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BOLETIM DE FOCOS DE CALOR E DESMATAMENTO Número 8 Fevereiro - 2012

Desmatamento fevereiro2012

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Page 1: Desmatamento fevereiro2012

BOLETIM DE FOCOS DE CALOR E

DESMATAMENTO

Número 8 – Fevereiro - 2012

Page 2: Desmatamento fevereiro2012

Governo do Estado do Pará

Simão Robison Oliveira Jatene

Governador

Helenilson Cunha Pontes

Vice-Governador / Secretário Especial De Estado De Gestão – Seges

Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará

Maria Adelina Guglioti Braglia

Presidente

Cassiano Figueiredo Ribeiro

Diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural

Sérgio Castro Gomes

Diretor de Estatística, Tecnologia e Gestão da Informação

Jonas Bastos da Veiga

Diretor de Pesquisas e Estudos Ambientais

Elaine Cordeiro Felix

Diretora de Planejamento, Administração e Finanças

Page 3: Desmatamento fevereiro2012

BOLETIM DE FOCOS DE CALOR E

DESMATAMENTO

Belém

2012

Page 4: Desmatamento fevereiro2012

Expediente Diretor de Pesquisas e Estudos Ambientais :

Jonas Bastos da Veiga

Coordenação Técnica de Estudos e Pesquisas Ambientais:

Andréa dos Santos Coelho

Elaboração Técnica:

Andréa dos Santos Coelho

Celina Marques do Espirito Santo

Maicon Silva Farias

Colaboração:

Celeste Ferreira Lourenço e Sérgio Rodrigues Fernandes

Revisão:

Anna Márcia Malcher Muniz e Fernanda Graim

Normalização:

Adriana Taís G. dos Santos

Boletim de focos de calor e desmatamento, 2012. Belém: Instituto de

Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará, 2012.

Mensal

16 p. (Análise Idesp, 8)

1. Focos de calor-queimadas. 2. Desmatamento. 3. Meio ambiente. 4. Pará

(Estado). 5. Instituto de Desenvolvimento Econômico Social e Ambiental do

Pará. I.Série

CDD 363.78115

Page 5: Desmatamento fevereiro2012

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

A.P.A - Área de proteção ambiental

DETER - Detecção do Desmatamento em Tempo Real

ESEC - Estação ecológica.

F.E - Floresta Estadual

FLONA - Floresta Nacional

IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente dos Recursos Naturais Renováveis.

INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

MODIS - Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer

PARNA - Parque Nacional

RDS - Reserva de desenvolvimento sustentável

REBIO - Reserva biológica

RESEX - Reserva Extrativista

T.I - Terra indígena

U.C - Unidade de conservação

Page 6: Desmatamento fevereiro2012

11

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 5

1 INFORMAÇÕES TÉCNICAS DOS DADOS UTILIZADOS 6

1.1 O SISTEMA DE DETECÇÃO DO DESMATAMENTO EM TEMPO REAL -

DETER

6

1.2 O SISTEMA DE MONITORAMENTO DE FOCOS DE CALOR –

QUEIMADAS

7

2 BOLETIM - FEVEREIRO DE 2012 8

2.1 DESMATAMENTO 9

2.2 FOCOS DE CALOR 12

REFERÊNCIAS 16

Page 7: Desmatamento fevereiro2012

5

APRESENTAÇÃO

As questões ambientais têm sido de grande interesse nos círculos políticos e

científicos visando diminuir o impacto e/ou prever os cenários futuros resultantes da ação

antrópica nos recursos florestais do Estado. O processo de desmatamento é dependente de

queimadas necessárias para a liberação de áreas para pastagens ou cultivos agrícolas,

tanto em áreas de vegetação primária quanto secundária.

Os prejuízos causados são enormes e não se restringem apenas à vegetação,

causando grandes danos sociais às populações local e regional.

Com o avanço da tecnologia de monitoramento por satélites, hoje é possível obter

informações, em tempo consideravelmente rápido, de processos dinâmicos como é o

desmatamento, graças também à popularização do uso da internet. O Sistema de

Detecção do Desmatamento em Tempo Real - DETER e o Centro de Previsão de Tempo

e Estudos Climáticos - Queimada/Monitoramento de Focos, sob responsabilidade do

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, ligado ao Ministério da Ciência e

Tecnologia, monitoram diariamente o desmatamento e os focos de calor na Amazônia

brasileira.

Objetivando contribuir para um melhor conhecimento da dinâmica do

desmatamento e das queimadas no Estado do Pará, o Instituto de Desenvolvimento

Econômico, Social e Ambiental do Pará (IDESP), passa a divulgar mensalmente em seu

site o Boletim de Desmatamento e Focos de Calor utilizando os dados disponibilizados

pelo INPE.

