Design de Embalagens Flexíveis Para Impressão Em Rotogravura

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  • 7/23/2019 Design de Embalagens Flexveis Para Impresso Em Rotogravura

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    UFSC - Universidade Federal de Santa CatarinaPrograma de Ps-Graduao em

    Engenharia de Produo

    Luiz Roberto de Lima

    DESIGN DE EMBALAGENS FLEXVEIS PARAIMPRESSO EM ROTOGRAVURA

    Dissertao de Mestrado

    Florianpolis2004

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    Luiz Roberto de Lima

    DESIGN DE EMBALAGENS FLEXVEIS PARAIMPRESSO EM ROTOGRAVURA

    Dissertao apresentada ao

    Programa de Ps-Graduao em

    Engenharia de Produo da

    Universidade Federal de Santa Catarina

    como requisito parcial para obteno do

    grau de Mestre em Engenharia de Produo

    Orientadora: Prof. Alice Theresinha Cybis Pereira, Ph.D.

    Florianpolis

    2004

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    Luiz Roberto de Lima

    DESIGN DE EMBALAGENS FLEXVEIS PARAIMPRESSO EM ROTOGRAVURA

    Esta dissertao foi julgada e aprovada para obteno do grau de Mestreem Engenharia de Produo no Programa de Ps-Graduao da

    Universidade Federal de Santa Catarina

    Florianpolis, 28 de setembro de 2004.

    __________________________________Prof. Edson Pacheco Paladini, Dr.

    Coordenador do Curso

    Banca Examinadora

    ___________________________________ ___________________________________

    Prof. Paulo Cesar Machado Ferroli, Dr. Prof. Eugnio Andrs Daz Merino, Dr.Universidade Federal de Santa Catarina Universidade Federal de Santa Catarina

    Orientadora

    __________________________________

    Prof. Alice Teresinha Cybis Pereira, Ph.D.Universidade Federal de Santa Catarina

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    Agradecimento:

    Agradeo a todos que, direta ou indiretamente,

    colaboraram com a execusso deste trabalho,

    minha orientadora, os professores do PPGEP,

    meus amigos da UNIVALI, e os profissionais que

    colaboraram com a pesquisa deste trabalho.

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    Resumo

    Lima, Luiz Roberto de. Design de embalagem flexveis para

    impresso em rotogravura. 2004. 93f. Dissertao (Mestrado em

    Engenharia de Produo) - Programa de Ps-Graduao em Engenharia

    de Produo, UFSC, Florianpolis.

    Este estudo tem por objetivo fornecer subsdios e informaes sobre

    o desenvolvimento de embalagens flexveis para impresso emrotogravura. Foi desenvolvido a partir de informaes, dados e

    situaes vivenciadas durante dez anos de trabalho (1987 / 1997),

    na rea de desenvolvimento de embalagens flexveis para

    impresso em rotogravura, e fundamentado em pesquisa cientfica

    na rea do design grfico e rotogravura e pesquisa de campo junto

    a empresas de embalagens flexveis e escritrios de Design quedesenvolvem estes tipos de embalagens. Aborda os parmetros

    tcnicos e processos que influenciam no desenvolvimento e

    produo destas embalagens, visando dar subsdios ao designerna

    gesto do desenvolvimento do produto. Observa fatores limitadores

    e direcionadores, que podem proporcionar a otimizao da

    produo, tanto no aspecto prtico, quanto no aspecto econmico,

    e na qualidade final da embalagem.

    Palavras-chaves: Design; Embalagem; Produo.

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    A b s t r a c t

    Lima, Luiz Roberto de. De s i g n o f p a c k i n g f l e x i b l e f o r

    i m p r e s s i o n i n r o t o g r a v u r e . 2004. 93f. Dissertao (Mestrado em

    Engenharia de Produo) - Programa de Ps-Graduao em Engenharia

    de Produo, UFSC, Florianpolis.

    This study it has for objective to supply subsidies and information

    on the development of flexible packings impression in rotogravure.

    It was developed from information, data and situations lived deeply

    during ten years of work (1987/1997), in the area of development

    of flexible packings for impression in rotogravura and based on

    scientific research in graphic design and rotogravura area and

    research of together field to the companies of flexible packages and

    design offices that develop these kinds of packings. It approachesthe parameters technician and processes that influence in the

    development and production of these packings, aiming at to give

    subsidies to designer in the management of products development.

    It observes limiter factors and direcionadores, that can provide the

    otimization of the production, as much in the practical aspect, how

    much in the economic aspect, and the final quality of the packing.

    Keywords: Design; Packing; Production.

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    SUMRIO

    LISTA DE FIGURAS

    1 INTRODUO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .01

    1.1 Identificao do problema. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02

    1.2 Questo da pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03

    1.3 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04

    1.4 Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05

    1.5 Estrutura do trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06

    2 A EMBALAGEM E A ROTOGRAVURA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08

    2.1 Breve histrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08

    2.2 Embalagem no Brasil. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

    2.3 A rotogravura. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

    3 DESIGN DA EMBALAGEM FLEXVEL E ASPECTOS TCNICOS DA

    ROTOGRAVURA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

    3.1 Design da embalagem flexvel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

    3.2 Aspectos tcnicos da rotogravura . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

    3.2.1 Estruturas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30

    3.2.2 Dimensionamento e equipamentos de envase . . . . 32

    3.2.3 Impresso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

    3.2.4 Nmero de cores / padro. . . . . . . . . . . . . . . . . . 38

    3.2.5 Fundos e cores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39

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    3.2.6 Traos, contornos, textos, espessuras e cores . . . . 41

    4 PESQUISA DE CAMPO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43

    4.1 Desenvolvimento e procedimentos da pesquisa de campo. 44

    4.2 Anlise da pesquisa de campo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46

    4.3 Visita tcnica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48

    4.3.1 Anlise da visita tcnica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64

    4.4 Sntese da pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65

    5 SISTEMATIZAO DA INFORMAO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68

    5.1 Definio de layout . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .68

    5.2 Artefinalizao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71

    5.3 Recomendaes para desenvolvimento de embalagem . .73

    6 CONCLUSO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75

    6.1 Recomendaes para futuros trabalhos . . . . . . . . . . . . . 78

    7 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79

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    LISTA DE FIGURAS

    Figura 01: Esquematizao da metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06

    Figura 02: Marcas e rtulos gravados em pedras (litografia). . . . . . . . 09

    Figura 03: Rtulos impressos em cromolitografia (Itlia 1890). . . . . 09

    Figura 04: Pomada Minancora (1915) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

    Figura 05: Cartazes do Guaran Antrctica (1928) e creme dental

    Kolynos (1939). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

    Figura 06: Cartazes do chocolate em p Toddy (1949) e Biotnico

    Fontoura (1952) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

    Figura 07: Leite Condensado Moa em 1938 e atualmente. . . . . . . . . 15

    Figura 08: Chocolat Diamante Negro (1938). . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

    Figura 09: Bombom Sonho de Valsa (1938) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

    Figura 10: Revista O Cruzeiro n 1 10/11/1928 . . . . . . . . . . . . . . . 17

    Figura 11: Retcula de rotogravura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

    Figura 12: Segmento caf. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

    Figura 13: Segmento laticneos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

    Figura 14: Segmento pet foods . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

    Figura 15: Segmento biscoitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

    Figura 16: Fluxograma do processo de produo de uma indstria de

    embalagem flexvel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

    Figura 17: Estrutura de embalagem para caf tipo almofada . . . . . . . 30

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    Figura 18: Estrutura de embalagem para caf vcuo. . . . . . . . . . . . 31

    Figura 19: Estrutura para tampas de bandeja de iogurte . . . . . . . . . . 32

    Figura 20: Bobinas impressas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

    Figura 21: Bobinas e embalagens impressas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

    Figura 22: Empacotadora flexflow vertical Fabrima . . . . . . . . . . . . . . 34

    Figura 23: Planta de mquina Fabrima. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

