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Jornal do Sindicato dos Químicos do ABC julho de 2011 - nº 1272

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Desenvolvimento só com ganho real de salário!!

OS TRABALHADORES(AS) TINGIRAM DE VERMELHO AS RUAS DO PAÍS EM DEFESA DA AMPLIAÇÃO DOS DIREITOS NO DIA NACIONAL DE LUTA DA CUT. FOI O PONTAPÉ INICIAL DAS CAMPANHAS SALARIAIS DO SEGUNDO SEMESTRE, QUE TÊM

ENTRE AS PRINCIPAIS BANDEIRAS O AUMENTO REAL DE SALÁRIOS.

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...

Para trabalhadores responsabilidade social deve começar dentro da fábrica

Giro pelas fábricas

– pág. 5

Uma década da

Convenção 174 no Brasil

– pág.6

Comissão de Mulheres

visita Memorial da

Resistência

– pág.8

Rico e polêmico, o debate sobre a dimensão social da indústria quí-mica, realizado no dia 8 de julho, mostrou que as ações sociais das empre-sas estão mais no plano

da filantropia e ainda longe dos valores de responsabili-dade social. Foi o segundo debate do projeto “A indústria química em 2020, um novo rumo é possível”.

Leia mais na pág. 3

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Publicação do Sindicato dos Trabalha- dores e das Trabalhadoras nas Indús-trias

Químicas, Petroquímicas, Farma-cêuticas, Tintas e Vernizes, Plásticas, Resinas

Sintéticas e Explosivos do ABCD, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

Presidente: Paulo Antônio Lage

Secretário Geral e de Imprensa: Sidney Araújo dos Santos

Colaboração: Nilton Freitas, Josenildo Melo, Thomaz Jensen e André Araújo

Redação, edição, revisão e projeto

gráfi co: Ágama - Criação em Mídia e Imagem

Editora: Gislene Madarazo – Mtb: 36.373

Diagramação: Maria Cristina Colameo

Fotografi a: Dino SantosData de fechamento: 13/07/2011

E-mail: gislene@quimicosabc.org.br

Site: www.quimicosabc.org.br

Impressão: NSATiragem: 21.000 exemplares

Permitida a reprodução desde que citada a fonte. O jornal não se responsabiliza por declarações de terceiros e matérias

assinadas.

Expediente

EDITORIALCURTAS

FRASE & IMAGEM CHARGE

Do Brics, só Brasil reduz

desigualdadeDos chamados países emer-

gentes, apenas o Brasil registra crescimento econômico acompa-nhado de redução das desigual-dades sociais. Aqui, a taxa de crescimento da renda dos 20% mais ricos é inferior à registrada nos demais países do Brics (gru-po formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), ao mesmo tempo em que a taxa de crescimento da renda dos 20% mais pobres só é menor do que a da China. Os dados são de pesquisa da Fundação Getúlio Vargas.

68% de aumento em

10 anos“Em uma década, a renda

real per capita dos mais ricos no Brasil cresceu 10%, enquanto a dos mais pobres aumentou 68%”, destacou o economista Marcelo Neri, responsável pelo levanta-mento da FGV citado acima.

Vítima de violência

doméstica é readmitidaUma trabalhadora do Hospi-

tal Estadual de Diadema, vítima de violência doméstica, tinha sido demitida por justa causa em maio em razão de estar passando pelo grave problema de violência doméstica. O Sindsaúde-ABC, com base na Lei Maria da Penha, tomou as providências judiciais e realizou protestos. As mobi-lizações fizeram o Hospital de Diadema rever a decisão, reinte-grando a funcionária: uma grande conquista, que demonstra que a luta contra a violência doméstica deve estar em todos os locais.

Empresas com melhores proces-sos de produção e mais tecnologia conseguem oferecer melhores em-pregos e melhores salários. Essa ideia orienta o projeto ABC Inovação da Agência de Desenvolvimento do ABC. O objetivo é tornar micro e pequenas empresas da região mais competitivas por meio da inovação tecnológica.

Desde o dia 1 de julho, a Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC está aceitando ade-sões para o projeto, que abrange as empresas do setor metalmecânico e plástico com micro ou pequeno

Pequenas empresas já podem aderir ao ABC Inovaçãoporte localizadas nas sete cidades do Grande ABC.

“Quando falamos de inovação tecnológica, não tratamos apenas da criação de produtos, mas de toda a gestão da empresa”, ressalta o coordenador do projeto, Ciomar Oka-bayashi. “Não pensamos apenas no produto final, mas em todo o projeto produtivo”, afirma.