Page 8: Desmatamento fevereiro2012

6

1 - INFORMAÇÕES TÉCNICAS DOS DADOS UTILIZADOS

1.1 O SISTEMA DE DETECÇÃO DO DESMATAMENTO EM TEMPO REAL -

DETER1

O DETER é um sistema de apoio à fiscalização e controle do desmatamento da

Amazônia. Com o DETER, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE divulga

mensalmente um mapa de alertas, com áreas maiores que 25 ha. Esses mapas indicam

áreas totalmente desmatadas (corte raso) e áreas em processo de desmatamento por

degradação florestal progressiva (quando há uma alta intensidade de perturbação). Áreas

de manejo florestal de baixo impacto, em geral, não são detectadas por esse sistema. Esse

sistema utiliza imagens dos sensores MODIS (Moderate Resolution Imaging

Spectroradiometer), a bordo do satélite TERRA, da NASA (National Aeronautics and

Space Administration) e WFI (Wide Field Imager), a bordo do satélite sino-brasileiro

CBERS-2B do INPE.

O objetivo do DETER é fornecer indicadores para fiscalização produzindo um

mapa digital com todas as ocorrências de desmatamento observadas. Dessa forma,

permite aos órgãos responsáveis pela fiscalização (IBAMA, Secretarias de Meio

Ambiente, Promotoria Pública, etc.) planejar suas ações de campo e operações de

combate ao desmatamento ilegal.

Ressalta-se que o DETER é uma ferramenta concebida para dar suporte à

fiscalização e não para fornecer um mapa fiel do desmatamento mensal da Amazônia.

Isso é devido à resolução pouco detalhada dos satélites utilizados e à cobertura de nuvens,

variável de um mês para outro. A vantagem desse sistema está na rapidez com que o

DETER é capaz de detectar novos desflorestamentos, possibilitando gerar em um curto

período de tempo, dados para a fiscalização.

A conversão de floresta primária até o estágio de corte raso pode levar de alguns

meses até vários anos para ser concluída. Os dados do DETER podem incluir áreas

cortadas em períodos anteriores ao do mês de mapeamento ou em processo de

desmatamento progressivo, mas cuja detecção não fora possível por limitações de

cobertura de nuvens.

Ao analisar o dado de um determinado mês é necessário fazê-lo em conjunto com

a área de cobertura de nuvens. Assim, são disponibilizadas informações de cobertura de

nuvens de todas as imagens utilizadas para a avaliação.

O DETER deve ser usado apenas como indicador de tendências do desmatamento

anual.

Para obter mais informações sobre a metodologia consulte:

http://www.obt.inpe.br/deter/metodologia_v2.pdf

1INPE - Coordenação-Geral de Observação da Terra - OBT, Sistema DETER - Detecção de Desmatamento

em Tempo Real - Metodologia.

Page 9: Desmatamento fevereiro2012

7

1.2 O SISTEMA DE MONITORAMENTO DE FOCOS DE CALOR - QUEIMADAS2

O monitoramento dos focos de calor é realizado diariamente pelo INPE para

detectar focos de queima da vegetação. Para tanto, o INPE utiliza imagens de diversos

satélites (ex. imagens MODIS dos satélites polares, NASA TERRA e AQUA, as imagens

dos satélites geoestacionários GOES-12 e MSG-2, imagens AVHRR (Advanced Very

High Resolution Radiometer) dos satélites polares NOAA-15, NOAA-16, NOAA-17,

NOAA-18 e NOAA-19).

Dentro do universo de satélites, desde 22 de agosto de 2011, o INPE utiliza o

satélite AQUA (sensor MODIS) como “satélite de referência”. O “satélite de referência”

corresponde ao satélite cujos dados diários de focos detectados são usados para compor a

série temporal ao longo dos anos e assim permitir a análise de tendências nos números de

focos para mesmas regiões em períodos de interesse.

Anterior ao satélite AQUA, eram utilizadas imagens do satélite NOAA-15 e

NOAA-12 como “satélite de referência”. De maneira geral, os focos nas imagens AQUA

são em número maior que os do NOAA-15.

Esta alteração para o AQUA decorreu de limitações e degradação na qualidade

das imagens do NOAA-15, que apresentam muito ruído devido a restrições em sua antena

transmissora, impedindo o monitoramento da região mais norte e noroeste do País.

Em termos de impacto nos dados de focos, com o AQUA o norte do Amazonas e

do Pará, Roraima e Acre passam a ter cobertura regular e, portanto, mais adequados nas

comparações temporais.

