras para o
parcelamento do solo, o que implica na possibilidade de implantação de lotes muito
pequenos e construções sem afastamento dos passeios e edificações vizinhas.
Figura 35 – Edificações sem afastamento frontal, no bairro Bela vista.
Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
Figura 36 – Ausência de afastamentos na Rua Sebastião Coelho de Souza.
Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
ÁGUA DOCE DO NORTE - AFASTAMENTO
FUNDAÇÃO CECILIANO ABEL DE ALMEIDA
Organização e Elaboração:Equipe Técnica Núcleo Cidades
Desenvolvimento Territorial
Fonte: IBGE 2000 Modificado/Sem Escala.
Sem Afastamento
Solta no Lote
Afastamento Frontal
Sem Afastamento Frontal
Figura 37:
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7.5. Verticalização
Não foram mapeadas edificações com mais de três pavimentos na sede de Água
Doce do Norte. Observa-se uma concentração de edificações de dois e três
pavimentos na área Central, na Rua Domingos Marculino e seu entorno.
7.6. Áreas de risco na sede do município
7.6.1. Alagamento
A sede de Água Doce do Norte está assentada sobre sítio cortado pelo Rio Bom
Jesus e afluente e Rio Preto, sendo assim susceptível a alagamentos. Entretanto, os
agentes de desenvolvimento entrevistados não identificaram a ocorrência de áreas
de alagamento na sede.
Foi mapeada como uma área passível de alagamento o bairro Cristo Rei, localizado
às margens do Rio Bom Jesus. A área próxima ao Rio Preto também foi apontada
como área alagável.
Figura 38 - Rio Preto e planície aluvial do entorno: possibilidade de alagamento.
Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
ÁGUA DOCE DO NORTE - ÁREAS DE RISCO
FUNDAÇÃO CECILIANO ABEL DE ALMEIDA
Organização e Elaboração:Equipe Técnica Núcleo Cidades
Desenvolvimento Territorial
Fonte: IBGE 2000 Modificado/Sem Escala.
Alagamento
Desmoronamento
Figura 39:
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7.6.2. Desmoronamento
Apesar de não haver relatos sobre ocorrências dessa natureza por parte dos
agentes municipais de desenvolvimento, foi mapeada uma área na Rua Alcebíades
Gomes onde foi observado risco potencial de desabamentos. Além dessa área,
foram mapeadas algumas edificações na Rua Abelar Altivo Eliseu, implantadas em
áreas de grande declividade.
Figura 40 – Edificações na Rua Alcebíades Gomes: risco de desabamento.
Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
Figura 41 – Edificações em encostas na Rua Abelar Altivo Elizeu.
Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
7.7. Áreas em Expansão e/ou Adensamento Urbano
Durante o mapeamento buscou-se identificar de áreas que possibilitam o
crescimento da cidade; onde já há algum tipo de ocupação e/ou infra-estrutura e que
apresentam significante potencial de adensamento e aquelas já parceladas e sem
ocupação.
Dentre as primeiras, estão os bairros Cristo Rei, a Vila Marinho (conjunto
habitacional) e a expansão do bairro Bela Vista, todas situadas em áreas periféricas
da cidade em fase de consolidação, com muitos lotes vazios e com infra-estrutura
deficiente.
ÁGUA DOCE DO NORTE - ÁREAS EM EXPANSÃO
FUNDAÇÃO CECILIANO ABEL DE ALMEIDA
Organização e Elaboração:Equipe Técnica Núcleo Cidades
Desenvolvimento Territorial
Fonte: IBGE 2000 Modificado/Sem Escala.
ÁREAS EM EXPANSÃO
Figura 42:
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8. INFRA-ESTRUTURA URBANA
Com o intuito de analisar a infra-estrutura no distrito sede, sendo esta definida como
um conjunto de elementos estruturais que enquadram e suportam toda a estrutura
urbana, foram analisados os seguintes itens:
8.1. Abastecimento de água do Distrito Sede
Abastecimento de Água por Domicílios Particulares Permanentes % Água Doce do Norte Rede geral Poço ou nascente Outros Não identificado
urbano 98,54 0,26 0,13 1,05 Sede rural 0,61 89,66 7,64 2,06
Na área urbana do distrito sede os domicílios são quase que em sua totalidade,
atendidos pelo abastecimento de água através de rede geral. Em contrapartida, a
área rural do distrito sede é mal servida recorrendo, sobretudo a poços ou
nascentes.