A partir de selecionadas, as em-presas passarão a receber a visita programada de consultores especia-listas em tecnologia e inovação que atenderão as necessidades particu-lares de cada uma, abordando áreas

como gestão da produção, marketing e vendas, administração financeira, custos e formação de preços. “Ao final de todo este processo pretendemos identificar resultados positivos como melhora no faturamento, na produção e aumento da carta de clientes”, afir-ma Okabayashi.

AdesõesAs empresas interessadas po-

dem entrar em contato com a Agên-cia GABC pelo telefone 4433-7356. Mais informações no site: www.agenciagabc.com.br

“Hoje é um dia histórico e de

grande alegria para o Brasil.

A eleição de José Graziano

da Silva (foto) como novo

diretor-geral da FAO conso-

lida o Brasil como referência

internacional em promoção

de políticas de segurança

alimentar e nutricional e

inclusão social não somente

ao seu povo, mas para os

demais países do mundo”

Ministra Tereza Campello (Desenvolvimento Social) sobre a vitória do ex-ministro do governo Lula, responsável pelo Programa Fome Zero, José Graziano da Silva, que foi eleito, dia 27 de junho, diretor-geral da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação). Graziano é o primeiro latino-americano a ocupar o posto.

Graziano ao ser felicitado por sua

eleição como diretor general da FAO

(Reuters)

REGIONAL

São Bernardo planejando seu futuroPode parecer pouco, mas não é. Pode não parecer, mas faz toda a diferença. Deixar de crescer ao deus-dará e passar

a crescer de forma planejada muda para melhor a qualidade de vida de uma cidade, principalmente para as gerações futuras. Essa é a mudança em curso na cidade de São Bernardo do Campo a partir da elaboração da proposta do novo Plano Diretor do Município.

O Plano Diretor é o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão da cidade e parte integrante do planejamento municipal. A partir dele são definidas as zonas da cidade que poderão ter indústrias, comércio, residên-cias, tudo isso junto ou separado. Define também a altura máxima das edificações e a taxa de ocupação dos terrenos. Estabelece a quantidade de áreas verdes e influencia o volume de tráfego nas vias públicas.

Todas as questões relacionadas à vida em sociedade e à vida na cidade: moradia, emprego, diversão, lazer, mobi-lidade, comércio, segurança econômica e pessoal, qualidade de vida.

Por isso, está de parabéns o Prefeito Luiz Marinho ao levar a proposta de um novo Plano Diretor da cidade para a apreciação do ConCidade – o Conselho da Cidade e do Meio Ambiente, do qual nosso Sindicato faz parte, ao lado de representantes de moradores, da indústria e do comércio e de ambientalistas. Discussões sobre assuntos dessa mag-nitude não podem ficar restritos à Câmara de Vereadores, onde será posteriormente votada a nova proposta.

Para nós trabalhadores Químicos interessa que sejam mantidas as indústrias onde estão nossos empregos, mas com controle ambiental e fiscal. Interessa-nos, também, a regularização de nossos terrenos e de nossas construções, em regiões seguras, providas de serviços públicos essenciais como transporte, educação, saúde e segurança. Não queremos mais acabar como vítimas de especuladores imobiliários. Queremos regras claras, de fácil compreensão, e que não deixem margem para interpretações arbitrárias que estão na origem, muitas vezes, da cobrança de propinas e da corrupção.

Tirar das mãos de imobiliárias, especuladores e empreiteiros o controle sobre o futuro da nossa cidade, é um passo extraordinário em direção a um futuro melhor.

A diretoria.

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PROJETO 2020

Trabalhadores querem práticas sociais também dentro das empresasTERCEIRIZAÇÃO COMO PRECARIZAÇÃO DE DIREITOS FOI O EXEMPLO MAIS LEMBRADO DE AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL DAS EMPRESAS

O segundo debate do Projeto “A indústria química em 2020: um novo rumo é possível”, realizado na ma-nhã do dia 8 de julho, no Sindicato, proporcionou uma rica e polêmica discussão entre a militância e traba-lhadores químicos(as).

Do ponto de vista dos trabalha-dores, a responsabilidade social tem que começar dentro da empresa, principalmente nas relações de trabalho. O exemplo mais citado foi a terceirização usada como precari-zação: trabalhadores com salários mais baixos, ausência de benefícios, falta de condições de trabalho ade-quadas e ausência de representação sindical.

