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27 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Unidade II 3 AS BASES DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Após a problemática da relação entre homem e natureza, ocorreram conferências, agendas e criação de leis importantes na tentativa de reverter os problemas causados e anteiormente demonstrados. 3.1 A Rio 92 Figura 7 – Logotipo da Rio 92 Com a intenção de introduzir a ideia do desenvolvimento sustentável, um modelo de crescimento econômico menos agressivo para o meio ambiente, foi realizada, também conhecida como ECO-92, de 3 a 14 de junho de 1992,. a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD). A cidade do Rio de Janeiro foi a sede do encontro que reuniu representantes de 175 países e de organizações não governamentais (ONGs) (ESTADÃO, 2007). Essa conferência foi considerada o evento ambiental mais importante do século XX, pois a ECO-92 foi a primeira grande reunião internacional realizada após o fim da Guerra Fria. Entre os compromissos específicos adotados pela ECO-92, podemos incluir três convenções: • sobre mudança do clima, • sobre biodiversidade e • declaração sobre florestas. Documentos foram aprovados durante a conferência, esses com objetivos mais abrangentes e de natureza mais política: Declaração do Rio e a Agenda 21 Ambos enfatizam o conceito fundamental de desenvolvimento sustentável, que combina o progresso econômico e material com a necessidade de uma consciência ecológica.

Desenvolvimento Sustentavel Unidade II

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    Unidade II3 AS BASES DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL

    Aps a problemtica da relao entre homem e natureza, ocorreram conferncias, agendas e criao de leis importantes na tentativa de reverter os problemas causados e anteiormente demonstrados.

    3.1 A Rio 92

    Figura 7 Logotipo da Rio 92

    Com a inteno de introduzir a ideia do desenvolvimento sustentvel, um modelo de crescimento econmico menos agressivo para o meio ambiente, foi realizada, tambm conhecida como ECO-92, de 3 a 14 de junho de 1992,. a Conferncia das Naes Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD). A cidade do Rio de Janeiro foi a sede do encontro que reuniu representantes de 175 pases e de organizaes no governamentais (ONGs) (ESTADO, 2007).

    Essa conferncia foi considerada o evento ambiental mais importante do sculo XX, pois a ECO-92 foi a primeira grande reunio internacional realizada aps o m da Guerra Fria.

    Entre os compromissos especcos adotados pela ECO-92, podemos incluir trs convenes:

    sobre mudana do clima,

    sobre biodiversidade e

    declarao sobre orestas.

    Documentos foram aprovados durante a conferncia, esses com objetivos mais abrangentes e de natureza mais poltica:

    Declarao do Rio e a Agenda 21

    Ambos enfatizam o conceito fundamental de desenvolvimento sustentvel, que combina o progresso econmico e material com a necessidade de uma conscincia ecolgica.

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    As relaes entre pases ricos e pobres tm sido conduzidas por um novo conjunto de princpios inovadores desde a conferncia, como os conceitos de responsabilidades comuns, mas diferenciadas entre os pases, de o poluidor paga e de padres sustentveis de produo e consumo.

    Com a adoo da Agenda 21, a conferncia estabeleceu, objetivos concretos de sustentabilidade em diversas reas, mostrando a necessidade de se buscarem novos recursos nanceiros para a complementao do desenvolvimento sustentvel em uma escala global (SENADO FEDERAL, 1996).

    Diante de tantas alteraes no meio ambiente somadas s ameaas de extino de muitos recursos naturais atualmente utilizados pelo homem, autoridades de 172 governos e estudiosos do mundo inteiro reuniram-se em 1992, no Rio de Janeiro, para a CNUMAD - Conferncia das Naes Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, conhecida mundialmente como a Conferncia da Terra. Essa conferncia tornou-se, por sua singularidade, um marco na histria da humanidade. Seus objetivos bsicos giravam em torno da busca por um equilbrio entre as necessidades ambientais, sociais e econmicas para geraes atuais. Outro objetivo da conferncia era a construo de uma espcie de associao mundial que contemplasse os pases desenvolvidos e em desenvolvimento para o estudo e compreenso das questes ambientais, interesse e preocupao igualmente comum a todos. Governos e demais setores da sociedade civil tambm deveriam compor a referida associao.

    Essa conferncia foi popularizada com o ttulo de Rio 92 e conseguiu reunir 108 chefes de estado para aprovao de documentos importantes como a Agenda 21, que consiste em uma declarao da ONU acerca do meio ambiente e o desenvolvimento, para denir quais so os direitos e deveres dos estados.

    Somente em 2002 a ONU (Organizao das Naes Unidas) aprovou A Carta da Terra e comparou sua importncia para a humanidade Declarao Universal dos Direitos Humanos no tocante ao meio ambiente.

    Desde ento, podemos notar muito progresso em relao ao pensamento e postura das pessoas quanto forma como o meio ambiente est sendo explorado. Nota-se uma urgncia em tentar recuperar o tempo perdido e mais ainda em tentar desenvolver nas pessoas uma nova forma de pensar e agir no que se refere s questes ambientais. Ambientalistas, gelogos e os meios de comunicao so alguns exemplos de prossionais profundamente engajados em prol de uma mudana da conscincia ambiental dos seres humanos.

    As escolas tm sido de fundamental importncia na educao ambiental das crianas, possibilitando a elas crescer com o compromisso de preservar e ajudar ao seu ecossistema.

    Dez anos aps a Rio 92

    Relatrio PNUMA 2002 sobre sustentabilidade global diz que apesar dos esforos das empresas, a degradao ambiental do planeta continua a aumentar.

    Baseado em relatrios de sustentabilidade global de 22 setores, a humanidade j consome 25% mais recursos naturais do que o planeta capaz de repor.

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    Johannesburg 2002: O PII (Projeto de Implementao Internacional) apresenta quatro elementos principais do desenvolvimento sustentvel sociedade, ambiente, economia e cultura.

    3.2 A Agenda 21

    A Agenda 21 um dos mais importantes documentos referentes ao meio ambiente e foi gerado na reunio de 178 naes na Conferncia das Naes Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), em 1992.

    As dimenses da sustentabilidade so parte do contedo da Agenda 21 global, modelo para que os pases a aplicassem e escrevessem tambm sua agenda 21 nacional e local. Todas essas dimenses que formam parte de um desenvolvimento sustentvel so mostradas por pesquisadores e governantes.

    A Agenda 21 representa um conjunto de requisitos recomendados para uma boa convivncia da humanidade com o planeta, e seus 40 captulos esto divididos em quatro sees. A primeira trata de aspectos sociais e econmicos de desenvolvimento; a segunda, de aspectos ambientais e gerenciamento de recursos naturais; a terceira, do fortalecimento do papel dos principais grupos sociais, e a ltima, discorre a respeito dos meios de implantao.