8.2. Coleta e Tratamento de Esgoto do Distrito Sede
Destino do Esgoto por Domicílios Particulares Permanentes %
Água Doce do Norte Rede esgoto ou
pluvial Fossa séptica ou
rudimentar Outros Não identificadourbano 66,75 20,13 10,72 2,38
Distrito Sede rural 00 47,10 22,72 30,16
Na área urbana do distrito sede, mesmo com a maior parte dos domicílios ligados à
rede de esgoto ou pluvial, é grande o percentual de domicílios que utiliza fossa
Tabela 20 – Abastecimento de água no distrito sede.
Fonte: IBGE - 2000.
Tabela 21 – Destino do esgoto no distrito sede.
Fonte: IBGE - 2000.
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séptica ou rudimentar (20,13%) e outros tipos de destinação (10,72%). Destes
destaca-se o lançamento dos dejetos em cursos d’água, conforme verificado na
visita ao local. Esta situação amplia a possibilidade de contaminação do solo e dos
corpos de água. Na área rural da sede, os índices são ainda mais elevados, não
havendo rede coletora e sendo a destinação mais comum dos dejetos as fossas
sépticas ou rudimentares. Cabe evidenciar que não há distinção entre os domicílios
ligados a rede pluvial ou a rede de esgotos.
8.3.Coleta de Lixo no Distrito Sede
Destino do Lixo por Domicílios Particulares Permanentes % Água Doce do Norte Coletado Outros Não Identificado
urbano 83,31 15,62 1,05 Distrito Sede rural 00 97,93 2,06
Na área urbana do distrito sede o serviço de coleta não está disponível para todos
os domicílios, sendo que em quase 17% deles é dada outra destinação aos resíduos
domésticos. Na área rural não há este tipo de serviço, sendo a população obrigada a
dar destinações alternativas aos resíduos – podendo ser queimados, enterrados,
deixados em terrenos baldios, etc, aumentando os riscos de contaminação
ambiental.
8.4. Pavimentação das Vias
Foi identificado um considerável número de vias sem pavimentação, em geral em
bairros de ocupação mais recente como Bela Vista, que apresenta poucas ruas
pavimentadas, sendo que apenas a sua via principal recebe pavimentação. A falta
Tabela 22 – Destino lixo no distrito sede.
Fonte: IBGE - 2000.
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de pavimentação tem ocasionado problemas de mobilidade e acessibilidade aos
moradores.
As ligações com os distritos e comunidades rurais não são pavimentadas.
Figura 43 - Via de acesso ao bairro Bela Vista. Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
Figura 44 – Via não pavimentada na sede. Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
ÁGUA DOCE DO NORTE - VIAS SEM PAVIMENTAÇÃO
FUNDAÇÃO CECILIANO ABEL DE ALMEIDA
Organização e Elaboração:Equipe Técnica Núcleo Cidades
Desenvolvimento Territorial
Fonte: IBGE 2000 Modificad
VIAS SEM PAVIMENTAÇÃO
Fonte: IBGE 2000 Modificado/Sem Escala.
Figura 45:
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9. PARCELAMENTO DO SOLO URBANO
De maneira geral, segundo os agentes de desenvolvimento entrevistados, os lotes
apresentam dimensões médias de 12 metros de testada frontal e 24 metros de fundo
(288 m²), com ocorrência de desmembramentos (meio lote) gerando lotes de 6 x 24
m (144 m²). Contudo, loteamentos mais recentes, sobretudo no distrito de
Governador Lacerda de Aguiar, têm apresentado lotes de 10 x 20 metros (200 m²).
No levantamento de campo foi possível identificar lotes pequenos, principalmente
nas áreas mais precárias.
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10. DISTRITOS E LOCALIDADES
O município de Água Doce do Norte possui, segundo organização administrativa já
apresentada, cinco distritos: Governador L. de Aguiar, Santa Luzia do Azul, Santo
Agostinho e Vila Nelita, além da sede municipal. Com exceção da sede, os demais
distritos dispõem apenas de oferta de comércio e serviço locais para suprimento das
necessidades básicas da população.
Na sede existe maior oferta de comércio e serviços com um grau um pouco maior de
especialização, contudo, ainda insuficiente principalmente no tocante a serviços
médicos e educação. Sendo assim, a população se desloca para os municípios
vizinhos, sobretudo Barra de São Francisco e Mantena, ou para Vitória e Colatina,
quando necessita de serviços mais especializados.
10.1. Distrito Vila Nelita
A noroeste da Sede de Água Doce do Norte, já no limite territorial entre o Espírito
Santo e Minas Gerais está o distrito de Vila Nelita.
O padrão construtivo das edificações varia de padrão regular a precário, a padrão
regular, principalmente. O principal uso do solo é o residencial, mas encontramos
alguns pontos de comércio local e de serviços, como Correios. Há também Cartório,
Igreja, Unidade de Saúde e Escola.