Mesmo as chamadas ações fi-lantrópicas das empresas ou estão distantes do chão da fábrica ou estão baseadas na ação dos trabalhadores, como a campanha do agasalho, por exemplo.

Reinventar o modo de produzir,

consumir e distribuirA atividade teve início com o pai-

nel “Responsabilidade Social Empre-sarial: necessidade ou estratégia”,

com apresentações do Supervisor Técnico do Escritório Regional do Dieese em Brasília, Clovis Scherer, e da pesquisadora do INMETRO, Andréa Santini Henriques. Ambos participaram da elaboração da ISO 26.000, que trata da responsabilidade social das empresas.

Scherer falou da origem do termo, que surge em meados da década de 70, quando uma intensa pressão internacional devido ao grave envol-vimento de empresas no golpe contra o governo Allende, no Chile, resultou em declarações da ONU e da Organi-zação Internacional do Trabalho (OIT)

sobre a atuação das empresas mul-tinacionais.

Ele também abordou o concei-to de sustentabi-lidade e o aspec-to do trabalho na dimensão social. “As relações e con-dições de trabalho não podem deixar

de ser parte de qualquer política de Responsabilidade Social Empresa-rial”, disse.

A representante do INMETRO apresentou o termo Responsabili-dade Social como está definido na Norma ISO 26.000: “Não se trata de filantropia e é para todas as or-ganizações da sociedade, não só as empresariais”. Andréa pontuou que hoje já se consome de 20% a 30% a mais do que o planeta Terra consegue renovar. “Isso demonstra a falência desse sistema econômico e que precisamos reinventar nosso modo de produzir, de consumir, de distribuir”, afirmou.

Painel 2:

ABCD do

Diálogo SocialO segundo painel

“Relação empresa e sociedade no ABCD do Diálogo Social” contou com a participação do diretor de Recursos

Humanos da BASF América do Sul, Wagner Brunini, do secretário-execu-tivo do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, Luis Paulo Bresciani, e do jornalista Celso Horta, diretor do Jornal ABCD Maior e idealizador do Fórum Social ABCD.

Bresciani apontou os desafios da região relacionado à sustentabili-dade, destacando a implementação da Agenda Regional do Trabalho Decente e a relevância da indústria química para a região: “São mais de 42 mil empregos formais, sendo um terço em Diadema e um terço em São Bernardo, onde se concentram as pequenas empresas”.

SustentabilidadeNa concepção do diretor da Basf,

Wagner Brunini, a sustentabilidade é um componente estratégico entre a empresa e seus parceiros. “Temos muitos exemplos, mas um que vale ser destacado é o fato de se ter um conselho comunitário consultivo em operação na nossa unidade em São Bernardo, ressaltou.

O jornalista Celso Horta provocou o debate: “As empresas falam do seu projeto social maravilhoso na Revista Veja, na Globo, mas não falam para os trabalhadores das suas fábricas. Então precisamos acabar com essa monopolização, temos que pulverizar a mídia. A comunicação é muito im-portante nesse processo”, criticou.

Próximo debate: Dimensão ambiental da indústria químicaNa última atividade do ciclo de debates, marcada para 12 de agosto, a partir das 9h, serão debatidos os aspectos da dimensão ambiental da indústria química. Os debatedores abordarão temas como contaminações, acidentes ampliados, política de resíduos sólidos e gestão segura das substâncias químicas.

Painel 1: Impacto ambiental da indústria química e o caminho até 2020

- Marcelo Kós Silveira Campos – Diretor Técnico de Assuntos Industriais e Regulatórios da Abiquim - Arline Sidnéya Abel Arcuri – Pesquisadora da Fundacentro - Paulo Sérgio Muçouçah – Coordenador do Programa de Trabalho Decente e Empregos Verdes da OIT

Painel 2: A indústria química no ABCD: desafios para a sustentabilidade

- Representante da Solvay (a definir) - João Ricardo Guimarães Caetano – Diretor do Consórcio Intermunicipal do ABC - Nilton Freitas – Assessor de Políticas Públicas e Sociais do Sindicato dos Químicos do ABC

A segunda etapa do Projeto “A indústria química em 2020: um novo rumo é possível” será em setembro, com a realização de uma conferência internacional em Santo André.

Acompanhe nos sites www.quimicosabc.org.br e www.mgiora.com.br/química2020. Participe!

