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Desoneração da Folha de Pagamento PBM – Plano Brasil Maior MP 540/2011 – Lei 12.546/2011

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Desoneração da Folha de Pagamento

PBM – Plano Brasil MaiorMP 540/2011 – Lei 12.546/2011

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Facilitador: Me. Fábio Luiz de [email protected]

Contador e Administrador, Pós Graduado em Gestão de Empresas e Mestre em Administração. Auditor e Perito Contábil Judicial, consultor

de empresas. Coordenador do curso de Ciências Contábeis a FACECA/MG, professor da graduação e pós graduação da UNIVÁS, FAI e

FACESM. Diretor e instrutor do IPECONT - Instituto de Pesquisas e Estudos Contábeis e Tributários.

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O que é?A Medida Provisória nº 540/2011, que instituiu o Plano Brasil Maior (PBM), convertida na Lei nº 12.546/2011,

determinou, dentre outras regras, a substituição da contribuição patronal previdenciária (CPP) de 20% (vinte

por cento) pela contribuição sobre a receita bruta auferida por determinados grupos de empresas. Referida

substituição também é popularmente conhecida como "desoneração da folha de pagamento".

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Fontes de financiamento (custeio):•INSS – empregadores, Empregados, sócios administradores e autônomos.•CSLL – Constribuição Social Sobre o Lucro Líquido•PIS/COFINS

Benefícios:Aposentadorias, pensões, auxilio doença, seguro

acidente, salário maternidade, LOAS, etc.

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Governo deixa de arrecadar R$ 42 bilhões com desonerações desde janeiro

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Uma das principais armas do governo para estimular o consumo e manter o emprego, as desonerações estão custando cada vez mais ao contribuinte. Segundo a Receita Federal, o governo deixou de arrecadar R$ 42,087 bilhões nos cinco primeiros meses do ano com as reduções de tributos. O montante é 46,9% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando a renúncia fiscal tinha chegado a R$ 28,642 bilhões.

A maior responsável pelo crescimento é a desoneração da folha de pagamentos, que praticamente dobrou neste ano por causa da inclusão de 16 setores no novo regime, no qual as empresas pagam à Previdência Social 1% ou 2% sobre o faturamento em vez de 20% sobre a folha de salários. Somente com essa desoneração, o governo deixou de arrecadar R$ 7,962 bilhões de janeiro a maio, alta de 85,6% em relação ao observado nos mesmos meses de 2013 (R$ 4,290 bilhões).

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REGRAS GERAIS DAS CONTRIBUIÇÕES

PREVIDENCIÀRIAS PATRONAIS•Empregados e Avulsos• 20% - alíquota básica • 2,5% - Adicional para financeiras• 1, 2 ou 3% de SAT / GILRAT• 6, 9 ou 12% - aposentadoria especial• Incidência do FAP• Terceiros• Desconto de 8, 9 ou 11% até o limite de 10 sr

• Sócios Administradores/Autônomos (Pró-Labore)• 20% - alíquota básica • Desconto de 11% até o limite de 10 sr

•Contribuintes Individuais• 20% - alíquota básica

• Cooperativas de Trabalho – 15% X NF (polêmica judicial)

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• Regime de repartição

• Mudança na estrutura dos sistemas produtivos

• Evolução da pirâmide Demográfica

• Previsões pessimistas para o sistema previdenciário brasileiro

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FUNDAMENTO DA DESONERAÇÃOArt. 195, CF/ 1988:§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão-de-obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho. § 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não-cumulativas. (Incluído pela EC 42/2003§ 13. Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese de substituição gradual, total ou parcial, da contribuição incidente na forma do inciso I, a, pela incidente sobre a receita ou o faturamento. (Incluído pela EC 42/2003

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MODALIDADES DE DESONERAÇÃO

Desonerações PermanentesProdutores rurais pessoa física – 2,1% X ReceitaProdutores rurais pessoa jurídica – 2,6% X ReceitaAgroindústrias – 2,6% X ReceitaClubes de futebol profissional – 5% X ReceitaSimples Nacional – alíquotas variadas