    Figura 24: Impressora rotativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

    Figura 25: Desenho esquemtico de impressora de rotogravura . . . . 37

    Figura 26: Sequncia de impresso das cores e cores de fundo . . . . 40

    Figura 27: Textos, traos e tolerncias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41

    Figura 28: Embalagem Biscoito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46

    Figura 29: Embalagem Snack . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47

    Figura 30: Dept de Arte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49

    Figura 31: Pr-impresso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50

    Figura 32: Scanner cromo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51

    Figura 33: Gravadoras de cilndros eletromecnica . . . . . . . . . . . . . . 51

    Figura 34: Detalhe gravao do cilndro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52

    Figura 35: Impressora 09 cores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58

    Figura 36: Impressora 09 cores Profama . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58

    Figura 37: Laminadora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59

    Figura 38: Metalizadora. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60

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    Figura 39: Refiladeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61

    Figura 40: Laboratrio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62

    Figura 41: Fbrica de tintas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62

    Figura 42: Depsito de cilindros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63

    Figura 43: Mapa conceitual da informao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66

    Figura 44: Esquematizao para definio de layout . . . . . . . . . . . . . 68

    Figura 45: Layout embalagem de caf. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69

    Figura 46: Planificao (L J) para embalagem de caf . . . . . . . . . . . 70

    Figura 47: Arte final de embalagem de caf . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72

    Figura 48: Diagrama concluso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77

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    1. INTRODUO

    A embalagem a vitrine de uma indstria. Representa um setor da

    economia que envolve alta tecnologia em materiais, processos e

    equipamentos e a participao de diversas empresas e profissionais

    envolvidos em sua elaborao.

    O mercado estimado de embalagens movimenta no mundo mais de

    US$ 500 bilhes de dolares e vem crescendo continuamente. No Brasil,

    tambm no diferente, a indstria brasileira de embalagensmovimentou em 1997 US$ 12 bilhes devendo alcanar at 2005 a sifra

    de US$ 18,5 bilhes, de acordo com projees feitas pelo Centro de

    Tecnologia de Embalagens, Mller Associados e Datamark, e que do uma

    amostra do mercado nacional de embalagens. (MESTRINER, 1999)

    De acordo com a SPDESIGN (2003?), o nmero de fabricantes de

    embalagens no Brasil varia conforme a fonte pesquisada. Segundo a

    empresa de consultoria Datamark (nica empresa dedicada pesquisa

    sobre demanda de materiais para embalagem no Brasil) o nmero de

    indstrias do setor de embalagens no Brasil de aproximadamente 2 mil

    empresas, sendo 200 de mdio e grande portes. A ABRE, Associao

    Brasileira de Embalagens, estima este nmero em 3 mil, enquanto que o

    Centro de Tecnologia de Embalagem de Alimentos (Cetea) trabalha com

    um nmero prximo de 6 mil produtores.

    Ainda segundo a SPDESIGN (2003?), o segmento de embalagens

    flexveis considerado um dos mais modernos do setor e tem crescido no

    mundo todo. No Brasil, representa atualmente cerca de R$ 2,25 bilhes,

    segundo a Associao Brasileira das Indstrias de Embalagens Flexveis

    (Abief). Vem acelerando o desenvolvimento da tecnologia de produo na

    rea de filmes, onde vrias empresas esto concentrando seus

    investimentos. Dotado de equipamentos sofisticados, esse segmentoatende principalmente indstria alimentcia e de higiene pessoal.

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    Os principais materiais utilizados pela indstria na confeco das

    embalagens flexveis so: filmes plsticos (como polipropileno,

    polietileno, pvc, polister), alumnio e papel.

    Alm dos aspectos econmico e industrial, a embalagem umaferramenta de marketing do produto, uma das melhores maneiras de

    apresentao do produto no mercado, promovendo uma exposio

    permanente at o seu consumo. Ela pode proporcionar ao produto um

    diferencial em relao aos produtos similares no mercado, concorrentes

    diretos e pode determinar, no caso de alguns produtos, a deciso de

    compra no prprio local de venda. Portanto ela tem um grande poder de

    comunicao junto ao consumidor.

    Na formao de custo do produto, a embalagem tambm representa

    um papel importante. Existem produtos em que a embalagem o

    principal componente de custo, como a gua mineral, por exemplo.

    Contudo, ela um fator determinante na competitividade entre as

    empresas, pois o correto dimensionamento e manuseio das embalagens

    na linha de produo implica diretamente na produtividade, estoques,

    transporte, armazenamento e manuteno da qualidade do produto.

    (CENTRO PORTUGUS DE DESIGN, 1997)

    1.1 Identificao do problema

    No segmento de embalagens flexiveis, produzidas a partir doprocesso de impresso em rotogravura, assim como outros processos, h

    a necessidade de que se tenha conhecimento dos aspectos tcnicos de

    produo e seus respectivos procedimentos.

    A falta destes conhecimentos provocam, invariavelmente, um

    retrabalho nos projetos j aprovados e finalizados pelos clientes,

    por ocasio do incio do processo de produo das embalagens,

    provocando atrasos nos cronogramas de desenvolvimento,

    dificultando e onerando o custo do trabalho de produo ao

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    provocar um tempo maior no acerto de mquina e controle da

    qualidade, aumentando a margem de quebra na produo, podendo

    prejudicar o beneficiamento das embalagens e a operacionalidade

    de envase, enfim, podendo prejudica a qualidade final daembalagem e do processo.

    Por isso, muito importante que os profissionais de design tenham

    conhecimento das etapas do processo que envolvem a produo das

    embalagens flexveis impressas em rotogravura para, assim, gerirem o

    desenvolvimento das mesmas com a necessria fundamentao tcnica,

    para se obter os melhores resultados possveis e garantir a integridade do

    trabalho de criao e sua qualidade.

    A bibliografia na rea em questo mostra-se insuficiente para suprir

    a demanda por conhecimento de processo na gerao, desenvolvimento e

    produo de design de embalagens para impresso em rotogravura. O

    conhecimento tcnico do processo de rotogravura est localizado na

    indstria e nos cursos de formao tcnica em artes grficas, como o

    caso da escola Senai de Artes Grficas Theobaldo Denigris, em So Paulo.Compilar estes conhecimentos tcnicos e disponibiliz-los aos

    profissionais de design e estudantes uma necessidade que pode ser

    suprida utilizando-se cursos de extenso, edio de livro ou ainda a web.

    1.2 Questo da pesquisa

    Configura-se como questo desta pesquisa investigar e identificar os

    problemas que envolvem o desenvolvimento do design de embalagens

    flexveis impressas em rotogravura, que influenciam na sua produo

    junto indstria de embalagens.

    1.3 Objetivos

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    Como objetivo geral, esta pesquisa busca sistematizar informaes

    sobre as especificidades da rea de impresso de embalagens flexveis

    em rotogravura, que influenciam no desenvolvimento do projeto dasmesmas, visando a disponibilizao destas informaes a profissionais e

    estudantes de Design.

    Os objetivos especficos so:

    Demonstrar, atravs de pesquisa cientfica na rea do design,

    a necessidade do designer trabalhar integrado com a indstria, conhecer

    as peculiaridades que envolvem a produo e o beneficiamento das

    embalagens flexveis, necessidades estas identificadas tambm, atravs

    de pesquisa de campo junto grficas e escritrios de Design que

    trabalhem com embalagem flexvel;

    Identificar, atravs de entrevistas junto a grficas quais

    problemas relativos ao design das embalagens que mais ocorrem e que

    comprometem o trabalho de produo;

    Sistematizar informaes sobre projeto de embalagens

    flexveis impressas em rotogravura, obtidas atravs das entrevistas junto

    a escritrios de design; saber com que freqncia projetos de

    embalagens para impresso em rotogravura so executados. Como

    adquiriu-se o conhecimento sobre o processo, e quais as dificuldades

    encontradas;

    Reunir informaes sobre os aspectos tcnicos que envolvem oprocesso de produo de embalagens impressas em rotogravura;

    Oferecer uma viso do fluxo de trabalho em uma empresa

    fabricante de embalagens flexveis;

    Sistematizar e estruturar o conhecimento de forma que

    possibilite disponibilizar as informaes reunidas neste trabalho, de

    maneira que os designers, profissionais e estudantes, assim como,

    pessoas interessadas no assunto possam compartilhar destes

    conhecimentos;

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    Contribuir para a otimizao no desenvolvimento de

    embalagens, na rea em questo, principalmente no que se refere

    produo, evitando contratempos, minimizando custos, e garantindo a

    qualidade do produto final.