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Figura 46 - Rua Principal em Vila Nelita. Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
Figura 47 - Rua Principal em Vila Nelita. Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
A maioria das edificações não possui afastamentos, principalmente, frontais. Além
da Rua Principal, apenas mais algumas ruas são pavimentadas. Muitas ruas
precisam de manutenção e ou pavimentação.
O distrito apresenta áreas de risco de desmoronamento, na saída para Santo
Agostinho. Há aproximadamente um ano atrás, ocorreu um desmoronamento nessa
área, causando mortes.
Figura 48 - Rua Sem Nome em Vila Nelita. Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
Figura 49 - Rua Sem Nome em Vila Nelita. Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
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10.2. Distrito Santo Agostinho
Figura 50 - Vista Geral de Santo Agostinho Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
Santo Agostinho está localizado próximo ao entroncamento das rodovias estadual
ES 080 e ES 413. O distrito possui uma boa infra-estrutura com ruas principais
pavimentadas e uma estação de tratamento de água (ETA).
O uso do solo que prevalece é o residencial, mas na Rua Vereador Mário de Oliveira
Dias ocorre usos diferentes - comércio e residência - na mesma edificação. O
comércio é bastante diversificado, atendendo não só a população local, mas
também a de outros distritos e localidades vizinhas.
As edificações possuem padrão construtivo regular a bom, predominantemente. Em
menor escala aparecem os padrões regular e precário.
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Figura 51 - Rua Vereador Mario de Oliveira Dias.
Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
Figura 52 - Rua São José. Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
Em geral, as edificações são implantadas sem afastamento algum, sendo em alguns
casos observado afastamentos apenas nas laterais.
Figura 53 - Rua São José. Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
Figura 54 - Rua Vereador Mario de Oliveira Dias.
Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
O núcleo urbano do distrito apresenta uma área em processo de expansão.
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Figura 55 - Área de Expansão Urbana em Santo Agostinho.
Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
10.3. Distrito Santa Luzia do Azul
O distrito de Santa Luzia do Azul está localizado depois de Santo Agostinho
seguindo pela rodovia ES 413, próximo do limite territorial entre Água Doce do Norte
e Ecoporanga.
Seu núcleo urbano desenvolveu-se entre dois afloramentos rochosos, sem
denominação, mas pela altura são muito usados para escaladas, prática de rapel e
outros esportes e atividades.
Figura 56 - Entrada para Santa Luzia do Azul. Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
Figura 57 - Igreja em Santa Luzia do Azul. Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
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O uso do solo que predomina é o residencial, mas encontramos outros serviços que
atendem a população local e adjacências como supermercado, loja de materiais de
construção, salão de beleza e bares. Há também equipamentos como escolas e
instituições como igrejas e cemitério.
O campo de futebol e a praça da igreja são as principais áreas de lazer do distrito. O
gabarito das edificações não ultrapassa os dois pavimentos.
A Rua Principal é a única que possui pavimentação, mesmo assim essa não ocorre
em toda sua extensão. As demais ruas não são pavimentadas.
O padrão construtivo das edificações varia de regular a regular a precário, os
afastamentos frontais são quase inexistentes, bem como os demais tipos de
afastamentos. O passeio público, quando existe, é estreito e irregular, prejudicando
a mobilidade dos transeuntes.
Figura 58 - Rua Principal. Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
Figura 59 - Rua Principal. Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
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Figura 60 - Praça da Igreja. Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
Santa Luzia do Azul é a localidade de Água Doce do Norte que possui a maior
concentração de empresas extrativistas do setor de rochas.
10.4. Distrito Governador Lacerda de Aguiar
O distrito de Governador Lacerda de Aguiar está localizado às margens da rodovia
ES 080, entre a sede municipal e Barra de São Francisco.
Figura 61 – Governador Lacerda: às margens da BR-080.
Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
Figura 62 - Governador Lacerda: às margens da BR-080.
Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
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O uso do solo de maior expressividade numérica é o residencial, contudo, às
margens da rodovia ES-080 prevalecem edificações voltadas ao comércio local
(bares, mercearias, cartório, farmácia, posto bancário, loja de material de
construção, borracharia, posto de gasolina) que atende também as comunidades
vizinhas, como Cafelândia e os usuários da rodovia. Além disso, possui escola,
cemitério, várias igrejas e uma praça e quadra de esportes, sendo estes últimos
espaços de lazer do distrito.
O padrão construtivo predominante é regular a precário, sendo que foram
identificadas também edificações de padrão construtivo bom, além de significativa
quantidade de residências de padrão precário, nas áreas de expansão do distrito.