    A Agenda 21, atravs de seus documentos, visa conciliar mtodos de proteo ambiental, justia social e ecincia econmica. Esses documentos esto estruturados em quatro sees que so subdivididas em 40 captulos temticos.

    Entre os temas tratados na Agenda 21 (SENADO FEDERAL, 1996) podemos citar:

    Dimenses econmicas e sociais, com o foco nas polticas internacionais que ajudaro o desenvolvimento sustentvel nos pases em desenvolvimento e as estratgias de combate pobreza e misria).

    As mudanas necessrias a serem introduzidas nos padres de consumo, as inter-relaes entre sustentabilidade e dinmica demogrca alm de medidas e propostas para a promoo da sade pblica e a melhoria da qualidade dos assentamentos humanos.

    A questo da conservao e dos recursos para o desenvolvimento, que apresenta os diferentes enfoques para a proteo da atmosfera e para a viabilizao da transio energtica.

    A importncia do manejo integrado do solo, da proteo dos recursos do mar e da gesto eco-compatvel dos recursos de gua doce.

    A importncia do combate ao desmatamento, deserticao e a proteo aos frgeis ecossistemas de montanhas; as interfaces entre diversidade biolgica e sustentabilidade; a necessidade de uma gesto ecologicamente racional para a biotecnologia.

    A importncia prioritria que os pases devem conferir gesto, ao manejo e disposio racional dos resduos slidos, dos perigosos em geral e dos txicos e radioativos.

    Requerimento de medidas para a proteo e promoo de alguns dos segmentos sociais mais relevantes, analisando as aes que objetivam a melhoria dos nveis de educao da mulher, bem como a participao

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    da mesma, em condies de igualdade, em todas as atividades relativas ao desenvolvimento e gesto ambiental. Adicionalmente, so discutidas as medidas e promoo dos direitos e proteo da juventude e dos povos indgenas, das ONGs, dos trabalhadores e sindicatos, da comunidade cientca e tecnolgica, dos agricultores e do comrcio e da indstria (SENADO FEDERAL, 2001)

    A gua, realmente, um recurso que precisa de muito respeito por parte do ser humano, j que, muitas vezes, claros exemplos de poluio acontecem por esvaziamentos de hidrocarbonetos ou outros elementos altamente contaminadores usados na indstria. Aspectos contidos na Agenda 21 so de alta preocupao com respeito preservao desse recurso, por ser escasso em vrias partes do planeta, como em algumas cidades do Brasil, e necessrio para a gerao de energia eltrica. A procura de alternativas de recursos renovveis que substituam as necessidades do uso da gua ser uma forma de seguir o contido na Agenda 21.

    A Carta da Terra prembulo

    Estamos diante de um momento crtico na histria da Terra, numa poca em que a humanidade deve escolher o seu futuro. medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frgil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnca diversidade de culturas e formas de vida, somos uma famlia humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar foras para gerar uma sociedade sustentvel global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justia econmica e numa cultura da paz. Para chegar a este propsito, imperativo que ns, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras geraes (SENADO FEDERAL, 1996).

    3.3 A Agenda 21 brasileira

    A elaborao da Agenda 21 brasileira foi obra do trabalho da Comisso de Polticas de Desenvolvimento Sustentvel e da Agenda 21 Nacional (CPDS). Essa comisso foi criada por decreto presidencial de 26 de fevereiro de 1997, conformada pelo Ministrio do Meio Ambiente; Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto; Ministrio de Cincia e Tecnologia; Ministrio das Relaes Exteriores; Presidncia da Repblica; Frum Brasileiro das ONGs e Movimentos Sociais; Fundao Getlio Vargas; Fundao Movimento Onda Azul; Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentvel; e Universidade Federal de Minas Gerais. Teve como objetivo redenir o desenvolvimento do Pas, adicionando o conceito de sustentabilidade, qualicando suas potencialidades e as vulnerabilidades do Brasil no quadro internacional (BEZERRA et al, 2002).

    Dentro das estratgias para gesto dos recursos naturais estabelecidas na Agenda 21 brasileira, est o estabelecimento de normas e regulamentao para o uso harmnico da energia e promoo de sistemas alternativos de gerao energtica, transferindo ao consumidor orientaes e escolhas feitas nos planos tcnicos e cientcos. Essas normas so de responsabilidade dos gestores governamentais, atravs da

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    criao de leis para promover o investimento de capitais privados em usinas alternativas, mediante mecanismos econmico-nanceiros com incentivos scais e/ou econmicos e dar condies para a disseminao dessas tecnologias, suas vantagens, custos, facilidades e diculdades, na atualidade.

    3.4 O Protocolo de Kyoto

    O Protocolo de Kyoto foi um tratado resultante de uma srie de eventos e que culminou com a Conveno-Quadro das Naes Unidas sobre a Mudana Climtica (UNFCCC) na ECO-92 no Rio de Janeiro (ESTADO, 2007).

    baseado em um tratado internacional no qual as naes signatrias assumem compromissos mais rgidos com o objetivo de reduzir a emisso dos gases que provocam o efeito estufa como dixido de carbono, enxofre etc.

    Esses gases so considerados, de acordo com a maioria das investigaes cientcas, como causa do aquecimento global. Em 1997 esse documento foi discutido e negociado em Kyoto no Japo. Foi aberto para assinaturas em 16 de maro de 1998 com raticao em 15 de maro de 1999. Entrou em vigor ocialmente em 16 de fevereiro de 2005.

    No tratado do Protocolo de Kyoto, um calendrio proposto pelo qual os pases desenvolvidos tm a obrigao de reduzir a quantidade de gases poluentes em, pelo menos, 5,2% at 2012. Todos os pases signatrios teriam que colocar em prtica planos para reduzir a emisso desses gases entre 2008 e 2012.

    A ideia de que a reduo das emisses de gases ocorra em diversas atividades econmicas e que os pases participantes estejam abertos a cooperarem entre si. Entre essas atividades podemos citar:

    melhoria dos setores de energia e transportes, respeitando a sustentabilidade;

    estmulo para o uso de fontes de energia renovveis;

    priorizao dos mecanismos nanceiros e de mercado que estejam de acordo com os objetivos da conveno;

    gerenciamento de resduos e controle das emisses de metano;

    poltica agressiva de proteo de orestas e sumidouros de carbono.

    Se implementado com sucesso, o Protocolo de Kyoto poderia reduzir a temperatura global entre 1,4C e 5,8C at 2100. Contudo, existe uma discusso dentro da comunidade cientica na qual se arma que a meta de reduo de 5.2% em relao a 1990 no suciente para eliminar o aquecimento global.