    1.4 Metodologia

    Pesquisa de natureza aplicada baseando-se em :

    - reviso bibliogrfica na rea de design grfico, explorando os

    conceitos, mtodos e processos na rea de rotogravura, explorandoos processos produtivos, tecnologia e particularidades do setor;

    - pesquisa explorativa de sites na rea especfica de impresso

    voltada para embalagens flexveis;

    - pesquisa de campo, qualitativa, junto grficas e escritrios de

    design que trabalhem com embalagens flexveis, visando explorar

    e delimitar melhor as questes que envolvem os problemas com aproduo das embalagens;

    - visita tcnica a grficas para documentar o processo produtivo em

    rotogravura, objetivando identificar os problemas que ocorrem

    durante a produo das mesmas;

    - compilao das informaes como proposta de estruturao do

    conhecimento em rotogravura, para disponibilizar aos profissionais

    e estudantes de design, visando otimizar o processo de

    desenvolvimento de embalagens flexveis impressas em

    rotogravura, desde o desenvolvimento do projeto pelo designer e

    sua integrao com o setor produtivo, envolvendo os diferentes

    profissionais que participam do processo.

    Na figura 1 a seguir, est exposto um quadro esquemtico

    referente metodologia aplicada ao desenvolvimento do trabalho.

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    Pesquisa Bibliogrfica Pesquisa Campo

    Design Rotogravura

    ConceitosMtodos

    Processos

    ProcessoTecnologia

    Particularidades

    Escritrios deDesign

    Ind. Grfica

    ConhecimentoIntegrao Ind.

    Dificuldades

    Informaes 1 Informaes 2

    Anlise e Sntese

    Procedimentos eRecomendaes

    ProduoProcedimentos

    Problemas

    Figura 01: Esquematizao da metodologia

    1.5 Estrutura do trabalho

    O trabalho compem-se de 6 captulos, sendo o primeiro relativo ao

    que tratamos acima.

    O captulo 2 trata do contexto histrico do design de embalagens

    situando a rotogravura neste contexto.

    O captulo 3 trata do processo de gesto do design de embalagens

    flexveis e os parmetros tcnicos que envolvem a rotogravura.

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    O captulo 4 traz o delineamento da pesquisa de campo

    desenvolvida junto grficas e escritrios de design sua anlise e

    sntese.

    O captulo 5 mostra a sistematizao e estruturao da informao,obtida atravs da pesquisa, em forma de recomendaes para os

    procedimentos no desenvolvimento de embalagens, e disponibilizando o

    conhecimento necessrio sobre rotogravura aos designers que trabalham

    com o desenvolvimento de projetos de embalagens flexveis e aos

    estudantes de design.

    O captulo 6 conclui o trabalho fazendo uma anlise qualitativa de

    seu desenvovimento, observando dificuldades e limitaes, e checando os

    objetivos definidos pelo trabalho, assim como apresenta tambm algumas

    recomendaes para futuros trabalhos.

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    2. A EMBALAGEM E A ROTOGRAVURA

    2.1 Breve histrico

    A embalagem sempre fez parte de nossa vida desde os primrdios

    da humanidade. Eram extradas da natureza, conchas, cabaas, crnios,

    com o objetivo de proteo, transporte e armazenamento de alimentos. O

    homem observou, aprendeu e copiou a natureza, criando utenslios de

    barro, cacimbas, vasos. Suas nicas funes eram a de conter, proteger e

    transportar.No sculo XV, com as grandes navegaes e a expanso do

    comrcio surgiram as primeiras empresas dedicadas ao comrcio de

    mercadorias em escala mundial. Cresce a necessidade de se identificar o

    produto, pois, alm de discriminar, tambm era necessria a identificao

    da origem do mesmo.

    Com a Revoluo Industrial, surgem as grandes invenes de

    mquinas e equipamentos que vo contribuir com a expanso da

    indstria na europa e no mundo. Em 1798, a inveno da mquina de

    fazer papel por Nicolas-Lois Robert e a descoberta do princpio da

    litografia1 por Alois Senefelder, popularizaram os rtulos que, j em

    1830, eram usados em grande escala em diversas formas e para os mais

    variados produtos. Nesta poca tambm, foi inventada, por volta de 1784

    por Thomas Bell, o processo de rotogravura, onde o grafsmo era gravadoem baixo relevo em uma superfcie plana ou cilndrica e esta recebia

    entintamento e sobre o mesmo era precionado o papel que recebia a

    imagem gravada. (CAMIN FILHO, 1998)

    1Processo de impresso semelhante ao off-set (impresso com chapa de alumnio e rolode borracha) utilizado principalmente na impresso de embalagens de ao.

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    Figura 02: Marcas e rtulos gravados em pedras(litografia)

    Fonte: http://www.eba.ufmg.br/acontece/noticias/20040218no-litografia.html

    Porm, ainda faltava a descoberta da um processo de impresso

    em cores. E foi em 1850 que George Baxter descobriu a cromolitografia,

    concretizando o que se considera a primeira soluo satisfatria de

    impresso em cores. Essa tcnica possibilitou a incluso de imagens

    chamativas e cenas que descreviam a utilizao do produto, agregando

    mais funes ao rtulo.

    Figura 03: rtulos impressos em cromolitografia ( Itlia 1890 )

    Fonte: http://www.arengario.it/archivio/gastrono/eticliqu.htm - 16/09/2004

    Durante este perodo acrescentou-se aos rtulos dos produtos a

    utilizao de brases, medalhas, faixas, bordas e letras decorativas. As

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    embalagens utilizavam o estilo orgnico e sinuoso do momento, o art

    nouveau2, que persistiu at meados de 1915.

    No Brasil, a histria segue os mesmos passos, influenciados pelos

    europeus, principalmente os portugueses.

    2.2 Embalagem no Brasil

    Segundo a HISTRIA DA EVOLUO DA EMBALAGEM NO BRASIL,

    EVOLUO DE SUCESSO (2003), em 1808, a Corte Portuguesa transfere-

    se para o Brasil, num total de 12 mil pessoas. Portugal havia sidoinvadido por Napoleo no final de 1807 por ter rejeitado o bloqueio

    continental decretado pela Frana contra o comrcio com a Inglaterra.

    Chega em janeiro Bahia e depois segue para o Rio de Janeiro,

    onde instala a sede do governo. Entre as primeiras decises tomadas por

    Dom Joo VI est a abertura dos portos s naes amigas. Com isso, o

    movimento de importao e exportao desviado de Portugal para o

    Brasil. A medida favorece tantos os ingleses, que fazem de Portugal a

    porta de entrada de seus produtos para a Amrica Espanhola, quanto os

    produtores brasileiros de bens para mercado externo. Dom Joo VI

    tambm concede permisso para o funcionamento de fbricas e

    manufaturas no Brasil.

    Durante o perodo colonial, o Brasil esteve proibido de praticar

    qualquer atividade produtiva que competisse com Portugal ouprejudicasse os interesses da metrpole. Por isso, os primeiros esforos

    importantes para a industrializao no pas ocorrem somente na segunda

    2O Art Nouveau foi o primeiro movimento orientado exclusivamente para o design. Porisso, seu estilo marcado, algumas vezes, pela decorao elaborada e superficial epelas formas curvilneas ou sinuosas. O Art Nouveau importante para o artista grficopor causa do estilo que fixa a pgina impressa; por sua influncia na criao deformatos de letras e de marcas comerciais; por sua criao e primeiro desenvolvimento

    dos modernos posters. O design grfico foi tambm influenciado pela contribuio do ArtNouveau, relacionando as reas da moda, de tecidos e moblias, da mesma forma que odesign de objetos populares, como vasos e lamparinas Tiffany, artigos de vidro Lalique eestampas Liberty. (ROCHO, 2003?)