Cabe ressaltar que, segundo informação dos agentes, o distrito teve crescimento
acelerado nos últimos anos.
Quanto à inserção das edificações nos lotes, predomina o modo de implantação sem
afastamentos ou sem afastamentos frontais. Os afastamentos quando existem são
pequenos e laterais, formando corredores entre as edificações.
A maioria das vias não são pavimentadas.
Em parte do distrito existe rede coletora de esgoto, contudo, em algumas áreas foi
observado esgoto a céu aberto.
Figura 63 – Praça do distrito de Governador Lacerda.
Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
Figura 64 – Vias não pavimentadas e edificações sem afastamentos no distrito.
Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
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Figura 65 – Edificações de padrão precário em Governador Lacerda. Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
Figura 66 – Área de expansão em Governador Lacerda. Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
10.5. Localidade Bom Destino
Pequena localidade de Água Doce do Norte, Bom Destino localiza-se mais ao norte
da Sede do município. Pode ser acessado seguindo de Vila Nelita pela rodovia ES
080, pegando depois a estrada de Córrego do Cedro que segue para Bom Destino.
A principal rua da comunidade está quase toda pavimentada e as demais ainda se
apresentam sem pavimentação.
Figura 67 - Rua Sem Nome em Bom Destino. Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
Figura 68 - Rua Sem Nome em Bom Destino. Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
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As edificações possuem um padrão construtivo mais regular e precário a precário e
não possuem afastamentos. O uso do solo que prevalece é o residencial, com
poucos serviços e comércio ofertados. Há quadra de esportes, escola, igrejas,
campo de futebol e farmácia.
Figura 69 - Rua Sem Nome em Bom Destino. Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
Figura 70 - Rua Sem Nome em Bom Destino. Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
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11. SISTEMA VIÁRIO
11.1 Principais Eixos Viários do Município
Figura 71 – Principais eixos viários de Água Doce do Norte. Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
O município é cortado pela ES-080, no sentido norte-sul, sendo esta uma importante
ligação de Água Doce do Norte com os municípios vizinhos – Ecoporanga e Barra
de São Francisco. A mesma via promove a ligação entre quatro distritos municipais:
Governador Lacerda de Aguiar, distrito sede, Vila Nelita e Santo Agostinho.
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Outra via de destaque é a ES-413, que liga os distritos de Santo Agostinho e Santa
Luzia do Azul.
11.1.1. Principais eixos viários da sede
Na sede do município foram destacadas as ruas Sebastião Coelho de Souza e
Domingos Marculino, que concentram a maior parte do comércio e serviço da cidade
e conseqüentemente maior fluxo de pessoas e veículos. Cabe ressaltar que grande
parte das vias do município apresenta problemas, quer seja por falta de condições
de tráfego (falta de pavimentação) ou por restrição da caixa das ruas (muitas são
estreitas).
Fig. 72 - Rua Sebastião Coelho de Souza. Fonte: Equipe Técnica – Núcleo Cidades - FCAA
Fonte: IBGE 2000 Modificado.VIA PRINCIPAL
VIA COLETORA
NÓS VIÁRIOS
ÁGUA DOCE DO NORTE - SISTEMA VIÁRIO
FUNDAÇÃO CECILIANO ABEL DE ALMEIDA
Organização e Elaboração:Equipe Técnica Núcleo Cidades
Desenvolvimento Territorial
Figura 73:
Fonte: IBGE 2000 Modificado/Sem Escala.
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11.1.2. Nós Viários
Os principais nós viários identificados são os pontos de conexão entre a malha
urbana e os acessos às localidades e outros municípios. Dentre estes foram
identificados o cruzamento formado pela Rodovia do Café (ES – 080)- rua que leva
ao bairro Bela Vista - Rua Sebastião Coelho de Souza; o nó viário das ruas
Sebastião Coelho de Souza – Córrego Bom Jesus – Rua Gumercindo Barroso e o
nó viário das ruas Joaquim Alves- Tancredo Neves e Estrada para Córrego Havaí.
Foi relatado em entrevista pelos agentes de desenvolvimento que não há problemas
de tráfego no município em situações normais.
11.2. Deslocamentos e Meios de locomoção
Em Água Doce do Norte, a população utiliza principalmente motocicletas e
automóveis para sua locomoção. Cabe ressaltar que o município é servido por linhas
de transporte coletivo, que ligam as localidades à sede e linhas de transporte
intermunicipal.
Na sede municipal as vias que concentram fluxo de pedestres, automóveis,
bicicletas e motocicletas, são aquelas onde há maior número de estabelecimentos
comerciais e de serviço: as ruas Domingos Marculino e Sebastião Coelho de Souza.