    3.4.1 O Protocolo de Kyoto e os Estados Unidos

    Uma polmica foi gerada em torno da no raticao do Protocolo pelos Estados Unidos. A justicativa, segundo o presidente George W. Bush era de que os compromissos com as metas do protocolo comprometeriam de forma negativa a economia do pas.

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    Outro fator levado em considerao, foi o questionamento por parte da Casa Branca sobre o consenso cientco de que os poluentes causassem ou no a elevao da temperatura global.

    Por outro lago, alguns municpios e estados nos EUA, a exemplo do estado da Califrnia, comearam a pesquisar maneiras para reduzir a emisso de gases txicos, mesmo sem a assinatura dos Estados Unidos no protocolo, tentando tambm no diminuir sua margem de lucro com essa atitude e promover a sustentabilidade.

    3.4.2 Sumidouros de carbono

    Em Julho de 2001, na Alemanha, o Protocolo de Kyoto foi referendado ao se abrandar o cumprimento das metas previstas no passado com a criao de sumidouros de carbono.

    A ideia que essa proposta possibilitaria que os pases que possuem grandes reas orestadas, as quais absorvem naturalmente o dixido de carbono, usassem essas reas como crdito em troca do controle de suas emisses de gases.

    Outra vertente da proposta a de que os pases desenvolvidos e mais industrializados, maiores emissores de CO2 e de outros poluentes, poderiam transferir parte de suas indstrias mais poluentes para pases onde o nvel de emisso baixo ou investir nesses pases.

    Contudo preciso realizar estudos criteriosos sobre a quantidade de carbono que uma oresta capaz de absorver para evitar super ou subvalorizao de valores pagos por meio dos crditos de carbono.

    Aps a Conferncia de Johannesburg, essa proposta tornou-se inconsistente em relao aos objetivos do tratado, a poltica deve ser deixar de poluir, e no poluir onde h orestas, pois o saldo, desta forma, continuaria negativo para com o planeta.

    Existem tambm os cticos com relao ao Protocolo de Kyoto que acreditam que se trata de letra morta, visto que a maioria das naes signatrias no vai conseguir cumprir as metas de reduo de poluentes, alm da no raticao de pases grandes poluidores como os Estados Unidos. A comunidade europeia, uma das grandes defensoras do Protocolo, no conseguiu ainda cumprir as metas.

    3.4.3 Sequestro de carbono

    Alguns pases que no raticaram o Protocolo de Kyoto, entre eles os Estados Unidos e a Austrlia, tm uma poltica de sequestro de carbono. Trata-se de estocar o excesso de carbono, por prazo indeterminado, na biosfera, no subsolo e nos oceanos.

    Algumas das medidas citadas a seguir so utilizadas para o sequestro de carbono:

    usar repositrios subterrneos para sequestrar carbono;

    estocar a biomassa criada no solo e remover o dixido de carbono com a vegetao, melhorando o ciclo terrestre natural;

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    dissoluo de dixido de carbono pela fertilizao de toplncton e colocando dixido de carbono a mais de 1000 metros de profundidade;

    sequenciar o genoma de micro-organismos para o gerenciamento do ciclo de carbono;

    enviar milhares de minissatlites (espelhos) para reetir parte da luz solar, em mdia 200.000 minissatlites, reduziriam 1% do aquecimento.

    Esse plano est em andamento e mostra a preocupao dos que se dizem cticos em ajudar a remover uma das causas (embora a considerem insignicante) do aquecimento global.

    3.4.4 Resultado do Protocolo de Kyoto

    Na tabela abaixo so apresentados alguns dos resultados das diferenas de emisses de CFC, um dos principais poluidores, segundo a ONU.

    Tabela 2 Resultados das emisses de alguns pases em relao ao protocolo de Kyoto:

    Pas Diferena entre as emisses de CFC (1990-2004)

    Objetivo a Unio Europeia para 2012

    Obrigao do tratado 2008-2012

    Alemanha -17% -21% -8%

    Canad +27% No assinado -6%

    Espanha +49% +15% -8%

    Estados Unidos +16% No assinado No assinado

    Frana -0.8% 0% -8%

    Grcia +27% +25% -8%

    Irlanda +23% +13% -8%

    Japo +6.5% No assinado -6%

    Reino Unido -14% -12.5% -8%

    Portugal +41% +27% -8%

    Outros 15 pases da UE -0.8% No assinado -8%

    3.4.5 Mecanismos de exibilizao

    Pelo Protocolo de Kyoto, alguns mecanismos de flexibilizao formam arranjos regulamentados que facilitam que as partes (pases) includas no Anexo B possam atingir limites e metas de reduo de emisses de gases do efeito estufa (GEE). Esses instrumentos tambm tm o propsito de incentivar os pases emergentes a alcanar um modelo de desenvolvimento sustentvel.

    So trs os mecanismos de exibilizao:

    O comrcio de emisses que realizado entre pases listados no Anexo B, de maneira que um pas, que tenha diminudo suas emisses abaixo de sua meta transra o excesso de suas redues para outro pas que no tenha alcanado tal condio.

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    O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) realizado em pases que no tm metas de reduo de emisses de GEE.

    A Implementao Conjunta (IC) que a implantao de projetos de reduo de emisso de GEE entre pases que apresentam metas a cumprir (pases do Anexo I).

    Observao

    Desses mecanismos, apenas o MDL se aplica ao Brasil.

    3.4.6 Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL)

    O MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo), um dos mecanismos de exibilizao criados pelo Protocolo de Kyoto, tem por objetivo auxiliar o processo de reduo de emisso de gases do efeito estufa (GEE) ou de captura de carbono (ou sequestro de carbono) por parte dos pases do Anexo I (ROCHA, 2003).

    Seu propsito prestar assistncia s partes no presentes no Anexo I da Conveno-Quadro das Naes Unidas sobre Mudana do Clima (CQNUMC, ou, com a sigla em ingls, UNFCCC) para que viabilizem o desenvolvimento sustentvel por meio da implementao da respectiva atividade de projeto e contribuam para o objetivo nal da Conveno e, por outro lado, prestar assistncia s partes do Anexo1 para que cumpram seus compromissos quanticados de limitao e reduo de emisses de gases do efeito estufa (ROCHA, 2003).

    Os pases em desenvolvimento podem implementar projetos de reduo ou captura de emisso de gases causadores do efeito estufa, obtendo os Certicados de Emisses Reduzidas (CERs). Emitidos pelo Conselho Executivo do MDL, esses certicados podem ser negociados no mercado global. Como os pases industrializados possuem cotas de reduo de emisso de gases causadores do efeito estufa, estes podem adquirir os CERs de desenvolvedores de projetos em pases em desenvolvimento para auxiliar no cumprimento de suas metas (ROCHA, 2003; DENARDI, 2010.)