Na parte da tarde, militância se reúne em grupos para discutir

os debates da manhã

Clóvis Scherer, Rodolfo Moretti e Andréa Henriques,

na mesa do primeiro painel

Brunini, Ronaldo de Oliveira, Bresciani e Wagner Horta

compõem a mesa do segundo painel

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REDES DE TRABALHADORES

MOBILIZAÇÃO

CUT: Todo dia é dia de lutaMANIFESTAÇÃO NACIONAL DÁ A LARGADA PARA AS CAMPANHAS SALARIAIS DO SEGUNDO SEMESTRE

Em todo o Brasil, militantes CUTistas e dos movimentos sociais lotaram ruas e aveni-

das das principais capitais do país no dia 6 de julho - Dia Nacional de Mobilização da CUT. O objetivo: fazer ecoar o grito das ruas no Congresso Nacional e dar o pontapé inicial das campanhas salariais do segundo semestre.

Pauta dos TrabalhadoresSe por um lado o Congresso até

agora se calou na questão da Redu-ção da Jornada de Trabalho para 40 horas sem redução de salário, por outro, pode aprovar a qualquer mo-mento o projeto de terceirização do deputado Sandro Mabel.

“Um projeto atrasado, que fa-

vorece a precarização em vez de combatê-la, por isso, devemos con-tinuar indo às ruas em um processo de mobilização como o do dia 6 e co-locar em discussão, principalmente, a redução da jornada de trabalho e a terceirização”, aponta o Secretário de Administração e Finanças da CUT, Vagner Freitas.

Campanha Unifi cadaNeste segundo semestre a

CUT irá unificar as campanhas dos grandes ramos – como bancários, metalúrgicos, petroleiros, professo-res, químicos –, de maneira que, na pauta dessas campanhas sejam in-seridos temas de interesse dos tra-balhadores de todo o Brasil, como terceirização, redução da jornada,

Reconhecimento ofi cial da Rede ColgateA Rede de Trabalhadores(as) no Grupo Colgate, criada no ano passado,

avança rapidamente para seu fortalecimento e realização do Diálogo Social. Du-rante os trabalhos do segundo encontro da Rede, realizado no dia 14 de junho, em São Bernardo do Campo, foi feita uma apresentação da sua proposta aos

representantes da Colgate Palmolive, que ficaram im-pressionados e se compro-meteram a participar do processo de Diálogo Social com os trabalhadores(as).

reforma agrária, reforma política e reforma tributária. “Reafirmamos que vamos realizar as maiores cam-panhas salariais do segundo semes-tre. A pauta dos trabalhadores é a

do desenvolvimento, é aumento real de salário, são políticas de geração de emprego e renda. Foi isso que aprendemos com o governo Lula”, afirmou Vagner Freitas.

Anchieta parada pelo fortalecimento

da indústria nacionalPreocupados com o aumento das importações de veículos e autopeças, e com possível fechamento de fábricas, 30 mil metalúrgicos participaram da passeata realizada na manhã do dia 8 de julho, quando interditaram a via Anchieta. São Paulo e ABC se uniram para protestar contra o alto volume de importação, e em defesa da proteção da indústria brasileira e da geração de emprego de qualidade.

Jornal da Rede Solvay chega às fábricasO dia 15 de junho foi marcado pela

distribuição do jornal da Rede de Tra-balhadores no Grupo Solvay-Mercosul em todas as localidades participantes da rede, inclusive na Solvay Indupa de Bahía Blanca (Argentina). A atividade conjunta estava prevista no plano de ação da Rede, aprovado no encontro internacional realizado em abril.

Retomada do Diálogo Social na BASFOs sindicatos e as Comissões de Fábricas que compõem a Intersindical

dos Trabalhadores na BASF (Intrab) Brasil realizaram um encontro nacional, de 21 a 23 de março, que resultou, entre outras coisas, na retomada do Diá-logo Social, ferramenta que estava suspensa desde 2009. Pela primeira vez, participaram os companheiros da unidade Cognis, a nova unidade da BASF no Vale do Paraíba.

Além dos compromissos para a retomada do Diálo-go Social, foram discutidos pontos como o direito à infor-mação, demissão de repre-sentantes dos trabalhadores, relações internas no local de trabalho, entre outros.

Ramo Químico discute a solidariedade

através de redes sindicais “Solidariedade e Igualdade de Oportunidades: Princípios de Redes Sindicais”

foi o lema da segunda reunião realizada pela Confederação Nacional do Ramo Químico (CNQ-CUT), que contou com a presença de mais de 60 representantes sindicais de 24 empresas, nos dias 15 e 16 de junho, na Praia Grande.