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    metade do sculo XIX, no Imprio, como por exemplo a fbrica do

    portugus Francisco Igncio da Siqueira Nobre, na Bahia, em 1810, que

    produzia vidros lisos, de cristal branco, frascos, garrafes e garrafas.

    Durante o Segundo Reinado, empreendedores brasileiros comoIrineu Evangelista de Souza, o Visconde de Mau, e grupos estrangeiros,

    principalmente ingleses, investem em estradas de ferro, estaleiros,

    empresas de transporte urbano e gs, bancos e seguradoras. No final do

    sculo XIX e ncio do sculo XX surgem as primeiras indstrias no pas.

    Por utilizarem uma tecnologia mais simples e exigirem menos

    capital, em geral, elas eram voltadas para a produo de bens de

    consumo. Segundo recenseamento realizado em 1907, o Brasil estava

    com 3.120 estabelecimentos industriais, sendo que 662 delas instaladas

    no Rio de Janeiro.

    Ainda segundo a HISTRIA DA EVOLUO DA EMBALAGEM NO

    BRASIL, EVOLUO DE SUCESSO (2003), com a evoluo do mercado e

    o aparecimento de mais empresas, cresce tambm a competitividade

    entre os produtos, tornando a embalagem um fator de influncia nadeciso de compra dos consumidores, isto faz aumentar ainda mais a

    preocupao com o visual, pois mais do que simplesmente informar, a

    embalagem tinha que atrair e agradar.

    Figura 04: pomada Minancora (1915)Fonte: http://www.furg.br/portaldeembalagens/dez/historia.html

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    Ao fim da Primeira Guerra Mundial, inmeras marcas j haviam se

    consolidado no mercado e seu visual caracterstico comeava a se

    transformar em cones de marca e consumo. Aos elementos visuais que

    j eram utilizados juntaram-se as imagens que, graas aos avanos

    tcnicos de impresso, j podiam ser reproduzidas com maior fidelidade.

    Nos anos 20 comeou a aparecer um novo estilo de embalagem

    com desenhos mais limpos e claros, influenciados pelas cores vivas e

    linhas angulares do movimento art dco3. E j por volta de 1930, a arte

    grfica se tornou notavelmente mais ousada e simples, atraindo de forma

    mais imediata.

    3Movimento das artes decorativas cultivado pela sociedade de massa que influencia asartes plsticas e a arquitetura. Surge na dcada de 20 e ganha fora nos anos 30 naEuropa e nas Amricas. Mistura os princpios do cubismo com elementos clssicos.Edifcios, esculturas, jias, luminrias e mveis so geometrizados. O movimento deveseu nome Exposio Internacional de Artes Decorativas e Industriais Modernas,realizada em Paris em 1925. Na mostra, obras de nus femininos, animais e folhagensso apresentadas em cores discretas, traos sintticos, formas estilizadas ougeomtricas. Muitas peas exibem marcas de civilizaes antigas. o caso de umaescrivaninha de madeira laqueada, marfim e metal que reproduz um templo asteca. Ao

    lado de objetos industrializados, existem peas produzidas artesanalmente com umnmero limitado de cpias. Ao contrrio do design criado pela Bauhaus no art dco nose exige funcionalidade. O estilo pode ser visto como uma tentativa de modernizar o artnouveau. (ENCICLOPDIA DE ARTES VISUAIS, 2000?)

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    Figura 05: Cartazes do Guaran Antarctica (1928) e creme dental Kolynos(1939).

    Fonte: http://www.furg.br/portaldeembalagens/dez/historia.html

    Porm, o grande salto ocorreu com o surgimento dos

    supermercados, logo aps a Segunda Guerra Mundial. Como no haviamais intermedirios entre os produtos e os consumidores, ou seja, o

    vendedor no est mais presente durante a compra para explicar as

    caractersticas do produto, ento, a embalagem teve que assumir novas

    funes: ser auto-explicativa, conter todas as informaes necessrias e

    despertar o desejo de compra do consumidor, ou seja, se vender. A

    embalagem estava se transformando num instrumento de publicidade,

    estabelecendo um conjunto de valores na mente do consumidor atravsdas imagens, e construindo uma linguagem visual prpria e carac-

    terstica para cada categoria de produto.

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    Figura 06: Cartazes do chocolate em p Toddy (1949) e Biotnico Fontoura(1952).

    Fonte: http://www.furg.br/portaldeembalagens/dez/historia.html

    Com o marketing, o potencial das embalagens e sua importncia na

    comunicao passaram a ser percebidos pelas empresas, firmando que o

    design da embalagem fundamental para o sucesso de um produto.

    Porm, para que haja o sucesso esperado, necessrio que osprofissionais de marketing e propaganda conheam o funcionamento do

    design de embalagem, para poder aplic-lo eficientemente em seus

    produtos. Perceber mais claramente eventuais deficincias que possam

    conter importante para que a embalagem no prejudique seu

    desempenho no ponto-de-venda. (HISTRIA DA EVOLUO DA

    EMBALAGEM NO BRASIL, EVOLUO DE SUCESSO, 2003).

    Hoje, existe grande variedade de produtos oferecidos ao

    consumidor, em um mercado altamente competitivo e exigente. Nota-se

    que um grande nmero de produtos datam do perodo ps Segunda

    Guerra Mundial, e at anterior. So produtos que se consolidaram no

    mercado, atravs das estratgias de marketing e de suas embalagens

    inconfundveis.

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    Figura 07: Leite Condensado Moa em 1938 e atualmente.

    Fonte: http://www.furg.br/portaldeembalagens/dez/historia.html

    No Brasil, quando o leite condensado foi importado em 1890,

    adotou-se, por falta de um equivalente adequado em portugus, o nome

    ingls Milkmaid. A dificuldade dos brasileiros para pronunciar o nome

    transformou o produto em esse leite da moa, referindo-se ilustrao

    da camponesa. Assim, quando a Nestl iniciou a produo do leite

    condensado no pas, em 1921, optou pela utilizao da designao criada

    espontaneamente pelos consumidores. Foi assim que surgiu a tradicional

    marca Leite Moa.

    Figura 08: Chocolat Diamante Negro (1938).

    Fonte: http://www.furg.br/portaldeembalagens/dez/historia.html

    O primeiro chocolate com crocante da Lacta foi lanado em 1938 e

    batizado simplesmente de Chocolate Lacta. Era ano da Copa do Mundo, e

    Lenidas da Silva, famoso jogador da Seleo Brasileira, pertencente ao

    So Paulo Futebol Clube, foi apelidado pela imprensa paulista de

    Diamante Negro por seu excelente desempenho. Inspirando-se neste

    episdio, a Lacta colocou o nome de Diamante Negro no recm lanado

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    chocolate. Porm, para diferenci-lo do jogador, adotou o smbolo do

    diamante estilizado em sua embalagem.

    Figura 09: Bombom Sonho de Valsa (1938).Fonte: http://www.furg.br/portaldeembalagens/dez/historia.html

    Os bombons Sonho de Valsa foram lanados no Brasil em 1938, pela

    Lacta, hoje Kraft Foods. De 1942 para c, a embalagem do Sonho de

    Valsa permaneceu praticamente inalterada, apenas com sutis mudanas

    no formato das letras, no selo e na roupa dos danarinos, e a introduo

    de outros instrumentos musicais.

    Estes produtos, hoje so marcas lder em seus segmentos.