PBM:Lei – TI e TIC - MP 540/2011 / Lei 12.546/2011 – Outros 4 setoresMP 563/2012 / Lei 12.715/2012 – alterou Lei 12.526MP 582/2012 - + 20 / 40 setores – alterou Lei 12.526MP 601/2012 – Construção Civil – alterou Lei 12.526

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TABELA DO SIMPLES NACIONAL

ANEXO III (Vigência a Partir de 01.01.2012)

Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas de Locação de Bens Móveis e de Prestação de Serviços

Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP Até 180.000,00 6,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 4,00% De 180.000,01 a 360.000,00 8,21% 0,00% 0,00% 1,42% 0,00% 4,00% De 360.000,01 a 540.000,00 10,26% 0,48% 0,43% 1,43% 0,35% 4,07% De 540.000,01 a 720.000,00 11,31% 0,53% 0,53% 1,56% 0,38% 4,47% De 720.000,01 a 900.000,00 11,40 % 0,53% 0,52% 1,58% 0,38% 4,52% De 900.000,01 a 1.080.000,00 12,42% 0,57% 0,57% 1,73% 0,40% 4,92% De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 12,54% 0,59% 0,56% 1,74% 0,42% 4,97% De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 12,68% 0,59% 0,57% 1,76% 0,42% 5,03% De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 13,55% 0,63% 0,61% 1,88% 0,45% 5,37% De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 13,68% 0,63% 0,64% 1,89% 0,45% 5,42% De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 14,93% 0,69% 0,69% 2,07% 0,50% 5,98% De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 15,06% 0,69% 0,69% 2,09% 0,50% 6,09% De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 15,20% 0,71% 0,70% 2,10% 0,50% 6,19% De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 15,35% 0,71% 0,70% 2,13% 0,51% 6,30% De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 15,48% 0,72% 0,70% 2,15% 0,51% 6,40% De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 16,85% 0,78% 0,76% 2,34% 0,56% 7,41% De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 16,98% 0,78% 0,78% 2,36% 0,56% 7,50% De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 17,13% 0,80% 0,79% 2,37% 0,57% 7,60% De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 17,27% 0,80% 0,79% 2,40% 0,57% 7,71% De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 17,42% 0,81% 0,79% 2,42% 0,57% 7,83%

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• Percentual sobre o faturamento bruto em substituição a alíquota de 20% das empresas sobre a remuneração de empregados, avulsos e contribuintes individuais.

• Alíquotas atuais de 1% (ind/com) ou 2% (serviços) regra geral

• Não substitui a alíquota de SAT, FAP, Terceiros, Contribuição sobre NF de cooperativas, alíquota da aposentadoria especial e contribuição de segurados

• Não diminui as obrigações acessórias.

Desonerações do PBM

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Receita Bruta• a receita bruta de exportações;• as vendas canceladas • descontos incondicionais concedidos;• o IPI, quando incluído na receita bruta• ICMS, cobrado na condição de substituto

tributário.

Base de Cálculo da CPRB – Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta

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Como fica a contribuição sobre o 13º salário?Relativamente aos períodos anteriores à desoneração, mantém-se a incidência das contribuições sobre a folha, aplicada de forma proporcional sobre o 13º salário (art. 9º, § 3º, da Lei 12.546/2011).Se tiver atividades desoneradas e não desoneradas faz-se o cálculo da proporcionalidade, considerando a receita acumulada dos 12 últimos meses anteriores a dezembro. A data de recolhimento continua a mesma: dia 20, se não for dia útil antecipa-se o prazo (art. 9º, III, da Lei 12.546/2011).

Setores e atividades desoneradas:http://www1.receita.fazenda.gov.br/sistemas/efd-contribuicoes/tabela-codigos/tabelas-de-codigos_Previdenciaria.htm

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A União compensará o Fundo do Regime Geral de Previdência Social no valor correspondente à estimativa de renúncia previdenciária decorrente da desoneração, de forma a não afetar a apuração do resultado financeiro do Regime Geral de Previdência Social (art. 9º, IV, da Lei 12.546/2011), com transferências do orçamento fiscal.