    Assim o MDL visa ao alcance do desenvolvimento sustentvel em pases em desenvolvimento (pas antrio), a partir da implantao de tecnologias mais limpas nesses pases, e a contribuio para que os pases do Anexo I cumpram suas redues de emisso (SOUSA, 2003).

    Com essa proposta, os projetos de MDL podem ser baseados em fontes renovveis e alternativas de energia, ecincia e conservao de energia ou reorestamento. Porm, para aprovao de projetos no mbito do MDL, existem regras claras e rgidas. Esses projetos devem utilizar metodologias aprovadas, ser validados e vericados por Entidades Operacionais Designadas (EODs), e devem ser aprovados e registrados pelo Conselho Executivo do MDL. E ainda, os projetos devem ser aprovados pelo governo do pas antrio pela Autoridade Nacional Designada (AND), assim como pelo governo do pas que comprar os CERs. A Comisso Interministerial de Mudana Global do Clima, estabelecida em 1999, atua como AND no Brasil.

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    3.4.6.1 Categorias de projetos MDL

    Foram enumerados pelo Conselho Executivo (CE) do MDL os seguintes setores nos quais projetos MDL podem ser desenvolvidos, com base no Anexo A do Protocolo de Kyoto.

    importante destacar que uma atividade de projeto MDL pode estar relacionada a mais de um setor.

    Os projetos MDL devem ser desenvolvidos a partir das seguintes etapa.

    Concepo do projeto (preparo da nota de ideia do projeto)

    Concepo do documento de comcepo do projeto (DCP)

    Obteno da aprovao do pas antrio

    Validao

    Registro

    Implementao do projeto

    Monitoramento

    Vericao e certicao

    Emisso dos CERs

    Figura 8 - Etapas para a concepo de um projeto para MDL

    3.4.7 Pases pertencentes ao Anexo I do Protocolo de Kyoto

    So os pases que tm metas em relao ao Protocolo de Kyoto

    Esto divididos em dois subgrupos:

    (1) aqueles pases que necessitam diminuir suas emisses e, portanto, podem tornar-se compradores de crditos provenientes do MDL, como a Alemanha, Japo, Holanda; e

    (2) os pases que esto em transio econmica e por isso podem ser antries de projetos do tipo Implementao Conjunta (que outro mecanismo do Protocolo de Kyoto), como a Ucrnia, Rssia, Romnia etc. (DENARDI, 2010).

    3.5 Calor e o Protocolo de Kyoto

    O protocolo de Kyoto apresenta uma peculiaridade interessante: ele no exige a mesma meta de todas as naes que assinaram o protocolo. Os pases desenvolvidos esto obrigados a perseguir um corte de

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    5% das emisses de dixido de carbono. J os pases em desenvolvimento (Brasil e ndia, por exemplo) tm que diminuir as emisses quanto for possvel mas sem limites preestabelecidos. As empresas de pases industrializados esto autorizadas a nanciar o desenvolvimento limpo em pases de terceiro mundo.

    Existem vrias reas e projetos dos pases de terceiro mundo que podem ser investidos. Em mdia, cada 6 dlares investidos nesses projetos permitem empresa produzir 1 tonelada a mais de dixido de carbono. Isso pode gerar grandes negcios para as empresas brasileiras, que no iro mais encarar os projetos ambientalistas como uma obrigao que s gera prejuzo.

    Mesmo fora do Protocolo de Kyoto, muitas empresas nos Estados Unidos esto preocupadas com o perigo que representa o aquecimento global e, dessa forma, j adotam medidas para reduzir suas emisses de dixido de carbono ou a de seus produtos.

    Alguns exemplos de empresas so mencionados a seguir:

    a General Motors, investiu milhes de dlares no desenvolvimento de veculos movidos a hidrognio;

    a General Eletric, por exemplo, conta com uma diviso de energia elica;

    a American Electric Power, a maior distribuidora de eletricidade do pas, decidiu adotar as normas do tratado e comprometeu-se a reduzir suas emisses de dixido de carbono em 10% at 2006;

    desaando a posio da Casa Branca, o governo do estado de Massachusetts anunciou um plano de diminuir suas emisses em 10% at 2020.

    Na Unio Europeia, que a maior defensora do Protocolo, seus pases estabelecem cotas de reduo de emisses ainda mais ambiciosas do que as denidas pelo acordo:

    a Inglaterra acredita em um ndice de reduo de 60% at 2050;

    a Alemanha quer reduzir suas emisses em 21% at 2012 contando com o fechamento de indstrias altamente poluentes que ainda restam da antiga parte oriental do pas.

    Apesar da mobilizao mundial em torno do controle do dixido de carbono, grande a comunidade de cientistas que no acredita na causa. Eles se dividem em dois grupos:

    O que considera que o aquecimento global simplesmente no constitui ameaa alguma, sendo apenas mais uma das alteraes que ocorrem no clima do planeta de tempos em tempos e que o dixido de carbono possivelmente tem pouca inuncia no fenmeno. E mais: caso o aquecimento venha no futuro a alterar substancialmente o clima e a vida na Terra, a humanidade j dispor de tecnologia adequada para anular seus efeitos.

    Citao:Estou convencido de que nossos netos tero ferramentas para escolher o clima que desejarem, (Robert Balling Jr., da Universidade do Arizona, The satanic gases)

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    O segundo grupo de cientistas despreza o Protocolo de Kyoto pois acha que seus resultados, mesmo a longo prazo, sero nmos e que os recursos utilizados para reduzir as emisses de dixido de carbono algo entre 150 bilhes e 350 bilhes de dlares por ano seriam muito mais bem empregados no combate a males do mundo moderno, como a pobreza, a fome e as epidemias.

    No momento, as vozes que se levantam contra o tratado, tm sido abafadas pelas evidncias cientcas de que preciso fazer algo pelo planeta antes que seja tarde demais.

    Lembrete

    Apesar da mobilizao mundial em torno do controle do dixido de carbono, grande a comunidade de cientistas que no acredita na causa por falta de comprovao cientca segundo seus padres prprios.

    3.6 O funcionamento do mercado de carbono

    Segundo Rocha, sobre o mercado de carbono:

    Os instrumentos de crdito e/ou permisso j so utilizados em outros pases com relativo sucesso h vrios anos. A ideia bsica de que a reduo, estabilizao e/ou eliminao de um determinado poluente pode ser alcanada atravs da comercializao de crditos de reduo e/ou permisses de emisso entre as empresas poluidoras. Este comrcio faz com que as empresas tenham maior exibilidade no cumprimento das metas ambientais estabelecidas pela legislao vigente. Outra vantagem que, com a sua utilizao, o poder pblico ca apenas encarregado de denir os objetivos ambientais a serem alcanados, monitorar e penalizar infratores; enquanto que a escolha dos melhores meios para se atingir os objetivos ca a cargo das prprias empresas, que iro sempre buscar a melhor relao custo/benefcio. (ROCHA, 2002)

    1. Est prevista no Protocolo de Kyoto a possibilidade de empresas de pases industrializados compensarem a poluio que produzem nanciando projetos ambientais no terceiro mundo (GODOY, 2007).