    2.3 A rotogravura

    A rotogravura um sistema de impresso cujo nome deriva dasformas cilndricas e do princpio rotativo de suas impressoras. Utiliza

    tintas lquidas base de solventes volteis (xileno, lcool ou thinner, so

    os mais usados) de secagem rpida. O grafismo, gravao do cilndro,

    feito em baixo relevo. Foi inventada por volta de 1784 por Thomas Bell.

    Muito utilizada em revistas de grandes tiragens e na indstria de

    embalagens flexveis.

    No Brasil, a rotogravura comeou a ser explorada pelas editoras de

    revistas, mais precisamente pela revista O Cruzeiro, com seu

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    O principal mercado da rotogravura o segmento de embalagens

    flexveis em geral e tambm semi-rgida, como as caixas de sabo em

    p, por exemplo. A rotogravura ainda imprime padres em papel para

    frmica e padres para heat transferem tecidos.

    As principais caractersticas do processo de rotogravura so:

    tintas lquidas e de secagem rpida;

    matriz metlica e cilndrica, com a gravao em baixo relevo;

    todas as imagens, (inclusive textos e chapados) so reticulados

    no cilindro; e

    imprime sobre diversos tipos de materiais flexveis (papis,

    carto, alumnio e plsticos em geral).

    Para se identificar um impresso feito pelo processo de rotogravura,

    observe, atravs de lente de aumento ou conta-fios, as bordas de traos

    finos e letras. Devido sua caracterstica de gravao, a rotogravura

    apresenta imagens reticuladas, conforme ilustra a figura 11.

    Figura 11: retcula de rotogravura.Fonte: http://www.abflexo-fta.com.br/faq_roto.htm.

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    A rotogravura um processo caro, se comparado flexografia5ou

    offset6, porm sua viabilidade econmica est vinculado s grandes

    tiragens, ou seja, quanto maioir a quantidade feita com esse processo,

    menor fica o custo unitrio. Os cilndros alcanam tiragens de at

    10.000.000 de cpias e ainda podem ser regravados.

    Na rea de embalagens flexveis, a rotogravura comeou a se

    desenvolver na dcada de 70, nomercado brasileiro, com o crescimento

    do mercado consumidor e a exigncia da indstria alimentcia por

    embalagens de melhor qualidade. Nesta poca foram impressas as

    primeiras embalagens do drops Dulcora, do lanchinho Mirabel, chocolate

    Prestgio, entre outros, pelo processo de rotogravura. A matria-primautilizada era o papel celofane e o alumnio. (SANTA ROSA EMBALAGENS,

    2003).

    5Segundo o ABC da ADG, Glossrio de termos e verbetes utilizados em design grfico,flexografia o processo de impresso cilndrica ou rotativa que emprega, como matriz,chapas de borraha ou plstico macio, fotogravadas em relevo, e utiliza tintas volteis,de secagem rpida. Considerado simples e econmico, esse processo produz superficiesimpressas com brilho, oferecendo vast agama de cores, sendo mais adequado parareproduo de originais com chapados, linhas e retcula grossa.

    6Offset, de acordo com o ABC da ADG, Glossrio de termos e verbetes utilizados emdesign grfico, a forma comercial da impresso litogrfica. Mtodo de impressoplanogrfico, no qual as reas de imagens e no-imagens esto no mesmo plano nachapa de impresso. Uma chapa granulada de metal, alumnio ou zinco, recebe uma

    gravao da imagem a ser impressa pelo processo fotoqumico (fotolitografia). A chapa,matriz, instalada em um dos cilindros da impressora, ao imvs de imprimirdiretamente sobre o papel, transfere a imagem para um outro cilindro revestido deborracha que finalmente imprimi na folha de papel.

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    Figura 12: Segmento caf.

    Fonte: http://www.santarosaembalagens.com.br/?id=16&ProductID=127&key.

    Figura 13: Segmento laticneos.

    Fonte: http://www.santarosaembalagens.com.br/?id=16&ProductID=127&key.

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    3. DESIGN DA EMBALAGEM FLEXVEL E ASPECTOS TCNICOS DA

    ROTOGRAVURA

    3.1 Design da embalagem flexvel

    Para o ICSID (International Conscil of Societies of Industrial

    Design), o designer aquele que se qualifica por sua formao,

    conhecimentos tcnicos, experincia e sensibilidade em determinar

    materiais, estruturas, mecanismos, formas, tratamento de superfcie edecorao dos produtos fabricados em srie, por meios de procedimentos

    industriais. (MAGALHES, 1997).

    O processo de design, hoje um dos principais diferenciais de

    qualidade que produtos e empresas podem ter, ele gera vantagens

    competitivas, agregando valor e melhorando posicionamento de produtos

    e marcas em relao aos seus competidores no mercado. (SANTOS,

    2000).

    Segundo CARMIM FILHO (1998), o designer, em decorrncia de

    sua formao multidisciplinar com habilidades especficas, deve ser

    encarado como elemento indispensvel na equipe de projetos de novos

    produtos. Para se concluir com exito o desenvolvimento de um projeto, o

    designer deve ter viso empresarial e mercadolgica, pois estar

    desenvolvendo um produto de conscientizao abrangente, envolvendono somente o consumidor final, como tambm outros elementos do

    processo, como os comerciantes, fornecedores e a logistica de

    distribuio. Significa tambm determinar o papel daquele produto dentro

    do portiflio dos produtos da empresa fabricante e de seus processos

    produtivos, assim como, do processo produtivo da prpria embalagem,

    interao com os profissionais envolvidos na produo destas, para que

    se possa ter conscincia dos parmetros tcnicos que podem delimitar o

    processo projetual do produto.

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    Ainda, segundo CARMIM FILHO (1998), o design, o diferencial

    estratgico e competitivo nas empresas para comercializao de seus

    produtos. Transmite benefcios de carter emocional atravs das formas,

    cores, concepo esttica e funcional e atravs das relaes ergonmicas,

    ou seja, a forma adequada funo.

    Para Melo (2000, p. 49), [] um projeto de embalagem , na

    verdade, um projeto de identidade de um produto, to complexo quanto

    a identidade de uma empresa.

    O design, a programao visual, a cor e outros elementos

    envolvidos na criao de uma embalagem, devem refletir a identidade da

    marca do produto, seduzir o consumidor e impulsion-lo no ato da

    compra. Alm de condicionar, transportar e conservar o produto (suas

    funes primrias) a embalagem, fruto do planejamento estratgico,

    deve identificar, exibir e vender nas gondolas dos super mercados,

    exercendo a tarefa do vendedor.

    Ainda segundo Melo (2000, p. 49), [] apesar da forte presena

    de elementos de marketing em uma embalagem, h uma caractersticafundamental que a torna uma pea de design: parte intrnseca do

    produto.

    Analisando os conceitos e procedimentos exigidos do designer,

    conclui-se que de extrema importncia que o profissional de design

    tenha o conhecimento de todo o processo produtivo das embalagens e

    mantenha contato com os profissionais envolvidos no processo, para

    garantir a integridade e fidelidade do projeto desenvolvido, assim como,

    otimizar a produtividade em todo o processo.

    Segundo MUNARI (1997), um mtodo bsico para fazer projetos,

    partir da identificao de constantes utilizadas em diversos outros

    mtodos de projeto de design, consiste em: enunciar do problema,

    identificar aspectos e funes; limites; disponibilidades tecnolgicas;

    criatividade; e modelos. No que se refere disponibilidade tecnolgica,

    ele diz: [] deve-se ter em conta que o projeto dever ser realizado

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    mantenha-se informado sobre as novas tecnologias e processos, para que

    ao desenvolver seus projetos, possa otimiz-los ao mximo, obtendo um

    produto de qualidade e que contemple as necessidades e pr-requisitos

    determinados seus objetivos.