Nota-se que as calçadas das vias, mesmo na parte central da cidade, quando
existem são pequenas e em condições não adequadas, sendo comum o uso da via
para deslocamentos de pedestres.
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Figura 74 – Rua Domingos Marculino. Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
Figura 75 – Rua Domingos Marculino. Fonte: Equipe técnica Núcleo Cidades/ FCAA.
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12. LEITURA JURÍDICA
12.1. Metodologia
Essa etapa compreendeu a catalogação das legislações municipais que mantenham
relações com os instrumentos de ordenamento territorial a serem propostos pelo
PDLS, para evitar qualquer tipo de sobreposição legislativa.
12.2. Quadro Informativo de Contatos para Catalogação
Município de Água Doce do Norte
Meio utilizado para contato: telefone
Informações provenientes:
Câmara de Vereadores
Agente Responsável pelo
PDLS Nome do
contato/telefone: Carlos Antonio
de Oliveira (Contador)
Tel.: (27) 3759-1266
Rondinei Alves Tel.: (27) 3759-
1122
Hora/data do contato: 15/10/2008 às 12h00min.
15/10/2008 às 11h50min
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12.3. Resultado Quantitativo da Catalogação
BLOCO III
Municípios: Lei Orgânica Código de Posturas
Código Tributário
Código Ambiental
Parcelamento do Solo
Código de Obras
Perímetro Urbano
Total quantitativo
Vila Pavão Lei Orgânica Código de Posturas
Código Tributário* Código de
Obras 57,14
Água Doce do Norte Lei Orgânica Código de
Posturas Código
Tributário*Código
Ambiental 57,14
João Neiva Lei Orgânica Código de Posturas
Código Tributário Parcelamento
do solo Código de
Obras 71,43
Ibiraçu Código de Posturas*
Código Tributário* Código de
Obras* 42,86
* Referidas leis, apesar de solicitadas, não foram entregues pelos agentes responsáveis ou pelo contato da Câmara de Vereadores, sendo apenas alegada a existência.
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Aspectos Quantitativos - Catalogação
57,14% 57,14%
71,43%
42,86%
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
Vila Pavão Água Doce doNorte
João Neiva Ibiraçu
Municípios - Bloco III
% Leis Fo
rnec
idas
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12.4. Diagnóstico da Legislação
12.4.1. Análise Vertical
Metodologia Adotada
Trata-se de análise com base nas determinações da Lei Complementar número 95
de 26 de Fevereiro de 1998, que estabelece normas para a elaboração, redação,
alteração e consolidação das leis, conforme determina o parágrafo único do art. 59
da Constituição Federal.
Conforme dispõe o art. 3º da Lei Complementar uma lei deve conter basicamente
três critérios valorativos, quais sejam:
a) Estrutura básica da lei;
Art. 3o A lei será estruturada em três partes básicas:
I - parte preliminar, compreendendo a epígrafe, a ementa, o preâmbulo, o enunciado do objeto e a indicação do âmbito de aplicação das disposições normativas;
II - parte normativa, compreendendo o texto das normas de conteúdo substantivo relacionadas com a matéria regulada;
III - parte final, compreendendo as disposições pertinentes às medidas necessárias à implementação das normas de conteúdo substantivo, às disposições transitórias, se for o caso, a cláusula de vigência e a cláusula de revogação, quando couber.
b) Articulação e redação;
Art. 10. Os textos legais serão articulados com observância dos seguintes princípios:
I - a unidade básica de articulação será o artigo, indicado pela abreviatura "Art.", seguida de numeração ordinal até o nono e cardinal a partir deste;
II - os artigos desdobrar-se-ão em parágrafos ou em incisos; os parágrafos em incisos, os incisos em alíneas e as alíneas em itens;
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III - os parágrafos serão representados pelo sinal gráfico "§", seguido de numeração ordinal até o nono e cardinal a partir deste, utilizando-se, quando existente apenas um, a expressão "parágrafo único" por extenso;
IV - os incisos serão representados por algarismos romanos, as alíneas por letras minúsculas e os itens por algarismos arábicos;
V - o agrupamento de artigos poderá constituir Subseções; o de Subseções, a Seção; o de Seções, o Capítulo; o de Capítulos, o Título; o de Títulos, o Livro e o de Livros, a Parte;
VI - os Capítulos, Títulos, Livros e Partes serão grafados em letras maiúsculas e identificados por algarismos romanos, podendo estas últimas desdobrar-se em Parte Geral e Parte Especial ou ser subdivididas em partes expressas em numeral ordinal, por extenso;
VII - as Subseções e Seções serão identificadas em algarismos romanos, grafadas em letras minúsculas e postas em negrito ou caracteres que as coloquem em realce;
VIII - a composição prevista no inciso V poderá também compreender agrupamentos em Disposições Preliminares, Gerais, Finais ou Transitórias, conforme necessário.
c) Consolidação das Leis
De acordo com a LC 95/98 as leis serão reunidas em codificações e consolidações
integradas por volumes, contendo matérias conexas ou afins, constituindo em seu
toda a consolidação da legislação.