A questão de gênero, negociação coletiva, financiamento, diálogo social e o fortalecimento das redes foram alguns dos temas que surgiram com reso-

luções importantes que devem reforçar a luta no próximo período.

Do ABC, parti-ciparam represen-tantes das redes AkzoNobel, BASF, Solvay e Colgate.

Praça da Sé lotada pela ampliação dos direitos dos trabalhadores(as)

Categoria química presente na manifestação

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GIRO PELAS FÁBRICAS

Bettula: desconto indevido será devolvidoUm engano da contabilidade resultou

em descontos indevidos no holerite de al-guns trabalhadores(as), à título de imposto de renda.

O Sindicato, após ser informado pelos trabalhadores(as), agendou reunião com a empresa, que assumiu o erro e se com-prometeu a reembolsar os descontos no próximo pagamento.

Em seguida, o Sindicato realizou assembleia para esclarecer as dúvidas, agradecendo a participação de todos(as).

Assembleia na Alpina aprova

antecipação da PLREm assembleia reali-

zada no dia 8 de junho, os trabalhadores(as) aprova-ram a antecipação da PLR 2011. José Antonio (Tonhão), secretário da Regional de São Bernardo do Campo, destaca a organização dos trabalhadores e a ação do companheiro Mota, delega-do sindical, que teve uma participação fundamental na negociação.

Greve na Ibracil vai para julgamentoOs trabalhadores da Ibracil cruzaram os braços, de 16 a 21 de junho, para

cobrarem resposta da empresa sobre aumento do vale refeição (Visa vale), programa de PLR e plano de cargos e salários. Os três itens ficaram pendentes na pauta negociada com a empresa em 2010.

A direção da Ibracil, no lugar de uma resposta, entrou com dissídio de greve no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP) e após a audiência de conciliação, realizada dia 21 sem nenhum acordo, os trabalhadores decidiram em assem-bleia suspender a paralisação, mas mantiveram-se em estado de greve.

O processo está no Ministério Público, que passará para o relator e posteriormente um revisor, para depois marcar o dia da audiência de julga-mento. Sindicato e trabalhadores permanecem mobilizados e atentos aos desdobramentos.

Mobilização na ICL BrasilEm assembleia realizada dia 30

de junho, os trabalhadores da ICL Brasil reivindicaram mudanças na forma das metas existentes no atual programa de PLR. Após reunião com o Sindicato, a direção da empresa se comprometeu a enviar nova proposta e fechar o programa de metas até o próximo mês de setembro.

O diretor Ronaldo de Oliveira, coordenador da Regional de São Ber-

nardo, alerta: “os trabalhadores deram um importante passo na mobilização. Agora, vamos aguardar”.

Aprovada PLR na IPVReunidos em assembleia no

dia 22 de junho, os trabalhadores da IPV aprovaram, por ampla maioria, a proposta de PLR consen-suada entre a Comissão de PLR, Sindicato e empresa, após várias reuniões.

No programa deste ano foi incluído mais um indicador aos do ano passado, o 5S. Os destaques são a correção do valor e a antecipação dos pagamentos das parcelas: a pri-meira equivale a 50% do valor base e a segunda será paga de acordo com as metas atingidas. O Sindicato parabeniza a todos pela conquista!

P. Manzine: paciência tem limiteOs trabalhadores da P. Manzine estão

cansados de esperar um retorno da em-presa em relação às suas reivindicações. O Sindicato se reuniu com a empresa em maio, discutindo a questão do convênio médico e do plano de cargos e salários e fi-cou acordado que a P. Manzine construiria uma proposta para ser apresentada aos trabalhadores. Mas, até agora, nada.

Assim, na assembleia de 1º de julho, os trabalhadores aprovaram pauta com

lei de greve, dando um prazo final para a empresa apresentar uma proposta, caso contrário, a produção para.

Trabalhadores conquistam desjejum

na IsosDesde o dia primeiro de julho, os traba-

lhadores da Isos têm desjejum, mais uma conquista da organização e mobilização no chão de fábrica. “ A reivindicação foi aprovada em assembleia e após negocia-ção com o Sindicato, a empresa concordou na concessão de mais uma conquista”, conta o diretor Paulo Sérgio.

Golden Plast: produção para contra

aumento de jornadaAs trabalhadoras da Golden Plast decidiram parar a produção no dia 1º

de julho. Elas foram até a sede da Regional de São Bernardo do Sindicato para protestar contra a mudança de jornada de trabalho, que passou de 42h para 44h semanais, sem consultar as trabalhadoras e o Sindicato.