    2. Em troca do investimento em um projeto limpo, como a ampliao de uma reserva orestal, ela recebe crditos que permitem aumentar suas emisses de dixido de carbono sem contribuir para que seu pas estoure o limite estabelecido pelo Protocolo de Kyoto (GODOY, 2007).

    3. Para serem negociados, os projetos tm que ter o aval da ONU.

    4. US$ 6 por tonelada de dixido de carbono o preo de mercado.

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    3.7 Possveis consequncias do aquecimento global

    Estima-se que o aquecimento global, associado ao humana, poderia provocar mudanas catastrcas no clima. Entre elas:

    Consequncias do aquecimento global

    Ficar mais difcil prever quando e onde ocorrero os furaces e eles devem se tornar mais violentos e devastadores.

    O derretimento das geleiras representa uma ameaa para as focas que se reproduzem no gelo, e para os ursos polares que se alimentam das focas.

    Formao de novos desertos em regies hoje frteis como o que ocorreu na frica em mudanas climticas anteriores.

    Cidades litorneas seriam inundadas pela elevao do nvel dos oceanos (previso de 90 cm at o m deste sculo) devido ao derretimento das geleiras dos polos.

    Extino dos plnctons, base de cadeia alimentar dos oceanos com reexos negativos em praticamente todas as espcies subaquticas

    Figura 9 Consequncias do aquecimento global

    Saiba mais

    Um lme que pode propiciar uma inter-relao com os contedos da unidade sobre aquecimento global sugerido:

    Uma verdade inconveniente. Dir. Davis Guggenheim. Ator: Al Gore. 100 minutos. 2006.

    3.8 Consequncias do aumento das temperaturas

    Com a elevao da temperatura, acredita-se que o funcionamento das correntes ocenicas ser alterado, elas contribuem para o clima e distribuio de calor dos trpicos pelo planeta impulsionando ou no a formao de gelo nos polos. Um temor, segundo a comunidade cientca, que de o aquecimento global possa desligar esse grande trocador de calor global.

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    A seguir, so apresentadas algumas das consequncias das mudanas climticas em diversos continentes:

    Quadro 1 Consequncias das mudanas climticas segundo o Greenpeace (2005)

    Local Mudanas climticas

    Amrica Latina Diminuio das geleiras na Amrica Latina;

    maior frequncia de secas e enchentes;

    crescimento do risco para a vida e para os ecossistemas, alm de prejuzos causados por fortes chuvas, enchentes, tempestades e ventos, com a maior intensidade de ciclones tropicais;

    comprometimento da segurana alimentar para muitos pases latino-americanos, ameaando a cultura de subsistncia em algumas regies;

    aumento na incidncia de doenas como a malria, febre amarela e clera pode ocorrer j que se trata de uma regio quente;

    aumento da perda da biodiversidade com o desaparecimento de recursos de ecossistemas.

    Amrica do Norte Ecossistemas em risco;

    em reas costeiras, aumento da eroso, enchentes e tempestades, particularmente na Flrida e na costa americana do Atlntico, provocado pela elevao do nvel do mar;

    a malria e a febre amarela, e outras doenas transmitidas por vetores, podem expandir sua rea de ocorrncia na Amrica do Norte.

    Austrlia e Nova Zelndia

    Incndios e secas se tornaro ainda mais comuns e a gua ser um assunto chave, sendo mais valorizada em regies do pas que sofrem com a seca;

    maior intensidade de chuvas e ciclones tropicais e mudanas regionais especcas na frequncia de ciclones, aumentando os riscos para a vida e para os ecossistemas;

    muito mais espcies ameaadas ou extintas, assim como os ecossistemas australianos, particularmente vulnerveis ao aquecimento global, incluindo recifes de corais, habitats ridos e semiridos no sudoeste e interior da Austrlia, alm de regies montanhosas.

    frica Sensvel queda na produo de gros e consequente reduo na segurana alimentar ameaaro ainda mais populaes africanas, j carentes de desenvolvimento sustentvel;

    considervel aumento do nmero de transmissores de doenas infecciosas, com prejuzo ainda maior sade da populao, em uma regio que j enfrenta os efeitos da AIDS e da desnutrio;

    aumento de secas, enchentes e outros fenmenos naturais acentuando a presso sob os recursos hdricos, segurana alimentar, sade e infraestrutura, restringindo o desenvolvimento da frica;

    destruio de ecossistemas vitais, com o desaparecimento de uma das mais ricas biodiversidades do mundo. Em consequncia, vrias espcies de plantas e de animais podem desaparecer, com impacto no modo de vida rural, no turismo e nos recursos genticos.

    Europa At o nal do sculo 21 podero desaparecer metade das geleiras montanhosas e grandes reas congeladas;

    com o aumento nos padres de chuva, podero estar em risco grandes reas da Europa. O risco de enchentes e eroso em reas costeiras tambm deve aumentar, com implicaes para o turismo, agricultura e habitats naturais de zonas costeiras;

    podero ocorrer perdas de importantes habitats (regies midas, plancies de regies rticas e habitats isolados) colocando em risco algumas espcies.

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    sia Em diversas reas temperadas e tropicais da sia, podemos dizer que aumentou a incidncia de fenmenos naturais como enchentes, secas, incndios orestais e ciclones tropicais;

    Essa incidncia de fenmenos naturais pode comprometer a segurana alimentar em muitos pases da sia, reduzindo a produtividade agrcola;

    um fato alarmante ser a maior exposio aos vetores de doenas infecciosas, aumentando os riscos para a sade da populao devido a enchentes por exemplo;

    as grandes cidades ao longo da costa dos oceanos Pacco e ndico, sero ameaadas pela elevao no nvel do mar;

    o aquecimento global resultar na extino de muitas espcies de mamferos e pssaros. A segurana ecolgica estar em risco com a elevao do nvel do mar, incluindo manguezais e recifes de corais.

    3.9 A Rio+10

    Conhecida como Rio+10 ou Cpula da Terra II, foi realizada em 2002 pela ONU, em Johannesburg, na frica do Sul, a Cpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentvel.

    Um dos principais objetivos dessa conferncia foi discutir os avanos alcanados pela Agenda 21 e os outros acordos rmados na Cpula de 1992, na ECO-92.