12.5. Valoração da Análise
A partir desses critérios e feita a devida análise, foi atribuído um “valor qualitativo” às
leis municipais catalogadas, de acordo com sua situação de conformidade em
relação aos ditames da Lei Complementar nº 95 de 1998.
Assim, cada uma das leis, dependendo do seu grau de conformidade com a lei
federal que regula a elaboração, redação e consolidação das leis, foi valorada da
seguinte maneira de acordo com a observância dos requisitos formais:
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Boa – preencheu mais de 70% dos requisitos formais;
Regular – preencheu mais de 40% e menos de 70% dos requisitos formais;
Ruim – preencheu menos de 40% doas requisitos formais;
12.6. Análise
12.6.1. Lei de Polícia Administrativa/Código de Posturas Lei nº 110/99
Critérios Situação Estrutura básica da lei Regular Da Articulação e Redação Boa Consolidação da lei Boa
Comentários:
No que se refere à ementa, ela está descrita com caracteres maiúsculos, o que está
em desacordo com a legislação. Além disso, apesar de concisa, ela não explica o
objeto da lei.
12.6.2. Código Ambiental Lei Complementar nº 005/2005
Critérios Situação Estrutura básica da lei Regular Da Articulação e Redação Boa Consolidação da lei Boa
Na lei em tela, sua parte preliminar contém epígrafe, grafada com caracteres
maiúsculos, o que está em acordo com a citada lei; contém preâmbulo e o
enunciado do objeto está bem delimitado por seu artigo primeiro. No que se refere à
ementa, ela está descrita com caracteres maiúsculos, o que está em desacordo com
a legislação. Além disso, apesar de concisa, ela não explica o objeto da lei.
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A parte normativa diz respeito às regras de direito ambiental.
Na parte final da norma denota-se que a mesma não está em sintonia com o seu
grau de repercussão, haja vista que, de acordo com a lei, ela entra em vigor na data
de sua publicação, ferindo, dessa forma, a regra constante no artigo 8º da LC 95/98,
já que tal expressão deve ser utilizada apenas para normas de pequena
repercussão, o que não é o caso de referida lei.
A articulação da lei está boa. Como se vê, utiliza-se da abreviatura “Art.” para
designar o artigo, seguido de numeração ordinal até o nono e cardinal a partir deste.
Os parágrafos, por sua vez, estão representados pelo sinal gráfico “§” e, quando
existe apenas um, está escrito a expressão “parágrafo único” por extenso, tal como
prescreve o artigo 10 e incisos da LC 95/98.
A redação está boa, ou seja, as disposições normativas estão redigidas com clareza,
precisão e ordem lógica, com frases curtas e concisas, passando de forma eficaz
tudo aquilo que a norma tem intenção de demonstrar.
No que se refere à consolidação, como se pode ver de todos os artigos que a
compõem, a legislação é fundamentada apenas no direito de todos ao meio
ambiente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à salutar qualidade
de vida das presentes e futuras gerações, visando regular a ação do Poder Público
Municipal e sua relação com os cidadãos e as entidades públicas e/ou privadas.
Assim, toda a normatização referente à matéria ambiental estará consolidada
apenas na Lei n. 005/2005.
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13. DIRETRIZES PARA O DESENVOLVIMENTO LOCAL SUSTENTÁVEL DO
MUNICÍPIO DE ÁGUA DOCE DO NORTE
A partir do diagnóstico situacional apresentado serão propostas diretrizes territoriais
de desenvolvimento sustentável com o objetivo de contribuir para otimizar os
potenciais apontados e eliminar ou minimizar os problemas identificados de forma a
possibilitar a construção de uma sociedade mais equânime e que consiga
empreender um futuro mais sustentável para os moradores, investidores e visitantes.
Desta forma, a busca será pelo desenvolvimento sócio-ambiental do Município, que
deverá ocorrer segundo diretrizes que permitam: a viabilidade das ações, a
perenidade das iniciativas, a construção coletiva do futuro, a irradiação dos efeitos
benéficos e a minimização dos problemas.