“Na mesma hora fomos à empresa, que suspendeu temporariamente a mudança da jornada e abriu negociações com o Sindicato”, conta o diretor José Antonio (Tonhão). “As companheiras estão de parabéns. Juntos somos fortes”, disse.

Uniformes na OrtobomForam várias reuniões entre Sindicato

e empresa, mas o resultado compensou: os trabalhadores(as) da Ortobom conquista-ram o uniforme, uma antiga reivindicação dos companheiros(as).

O diretor do Sindicato José Antonio (Tonhão) destaca que essa conquista só foi possível porque os trabalhadores(as) da

Ortobom se organizaram e se mantiveram mobilizados pela reivindicação.

Assembleia na Colgate defi ne PLR 2011Após os trabalhadores(as) rejeitarem as propostas apresentadas pela em-

presa, a assembleia do dia 30 de junho aprovou o programa de PLR 2011. “Foram necessárias várias reuniões para se chegar a uma proposta de consenso entre as partes. Os trabalhadores(as) e o SUR estão de parabéns”, comenta o diretor do Sindicato e coordenador da regional de São Bernardo, Ronaldo de Oliveira.

Nova Cipa na MaxiRubberNo dia 27 de junho, os companheiros e

a companheira eleitos para a nova gestão da CIPA na MaxiRubber tomaram posse. O Sindicato parabeniza os companheiros e se coloca à disposição para contribuir com a luta em defesa dos trabalhadores(as).

Da esq. p/dir.: os cipeiros Ricardo e

Jaemison, a cipeira Lígia, o diretor

do Sindicato, Francisco, e os cipeiros

José, Nilton e Luiz

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FORMAÇÃO

SAÚDE DO TRABALHADOR

SEMINÁRIO FOCA PRÁTICAS DE PREVENÇÃO DE GRANDES ACIDENTES QUÍMICOS

Em comemoração aos 10 anos da Convenção nº 174, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), foi realizado em São Paulo, no dia 28 de junho, o “Seminário Alusivo aos 10 anos da Convenção OIT 174 no Bra-sil”. Promovida pela Fundacentro, a atividade apresentou um panorama dos 10 anos da Convenção, propos-tas de ações e boas práticas sobre a prevenção de grandes acidentes quí-micos por parte dos segmentos en-volvidos com a questão no Brasil.

O Sindicato dos Químicos do ABC, representado pelo secretário de Saúde, Trabalho e Meio Ambiente, José Freire, participou dos painéis apresentando as ações do Sindicato diante dos acidentes da PQU (atual Braskem) em 1992; a explosão segui-da de incêndio na Suvinil, em 2001; e do caso Di-All, em Diadema, há dois anos.

Convenção OIT 174 completa uma década no BrasilA Convenção

Estabelecida em 1993, a Con-venção 174 surge como um meca-nismo de equacionamento para prevenção e resposta aos grandes acidentes químicos, que requerem ações integradas entre governo, indústria e trabalhadores. Foi rati-ficada pelo governo brasileiro em 2001, frente à demanda e extensa mobilização dos setores, trazendo uma nova cultura na relação entre os segmentos envolvidos.

Visita técnica à BASF DemarchiApós o grave acidente na Fábrica III, a Secretaria de Saúde participou de uma reunião na fábrica e realizou,

em 29 de junho, visita técnica para conhecer o local do acidente e poder apresentar sugestões de melhoria rela-cionadas a máquina dissolver.

Acidente na AcrilexUm trabalhador terceirizado foi vítima de um grave acidente na

Acrilex. A regional do Sindicato em São Bernardo solicitou reunião com a direção da empresa e realizou assembleia, com a participação da Secretaria de Saúde, para discutir com os trabalhadores(as) as possíveis ações que devem ser tomadas.

PROGRAMA TEVE INÍCIO EM 2 DE JULHO E TERMINA EM SETEMBRO

Coordenado pela Confederação Nacional do Ramo Químico da CUT (CNQ), o programa Formaquim, que teve início dia 2, está comple-tando 10 anos de capacitação dos trabalhadores(as) para a formação sindical.

Neste ano, o programa é com-posto por quatro cursos: Formaquim São Paulo, sobre a cadeia produtiva no ramo químico; Formaquimulher, que trata das relações sociais de gênero; Formaquim Juventude, com discussões sobre as as ações estraté-gicas de envolvimentos dos jovens no

Formaquim 2011 marca 10 anos de capacitação e formação sindical

movimento sindical; e o Formaquim Saúde, destinado a preparar os parti-cipantes para intervenção nos temas relacionados à saúde, à segurança e ao meio ambiente no trabalho.