Mesmo indicando uma fração do número real de focos (e de queimadas e

incêndios florestais), por usarem o mesmo método e o mesmo horário de imageamento ao

longo dos anos, os resultados do "satélite de referência" permitem analisar as tendências

espaciais e temporais dos focos.

O sistema do INPE detecta a existência de fogo na vegetação sem ter condições de

avaliar o tamanho da área que está queimando ou o tipo de vegetação afetada.

As informações sobre queimadas são divulgadas demonstrando a ocorrência de

focos de calor e a suscetibilidade ao fogo. A suscetibilidade irá relacionar o foco de calor

ao tipo de vegetação, ao período sem chuva e a precipitação. Assim, a suscetibilidade

indica a vulnerabilidade da região ao uso do fogo.

Os dados de focos de calor são divulgados diariamente pelo INPE, através da

internet, cerca de três horas após sua geração.

Considerando a possibilidade de análise temporal e a periodicidade dos dados, os

dados de focos de calor divulgados neste boletim referem-se ao “satélite de referência”.

Para obter mais informações sobre a metodologia consulte:

http://sigma.cptec.inpe.br/queimadas/

2 INPE - Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos - Queimadas. Perguntas freqüentes e A

mudança do satélite de referencia. Disponível em: http://www.inpe.br/queimadas/faq.php.

Page 10: Desmatamento fevereiro2012

8

2 BOLETIM - FEVEREIRO DE 2012

No estado do Pará, em fevereiro de 2012, o desmatamento detectado alcançou

uma área equivalente a 13,02 km² 3. Em relação aos focos de calor foram 63 focos

detectados no período4.

Figura 1 - Mapa de localização do desmatamento e focos de calor em fevereiro de 2012.

Fonte: Queimadas/INPE

Elaboração: IDESP

3 Fonte: DETER/INPE.

4 Fonte: Queimada/INPE - satélite de referência AQUA-UMD.

Page 11: Desmatamento fevereiro2012

9

2.1 DESMATAMENTO

De acordo com os dados de desmatamento do mês de fevereiro de 2012, houve

um total de 13,02 km² de área desmatada com maior concentração nos municípios de

Jacareacanga (7,77 km²) e Altamira (2,78 km²) (Tabela 1).

Tabela 1 - Distribuição do desmatamento por Município do estado do Pará.

ESTADO DO PARÁ - FEVEREIRO - 2012

Município Área (Km²)

Jacareacanga 7,77

Altamira 2,78

São Félix do Xingu 1,24

Ulianópolis 1,23

Total 13,02 Fonte: DETER/INPE.

Elaboração: Idesp.

Nas Unidades de Conservação e Terras Indígenas foi identificada uma área de

7,21 km² de desmatamento, com destaque para a T.I Kayabi com 5,60 km², localizada no

município de Jacareacanga. No mês de fevereiro não foram detectados desmatamentos

em áreas especiais (Tabela 2 ).

Tabela 2 - Distribuição do desmatamento em U.C’s e T.I por município do estado do

Pará.

ESTADO DO PARÁ - FEVEREIRO - 2012

Município UC e TI Área (Km²)

Jacareacanga Kayabi 5,60

Altamira Buffer externo R.B. Nascentes da Serra do Cachimbo 1,19

Altamira Buffer externo R.B. Nascentes da Serra do Cachimbo 0,42

Total 7,21 Fonte: DETER/INPE.

Elaboração: Idesp.

No ano de 2011 não há informações disponíveis no Sistema DETER, o que

inviabiliza a análise comparativa do aumento ou redução da área desmatada em relação

ao ano de 2012. Em 2010 a área desmatada foi 17,20 km², 24,3% maior que em 2012. No

acumulado dos últimos 4 anos obtém- se uma área de 80,19 km². (gráfico 1).

Page 12: Desmatamento fevereiro2012

10

Gráfico 2 - Comparativo da área total desmatada no mês de fevereiro no Estado do Pará

entre os anos de 2009 a 2012.

Fonte: DETER/INPE.

Elaboração: IDESP.

*Informação não disponível no banco de dados do DETER.

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

2009 2010 2011* 2012

Anos

Desmatamento Fevereiro

Page 13: Desmatamento fevereiro2012

11

Figura 2 - Mapa de localização do desmatamento no estado do Pará em fevereiro de

2012

Fonte: Desmatamento DETER/INPE

Elaboração: IDESP

Page 14: Desmatamento fevereiro2012

12

2.2 FOCOS DE CALOR

Os dados apontam a ocorrência de 63 focos de calor durante o mês de fevereiro de

2012 no Estado do Pará. E suas maiores concentrações encontraram-se nos municípios de

Breves (7) e Paragominas (7), conforme mostra a tabela 3.