    3.2 Aspectos tcnicos da rotogravura.

    Antes da abordagem dos aspectos tcnicos interessante que se

    tenha uma viso do fluxo de trabalho desenvolvido em uma empresa

    fabricante de embalagens flexveis. Nela, o trabalho pode chegar docliente, atravs do escritrio de Design, que desenvolveu a embalagem,

    em forma de arquivo eletrnico, com o projeto todo desenvolvido e

    aprovado, pronto para a produo. Este arquivo enviado ao

    departamento de desenvolvimento da empresa, para que seja analisado e

    homologado para a produo. Outra maneira, o trabalho chegar atravs

    do Cliente, em forma de briefing7, para que seja desenvolvida a

    embalagem no departamento de design da prpria empresa, este recurso utilizado frequentemente por empresas de pequeno e at mdio porte,

    que no tm acesso aos grandes escritrios de design.

    Na figura 16, pode-se observar o fluxograma do processo de

    produo, bsico, de uma indstria de embalagem flexvel, onde aparece

    toda a seqncia de trabalho utilizada na confeco da embalagem,

    desde a entrada do trabalho, passando por diversos setores da empresa,

    onde so providenciadas: matria-prima; programao de produo;

    insumos; beneficiamento e expedio. Este fluxograma foi baseado no

    processo produtivo utilizado em uma empresa de embalagens, localizada

    no estado de So Paulo, a partir de experincia ao longo de 10 anos de

    trabalho no setor de desenvolvimento de embalagens, podendo este,

    7Briefing um resumo; srie de referncias fornecidas contendo informaes sobre o

    produto ou objeto a ser trabalhado, seu mercado e objetivos. O briefing sintetiza osobjetivos a serem levados em conta para o desenvolvimento do trabalho. Muitas vezes,o designer auxilia em sua delimitao. Segundo o ABC da ADG, Glossrio de termos everbetes utilizados em design grfico.

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    variar em alguns aspectos, com relao a outras empresas do mesmo

    seguimento, porm no geral, o procedimento muito semelhante.

    Pode-se notar que, o processo de produo de uma embalagem

    envolve uma gama consideravel de profissionais, e aes coordenadas,para que se tenha um fluxo de produo continuo, e no menor espao de

    tempo possvel.

    beneficiamento

    fluxogramadesign

    comercialdesign industrial

    pcplayoutInsumosmat. primacilindrosprogr. mq.logstica

    aprov.

    OK

    preparao

    filmes

    preparao

    gravao

    gravao

    impressomquinaprovas

    aprov.cliente

    sim

    nolaminao metalizao

    cortadeira

    financeiro

    briefing

    expedio

    acabamento

    fotoqumico eletromecnico

    Indstria de embalagens

    cliente

    foto rafia

    Figura 16: Fluxograma do processo de produo de uma indstria de

    embalagem flexvel.

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    No fluxo de trabalho de um indstria de embalagem, o projeto da

    embalagem pode chegar de duas formas; a partir do cliente, em forma de

    briefingdiretamente para o departamento de design da empresa; ou do

    cliente atravs de um escritrio de design para o departamento

    comercial. Este ltimo o mais frequente.

    Do departamento comercial, o trabalho segue para o departamento

    de design da empresa para as devidas checagens dos arquivos digitais8,

    cromos9, fontes10, etc.. Ao mesmo tempo, o pedido vai para o

    departamento financeiro, para aprovao de crdito e para o industrial,

    que envia ao PCP (Programao e Controle da Produo) onde sero

    alocados os insumos, matria prima, cilindros, programao de mquinae logstica. Enquanto isto, a arte da embalagem segue do departamento

    de design para o departamento de fotografia para a separao das cores

    e preparao da gravao dos cilindros. Com os cilindros gravados, estes

    vo para a mquina de provas, afim de se imprimir os padres de cores

    da embalagem conforme solicitado pelo cliente.

    Da mquina de provas, o trabalho segue para aprovao pelo

    cliente ou escritrio de design, se no aprovado, este volta para a

    mquina de provas para execuo de novos padres de cores; se

    aprovado, segue para a impressora para execuo do trabalho. Da

    impressora as bobinas mestras, que contm vrias embalagens impressas

    em sua largura, seguem para o beneficiamento, laminao e/ou

    metalizao e finalmente para o acabamento nas cortadeiras. Aqui a

    bobina mestra refilada separando-se em bobinas unitrias por

    embalagem. Depois, embaladas e enviadas ao cliente atravs da

    expedio.

    8Arquivo digital, segundo o ABC da ADG, glossrio de termos e verbetes utilizados emdesign grfico (1998), arquivo de informaes (texto e/ou imagem) gerado emcomputador; tambm arquivo eletrnico.9 Cromo, ainda segundo o ABC da ADG, a fotografia colorida em positivo, reveladasobre uma pelcula transparente de celulide.10Fonte, 1. conjunto de caracteres de um mesdma famlia tipogrfica, ou seja , cujo o

    desenho siga um padro bsico de construo. 2. Arquivo de fonte digital, consiste emum conjunto de instrues para reproduzir uma srie de imagens (letras, nmeros esmbolos), com combinaes particulares de propriedades dimensionais, em umaimpressora e/ou tela de computador. (ABC da ADG, 1998)

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    3.2.1 Estruturas

    Algumas estruturas se compem por vrias camadas de diferentes

    materiais, cada um com sua funo especfica. Como exemplo podemoscitar a estrutura de uma embalagem para caf torrado e modo, tipo

    almofada.

    Sua estrutura : um filme de BOPP ( Polipropileno bi-orientado) o

    qual recebe a impresso pela sua face interna; aps a impresso, a

    superfcie interna recebe uma metalizao, que tem a funo de proteger

    o produto contra a ao da luz, e barreira parcial contra o oxignio e

    umidade; e finalmente uma camada de celopoli (Polietileno), que serve

    como material termo-soldvel para o fechamento da embalagem e

    tambm isolar o produto do contato com a metalizao e as tintas e

    solventes de impresso, conforme mostra a figura 17.

    BOPPMetal.

    Celopoli

    Figura 17: Estrutura de embalagem para caf tipo almofada

    Este tipo de impresso no pode receber qualquer tipo de janelapara a visualizao do produto, pelo fato de que a metalizao feita

    sobre toda a superfcie do filme, sem a possibilidade de interrupo.

    Outra estrutura utilizada para este mesmo produto, o caf torrado e

    modo, so as de embalagens vcuo, que tem sua composio da

    seguinte forma: filme de polister (PET), que recebe a impresso, por

    dentro ou por fora; filme de alumnio, para barreira contra luz e umidade;

    mais um filme de polister para reforar a barreira contra o oxignio; e

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    um filme de celopoli (Polietileno), para a termocelagem, conforme mostra

    a figura 18.

    Figura 18: Estrutura de embalagem para caf vcuo.

    PolisterAlumnioPolisterCelopoli

    Neste tipo de embalagem, que fornecido na forma de saco, na

    hora do envase do produto, o equipamento coloca o p de caf na

    embalagem, compacta, e ao mesmo tempo retira todo o ar da

    embalagem e sela imediatamente. Com este tipo de embalagem, e este

    processo de envase, o produto tem o seu self-life11maior, ou seja, a vida

    til do produto se estende por mais de um ano, em detrimento da

    embalagem anterior que mantem a validade do produto por 60 90 dias.

    Outro tipo de estrutura que pode-se citar a utilizada nas tampas

    das bandejas de iogurtes com polpa, flans e pudins, compostas de: um

    filme de alumnio, que recebe a impresso pelo lado externo; e um filme

    de celopoli para a selagem da tampa. Tambm nestes produtos podem

    ser utilizadas estruturas compostas por: Polister com impresso internaou externa, metalizao; e filme de celopoli para selagem, conforme

    ilustra a figura 19.

    11Self-life o termo utilizado para designar o tempo de vida til do produto, determina

    seu tempo de validade.

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    cores, conforme definidos no layout, respeitando as reas de selagem,

    pista de leitura da fotoclula, que vai determinar o passo do equipamento

    e acionar a selagem e corte da embalagem, ou seja, o tamanho e o

    fechamento da embalagem, o bobinamento e demais parmetros

    especificados na planificao, como mostrado a seguir:

    Figura 22: Empacotadoraflexflowvertical Fabrima.