    A partir dessa cpula, surgiram dois documentos, o Plano de Implementao e a Declarao de Johannesburg.

    A Declarao de Johannesburg arma e relembra compromissos rmados entre os pases em 37 pargrafos e elenca desaos que foram e so enfrentados pelas diversas naes representadas, rearmando o compromisso com o desenvolvimento sustentvel.

    Enquanto em alguns pontos o plano parece ter atendido s expectativas, ou pelo menos, dado uma luz questo, em outros ele foi, no mnimo, vago ao no estipular prazos e metas. Sendo assim, a Cpula de Johannesburg e o Plano de Aes no agradou a todos, principalmente s ONGs ambientais que participaram do evento.

    O Plano de Aes da Cpula de Johannesburg rmou o compromisso de restaurar os estoques de peixes nos mares at 2015, mas o texto fala que essa restaurao ser feita onde possvel, o que diculta o monitoramento e a cobrana desse compromisso assumido.

    De forma geral, na conveno de Johannesburg, temas como energia renovvel ainda tiveram um espao aberto, fundamental para futuras negociaes.

    Johannesburg foi o centro das atenes mundiais para as questes ambientais durante os 10 dias do evento (26 de agosto a 4 de setembro de 2002), no qual foram revigoradas as esperanas de um mundo melhor, com respeito aos direitos humanos bsicos, proteo ao meio ambiente utilizao equilibrada dos recursos naturais.

    Entretanto, nessa grande conferncia das Naes Unidas, provavelmente uma das ltimas do ciclo iniciado em Estocolmo h 30 anos e que teve seu ponto mximo no Rio de Janeiro, em 1992, as

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    expectativas de que isso viesse a acontecer foram, em parte, frustradas pelos poucos resultados prticos alcanados em Johannesburg.

    Muitos pases, entre os mais de 150 participantes, apresentaram propostas concretas sobre como colocar em prtica as diretrizes da Eco-92 que ainda no saram do papel, principalmente as questes ligadas Agenda 21.

    Mais uma vez, os vrios blocos de pases defenderam de forma intransigente seus interesses, como o Juscanz (Japo, Estados Unidos, Canad, Austrlia e Nova Zelndia), que sob a liderana dos norte-americanos, e com o apoio incondicional dos pases rabes, grandes produtores de petrleo, boicotaram, entre outras, as propostas do Brasil e da Unio Europeia sobre energia.

    Como previsto, a energia foi tratada como tema cone da Cpula Mundial para o Desenvolvimento Sustentvel. Na batalha pelas energias renovveis, contudo, nem mesmo a aproximao com a Unio Europeia conseguiu viabilizar a audaciosa e bem recebida proposta brasileira de substituio das matrizes energticas poluidoras por fontes renovveis de energia em 10% at 2010.

    O Brasil, antes da conferncia, alinhavou metas e prazos para as fontes renovveis de energia juntamente com os demais pases da Amrica Latina e do Caribe. Em Johannesburg, o pas apresentou a sua proposta de metas para os chamados novos renovveis, ou seja, fontes mais limpas de energia que incluem a energia solar, a elica, a geotermal, a das pequenas hidreltricas e a da biomassa.

    O que se viu que desde o incio da discusso dos temas, a batalha foi grande no grupo G-77/China (77 naes mais a China so participantes). Apesar da resistncia, o Brasil se manteve rme na defesa do estabelecimento de uma meta global que aumentasse em 10% a participao das energias renovveis at o ano de 2010. Isso possibilitaria a mitigao dos efeitos causadores das mudanas climticas e poluio atmosfrica, por meio da substituio gradual dos combustveis fsseis. As negociaes em Johannesburg foram longas e difceis. Para se compreender melhor o clima de pessimismo e diculdades enfrentadas, preciso que se entenda o processo no qual se desenvolveram as duas megaconferncias da ONU, a Rio-92 e a Rio+10. necessrio examinar a conjuntura geopoltica e mundial em que se deu cada um dos encontros.

    O encontro Rio-92 ocorreu em um clima que favorecia a cooperao internacional, apenas trs anos depois da queda do Muro de Berlim e do m da Guerra Fria, quando a ideia da cooperao predominava sobre a lgica do conito. J a Conferncia Rio+10 transcorreu em um cenrio oposto, com um mundo marcado cada vez mais pelo conito e pela desigualdade social crescente, tanto nos pases ricos quanto nos pases em desenvolvimento, o que minou sobremaneira o resultado nal do encontro entre as naes.

    Tentar comparar as conferncias da Rio-92 e da Rio+10 em termos de resultado um erro, j que os dois eventos se propunham a alcanar objetivos distintos. Enquanto a Rio-92 se pautou na obteno de um consenso em torno da questo ambiental, o que foi obtido principalmente pela elaborao da Agenda 21, a pauta da Rio+10 era mais modesta, dispondo-se apenas a avaliar os avanos da Agenda 21 nesses dez anos e criar mecanismos que facilitassem medidas efetivas para a sua implementao.

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    Segundo Villa Jr. (2010), a declarao de poltica de 2002, da Cpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentvel, realizada em Johannesburg, afirma que o desenvolvimento sustentvel construdo sobre trs pilares interdependentes e mutuamente sustentadores desenvolvimento econmico, desenvolvimento social e proteo ambiental. Esse paradigma reconhece a complexidade e o interrelacionamento de questes crticas como pobreza, desperdcio, degradao ambiental, decadncia urbana, crescimento populacional, igualdade de gneros, sade, conflito e violncia aos direitos humanos. O Projeto de Implementao Internacional (PII) apresenta quatro elementos principais do desenvolvimento sustentvel sociedade, ambiente, economia e cultura.

    A sociedade: uma compreenso das instituies sociais e seu papel na transformao e no desenvolvimento.

    O ambiente: a necessidade de conscientizao da fragilidade do ambiente fsico e os efeitos sobre a atividade humana e as decises.

    A economia: desenvolvimento da sensibilidade aos limites e ao potencial do crescimento econmico e seu impacto na sociedade e no ambiente, com o compromisso de reavaliar os nveis de consumo pessoais e da sociedade.

    A cultura: fator geralmente omitido como parte do DS (desenvolvimento sustentvel). Entretanto, valores, diversidade, conhecimento, lnguas e vises de mundo associados cultura formam um dos pilares do DS e uma das bases da EDS (educao para o desenvolvimento sustentvel).