“Para o Sindicato, o Formaquim é o curso de formação de novas lideran-ças sindicais, é o curso que prepara nosso militantes e dirigentes para ação sindical, fortalecendo ainda mais nossa luta” afirma o presidente do sindicato, Paulo Lage.

Os quatro módulos são realizados no Instituto Cajamar e conta com diversas entidades sindicais do ramo químico do estado de São Paulo. A certificação será realizada em 25 de setembro.

ASSOCIAÇÃO DOS APOSENTADOS

Caros amigos aposentados(as)

e pensionistasMuitas vezes nos deparamos com comentários que até revoltam, de que

o salário pago pela Previdência Social não corresponde ao que o trabalhador recebia quando se aposentou.

Na verdade o que aconteceu foi a desvinculação do aumento dos apo-sentados e pensionistas, em 1991, que previa os benefícios previdenciários teriam o mesmo reajuste do salário mínimo.

Para revertermos esta situação, temos que nos unir através de entidades idôneas que se dispõem a lutar, reivindicar os direitos adquiridos dos seus associados e da classe em geral.

Nós da Associação dos Aposentados e Pensionistas Químicos do ABC, nos orgulhamos em dizer que a nossa filosofia de trabalho é defender e lutar com todas nossas energias a tudo o que nos é de direito, pois fomos nós trabalhadores(as) que fizemos com que este país fosse o que é hoje e não é justo que na hora em que mais precisamos, nossos proventos sejam reduzidos a ponto de não conseguirmos comprar remédios nem pagar um plano de saúde. Que país é esse que não valoriza seus idosos?

Quanto aos direitos previdenciários , só queremos os direitos original-mente assegurados pela Constituição da Republica de 1988 . Por direito e por justiça reivindicamos:

1 ) Reajuste anual único para todos beneficiários e igual ao do salário mínimo ;

2 ) Recuperação do valor dos benefícios ao mesmo número de salários da data da concessão;

3 ) Fim do fator previdenciário , com a derrubada do veto ao PL 3.255/02;

4 ) Fim desvinculação das receitas da União ( DRU);5 ) Emenda constitucional 29 , que prevê mais recursos para a saúde ; Nós aposentados, pensionistas e idosos caminhamos firmes por um novo

Brasil e esperamos que as entidades que dizem nos representar o façam com dignidade e não interesses próprios.

José Toneloto, presidente

O Secretário

de Saúde,

José Freire,

apresentou

a atuação

do Sindicato

nos casos

dos acidentes

da PQU

(Braskem);

BASF Suvinil

e Di-All

Química

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Cultura & Lazer

Diversões

Caça-palavras

Publicações

Havia, ali, um estranho silêncio. Os pássaros, por exemplo – para

onde é que tinham ido? Muita gente falava deles, confusa e

inquieta. Os postos de alimen-tação, nos quintais, estavam

desertos. Os poucos pássaros que por qualquer lado se vissem

estavam moribundos: tremiam violentamente, e não podiam

voar. Aquela era uma primavera sem vozes...”.

Rachel Carson – Primavera

Silenciosa - 1962

Seus Direitos

Ampliação do

uso do FGTSA Comissão de Trabalho da Câma-ra dos Deputados aprovou projeto de lei que permite a movimenta-ção da conta do FGTS quando o trabalhador(a) completar 35 anos de contribuição previdenciária, no caso dos homens, e 30 anos, para mulheres. Atualmente só é possível fazer o saque ao se apo-sentar, demissão sem justa causa e término de contrato por prazo determinado.O projeto de lei será ainda analisa-do por outras comissões e se não houver alteração no texto, segue para sanção presidencial.

Aviso prévio proporcional ao

tempo de serviçoO Supremo Tribunal Federal deci-diu que irá fixar regras para que o aviso prévio seja proporcional ao tempo de serviço prestado. O en-tendimento teve respaldo de oito ministros, na análise do pedido de quatro ex-trabalhadores da Vale. O relator, ministro Gilmar Mendes, julgou procedente o pleito dos tra-balhadores de que o Supremo de-clarasse a omissão do Congresso Nacional em regulamentar o tema, já que o artigo VII da Constituição, Inciso 21, estabelece “aviso prévio proporcional ao tempo de serviço”. A Fiesp já sinalizou que aceita aviso prévio de dois meses. Vamos acompanhar o tema!