    Fonte: http://www.fabrima.com.br/frame/home.html

    O equipamento acima, figura 22, uma mquina de embalalar

    caf, vertical, automtica, onde acoplada a bobina com o filmeimpresso da embalagem, o equipamento processa o filme de forma a

    dosar a quantidade exata de caf em p, estipulado pelo operador da

    mquina, faz as selagens inferior, posterior e superior, e o corte da

    mesma.

    Para que o equipamento opere corretamente o embalamento do

    produto, se faz necessrio, ao desenvolver a embalagem, utilizar como

    parmetros a planificao mostrada na figura 23:

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    Uma impressora de rotogravura se compem de vrias estaes,

    onde cada uma delas corresponde a uma cor a ser impressa, no caso do

    diagrama abaixo, so 5 (cinco) as estaes, porm existem impressoras

    de 10 e at 12 estaes, cada estao possui uma banheira de tinta (3),

    um cilindro gravado em baixo relevo que recebe a tinta (1), uma faca de

    raspagem (2), que retira toda a tinta da superfcie do cilindro deixando

    somente a que est depositada nas reas de baixo relevo do cilindro, e

    um rolo de borracha (4), que serve para pressionar o filme sobre o

    cilindro gravado.

    Figura 25: Desenho esquemtico de uma impressora de rotogravura.

    Fonte: www.expromper.com.br

    A bobina mestra, sem impresso (5), com at 1m de largura,

    colocada na mquina onde receber a impresso das embalagens,

    distribuidas, tanto no seu comprimento quanto na sua largura, e que

    depois de impressa (7), ser fatiada e refilada, em equipamento

    apropriado, as rebobinadeiras / refiladeiras, conforme o nmero deembalagens distribuidas na sua largura.

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    Outro recurso muito importante, e utilizado em larga escala, so os

    fundos em degrads, meios tons, que manipulados a partir dos

    computadores, possibilitam inmeras combinaes de cores,

    proporcionando efeitos visuais excelentes no monitor, mas no momento

    da impresso podem ser desastrosos. O mais coerente se trabalhar com

    duas ou no mximo trs cores nos degrads de fundo, sendo estas cores

    sempre derivadas, por exemplo: ocre, amarelo e branco ou vermelho e

    amarelo. Evite-se usar o preto ou cores que tenham muito preto em sua

    composio, para o degrad, pois isso resultar em uma impresso com

    aspecto sujo, conforme mostra a figura 26.

    Impresso

    interna

    + clara

    + escura

    Impresso

    externa

    + clara

    + escura

    aspecto sujoboa combinao boa combinao

    cores slidas cores transparentes

    Figura 26: Sequncia de impresso das cores e cores de fundo.

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    Outra questo muito importante no desenvolvimento da criao da

    embalagem a utilizao de traos e contornos, por exemplo: no se

    deve utilizar traos muito finos, ou mesmo textos, que tenham mais de

    uma cor na sua composio, isto provocar fatalmente problemas de

    registro principalmente no sentido de impresso do material. Isso ocorre,

    porque, no processo de impresso a estrutura recebe a tinta, em seguida

    passa pela estufa, onde recebe muito calor, 150 a 200C, para a secagem

    da tinta, provocando uma dilatao em sua superfcie, quando ela chega

    prxima estao para receber a outra cor, o seu registro fica crtico.

    Por isso, se tem uma tolerncia de uma cor clara sob uma cor escura, de

    at 0,3mm, que chamado de trapping,para se obter uma margem de

    segurana no registro exato das cores, visando a qualidade de impresso,

    conforme figura 27.

    Um dos fatores que geram a maior demanda de tempo na hora da

    impresso justamente o acerto de mquina, que est diretamente

    ligado complexidade de combinaes de cores e traos do design

    grfico da embalagem. Este acerto pode demandar at mais de um dia

    de trabalho de uma equipe de impressores, e provocar um gasto de 200kg ou mais de matria-prima, at que se obtenha o acerto do registro da

    impresso, e se possa mant-lo durante a impresso de todo o material,

    que no caso, por exemplo, de se imprimir 5 toneladas de embalagens,

    no demandaria mais que 2 3 horas de operao da impressora.

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    4. PESQUISA DE CAMPO

    A pesquisa de campo teve como objetivo obter informaes, junto

    grficas e escritrios de design, sobre as peculiaridades pertinentes ao

    processo de desenvolvimento das embalagens flexveis nos dois setores,

    procurando identificar conflitos, problemas, processos, dificuldades e

    conhecimentos.

    Mais especificamente nas grficas, objetivou-se identificar os

    problemas mais freqentes encontrados durante o processo de produoque tm relao com o design da embalagem; quais os parmetros

    tcnicos que podem limitar e/ou orientar o processo de design; como a

    empresa v o conhecimento dos profissionais de design sobre o processo

    de rotogravura e quais os principais conflitos entre a empresa e o

    designer.

    As questes utilizadas para a pesquisa nas grficas foram:

    - Qual o processo ou procedimento de trabalho utilizado na

    empresa?

    - Quais os problemas mais frequentes na produo relacionado com

    o design da embalagem, que comprometem o trabalho?

    - Quais os problemas mais frequentes na produo relacionado com

    o design da embalagem, que comprometem o trabalho?

    - Quais os parmetros tcnicos que podem limitar e/ou orientar o

    processo de desgn?

    - Como a empresa v o conhecimento do designer sobre o processo

    de roto?

    - Quais os principais conflitos entre designer x empresa ou vice-

    versa?

    - Como o designer da empresa obteve o conhecimento tecnico

    sobre o processo de roto?

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    4.2 Anlise da pesquisa de campo

    Analisando as questes abordadas junto aos escritrios de Design

    observou-se que eles, principalmente na regio sul, desenvolvem poucasembalagens flexveis para impresso em rotogravura, devido ao fato das

    empresas da regio serem pequenas e no terem o costume de contratar

    os servios especficos de design, utilizando as prprias grficas para

    desenvolv-los, e neste caso, so embalagens impressas no processo de

    flexografia, que compreendem uma tiragem e um custo bem menor, isto

    por que, segundo os profissionais da rea de design, a impresso em

    rotogravura demanda um investimento inicial muito alto, por viabilizar

    grandes tiragens. J os escritrios especializados em embalagens,

    localizados em So Paulo, desenvolvem muitas embalagens, dentre elas,

    vrias flexveis para impresso em rotogravura, para grandes empresas.

    Figura 28: Embalagem Biscoito

    Fonte: Packing Design SP

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    Figura 29: Embalagem SnackFonte: Otres Consult. Design - SC

    Os designers, em geral, utilizam como mtodo: briefing, anlise do

    problema, gerao de alternativas, consolidao da alternativa escolhida

    e implantao ou ainda, segundo Fbio Mestriner, designer e proprietrio

    da Packing Design, escritrio especializado em embalagens instalado em

    So Paulo, fundamental, conhecer profundamente o produto,

    consumidor, mercado, concorrncia e tcnicamente a embalagem, para

    poder estabelecer uma estratgia de design para o produto e em seguida

    gerar alternativas.

    Quanto s dificuldades ou conflitos entre designers e grfica, uns

    acreditam que eles existem pelo fato de o cliente contratar a grfica e o

    designer perder o controle sobre o processo; no entanto, existem os que

    afirmam no haver conflitos entre designer e indstria, mas sim

    desconhecimento do trabalho entre as duas partes.

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    Figura 32: Scanner de cromoFonte: http://www.embdiadema.com.br/

    Figura 33: gravadoras de cilndros eletromecnicaFonte: http://www.cni.org.br/links/links-at-design-embalagem.htm#top

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    Aps a impresso feito o beneficiamento da bobina mestra,

    laminao, figura 37, metalizao, figura 38, etc., em seguida faz-se o

    refile, dividindo-se a bobina mestra em bobinas unitrias, figura 38, que

    so embaladas e enviadas expedio de onde seguem, por

    transportadora, para o cliente.