    4 DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO

    Para que, daqui a 40 anos tenhamos o planeta Terra em pleno desenvolvimento sustentado ou desenvolvimento sustentvel, devemos dar j incio s tentativas de uso de novas tecnologias e de mudanas de mentalidade. Sem o que, a degradao ambiental colocar o planeta num rumo sem retorno, tornando, de tal modo, de m qualidade a gua e o ar,que a raa humana, com a sade cada vez mais combalida, por esse motivo, comear a ser dizimada irremediavelmente. (PORTUGAL, 1991)

    Vrias trilhas paralelas a serem vencidas simultaneamente compem os caminhos a serem percorridos.

    Novas concepes de fontes de energia e de economia de energia devero ser adotadas.

    Baseadas nos combustveis fsseis, as atuais fontes de energia, devero ser paulatinamente abandonadas e devero ser fortemente incentivadas as pesquisas de fontes de energia no poluentes como a elica, a solar e base de hidrognio como combustvel. O petrleo dever ser aproveitado para ns mais nobres na petroqumica.

    Visando economizar energia na iluminao, na calefao, na refrigerao ou na ventilao pura e simples, a arquitetura dever ser condizente com o clima.

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    Dever ser realizado o reorestamento das grandes reas desmatadas, utilizando-se, para isso, as mesmas espcies vegetais que existiam, a m de estancar as deserticaes que hoje proliferam em diversos pontos do planeta.

    Devero ser gradativamente, e no menor tempo, substitudos os clorouorcarbonos, hoje indispensveis a muitos setores industriais, porm inimigos mortais da camada de oznio da atmosfera, pelos hidroclorouorcarbonos ou outros produtos que no afetem mais o oznio. Mas que por serem nocivos aos materiais com que fazem contato, demandaro profundas pesquisas de novos materiais resistentes a eles (PORTUGAL, 2001).

    Por sua vez, as indstrias de transformao devero buscar tecnologias que reduzam a gerao de resduos e ou promovera reciclagem desses resduos.

    A busca pelos biodegradveis dever ser constante, e a reciclagem de papis, vidros e plsticos usados ser imprescindvel, bem como, a compostagem de lixos orgnicos.

    O consumo da carne bovina dever ser um alimento em extino, ou restrito, haja vista a destruio que se faz das orestas para dar lugar s pastagens, bem como a utilizao de gros na alimentao do gado que, pelo seu valor proteico, devero alimentar diretamente o homem; a menos que se integre a alimentao do gado com as culturas agrcolas.

    Devero ser incentivados os transportes coletivos de massa, sendo sua energia propulsora baseada, de preferncia, em energticos no poluentes; a bicicleta dever ser amplamente usada.

    Igualmente, os transportes de cargas tero que ser feitos aproveitando-se ao mximo as possibilidades de navegao por rios e mares e, sempre que possvel, combinados com ferrovia e, ainda buscando-se, a as oportunidades de realizao de fretes de retorno.

    Ser indispensvel o controle populacional do planeta para que haja alimentos para todos e tambm para que se possa ter um controle sobre as infraestruturas que estejam suportando ou viro a suportar as necessidades do contingente populacional, evitando, inclusive, a necessidade de crescimento dessas infraestruturas.

    Devero ser amplamente popularizadas as fazendas de peixes e crustceos para auxiliarem na alimentao.

    Para que no haja desperdcios e no se afete o meio ambiente pelo mau uso de desmatamentos e defensivos agrcolas, as reformas agrrias devero contar com tecnologia e infraestrutura adequada.

    Todos os defensivos agrcolas, baseados em formulaes qumicas, devero dar lugar, no menor tempo, queles baseados em predadores naturais.

    A racional utilizao dos recursos da informtica dever possibilitar, para muitos tipos de trabalho, o

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    mnimo deslocamento do empregado, ensejando a realizao de tarefas em suas prprias casas.Enm, nesses curtos quarenta anos que a vm, uma profunda mudana comportamental ter

    que acontecer; ser um verdadeiro caminhar na corda bamba que no admitir disperso de esforos e planejamentos imperfeitos; mas as aes no podero ser tomadas em pontos isolados do planeta. As naes onde mais abundam tecnologias e poder econmico tero que instaurar atitudes internacionais de emergncia para ajudar aos pases carentes, sem se descuidarem de si prprios. A cooperao, a cesso de tecnologias e recursos dever ser, nesse mister, sem fronteiras, pois, anal, na nave Terra, todos so passageiros. No Brasil, a forte articulao dos diversos setores envolvidos com os temas mencionados, deve ser empreendida a m de que se saiba, com certeza, os caminhos a percorrer e os recursos a serem buscados (PORTUGAL, 1991).

    Observao

    Uma profunda mudana comportamental necessria para que tenhamos os benefcios de um desenvolvimento sustentado.

    Algumas aes importantes para o desenvolvimento sustentvel:

    Estabilizar a populao mundial

    Dever crescer 50% at 2050:

    6,1 bilhes para 9,3 bilhes,sendo 3,2 bilhes nos pases pobres.

    Figura 10 Densidade populacional, dados de 1995

    Melhorar a educao

    Com a melhoria do nvel educacional, reduz-se o crescimento populacional (experincia da ONU), possibilitando a adoo de medidas de longo prazo que, muitas vezes, impem sacrifcios de curto

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    prazo.Tecnologias mais ecientes

    Tecnologias industriais mais limpas:

    A gerao dos resduos industriais reduzida pela utilizao mais eciente das matrias-primas e da energia, com minimizao, reaproveitamento e reciclagem dos resduos.

    O setor de construo em todo o mundo, segundo algumas estimativas conservadoras, poderia promover a reduo da emisso de 1,8 bilhes de toneladas de CO2.

    Com uma poltica mais agressiva poder-se-ia promover a reduo de mais de 2 bilhes de toneladas.

    Adotar novo indicador de desenvolvimento

    O esgotamento e a degradao dos recursos naturais e do meio ambiente no so adequadamente reetidos pelo PIB.

    ndice de Desenvolvimento Humano IDH (PNUD): associa fatores como expectativa de vida, grau de alfabetizao e mortalidade infantil ao PIB, para evitar erro com a anlise isolada do PIB.

    Figura 11 ndice de desenvolvimento humano

    Reformar o sistema tributrio

    Adequar as taxaes de impostos a objetivos pontuais: taxar mais o que se quer reduzir (poluio e uso de recursos naturais escassos) e menos o que se quer aumentar (emprego e renda).

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    Signica colocar a economia a favor do desenvolvimento sustentvel.A Noruega, por exemplo, em 1994, aumentou a taxa sobre a emisso de CO2 fssil e reduziu a taxa

    sobre o emprego.

    Outros pases como a Espanha (95), Dinamarca, Reino Unido e Finlndia (96), Alemanha e Itlia (99), e a Frana (2000) tambm reduziram as taxas sobre empregos e criaram taxas sobre emisses de CO2, venda de combustveis, pesticidas, solventes clorados, baterias, aterros de lixo, e poluio do ar e das guas.