As Diretrizes Locais apresentam aplicabilidade específica para o município servindo,
de forma mais direta, para alavancar o desenvolvimento sustentável no curto, médio
e longo prazos.
13.1. Diretrizes Institucionais
• Apresentar, discutir e pactuar o conteúdo dos trabalhos de elaboração do
Plano de Desenvolvimento Local Sustentável com o conjunto da população, e em
especial, os Anteprojetos de Lei frutos deste trabalho e que serão objeto de
aprovação pela Câmara Municipal;
• Divulgar e capacitar o conjunto da população do município sobre os novos
instrumentos de ordenamento territorial elaborados, a fim de serem implementados.
• Adequar a estrutura organizacional da Prefeitura Municipal, a fim de criar
condições de colocar em prática os novos instrumentos de ordenamento territorial,
destacando as seguintes iniciativas:
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Prover a Prefeitura de corpo técnico permanente e capacitado para o
exercício pleno de suas funções atendendo aos requisitos do
desenvolvimento local sustentável;
Criar um Sistema Municipal de Desenvolvimento Territorial com atribuições
de forma a incorporar as especificidades locais no processo de gestão do
território, incluindo no mínimo: implantação e manutenção de Sistema de
Informações Georreferenciadas (SIG) do município, adoção das bacias e
microbacias como unidade integrada de planejamento e gestão do território,
criar setor de análise e aprovação de projetos arquitetônicos e novos
loteamentos, setor de fiscalização municipal, indicadores de aferição do
desenvolvimento municipal e um Conselho da Cidade;
• Implementar as diretrizes do Plano de Desenvolvimento Local Sustentável e
colocar em prática os novas Leis de Perímetro Urbano e Parcelamento do Solo
Urbano e os Códigos de Obras, Posturas e Meio Ambiente;
• Integrar as demais políticas setoriais ao conteúdo estabelecido nos novos
instrumentos de ordenamento territorial;
• Elaborar o Plano Diretor Municipal com base nos estudos elaborados no
Plano de Desenvolvimento Local Sustentável e à luz do Estatuto da Cidade;
• Atualizar o Código Municipal Tributário;
• Promover a participação popular no controle da elaboração, implementação e
monitoramento de todas as Políticas Públicas do município.
13.2. Diretrizes Territoriais
• Incentivar a diversidade agrícola nas áreas rurais, principalmente nas
pequenas propriedades, através do desenvolvimento da tecnologia compatível com
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as condições sócio-econômicas e culturais dos ecossistemas regionais, de forma a
garantir a exploração auto-sustentada dos recursos disponíveis;
• Incentivar a diversificação das culturas agrícolas, a fim de evitar o
empobrecimento do solo e a dependência econômica das monoculturas;
• Induzir e estruturar o processo de ocupação de forma compacta e racional,
aproveitando a disponibilidade e o potencial de terrenos dotados de infra-estrutura;
• Reprimir e punir os parcelamentos do solo para fins urbanos fora dos
perímetros urbanos definidos em lei;
• Reprimir a ocupação de áreas inadequadas à habitação, instalação de
comércios, serviços e indústrias a destacar nas áreas ribeirinhas e alagáveis,
encostas de morros passíveis de desmoronamento e áreas non aedificandis das
margens das Rodovias;
• Identificar as Áreas Especiais de Interesse Social do município, com especial
atenção para os Bairros Bela Vista, Bom Jesus e Córrego Avaí, a fim de serem alvo
de políticas públicas específicas;
• Desenvolver Programa Municipal de Regularização Fundiária para as Áreas
Especiais de Interesse Social, com o estabelecimento de ações integradas
envolvendo a urbanização dos bairros, construção e melhorias habitacionais,
eliminação das áreas de risco, ações de geração de emprego e renda, valorização
dos espaços públicos destinados ao lazer, à cultura, aos esportes, e implantação de
equipamentos comunitários;
• Desenvolver ações de construção, revitalização e valorização dos espaços de
uso público de lazer e entretenimento nas principais áreas urbanas do município;
• Realizar a identificação do Patrimônio Histórico e Cultural do município para o
desenvolvimento de ações de preservação e valorização;
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• Desenvolver Programa de Arquitetura e Engenharia Social em parceria com
universidades e faculdades, a fim de disponibilizar apoio técnico à população de
baixa renda na realização de edificações;
• Instituir o Projeto Calçada Cidadã com a adoção e implementação dos
critérios de acessibilidade universal na construção dos passeios públicos;
• Desenvolver projeto de redefinição da hierarquia viária e sinalização do
trânsito da sede do município a fim de minimizar os conflitos do trânsito;
• Estimular os meios de locomoção não motorizados nas ações de
desenvolvimento urbano a serem implementadas no município;
• Desenvolver ações para implantação de um sistema cicloviário no município;
• Ampliar a disponibilidade de transporte público interligando a sede do
município aos distritos e comunidades;
13.3. Diretrizes Econômicas
• Melhorar a mão-de-obra local de forma a capacitar o setor público e o setor
privado para a consolidação e gestão de uma economia mais dinâmica;
• Diversificar a economia local através de incentivo a novos investimentos;
• Definir a identidade econômica local;
• Incentivar os empreendimentos que gerem empregos e tenham
sustentabilidade ambiental;
• Promover políticas públicas de atração de investimentos que garantam a
sustentabilidade considerando os aspectos sociais, econômicos e ambientais;
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• Investir em infra-estrutura, principalmente no fornecimento de apoio à
agropecuária, com formação de mão-de-obra e do empresariado local;
• Incentivar às atividades agropecuárias, com incentivo ao empreendedorismo
e a adoção de tecnologias de produção e de gestão;
• Garantir o apoio técnico aos agricultores quanto o uso correto do solo
(preparo, aragem, insumos etc.).