    Figura 37: Laminadora

    Fonte: http://www.uteco.com/

    - Laminadora, utilizada para a aplicao de filmes adesivo,

    vernizes e laminao de estruturas compostas.

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    Figura 38: metalizadora

    Fonte: http://www.plasticom.com.br/Pag010.htm

    - Metalizadora, utilizada para a aplicao de alumnio vaporizado

    estrutura da embalagem, que vai proporcionar a aparncia

    metlica, este beneficiamento proporciona tambm uma melhor

    proteo aos produtos embalados, melhorando a barreira contraluz, umidade e oxignio. Este processo tambm se utiliza nas

    estruturas perolizadas.

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    Figura 39: refiladeira

    Fonte: http://www.plasticom.com.br/Pag008.htm

    - Acabamento, feito nas refiladeiras onde a bobina mestra, com a

    impresso de vrias embalagens juntas, so cortadas e

    separadas em bobinas unitrias.

    Outras etapas do processo utilizadas na produo so:

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    - Fbrica de tintas, produz as tintas que vo ser utilizadas na

    impresso a partir de pigmentos em p, obtidos no mercadointerno e externo, atravs dos seus fornecedores, com isto

    possivel ter um melhor controle e manuteno do padro de

    cores utilizados nos trabalhos, gerando um controle mais

    apurado da qualidade da impresso das embalagens, pois a tinta

    de fundamental importncia no processo.

    Figura 42: Depsito de cilndros

    Fonte: http://www.plasticom.com.br

    - Depsito de cilindros, onde so estocados os cilndros gravados

    dos clientes que rodam servios mensalmente, estes cilndros

    que podem ser regravados, de acordo com a convenincia da

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    Os problemas citados acima, ainda segundo o supervisor do

    departamento de Arte, provocam um certo desconforto entre a indstria

    grfica e o designer, a partir do momento em que se tem que alterar ou

    corrigir um trabalho que j foi aprovado pelo cliente, e normalmente est

    com seu prazo de entrega contratado, provocando uma srie de

    contratempos e retrabalhos.

    4.4 Sntese da pesquisa

    Na figura 43, mapa conceitual das informaes, foram

    esquematizadas as informaes obtidas com a pesquisa de campo, juntoaos escritrios de design e as indstrias de embalagens flexveis

    pesquisados, esquematizou-se estas informaes atravs do diagrama a

    seguir, observando os processos utilizados pelos escritrios de design

    pesquisados e os problemas, mais comuns, identificados nas indstrias de

    embalagem.

    O que pode-se afirmar, com referncia aos escritrios de design

    pesquisados, que estes, quando so especializados no design de

    embalagens, desenvolvem metodologia de trabalho que contempla a

    integrao com a indstria, tanto a que confecciona a embalagem, como

    tambm a que fabricam os equipamentos de envase, possibilitando um

    melhor fluxo de informao e conhecimento sobre os processos utilizados

    na confeco e manipulao das embalagens.

    J os escritrios de design no especializados, utilizam metodologiamais convencional. Por terem como clientes, pequenas empresas,

    dificilmente desenvolvem trabalhos para impresso em rotogravura, que

    exige grandes tiragens, eles quase no mantm contato com a indstria,

    alegando que este contato feito pelo prprio cliente, que contratante

    dos servios da indstria de embalagens. Isto provoca um distanciamento

    entre quem desenvolve a embalagem e quem vai produz-la.

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    Mapa conceitual da informao.

    Problemas

    Indstria

    Embalagem

    Metodologia

    BriefingAnlise problemaGerao AlternativaEscolha AlternativaImplantao

    Desenvolve poucas

    embalagens / ano.Clientes (pequenos)Baixa tiragemCusto alto.

    Sem contato comindstria.

    Design Geral

    Anlise:ProdutoConsumidorMercado

    ConcorrnciaTcnica

    Estratgia deDesign

    Gerao deAlternativasImplantao

    Desenvolve muitasembalagens / ano.

    Clientes (Grandes

    empresas)Altas tiragensBaixo custo

    Mantm integraocom a indstria deembalagensFlexveis.

    Conhecimento doprocesso de roto.

    Especializado

    Embala em

    EscritrioDesign

    Dificuldade namanuteno de

    registrode coresCores

    compostas

    Excesso de cores

    trao / textofinos

    Modificao em

    Projeto aprovado

    No conformidadePlanta tcnica

    Retrabalho

    Desconhecimentoprocesso

    Figura 43: Mapa conceitual das informaes de pesquisa.

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    Na indstria de embalagens, o desenvolvimento dos trabalhos,

    originrios dos escritrios especializados, no tem maiores problemas,

    desde que exista esta integrao com a indstria, por parte do escritrio.

    J os que chegam atravs dos clientes, desenvolvidos por escritrios

    menores, invariavelmente, tem sempre algum problema a ser resolvido

    que envolvem dimensionamento, nmero excessivo de cores,

    diagramao da embalagem incompativel com planta de mquina, entre

    outras questes, isto ocorre pela falta de informaes destes escritrios a

    respeito do processo de produo.

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    Exemplo: P r o d u t o Ca fem p 5 0 0 g

    - Qual estrutura ser utilizada na confeco da embalagem ?

    Embalagem tipo almofada, BOPP, metalizada.

    - Qual o equipamento de envase utilizado?

    Mquina L J, largura da bobina 350mm.

    - Qual o nmero limite de cores para impresso?

    Limite de 8 cores.

    Layout:

    Figura 45: Layout embalagem de caf

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    - Adequao de layout planta de mquina.

    Figura 46: Planificao (L J) para embalagem de caf

    2

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    - A rea de selagem tambm pode receber impresso, desde que,

    a pista de fotoclula tenha contraste com a mesma.

    - Procurar no utilizar textos menores que corpo 04.

    - Evite utilizar listas com cores compostas, no sentido horizontal,

    isto provoca dificuldade na manuteno de registro.

    - Quando aplicar cdigo de barras nas embalagens, posicion-lo

    sempre com as barras paralelas ao sentido de impresso, isto

    proporcionar melhor legibilidade para sua leitura.

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    6. CONCLUSO

    A gesto da qualidade nas empresas, hoje, um dos fatores mais

    importantes na busca de reduo de custos, produtividade, cumprimento

    de prazos e qualidade dos produtos fabricados. Uma questo de

    sobrevivncia, em um mercado altamente competitivo. Com as empresas

    de embalagens no diferente, esto sempre investindo em tecnologia,

    treinamento e capacitao de funcionrios, procurando parcerias com

    fornecedores e clientes, visando garantir a qualidade dos produtos e

    servios, a maior produtividade e o cumprimento dos prazos

    estabelecidos.

    O setor de embalagens um universo extremamente amplo,

    complexo e diversificado. O segmento de embalagens flexveis,

    especificamente, as produzidas pelo processo de rotogravura, abrangem

    uma gama enorme de produtos, de vrios segmentos de mercado, tais

    como o alimentcio, farmacutico, higiene pessoal, automotivo,petfoods,agropecurio entre outros. As empresas que produzem estas embalagens

    esto distribuidas por vrios estados do Pas, a maioria em So Paulo,

    Paran, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco. O

    mercado de embalagens flexveis representa atualmente cerca de R$ 2,25

    bilhes, segundo a Associao Brasileira das Indstrias de Embalagens

    Flexveis (Abief).

    O design de embalagem flexvel, para impresso em rotogravura,

    considerando-se a importncia deste mercado, e a grande variedade de

    produtos, uma atividade muito exigida. Porm, o designer no tem o

    conhecimento abrangente sobre as informaes dos aspectos tcnicos de

    produo e processos, que so necessrias quando se vai desenvolver

    embalagens para este setor. A bibliografia na rea insuficiente para

    suprir a necessidade de conhecimento, e estas informaes so

    conseguidas quase que exclusivamente junto indstria do setor.

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