Tabela 3 - Distribuição dos focos de calor nos municípios do estado do Pará com

relação à suscetibilidade5.

ESTADO DO PARÁ - FEVEREIRO 2012

Municípios

Susc.

Alta

Susc.

Média

Susc.

Baixa

Não

informado

Total

Breves

5 2 7

Paragominas 3 4

7

Cachoeira do Piriá

4

4

Monte Alegre 3

1

4

Santarém 2

2

4

Ulianópolis 2 2

4

Afuá

3

3

Almeirim 1

2

3

Cachoeira do Arari 3

3

São Félix do Xingu

3

3

Soure 3

3

Óbidos 1

1 2

Portel

1 1 2

Porto de Moz 1

1

2

Prainha 2

2

Viseu

2

2

Dom Eliseu

1

1

Itupiranga 1

1

Juruti

1 1

Oeiras do Pará

1

1

Parauapebas 1

1

Ponta de Pedras

1 1

Santa Maria das

Barreiras 1

1

São João do Araguaia 1

1

Total 63 Fonte: Queimadas/INPE.

Elaboração: IDESP.

5 A suscetibilidade corresponde a vulnerabilidade da região ao uso do fogo.

Page 15: Desmatamento fevereiro2012

13

Os focos de calor com suscetibilidade não informada estão localizados em áreas

urbanas ou corpos d’água.

Foram detectados 23 focos de calor em Unidades de Conservação (U.C’s), Terras

Indígenas (T.I’s), com maior concentração na APA Arquipélago do Marajó com um total

de 17 focos distribuído entre 5 municípios, na qual se destaca Breves sendo detectados 7

focos. A maioria das unidades apresentou entre 1 a 3 focos de calor no período, conforme

mostra a tabela 4.

Tabela 4 - Distribuição dos focos de calor em U.C’s, T.I’s e áreas especiais nos

municípios do estado do Pará.

ESTADO DO PARÁ - FEVEREIRO 2012

Município UC's T.I e ÁREAS ESPECIAIS N° de Focos

Breves APA Arquipélago do Marajó 7

Afuá APA Arquipélago do Marajó 3

Cachoeira do Arari APA Arquipélago do Marajó 3

Soure APA Arquipélago do Marajó 3

Santarém Buffer interno R.Ex. Tapajós-Arapiuns 2

Oeiras do Pará Buffer interno R.Ex. Arióca Pruanã 1

Ponta de Pedras APA Arquipélago do Marajó 1

Porto de Moz R.Ex. Verde para Sempre 1

São Félix do Xingu T.I. Kayapó 1

Óbidos T.I. Tumucumaque 1

Total

23 Fonte: Queimadas/INPE.

Elaboração: Idesp.

A quantidade de focos de calor detectados em fevereiro de 2012 foi de 63 focos

em comparação com o mesmo período em 2011, sofreu um aumento de 384,62%, visto

que no ano passado registrou-se um total de 13 focos de calor no Estado do Pará. Em

relação a 2009 ocorreu uma redução, contudo no acumulado dos últimos 4 anos obteve-se

um total de 193 focos detectados (Gráfico 2).

Page 16: Desmatamento fevereiro2012

14

Gráfico 2 - Comparativo do total de focos de calor para o mês de dezembro no estado do

Pará.

Fonte: Queimadas/INPE.

Elaboração: Idesp.

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100

150

200

250

300

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450

2009 2010 2011 2012

Anos

Focos Fevereiro

Page 17: Desmatamento fevereiro2012

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Figura 3 - Mapa de localização dos focos de calor no estado do Pará em fevereiro de

2012.

Fonte: Queimadas/INPE

Elaboração: IDESP

Page 18: Desmatamento fevereiro2012

16

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério de Ciência e Tecnologia. Ministério do meio ambiente.

Monitoramento de queimadas e incêndios, dez. 2010. Disponível em

<http://www.inpe.br/queimadas/> Acesso em: 10 de fev. 2012.

_______. Monitoramento de queimadas e incêndios, dez. 2011. Disponível em

<http://www.inpe.br/queimadas/> Acesso em: 14 de fev. 2012.

BRASIL. Ministério de Ciência e Tecnologia. Sistema Deter: detecção de desmatamento

em tempo real, dez. 2010. Disponível em <http://www.inpe.br/deter/> Acesso em: 14 de

fev. 2012.

_______. Sistema Deter: detecção de desmatamento em tempo real, dez. 2011.

Disponível em <http://www.inpe.br/deter/> Acesso em: 14 de fev. 2012.