13.4. Diretrizes Ambientais
• Desenvolver um inventário detalhado dos recursos hídricos tanto na área
urbana quanto rural tomando como base a legislação em vigor a fim de se garantir
uma melhor qualidade ambiental, como também, a qualidade de vida dos moradores
que residem nas adjacências destes locais;
• Implantar de imediato um projeto de recuperação de matas ciliares nos
arroios, cursos d`água, represas e lagoas, iniciado em uma microbacia piloto,
posteriormente, estendido às demais de forma a garantir a capacidade de produção
e qualidade da água;
• Desenvolver propostas que visem à adequação ambiental das áreas
protegidas (em especial as matas ciliares) adotando uma postura rígida no sentido
de preservarem as florestas que ainda restam, através de programas de
conscientização/educação ambiental (e não da repressão) para os produtores rurais
e a população em geral que seja conscientizada sobre a importância da
conservação desta mata;
• Contribuir para o aprimoramento da gestão integrada dos recursos hídricos (a
nível regional) na formulação, implementação e gerenciamento de políticas, ações e
investimentos;
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• Controlar a retirada da água do subsolo a fim de não comprometer a
qualidade e a produção da água para futuras gerações;
• Realizar análises periódicas da qualidade da água (de preferência mensal)
dos córregos e cisternas de forma a ter o controle de poluição dos mesmos;
• Fixar metas progressivas de regularidade, universalização e melhoria da
qualidade relativas ao sistema de abastecimento de água;
• Fixar metas progressivas para universalizar os serviços de coleta e
tratamento do esgoto sanitário na sede do município, com a manutenção adequada
das Estações de Tratamento de Esgoto existentes e desenvolver formas alternativas
de solucionar o problema nos demais distritos e comunidades;
• Coibir o desperdício de água, através da educação ambiental, promovendo
mecanismos e campanhas de educação sanitária, considerando o uso racional e
saudável da água;
• Estabelecer normas especiais com vistas ao monitoramento, controle e
tratamento de resíduos e efluentes de qualquer natureza articuladas com o controle
de vazões de drenagem para os empreendimentos potencialmente geradores de
poluição;
• Controlar e fiscalizar os processos de geração de resíduos sólidos, inclusive
daqueles originários da criação e engorda de animais em cativeiro;
• Disciplinar e estimular a disposição adequada das embalagens de insumos
químicos (adubo);
• Implantar programas de coleta seletiva, compostagem de resíduos orgânicos
e de estímulo ao reaproveitamento dos resíduos recicláveis, tais como metais,
papéis e plásticos, bem como fixar metas e procedimentos correspondentes,
começando pelas instituições públicas como prefeitura e demais secretarias;
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• Promover a universalidade, a eficiência e a regularidade do atendimento à
população na prestação dos serviços de coleta de resíduos sólidos;
• Garantir a integração, a articulação e a cooperação entre os municípios da
região mediante consórcios públicos para o tratamento e a destinação de resíduos
sólidos;
• Realizar coleta e destinação em separado do lixo dos estabelecimentos de
saúde/farmácia/hospitalar;
• Desenvolver programas de educação ambiental em escolas e comunidades a
respeito dos cuidados com os recursos naturais (mananciais, mineração, matas,
agricultura, lixo, esgoto etc);
• Promover uma maior integração entre Secretarias do município (Saúde,
Planejamento, Educação) e comunidades no desenvolvimento de projetos de
preservação/conscientização envolvendo temas pertinentes à realidade do município
a exemplo de: doenças de veiculação hídrica.