COMPENSAÇÃO DO RGPS

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A desoneração substitui as contribuições de empregados, avulsos e contribuintes individuais.O valor sobre o faturamento deve ser pago em DARF centralizada na matriz com os seguintes códigos:

I - 2985 - Contribuição Previdenciária Sobre Receita Bruta - Serviços; e II - 2991 - Contribuição Previdenciária Sobre Receita Bruta - Indústria.

A empresa desonerada deve fazer a GFIP por estabelecimento como qualquer outra e lançar no campo de compensação o valor relativo a desoneração (contribuição de empregados, avulsos e contribuintes individuais). ADE CODAC 93, de 19/12/2011.

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A empresa deve manter a memória de cálculo da valor que lançou como compensação. Caso tenha atividades desoneradas e não desoneradas deve apurar o percentual da receita não desonerada e lançar a diferença no campo de compensação.

A empresa desonerada deve declarar em DCTF o valor da contribuição paga sobre o faturamento para fins de constituição do crédito tributário (art. 6º, XII, da IN 1.110/2010).

Deve também lançar na EFD – Escrituração Fiscal Digital – Contribuições, o valor da contribuição patronal sobre o faturamento – Art. 4 da IN 1.252/12

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Transportes rodoviários

2% - transporte rodoviário de cargas (empresas enquadradas na classe 4930-2 da CNAE 2.0); A partir de 01.01.2013

1% - Transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal, intermunicipal em região metropolitana, intermunicipal, interestadual e internacional enquadradas nas classes 4921-3 e 4922-1 da CNAE 2.0. A partir de 01.01.2014.

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POLÊMICAS INICIAIS:

Entra a receita não operacional? Não entra (variação cambial e demais não operacionais, como os ganhos de capital na venda de ativo imobilizado), conforme SC 4, DISIT 9, de 09/01/2013.

E se não obtiver receita em determinado mês? Se for substituída e não tiver Receita no mês não paga nada e se for parcialmente substituída e não tiver receita paga tudo sobre a folha (vide SC 89, DISIT 04, de 13/11/12).

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POLÊMICAS – APLICAÇÃO

•A empresa que encomenda de terceiros a industrialização para posterior revenda não está incluído na substitutiva (SC 2, DISIT 4, de 18/01/2013).

•Quem vende para intermediário de exportação (trading) tem a redução da base de cálculo? (art. 170, §2°, da IN 971/09) – não pode entrar.

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POLÊMICAS – APLICAÇÃO

• Atividade de cobrança não se confunde com Call Center e não está incluída na substitutiva (SC 238, DISIT 9, de 06/12/2012).

• Empresas do SIMPLES não entram a não ser que peçam a sua exclusão (SC 70, DISIT 06, de 27/06/2012). E após a MP 601/12, que incluiu a atividade de construção cível, que está no anexo IV, da LC 123? Nesse caso entra na desoneração

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POLÊMICAS – SETORES

•Transporte de Carga não entra na proporcionalidade, porque é enquadrada por CNAEProcesso de Consulta nº 42/13 Órgão: Superintendência Regional da Receita Federal - SRRF / 1a. Região Fiscal Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias.Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE A RECEITA BRUTA (CPRB). EMPRESAS QUE EXERCEM OUTRAS ATIVIDADES ALÉM DAQUELAS SUMETIDAS AO REGIME SUBSTITUTIVO. SUBSTITUIÇÃO VINCULADA AO ENQUADRAMENTO NO CNAE.As empresas para as quais a substituição da contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento pela contribuição sobre a receita bruta estiver vinculada ao seu enquadramento no CNAE deverão considerar apenas o CNAE relativo a sua atividade principal, assim considerada aquela de maior receita auferida ou esperada, não lhes sendo aplicada a propocionalização de que trata o § 1º do art. 9º da Lei nº 12.546, de 2011.A atividade principal da empresa, para fins de aplicação da legislação da contribuição substitutiva, é aquela de maior receita auferida ou esperada, devendo-se levar em consideração as atividades exercidas por todos os estabelecimentos (matriz e filiais) DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 12.546, de 2011, art. 9º, §§ 9º e 10.RODRIGO AUGUSTO VERLY DE OLIVEIRA - ChefeData da Decisão: 03.09.2013 Data da Publicação 30.09.2013

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Muito Obrigado!