    A humanidade precisa fazer a transio para uma economia sustentvel que respeite os limites fsicos inerentes ao ecossistema mundial e garanta que continue funcionando no futuro (DALY, 2005).

    Entre os desaos citados para a implementao do desenvolvimento sustentvel, temos a adoo de um novo indicador ou ndice de desenvolvimento humano que engloba mais parmetros interessantes.

    Saiba mais

    Uma discusso interessante sobre os indicadores de desenvolvimento, especicamente sobre o PIB e suas modicaes pode ser encontrada em reportagem publicada no jornal O Estado de S. Paulo. Por Andrea Vialli:

    VIALLI, Andrea. Um novo PIB em gestao. O Estado de So Paulo. 15 de Maio de 2009.

    Resumo

    Nesta unidade foram estudadas as principais conferncias realizadas para se discutir o desenvolvimento sustentvel numa escola mundial para se propor solues aos problemas discutidos. Entre elas esto a Rio 92, a Agenda 21 e o Protocolo de Kyoto.

    Estudamos a economia e a questo do carbono, a produo limpa e as consequncias do aquecimento global em diversos continentes.

    Uma discusso sobre o desenvolvimento sustentado e principais aes que devem ser tomadas tambm foi realizada.

    Ao nal desta unidade, o aluno deve ser capaz de explicar e entender o que ocorreu durante as principais conferncias realizadas para se promover o desenvolvimento sustentvel, bem como propor solues a diversos

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    problemas enfrentados para se obter um desenvolvimento sustentado.

    Exerccios

    Questo 1. (ENADE 2008)

    Laerte. Brasil. Almanaque de cultura popular. Ano 10, jul. 2008, no 111, p. 34 (com adaptaes).

    Paralelamente mensagem jocosa, existe, na charge acima, outra mensagem subjacente, que remete ao fenmeno conhecido como:

    A) Efeito estufa, observado a partir da Revoluo Industrial, o qual corresponde ao aumento da temperatura global da Terra.

    B) Aquecimento global, que pode causar secas, inundaes, furaces, deserticao e elevao dos nveis dos oceanos.

    C) Escurecimento global, que causado pela presena, na atmosfera, de material particulado oriundo da poluio.

    D) Mudana sazonal no trajeto das correntes marinhas, que altera o ciclo migratrio dos pinguins.

    E) Aumento do buraco na camada de oznio, causado pela presena, na estratosfera, de gases utilizados em sistemas de refrigerao.

    Resposta correta: alternativa B

    Anlise das alternativas:

    A) Alternativa incorreta.

    Justicativa: est expressa na gura a ideia do degelo ocorrido nos polos, decorrente do processo de aquecimento global associado ao agravamento do efeito estufa. No entanto, errado armar que tenha se originado a partir da Revoluo Industrial, uma vez que o efeito estufa um fenmeno atmosfrico natural existente h milhares de anos. O que se pode corretamente associar Revoluo Industrial o agravamento desse fenmeno, em virtude da liberao excessiva na atmosfera de gs carbnico por parte de atividades humanas modernas.

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    B) Alternativa correta.

    Justicativa: a ilustrao mostra um contexto de degelo ocorrido nos polos, onde sobreviveram apenas os pinguins que se encontram dentro de uma geladeira. A ocorrncia deste degelo tem sido atribuda ao aquecimento global, fenmeno agravado por atividades humanas que culminam na liberao excessiva de gs carbnico e outros gases na atmosfera. Secas, inundaes, furaces, deserticao e elevao dos nveis dos oceanos so algumas das possveis consequncias associadas ao aquecimento global.

    C) Alternativa incorreta.

    Justicativa: de fato, a poluio promovida pelas indstrias e veculos um fenmeno que tem contribudo em muito para a liberao de material particulado na atmosfera. No entanto, essas partculas em suspenso no ar no tm relao alguma com o aquecimento global, uma vez que a reteno do calor na superfcie do planeta realizada por gases, os chamados gases de efeito estufa, dentre os quais se destaca o gs carbnico.

    D) Alternativa incorreta.

    Justicativa: esto explcitos na gravura a ocorrncia do degelo e o alvio do pinguim por ter adquirido uma geladeira, que ir garantir sua sobrevivncia durante o degelo. Portanto, o que se est representando na gura no a migrao dessas aves, e sim a sobrevivncia (ou no) a um ambiente que se tornou hostil graas s mudanas climticas.

    E) Alternativa incorreta.

    Justicativa: a camada de oznio um ltro terrestre contra o excesso de radiao ultravioleta emitida pelo Sol. No se pode atribuir destruio dessa camada o aquecimento global que tem assolado nosso planeta, uma vez que esse aquecimento resultante do aprisionamento, por parte de gases de efeito estufa, do calor irradiado pela superfcie terrestre aquecida pelo Sol.

    Questo 2. (ENADE 2010) No nal do sculo XX e incio do sculo XXI, comeam a ocorrer srias alteraes na atmosfera. A emisso do CO2, resultante da queima de combustveis em diversos tipos de motores, contribui de forma especial para o aquecimento global. Surgem, ou intensicam-se, no transcorrer desse perodo, correntes de pensamento voltadas preservao do meio ambiente e preocupadas em encontrar formas pelas quais as pessoas possam satisfazer suas necessidades sem comprometerem a qualidade de vida de futuras geraes. Nesse contexto, surge o chamado marketing ambiental, que divulga e promove aes como a substituio de combustveis fsseis por biocombustveis.

    Em relao a esse assunto e quanto utilizao da gasolina e do etanol, avalie as armativas a seguir.

    I. O consumo do etanol incentivado por aes de marketing ambiental, pois o CO2 emitido pela queima desse biocombustvel mais leve e, logo, menos poluente.

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    II. A utilizao do etanol deve ser incentivada pelo fato de esse biocombustvel, ao contrrio da gasolina, no agregar carbono proveniente de material fssil ao ciclo de carbono que se desenvolve na superfcie do planeta.

    III. O etanol e a gasolina geram praticamente a mesma emisso quantitativa de CO2, resultando, portanto, em prejuzo ambiental semelhante, pois no h diferena qumica entre o CO2 emitido pela queima da gasolina e aquele emitido pela queima do etanol.

    IV. O uso do etanol em substituio gasolina medida incentivada pelo marketing ambiental devido principalmente s vantagens que pode trazer aos usineiros e populao que vive dos ganhos com a cultura de cana-de-acar, j que os benefcios ao meio ambiente so mnimos.

    correto apenas o que se arma em

    A) I.

    B) II.

    C) III.

    D) I e IV.

    E) II, III e IV.

    Resoluo deste exerccio na Plataforma.

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