REVISTA "O AÇO DA DEVASTAÇÃO" DETALHA PROCESSOS PRODUTIVOS NO PARÁ

O Instituto Observatório Social-CUT acaba de lançar a publicação "O Aço da Devastação", que denuncia as irregula-ridades ambientais e trabalhistas da cadeia produtiva do aço. A pesquisa, coordenada pelo jornalista Marques Casara, revela dados vergonhosos na produção do Aço no Brasil.

O trabalho de reportagem começou em Nova Ipixuna (PA), onde, no dia 24 de maio, foram assassinados José Cláudio Ri-beiro e Maria do Espírito Santo, que denunciavam a devastação da floresta para produção de carvão e madeira.

A pesquisa detalha como operam grupos criminosos do qual fazem parte empresários, políticos e servidores do go-verno do Pará.

Os interessados podem fazer o download completo no endereço: http://www.observatoriosocial.org.br/

Revista denuncia irregularidades na cadeia do aço

O lançamento do livro “Primavera Silenciosa”, da escritora e cientista norte-americana Rachel Carson, em

1962, foi o marco inicial da preocupação com os efeitos das substâncias químicas para o ser humano e para o

meio ambiente. A obra fala dos efeitos do uso indiscriminado de agrotóxicos nos anos 50, nos EUA.

Caça palavras especial “2011 Ano Internacional da Química”

Encontre abaixo, em linha horizontal e vertical, as palavras grifadas no texto ao lado:

Químicos do ABC nas redes

sociais: conecte-se e siga!!Ligado nas mudanças na

comunicação, o Sindicato dos Químicos do ABC, além do website www.quimicosabc.org.br , também

está no Facebook (www.facebook.com)

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Para acompanhar as notícias da entidade e compartilhar

informações do meio sindical, conecte-se e siga:

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COMISSÃO DE MULHERES

CONHECIMENTO E INDIGNAÇÃO MARCARAM VISITA DAS TRABALHADORAS AO MEMORIAL DA RESISTÊNCIA DE SÃO PAULO

A Comissão de Mulheres Quími-cas do ABC visitou o Memorial da Resistência de São Paulo no dia 11 de junho. O prédio do Memorial abrigou por muito anos o DEOPS – Delegacia Estadual de Ordem Política e Social –, que foi o palco das prisões e tor-turas aos militantes de esquerda no período da ditadura militar.

A visita foi marcada por uma enorme contribuição sobre a história dos importantes militantes de es-querda do país que lutaram por uma sociedade democrática e pelo fim do regime militar.

“Visitar o DEOPS foi um momento incrível, pois ao mesmo tempo em que relembramos os nossos grandes companheiros e companheiras de luta, pudemos perceber o quanto eles sofreram presos, o quanto foram torturados”, avalia a diretora do Sin-dicato e coordenadora da Comissão de Mulheres, Ionara Carvalho.

Outro momento de emoção foi a visita à cela onde ficou preso o com-panheiro Olavo Hansen, militante químico, torturado e morto no regime militar.

Sob a monitoria do memorial, a Comissão de Mulheres Químicas do ABC visitou todos os espaços e pôde conhecer as humilhações, as torturas e as formas mais agressivas de com-bate às pessoas que lutaram por um mundo melhor.

Químicas do ABC visitam antigo DEOPS

Símbolo da tortura que virou museuO Memorial da Resistência de São Paulo é uma instituição dedicada a homenagear e preservar as memórias

da resistência e da repressão políticas tornando um museu o prédio em que funcionou, de 1935 a 1984, a polícia política das ditaduras getulista e militar.

Seu projeto como museu foi inaugurado em 24 de janeiro de 2009. As celas lembram a trajetória do Deops, fundado em 1924 para combater os movimen-tos sociais considerados perigosos à ordem nacional, como o anarquismo e o sindicalismo. Uma das celas foi reconstituída como nos tempos da repressão, en-quanto nas outras há uma maquete, além de fotos e gravações de depoimentos.

A restauração foi feita a partir das memórias dos presos que passaram por lá, com apoio do Fórum de Presos e Perseguidos Políticos.

Memorial da Resistência

de São Paulo

Largo General Osório, 66 – Luz

Entrada franca

Telefone: 11 3335 4990

Agendamento de visitas educativas:

3324.0943 ou 3324.0944

Na visita, apresentação de um

vídeo sobre as vítimas da ditadura,

entre elas, o trabalhador químico

Olavo Hansen

Na cela, escrito na parede,

os dizeres: Olavo Hansen

morreu aqui